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Teorias Filosóficas e a Psicologia Científica

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Teorias/Correntes Filosóficas que Influenciaram o Nascimento da Psicologia Científica
- Inatismo Cartesiano – ideias ou princípios independentes da experiência
- Dualismo Cartesiano – separação da mente e do corpo (duas substâncias distintas)
- Mecanicismo Cartesiano – realidade entendida sob o modelo das leis da física (relação causa/efeito; o todo como soma das partes)
- Empirismo de Locke, Hume e Stuart-Mill – todo o conhecimento (logo, todo o conhecimento humano) deriva da experiência
- Positivismo de Comte – o conhecimento científico reduz-se ao que é objetivamente observável = factos
- Materialismo Dialético de Marx e Engels – rejeita o dualismo (tem uma perspetiva do real como unidade/totalidade). O espírito resulta da complexificação da matéria.
Positivismo 
Existem três estados de desenvolvimento científico:
- Teológico – tenta resolver problemas insolúveis, os conhecimentos absolutos através de agentes sobrenaturais.
- Metafísico – tenta resolver os mesmos problemas que o estado teológico, mas através de abstrações personificadas.
- Positivo – estuda apenas os factos observáveis.
Contributo da Fisiologia (séc. XIX) para a criação da Psicologia Experimental
Experiências relacionadas com as reações a estímulos físicos:
	- Helmholtz – tempos de reação; velocidade de resposta a estímulos
	- Weber – diferença mínima percetível ou limiar de perceção (1ª lei da psicologia experimental)
	- Fechner – intensidade mínima de um estímulo para poder ser percecionado. Dois conceitos fundamentais: limiar absoluto e limiar diferencial.
Wundt e a Criação do 1º Laboratório de Psicologia Experimental (1879)
Objetivo: transformar a Psicologia numa ciência pelo que:
	- só deveria admitir factos
	- teria de recorrer à experimentação e à medida
A diferença entre Wundt e os fisiologistas, designadamente Fechner:
	- Fechner introduziu noções e experiências que marcaram a evolução da Psicologia, mas foi Wundt quem criou uma “Escola de Pensamento”.
Contradição fundamental do projeto de Wundt:
A preocupação por um paradigma de ciência positivista (factos, experimentação, medidas), mas o objeto de estudo era a consciência (processos mentais que acompanhavam a excitação fisiológica) e o método era a introspeção.
Diz-se que a Psicologia ainda se encontra no estado pré-paradigmático porque se assiste a uma alteração constante de escolas de pensamento, cada uma contrária à escola anterior, sem que haja ainda uma que tenha unido as posições acerca da Psicologia.
A Persistência de Grandes Dicotomias na Evolução e Confronto das “Escolas” de Pensamento da Psicologia
	- Dicotomia principal: INATO/ADQUIRIDO
	Hereditariedade/Meio
	Natureza/Cultura
	Interno/Externo
	Natureza/Educação
	Biológico/Social
		(Relacionar com Inatismo vs. Empirismo)
		Ex: Gestaltismo e Psicanálise de Freud privilegiam o inato.
		 Behaviorismo privilegia o adquirido.
	- Dicotomia CONTINUIDADE/DESCONTINUIDADE
		(Relacionar com Mecanicismo vs. Organicismo)
		A evolução é um processo gradativo, contínuo, quantitativo?
		Sim, dizem os behavioristas e os psicólogos da aprendizagem social.
		Não, dizem Freud ou Piaget: a evolução é um processo descontínuo que 
		leva a estádios qualitativamente diferenciados, que implicam 
		reorganizações.
	- Dicotomia ESTABILIDADE/MUDANÇA
		(Relacionar com a diversidade de variantes da dicotomia Inato vs. 
		Adquirido e com a dicotomia Individual vs. Social)
		Psicólogos de infância e da adolescência tendem a valorizar a mudança 
		nessas fase e, opostamente, a estabilidade na idade adulta.
		Mas, a capacidade de adaptação permanente não é um dos traços 
		específicos mais distintivo dos seres humanos?
	- Dicotomia INDIVIDUAL/SOCIAL
		(Outra dicotomia dominante que é transversal a todas as dicotomias)
		(Relacionar com Idealismo vs. Materialismo Dialético e com Inato vs. 
		Adquirido)
A persistência destas dicotomias nos vários modelos interpretativos da mente e do comportamento humanos explica a continuação do estado pré-paradigmático da Psicologia.
Wundt, Titchener e James: a Evolução da Psicologia da Consciência
O que é comum:
	- a consciência é o objeto da Psicologia
	- todos utilizam o método introspetivo (embora James o complete com outros métodos)
O que é diferente:
	- o Objetivo:
- Wundt – a partir da determinação dos fenómenos elementares, procura chegar à explicação da síntese dinâmica que gera os fenómenos mais complexos (associacionismo)
- Titchener – decompor o todo para chegar aos elementos simples que o constituem (explicar a estrutura da consciência – estruturalismo)
- James – compreender as funções adaptativas da consciência  trazer a Psicologia do laboratório para a vida. Utiliza, além da introspeção, os métodos experimental e comparativo (funcionalismo)
Críticas ou Reações à Psicologia da Consciência
Contra o objeto interior  passa a ser  o comportamento (respostas exteriormente observáveis a estímulos)
Contra o método introspetivo  passa a ser  método experimental
BEHAVIORISMO – Watson
Um novo domínio – o inconsciente
Freud e a PSICANÁLISE (mudança paradigmática?)
Diferença entre Charcot, Breuer e Freud
Charcot – utilizava a hipnose para demonstrar a origem psíquica (experiências traumáticas) de doenças aparentemente do foro físico/orgânico.
Breuer – utilizava a hipnose como terapia. A lembrança (recuperação da memória) permitiria a cura.
Freud – desenvolveu um método que permite a recuperação da memória da experiência traumática original sem recorrer à hipnose.
Estrutura do Psiquismo segundo Freud
1ª Tópica  Critério – O que pode (do nosso psiquismo) e o que não pode ser diretamente percecionado por nós – eixo percetivo-sensorial
Consciente – pequena parte da mente constituída por perceções e pensamentos.
Pré-consciente – parte do inconsciente que pode facilmente tornar-se consciente (lembranças, memórias e experiências passadas).
Inconsciente – maior parte do aparelho psíquico, constituído por pulsões e memórias reprimidas, material instintivo e não acessível à consciência.
	Pulsão – impulso inconsciente que deriva de excitação corporal e faz com que haja um investimento direcionado para um objeto que permita a satisfação.	
2ª Tópica  Critério – Os níveis e as fontes constitutivas do psiquismo – eixo existencial
Id – inativo e instintivo, amoral, atividade unicamente inconsciente, opera pelo princípio do prazer  base biológica 
	Princípio do prazer – os processos psíquicos inconscientes tendem para a obtenção de prazer
Ego – parte do aparelho psíquico que está em contacto com a realidade, desenvolve-se a partir do id, para controlar ou regular as pulsões. É moral, a sua atividade é sobretudo consciente e rege-se pelo princípio da realidade.
	Princípio da realidade – aparece depois do princípio do prazer, limitando-o.
Superego – hipermoral, reservatório dos códigos morais e modelos de conduta (o “eu ideal”), entra em conflito com o id. Desenvolve-se a partir do ego, atuando como regulador da sua atividade, e fá-lo restringindo, proibindo ou julgando a atividade consciente de um modo maioritariamente inconsciente.
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Mecanismos de Defesa do Ego
Recalcamento – eliminação do consciente de ideias que causam ansiedade.
Regressão – retorno a um estado de desenvolvimento anterior num período de grande ansiedade.
Racionalização – utilização de justificações racionais para explicar um comportamento inaceitável. 
Sublimação – canalização de pulsões inaceitáveis para um objetivo construtivo.
Deslocamento – transferência de pulsões de um objeto ameaçador para objetos menos ameaçadores.
Projeção – atribuição das suas pulsões a outra pessoa ou objeto.
Formação reativa – manifestação de comportamentos opostos às pulsõescom o intuito de as afastar.
Fases do Desenvolvimento Psicossexual
Oral (até aos 12-18 meses) – o prazer autodirigido está relacionado com a cavidade oral (boca). Tem como finalidade a ingestão de alimentos.
Anal (até aos 3 anos) – o centro de prazer autodirigido situa-se na zona esfíncter-anal e tem como finalidade a retenção ou libertação das fezes e urina.
Fálica (até aos 6 anos) – o centro de prazer autodirigido está situado no clítoris (no caso das meninas) ou na glande (no caso dos meninos). Ocorre o desfecho do complexo de Édipo/Electra e a criança passa a identificar-se com o cuidador do mesmo sexo.
Latência (até à puberdade) – não há uma reorganização da sexualidade, havendo portanto um acalmar das pulsões.
Genital (até à idade adulta) – as pulsões estão direcionadas para a parte genital do homem ou da mulher, e o prazer deixa de ser autodirigido.
Desenvolvimento Psicossocial (Erikson)
Freud:
	- Critério associado à evolução da sexualidade  desenvolvimento psicossexual
	- Etapas de desenvolvimento terminam na adolescência
	- Fases determinantes: até aos 5 anos
Erikson:
	- Critério associado às influências do meio  desenvolvimento psicossocial
	- O desenvolvimento psíquico acompanha toda a vida do ser humano
	- Fase crucial: adolescência
	- O conceito de crise é nuclear
Behaviorismo
Watson – o comportamento deveria ser a única preocupação da Psicologia e o seu estudo devia ser a própria definição de Psicologia.
Método experimental – isolamento de variáveis e observação de dois ou mais grupos com apenas uma variável distinta entre eles, e confrontar o comportamento dos vários grupos.
Watson considerava inútil a noção de consciência e, consequentemente, criticava a utilização do método introspetivo
Uma só Psicologia, não há diferença entre Psicologia humana e Psicologia animal
O behaviorismo apresenta-se como distinto das correntes de pensamento anteriores: do estruturalismo e do funcionalismo.
Enquadra-se no contexto mecanicista, sendo declarado como um ramo experimental puramente objetivo da ciência natural, e no contexto da Psicologia animal.
O objeto do behaviorismo é assumido como inovador, direcionando-se para o comportamento (em termos de estímulo e resposta) e não para a consciência.
O objetivo da Psicologia behaviorista é a previsão e o controlo do comportamento.
	DICOTOMIA INTERNO vs. EXTERNO
	Wundt (estruturalismo)
	Watson (behaviorismo)
	Privilegia a dimensão humana interna não diretamente observável e apenas acessível ao próprio indivíduo através da introspeção (processos mentais conscientes)
	Privilegia a dimensão humana externa e diretamente observável através da experimentação (comportamento)
	Procuram determinar a estrutura e decompor o seu objeto de estudo (consciência ou comportamento) em elementos ou partículas elementares (atomismo psicológico)
Pavlov
Condicionamento Clássico
Condicionamento – o mais elementar dos processos de aprendizagem; consiste em estabelecer associações entre sequências de estímulo/resposta, das quais resulta uma mudança estável do comportamento. Pressupõe processos de generalização e de discriminação de estímulos.
Os comportamentos adquiridos por condicionamento podem ser removidos ou extintos por dessensibilização sistemática.
Thorndike
Condicionamento Operante
As ações não são passivas, são instrumentais, isto é, são realizadas intencionalmente com um propósito.
- Aprendizagem por ensaio e erro – a solução do problema é encontrada por tentativas aleatórias sucessivas
- Aprendizagem progressiva – diminuição gradual do tempo necessário para abrir o mecanismo
- Motivação
O condicionamento operante é assim um processo de aprendizagem em que as consequências de uma ação condicionam a probabilidade de ela se realizar no futuro.
Behaviorismo depois de Watson
A escola de pensamento behaviorista pode ser estudada em três momentos:
	- Fundação – põe em relevo o papel de Watson e a sua determinação em romper com o objeto de estudo defendido pelo estruturalismo e funcionalismo
	- Neobehaviorismo – salienta os trabalhos de Skinner sobre o condicionamento operante
	- Sociobehaviorismo – enfatiza as pesquisas de Bandura e a sua preocupação em retornar ao estudo dos processos cognitivos.
Neobehaviorismo
Skinner: - Teoria do Condicionamento Operante
 - Esquemas de Reforço
 - Não são tidas em conta as variáveis internas (organismo) nem a relação do indivíduo com outros indivíduos.
	CONDICIONAMENTO CLÁSSICO
	CONDICIONAMENTO OPERANTE
	A resposta depende exclusivamente da associação de um estímulo artificial a um estímulo natural  PAVLOV
	Criação ou invenção de uma resposta para a obtenção de um objetivo derivado da perceção de um estímulo natural  THORNDIKE/SKINNER
Lei da Aquisição – a força de um comportamento operante aumenta quando este é seguido por uma resposta reforçadora.
Sociobehaviorismo
O extremo positivismo e a oposição ao caráter explicativo da Psicologia do neobehaviorismo foram alvo de críticas.
Bandura questionava a ausência total da consideração dos processos mentais e cognitivos na abordagem de Skinner.
Bandura:
	- Teoria social da aprendizagem
	- Reforço vicariante  Contexto Social
	DICOTOMIA INDIVIDUAL/SOCIAL
	Watson
	Skinner
	Bandura
	Behaviorismo
	Neobehaviorismo
	Sociobehaviorismo
	Investigam a aprendizagem enquanto aquisição individual de comportamentos
	Valoriza a dimensão social da aprendizagem
	De forma mais ou menos radical defendem o determinismo do comportamento e acentuam o papel da aprendizagem, do meio e da experiência.
Continuidade vs. Descontinuidade – o behaviorismo tem uma perspetiva mecanicista, logo, privilegia uma conceção continuista do desenvolvimento psicológico.
Gestaltismo
Gestalt = Forma  Wertheimer, Köhler, Kofka  crítica ao atomismo
Duas linhas de contestação à Psicologia da consciência (associacionista e estruturalista):
	- Contra a consciência como objeto  Behaviorismo
	- Contra a conceção atomista de consciência e de comportamento (por isso, também, contra o behaviorismo de Watson)  GESTALTISMO  “o todo NÃO é igual à soma das partes”
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Ponto de partida do Gestaltismo  Estudos de Wertheimer sobre a perceção:
	- A perceção não é redutível a uma soma de elementos sensoriais simples
	- A perceção é antes do mais a apreensão de uma forma (gestalt)
	- A perceção dessa forma ou estrutura não é aprendida, é INATA, deriva da nossa estrutura fisiológica (contra a perspetiva behaviorista)
	- Tendência para a boa forma (pregnância)
Vemos formas completas
	- Toda a perceção implica uma distinção e relação forma/fundo
Alargamento do campo de estudo do Gestaltismo:
- Köhler – estudos/experiências com chimpanzés sobre a inteligência enquanto capacidade de resolução de problemas:
- reestruturação do campo percetual  capacidade de adaptação 
- compreensão súbita (insight)  resolução do problema
	O PRIMADO DO TODO
Dicotomia INATO (interno) vs. ADQUIRIDO (externo):
	- Gestaltismo (em oposição ao behaviorismo), privilegia o inato (os fatores internos, de base fisiológica)
Dicotomia PARTE vs. TODO:
	- Gestaltismo (em oposição à Psicologia da consciência, de Wundt, e ao behaviorismo, de Watson), privilegia o todo.
Quadro-resumo
	Estruturalismo (Wundt)
	Behaviorismo (Watson)
	Psicanálise (Freud)
	Elege a consciência como o objeto de estudo privilegiado da Psicologia
	Retira à consciência e aos processos mentais valor científico
	Revoluciona a investigação dos processos mentais ao introduzir o conceito de inconsciente
	O ser humano é concebido como um ser que racional e objetivamente acede aos seus conteúdos mentais (conscientes)
	O ser humano é reduzido a um ser simples e mecânico quepassivamente reage aos estímulos do meio
	O ser humano é visto como um produto complexo de conflitos intrapsíquicos entre as diversas instâncias da sua mente
Epistemologia Genética de Piaget (precursora do Cognitivismo)
Coloca como “objeto” ou problema central da Psicologia o estudo do processo de criação e desenvolvimento das estruturas cognitivas.
É a partir da interiorização dos mecanismos de ação física sobre os objetos e de uma base orgânica/biológica inata que o sujeito desenvolve as suas estruturas cognitivas.
Inteligência é, em primeiro lugar, capacidade de adaptação  exige esquemas ou ações fundamentais do conhecimento físicas (audição, visão, etc.) e mentais (comparação, classificação, seriação, etc.)
Conceitos Fundamentais:
- Esquema – ações fundamentais do conhecimento que podem ser físicas, como a visão, ou mentais, como a comparação e a classificação.
- Adaptação – modificação dos comportamentos que permite o equilíbrio entre o organismo e o meio. O processo de adaptação decorre da assimilação e da acomodação.
- Assimilação – integração nas estruturas ou esquemas do sujeito dos novos dados experenciados.
- Acomodação – mudanças nas estruturas do sujeito – criação de novos esquemas ou reorganização de esquemas já existentes, permitindo a incorporação de nova informação.
- Desequilíbrio (décollage) – instabilidade nos esquemas ou estruturas do sujeito.
- Equilibração ou autorregulação – restabelecimento de estabilidade nos esquemas e operações do sujeito na sequência da assimilação e da acomodação.
Fatores do Desenvolvimento Cognitivo:
- Crescimento orgânico e maturação (base inata, mas com influência do meio)
- Relação com os objetos físicos
- Relações sociais
- Equilibração
�
Fases do Desenvolvimento Cognitivo
- Estado sensório-motor (0-2)  aquisição da noção de objeto permanente
	
Esquemas de ação  evoluem para esquemas mentais
- Estado pré-operatório (2-7)  aquisição da função simbólica (linguagem)pensamento
Capacidade de representar mentalmente um objeto ausente  possibilidade de substituir um objeto por um símbolo (ex: desenho)
Irreversibilidade – Egocentrismo
- Estado de operações concretas (7-11)  aquisição das noções de número, peso, substância
	Reversibilidade
Pensamento Lógico, mas ainda não é abstrato  capacidade de classificação, seriação
- Estado de operações formais (11-15)  esquemas conceptuais abstratos  Lógica Formal
	Pensamento Hipotético  Egocentrismo Intelectual
Cognitivismo
Surgiu como “resgate” do conceito de mente. A partir dos anos 60, superou a influência do behaviorismo e tornou-se a corrente dominante na Psicologia Experimental.
Os primeiros cognitivistas norte americanos (contrariamente aos behavioristas) valorizam a ênfase dada por Piaget aos fatores cognitivos. 
Figuras determinantes: Bruner, Miller e Neisser.
Enquanto alguns autores se posicionaram num racionalismo, assumindo uma maior proximidade com o behaviorismo e defendendo uma primazia cerebral na relação cognição-comportamento-afeto, outros autores posicionaram-se num construtivismo, assumindo um maior distanciamento do behaviorismo e reconhecendo uma posição integrada em que pensamento, sentimento e ação são estrutural e funcionalmente inseparáveis.
	Perspetiva Cognitiva
	Natureza Humana
	Pensamento
	Realidade
	Racionalista
	Ser humano é essencialmente racional
	Equacionado em termos de computação (metáfora – computador)
	Puzzle a que o indivíduo acede pela razão
	Construtivista
	Ser humano é essencialmente contador de histórias
	Metafórico e imaginativo (metáfora – narrativa)
	Estrutura caótica e complexa a que o indivíduo acede pela narrativa
BRUNER – construtivista
Meta-teorias do Desenvolvimento
Maturacionista – o sujeito reage apenas aos seus genes (metáfora – flores)
Mecanicista – o meio desempenha um papel fundamental para o desenvolvimento do indivíduo, que é perspetivado como passivo (metáfora – computador)
Organicista – o indivíduo desempenha um papel essencialmente ativo no seu desenvolvimento, fazendo uso dos elementos fornecidos pelo meio em seu benefício (metáfora – borboleta)
Contextualista – o sujeito e o meio desempenham ambos um papel ativo no desenvolvimento (metáfora – jogo de ténis)
	META-TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO
	
	Curso de Desenvolvimento
	Papel do Indivíduo
	Papel do Meio
	Metáfora
	Autores
	Maturacionista
	Dependente dos genes
	Reativo aos genes
	Fornece sustento
	Flor
	Lorenz, Gesell, Hall
	Mecanicista
	Gradual (quantitativo)
	Passivo
	Ativo
	Computador
	Watson, Skinner, Bandura
	Organicista
	Abrupto (qualitativo)
	Ativo
	Fornece elementos
	Borboleta
	Freud, Erikson, Piaget
	Contextualista
	Gradual e abrupto
	Coativo com o meio
	Coativo com o indivíduo
	Jogo de Ténis
	Vygotsky, Brofenbrenner

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