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EXAME DO PRECÓRDIO

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EXAME DO PRECÓRDIO
Se apresentar, explicar o procedimento, pedir para que tire a blusa, se posicionar a direita do paciente. 
Paciente deve estar com as pernas descruzadas, de preferência sentado, mas pode ser também avaliar em decúbito dorsal ou lateral. 
Se faz uma rápida anamnese.
Tem que saber todas as linhas e regiões!
Etapas: Inspeção, Palpação e Ausculta.
Inspeção: parede, íctus e região cervical
Verificar a parede do tórax se tem abaulamentos, retrações, distribuição de pelos, cicatrizes, manchas. 
Verificar a localização do Íctus Cordis (5º espaço intercostal na linha hemiclavicular esquerda). É mais visível em crianças e magros!
Verificar a região cervical anterior (carótidas e jugular). Buscar turgência jugular patológica (dilatação na jugular) através do sinal de kussmaul – pede para o paciente fazer uma inspiração profunda, que vai gerar aumento da pressão intratorácica e diminuição do Retorno Venoso – por limitação do enchimento ventricular. Em situação patológica, onde o enchimento do ventrículo direito esta alterado, se observa o ingurgitamento da jugular. Ex: insuficiência do ventrículo direito. Pode-se fazer também o reflexo hepato-jugular – aperta a região do fígado (veia porta).
Palpação: íctus, pulsos, frêmito e atrito
Íctus cordis – localização (4º/5º espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular), diâmetro (1-2 polpas digitais), amplitude (forte – Insuficiência mitral, anemia (sangue fica mais viscoso), taquicardia; fraco – hipovolemia (diminuição do volume de sangue), pericardite – é feito com a polpas digitais), duração (cerca de 1/3 da sístole), mobilidade (1 – 2cm com manobras – marca com paciente sentado, depois manda ele deitar em decúbito lateral esquerdo e avalia o desloamento). Alteração: cardiomegalia (o íctus não se desloca na avaliação da mobilidade e está mais para a esquerda à palpação)! Obesidade, DPOC, pode prejudicar a palpação. O íctus pode estar difuso (3 ou mais poupas digitais - dilatação) ou propulsivo ( a mão que palpa levanta a cada contração – hipertrofia)
->O coração cresce para BAIXO e para ESQUERDA!!
Pulsos carotídeo, radial, femoral, outros. – Fazer ausculta e palpação (afastando o esternocleidomastóideo) das carótidas nos 3 pontos, comparando-as e verificando o estado da parede arterial, intensidade, ritmo, presença de sopros. Simetria (palpa os dois radiais simultaneamente), intensidade (normal de 60 a 100) e ritmo (dado pela sequência das pulsações, se forem intervalos iguais, é regular – se faz no radial e o esteto no foco mitral). Pulso radial se mede a 2 cm da base do polegar, por 30 – 60s. Investigar arritmia junto ao foco mitral. Quando indicado, realizar o teste de Allen (busca detectar oclusão da artéria ulnar ou radial – se faz a compressão da artéria radial, pede para o paciente fechar a mão, depois abrir. A coloração retorna uniformemente e rapidamente. Se houver estenose ou oclusão da artéria ulnar, o retorno é demorado e não uniforme. Se faz a mesma coisa para verificar estenose ou oclusão da artéria radial – indicado na gasometria)
Pesquisa de frêmitos: correspondem aos sopros. É a sensação tátil determinada por vibrações produzidas no coração ou nos vasos (sensação tátil do sopro). Pesquisa nos mesmo focos da ausculta! Em geral são percebidos a partir do grau IV ou ++++/6+. Pode ser sistólico, diastólico ou sisto-diastólico. 
Pesquisa de atritos: sensação tátil do atrito entre as membranas pericárdicas e pleurais inflamadas. Ex: pericardite (inflamação do pericárdio). 
Ausculta:
Focos: iniciar procurando o ângulo de Louis (proeminência entre o manúbrio e o corpo do esterno).
Aórtico (2º espaço a direita, linha paraesternal).
Pulmonar (2º espaço a esquerda, linha paraesternal).
Aórtico acessório (3º espaço a esquerda, linha paraesternal).
Tricúspide (5º espaço a esquerda, linha paraesternal).
Mitral (5º espaço ao lado do tricúspide, linha hemiclavicular).
Bulhas cardíacas: é determinado pelo fechamento das valvas!
B1: corresponde a sístole – 3 fases: contração isovolumétrica, ejeção rápida e ejeção lenta. O som é dado pelo fechamento das valvas AV (mitral e tricúspide). É o TUM.
B2: corresponde a diástole – 4 fases: relaxamento isovolumétrico, enchimento ventricular rápido, enchimento ventricular lento, sístole atrial. O som é dado pelo fechamento das valvas semilunares (aórtica e pulmonar). É o TÁ.
B3: reflete um ventrículo dilatado + aumento do volume diastólico final. É a sobrecarga de volume! Sangue com sangue no enchimento ventricular lento. Ritmo de galope. Ex: Insuficiência cardíaca congestiva.
B4: resulta da contração atrial, ao final da diástole, pelo contato do sangue com a parede ventricular hipertrofiada. É a sobrecarga de pressão. Ex: HAS. Paciente com Fibrilação atrial não tem B4!
Frequência: 
Conta-se 1 minuto. 
Em adultos vai de 60 a 100. Menos de 60 é bradicardia. Mais que 100 é taquicardia. 
Ritmo:
2 tempos: apenas 2 bulhas
3 tempos: 3 bulhas
Não há B3 e B4 ao mesmo tempo!
Sopro: é a perda do fluxo laminar = turbilhamento de sangue. 
Identificar (principalmente no ponto de maior intensidade)
Classificar a intensidade (em +). Grau 1 (muito leve, ouvido apenas com muita atenção), grau 2 (leve mas facilmente audível), grau 3 (alto mas sem frêmito no foco de maior intensidade), grau 4 (muito alto com frêmito), grau 5 (muito alto, audível com estetoscópio levemente encostado no paciente), grau 6 (muito intenso, audível mesmo com estetoscópio desencostado (cerca de 1 cm) do paciente).
Timbre: rude, suave, musical, aspirativo (insuficiência aórtica), ruflar (estenose mitral).
Tipo: Localizar no ciclo cardíaco (sistólico x diastólico). 
->Sistólico: coincidem com o pulso! Pode ser fisiológico. Protossistólico: inicio da sístole; mesossistólico: crescendo e decrescendo. Ex: estenose aórtica; telessistólico: começa no final da sístole e termina em B2; Holossistólico: dura toda a sístole. Ex: insuficiência mitral. 
->Diastólico: não coincidem com o pulso! É SEMPRE patológico! Protodiastólico: decresce. Ex: insuficiência aórtica; telediastólico: pré sistólico/cresce. Ex: estenose mitral.
Descrição do exame normal: ritmo cardíaco regular em dois tempos, bulhas normofonéticas, sem presença de sopros ou extra sístoles. 
Regurgitação aórtica: refluxo de sangue através da valva aórtica toda vez que o ventrículo relaxa
Clinica: dispneia ao esforço, ortopneia, DPN, síncope, angina, palpitações.
Diagnostico: clinica + ecocardiograma 
Ex: febre reumática e sífilis. 
Estenose pulmonar: obstrução da valva pulmonar
Clinica: dispneia aos esforços.
Aparece também na tetralogia de Fallot (CIV, dextroposição da Ao, estenose pulmonar e hipertrofia de VD)
Estenose mitral: obstrução da valva mitral
Clinica: dispneia aos esforços e taquicardia
Diagnostico: clinica + ecocardiograma 
Ex: febre reumática
Clique sistólico
Clique de abertura X estalido de abertura = sinônimos de estenose (estreitamento)!
Clique: ruído sistólico pela abertura da semilunar estenosada, ocorrendo na estenose Aórtica e pulmonar.
Estalido: ruído diastólico ela abertura da atrioventricular estenosada, ocorrendo na estenose mitral e tricúspide. 
Difere-se de B3 e B4 por ser de alta frequência, melhores auscultados pelo diafragma. 
Sons:
Normal (fisiológico): B1 e B2 – TUM TA
B3: TUM TA TA – HAS DE LONGA DATA e INSUFICIÊNCIA CARDÍACA.
B4: TRUM TA ou TUM TUM TA – HAS RECENTE 
ESTENOSE DE VALVA MITRAL: SOPRO SISTÓLICO – febre reumática
HOLOSISTÓLICO: NÃO CONSEGUE OUVIR NENHUMA BULHA – ANEMIA
CLICK: VALVA ABRINDO – febre reumática (doença autoimune que afeta o coração)
REGURGITAÇÃO AÓRTICA – causado por febre reumática - insuficiência
ESTENOSE PULMONAR – causado por tetralogia de fallot (má formação cardíaca)
DICAS DOS SONS NO BONECO DO LH:
MITRAL E TRICÚSPIDE: ouve-se o normal, B3, B4, Holossistólica e Click.
MITRAL: ouve-se estenose de valva mitral.
AÓRTICO: ouve-se regurgitação aórtica. 
AÓRTICO ACESSÓRIO: ouve-se estenose mitral e regurgitação.
PULMONAR: ouve-se regurgitação aórtica eestenose pulmonar.