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PRINCIPAIS TÉCNICAS DE TRATAMENTO EM FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL AULA 4 Prof. MSc. Carlos M. C. Viana carlosmcviana@gmail.com Objetivos Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: Descrever os princípios básicos de FNP e do conceito Bobath; Identificar o componentes básicos para a realização da facilitação neuromuscular proprioceptiva; Descrever as indicações da técnica de restrição e indução ao movimento Executar os procedimentos básicos de FNP A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al TÉCNICAS ABORDADAS: FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA (FNP) CONCEITO BOBATH TERAPIA DE RESTRIÇÃO E INDUÇÃO DO MOVIMENTO (TRIM) A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA (PNF) MÉTODO KABAT FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA (FNP) É uma filosofia desenvolvida pelos norte- americanos Herman Kabat, médico e Margaret Knott, fisioterapeuta, entre 1946 e 1951. Trata-se de um recurso terapêutico cinético- funcional que utiliza o estímulo da sensibilidade proprioceptiva para: aumentar a força, flexibilidade e coordenação, melhorando a qualidade do movimento. A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al INDICAÇÕES FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA (FNP) Enfoque Positivo Do + para o - Enfatiza-se a reeducação seletiva dos elementos motores individuais por meio do desenvolvimento neuromuscular, através da estimulação dos receptores que iram: favorecer a estabilidade articular e mobilidade coordenada. A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA (FNP) Os objetivos do método são: aumentar ou recuperar a potência muscular, aumentar a velocidade de execução do movimento, melhorar a precisão do movimento e recuperar e/ou melhorar a função estabilizadora. A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al PREMISSA BÁSICA Integridade da UNIDADE MOTORA Os objetivos das técnicas de FNP são: promover o movimento funcional por meio da facilitação, da inibição, do fortalecimento e do relaxamento de grupos musculares Exercícios em três planos de Movimento: Sendo Tridimensionais ou em Diagonais A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA (FNP) As técnicas utilizam: contrações musculares concêntricas, excêntricas e estáticas, combinadas com resistência graduada e procedimentos facilitatórios adequados ajustados para atingir as necessidades de cada paciente. A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al 07 Princípios Fundamentais: 1) Resistência: A aplicação da resistência dependerá do tipo de contração muscular a ser resistido: isotônica (dinâmica): o paciente tem intenção de produzir movimento. concêntrica: o encurtamento do músculo agonista produz movimento. excêntrica: uma força externa, gravidade ou resistência, produz o movimento. contração isotônica mantida: o paciente tem intenção de produzir movimento, mas este é impedido por uma força externa (geralmente resistência). isométrica (estática):a intenção de ambos, tanto do terapeuta quanto do paciente, é de que nenhum movimento ocorra. A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al 07 Princípios Fundamentais: 2) Irradiação e reforço: propagação da resposta ao estimulo. A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al 07 Princípios Fundamentais: 3) Contato manual: Aumenta a força e guia o movimento com toque e pressão. A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al 07 Princípios Fundamentais: 4) Comando verbal: Utiliza palavras e tom de voz apropriado para direcionar o paciente quando ao movimento desejado. A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al 07 Princípios Fundamentais: 5) Contato Visual: Guia o movimento e aumenta o empenho. A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al 07 Princípios Fundamentais: 6) Tração e aproximação: o alongamento ou a compressão dos membros e do tronco facilita o movimento e a estabilidade. A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al 07 Princípios Fundamentais: 7) Sincronização de movimentos: promove sincronismo e aumenta a força da contração muscular por meio da sincronização para ênfase. A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al Padrões de Membros Superiores: A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al Padrões de Membros Inferiores: A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al Padrões de Tronco: Flexão Maciça A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al Padrões de Tronco: Extensão Maciça A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al Técnicas específicas: Iniciação rítmica; Combinação de isotônicas Reversão de antagonistas [reversão dinâmica de antagonistas (inversão lenta), reversão de estabilizações, estabilização rítmica] Contrair-relaxar Manter-relaxar Réplica A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al Iniciação rítmica Técnica usada como primeiro contato com o paciente a fim de orientar o movimento que se deseja. A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al Combinação de isotônicas Técnica de contração de cadeias musculares A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al Reversão de antagonistas reversão dinâmica de antagonistas (inversão lenta), reversão de estabilizações, estabilização rítmica A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al Contrair-relaxar Técnica de alongamento Balístico A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al Manter-relaxar Técnica para alongamento Dinâmico A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n cio n al Réplica Treinamento para refinar um dado momento do padrão, em desorganização. A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al CONCEITO BOBATH A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al Conceito Princípio da técnica Principais indicações A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al CONCEITO O conceito Bobath foi criado e desenvolvido no início dos anos 1940 pelo Dr. Karel Bobath (Médico) e Berta Bobath (Fisioteapeuta) que vieram para Grã-Bretanha como refugiados judeus da Alemanha na década dos 1930. A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al INDICAÇÕES Esta técnica enfatiza: a inibição/integração de padrões posturais primitivos, promove o desenvolvimento de reações posturais normais, Tem como uma META importante: a normalização do tônus anormal. É dirigida para a melhora da função motora. A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al PRINCÍPIO Estímulos de transferência de peso USANDO: Exercícios em bola suíça, rolos, andadores, entre outros, OBJETIVO o paciente aprende a obter um maior controle proprioceptivo e noção espacial A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al PONTOS CHAVE DE CONTROLE São as partes do corpo através dos quais podemos controlar e modificar os padrões postura e de movimento em outras partes do corpo. Eles podem inibir, facilitar e estimular. Estes pontos chave podem ser: Cabeça Proximais: ombros e quadris; Mediais: cotovelos e joelhos; Distais: punhos e cotovelos. A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al Pontos chave nos braços e na cintura escapular proporciona: ROTAÇÃO INTERNA: leva à flexão global. ROTAÇÃO EXTERNA: leva à extensão global. ABDUÇÃO HORIZONTAL com rotação externa e supinação mais extensão de cotovelos: Inibe flexão global e leva a postural igual a descrita em MMII. ELEVAÇÃO dos braços com rotação interna : inibe a flexão e pressão para baixo dos braços e cintura escapular e auxilia na extensão de tronco, quadris e MMII. Na EXTENSÃO dos braços na diagonal para trás ocorre a mesma função. ABDUÇÃO DO POLEGAR com braço em supinação: facilita a abertura dos dedos (o punho deve estar em extensão). A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al Pontos chaves em pernas e pelve: FLEXÃO DAS PERNAS: facilita a abdução, rotação externa e dorsiflexão. ROTAÇÃO EXTERNA com extensão: facilita a abdução e dorsiflexão. A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al TÉCNICAS DE PROPRIOCEPÇÃO E ESTIMULAÇÃO TÁTIL São técnicas usadas em pacientes com hipotonia ou com deficiência na inervação recíproca para: modular o tônus, facilitar o controle postural e direção do movimento Tem a função de interagir ação de músculos agonistas e antagonistas. A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al Principais técnicas de estimulação: 1) Suporte de peso, pressão (compressão), resistência. Em crianças espásticas (aumento do tônus muscular envolvendo hipertonia e hiperreflexia, no momento da contração muscular) as posturas estáticas devem ser evitadas. Deve-se estimular os movimentos de ajustamento através de transferência de peso constante em grandes amplitudes, para os lados, para frente, para trás, e diagonalmente, enquanto damos pressão e resistência. Isso pode ser feito em várias posições e atividades (supino, prono,sentada, em pé e andando. Criança atáxica (flutuações entre hipotônico e normal) ou atetóide: as mesmas técnicas de forma mais estática em pequenas amplitudes. A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al Principais técnicas de estimulação: 2) Placing (Colocação) e Holding (Manutenção): Placing é um termo usado para descrever a habilidade do paciente em interromper um movimento em qualquer etapa, automaticamente ou voluntariamente. No tratamento o corpo e membros do paciente são colocados em várias posições e ele é requisitado a manter (holding) e controla-los sem ajuda, em grande variedade de padrões funcionais e em várias etapas e em diversas amplitudes de um movimento. A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al 3) Tapping:Tapping é usado frequentemente em combinação com placing. É usado para aumentar o tônus postural do tronco e dos membros através de estimulação proprioceptiva e tátil em atáxicos e atetóides. Não deve ser usado na presença de espasticidade ou hipertonia. Nos espásticos pode ser usado para estimular as reações de equilíbrio. A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al É dividido em quatro diferentes formas: Tapping de Inibição: Ativa grupos musculares fracos que não conseguem contrair-se como resultado da atividade excessiva dos músculos antagonistas hipertônicos); Tapping de Pressão: Serve para aumentar o tônus postural para a manutenção da postura contra gravidade; É feito para obter co- contração para manutenção da postura; Ativa a contração simultânea de agonistas e antagonistas; É usado em atetóides e atáxicos que tem mobilidade excessiva, falta de fixação e não sustentação do tônus postural. Tapping Alternado: Serve para obter graduação apropriada da inervação recíproca e para estimular as reações de equilíbrio. Tapping por Deslizamento: Serve para ativar padrões sinérgicos da função muscular pela estimulação de grupos musculares específicos responsáveis por aquela ação, com um movimento de alisar firme na direção do movimento desejado. A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al TERAPIA DE RESTRIÇÃO E INDUÇÃO DO MOVIMENTO CONCEITO A Terapia de Restrição e Indução do Movimento (TRIM) enfatiza a prática de atividades com o membro superior (MS) afetado através da restrição do MS não acometido. A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al INDICAÇÕES PROTOCOLO Durante 90% do dia, em um período de duas semanas; utilização do membro afetado por 6 horas de atividades em 10 dias úteis do período das mesmas duas semanas. No decorrer das 6 horas de terapia, os pacientes são encorajados a realizar progressivamente os componentes mais complexos do movimento A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al ORIENTAÇÕES DA TERAPIA DE RESTRIÇÃO E INDUÇÃO DO MOVIMENTO: PRIMEIRA SEMANA OBSERVAR RIGOROSAMENTE AS ORIENTAÇÕES QUANTO À CONDUTA DE RESTRIÇÃO DO MEMBRO NÃO ACOMETIDO; MANTER RESTRIÇÃO COM ATADURA E/OU TIPÓIA POR PELO MENOS CINCO HORAS EM DOMICÍLIO, DURANTE O DIA E EM ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA; TRAZER MAIÔ E TOCA TODOS OS DIAS DO TRATAMENTO; TRAZER UTENSÍLIOS DE MESA PARA REFEIÇÕES (PRATO RASO, GARFO, FACA E COPO DE PLÁSTICO – NÃO DESCARTÁVEL); TRAZER FRUTAS VARIADAS AO LONGO DA SEMANA (BANANA, MAÇÃ, MAMÃO), IORGUTE PEQUENO, BEBIDAS ENGARRAFADAS; TRAZER UTENSÍLIOS DE HIGIENE PESSOAL (ESCOVA DE DENTES, DENTIFRÍCIO , ESCOVA DE CABELO); A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al ROTINA: ANTES DO INÍCIO DA RESTRIÇÃO, FAZER ALONGAMENTOS BILATERALMENTE CONFORME ORIENTAÇÕES DOS TERAPEUTAS; A RESTRIÇÃO DEVE SER COLOCADA ÀS 10H (SEGUNDAS/QUARTAS E SEXTA); A RESTRIÇÃO DEVE SER MANTIDA ATÉ O TÉRMINO DO ATENDIMENTO E RECOLOCADA ÀS 13H E RETIRAR ÀS 18H(TERÇAS E QUINTAS); ALIMENTAR-SE E VESTIR-SE COM A ATADURA REQUERENDO MÍNIMO AUXÍLIO DE TERCEIROS; ATIVIDADES PROPOSTAS: ARRUMAR A CAMA E PREPARAR A PRÓPRIA REFEIÇÃO. A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al A u la 4 – T éc n ic as d e F is io t. N eu ro fu n ci o n al OBRIGADO!!!
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