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GLICEMIA KOGA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTACIO DE SÁ DE SANTA CATARINA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA
AULA PRÁTICA DE BIOQUÍMICA CLÍNICA: AVALIAÇÃO DO NÍVEL GLICÊMICO
		
 
Relatório de aula prática da
Disciplina de Bioquímica Clínica. 
Alunos:
Adriana Freire
Paulo Henrique
 Raissa
Suzana
Elton
. 
Professor: Adolfo Koga.
São José, 28 de Agosto de 2018
 
INTRODUÇÃO
O diabetes melito (DM) é uma doença metabólica caracterizada por hiperglicemia, que ocorre por defeitos na ação e/ou secreção de insulina e está associada ao surgimento de complicações crônicas microvasculares (nefropatia, retinopatia) e macrovasculares (doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral e doença macrovascular periférica), além de neuropatia diabética.
Atingir e manter as concentrações plasmáticas de glicose o mais próximo possível da normalidade é crucial para prevenir e/ou retardar o aparecimento das complicações crônicas do DM. A obtenção de um controle glicêmico intensificado, associada ao controle dos lipídeos séricos e da pressão arterial e à manutenção de um peso corporal adequado, é um dos principais focos no manejo dietoterápico desses pacientes.
A hemoglobina glicada (HbA1c) é o teste considerado como critério de referência para a avaliação do controle glicêmico e representa um sumário das excursões glicêmicas durante as seis a oito semanas que precedem a sua mensuração. Valores de HbA1c próximos ou inferiores a 7% são capazes de reduzir complicações microvasculares e neuropáticas em pacientes com DM e, possivelmente, complicações macrovasculares. A glicemia pós-prandial tem sido enfatizada como um fator determinante nos valores da HbA1c, podendo ser responsável por até 50% ou mais dos valores desse teste. Além disso, a glicemia pós-prandial é um importante preditor do aparecimento e progressão da doença micro e macrovascular em pacientes diabéticos. As evidências epidemiológicas demonstram ser a glicemia pós-prandial um fator de risco progressivo para a doença cardiovascular, tanto em indivíduos diabéticos como em não diabéticos.
Diferentes fontes de carboidrato variam quanto às suas taxas de absorção e, consequentemente, são também variáveis seus efeitos sob as concentrações plasmáticas de glicose e insulina. Essas variações na resposta dos carboidratos da dieta podem ser quantificadas por meio do índice glicêmico (IG) e da carga glicêmica (CG) dos alimentos.
O índice glicêmico (IG) é uma medida do impacto relativo do carboidrato presente nos alimentos na concentração de glicose plasmática. Embora a glicemia pós-prandial esteja diretamente relacionada à secreção de insulina, esta não é apenas decorrente da ingestão de carboidratos. Atribui-se ao IG 49% a 79% da variabilidade da resposta insulínica pós-prandial. Aminoácidos isolados e proteínas também são estimuladores da liberação de insulina, assim como alguns hormônios como, por exemplo, as incretinas. Sendo assim, a utilização do IG como preditor de insulinemia requer cautela.
O IG é determinado pela relação entre a área abaixo da curva de resposta glicêmica duas horas após o consumo de uma porção do alimento teste e a área abaixo da curva de resposta glicêmica correspondente ao consumo de uma porção do alimento referência (com a mesma quantidade de carboidrato que a porção do alimento teste). O valor obtido nessa relação é multiplicado por cem e o IG é expresso em porcentagem. Os alimentos que provocam maior aumento na resposta glicêmica apresentam elevado IG, enquanto aqueles que estão associados a uma menor resposta glicêmica têm valores menores de IG.
O alimento de referência utilizado para comparação com o alimento teste pode ser a própria glicose ou o pão branco. Contudo, o uso do pão branco como alimento referência não é a escolha mais recomendada, em razão das prováveis variações em sua composição em diferentes regiões do mundo. Além disso, a utilização do mesmo alimento de referência pelos estudos, preferencialmente a glicose, facilita a comparação dos resultados.
A concentração glicêmica (CG) quantifica o efeito total de uma determinada quantidade de carboidrato sobre a glicose plasmática, representando o produto do IG de um alimento pelo seu conteúdo de carboidrato disponível. O conceito de CG envolve tanto a quantidade como a qualidade do carboidrato consumido, o que a torna mais relevante do que o IG, quando um alimento é avaliado isoladamente. A melancia, por exemplo, tem um pequeno efeito nas concentrações plasmáticas de insulina e glicose, embora apresente um elevado IG (IG = 80%). Isso pode ser explicado pela pequena quantidade de carboidrato (a porção de 120 g contém 6 g de carboidrato disponível) que a melancia apresenta, o que a caracteriza como um alimento de baixa CG.
 O exame da curva glicêmica, também chamado de teste oral de tolerância à glicose, ou TOTG, serve para verificar a quantidade de açúcar no sangue, após a ingestão de um líquido açucarado, chamado de glicose, preparado especialmente para o exame. Este teste é, frequentemente, feito na gestante, pois, durante a gravidez, é comum surgir aumento dos níveis de glicose sanguínea. 
 O resultado é medido 1, 2, e até  3 horas após ingestão de 75g de glicose, e irá mostrar se a pessoa tem ou está em risco para desenvolver diabetes mellitus, diabetes gestacional ou hipoglicemia.
 A interpretação da curva glicêmica após 2 horas é da seguinte forma:
Normal: inferior a 140 mg/dl;
Tolerância diminuída à glicose: entre 140 e 199 mg/dl;
Diabetes: igual ou superior a 200 mg/dl.
 Quando o resultado é a tolerância diminuída à glicose, significa que há um grande risco de desenvolver diabetes, sendo uma pré-diabetes. Além disto, somente uma amostra deste exame não é suficiente para o diagnóstico da doença, devendo-se ter uma coleta da glicemia de jejum em outro dia para confirmar.
Metodologia
Material utilizado:
Luvas;
Estante;
Garrote;
Seringa;
Agulha;
Algodão;
Jaleco;
Álcool;
Apoio para braço;
Tubo com gel;
Descarpak;
Banho Maria;
Centrífuga;
Aparelho de bioquímica para análise de glicose;
Pipetas;
Ponteiras;
Tubo cristal;
Cronômetro;
Padrão e reagente para análise de glicose.
Procedimento
Foi coletado 5 ml de sangue de 4 voluntários, utilizando o apoio para braço, garrote, luvas, jaleco, algodão, álcool, tubo com gel, seringa, agulha e descarpak.
Em seguida deixaram-se os sangues já coletados descansando por volta de 10 minutos ou até o processo de coagulação se concluir. 
Próximo passo é levar os tubos até a centrífuga e deixar por 10 minutos a 3500rpm. Com a finalização do processo, avalio-se se todos os soros estavam separados, os que permaneceram inseparáveis, retornaram a centrífuga por mais 10 minutos. Em uma estante já estavam identificados os tubos cristais (branco, padrão, voluntario 1 e voluntario 2). Com uma pipeta de 20 microlitros foi adicionado 0,020 ml a amostra padrão, o soro do voluntário 1 , em seu respectivo tubo cristal identificado. Após, foi adicionado 1000 microlitros do reagente de glicose em todos os tubos cristais (branco, padrão, soro 1 , homogeneizar e foi adicionado 1,0 de tampão e em seguida foi colocado em banho maria por 10 minutos a 37 Cº. Pra finalizar, as amostras foram passadas no aparelho de bioquímica expectrofotometria conforme instrução do professor, para se obter os resultados da glicose do voluntário.
Resultados
Voluntário 1 
Glicose: 98 mg/dl		Referência:70 a 99 mg/dL
	 Hiperglicemia de jejum: 100ª 125 mg/dL
					
De acordo com as bibliografias estudas, os valores obtidos nas análises estão dentro das referências, sendo que o voluntário relatou ter passado o dia todo comendo besteiras.
 Sendo assim, a metodologia apresentada e aplicada teve sucesso, respeitando todos os passos e técnicas apresentadas. 
CONCLUSÃO
O diabetes é uma doença crônica e ainda não tem cura, mas pode ser bem controlado, evitandocomplicações que minam a qualidade de vida dos pacientes ou mesmo abreviam sua vida. A grande maioria dos casos de diabetes, corresponde à diabetes mellitus tipo 2, a qual é considerada atualmente um problema de saúde pública.
Além do tratamento medicamentoso, é importante ressaltar que a prevenção e tratamento do diabetes mellitus tipo 2 está associado a mudanças no estilo de vida, principalmente relacionados à dieta e à prática de exercícios físicos.
 O diagnóstico correto e precoce do diabetes mellitus e das alterações da tolerância à glicose é extremamente importante, porque permite que sejam adotadas medidas terapêuticas que podem evitar o aparecimento de diabetes nos indivíduos com tolerância diminuída e retardar o aparecimento das complicações crônicas nos pacientes diagnosticados com diabetes.
REFERÊNCIAS
https://www.tuasaude.com/exame-da-curva-glicemica/
 Acesso em: 28 de Agosto de 2018
SILVA, Flavia Moraes et al. Papel do índice glicêmico e da carga glicêmica na prevenção e no controle metabólico de pacientes com diabetes mellitus tipo 2. 2009. 
Acesso em: 28 de Agosto de 2018

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