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FARMACOLOGIA DA MALÁRIA, TUBERCULOSE, ANTIPROTOZOÁRIOS E ANTIHELMÍNTICOS.

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CURSO DE FARMÁCIA
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE FOZ DO IGUAÇU – IESFI
FARMACIA
FARMACOLOGIA DA MALÁRIA, TUBERCULOSE, ANTIPROTOZOÁRIOS E ANTIHELMÍNTICOS.
 
Bruna Do Socorro Ferreira Freitas; Josiane Batista Antunes; Josimari Fernandes Oliveira; Sandro Lucas Loewecke Lago e Sheila Da Silva Marchiori.
Foz do Iguaçu, 2018
RESUMO
Este artigo tem como objetivo mostrar, as doenças como malária, tuberculose, antiprotozoário e anti-helmínticos. Mostra o tratamento farmacológico dessas doenças, fármacos, seu mecanismo de ação e efeitos colaterais dos fármacos ingeridos. Foi feito uma pesquisa qualitativa com bases em livros e artigos.
Palavras chave: fármacos; mecanismo de ação, tratamento; drogas.
INTRODUÇÂO
Este artigo tem como objetivo apresentar assuntos a respeito farmacologia da malária, tuberculose, antiprotozoários e anti-helmínticos. Havendo a necessidade de se conhecer a respeito dos métodos de tratamento das mesmas. A pesquisa foi realizada em livros sobre farmacologia clinica que apresentam o quadro clínico de cada doença. 
FARMACOLOGIA DA TUBERCULOSE
 A tuberculose é uma infecção bacteriana grave, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis. A doença apresenta algumas características marcantes como: um longo período de latência entre a infecção inicial e apresentação clínica da doença; preferência pelos pulmões, mas também pode ocorrer em outros órgãos do corpo como: ossos, rins e meninges. A transmissão é direta pessoa a pessoa, principalmente através do ar. Ao falar, espirrar ou tossir, o doente de tuberculose pulmonar lança no ar gotículas, de tamanhos variados, contendo o bacilo. As gotículas mais pesadas caem no solo. As mais leves podem ficar suspensas no ar diversas horas. Somente os núcleos secos das gotículas com 1 ou 2 bacilos em suspensão, podem atingir os bronquíolos e alvéolos e então iniciar a multiplicação. Embora a tuberculose possa afetar qualquer órgão, a maioria das infecções em pacientes imunocompetentes é restrita aos pulmões. Antes de ser conhecida a infecção pelo HIV, mais de 80% dos casos da doença foram localizados nos pulmões. No entanto até dois terços dos pacientes infectados com o HIV e doentes com TB podem desenvolver a tuberculose extrapulmonar. Na maioria dos pacientes infectados, a TB ativa a imunidade celular do hospedeiro e para a replicação das microbactérias. Isso ocorre entre 3 e 6 semanas após a exposição ao organismo. Cerca de 5% dos pacientes expostos ao M. tuberculosis evolui para desenvolver a doença ativa durante os próximos 2 anos, e entre 5% e 10% desenvolvem a doença numa fase posterior. 
Fármacos Utilizados
Isoniazida
A atividade bacteriana da isoniazida está limitada as microbactérias. Ela interrompe o crescimento dos microrganismos em repouso, porem pode destruir as bactérias que se dividem. Ela passa livremente para o interior das células dos mamíferos e, assim, é efetiva contra microrganismos intracelulares. O mecanismo de sua ação e obscuro. Há evidencias de que ela inibe a síntese dos ácidos micólicos, constituintes importantes da parede celular, peculiar às microbactérias. Relata-se, também, que ela se combina com uma enzima inicamente encontrada nas cepas de bactérias sensíveis a isoniazida, interferindo com o metabolismo celular. Pode ocorrer resistência, causada pela redução da penetração do fármaco na microbactéria. Porém não ocorre resistência cruzada com outros fármacos tuberculostática.
A isoniazida e prontamente absorvida no trato gastrintestinal, e é amplamente distribuída por todos os tecidos líquidos corporais, incluindo o LCR. Um ponto importante é que ela penetra bem nas lesões tuberculosas “caseosas”. O metabolismo, que envolve em grande parte a acetilação, depende de fatores genéticos que determinam se o indivíduo é um acetilador lento ou rápido do fármaco. Os inativadores lentos apresentam melhor resposta terapêutica. A meia-vida nos inativadores lentos é de 3 horas e nos intervalos rápidos e de 1 hora. A isoniazida é eliminada na urina parcialmente como fármaco inalterado e parcialmente na forma acetilada ou inativada de outra maneira.
Os efeitos adversos dependem da dose e ocorrem em cerca de 5% dos indivíduos, sendo os mais comuns as erupções cutâneas alérgicas. Uma variedade de outras reaoçoes adversas foi relatada, incluindo febre, hepatotoxicidade, alterações hematológicas, sintomas artríticos e vasculite. Os efeitos adversos envolvendo o SNC ou periférico são grande parte consequência da deficiência de piridoxina e são comuns nos pacientes desnutridos.
Rifampicina
A rifampicina age ligando-se e inibindo a RNA-polimerase dependente de DNA nas células procarióticas, porém não nas eucarióticas. Ela e um dos agentes antituberculosos ativos mais conhecidos, e é também efetiva contra a maioria das bactérias gram-positivas, além de muitas espécies gram-negativas. Ela entra nas células fagocíticas e pode, portanto, destruir microrganismo intracelulares, incluindo o bacilo da tuberculose. A resistência pode desenvolver-se rapidamente em um processo de uma etapa que se acredita ser causado por modificação química da RNA-polimerase microbiana dependente de DNA, resultando de uma mutação cromossômica.
A rifampicina e administrada oralmente e é amplamente diminuída nos tecidos e nos líquidos corporais, dando coloração laranja à saliva, escarro, lagrima e suor. No LCR, ela alcança 10%-40% de sua concentração sérica. Ela é eliminada parcialmente na urina e parcialmente na bile, com alguma parte dela passando pela circulação êntero-hepática. O metabolito persiste com atividade antibacteriana, porém é menos bem absorvido no trato gastrintestinal. A meia-vida é de 1-5 horas, tornando-se mais curta durante o tratamento pela indução das enzimas microssômicas hepáticas.
Os efeitos adversos são relativamente infrequentes. Os mais comuns são erupções cutâneas, febre e distúrbios gastrintestinais. Foi relatada lesão hepática com icterícia, que se mostrou fatal em proporção muito pequena dos pacientes, e a função hepática deve ser avaliada antes de começar o tratamento. A rifampicina provoca indução das enzimas da metabolização hepática, resultado em aumento na degradação da varfarina, glicocorticoides, analgésicos narcóticos, fármacos antidiabéticos orais, dapsona e estrógenos, com este último efeito levando à falha dos contraceptivos orais.
Pirazinamida
A Pirazinamida é inativa em pH neutro, porém tuberculostática em pH ácido. Ela é efetiva contra microrganismos intracelulares nos macrófagos porque, depois da fagocitose, os microrganismos estão contidos nos fagolisossomos, onde o pH é baixo. A resistência ocorre bastante rapidamente, porém não ocorrem resistência cruzada com a isoniazida. O fármaco é bem absorvido depois da administração oral e se distribui amplamente, penetrando bem nas meninges. Ela é eliminada pelo rim, principalmente por filtração glomerular.
Os efeitos adversos incluem gota, que está associada a altas concentrações dos uratos plasmático. Foram relatados, também, distúrbios gastrintestinais, mal-estar e febre. Antigamente, eram usadas doses elevadas deste fármaco, e havia possibilidade de séria lesão hepática; isto agora é menos provável, com os regimes de duração mais curtos e doses menores, porém, apesar de tudo, a função hepática deve ser avaliada antes do tratamento.
FÁRMACOS ANTIPROTOZOÁRIOS
Os protozoários são microrganismo unicelulares eucarióticas moveis que, virtualmente, colonizaram todos os habitats e todos os nichos ecológicos. Eles podem ser convenientemente classificados, com base em seu método de locomoção, em quatro grupos principais: amebas, flagelados, esporozoários e um grupo adicional que inclui os ciliados e outros microrganismo de afiliação incerta. Os protozoários possuem diversos comportamentos alimentares, com alguns sendo parasitas. Muitos possuem ciclo de vida extremamente complexos, algumas vezes envolvendo vários hospedeiros, remanescentedos helmintos. Como um grupo os protozoários são responsáveis por uma carga enorme de doenças entre os seres humanos, bem como nas populações de animais domésticos e selvagens.
Amebíase
É uma infecção produzida por Entamoeba histolytica. A palavra amebíase costuma ser usada para designar a presença de E. histolytica no organismo de qualquer hospedeiro vertebrado com ou sem manifestações clínicas. Na maioria dos casos humanos, o parasitismo por essa ameba, não produz sintomatologia, sendo, em geral, devida a estirpes não-patogênicas do parasito. A transmissão direta, de homem a homem, realiza-se habitualmente por meio das mãos sujas. Contaminadas com matéria fecal durante a higiene anal, depois das evacuações, as mãos podem reter cistos de amebas, sobretudo sob as unhas. Nestas condições os cistos permanecem viáveis, quando menos, por 5 minutos, se o paciente não lavar as mãos. As transmissões indiretas podem ser várias: contaminação de alimentos pelas mãos poluídas de um eliminador de cistos; contaminação de alimentos com fezes humanas utilizadas como adubo; veiculação dos cistos pela água poluída com dejetos humanos; e transporte mecânico por insetos.
Fármacos Utilizados
Metronidazol 
É um fármaco antiprotozoário nitrimidazólicos que também apresenta potente atividade antibacteriana contra anaeróbios, inclusive bacteroides e espécies de Clostridium. O metronidazol é seletivamente absorvido por bactérias anaeróbias e por protozoários sensíveis. Quando captado pelos anaeróbios, é reduzido por meios não enzimáticos ao reagir coma ferrodoxina reduzida. Essa redução resulta em produtos tóxicos para as células anaeróbias, o que possibilita o acúmulo seletivo nos anaeróbios. Os metabólitos do metronidazol são incorporados ao DNA bacteriano, formando moléculas instáveis. Essa ação somente acontece quando o metronidazol é parcialmente reduzido; com tal redução em geral, acontece apenas em células anaeróbias, tem efeito relativamente pequeno sobre as células humanas ou bactérias aeróbias.
O metronidazol é usualmente administrada oralmente e é completamente absorvido, atingindo pico de concentração plasmática em 1-3 horas, com meia-vida de cerca de 7 horas. Preparações retais e intravenosa também estão disponíveis. Ele é distribuído rapidamente pelos tecidos, atingindo altas concentrações nos líquidos corporais, incluindo o liquido cerebrospinal. Uma parte e metabolizada, porém a maior parte é eliminada na urina.
Os efeitos colaterais incluem náuseas, diarreia, estomatite e neuropatia periférica, decorrentes
do uso prolongado. O metronidazol possui efeito semelhante ao dessulfuram, e os pacientes
devem ser instruídos a evitar álcool.
Tinidazol
 Tem propriedades semelhantes às do metronidazol, mas alcança concentração dupla no sangue, após 24h.
Giardíase
O último flagelado que discutiremos é a Giardia lamblia. A forma trofozoítica deste parasita coloniza o trato gastrintestinal superior, e os cistos saem nas fezes. A infecção é, então, disseminada pela ingestão de alimento ou água contaminada com material fecal contendo os cistos. Ela é encontrada em todo o mundo, e as epidemias causadas por más condições sanitárias não são incomuns. O metronidazol é o fármaco de escolha, e o tratamento é usualmente muito efetivo.
Fármacos Utilizados
Na pratica clínica, são empregados os seguintes medicamentos: os derivados nitrimidazólicos, a furazolidona e o nifuratel. Derivados nitrimidazólicos utilizam-se o metronidazol e o tinidazol semelhantes aos aconselhados para o tratamento da amebíase. Há uma tendência a serem prescrita doses baixas e esquemas mais simples.
Malária
Malária é uma doença infecciosa adquirida através da picada da fêmea de mosquitos do gênero Anopheles infectado por protozoário do gênero Plasmodium. Quatro espécies de plasmódios infectam os seres humanos: Plasmodium vivas, Plasmodium falciparum, Plasmodium ovale e Plasmodium malariae. O inseto vetor que se reproduz na água estagnada, e a doença que ele transmite é uma das maiores causas de letalidade em nosso planeta.
A transfusão sanguínea e uso de seringas contaminadas, entre dependente químicos, além da transmissão vertical, são também formas de aquisição da malária. 
Pacientes com malária apresentam febre, geralmente alta, associadas ou não a calafrios, que podem ser seguidos de sudorese intensa. Cefaleia, fadiga, desconforto abdominal e icterícia de intensidade variável são comuns. Esplenomegalia é achado geralmente presente em pacientes residentes em áreas endêmicas ou em crianças e adolescentes jovens. Os sintomas só aparecem no ciclo eritrocítico e dependem do número de parasitas por mililitro de sangue. 
O tratamento deve ser baseado nas medidas de suporte para controle dos sintomas e das complicações. É importante obter dados como: a gravidade da malária; a espécie envolvida; a origem do paciente a idade, para a escolha mais adequada do esquema terapêutico e vias de aplicação dos antimaláricos. Existe várias drogas disponíveis para tratamento da malária, cada uma delas atuando em uma ou mais fases do ciclo evolutivo do plasmódio. 
Fármacos Utilizados
Quinina
Os primeiros relatos de tratamento empírico para malária no Ocidente datam de 1600, quando padres jesuítas, empregando os conhecimentos dos incas, índios nativos do Peru, utilizam um concentrado extraído da casca de uma árvore chamada cinchona. Em 1820, Caventou e Pelletier, na França, conseguiram identificar, dentre vários alcaloides chamados quinolinometanólicos, a quinina e a quinidina dessa arvore. A quinina e um potente esquizonticida sanguíneo. Age inibido a atividade da polimerase do plasmódio responsável pela polimerização do grupamento heme dentro do pigmento malárico, levando ao acumulo do grupamento heme livre que é toxico para o parasita. 
Pode ser utilizada na forma oral, como sulfato de quinina, ou endovenosa, como dicloridrato de gluconato de quinina. Apresenta rápida absorção por via oral, alcançando a concentração plasmática máxima em 1-3 horas; 20% concentra-se nos eritrócitos. De 70% a 90% da droga se liga às proteínas do plasma. Sua meia-vida e de 10 horas. 80% e metabolizado no fígado pelas enzimas dos sistemas citocromo P450 e 20% e eliminada na urina. Cerca de 10% do fármaco e eliminado de forma inalterada.
O cinchonismo, caracterizado por zumbidos, surdez transitória, visão turva e vertigem, pode ocorrer em alguns pacientes com nível sérico elevado de quinina livre no plasma, podendo também levar à neurotoxicidade.
Cloroquina
Sintetizada na década de 1930 pelos alemães. E uma droga barata e fácil síntese, esquizonticida eritrocitário sem ação contra as formas hepáticas e gemetocida para P. vivax e P. malariae. Inibe TNF -delta mostrando atividade anti-inflamatória e, por isso também e utilizada no controle de doenças como artrite reumatoide juvenil e lúpus. Embora muito antiga, ainda persistem divergências de como a cloroquina interferem na cristalização de hemozoína, levando toxidade para o parasita.
Farmacocinética
Administrada exclusivamente por via oral, pois seu uso parenteral tem sido relacionado a cardiotoxidade grave. Apresenta rápida absorção no trato gastrointestinal, alcançando concentração máxima em 3 horas, com excelente concentração nos eritrócitos. Meia- vida de 70 a 120 horas; cerca de 2 a 4 meses após a sua ingestão, ainda é possível detectar-se cloroquina no plasma e na urina.
A droga e normalmente bem tolerada, mas pode haver sintomas gastrointestinais como náuseas, vômitos e desconforto abdominal. O aparecimento de prurido pode compremeter a obediência ao tratamento. Raramente a administração de cloroquina pode se seguida de convulsões, polineurite, neuromiopatia, ototoxicidade, anemia aplástica, leucopenia e descoloração capilar. Cefaleia e visão borrada também pode ocorrer.
Primaquina
Desenvolvida na segunda guerra mundial, apresenta atividade contra os esquizontes teciduais, hipnozoítos e gametócitos, além de ser esporonticida dos plasmódios. Assim, e importanteno combate às recaídas e bloqueio de transmissão.
Os produtos metabólicos da Primaquina apresentam potente efeito oxidante e agem interferindo na função mitocondrial do parasita. Tem intensa atividade nos hepatócitos parasitados. Utilizada apenas por via oral, é absorvida no trato gastrointestinal; apresenta meia-vida de 3 a 6 horas. Duas vias são resultadas de sua metabolização hepática: a primeira resulta na 5-hidropimaquina e na5-hidroximetiprimaquina, produtos ativos: a segunda e a transformação em N-acetilprimaquina e ácido desaminocarboxílico. Esses metabólicos são rapidamente eliminados.
Não deve ser usada em pacientes com deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase por causa da hemólise. Pode apresentar desconforto gástrico e níveis elevados de meta-hemoglobina, depressão medular levando a anemia e leucopenia.
FARMACOS ANTI-HELMÍNTICOS
Anti-helmínticos são drogas utilizadas para o tratamento das helmintíases, doenças provocadas por vermes parasitas, conhecidas em geral como vermicidas ou vermífugos, conforme destruam ou simplesmente provoquem a expulsão dos vermes. 
Albendazol
É um derivado imidazólico com amplo espectro de ação, pois é eficaz no tratamento da ascaridíase, enterobíase, tricocefalíse e ancilostomíase. É o fármaco mais ativo para tratar a ancilostomíase, porém não constituiu progresso no tratamento da tricocefalíse. O Albendazol pode ser absorvido irregularmente pelo tubo gastrointestinal após administração por via oral, sendo então metabolizado pelo fígado. O Albendazol atua inibindo a captação de glicose associada a uma depleção de glicogênio e diminuição do ATP, que é essencial para a sobrevivência e a reprodução dos parasitas. É essa ação bloqueadora a responsável pelo amplo espectro da droga. Quando absorvido, distribui-se por vários tecidos, inclusive cistos hidáticos e o SNC, o que explica sua ação terapêutica na hidatidose e no cisticerco. Produz poucos efeitos colaterais quando utilizado para tratamento de helmintos intestinais. Nos tratamentos prolongados, como acontece na cisticercose, podem-se observar elevação das transaminases e icterícia por colestase, retornando à normalidade após o tratamento. Outros efeitos colaterais também são mencionados nos tratamentos prolongados: febre, queda de cabelo, leucopenia e plaquetopenia.
Ivermectina
A ivermectina é um derivado dos avermectins, uma nova classe de 16-lactonas, amplamente utilizado em medicina veterinária e que, ultimamente, teve sua utilização estendida também aos seres humanos. Em seres humanos, os neveis plasmáticos máximos são atingidos em 4 horas após a administração oral. A excreção se faz de forma quase inalterada e quase totalmente pelas fezes, dissolvida na bile, por sua alta lipossolubidade. A metabolização é hepática, e a maior concentração tissular é encontrada no fígado e tecido adiposo. O mecanismo de ação da Ivermectina consiste em provocar a imobilização dos vermes, induzindo uma paralisia tônica da musculatura. Em seres humanos já ficou demostrada a sua eficácia terapêutica contra nematoides, além de eficácia também comprovada na escabiose, pediculose e larva migrans. A Ivermectina é uma droga bastante segura para os mamíferos. As reações adversas quase sempre resultam da morte das microfilárias e estão diretamente relacionadas com carga parasitária e o tempo de evolução da doença. Como não existem estudos sobre sua ação teratogênica em humanos, a Ivermectina deve ser evitada durante a gravidez e a amamentação.
Mebendazol
O Mebendazol, derivado benzimidazólico, representa real progresso no arsenal terapêutico anti-helmíntico, tanto por sua elevada eficácia e excelente tolerabilidade como também por seu amplo espectro de ação contra nematoides. O Mebendazol é pouco absorvido pelo tubo gastrointestinal, recuperando-se cerca de 10% na urina, sob a forma de derivado descarboxilado, após 24 a 48 horas da administração de uma dose oral. O Mebendazol apresenta mecanismo de ação semelhante ao do Albendazol. Não produz efeito colateral, e é uma droga de excelente tolerabilidade. Dor abdominal passageira e diarreia tem sido descrita raramente, na maioria das vezes em pacientes com infecção maciças.
Tiabendazol
O tiabendazol foi introduzido para tratamentos das infecções produzidas pelo S. stercoralis. Embora anunciada como droga de amplo espectro de ação, sua alta eficácia no tratamento da estrongiloidíase fez com que fosse considerada droga especifica no tratamento desse helmintíase. O tiabendazol é rapidamente absorvido pelo tubo digestivo e eliminado sob a forma de sulfato conjugado pela urina nas primeiras 24 horas período de sua administração. O mecanismo de ação do tiabendazol ainda não é conhecido, embora se saiba que não atua sobre as formas larvárias de helminto, mesmo no período pré-patente. Os efeitos colaterais mais comuns são representados por tontura, sonolência, náuseas, vômitos, sialorreia e dores abdominais.
Praziquantel
O praziquantel foi introduzido para uso clínico, mostrando-se altamente eficaz contra infecções de várias espécies de cestoides e trematoides. O praziquantel tem-se mostrado eficaz não só contra vermes imaturos e maduros, mas também contra a fase larvar dos cestoides. O praziquantel e rapidamente absorvido pelo trato gastrointestinal e também rapidamente excretado, tendo meia-vida no plasma em torno de 2 horas, enquanto seus metabolitos podem ficar até 6 horas, podendo esse tempo ser mais prolongado ainda em paciente hepatopatas, incluindo a forma hepatoesplênica da esquistossomose mansonica. Cerca de 70% da droga e excretada na urina em 24 horas, com o remanescente metabolizado no fígado e eliminada pela bile. O praziquantel atua no metabolismo dos carboidratos, determina diminuição da captação de glicose e aumento da excreção de lactato. A perda de glicose do parasita para o meio constitui um efeito especifico do praziquantel. Os efeitos colaterais de maiores frequências são dores abdominais, anorexia, náuseas, tonturas e cefaleia, todos de pouca intensidade e curta duração. Algumas vezes pode-se observa febre, artralgias, prurido, reações urticariformes e tremores dos membros, simulando convulsões localizadas.
Niclosamida
A niclosamida e amplamente usada no tratamento das infestações pela tênia, juntamente com o praziquantel. O escólex e um segmento proximal são irreversivelmente danificados pelo fármaco; o verme separa-se da parede intestinal e é expelido. Para a taenia solium, o fármaco e administrado em dose única, após refeições leve, seguida por purgativo 2 horas depois; isto é necessário porque os segmentos danificados de tênia podem liberar ovos, que são afetados pelo fármaco; assim, há uma possibilidade teórica de desenvolvimento de cisticercose. Para outras infecções pela tênia, não é necessário administrar o purgativo depois da administração de niclosamida. A absorção é desprezível no trato gastrintestinal. Os efeitos adversos são poucos, frequentes e transitórios. Pode ocorrer náuseas e vômitos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma análise de como as doenças tuberculose, malária e parasitárias causadas por helmintos, cestoides e amebíases ocorrem. Além disso, também permitiu uma pesquisa sobre como são tratadas e foco no principal interesse que é a farmacoterapêutica dos medicamentos escolhidos para tratar cada tipo de infecção. De um modo geral, não se sabia quais os fármacos mais adequados para tratar cada doença ou infeção, no entanto um norte para se orientar quanto a melhor escolha de tratamento se criou com a pesquisa e revisão de livros sobre o assunto. Dada à importância do assunto, torna-se necessário mais pesquisas e ir ao campo do atendimento hospitalar ou no balcão da farmácia para se observar como ocorrem as sintomáticas e sinais no desenvolvimento das referidas doenças e a diligência de quais fármacos serem prescritos, afim de se fazer o tratamento mais eficaz e seguro. Nesse sentido, a utilização de recursos como livros e artigos quepermitem ao acadêmico conhecer as particularidades de cada doença é indispensável. Além disso, diminui o tempo de espera para que o futuro profissional na farmácia escolha qual o fármaco adequado.
REFERÊNCIAS
RANG E DALE, H. P. Hang e M. M. Dale. Farmacologia. 6ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
RANG E DALE, H. P. Hang e M. M. Dale. Farmacologia. 7ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
SILVA, Penildon Silva. Farmacologia. 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010

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