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AULAS DE DIREITO CIVIL IV

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DIREITO CIVIL IV
Aula de 31 Jul 14 ( (primeira aula) perdida
Direito Civil IV-Direitos Reais
	Aula 1: Direito das coisas. Conceito. Posição topográfica no Código Civil. Características. Diferenças para os direitos pessoais. A taxatividade e as respectivas mitigações. Obrigações propter rem. Obrigação com eficácia real. Sub-rogação real. Ônus real.
1. Conceito 
	Conjunto de normas que regem as relações jurídicas concernentes aos bens materiais ou imateriais suscetíveis de apropriação pelo homem, regulamentando-as.
2. Posição topográfica no Código Civil
	Compreende os artigos 1196 a 1510 do CC/02. São dez títulos do Livro III nomeado como Direito das Coisas: Posse, Direitos Reais, Propriedade, Superfície, Servidões, Usufruto, Penhor, Hipoteca, Uso, Habitação, Direito do Promitente Comprador e Anticrese.
3. Características dos direitos das coisas
3.1. Oponibilidade erga omnes. Direito absoluto.
3.2. Direito de sequela e de preferência.
3.3. Imediatividade. 
3.4. Rol taxativo. Numerus clausus. "aquela lei àqueles casos, e somente a eles".
3.5. O objeto é a coisa.
3.6. O Direito é permanente.
4. Diferenças para os direitos pessoais 
4.1. Eficácia entre as partes. Direito relativo. 
4.2. Apenas o patrimônio do devedor é que garante o pagamento da obrigação.
4.3. Mediatividade
4.4. Rol exemplificativo. Numerus apertus. “O legislador oferece os parâmetros, as balizas, os exemplos, e nós completamos as lacunas”.
4.5. O objeto é a prestação.
4.6. O direito é transitório. 
5. A taxatividade e as respectivas mitigações
	O rol do Art. 1.225 do CC/02 é taxativo, ou seja, numerus clausus. Contudo, caso seja criado um novo Direito Real, este será criado pela Lei. 
6. Obrigações propter REM
	É uma espécie jurídica que fica entre o direito real e o pessoal, consistindo nos direitos e deveres de natureza real que emanam do domínio. Tais obrigações só existem em razão da detenção ou propriedade da coisa. É a obrigação que sempre vai acompanhar a coisa.
7. Obrigações com eficácia real
	Ela se dá quando sem perder seu caráter de direito a uma prestação, se transmite e é oponível a terceiro que adquira direito sobre determinado bem. Exemplo: Locação oponível (que não está disponível) a adquirente.
8. Sub-rogação real
	É aquela em que o elemento subjetivo permanece o mesmo, substituindo-se necessariamente objeto da relação jurídica e que por uma razão a coisa não possa desempenhar sua finalidade ou objetivo.
Pressupostos: Equivalência entre ativo e passivo e nexo causal.
Artigos 1659, I e II, 1719, 1753, 1º, 1425, 1º. Artigo 1º. E 2º. , Decreto 6777/44. 
9. Ônus real 
	São direitos onerados cuja utilidade consistiria em gerar créditos pessoais em favor do titular. São direitos sobre coisa alheia e prevalecem erga omnes limitando a fruição e disposição da propriedade.
Aula de 07 Ago 14 (segunda aula) ( Posse I (continuação)
1. Posse. Teorias conceituais
	Segundo a teoria objetiva de Ihering, adotada pelo Art. 1.196 do CC/02, a posse é a exteriorização da propriedade. Contudo, para a teoria subjetiva de Savigny, adotada no CC/16 no artigo 493, a posse é o resultado da união entre o corpus, contato físico com a coisa, e o animus, a intenção de possuí-la.
	SAVIGNY
	IHERING 
	Posse = objetivo + subjetivo
	Posse = poder de fato com ânimo de comando sobre uma coisa
	Posse = corpus + animus domini
	Posse = corpus
	Teoria subjetiva da posse
	Teoria objetiva da posse ou teoria objetivista
	Poder de fato sem animus domini ( Detentor 
	Poder de fato sem affectio tenendi ( Detentor 
	Adotado pelo CC/02 no momento do usucapião
	Adotado pelo CC/02 nos outros momentos
2. A teoria objetiva de Ihering adotada pelo Direito Civil Brasileiro
	Posse é a exteriorização de um ou alguns dos poderes ínsitos à propriedade, quais sejam o de usar, fruir (gozar), dispor ou reaver o bem, no caso de quem quer que o detenha ou, até mesmo, o proprietário não possuidor do bem.
3. A função social da posse
	A posse é uma situação jurídica eficaz a permitir o acesso à utilização dos bens de raiz, fato visceralmente ligado à dignidade da pessoa humana e ao direito constitucionalmente assegurado à moradia. Base constitucional: Artigo 5º, XXIII, CRFB/88. 
4. Natureza Jurídica
	Estado de fato legalmente protegido. Natureza pessoal- Clóvis Beviláqua. Natureza real da posse - Dalbert (majoritária).
	* Três correntes: 1ª. É um fato; 2ª. É um fato e um direito; 3ª. É um direito.
 
5. Diferença entre detenção, posse e propriedade
	O instituto da detenção está previsto no Art. 1.198 do CC/02. É chamada também de fâmula da posse, pois é apenas o contato físico com a coisa, sem autonomia, conservando a posse de outrem. O CC/02 cria uma presunção de manutenção do estado de detenção.
OBS.: 
	a) poder de fato em nome alheio 
		a.1) servo / fâmulo (Art. 1.198 CC/02) {caseiro, motorista, governanta, colono da fazenda}. Não pode exercer usucapião. (transmutação – paragrafo único ( mesmo que a detentora da coisa passe a agir como possuidora da mesma, ainda sim continuará a ser somente detentora).
		a.2) mera permissão ou tolerância (Art. 1208 ‘primeira parte’ CC/02) ( permissão tem a ver com atos que ainda serão realizados, ao passo que a tolerância tem a ver com atos já realizados e/ou em andamento.
	b) detenção autônoma (Art. 1.208 ‘segunda parte’ CC/02) ( poder através violência ou clandestinidade (poder que se oculta, se esconde, para não ser visto, etc.), sendo autônoma por não necessitar o consentimento de ninguém. Se parar a violência ou a clandestinidade ocorrerá à posse.
	A posse, segundo a teoria objetiva de Ihering, é a exteriorização de um ou alguns dos poderes ínsitos à propriedade, quais sejam o de usar, dispor, fruir ou gozar, reaver o bem se for o caso de quem o detenha injustamente.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO CRITÉRIO OBJETIVO DA POSSE !!!
	
	PODER LEGÍTIMO ?
	OFENDE DIREITO DE ALGUÉM ?
	TIPO DE POSSE
	
SIM (
	
NÃO (
	
JUSTA (Art. 1.200)
	
NÃO (clandestina) (
	
SIM (violenta ou precária) (
	INJUSTA (Art. 1.208)
 (possui vícios na origem detenção autônoma)
OBS.: Uma posse injusta poderá virar justa (Art.: 1.203). Quando há inversão de caráter (presunção relativa), inversão de caráter, acordo, etc.
	Uma posse justa poderá virar injusta (precariedade). No caso do devedor de aluguel que não paga nem sai do imóvel quando acionado.
	Enquanto a propriedade é o poder de senhoria que uma pessoa exerce sobre uma coisa, dela excluindo qualquer ingerência de terceiros.
6. Possibilidade de modificação da situação fática de detentor para a jurídica de possuidor.
	O CC/02 cria uma presunção de manutenção do estado de detentor, conforme dito anteriormente, essa presunção do caráter de detenção se deve a garantia que o direito tenta trazer para o possuidor e proprietário de que as suas posses não serão esbulhadas (violadas). 
	A presunção é relativa, conforme a parte final do dispositivo legal, Art. 1.198 do CC/02, pois poderá o detentor provar por qualquer meio moralmente legítimo (Art. 332, CPC) a mudança do título de sua apropriação.
7. Desdobramento da posse em posse direta e indireta
	A posse direta é aquela que garante o contato físico com a coisa. Já a posse indireta é conceituada como aquela em que o possuidor teve a sua posse temporariamente desdobrada. O referido desdobramento da posse se refere aos poderes dominiais sobre a coisa, podendo se dar por uma relação de direito pessoal. Exemplo: Locação. Ou ainda por uma relação de direito real como o usufruto.
8. Posse exclusiva e composse 
	Posse exclusiva é presumida pelo direito, ou seja, apenas uma pessoa possui coisa e exerce sobre o objeto atos possessórios.
	No que se refere à composse prevista no Art. 1.199 do CC/02 é considerada como tal quando há uma possibilidadede exercício dos direitos possessórios por duas ou mais pessoas sobre uma coisa indivisível, isto é, aquela que não se pode dividir sem destruir lhe a substância ou que não se possa partir por força de lei ou da vontade das partes. 
Aula de 14 Ago 14 ((terceira aula) – perdida
Posse justa e injusta
	A posse é justa, conforme o Art. 1.200 do CC/02, quando ela não for violenta, clandestina e precária. Violenta é a posse adquirida pela força física ou moral. Clandestina é a que se estabelece às ocultas daquele que tem interesse em conhecê-la. E precária é a que se origina do abuso de confiança por parte de quem recebe a coisa com o dever de restituí-la. 
	A posse revestida dos elementos da violência, clandestinidade ou precariedade é chamada de posse injusta.
OBS.: A Posse injusta é a que contém um ou mais vícios objetivos da posse. São eles:
a) Violência – obrigatoriamente empregada contra o possuidor, contra a pessoa, jamais a violência contra a coisa. Pode ser violência física ou moral. O posse viciada pela violência depois de 1 ano convalesce.
b) Clandestinidade – tem o fator da ocultação presente. Um exemplo é quando, às ocultas, sorrateiramente, alguém aumenta o seu terreno, alterando as cercas do vizinho. Assim como a violência, a posse clandestina depois de 1 ano convalesce.
c) Precariedade – é uma situação irregular que sucede uma anteriormente regular. Um exemplo é quando o contrato vence e a pessoa se recusa a devolver a coisa. O que exercia posse direta, o que tinha posse direta, se recusa a restituir a coisa, passa a exercer uma posse injusta, por precariedade. (Art. 1208). A precariedade é vício objetivo da posse que não convalesce nunca, porque se tem um contrato anterior, um compromisso de restituir a posse que não se desfaz com o tempo, em razão da segurança jurídica da posse.
Aula+ (professora Patrícia)
Efeitos da posse ( percepção de frutos, indenização e retenção por benfeitorias, indenização por prejuízos sofridos, defesa da posse (interditos possessórios), usucapião.
Frutos ( são bens acessórios que quando utilizados não esgotam a fonte, ou seja, possuem reposição automática.
	Podem ser (quanto a origem): 
naturais (se renova da própria força), 
industriais (se renova pela ação do homem) e; 
civis (rendimentos que os bens produzem em razão da sua utilização por outrem que não o proprietário).
	Podem ser (quanto ao estado que se encontram): 
pendentes (ainda não foram colhidos, estando presos a coisa, “manga verde que ainda não pode ser colhida”), 
percipiendos (deveriam ser, mas ainda não foram colhidos, “manga madura que ninguém colheu”), 
percebidos ou colhidos (aqueles que já foram colhidos ou retirados, separados da coisa).
Possuidor de boa-fé ( não tem conhecimento de vícios sobre a posse. 
	Tem direito aos frutos percebidos (colhidos), enquanto a boa-fé durar. Art. 1.214 CC. 
	Paragrafo único ( cessando a boa-fé devolve-se o fruto depois de deduzidas as despesas da produção e custeio. Frutos colhidos antes do tempo devem ser restituídos.
Possuidor de má-fé ( Art. 1.216 ( responde por todos os frutos colhidos e percebidos, também pelos que deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu a má-fé. Tem direito às despesas da produção e custeio.
Direito as benfeitorias ( Art. 96 - acréscimos ou melhoramentos acrescentados pelo homem. São:
Necessárias ( conservam o bem (se não forem feitas, degradará o bem);
Úteis ( aumentam ou facilitam o uso do bem;
Voluptuárias ( mero deleite ou receio (vaidade).
Possuidor de boa-fé – Art. 1.219:
	Indenização das necessárias e úteis, 
	Reter as necessárias e úteis se não for indenizado, até receber o valor da indenização,
	Retirar as voluptuárias (sem degradar o bem) se não forem pagas.
Possuidor de má-fé ( – Art. 1.220
	Ressarcidas somente às benfeitorias necessárias. Não tem direito de indenização nem de retenção.
	Indenização consiste em tudo que foi envolvido na benfeitoria mais as atualizações monetárias.
	Ressarcimento consiste em somente no gasto da composição da situação anterior.
Direito do locatário ( lei própria (Lei 8.245/91 ( Arts. 35 e 36).
	Indenização das necessárias não precisa de autorização do locador;
	Indenização das úteis precisa de autorização do locador;
	Retirar as voluptuárias (sem degradar o imóvel) e sem indenização nem retenção.
S. 158 do STF ( sem contrato averbado no RGI, não responde o adquirente (comprador caso o imóvel seja vendido à terceiro) pelas benfeitorias do locatário.
OBS 1.: Art. 1.221 ( vício redibitório e evicção
	Vício Redibitório - defeito oculto em coisa recebida em virtude contrato comutativo, que a torna imprópria ao uso a que se destina, ou lhe diminua o valor.
	Evicção - é a perda da coisa em virtude de sentença judicial, que a atribui a outrem por causa jurídica preexistente ao contrato. O tempo em que a coisa for devolvida ou entregue ao retomante.
OBS 2.: Art. 1.222 CC ( reivindicante poderá escolher entre indenizar ao possuidor de má-fé pela benfeitoria necessária feita, o valor atual (atualizado) ou ressarcir o valor do custo (sem atualização).
	Ao possuidor de boa-fé será paga a indenização. 
	Se o possuidor (boa ou má-fé) causar dano, terá o valor compensado (descontado) na hora de receber.
	Atentar para o Enunciado 81, I JDC ( as acessões também se regem pelas regras do Art. 1.219 CC.
Interditos possessórios ( ações possessórias
	Ações que o cidadão tem para defender sua própria posse. Art. 1.210 CC:
Quando o réu atrapalha o pleno exercício da posse pelo possuidor ( ocorre à turbação ( a vítima terá direito a Manutenção da posse ( Art. 926 CPC. Ex.: vizinho que constrói muro ou coloca obstáculos bem na frente do seu imóvel, dificultando a entrada e saída.
Quando o réu impede o possuidor de exercer plenamente a posse ( ocorre o esbulho ( a vítima terá direito a ação da Reintegração da posse ( Art. 926 CPC. Ex.: invasão de terreno sem consentimento do dono.
Quando o réu ameaça a vitima de turbação ou esbulho ( a vítima entra com ação de Interdito proibitório ( Art. 932 CPC (réu paga pena pecuniária). Ex.: vizinho que ameaça invadir seu terreno na Região dos Lagos (RJ).
OBS 2.: legítima defesa ( cabível no caso de turbação ( imediatamente. (LDT)
OBS 3.: desforço imediato ( cabível no caso de esbulho ( imediatamente. (DIE)
Art. 1.210 CC (possuidor ou detentor do bem)
Características das Ações Possessórias (interditos possessórios):
	Liminar ( Art. 924 CC c/c Art. 928 CPC ( antecipação de tutela
	Duplicidade ( Art. 922 CPC ( réu vira vítima e vice-versa.
	Fungibilidade ( Art. 920 CPC ( entra com uma ação e ela passa a ser outra. 
	Cumulatividade ( Art. 921 CPC ( outros pedidos além da manutenção ou reintegração da posse.
Condições das ações possessórias 
possibilidade jurídica do pedido (somente para situação de posse, propriedade não cabe ação possessória), 
interesse de agir (a Jurisdição não age por si só) e; 
legitimidade (deve ser possuidor ou pelo menos ter sido possuidor, detentor não é legitimo para propor uma ação possessória).
Ação de imissão na posse ( ação ordinária, de rito comum (usam-se regras do CPC).
	Quando se tem prova da propriedade, mas não se chegou a ser possuidor. Tem por objetivo que o proprietário passe a ser também o possuidor do bem. 
NÃO É AÇÃO POSSESSÓRIA UMA VEZ QUE O PROPRIETÁRIO AINDA NÃO É POSSUIDOR DO BEM.
Aula de 21 Ago 14 ( (quarta aula)
IPC ( clandestinidade em termo jurídicos da posse = obscuridade, desconhecimento pleno e total. Atentar para a duração em que essa clandestinidade ocorre.
	Efeitos da posse ( frutos – Arts. 1.214, 1.215 e 1.216.
	Interditos Possessórios ( sujeito	 poder de fato 	 objeto (Arts. 189 e 1.210 CC)
						 OFENSA
	Esbulho ( alguém que é possuidor não está mais apto a exercer poder de fato porque lhe retiraram e não devolveram. 
	Pode haver violência física ou não, violência moral. 
	Só pode sofrer esbulho quem for POSSUIDOR DA COISA.Necessita de REINTEGRAÇÃO DE POSSE.
	Turbação ( ato que embaraça o efetivo exercício da posse. 
	É direta quando exercida imediatamente sobre o bem. 
	É indireta é a praticada externamente sobre a coisa possuída. 
	NECESSITA MANUTENÇÃO DA POSSE.
	Interdito proibitório ( retratação de um mal iminente. 
	Uma ameaça. 
	Necessita MEDIDA PREVENTIVA para não permitir a situação violadora tornar realidade. 
	Art. 932 CPC. 
OBS 1.: a única causa de pedir que gera PROCEDÊNCIA da reintegração de posse é o ESBULHO.
OBS 2.: autotutela ( Art. 1.210, §1º, CC (legítima defesa ( turbação) (LDT)
 ou 
 (desforço pessoal imediato ( esbulho) (DIE)
Em ambos os casos a reação deverá ser imediata e não deverá ter exageros !!!
Enunciado 495 da V Jornada de Direito Civil ( explica a situação da moderação para a reação nos casos de legítima defesa e desforço pessoal.
Reação é diferente de vingança.
O detentor poderá agir em ambos os casos, desde que seja em prol do possuidor (Enunciado 493 da V JDC).
Ação ( posse / juízo ( petitório = “ius possidendi” (domínio - propriedade) ( imissão na posse (bem imóvel) !!! Requer a propriedade para que se possa requerer a posse, independente de ter a posse antes. Quando a ofensa está na propriedade. Atentar para não confundir o nome “imissão na posse”. O nome mais adequado seria “imissão na propriedade”.
 
Ação ( posse / juízo ( possessório = “ius possessoris” (discute-se somente a posse, não ocorre essa ação se a situação envolver propriedade) Quando a ofensa está na posse. A fungibilidade está dentro somente desta ação.
OBS 3.: busca e apreensão nos casos de bem móvel. 
OBS 4.: Art. 1.210, §2º CC e Art. 923 CPC. Define claramente as situações e quais ações devem ser aplicadas. 
OBS 5.: Art. 920, CPC ( ad interdita ( melhor posse, é necessário levar em conta o atendimento de sua função social, em relação a CF/88. Os tribunais entendem que a melhor posse é a posse mais “antiga”.
OBS 6.: a supressio ( princípio que decorre da boa fé objetiva ( indica a possibilidade de supressão de uma obrigação contratual, na hipótese em que o não exercício do direito pelo credor gere no devedor a justa expectativa de que esse não exercício se prorrogará no tempo. A “supressio” refere-se ao fenômeno da supressão de determinadas relações jurídicas pelo decurso do tempo. De tanto pagar e pagar em dia, o camarada acaba ficando isento dos futuros pagamentos...
	 A surrecio ocorre quando um direito surge após determinada conduta que se repete, ocasionando assim uma expectativa de receber esse direito, quando ele é retirado. A “surrectio”, por sua vez, consagra o fenômeno inverso, ou seja, o surgimento de uma prática de usos e costumes locais. Assim, tanto a “supressio” como a “surrectio” consagram formas perda e aquisição de direito pelo decurso do tempo. De tanto pagar e pagar em dia, mesmo sem ter obrigação de pagar, o camarada acaba ficando obrigado a pagar futuramente...
Aula de 28 Ago 14 ( (quinta aula)
1. RITO DA AÇÃO POSSESSÓRIA (interdito possessório) ( ART. 924 CPC (SEÇÃO I)
					
Turbação ( manutenção da posse ------(posse ou força nova)-------------( 1 ano e 1 dia ( Rito especial
Esbulho ( reintegração da posse -------------------------------------------( 1 ano e 1 dia ( Rito especial
	Após o prazo de 1 ano e 1 dia ( posse ou força velha ( Rito ordinário
	A data para contagem dos prazos é a contar da data da posse esbulhada ou turbada.
	Na Liminar Possessória, o juiz poderá: 
		- deferir;
		- ou indeferir; 
		- ou haverá audiência de justificação só para o autor complementar as provas !!!
 X 	( inicial (interditos possessórios) 	( citação 	( sentença (sem ouvir o réu)
										(liminar inaudita altera pars)
OBS 1.: O contraditório e ampla defesa só ocorrerá após a sentença da liminar !!!
OBS 2.: Art. 273 CPC ( ANTECIPAÇAO DE TUTELA ( depende do deferimento do juiz. (fazer um quadro comparativo com a LIMINAR POSSESSÓRIA)
OBS 3.: enunciado 238 da 3ª Jornada de Direito Civil
2. AQUISIÇÃO DA POSSE
	Art. 1.204 CC
Posses ( 	Justa e injusta
		Má fé e boa fé;
		Direta e indireta
		Originária e derivada
	Possível EXERCÍCIO do poder de fato em nome próprio !!!
 
	Tradição SIMBÓLICA ( Exemplo: pegar as chaves de um apartamento e não ir de imediato conhecer ou ocupar o imóvel.
	Tradição REAL ( ocorre quando a COISA realmente está entregue. Exemplo: compra de um objeto pela internet. Só ocorre a tradição real quando o objeto for entregue no devido endereço.
OBS 1.: Só se tem direito a ação possessória quem ainda não é POSSUIDOR da coisa !!!
OBS 2.: 	Tradição fática ( sempre no plano dos fatos, da realidade, da coisa visível.
		Tradição ficta ( sempre no campo ficto, ou jurídico.
OBS 3.: Atentar para a Lei do Inquilinato ( no caso de locação de imóveis a posse é retomada pelo LOCADOR através da AÇÃO DE DESPEJO !!!
OBS 4.: “brevi manu” ( quando o promitente comprador tem a posse e adquire a propriedade do bem !!! Ou ainda, a situação da entrega da posse indireta para o possuidor direto. Exemplo: alienação fiduciária (carro alienado, imóvel alienado ( locatário que adquire o imóvel, etc).
OBS 5.: “constituto possessório” ( ocorre quando o possuidor direto e indireto passa a posse indireta para um promitente alienador da coisa. Exemplo: hipoteca, alienação, etc. Tem-se a posse e perde-se a propriedade (locador que vende o imóvel) !!!
OBS 6.: “clausula constituti” ( manutenção da pessoa no imóvel alheio. Exemplo: um proprietário “deixa” a posse para outro indivíduo. Deve-se ter um acordo de vontades. Deve-se estar registrado no contrato !!!
Correção do caso 3. (fim da aula do dia 28 Ago 14).
Aula do dia 04 Set 14 ( sexta aula
Propriedade ( Art. 1.228 CC ( vinculo jurídico que confere a uma pessoa, poderes dominiais.
§§ 1º ao 5º (ler todos).
OBS 1.:
Norma de comando fechado ( não há o que interpretar, basta encaixar o escrito ao fato.
Norma de comando aberto ( ao contrario, pode haver várias interpretações e maneiras de execução.
Desapropriação judicial ( Art. 1.228 CC
OBS 2.: §3º ( proprietário pode ser privado da coisa = poderá perder a coisa (expropriação). 
	Ente Público decreta.
	Partes ( proprietário e Ente Público (interesse público).
OBS 3.: §4º ( expropriação ( extensa área + considerável número de pessoas + posse boa-fé (originária) + 5 anos ininterruptos + atividade social econômica relevante (cumulativos) ( Usucapião.
	
	Poder Judiciário sentencia.
	Partes ( possuidores (considerável número de pessoas) e proprietário.
OBS 4.: 	Na invasão não ocorre a situação da boa fé, presume-se vício da posse. 
		Na ocupação presume-se que não há vício da posse.
OBS 5.: Ler os Enunciados das Jornadas de Direto:
	I Jornada ( 82 até 84
	IV Jornada ( 304 até 311
OBS 6.: Expropriação ou desapropriação de áreas públicas ( é possível desde que não esteja mais atendendo o interesse público, conjugado com os requisitos da expropriação particular. Não há indenização e o MP deve participar.
Características da propriedade ( Art. 1.231 CC
Exclusiva ( pela regra, porém há exceções (situação do casal que compra uma casa depois do casamento pela comunhão de bens).
Aula do dia 11 Set 14 ( sétima aula
Propriedade (continuação)
	Plena ( a propriedade é plena e perpétua, conforme todos os poderes elencados no Art. 1.228 CC e será sempre a regra. Para que se tenha a exceção, deverá constar em contrato. 
Ex.: cláusula de inalienabilidade.
OBS 1.: a propriedade deve ser sempre plena. É a regra. As exceções são temporárias. 
Ex.: a inalienabilidade acaba com a morte do alienante.
OBS 2.: plena não significa ser perpetua. Há casos em que a propriedade não é plena e continua sendo perpétua.
Propriedade resolúvel (cláusula resolutiva ( condição e termo. O credor não quer a propriedade da coisa, apenas usa como garantia de um determinado pagamento. Neste caso não há propriedade perpétua, mas sim a propriedade resolúvel. 
Ex.: vendedor ( comprador, quando há clausula de retrovenda. Consiste numa situação temporária. O comprador tem, no período estipulado em contrato, a propriedade PLENA e RESOLÚVEL.
Ex.: doador doa uma casa para outrem. A propriedade será PLENA e PERPÉTUA para o donatário somente após o registro no RGI.
OBS 3.: no caso do contrato de reversão, Art. 547 do CC, o doador terá novamente o imóvel no caso da morte do donatário. Ocorre assim a propriedade resolúvel. 
OBS 4.: Comoriência ( neste caso (morte ao mesmo tempo do doador e do donatário) não há reversão, para que haja o doador deverá sobreviver ao donatário. 
OBS 5.: Não há caso de reversão para terceiros. Parágrafo único do Art. 547 do CC.
	Resumindo ( cláusula de resolução ( não há propriedade perpétua (propriedade resolúvel)
		 cláusula em contrário ( não há propriedade plena (propriedade restrita)
OBS 6.: ingratidão ( ação revocatória de doador. Revogação da doação. Propriedade retorna para o doador, no caso do doador tentar matar o donatário, devidamente comprovada.
Propriedade revogável ( Art. 1.360 do CC.
Propriedade Imobiliária ( regra ( Art. 1.227 do CC (Registro de Título). Existem exceções:
Usucapião, Acessões, Herança e Comunhão.
Aula de 18 Set 14 ( (sétima aula)
Aquisição da propriedade
Regra ( registro de título ( Art. 195, Lei 6.015/73 e Art. 1.245 do CC.
Cláusula de reversão não tem prazo ( cláusula de retrovenda tem (3 anos).
Acessão (junção, soma, acréscimo) imobiliária ( no caso da modificação do imóvel por acréscimo de área. Sempre aquisição originária !!!
Não existe mais de um número de matrícula (registro) para um imóvel.
Art. 1.248 CC ( acessão natural ( formação de ilhas, aluvião, avulsão e álveo abandonado.
		 acessão artificial ( construção e plantação (ação do homem).
ACESSÕES 
	É modo originário de aquisição do domínio, através dos acréscimos ou incorporação, natural ou artificial, de bem inesperadamente.
NATURAIS
Formação de ilha ( Art. 1.249 CC e Cod. De Águas DECRETO Nº 24.643, DE 10 DE JULHO DE 1934. ( somente em terrenos particulares. Ilhas em mar sempre será terreno público. 
Aluvião ( Art. 1.250 CC ( não há necessidade de registro (bom atualizar, mas não é necessário).
	Aluvião própria (ocorre pelo depósito junto às margens);
	Aluvião imprópria (ocorre pelo desvio das margens);
OBS 1.: somente por ação da natureza (força maior). Não há indenização. 
OBS 2.: Aluvião é um processo lento, caracterizado por acúmulos naturais sucessíveis e imperceptíveis.
Avulsão ( Art. 1.251 CC ( processo rápido, natural e violento da natureza, sem intervenção humana.
OBS 3.: Dono de terreno A tem uma quantidade de terra deslocada por aluvião para o terreno B
1ª situação ( nenhum dos dois donos quer a terra deslocada ( o dono do terreno B se vira para limpar.
2ª situação ( os dois querem a terra ( B indeniza “A” para ter a terra definitivamente. “A” tem um ano para reclamar a indenização.
3ª situação ( A quer a terra de volta e o dono do terreno B aceita ( “A” se vira pra pegar terra de volta.
4ª situação ( B quer a terra e “A” não quer ( ou B indeniza ou aguarda um ano para ser dono da terra sem precisar pagar nada, desde que “A” não recorra nesse período de um ano.
Álveo abandonado ( Art. 1.252 CC
	Um rio que seca ou que desvia devido a um fenômeno natural.
ARTIFICIAIS
Construções e plantações ( Arts. 1.253 a 1.259
	Não há retenção no caso de boa-fé !!!
OBS 4.: No P.U. do Art. 1.255 do CC, há inversão da acessão (acessão invertida), visto que não há previsão de “má-fé” e o cidadão que constrói acaba adquirindo a propriedade. Quem decide se o valor é consideravelmente alto é o juiz. No caso do juiz decidir que o valor não é alto, quem construiu pode solicitar indenização do gasto que teve.
OBS 5.: Atentar para o previsto no Art. 1.256 CC
OBS 6.: Art. 1.254 é o contrário do Art. 1.255.
1.254 ( constrói ou planta em terreno próprio com materiais ou sementes alheias:
	Adquire a propriedade da coisa construída ou plantada, porém ressarce se de boa-fé. 
	Se de má-fé, além de pagar responde por perdas e danos.
1.255 ( constrói ou planta em terreno alheio com materiais ou sementes próprias:
	Perde para o proprietário a coisa construída ou plantada, porém é indenizado se de boa-fé. 
	Se de má-fé não fará jus a valor nenhum.
OBS 7.: Art. 1.257 ( construtor (A), dono dos materiais (B) e o dono do terreno (C)
	1ª situação ( B tem direito a ressarcimento de C, no caso de boa-fé.
	2ª situação ( B tem direito de indenização de C, caso A não faça o ressarcimento.
OBS 8.: Art. 1.258 ( até 1/20 da parte invadida, e de boa-fé ( o invasor adquire e a parte invadida se o valor da construção não for superior a parte invadida (acessão invertida parcial). O construtor indeniza a dono da área invadida pelo valor da área invadida mais a desvalorização dessa área. Cabe a re-ratificação do registro do novo imóvel (área que o invasor já tinha + a área invadida).
OBS 9.: P.U. Art. 1.258 ( se no caso de má-fé, deve pagar em DÉCUPLO, adquire a propriedade se não puder destruir a construção.
OBS 10.: Art 1.259 ( no caso de invasão maior que 1/20 do terreno invadido: 
	Boa-fé ( adquire a propriedade da parte invadida e responde por perdas e danos sobre o valor que a invasão acrescer a construção !!!
	Má-fé ( construtor deve demolir e pagar perdas e danos em DOBRO !!!
AV 1 ( trazer o recibo de postagem de todos os trabalhos, com o trabalho (com jurisprudência), da semana 1 até a semana 6.
	6 objetivas (0,5 cada uma)
	3 subjetivas ( uma do “caderninho” e as outras.
	Uso do código !!!
Revisão para a AV1:
São as ações possessórias.
As três ações tipicamente possessórias são as seguintes: 
- reintegração de posse	( no caso de esbulho 		( RPE
- manutenção de posse	( no caso de turbação 		( MPT
- interdito proibitório		( no caso de ameaça à posse	( IPA
Para que essas ações sejam propostas é necessário que a pessoa tenha ou então já teve posse justa. Não se exige, portanto, posse de boa-fé e posse exercida com animus domini. No entanto, o possuidor injusto também tem direito aos interditos possessórios, desde que a sua posse seja justa em relação ao adversário. 
	A ação de reintegração de posse é aquela que visa recuperar a posse perdida, cabível, portanto, nos casos de esbulho.
	Esbulho significa apenas violência – importa anotar que esbulho não é apenas violência, mas sim perda da posse seja em razão de ato violento ou clandestino ou precário.
	A ação de manutenção de posse é cabível quando houver turbação, ou seja, molestação da posse. 
	Já o interdito proibitório é cabível quando houver justo receio de turbação ou esbulho. Portanto, esses atos ainda não aconteceram, mas há uma ameaça concreta. Trata-se, portanto, de uma ação preventiva.
	Logo, a ação é considerada possessória quando o objeto da ação envolver posse.
	Qualquer tipo de invasão de terreno, seja por pessoas, seja por animais, constitui turbação, atacável pela ação de manutenção de posse. A invasão em ação e os invasores ainda não se instalaram definitivamente.
	A reintegração de posse caberá sempre que o possuidor desejar retomar a posse de um imóvel, do qual foi despojado por ato de esbulho. Entende-se por esbulho, qualquer ato violento, clandestino ou precário.
	Já a ação de interdito proibitório, nada mais é, que uma ação preventiva cujo objetivo é impedir que ameaça à posse do possuidor venha a concretizar-se, seja por turbação ou esbulho, exemplo: cerca divisória do terreno vizinho, foi erguida no lugar errado, invadindo o terreno alheio.
OBS 1.: Podem ocorrer as três ações em único dia, por exemplo: o proprietário de um terreno passa de carro em frente ao mesmo e vê umas pessoas querendoderrubar o portão (ameaça ( interdito proibitório). Logo depois de derrubado o portão ocorre à invasão (turbação ( manutenção da posse). E por fim depois de invadido inicia-se a instalação dos “sem-teto” (esbulho ( reintegração de posse).
	O Jus Possidendi é a posse derivada do direito a propriedade. É o caso, portanto, do proprietário que também tem posse. O titular do jus possidendi tem duas opções para recuperar a posse:
	a) ingressar com uma ação possessória. Se julgada improcedente ele pode:
	b) ingressar com uma ação petitória (nada impede que ele ingresse diretamente com a petitória, porém, na prática, propõe-se primeiro a possessória em razão da possibilidade da concessão de liminar.
	Jus Possessionis é a posse adquirida sem a propriedade. Para o titular do jus possessionis a única chance de recuperar a posse é por meio de uma ação possessória, cuja tutela jurisdicional é provisória, pois quem vence essa ação pode vir a perder a posse numa ação petitória, onde se discute a propriedade.
	Posse é a possibilidade de disposição física da coisa com ânimo de tê-la como sua e defendê-la contra terceiros. O atual código adotou integralmente a teoria objetiva de Ihering, conforme se vê pelos artigos 1.196, 1.204 e 1.223 CC. 
	Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. 
	Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade. 
	Art. 1.223. Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o poder sobre o bem, ao qual se refere o art. 1.196.
POSSES:
	Posse direta que decorre da efetiva relação material entre a pessoa e a coisa. 
	Posse indireta nasce por meio de uma ficção, pela qualidade jurídica do titular do direito.
	Posse justa é aquela que não for violenta, clandestina ou precária. 
	Posse injusta é aquela que for violenta, clandestina ou precária. Poderá se tornar justa, caso o vício seja sanado.
	Posse violenta é obtida mediante força física injustificada.
	Posse clandestina obtida às escondidas, não havendo a pratica de ato material, como plantações ou construções.
	Posse precária é aquela obtida por meio de uma relação de confiança entre as partes, mas retida indevidamente. Caso de não devolução de um objeto emprestado. Vencido o prazo de duração, se recusa a devolver a coisa ao possuidor indireto. Trata-se de vício que se da ao final da posse.
	Posse de boa-fé é aquela cujo titular desconhece qualquer vicio que a macule. Esta é presumida pela lei, tendo o titular direito a frutos, benfeitorias, retenção e notificação.
	Posse de má-fé se dá quando o titular sabe sobre a existência de vício, contudo, o ignora.
	A posse ad interdicta visa à proteção possessória. É aquela que da direito ao uso dos interditos possessórios devendo ser justa e podendo ser exercida em nome próprio ou em nome alheio. É aquela que da direito a usucapião devendo ser justa e exercida com animus domini além de preencher os demais requisitos da usucapião.
	A posse ad usucapione é aquela que visa à aquisição do domínio, da propriedade.
	A posse nova é aquela cujo prazo não excede um ano e um dia.
	A posse velha é aquela superior a um ano e um dia.
	A importância dessa distinção é que um dos requisitos, para que seja concedida a liminar na ação possessória, é que o possuidor não tenha deixado ultrapassar um ano e um dia. 
	A posse natural é aquela que decorre da relação material entre a pessoa e a coisa. 
	
	Posse civil é aquela que decorre de lei, podendo ser três formas:
Constituto possessório: é uma forma de aquisição e de perda da posse em que o possuidor pleno passa a ser apenas possuidor direto da coisa (ex.: alienação de um imóvel em que o alienante continua no imóvel como locatário – proprietário vende o imóvel e continua morando nele como locador, passando de proprietário para possuidor direto). O constituto possessório jamais pode ser presumido, devendo vir expressamente disposto, por meio da “cláusula constituinte”, no contrato entre as partes. Tradição ficta.
Traditio breve manu: é aquela situação em que o possuidor direto passa a ser possuidor pleno (proprietário) da coisa.
Traditio longa manu: o possuidor da coisa, apesar de não ter tido disponibilidade material plena, por ficção, passa a tê-la (ex.: adquire-se uma fazenda de vários hectares; presume-se que, se o adquirente tomar posse de apenas uma pequena área, estará tomando posse de toda a área, ficticiamente).
	Posse quase-posse é aquela que decorre dos direitos reais limitados sobre coisa alheia (exemplo: posse do usufrutuário, posse do usuário etc.).
	Posse composse é a posse comum, exercida por duas ou mais pessoas, sobre parte ideal da coisa. 	A composse gera dois efeitos:
Os compossuidores podem exercer proteção possessória e usucapião;
Os compossuidores podem exercer proteção possessória uns contra os outros.
	Posse pro diviso é aquela exercida sobre parte específica da coisa. 
	Posse pro indiviso é aquela exercida sobre parte ideal. Esta classificação esta ligada a composse, que é a posse em comum e no mesmo grau entre duas ou mais pessoas. Exemplo: os cônjuges casados no regime da comunhão universal, e os herdeiros antes da partilha do acervo. Duas situações:
Posse pro indiviso é a composse de direito e de fato (art. 1.199). Isso porque a coisa ainda não foi partilhada por acordo ou acomodação natural entre os compossuidores. Cada um pode exercer a posse sobre o todo e ademais um não pode excluir a posse do outro. Todos têm, no entanto, ação possessória em face de terceiro para a defesa do todo. 
Posse pro diviso é a composse de direito, mas não de fato, pois cada compossuidor por acordo ou acomodação natural já se apossou com exclusividade de uma parte determinada do imóvel. Um não pode possuir a parte do outro, mas qualquer deles tem ação possessória em face de terceiro para a defesa do todo, pois juridicamente ainda há composse.
	Posse Originária é aquela em que não existe relação de causalidade entre o possuidor atual e o possuidor anterior (ex.: esbulho).
	Posse Derivada: é aquela em que existe o nexo de causalidade entre o possuidor atual e o possuidor anterior (ex.: com a morte do pai, a posse transmite-se ao filho).
	Existem 2 grupos de ações possessórias. 
Típicas: são aquelas que tratam da relação material da pessoa com a coisa. Podem ser:
- reintegração de posse, em caso de esbulho; 
- manutenção de posse, em caso de turbação, ou 
- interdito proibitório, em caso de ameaça.
Atípicas: são aquelas que tratam, além da relação material, da relação jurídica e suas conseqüências no sistema jurídico. Podem ser: 
- embargos de terceiros possuidores, 
- nunciação de obra nova, ou 
- imissão de posse (necessita de título).
	
	À também posse sobre servidões, que é um direito real limitado, em que terceiro pode utilizar coisa alheia.
	
Ação de Imissão na Posse ( proprietário que nunca teve a posse
	Poderia ter o nome de “imissão na propriedade”...
	É a ação reivindicatória!!! Não existe essa tutela no sistema jurídico brasileiro. Era prevista no Código de Processo Civil de 1939, entretanto, no Código de Processo Civil de 1970 não foi incluída.
	É a ação do proprietário não-possuidor (adquirente) contra o possuidor não-proprietário (alienante).
	É uma ação típica de proprietário. Inexistindo um rito especial, a imissão na posse estará revestida de uma ação ordinária ou uma execução de entrega de coisa certa.
	É aquela proposta pelo proprietário que nunca teve posse. O pedido, portanto, é o de aquisição da posse que ele nunca teve. 
	Nesta ação é preciso juntar com a inicial a matrícula do imóvel, provando assim que é proprietário (não basta juntar compromisso de compra e venda).
PROPRIEDADES:
	Propriedade é resolúvel quando o direito de propriedade nasce fadado à extinção pelo implementode condição resolutiva ou termo final. Assim, é a propriedade que se inicia tendo uma condição ou data para se encerrar. Exemplo: Doei uma propriedade para você, especificando que quando seu filho nascer, a propriedade deverá ser dele. 
	Propriedade fiduciária é a propriedade resolúvel de coisa móvel infungível (insubstituível), constituída para fins de garantia de obrigação, a partir do registro do título no Cartório de Títulos e Documentos. Assim, é a propriedade que só existe como garantia do pagamento de outra obrigação. Exemplo: O banco tem a propriedade do automóvel financiado enquanto você não terminar de pagar o carro - terminando de pagar, extingue-se a propriedade fiduciária e o carro passa a ser seu.
	Propriedade plena ( o proprietário não tem limitações para usufruir do seu bem.
	Propriedade limitada ( o proprietário possui limitações para gozo e uso do bem.
	Propriedade concorrente ( trata-se de uma propriedade simultânea, de modo que todos são donos ao mesmo tempo (por isso é simultânea), e todos podem usar a coisa toda (por isso é concorrente), dentro dos limites da convivência harmônica.
	Propriedade exclusiva (privada) ( somente um proprietário pode usar e gozar do bem.
	Princípio da continuidade ( é o que se apoia no de especialidade, quer dizer que, em relação a cada imóvel, adequadamente individuado, deve existir uma cadeia de titularidades à vista da qual só se fará a inscrição de um direito se o outorgante dele aparecer no registro como seu titular. Assim, as sucessivas transmissões, que derivam umas das outras, asseguram sempre a preexistência de imóvel no patrimônio de transmitente. Atinge tanto os registros como as averbações.
	Registro ( Lato sensu registrar significa inscrever, fazer a inscrição, ou seja é tudo aquilo que ingressa no fólio real. Stricto sensu significa todo o assentamento principal da matrícula, ou a constituição e modificação de direitos reais sobre os imóveis matriculados. Temos como exemplo o registro da propriedade, do usufruto, da servidão, da hipoteca e do direito do promissário comprador. Além dos fatos constitutivos e modificativos da matrícula o registro também se refere a fatos ou atos jurídicos que influenciam diretamente a propriedade, como o contrato de locação com cláusula de vigência em caso de alienação, a penhora, a convenção de condomínio, a penhora de imóvel, o penhor de máquinas e os pactos nupciais. Há casos de registro de fatos que acontecem exclusivamente por imposição legal como os empréstimos por obrigação ao portador ou debêntures.
	Averbação ( averbar significa informar ato ou fato que o legislador entende como secundário ou acessório que também implique modificação do conteúdo do registro ou da qualificação do titular do direito registrado. No caso do Registro Civil temos o divórcio, a mudança de nome e no Registro de Imóveis, verificamos a construção de imóvel, a sua demolição, o seu desmembramento e as alterações de nomes de ruas. Há casos de averbação de cancelamentos do registro e de extinção de direito real imobiliário. Levando em conta o Código Civil lembramos que averbação enquanto acessório do registro deve seguir a sua existência. Havendo nulidade no registro a averbação também perde seus efeitos.
Indenizações e ressarcimentos:
	Possuidor de boa-fé ( (ex: inquilino, comodatário, usufrutuário, etc) terá sempre direito à indenização e retenção pelas benfeitorias necessárias; já as benfeitorias voluptuárias poderão ser levantadas (=retiradas) pelo possuidor, se a coisa puder ser retirada sem estragar e se o dono não preferir comprá-las, não cabendo indenização ou retenção; quanto às benfeitorias úteis, existe mais um detalhe: é preciso saber se tais benfeitorias úteis foram expressamente autorizadas pelo proprietário para ensejar a indenização e retenção.
	Possuidor de má-fé ( aplica-se o Art. 1.220 CC, ou seja, nunca cabe direito de retenção, não pode retirar as voluptuárias e só tem direito de indenização pelas benfeitorias necessárias. Não pode nem retirar as voluptuárias até para compensar o tempo em que de má-fé ocupou a coisa e impediu sua exploração econômica pelo proprietário (= melhor possuidor).
Benfeitorias Necessárias:
São aquelas que se destinam à conservação do imóvel ou que evitem que ele se deteriore, portanto são lançados diretamente em Despesas de Manutenção. Exemplos: reparos de um telhado, reparo na parede para evitar a infiltração de água ou a substituição dos sistemas elétricos e hidráulico danificados, portanto todos eles são necessários com característica de uma manutenção ou conserto, simplesmente.
Benfeitorias Úteis:
As obras que aumentam ou facilitam o uso do imóvel, como por exemplo a construção de uma garagem, a instalação de grades protetora nas janelas ou fechamento de uma varanda, porque tornam o imóvel mais confortável, seguro ou ampliam sua utilidade.
Benfeitorias Voluptuárias:
As que não aumentam ou facilitam o uso do imóvel, mas podem torná-lo mais bonito ou mais agradável, tais como obras de jardinagem, de decoração ou alteração meramente estética como cerca viva, Colocação de Colunas Romanas no Hall de Entrada, Construção de Lago para embelezamento do local.
	Rito especial ( sempre no interdito proibitório, pois ameaça (de esbulho ou de turbação) não tem nada há ver com o prazo de ano e dia. Nos casos de Reintegração de Posse (no esbulho) e Manutenção da Posse (de turbação) necessita-se respeitar esse prazo de um ano e dia (ações de força nova). 
	Rito comum ou ordinário ( Nos casos em que a turbação e o esbulho passar de um ano e dia (ações de força velha).
Resumo de contratos:
	TIPO
	PARTE ATIVA
	PARTE PASSIVA
(recebe o bem: R$, imóvel, etc.)
	ART. DO CC/02
	Compra e venda ( contrato em que o vendedor compromete-se a transferir ao comprador a propriedade de um bem móvel ou imóvel mediante o pagamento de certo preço em dinheiro.
	comprador
	Vendedor
	481 até 504
	Retrovenda ( trata-se de uma cláusula em que o vendedor se reserva o direito de reaver, em certo prazo, o imóvel alienado, restituindo ao comprador o preço, mas as despesas por ele realizadas, inclusive as empregadas no melhoramento do imóvel. Prazo de três anos.
	comprador
	Vendedor
	505 até 508
	Contrato estimatório ( o consignante entrega bens móveis ao consignatário, que fica autorizado a vendê-los.
	consignante
	Consignatário
	534 até 537
	Doação ( é um contrato em que o donatário recebe do doador bens ou vantagens para o patrimônio de outra pessoa que os aceita.
	doador
	Donatário
	538 até 564
	Doação com cláusula de reversão ( é aquela que contém uma cláusula determinando a volta do bem doado ao patrimônio do doador se o donatário morrer antes dele. Não há prazo para o fim. Extingue-se com a morte do donatário.
	doador
	Donatário
	547
	Locação ( aquele em que uma das partes se obriga a ceder à outra, por tempo determinado ou não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa retribuição.
	locador (proprietário)
	locatário (possuidor)
	565 até 578
	Comodato ( trata-se de empréstimo gratuito de bem infungível, móvel ou imóvel. Prazo determinado. Transferência da POSSE. Há devolução de mesma coisa.
	comodante
	Comodatário
	579 até 585
	Mútuo ( é o empréstimo de coisas fungíveis onde o mutante transfere a propriedade do bem móvel fungível e o mutuário se obriga a restituir, findo o contrato, um bem do mesmo gênero, quantidade e qualidade. Transfere a PROPRIEDADE. Há devolução de outra coisa igual.
	mutante
	Mutuário
	586 até 592
	Empreitada ( é o contrato pelo qual um dos contraentes (empreiteiro) se obriga, sem subordinação ou dependência, a realizar, pessoalmente ou por meio de terceiro, certa obra para outrem (dono da obra ou comitente) com material próprio ou por este fornecido, mediante remuneração determinada, ou proporcional ao trabalho executado.
	empreiteiro
	Comitente
	610 até 626
	Depósito ( é o contrato pelo qual um dos contratantes (depositário) recebe do outro (depositante) umbem móvel ou imóvel, obrigando-se a guardá-lo, temporária e gratuitamente, para restituir-lhe quando for exigido. O depósito é contrato unilateral e gratuito, exceto se, excepcionalmente, for ajustada uma remuneração.
	depositante
	Depositário
	627 até 652
	Mandato ( alguém (mandatário) recebe de outrem (mandante) poderes para em seu nome praticar atos ou administrar interesses.
	mandante
	Mandatário
	653 até 692
	Transporte ( negócio jurídico pelo qual um sujeito assume a obrigação de entregar coisa em algum local ou percorrer um itinerário a algum lugar para uma pessoa.
	transportador
	Transportado
	730 até 756
	Seguro ( o segurador se obriga mediante o pagamento do prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados. Somente poderá figurar como segurador, entidade legalmente autorizada para este fim. O contrato de seguro exige o cumprimento de algumas formalidades, deve ser sempre escrito, representado pela apólice ou bilhete de seguro.
	segurador
	Segurado
	757 até 802
	Fiança ( contrato pelo qual o fiador garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra. A fiança é garantia pessoal, já que o que garante o cumprimento da obrigação é o patrimônio da pessoa do fiador. 	Não se confunde com garantia real, onde quem garante é a coisa, o bem.
	fiador
	Devedor
	818 até 839
	Transação ( para prevenção ou término de litígios mediante acordos ou concessões mútuas.
	compromitente
	compromitente
	840 até 852
Aula de 02 Out 14 ( (oitava aula) (perdida (correção de provas e inicio de usucapião)
Aula de 09 Out 14 ( (nona aula)
USUCAPIÃO DE BENS MÓVEIS
Art. 1.223 CC ( todos os requisitos ao mesmo tempo.
Animus Domini(falta de oposição(posse contínua e permanente(tempo (15 anos) ( sem interrupção ( objeto hábil (bens públicos não podem, animais silvestres não podem).
OBS 1.: Atentar para a prescrição aquisitiva. (diferente da prescrição em que o elemento perde o direito).
OBS 2.: Prazo corre contra o proprietário e a favor do possuidor.
OBS 3.: Quem tem posse direta não tem animus domini.
* Informativo 485 do STJ ( estudar.
1) Usucapião EXTRAORDINÁRIA ( situações em que não há necessidade de boa-fé nem de título ( se presta para bens móveis ou bens imóveis. MODALIDADE RESIDUAL DE USUCAPIÃO !!!
Móveis ( Art. 1.261 CC ( 5 anos.
Imóveis ( Art. 1.238 CC ( 15 anos (podendo cair para 10 anos se o possuidor fixar moradia ou ter caráter produtivo).
2) Usucapião ORDINÁRIA ( há necessidade de boa-fé e justo título (documento que faz acreditar que o possuidor seja proprietário do bem)
Moveis ( Art. 1.260 CC ( 3 anos
Imóveis ( Art. 1.242 CC ( 10 anos (podendo cair para 5 se adquirido onerosamente e com registro do título no cartório, com residência e/ou investir e ter caráter social e econômico).
Lei 6.015/73 ( Art. 214 (nulidade do título inexiste no caso das condições da usucapião).
OBS.: ATENTAR PARA A FAMOSA CLÁUSULA DE REVERSÃO !!!
3) Usucapião ESPECIAL 
				( RURAL ( Art. 1.239 CC, Art. 191 CF e Lei 6.969/81
				( URBANA ( Art. 1.240 CC, Art. 183 CF e Lei 10.257/01
OBS 1.: 5 anos ( somente imóveis ( possuidor não ser dono de imóvel algum ( dimensões previstas nos artigos do CC (50 hectares ( rural / 250 m² ( urbana) ( finalidade de moradia ( urbana ou moradia + produção R$ ( rural.
OBS 2.: Art. 1.240-A ( usucapião especial urbana em prol da família. Abandono material e afetivo.
OBS 3.: Lei 10.257/01 ( Art. 10 ( usucapião coletiva (estatuo da cidade)
	 Lei 11.977/09 ( Art. 60 ( usucapião administrativa
Correção da semana 7
Aula de 16 Out 14 ( sem aula – comemoração do dia dos professores
Aula de 23 Out 14 ( PROAB
Aula de 30 Out 14 ( (décima aula)
Posses contínuas ( Art. 1.243 CC ( Art. 1.206 e 1.207 do CC.
Acessão de posses ( singular (facultativa, somente a coisa)
			Universal (toda a herança. É obrigatória aos herdeiros).
Hipóteses: 	Com sentido na união dos herdeiros
		Sem sentido na união dos herdeiros
		
Usucapião extraordinária ( Art. 1.238 (caput)
Atentar para os Arts. 2.028 e 2.029 CC ( aplicação dos prazos para usucapião (redução dos prazos pelo novo código, implica em mudanças no prazos para alguns casos de usucapião.
CC 2002 ENTROU EM VIGOR NO DIA 11 JAN 2003 ( DATA BASE PARA OS CÁLCULOS.
MACETEIRO PARA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE PRAZOS PARA USUCAPIÃO
	USUCAPIÃO
	PRAZO NO CC 1916
	PRAZO NO CC 2002
	USA-SE O PRAZO DO CC 1916 SE A POSSE FOR ANTES DE:
	USA-SE O PRAZO DO CC 2002 SE A POSSE FOR A PARTIR DE:
	EXTRAORDINÁRIA
	20 ANOS
	15 ANOS
	11 JAN 93
	12 JAN 93
	EXTRAORDINÁRIA (FUNÇÃO SOCIAL)
	15 ANOS
	10 ANOS
	11 JUL 95
	12 JUL 95
	ORDINÁRIA
	15 ANOS
	10 ANOS
	11 JUL 95
	12 JUL 95
	ORDINÁRIA (FUNÇÃO SOCIAL)
	10 ANOS
	5 ANOS
	11 JAN 98
	12 JAN 98
	RURAL
	10 ANOS
	5 ANOS
	11 JAN 98
	12 JAN 98
	URBANA INDIVIDUAL
	10 ANOS
	5 ANOS
	11 JAN 98
	12 JAN 98
	URBANA COLETIVA
	10 ANOS
	5 ANOS
	11 JAN 98
	12 JAN 98
	FAMILIA (ABANDONO DE LAR)
	NÃO
	2 ANOS
	NÃO
	11 JAN 05
Explicação básica:
	Se no dia 11 Jan 03 a posse “ad usucapionem” exercida no imóvel já tiver mais da metade do prazo previsto no CC-1916, aplica-se esse prazo para usucapir o imóvel (prazo do CC-1916).
	Se no dia 11 Jan 03 a posse ainda não tiver atingido a metade do prazo previsto no CC-1916, aplica-se o prazo previsto no novo código (CC-2002).
Detalhe importantíssimo ( se a data da usucapião cair bem no período de ate dois anos a contar de 11 Jan 03, ou seja 10 Jan 05, acrescenta-se mais dois anos, conforme Art. 2.029 do CC02, independente de qualquer prazo do CC16.
AQUISIÇÃO DE BENS MÓVEIS:
Usucapião:
	Posse contínua, incontestada, com justo título e boa-fé ( 3 anos
	No caso de má-fé ( 5 anos 
OBS 1.: Justo título é o instrumento que conduz um possuidor a iludir-se por acreditar que ele lhe outorga a condição de proprietário. Trata-se de um título que, em tese, apresenta-se como instrumento formalmente idôneo a transferir a propriedade, malgrado apresente algum defeito que impeça a sua aquisição. Em outras palavras, é o ato translativo inapto a transferir a propriedade por padecer de um vício de natureza formal ou substancial.
	O justo título pode se concretizar em uma escritura de compra e venda, formal de partilha, carta de arrematação, enfim, um instrumento extrinsecamente adequado à aquisição do bem por modo derivado. Importa que contenha aparência de legítimo e válido, com potencialidade de transferir direito real, a ponto de induzir qualquer pessoa normalmente cautelosa a incidir em equívoco sobre a sua real situação jurídica perante a coisa.
Tradição ( regra para o Art. 1.226 CC ( ver Arts. 1.267 e 1.268
	Requisição ( objeto (comportamento): entrega da coisa
	Requisição ( subjetivo: vontade translativa
Para que a tradição transfira a propriedade, deverá haver os dois critérios !!! 
A única forma de aquisição de bens móveis derivada !!!
Descoberta ( 1.233 ( coisa achada deve ser devolvida ao dono.
Não achando o dono deve ser entregue à autoridade competente (polícia, correios, etc.); 
O descobridor tem direito a recompensa pela coisa achada, maior que 5% do valor do objeto;
O descobridor tem direito a indenização pelos gastos que teve para manter e transportar a coisa;
O descobridor responde pelos prejuízos causados, se tiver procedido com dolo.
Autoridade deve dar conhecimento ao público da coisa achada;
Não aparecendo o dono em 60 dias, venda em hasta pública, com as deduções das despesas.
Se o valor da coisa for pequeno, o Município poderá abandonar a coisa em prol do seu achador.
Ocupação ( 1.263 ( ocorre para quem se assenhorar de coisa sem dono para logo adquirir-lhe a propriedade. A coisa ocupada não poderá estar defesa por lei.
Achado de tesouro ( 1.264 a 1.266
Tesouro achado, sem dono será dividido por igual entre proprietário do prédio e o achadorcasual;
Será todo do proprietário se achado por ele, ou por quem ele ordenou, ou terceiro não autorizado;
Em terreno aforado será dividido por igual entre o descobridor e o enfiteuta.
Se o enfiteuta achar sozinho, será todo dele.
OBS 2.: Aforamento é o ato de concessão de privilégios e deveres sobre uma propriedade cedida pelo proprietário ao enfiteuta para exploração ou usufruto.
OBS 3.: ( COISA VAGA ( Art. 1.170 CPC ( confunde-se com a descoberta, só que neste caso a coisa deverá ser entregue para a autoridade judiciária ou policial.
Especificação ( Art. 1.269 a 1.271
Matéria-prima (da natureza) criada em novo produto.
O criador será proprietário se não puder restituir a forma anterior (forma bruta da natureza);
Deve haver boa-fé e não ser possível a restituição da forma anterior (matéria prima);
Qualquer caso, se o valor da nova coisa exceder muito o valor da matéria-prima.
Comissão, confusão e adjunção 
As coisas de vários proprietários, misturadas, confundidas e ou adjuntadas; continuam a ser de cada proprietário, desde que seja possível separá-las novamente e sem que as mesmas se deteriorem. 
Se não for possível a separação, cabe a cada proprietário o quinhão proporcional ao valor da coisa que entrou para a mistura. 
Se tiver uma coisa principal, o dono desta será o dono de tudo, mas deve indenizar aos donos das outras coisas.
Se houver má-fé de uma das partes que ocasionaram a mistura, a outra parte poderá adquirir o todo (pagando o que não for seu com o devido abatimento do que lhe for devido pela má-fé); ou renunciar a sua parte e deverá ser indenizado.
	São elas:
	Comissão ou “comistão” ( mistura de sólidos obtendo-se um novo sólido;
	Confusão ( mistura de líquidos, surge um novo líquido;
	Adjunção ( justaposição, um material acima do outro;
PERDA DA PROPRIEDADE
Art. 1.275 (não esgota todas as formas. Rol exemplificativo) “ARAPD”
Alienação ( negócio bi-lateral (necessita registro TITULO TRANSMISSÍVEL no RGI);
Renuncia ( ato único de abrir mão da propriedade + renuncia em favor de alguém, ato formal (necessita registro do ATO RENUNCIATIVO no RGI);
Abandono ( ato único de abrir mão da propriedade, porém não significa que a coisa terá novo dono imediatamente;
Perecimento da coisa ( coisa estraga e passa a inexistir, diferente da deterioração;
Desapropriação ( perda da propriedade para o Estado.
OBS.: Art. 1.276 ( imóvel urbano abandonado e sem posse ( entra na situação de coisa vaga ( após 3 anos passa para o município ou DF. No caso de imóvel rural, passa para União.
Aula de 06 Nov 14 ( décima-primeira aula
DIREITOS DE VIZINHANÇA
Arts. 1.277 até 1.313 CC
Art. 1.277 CC ( uso anormal ( incômodos anormais 	( toleráveis (função social)
								( intoleráveis (cessação)
OBS 1.: Uso normal ( Art. 1.228 CC
Incômodos anormais ( atos ilícitos, excessivos e derivantes ( ofendem sossego, segurança e saúde.
Passagem forçada ( dono de prédio sem acesso a via pública, nascente ou porto:
Pode requerer de vizinho a passagem, mediante indenização cabal;
O vizinho que tiver “melhor” imóvel para a passagem tem que aceitar o constrangimento;
Na alienação que prejudique a passagem, outro vizinho irá tolerar a passagem;
	
Tubos e cabos ( para utilidade pública de outros vizinhos
O dono de terreno usado para passagem de cabos e tubos tem direito a indenização;
Deve exigir que a instalação se proceda de modo menos gravoso a sua propriedade;
No caso de risco, dono do terreno que ira se proceder à passagem, pode exigir obra de segurança.
	
OBS 2.: encravamento ocorre quando um dos vizinhos não pode sair de sua residência. Neste caso acontece a passagem forçada ( Art. 1.285 CC (cabe indenização ao vizinho que terá seu terreno utilizado pelo outro vizinho que teve o terreno encravado, até a hora do desencravamento).
Águas ( Arts. 1.286 até 1.296 CC
As águas devem correr naturalmente, desde que não prejudique o vizinho da parte inferior;
Cabe indenização no caso de obras que prejudiquem vizinhos acima ou abaixo do prédio;
É possível a construção de açudes, barragens e outras obras, desde que não prejudiquem vizinho.
Sempre caberá ressarcimento ou indenização.
Limites entre prédios ( Arts. 1.297 e 1.298 CC
Direito de construir ( Arts. 1.299 até 1.313 CC
Construções de janelas, airados, terraço, varandas ( menos de metro e meio do vizinho;
Janelas devem ser abertas no mínimo a 0,75 metros do vizinho;
Qualquer distancia para iluminar ou ventilação, com janelas até 10x20 cm, a mais de 2m do solo;
Para que se seja desfeita obra irregular, prejudicado usa o prazo de ano e dia.
Zona rural deve respeitar 3m de distancia do vizinho, qualquer edificação;
O proprietário de imóvel é obrigado a aceitar ingresso de vizinho em seu terreno, mediante aviso prévio, para realizar reparos, pegar animais e coisas que sejam suas. 
OBS 3.: Art. 1.300 CC ( estilicídio 
CONDOMÍNIO EM GERAL
Condomínio voluntário ( Arts. 1.314 a 1.326 CC
Aula de 13 Nov 14 ( décima-segunda aula ( última aula antes da AV2
Condomínio voluntário (continuação)
Condomínio edilício ( Art. 1.331 a 1.358 CC
	Unidade condominial ( exclusiva e/ou área comum
Modalidades
1. Quanto a origem:
	a. Condomínio Voluntário ou convencional: decorre do acordo de vontade dos condôminos, o condomínio edilício, em regra, nasce daqui.
	b. Condomínio Incidente ou eventual: Ao contrário do anterior, nasce a partir de motivo estranho a vontade (ex. um grupo de herdeiros recebe bem indivisível como herança).
	c. Condomínio necessário ou forçado (Art. 1.327 CC): Decorre da determinação da lei.
 
2. Quanto ao objeto ou conteúdo:
	a. Condomínio universal: compreende a totalidade do bem, inclusive os seus acessórios (frutos e benfeitorias).
	b. Condomínio particular ou singular: compreende determinadas coisas ou efeitos.
 
3. Quanto a forma ou divisão:
	a. Condomínio “pro diviso”: Aqui, é possível definir, no plano fático, o que é de cada condômino. Há uma fração real (e não apenas ideal) de cada condômino (ex. condomínio edilício – cada condômino tem seu apartamento, ou seja, sua parte real).
	b. Condomínio “pro indiviso”: Aqui, é impossível definir, no plano fático, o que é de cada condômino. Portanto, ao contrário da anterior, há, apenas, frações ideais.
 
4. Quanto a natureza:
	a. Condomínio ordinário: Nesta espécie de condomínio, tudo é propriedade comum.
	b. Condomínio edilício: coexistem, ao mesmo tempo, propriedade comum e exclusiva.
Enunciado 89 da I Jornada de Direito Civil ( condomínio vertical (prédios), horizontal (loteamento), clubes de campo e multipropriedade imobiliária.
			
			síndico
Administração ( assembleia
			“conselho fiscal” ( formada por 3 pessoas (moradores escolhidos pela assembleia)
Assembleia Geral Ordinária (AGO) ( problema corriqueiro
Assembleia Geral Especial (AGE) ( problema excepcional
OBS 1.: atentar para as convocações. 1ª convocação até determinado horário, caso não tenha a maioria dos condôminos, inicia-se a 2ª convocação fazendo-se valer os 2/3 dos condôminos presentes. 
OBS 2.: com relação a aluguel de vagas na garagem, atentar para o disposto nos Arts. 1.338 (1.331, §1º) e 1.339, §2º do CC. 
OBS 3.: É possível a assembleia do condomínio executar a vaga vendida a terceiro, retornando ao dono condômino ou ficando a disposição do próprio condomínio.
OBS 4.: as seções de frações do condomínio para terceiros, dependerá da SEGURANÇA e do SOSSEGO do condomínio.
OBS 5.: Súmula 449 do STJ ( vaga com matrícula própria não pode ser considerada bem de família, constitui-se assim, uma área comum. A vaga vinculada a uma unidade é penhorada !!!
Obrigações ( Art. 1.336 CC
	Inciso I ( R$ ( se não pagar ( multa de 2% e juros de 1% a.m.
	Incisos II, III, IV ( conduta
	Se não cumprir o previsto nos incisos II, III, e IV ( multa que deve estar prevista no ato constitutivo ou em convenção (NÃO PODE SER SUPERIOR A 5XO VALOR DO CONDOMÍNIO).
Enunciado 508 da V Jornada de Direito Civil ( é possível expulsar condômino antissocial, mediante propositura de ação judicial. A parte deste condômino expulso vai a hasta publica.
DIREITOS REAIS DE SUPERFÍCIE
Art. 1.369 até 1.377 CC e Art. 21 da Lei 10.257/01 (Estatuto da Cidade).
OBS 1.: Hipoteca da superfície é possível ( Art. 1.474, X CC
OBS 2.: Art. 1.377 CC ( estudar o Enunciado 93 da I Jornada de Direito Civil, quanto a prevalência ou não do CC em relação a superfície. (O conflito é resolvido a partir da matéria).
OBS 3.: Enunciado 568 da III Jornada de Direito Civil (sobrelevação).
Correção das semanas ( 9, 10, 11 e 12.
AV2 (	Duas questões subjetivas do caderno (1 até 12) valendo 2 pts cada uma
		Duas questões subjetivas quaisquer ( 1,5 pts cada uma
		Seis objetivas ( 0,5 pts cada uma

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