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Universidade Federal de Pelotas Centro de Desenvolvimento Tecnológico Engenharia Hídrica Prof. Dr. Marcio Mesquita Direito Ambiental e dos Recursos Hídricos Aula 03 Objetivo: Fundamentar a hierarquia das norma e a organização administrativa do direito ambiental. Ultima Aula Aula 02 – fundamentou-se os principais eventos históricos do DARH e conceituar os princípios e a multidisciplinaridade do DA. CF Leis Complementares Leis Ordinárias (Federal, Estaduais e Municipais e Medidas Provisórias) Atos Normativos (Decretos, Resoluções, Portarias e Instruções) Hierarquia das Leis Como as leis não estão no mesmo plano, elas devem estar sempre em harmonia, respeitando a hierarquia, para que os valores mais relevantes para a sociedade, presentes nas leis superiores, não sejam violados pelo conteúdo de leis hierarquicamente inferiores. Constituição Federal: é a lei suprema e a mais importante dentro de todo o conjunto de leis. Tornando o fundamento de validade de toda a ordem do Direito. É ela que confere unidade ao sistema nacional de leis, sendo que, no sistema constitucional brasileiro, nenhuma lei infraconstitucional (abaixo da Constituição) pode ser contrária ao conteúdo das leis constitucionais. Emendas Constitucionais: alteração das normas constitucionais que ocorre por meio de um processo legislativo especial e restrito. Aprovada, a Emenda Constitucional passa a integrar o ordenamento jurídico com força de preceito constitucional, na mesma hierarquia das demais normas constitucionais. Ex.: inciso VI acrescentado ao Art. 170 da CF, que regulamenta que a atividade econômica deve ocorrer em equilíbrio com a defesa do meio ambiente. Hierarquia das Leis Apesar de ser um critério legislativo um pouco mais flexível do que o das Emendas Constitucionais, o critério de elaboração de uma Lei Complementar é mais rígido do que o das Leis Ordinárias para evitar constantes alterações no seu conteúdo. Em outras palavras, a Constituição Federal (CF) reserva às Leis Complementares o papel exclusivo de regulamentar determinadas matérias. Um pouco abaixo das Leis Complementares encontram-se as Leis Ordinárias, cujo critério de votação é o de maioria simples, definida a partir dos parlamentares presentes nas sessões. Sendo a diferença quanto a critérios de aprovação evidencia uma maior hierarquia da Lei Complementar, que só pode ser aprovada por maioria absoluta, em relação à Lei Ordinária, que pode ser aprovada por maioria simples dos parlamentares. Salienta-se que a maioria das leis ambientais se manifestam por Leis Ordinárias. Hierarquia das Leis Em casos de relevância e urgência, o Presidente da Republica poderá adotar Medidas Provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional (Executivo). Muito utilizados para regulamentar as questões ambientais estão, na base da hierarquia, os Decreto, Resoluções, Portarias e Instruções, cabendo aos órgão do Poder executivo edita-las. Resolução: é o ato administrativo normativo editado por autoridades de alto escalão ou por dirigentes de órgãos colegiados (CONAMA). Portaria: ato administrativo editado com finalidades e alcances diversificados, de regra, são editados por chefes ou diretores de órgãos da Administração Pública (IBAMA). Instrução: é um ato administrativo editado por superior hierárquico com a finalidade de fixar diretrizes quanto ao modo de realização de serviços ou atividade. Hierarquia das Leis Hierarquia dos Órgãos Ambientais SISNAMA CONSELHO DO GOVERNO CONAMA MMA & AMAZONIA LEGAL ÓRGAO EXECUTOR IBAMA ÓRGÃOS SECCIONAIS ÓRGÃOS LOCAIS LEIS DECRETOS PORTARIAS RESOLUÇÃO NORMAS SISNAMA (Estrutura Básica) O Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISAMA, congrega os órgãos e instituições ambientais da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, cuja finalidade primordial é dar cumprimento aos princípios constitucionalmente previstos e nas normas instituídas, apresentando a seguinte estrutura: Órgãos Ambientais CONSELHO DE GOVERNO: Órgão superior de assessoria ao Presidente da República na formulação das diretrizes e política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA): Órgão consultivo e deliberativo. Assessora o Governo e delibera sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente, estabelecendo normas e padrões federais que deverão ser observados pelos Estados e Municípios, os quais possuem liberdade para estabelecer critérios de acordo com suas realidades, desde que não sejam mais permissivos. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA): Planeja, coordena, controla e supervisiona a política nacional e as diretrizes estabelecidas para o meio ambiente, executando a tarefa de congregar os vários órgãos e entidades que compõem o SISAMA. Órgãos Ambientais INSTITUTO BRASILEIRO DE MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS (IBAMA): É vinculado ao MMA. Formula, coordena, fiscaliza, controla, fomenta, executa e faz executar a política nacional do meio ambiente e da preservação e conservação dos recursos naturais, dotada de personalidade jurídica de direito público (poder de polícia). Reduzir os efeitos prejudiciais e prevenir acidentes decorrentes da utilização de agentes e produtos agroquímicos e derivados; Promover a adoção de medidas de controle de produção, utilização, comercialização, movimentação e destinação de substancias químicas e resíduos potencialmente perigosos; Executar o controle e a fiscalização ambiental nos âmbitos regional e nacional; Intervir nos processos de desenvolvimento geradores de significativos impacto ambiental, nos âmbitos regional e nacional; Órgãos Ambientais Objetivos do IBAMA... Monitorar as transformações do meio ambiente e dos recursos naturais; Executar ações de gestão, proteção e controle da qualidade dos recursos hídricos; Manter a integridade das áreas de preservação permanente e das reservas legais; Ordenar o uso dos recursos pesqueiros e águas sob domínio da união; Ordenar os recursos florestais nacionais; Monitorar o status da conservação dos ecossistemas, das espécies e do patrimônio genético natural, visando à ampliação da representação ecológica; Órgãos Ambientais Objetivos do IBAMA... Executar ações de proteção e de manejo de espécies da fauna e da flora brasileira; Promover pesquisa, a difusão e o desenvolvimento técnico- científico voltados para a gestão ambiental; Promover o acesso e o uso sustentado dos recursos naturais e; Desenvolver estudos analíticos, prospectivos e situacionais verificando tendências e cenários, com vistas ao planejamento ambiental. Órgãos Ambientais ÓRGÃOS SECCIONAIS: São os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos, controle e fiscalização das atividades degradadoras do meio ambiente. Ex.: COSEMA-Conselho Estadual de Meio Ambiente e GAMA-Gerencia adjunta do Meio Ambiente. Os estados, na esfera de suas competências e nas áreas de sua jurisdição, elaborarão normas supletivas e complementares e padrões relacionados com o meio ambiente observados os que forem estabelecidos pelo CONAMA. ÓRGÃOS LOCAIS: Órgãos municipais responsáveis pelo controle e fiscalização ambiental, nas suas respectivas jurisdições. LEI: Norma elabora e votada pelo poder legislativo, que estabelece Politica Ambiental. Órgãos Ambientais DECRETO: Determinação escrita, emanada do chefe de Estado ou de outra autoridade superior, que regulamenta a Lei Ambiental. RESOLUÃO: Estabelece critérios e definições. Ex.: Resolução CONAMA 20/86: Classificação das águas doces, salobras e salinas do TerritórioNacional. PORTARIA: Delibera, a nível de localidade ou especificidade (executivo). Ex.:Portaria IBAMA 85/96 NORMAS: Regras, Preceito, Lei. Órgãos Ambientais Próxima Aula Aula 04 – Aprofundamento nos conceitos e aplicação de modelos Hidrológicos-Hidráulicos.
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