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AULA 14: REABILITAÇÃO DO COMPLEXO QUADRIL NO ESPORTE Fisioterapia esportiva FISIOTERAPIA ESPORTIVA Aula 14: Reabilitação do complexo quadril no esporte AULA 14: REABILITAÇÃO DO COMPLEXO QUADRIL NO ESPORTE Fisioterapia esportiva Temas/objetivos desta aula 1. Lesões de quadril mais frequentes em atletas; 2. Tratamento fisioterapêutico das lesões de quadril. AULA 14: REABILITAÇÃO DO COMPLEXO QUADRIL NO ESPORTE Fisioterapia esportiva Lesões de quadril no esporte • Lesões no quadril são menos frequentes que em outros segmentos dos membros inferiores, no entanto, geralmente implicam em longos períodos afastados dos treinos, pois necessitam reabilitação intensiva antes do retorno ao esporte; • Podem ser divididas em lesões intra-articulares e periarticulares; • As lesões intra-articulares mais comuns são a síndrome do impacto femoroacetabular, a lesão do lábio acetabular, a lesão do ligamento redondo e lesões condrais; • As lesões periarticulares mais comuns são a síndrome do piriforme, a síndrome dolorosa trocantérica, a síndrome do ressalto (Snapping Hip), a síndrome do glúteo médio e o “Hip Pointer”. Introdução AULA 14: REABILITAÇÃO DO COMPLEXO QUADRIL NO ESPORTE Fisioterapia esportiva Definição • É uma condição que resulta do contato anormal entre a cabeça do fêmur e a borda acetabular, que leva a um conflito mecânico causador de microtraumatismos aplicados no labrum e cartilagem acetabular que provocam lesões nessas estruturas; • Geralmente, o impacto decorre de alterações na transição colo‐cabeça e/ou no acetábulo. Síndrome do impacto femoroacetabular AULA 14: REABILITAÇÃO DO COMPLEXO QUADRIL NO ESPORTE Fisioterapia esportiva Tipos • Came: Resulta do contato entre uma cabeça do fêmur anormal e o acetábulo (borda da bacia). Durante a flexão do quadril, a porção anesférica da cabeça femoral (protuberância ou bossa da transição colo e cabeça femoral) colide contra o teto do acetábulo. • Pinçamento ou torquês: Há o contato de uma borda acetabular anormal com o colo do fêmur normal. Devido ao excesso de cobertura acetabular, o lábio é danificado diretamente pela junção colo-cabeça femoral. • Mista: tem os dois envolvimentos. Síndrome do impacto femoroacetabular AULA 14: REABILITAÇÃO DO COMPLEXO QUADRIL NO ESPORTE Fisioterapia esportiva Quadro clínico • Os pacientes com IFA são jovens, na idade entre 25 e 50 anos. • A queixa é de dor inguinal (raiz da coxa) irradiada para a região de dentro da coxa ou joelho e é muito parecida com lesões musculares (distensões da coxa ou da virilha). • A dor vai piorando com atividades físicas, permanecer sentado, cruzar as pernas e mesmo parado. • O paciente sente dificuldade para sentar em cadeiras baixas ou dirigir muito tempo. Síndrome do impacto femoroacetabular AULA 14: REABILITAÇÃO DO COMPLEXO QUADRIL NO ESPORTE Fisioterapia esportiva Tratamento • Usualmente, o tratamento é cirúrgico, e o tratamento fisioterapêutico se baseia em um pós- cirúrgico se respeitando as fases aguda X crônica. • Quando a escolha for o tratamento conservador, o tratamento analgésico, o trabalho de equilíbrio muscular e os exercícios específicos devem ser estimulados, apesar de ser uma patologia usualmente progressiva. Síndrome do impacto femoroacetabular AULA 14: REABILITAÇÃO DO COMPLEXO QUADRIL NO ESPORTE Fisioterapia esportiva Definição • As dores na região trocantérica são queixas comuns podendo ser causadas por problemas clínicos locais como a bursite trocantérica, tendinite dos glúteos ou por doenças da articulação coxofemoral e da região lombossacra. • A bursite trocantérica também conhecida como síndrome da dor no trocânter maior é uma das doenças mais frequentes na região do quadril (1,2), apresentando grande variedade de sinais e sintomas. Bursite trocantérica AULA 14: REABILITAÇÃO DO COMPLEXO QUADRIL NO ESPORTE Fisioterapia esportiva Definição • A causa mais frequentemente associada à bursite trocantérica é o microtrauma repetitivo causado pelo uso ativo dos músculos que se inserem no grande trocânter, resultando em mudanças degenerativas dos tendões, dos músculos, ou de tecidos fibrosos. • As alterações na biomecânica da extremidade inferior conjuntamente com a mudança dos mecanismos dos músculos do quadril podem predispor ao desenvolvimento da doença. Bursite trocantérica AULA 14: REABILITAÇÃO DO COMPLEXO QUADRIL NO ESPORTE Fisioterapia esportiva Quadro clínico • A dor é de característica crônica, intermitente sobre o aspecto lateral do quadril. • Ocasionalmente, o início da dor é agudo ou subagudo, podendo ser intensa. • A localização da dor é atrás e posteriormente ao trocânter maior, podendo se estender no aspecto lateral da coxa em 25 a 40% dos casos, e até a perna e o tornozelo, mas não até o pé. Bursite trocantérica AULA 14: REABILITAÇÃO DO COMPLEXO QUADRIL NO ESPORTE Fisioterapia esportiva Quadro clínico • A dor pode ser ainda provocada ficando-se na mesma posição por muito tempo ou quando o paciente deita-se contra o lado afetado. • A dor localizada na palpação em cima do grande trocânter pode ser encontrada em todos os pacientes sintomáticos • A dor pode ser reproduzida pela abdução ativa resistida e pela rotação externa. Bursite trocantérica AULA 14: REABILITAÇÃO DO COMPLEXO QUADRIL NO ESPORTE Fisioterapia esportiva Tratamento conservador (objetivos): • Melhora da dor e inflamação, • Correção biomecânica, • Equilíbrio muscular • Readaptação do atleta ao esporte praticado Bursite trocantérica AULA 14: REABILITAÇÃO DO COMPLEXO QUADRIL NO ESPORTE Fisioterapia esportiva Definição • Atualmente, a osteíte púbica é considerada doença inflamatória mais comum da sínfise púbica. • Trata-se de uma patologia autolimitante, que resulta de uma condição inflamatória dolorosa envolvendo os ossos púbicos, a sínfise púbica e as estruturas adjacentes secundária a traumas diretos e indiretos, caracterizada pelo quadro mais avançado por esclerose óssea da sínfise púbica. • Bastante frequente em jogadores de futebol. Osteíte púbica AULA 14: REABILITAÇÃO DO COMPLEXO QUADRIL NO ESPORTE Fisioterapia esportiva Fatores predisponentes • Desequilíbrios musculares; coxa valga; pés planos e cavos; • Dismetria das extremidades; hiperlordose lombar; morfotipo brevilíneo; hipertrofia muscular; maior báscula pélvica anterior; hipo ou hipermobilidade pélvica. • Competições muito frequentes; • Intensidade da prática dos gestos favorecedores; Osteíte púbica AULA 14: REABILITAÇÃO DO COMPLEXO QUADRIL NO ESPORTE Fisioterapia esportiva Fatores predisponentes • Local de trabalho (terrenos úmidos e encharcados); • Demarcação e característica de jogo; • Reidratação deficiente; • Material de jogo e treino inadequados; • Alongamento deficiente; fortalecimento deficiente; cirurgias uroginecológicas; pós-parto. Osteíte púbica AULA 14: REABILITAÇÃO DO COMPLEXO QUADRIL NO ESPORTE Fisioterapia esportiva Objetivos do tratamento conservador • Controle do processo inflamatório e alívio da dor; • Equilíbro entre os grupos musculares; • Readaptação do atleta a sua atividade esportiva. • Para se alcançar o sucesso no tratamento, é importante a escolha da modalidade fisioterapêutica correta, que normalmente requer, por parte do fisioterapeuta, o conhecimento do estágio da patologia e a firme definição do objetivo a ser alcançado. AULA 14: REABILITAÇÃO DO COMPLEXO QUADRIL NO ESPORTE Fisioterapia esportiva DANI, W. S., & de AZEVEDO, E. Bursite trocantérica. In: Rev Bras Med, 2006, 7(1), 2-5. LUSTENBERGER, D. P., Ng, V. Y., BEST, T. M.,& ELLIS, T. J. Efficacy of treatment of trochanteric bursitis: a systematic review. In: Clinical journal of sport medicine: official journal of the Canadian Academy of Sport Medicine, 2001, 21(5), 447. PLAYER, P. O. I. F. Osteíte púbica no jogador de futebol. In: Fisioterapia Especialidades – v. 3, n. 2, abril / junho de 2008 POLESELLO, G. C., ONO, N. K., BELLAN, D. G., HONDA, E. K., GUIMARÃES, R. P., RICCIOLI Junior, W., & SELLA, G. D. V. Artroscopia do quadril em atletas. In: Rev. bras. ortop, 2009, 44(1), 26-31 VOLPON, J. B. Impacto femoroacetabular. In: Revista Brasileira de Ortopedia, 2016, 51(6), 621-629. Referências AULA 14: REABILITAÇÃO DO COMPLEXO QUADRIL NO ESPORTE Fisioterapia esportiva VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Reabilitação do joelho no esporte. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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