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Resumo SCHULTZ e SCHULTZ - A História da Psicologia Moderna

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HISTÓRIA MODERNA DA PSICOLOGIA 
CAPÍTULO 01 – O ESTUDO DA HISTÓRIA DA PSICOLOGIA 
Dados Históricos Dados Científicos 
Distorção por conta de traduções e não 
podem ser repetidos em laboratório 
Podem ser repetidos e controlados 
dentro de laboratório 
Podem se perder, ser incompletos e 
incorretos 
São falíveis 
 
Distorção com o intuito de proteger 
reputação ou imagem pública de alguém 
 
 
GLOSSÁRIO PARA O ESTUDO 
Zeitgeist é o espírito cultural e intelectual da época, afeta a evolução da ciência, 
podendo inibir ou promover determinados métodos de investigação ou certo assunto 
de uma disciplina. 
Concepção Personalista representa pessoas eminentes, cujo trabalho gera impacto 
sobre o campo. 
Concepção Naturalista é tudo que há ligação ao Zeitgeist. 
Ontologia é a concepção da realidade, do ser humano. 
Epistemologia é a base para o estudo científico, acesso, como é possível alcançar a 
realidade, teoria do conhecimento. 
 Influências Filosóficas buscam o objeto de estudo da psicologia. 
 Influências Fisiológicas buscam o método aplicado na psicologia. 
Estágio Paradigmático é quando uma ciência tiver produzido uma forma aceita de 
pensamento e está amadurecido, essa forma será chamada de paradigma (Thomas 
Kuhn). A psicologia é considerada pré-paradigmática pois continua dividida em 
escolas, não havendo um pensamento prevalecente. 
Escolas de Pensamento é um conceito para um grupo de psicólogos que concordam 
a respeito de um objeto de estudo, métodos a serem utilizados e abordagens 
psicológicas. 
 Psicologia Experimental de Wundt: método experimental das ciências naturais 
para o estudo dos aspectos subjetivos da experiência consciente imediata, 
investigando como um sujeito apreende sensações e sentimentos. 
 Estruturalismo: afirma a totalidade psicológica dividida em elementos. Quais 
elementos mentais, o conteúdo e a maneira pela qual a mente se estrutura? 
 Funcionalismo: processos, operações e atos psíquicos como formas de interação 
adaptativa. 
 Behaviorismo: comportamento visível, passível de observação, de resposta a um 
estímulo, possibilidade de prever e controlar a conduta humana com base no estudo 
do meio em que o indivíduo vive. 
SCHULTZ, D. P. e SCHULTZ, S. História da psicologia moderna. São Paulo: Cultrix, 1998. 
 Gestaltismo: não se pode conhecer o todo através das partes, mas sim as partes 
por meio do conjunto, que tem suas próprias leis que coordenam seus elementos, 
assim o cérebro percebe, interpreta e incorpora uma imagem ou uma ideia. 
 Psicanálise: compreensão e análise do indivíduo, sujeito do inconsciente, 
método de investigação da mente e seu funcionamento, sistema teórico sobre 
personalidade e comportamento humano, método de tratamento psicoterapêutico. 
 Psicologia Humanista: experiência consciente, potencial de autorrealização 
baseado no livre arbítrio, espontaneidade e poder criativo. 
 Psicologia Cognitiva: processos mentais a fim de analisar como o sujeito percebe 
os fenômenos e o mundo, e de que modo desenvolvem suas funções cognitivas. 
 
FOCOS ATUAIS DA PSICOLOGIA MODERNA 
 Psicologia Evolutiva: reconstrução das adaptações de solução de problemas, 
tentando estabelecer as origens comuns de nossos comportamentos ancestrais e 
como se manifestam atualmente em diferentes culturas. 
 Neurociência Cognitiva: comportamentos complexos através dos mecanismos 
biológicos subjacentes à cognição, com foco nos substratos neurais dos processos 
mentais e suas manifestações comportamentais, compreendendo como as funções 
psicológicas e cognitivas são produzidas no cérebro. 
 Psicologia Positiva: experiências positivas subjetivas verificando potenciais, 
motivações e capacidades dos indivíduos, para compreender eventos psicológicos 
como o altruísmo, esperança, alegria, etc. 
CAPÍTULO 02 – INFLUÊNCIAS FILOSÓFICAS 
Mecanicismo máquinas – relógio, leva à ideia de que a precisão e a regularidade 
também poderiam ser aplicadas ao universo, ideia de automação e previsibilidade 
(Galileu Galilei e Isaac Newton), métodos científicos com foco na observação, 
experimentação e mensuração. 
 Reducionismo: reduzir a elementos básicos, simplificar fenômenos complexos a 
elementos mais simples. 
 Determinismo: previsibilidade, causa e efeito de todas as ações, atos são 
determinados pelos eventos passados. 
A criação da calculadora por Charles Babbage, cuja foi a precursora do computador e 
da ideia de inteligência artificial, assuntos importantes da atualidade. 
 
René Descartes (1596 – 1650) relação mente-corpo, dualismo, entidades separadas, 
funcionamento do organismo como objeto passível de investigação científica, 
precursor da teoria da ação reflexa, acreditava que os nervos eram ocos e preenchidos 
com um fluido animal. 
 Ideias Inatas: mente consciência, sem a presença de estímulos externos. Como 
Deus e o infinito. 
 Ideias Complexas: aplicação direta de um estímulo externo. 
Positivismo Auguste Compte (1798 – 1857) reconhece somente os fenômenos 
naturais ou fatos que são objetivamente observáveis. 
 
Materialismo descrição dos fatos do universo em termos físicos e da sua explicação 
por meio das propriedades da matéria e da energia. 
 
Empirismo Todo o conhecimento é derivado da experiência sensorial 
 
PENSADORES DO ASSOCIACIONISMO E EMPIRISMO 
John Locke (1632 – 1704) Tábula rasa onde o conhecimento é inscrito. 
 Ideias: são formadas pela sensação (estímulos sensoriais diretos) e a reflexão 
(Interpretação, pensamento de nível superior). Podem ser simples (não podem ser 
divididas) ou complexas (combinações das simples). 
 Qualidades dos objetos: existem duas grandes divisões: as primárias (existem, 
quer percebamos ou não, como a forma e tamanho) e as secundárias (não estão 
contidas no objeto, mas dependem da nossa percepção, como a cor e o odor). 
 
George Berkeley (1685 – 1753) Existem apenas as qualidades secundárias, baseado 
no mentalismo, que define a única realidade a da percepção, parece haver 
estabilidade porque Deus tudo vê. 
 
David Hartley (1705 – 1757) Contiguidade é a lei fundamental da associação. 
Repetição é necessária para formar as associações, quanto maior a repetição, mais 
intensa é a associação. Acreditava que os nervos eram sólidos e vibravam para 
transmitir mensagens se opondo a ideia de Descartes. 
 
James Mill (1773 – 1836) Associação mecânica e automática, as ideias são resultantes 
da soma de elementos mentais. 
 
John Stuart Mill (1806 – 1873) Química Mental define que a mente não é passiva, 
mas ativa na associação de ideias. Síntese Criativa define que as ideias complexas eram 
mais do que uma combinação de ideias simples, pois assumiam novas qualidades. 
CAPÍTULO 03 – INFLUÊNCIAS FISIOLÓGICAS 
Friederich Wilheim Bessel (1784 – 1846) Como as observações de dois indivíduos 
podiam ser diferentes, sujeição a diferenças individuais. 
 
Pensamentos sobre o Mapeamento Interno das Funções Cerebrais são tentativas de 
estudar as funções cognitivas no cérebro. 
 Método de Extirpação: Marshall Hall (1790 – 1857) e Pierre Flourens (1794 – 
1867), remove e destrói parte cerebrais para observar as consequências. 
 Método Clínico: Paul Broca (1824 – 1880), exame post-mortem detectando áreas 
lesionadas que levaram à provável morte. 
 Método dos Estímulos Elétricos: Gustav Theodor Fritsch (1838 – 1927) e Eduard 
Hitzig (1839 – 1907), exploração do córtex cerebral pela estimulação elétrica, 
observação das respostas motoras. 
 
Pensamentos sobre o Mapeamento Externo das Funções Cerebrais 
 Método da Crianoscopia (frenologia): Franz Josef Gall (1758 – 1828), estudo do 
formato do crânio revela características de personalidade e inteligência do indivíduo. 
Estudava as saliências na caixa craniana. Essa teoria caiu quando os fisiologistas 
descobriram que as funções cerebrais não correspondiam ao mapa da frenologia. 
 
Pensamentos sobre a estrutura e funcionamento do Sistema Nervoso 
 Luigi Galvani(1737 – 1798) sugeriu a natureza elétrica do impulso nervoso. 
 Santiago Ramón y Cajal (1852 – 1934) direção seguida pelos impulsos nervosos 
no SNC. 
 Hermann von Helmholtz (1821 – 1894) velocidade de condução do impulso 
neural (aproximadamente 27 m/s), pensamento e movimento não ocorrem ao mesmo 
tempo, estudou a visão e a audição. 
 Ernest Weber (1795 – 1878) sensações táteis e musculares, método do limiar de 
dois pontos, método das diferenças mínimas perceptíveis. 
 Gustav Theodor Fechner (1801 – 1887) relação quantitativa entre sensação 
mental e estímulo físico, método do limiar absoluto, método do limiar diferencial, 
método do erro médio, método do estímulo constante, método dos limites. 
CAPÍTULO 04 – A NOVA PSICOLOGIA 
Willheim Wundt (1832 – 1920) em Leipzig (Alemanha), dezembro de 1879, fundou o 
primeiro laboratório de psicologia experimental e editou seu primeiro periódico. Seu 
primeiro foco foi o estudo da atenção. 
 A fundação de uma nova ciência, pois conseguiu “vender” uma ideia à 
comunidade científica. 
 A psicologia cultural (ou dos povos) de Wundt: representações da linguagem, das 
artes, dos costumes sociais, por métodos não experimentais que considerava próprios. 
Dividiu-se psicologia social de psicologia experimental. Wundt aplicava métodos 
experimentais das ciências naturais (fisiologia) e seu objeto de estudo é a concepção 
da consciência (análise ou redução), capacidade auto organizadora. 
 Conceitos: 
Voluntarismo sugere a volição, que é o ato ou capacidade de desejar. 
 Experiência Imediata é aquela que não sofre o viés de interpretação, essa 
que Wund acreditava ser objeto de estudo dos psicólogos. 
 Experiência Mediata relaciona-se com algo além dos elementos de uma 
experiência. 
 Introspecção é o exame do próprio estado mental, condições envolvem 
(1) a capacidade de determinar quando o processo pode ser introduzido, (2) estado de 
prontidão ou atenção concentrada, (3) repetir a observação diversas vezes e (4) a 
‘essência do método experimental’ (as condições experimentais devem ser passível de 
variação em termos da manipulação controlada dos estímulos). 
 Experiência Consciente e Imediata são as sensações (objetivo e 
representação) e sentimentos (subjetivo e conjuntos simples que se tornam 
complexos). 
 Objetivos da Psicologia Experimental: analisar os processos conscientes até 
chegar aos seus elementos básicos, descobrir como esses elementos são sintetizados 
ou organizados e, determinar as leis de conexão que governam a sua organização. 
 Teorias de Wundt: 
 Teoria Tridimensional do Sentimento prazer-desprazer, tensão-
relaxamento, excitação-depressão. 
 Teoria das Emoções combinação complexa dos sentimentos elementares. 
 Apercepção organização dos elementos mentais, processo ativo, a mente 
age sobre os elementos da experiência na síntese criativa das partes para construir o 
todo. 
 Tópicos de Pesquisa: visão, audição, sensação, percepção visual, sensações 
auditivas, táteis, tempo de reação, atenção, foco, alcance e flutuação da atenção, 
sentimentos, associações verbais. 
 
OUTROS PIONEIROS EUROPEUS 
 Hermann Ebbinghaus (1850 – 1909) aprendizagem, memória, 
desenvolvimento das associações, recordação, curva de esquecimento (por 
interferência de Müller). 
 Franz Brentano (1838 – 1917) observação sistêmica, psicologia do ato, difere 
experiência como estrutura de experiência como atividade. 
 Carl Strumpf (1848 – 1936) fenomenologia, exame da experiência não 
distorcida, tal como ela é, não analisada ou reduzida aos seus elementos. 
 Oswald Külpe (1862 – 1915) e a Escola de Würzburg ‘a ciência dos fatos da 
experiência, dependente do indivíduo que passa pela experiência’, método da 
introspecção experimental sistemática, pensamento sem imagens. Julgamento 
comparativo de pesos (Karl Marbe), tendências determinantes inconscientes para 
reagir da forma desejada (Henry Jackson Watt), noção dos elementos não sensoriais 
da experiência para o processo de pensamento (Karl Bühler). 
CAPÍTULO 05 – ESTRUTURALISMO 
Edward Bradford Titchener (1867 – 1927) radicalmente diferente do sistema 
wundtiano, foco empirista com sua ligação mecânica através da associação, descarta a 
apercepção. Descobrir a natureza das experiências conscientes elementares, analisar 
as estruturas separadas em partes. 
 Experiência Consciente: não confundir o processo mental com o estímulo/objeto 
observado. Deve ser descrito em termos do conteúdo consciente da experiência. 
 Consciência: é a soma das experiências do sujeito num dado momento do 
tempo. 
 Mente: é a soma das experiências do sujeito acumuladas ao longo da vida. 
 Introspecção Experimental Sistemática: observadores bem treinados, que tinham 
que reaprender a perceber, para descrever seu estado consciente e não o estímulo. 
Buscava descobrir os ‘átomos da mente’. 
 Finalidades: (1) reduzir os processos conscientes aos seus componentes mais 
básicos e simples, (2) determinar as leis mediante as quais esses elementos se associam 
e (3) conectar esses elementos às suas condições fisiológicas. 
 Estados Elementares da Consciência: sensações (percepção do ambiente), 
imagens (ideias como lembranças) e estados afetivos (elementos da emoção). Seus 
atributos são a qualidade, intensidade, duração e a nitidez (ausente nas emoções). 
 Críticas ao Estruturalismo: dificuldade em definir introspecção com maior rigor. 
Tornou-se retrospecção, visto passar algum tempo entre a experiência e o relato dela. 
Funcionalistas perguntam para quê serviria esse conhecimento (ciência pura, sem 
aplicação). 
CAPÍTULO 07 – DESENVOLVIMENTO E FUNDAÇÃO DO FUNCIONALISMO 
A princípio se desenvolveu a partir das ideias de Darwin e de Galton. Foco na operação 
dos processos conscientes (não no conteúdo ou na estrutura da consciência). 
Principal interesse dos psicólogos funcionais é a utilidade ou o propósito dos 
processos mentais para o organismo vivo em suas permanentes tentativas de adaptar-
se ao seu ambiente. 
Processos mentais são considerados como atividades que levam a consequências 
práticas. A orientação prática do funcionalismo que leva os psicólogos a se 
interessarem pela aplicação da psicologia a problemas do mundo real. 
 
Herbert Spencer (1820 – 1903) considerava a evolução para o conhecimento e a 
experiência humana. Afirmava que o desenvolvimento (caráter humano, instituições 
sociais, etc.) é evolutivo e opera de acordo com o princípio da sobrevivência dos mais 
capazes. 
 Darwinismo Social: Aplicação da ideia de evolução à natureza humana e à 
sociedade. Perfeição humana vista como inevitável. Individualismo e sistema 
econômico laissez-faire. Afirmava que qualquer ajuda do Estado à população seria uma 
interferência no processo evolutivo natural. Assim sociedades se aprimoram e tornam-
se perfeitas. 
 Filosofia Sintética: sintética como sintetizar ou combinar, logo é fundamentada 
na aplicação dos princípios evolutivos a todo o conhecimento e toda experiência do 
ser humano. O desenvolvimento envolve dois aspectos: 
 Diferenciação: toda coisa que se desenvolve ou cresce, é no início, 
homogênea e simples, composta de partes distintas. 
 Integração: num estágio ulterior, essas partes ímpares se juntem ou se 
combinam num novo todo funcional. 
A sequência diferenciação-integração é evolutiva, a partir dela todas as coisas vão da 
homogeneidade para a heterogeneidade. 
 Implicações para a Psicologia: Enquanto o SN evolui e se torna complexo, ocorre 
um aumento na riqueza e na variedade de experiências (e comportamentos) a que o 
organismo é exposto. Assim, há níveis cada vez mais elevados de funcionamento. 
Acentuou-se a natureza adaptativa dos processos mentais e nervosos. 
 
William James (1842 – 1910) opôs-se à posição wundtiana de que o alvo da 
psicologia é a análise da consciência até analisar seus elementos. 
Preceitos Básicos do Funcionalismo Americano: (1) objetivo é estudar pessoas 
vivasem sua adaptação ao ambiente, (2) função da consciência como orientação do 
organismo quanto aos fins exigidos pela sobrevivência, (3) a consciência é vital para as 
necessidades de seres complexos num ambiente complexo, sem ela, o processo 
evolutivo não poderia ter ocorrido. 
The Principles of Psychology: editado em 1890, apresentava a psicologia como 
ciência natural e biológica. Considera os processos mentais como atividade úteis e 
funcionais de organismos vivos, em sua tentativa de se manter e se adaptar ao seu 
mundo. Pessoas são criaturas de ação, paixão, pensamento e razão. James destaca o 
aspecto não-racional do ser humano, mesmo ao discutir processos puramente 
intelectuais. Notou que no ser humano: (1) o intelecto opera sob as influências 
fisiológicas do corpo, (2) as crenças são determinadas por fatores emocionais e (3) a 
razão e a formação de conceitos são afetadas pelos desejos e necessidades. 
Definição de Psicologia: é a ciência da vida mental, tanto dos seus fenômenos, 
como de suas condições. 
Objeto de Estudo: fenômenos presentes na experiência imediata e as condições 
do corpo, em particular do cérebro, para a vida mental. 
O fato de algumas pessoas poderem analisar suas experiências conscientes não 
significa que os elementos por elas relatados estejam presentes na consciência de 
outra pessoa exposta à mesma experiência. 
A consciência, desde o dia em que nascemos, exibe uma multiplicidade de objetos e 
relações. A vida mental é uma unidade, uma experiência total que muda. 
 Fluxo de Consciência: ela flui como uma corrente, sendo um fluxo contínuo sem 
subdivisões. Ela está em eterna mutação, logo os objetos do ambiente podem repetir-
se, mas as sensações ou pensamentos que eles estimulam não são idênticos (efeitos 
de experiências intervenientes). Portanto, a consciência é cumulativa e não repetitiva. 
A mente é contínua, sem rupturas claras no fluxo de consciência, mas pode haver hiatos 
temporais (o caso do sono). 
A mente é seletiva, ela pode filtrar, combinar, separar, selecionar ou rejeitar os muitos 
estímulos a que está exposta, a partir da relevância (com objetivo num fim racional). 
 Propósito ou Função da Consciência: capacitar-nos a nos adaptar ao ambiente, 
permitindo-nos escolher. 
 Hábito Consciente: ação ou pensamento que aparece, aparentemente, como 
resposta automática a uma dada experiência, com tendência a se repetir. Involuntário 
e inconsciente. As ações repetidas ou habituais servem para aumentar a plasticidade 
da matéria neural, tornando mais fácil a realização de ações em repetições 
subsequentes e com menos atenção. O hábito pode ser alterado pela ação voluntária 
e os efeitos ético-morais a ela correspondentes. Aquisição e manutenção do repouso 
da atenção consciente. Os hábitos simplificam os movimentos necessários para se 
obter um dado resultado, tornando-o mais acurado e diminuindo a fadiga. Destaque 
para o termo “Feixes de hábitos” e suas implicações sociais. 
 Instinto: pode ser criado, modificado ou eliminado pela ação consciente. 
 Escolha Consciente: a consciência entra em cena quando o organismo se vê 
diante de um novo problema e necessita de uma nova modalidade de ajustamento. 
 Os métodos da Psicologia: (1) introspecção, (2) método experimental, (3) método 
comparativo e (4) pragmatismo (veracidade no sentido instrumental). 
 A Teoria das Emoções: o reconhecimento dos sintomas percebidos (palpitação, 
falta de ar, angústia, etc.) pelo cérebro é o que gera a emoção. Ela é definida como o 
sentimento das mudanças corporais. A resposta física precede o surgimento da 
emoção, especialmente no tocante a emoções mais básicas (medo, raiva, pesar e 
amor). 
 
FUNDAÇÃO DO FUNCIONALISMO 
John Dewey (1859 – 1952) fundou o a escola laboratório dentro da universidade de 
Chicago, iniciando o movimento funcionalista. 
 Educação Progressista: uma série de práticas traduzida numa organização do 
ensino-aprendizagem oposta à do ensino tradicional baseado na transmissão de 
conteúdos e no desempenho do professor. (Experience and Education – 1938). 
 “O Conceito de Arco Reflexo em Psicologia” – 1896: argumentava que o 
comportamento envolvido em uma resposta reflexa não pode ser reduzido aos seus 
elementos sensório-motores básicos. 
 Bases: teoria da evolução e a noção de mudança social. 
 Comportamento deve ser tratado em termos da sua significação para o 
organismo ao adaptar-se ao ambiente. 
 Objeto de Estudo: o organismo total funcionando em seu ambiente. 
 Definição de psicologia funcional é o estudo do organismo em uso. 
James Rowland Angell (1869 – 1949) a função da consciência é aperfeiçoar as 
capacidades de adaptação do organismo, e o objetivo da psicologia é estudar o modo 
pelo qual a mente ajuda o ajustamento do organismo ao ambiente. 
Harvey A. Carr (1873 – 1954) objeto de estudo da psicologia é a atividade mental, e 
a função da última é registrar, fixar, reter, organizar e avaliar experiências e usá-las na 
determinação da ação. Comportamento adaptativo ou de ajustamento. Método de 
estudo: observação introspectiva e observação objetiva. 
Robert Sessions Woodworth (1869 – 1962) o funcionalismo na universidade de 
Columbia. Fórmula do comportamento: S-O-R (Stimulus – Organism – Response). O 
objeto de estudo é a consciência e o comportamento. Os métodos são a observação 
objetiva, introspecção e experimental. 
 Psicologia Dinâmica (ou motivologia): voltada para a mudança e para a 
interpretação dos fatores causais da mudança com interesse pela motivação. Enfatiza 
os eventos fisiológicos que estão na base do comportamento. Definiu mecanismo (o 
modo pelo qual uma tarefa é realizada) e impulso (o porquê de a tarefa ser realizada), 
sendo que mecanismos podem se tornar impulso e vice-versa. 
 
PRINCIPAIS TEMAS DO MOVIMENTO FUNCIONALISTA 
A psicologia funcional é a psicologia das operações mentais (versus estruturalismo): 
descobrir como opera um processo mental, o que ele realiza e em que condições 
ocorre. 
A psicologia funcional é a psicologia das utilidades fundamentais da consciência: qual o 
serviço essencial da consciência e dos processos mentais específicos para o 
organismo? 
A psicologia funcional é a psicologia das relações psicofísicas, voltada para o 
relacionamento total do organismo com o seu ambiente: não há distinção real entre 
mente e corpo. 
 
CONTRIBUIÇÕES DO FUNCIONALISMO 
Pesquisas sobre o comportamento animal, estudo de bebês, crianças e retardados 
mentais. Permitia que os psicólogos complementassem o método da introspecção com 
outras técnicas de obtenção de dados (pesquisa fisiológica, testes mentais, 
questionários e descrições objetivas do comportamento). 
 
CAPÍTULO 08: PSICOLOGIA APLICADA 
O desenvolvimento da psicologia nos Estados Unidos: a psicologia foi levada para o 
mundo real, para as escolas, fábricas, agências de publicidade, tribunais, clínicas de 
orientação infantil e centros de saúde mental. Seus princípios e métodos podiam ser 
usados para melhorar o bem-estar humano. 
 
Granville Stanley Hall (1844 – 1924) orientado pela Teoria da Evolução, estudo o 
desenvolvimento normal da mente envolvendo uma série de estágios evolutivos. 
 Psicólogo Genético: desenvolvimento humano e animal, problemas correlatos de 
adaptação. Aplicou em crianças no mundo real. 
 
James Mckeen Cattell (1860 – 1944) analisou estatisticamente os resultados 
experimentais. Influenciado por Galton na eugenia (esterilização de delinquentes e de 
‘pessoas imperfeitas’). Estudou tempo de reação, leitura, percepção, associação, 
psicofísica e método da ordem do mérito. 
 Testes Mentais: taxa de movimento, sensação, pressão da dor, tempo de reação 
a sons, tempo para denominar cores, memorização de letras. Concluiu que essas 
medidas de desempenho não eram suficientes para prever capacidade intelectual. 
 
Lightner Witmer (1867 – 1956) medição de aptidões mentais. Em 1896, abriu a 
primeira clínicapsicológica. Acreditava que a psicologia deveria ajudar as pessoas a 
resolver problemas. 
 A clínica psicológica: avaliação e tratamento de problemas comportamentais e 
de aprendizagem. Tratamento de hiperatividade, deficiências de aprendizagem e 
desenvolvimento motor ou verbal inadequados. Desenvolveu programas-padrão de 
avaliação e tratamento. Acreditava na intervenção direta na vida dos pacientes e 
da sua família. Concluiu que os fatores ambientais eram mais importantes do que os 
fatores genéticos na determinação de muitos distúrbios de comportamento e déficits 
cognitivos. 
 
Walter Dill Scott (1869 – 1955) aplicou a psicologia à publicidade e aos negócios. 
Seleção pessoal com ordens diretas e envio de cupons (influenciar os consumidores). 
Desenvolveu escalas de avaliação de sucesso em determinados cargos, também 
elaborou testes de grupo. Com os testes, tinha o intuito de avaliar a inteligência 
(julgamento, rapidez e precisão) nos variados ambientes de trabalho. 
 
Hugo Münsterberg (1863 – 1916) psicólogos e as atividades cotidianas. 
 Psicologia Forense: psicologia e lei, hipnose, formas de evitar o crime, detecção 
de pessoas culpadas, caráter não confiável em oculares, detecção de falsas confissões, 
o poder de sugestão, uso de medidas fisiológicas. 
 Psicoterapia e doença mental: nessa época era utilizada em laboratórios, a 
doença mental era um desajuste comportamental. Tratava desde o alcoolismo até 
fobias e desordens sexuais. 
 Psicologia Industrial: orientação profissional, publicidade, administração de 
pessoal, testes mentais, motivação dos empregados, efeitos da fadiga e da monotonia. 
 
O MOVIMENTO DOS TESTES PSICOLÓGICOS 
Alfred Binet (1857 – 1911) primeiro teste psicológico da capacidade mental pela 
avaliação das funções cognitivas. 
Théodore Simon (1872 0 1961) teste de inteligência (Escala Binet-Simon de Medida 
de Inteligência) focado em julgamento, compreensão e raciocínio, e é ampliado sendo 
introduzido o conceito de idade mental (em 1908). Em 1916, Lewis Madison Terman 
(1877 – 1956) amplia e atualiza o teste, reformatando para Escala Stanford Binet-
Simon e agregando o conceito de quociente de inteligência (QI – razão entre idade 
mental e idade cronológica). Aumenta seu uso consideravelmente durante a Primeira 
Guerra Mundial. 
A PSICOLOGIA INDUSTRIAL/ORGANIZACIONAL 
Aumentou seu alcance, popularidade e expansão durante a Primeira Guerra Mundial, 
foco na seleção e na colocação de candidatos a empregos. Mais tarde, passou a 
preocupar-se com relações humanas, motivação e o moral. Condições sociais e 
psicológicas do ambiente de trabalho descobriram-se de maior importância. 
 Engenharia Psicológica: estuda desde os equipamentos militares até produtos 
de consumo em geral. Aspectos do ambiente de trabalho, impacto do clima 
psicológico e social, como um todo, no qual o trabalho é realizado, natureza de 
diferentes estruturas organizacionais, padrões e estilos de comunicação, estruturas 
sociais formais e informais no ambiente de trabalho. 
 
O DESENVOLVIMENTO DA PSICOLOGIA CLÍNICA 
William Healey (1869 – 1963) instalou uma clínica de orientação infantil, em 1909. 
Utilizava a abordagem de equipe (Witmer), em que o tratamento envolvia psicólogos, 
psiquiatras e assistentes sociais. 
Sigmund Freud foi crucial nesse desenvolvimento. 
Em 1941, pós entrada dos EUA na Segunda Guerra Mundial o perfil do paciente 
modifica-se de crianças delinquentes para adultos com graves problemas emocionais 
(veteranos de guerra). 
Os psicólogos clínicos passam a trabalhar em centros de saúde mental, escolas, 
empresas e consultórios particulares. 
 
CAPÍTULO 10: OS PRIMÓRDIOS DO BEHAVIORISMO

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