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NOTAS DE AULA SUMÁRIO DIREITO CIVIL II – RESP. EXTRACONTR TGC Profª. Greycielle de Fatima Peres Amaral Curso de DIREITOCurso de DIREITOCurso de DIREITOCurso de DIREITO Noite Noite Noite Noite –––– 4444º Período º Período º Período º Período –––– 2222º Semestre/2012º Semestre/2012º Semestre/2012º Semestre/2012 14/11/2012 Eliana DiasEliana DiasEliana DiasEliana Dias Denylson LopesDenylson LopesDenylson LopesDenylson Lopes DeLiuPUC@hotmail.com direitopucbar@groups.live.com https://groups.live.com/DIREITOPUCBAR/ 07/08/2012 .................... 1 DIREITO CIVIL II - RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL TEORIA GERAL DOS CONTRATOS ..................................................................... 1 DISTRIBUIÇÃO DE PONTOS....................................................................... 1 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................. 1 CONTRATOS – PARADIGMA CLÁSSICO .................................................. 1 ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO – NOVOS PRINCÍPIOS – TEORIA CONTRATUAL ............................................................................... 1 08/08/2012 .................... 2 CONTRATO ................................................................................................... 2 14/08/2012 .................... 3 REQUISITOS DO CONTRATO ..................................................................... 3 1 Requisitos subjetivos ................................................................... 3 1.1 Capacidade em geral ...............................................................................3 1.2 Aptidão específica para contratar ............................................................3 1.3 Consentimento .........................................................................................3 2 Requisitos objetivos ..................................................................... 3 2.1 Objeto Lícito .............................................................................................3 2.2 Objeto possível ........................................................................................4 2.3 Objeto determinado x determinável.........................................................4 2.4 Economicidade ........................................................................................4 3 Requisitos formais ........................................................................ 4 15/08/2012 .................... 4 Feriado: “Assunção de Nossa Senhora” ........................................ 4 21/08/2012 .................... 5 CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS ........................................................ 5 1 Quantos aos efeitos ...................................................................... 5 1.1 Unilateral x bilateral x plurilateral .............................................................5 1.2 Gratuito x oneroso ...................................................................................5 22/08/2012 .................... 7 2 Quanto à formação ....................................................................... 7 2.1 Paritários ..................................................................................................7 2.2 De adesão ................................................................................................7 2.3 Contrato-tipo ............................................................................................7 3 Quanto ao momento de execução ............................................... 7 3.1 Execução instantânea .............................................................................7 3.2 Execução diferida ....................................................................................7 3.3 Execução de trato sucessivo ou em prestações .....................................7 3.4 Cláusula rebus sic stontibus (coisa assim ficar) .....................................7 4 Quanto ao agente .......................................................................... 7 4.1 Personalíssimo ou intuito personae ........................................................7 4.2 Impessoais ...............................................................................................7 4.3 Individuais ................................................................................................7 4.4 Coletivos ..................................................................................................7 5 Quanto ao modo por quem existem ............................................. 7 5.1 Principais .................................................................................................7 5.2 Acessórios ...............................................................................................7 5.3 Derivados ou subcontrato ........................................................................7 6 Quanto à forma ............................................................................. 8 6.1 Solenes ou formais ................................................................................. 8 6.2 Não solenes ou de forma livre ................................................................ 8 28/08/2012 ................... 8 6.4 Consensuais ........................................................................................... 8 6.5 Reais ....................................................................................................... 8 7 Quanto ao objeto .......................................................................... 8 7.1 Preliminares ou pactum de contrahendo x definitivos ............................ 8 8 Quanto a designação ................................................................... 8 8.1 Nominado x inominado ........................................................................... 8 8.2 Típicos x atípicos .................................................................................... 8 8.3 Mistos x coligados x união de contratos ................................................. 8 29/08/2012 ................... 9 Princípios (alunos) – 1ª parte .......................................................... 9 Principio da autonomia da vontade ou da voluntariedade ........................... 9 Princípio da supremacia da ordem pública .................................................. 9 Princípio da Obrigatoriedade ........................................................................ 9 Princípio do Consensualismo ....................................................................... 9 04/09/2012 ................. 11 Princípios (alunos) - 2ª parte ........................................................ 11 Princípio da Função social do contrato ....................................................... 11 Princípio da Boa Fé Objetiva ...................................................................... 11 Princípio da relatividade dos efeitos do contrato ........................................ 11 Estipulação em favor de terceiros .............................................................. 12 Promessa de fato de terceiro ...................................................................... 12 05/09/2012 ................. 12 Empréstimo ................................................................................... 12 11/09/2012 ................. 12 TJMG ou de outros Tribunais ....................................................... 12 Contrato com pessoa a declarar ................................................... 13 Formação dos contratos ............................................................... 13 1. Negociações preliminares (fase de puntuação) ..................................... 13 Negociações preliminares ...........................................................................13 12/09/2012 ................. 14 Proposta, oferta, policitação ou oblação ..................................... 14 Aceitação ou oblação .................................................................................. 14 Expressa ou tácita ....................................................................................... 14 Lugar da celebração ................................................................................... 15 Momento da conclusão dos contratos ........................................................ 15 18/09/2012 ................. 16 Interpretação dos contratos.......................................................... 16 Contratos de adesão ................................................................................... 16 Regras práticas ........................................................................................... 16 Pactos sucessórios ..................................................................................... 16 19/09/2012 ................. 17 Perguntas ...................................................................................... 17 26/09/2012 ................. 17 Prova/avaliação ............................................................................. 17 25/09/2012 ................. 18 Evicção .......................................................................................... 18 Evicção – Deteriorização ............................................................................ 19 SUMÁRIO – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC 2 Evicção Parcial ........................................................................................... 19 Evicção - Procedimentos ............................................................................ 19 Evicção – Denunciação da Lide - CPC ...................................................... 19 EVICÇÃO - JURISPRUDENCIA ................................................................. 19 02/10/2012 ..................20 03/10/2012 ..................21 Vício Redibitório ............................................................................ 21 09/10/2012 ..................22 Entrega da 1ª prova/avaliação .................................................................... 22 10, 16-17, 23- 24/10/2012 ..................23 EXTINÇÃO DOS CONTRATOS .................................................................23 NULIDADE ABSOLUTA E RELATIVA ............................................ 23 NULIDADE – INVALIDADE NEGOCIO JURIDICO .......................... 23 NULIDADE ABSOLUTA .................................................................. 23 ANULABILIDADE ........................................................................... 24 CLAUSULA RESOLUTIVA ............................................................. 24 CLAUSULA RESOLUTIVA EXPRESSA .................................................... 24 CLAUSULA RESOLUTORIA TÁCITA ........................................................ 24 ARREPENDIMENTO ....................................................................... 24 STF Súmula nº 412: .................................................................................... 25 Arrependimento - CDC ............................................................................... 25 Causas supervenientes - Resolução .......................................................... 25 Resolução por inexecução voluntária......................................................... 25 DEFESAS ....................................................................................... 25 Exceção do contrato não cumprido ............................................................ 25 CLAUSULA SOLVE ET REPETE .................................................... 25 GARANTIA DE EXECUÇÃO DA OBRIGAÇÃO A PRAZO .............. 25 JURISPRUDENCIA ......................................................................... 26 Resolução por inadimplemento involuntário .............................................. 26 Resolução por onerosidade excessiva ....................................................... 26 Onerosidade excessiva .............................................................................. 26 31/10/2012 ..................26 Prova/avaliação.............................................................................. 26 Trabalho para 20/11/2012 .............................................................. 26 30/10/2012 ..................27 RESPONSABILIDADE CIVIL .....................................................................27 RESPONSABILIDADE CONTRATUAL X EXTRACONTRATUAL ...........27 EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE ................................... 30 1 Estado de necessidade ........................................................................... 30 2 Legítima defesa ....................................................................................... 30 3 Culpa exclusiva da vitima ........................................................................ 31 06/11/2012 ..................31 4. Caso fortuito ou força maior ................................................................... 31 5 Fato de terceiro ........................................................................................ 31 07/11/2012 ..................32 Clausula de não indenizar (Clausula limitativa de responsabilidade) ........ 32 13/11/2012 ..................34 Empregador ................................................................................................ 34 Educador ..................................................................................................... 35 14/11/2012 ..................35 Hospedeiros ................................................................................................ 35 20/11/2012 ..................35 Global – 30 pontos ......................................................................... 35 27/11/2012 ..................35 Especial – 30 pontos ..................................................................... 35 8. RESPONSABILIDADE CIVIL (FIUZA) ...................................................36 NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC 1 07/08/2012 DIREITO CIVIL II - RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL TEORIA GERAL DOS CONTRATOS DISTRIBUIÇÃO DE PONTOS 26/09 � 1ª Prova (30 pts) ??/10 � 2ª Prova (30 pts) ??/11 � Trab. (10 pts) ??/11 � Avalição Global (30 pts) BIBLIOGRAFIA FIUZA, César. Direito civil: curso completo. 13. Ed. Rev., atual e ampl. Belo Horizonte: Del Rey, 2009. XXVI, 1101 p. PROFª ROSÂNGELA DELL'AMORE DIAS SCARPELLI Fato Jurídico � qualquer acontecimento com reflexos no direito Ex.: Ao andar de bicicleta, lesiono uma pessoa. Fato Jurídico estrito Senso � acontecimento provocado pela natureza. Ex.: nascimento, morte. Ato-Fato � conduta humana - provoca efeitos jurídicos independentemente da vontade. Ex:. reconhecimento de paternidade que gera deveres para com o filho, independentemente da vontade do pai, já previstos na lei. Ato Jurídico � exteriorização consciente da vontade - produz efeito conforme o ordenamento jurídico. É fundamental a existência da vontade. Os loucos, os adolescentes não podem exteriorizar essa vontade Ato Jurídico • Stricto Sensu � manifestação de vontade cujo efeitos previstos na lei. • Negócio Jurídico ���� autonomia privada. Poder particular, criar próprias normas. Particular � determina os efeitos desejados, dentro do limite concedido pelo ordenamento jurídico. Autonomia Privada � espaço dentro do Direito Civil que ser humano tem para criar essas normas. Quanto maior (>) a desigualdade entre as partes Quantomenor (<) será o campo para a autonomiaprivada, porque a parte que detém maior poder vai impor sua vontade. Ex.: Cod. Defesa do Consumidor � aderir ou não – interesse de ordem pública. Casamento � regime de bens é determinado pelas partes, mas todos os outros deveres e direitos são determinados pela lei Todo contrato é negócio jurídico, mas nem todo negócio jurídico é contrato, pois alguns são unilaterais. Todo negócio jurídico bilateral (deveres e direitos para ambas as partes), é contrato. CONTRATOS – PARADIGMA CLÁSSICO Autonomia da vontade vontade das partes era lei, não se modificava em hipótese alguma Princípios Clássicos: � Liberdade contratual � partes livres para estabelecer conteúdo desde que não fosse ilícito . Ampla autonomia, independente do Estado. � Força obrigatória dos contratos � pacta sun servanda • Convenção são leis entre partes • Não havia revisão contratual (insuportável – escravidão) Século XX � massificação dos contratos, sem negociação entre as partes – contrato adesão (não havia negociação; parte mais fraca somente assina). ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO – NOVOS PRINCÍPIOS – TEORIA CONTRATUAL Suporte à dignidade da pessoa humana. Paradigma contemporâneo não revogou o clássico e sim convivem. O clássico continua a existir, mas em menor grau. NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC 2 08/08/2012 PROFª. ALINE SANTOS PEDROSA MAIA BARBOSA CONTRATO manifestação de duas ou mais vontades objetivando criar, alterar ou extinguir uma relação jurídica. • Direito Romano o Pacto o Convenção Acordos de vontades relativos as coisas mais simples – não davam direito de ação; o Contrato ���� formal - acordo de vontades, mas com alguma formalidade. • Modernidade (Iluminismo) o Preponderância da autonomia da vontade (Código Francês e Alemão). o Igualdade formal das partes – a lei garantia que as pessoas eram iguais, mas não de forma material. • Código Civil de 2002 e CRFB/88 Proteção do hipossuficiente (a partir do Estado Social, paternalismo jurídico). O paternalismo jurídico na legislação O paternalismo jurídico nas decisões judiciais. • Funções do Contrato (César Fiuza) o Econômica � distribuição renda, distribuição de riquezas, circulação de moedas. o Pedagógica � ensinar às pessoas a vida em sociedade, respeitar a autonomia do outro. o Social � síntese das funções anteriores e a preocupação dos efeitos do contrato na sociedade. • Requisitos do Contrato (negócio jurídico) o Agente capaz � os absolutamente e relativamente incapazes só podem contratar mediante a assistência ou representação. o Objeto possível física e jurídica o Forma prescrita ou não defesa em lei � que a lei determina ou não proíbe • Partes (credor e devedor) o Autocontrato? Não é reconhecido pela maioria dos autores, porque precisa da vontade de duas ou mais pessoas. • Sucessão das partes o Cessão de posição contratual o Sucessão “causa mortis” • Objeto o Lícito �juridicamente possível o Possível � fisicamente possível o Determinado � individualizado o Determinável � individualização física • Objeto da Obrigação X Objeto do Contrato o Objeto da Obrigação � prestação, comportamento – dar, fazer, não fazer. o Objeto do Contrato � bem material sob o qual foi realizado o contrato. • Forma o Exigida solenidade somente em determinados casos, expressamente previstos em lei • Consentimento o Expresso o Tácito Quem cala consente? Não se aplica ao direito, caso não esteja determinado em lei. NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC Requisitos do contrato 3 14/08/2012 PROFª. GREYCIELLE DE FATIMA PERES AMARAL REQUISITOS DO CONTRATO 1 Requisitos subjetivos Diz respeito ao sujeito. 1.1 Capacidade em geral • Inexistência de capacidade � nulidade - Art. 166, I (absolutamente incapaz) Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; • Reduzida � anulável – art. 171, I (relativamente incapaz) Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: I - por incapacidade relativa do agente; o Pais � Art. 1.634, V Art. 1.634. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores: V - representá-los, até aos dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento; o Tutor � Art. 1.747, I (representa o menor que não tem pais) Art. 1.747. Compete mais ao tutor: I - representar o menor, até os dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-lo, após essa idade, nos atos em que for parte; o Curador � Art. 1.781 ( maioridade sem discernimento) Art. 1.772. Pronunciada a interdição das pessoas a que se referem os incisos III e IV do art. 1.767, o juiz assinará, segundo o estado ou o desenvolvimento mental do interdito, os limites da curatela, que poderão circunscrever-se às restrições constantes do art. 1.782. Art. 1.781. As regras a respeito do exercício da tutela aplicam- se ao da curatela, com a restrição do art. 1.772 e as desta Seção. Art. 1.782. A interdição do pródigo só o privará de, sem curador, emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado, e praticar, em geral, os atos que não sejam de mera administração. o Pessoa jurídica � representante indicado no contrato social 1.2 Aptidão específica para contratar Legitimidade ou legitimação – capacidade para dispor do bem. Ex.: vênia conjugal � Art. 1.647 Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta: I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos; III - prestar fiança ou aval; IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação. Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada. Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, quando um dos cônjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível concedê-la. Venda ascendente/descendente � Art. 466 (pai não pode vender para o filho. Não pode celebrar contrato a não ser que tenha autorização da mãe e de todos os irmãos). Art. 466. Se a promessa de contrato for unilateral, o credor, sob pena de ficar a mesma sem efeito, deverá manifestar-se no prazo nela previsto, ou, inexistindo este, no que lhe for razoavelmente assinado pelo devedor. 1.3 Consentimento • Existência e natureza do ato (tipo de negócio está sendo transacionado - é uma venda ou uma doação?) • Objeto • Cláusulas que o compõe • Livre e espontâneo – vícios (Arts. 138 a 165) • Expresso: verbal, escrito, mímica, gestos. • Tácito: comportamento demonstra aceitação • Silêncio circunstanciado ou qualificado (art. 111) Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa. 2 Requisitos objetivos 2.1 Objeto Lícito Lei, moral, bons costumes. Requisitos do Contrato NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC 4 2.2 Objeto possível • Impossibilidade Absoluta ���� nenhuma das partes pode cumprir o contrato. • Impossibilidade Relativa � em determinado momento não pode cumprir o contrato, mas essa impossibilidadepode ser cumprida em outro momento. 2.3 Objeto determinado x determinável • Determinado � individualizado no momento da celebração. • Determinável � elementos que possibilitam identificação. 2.4 Economicidade (César Fiuza) Todo possuem valor avaliável econômico/monetário. 3 Requisitos formais • Regra � livre (art. 107) Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir. • Prescrito ou não defesa em lei • Nulidade (Art. 166, V-VI) Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa; • 3 Formas: o Livre o Especial ou solene Forma única: lei não admite substituição � Art. 108 (Escritura Pública) Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País. Forma múltipla ou plural: Arts. 62 (instituição/fundação); 1.609 (reconhecimento paternidade); 1.806 (renuncia herança). Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência. Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será feito: I - no registro do nascimento; II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório; III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado; IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o contém. Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou ser posterior ao seu falecimento, se ele deixar descendentes. Art. 1.806. A renúncia da herança deve constar expressamente de instrumento público ou termo judicial. o Contratual 15/08/2012 Feriado: “Assunção de Nossa Senhora” Princípios Princípio da autonomia da vontade – Débora Martins Principio da supremacia da ordem pública – Débora Consensualismo - Jonathan Carvalho Relatividade dos efeitos do contrato – Ayla Obrigatoriedade dos contratos – Rogério Revisão dos contratos e onerosidade excessiva – Renata Boa-fé – Thales NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC Classificação dos Contratos 5 21/08/2012 CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS 1 Quantos aos efeitos 1.1 Unilateral x bilateral x plurilateral • Unilateral � existe duas vontades e somente uma obrigação. Ex.: doação. Unilateral imperfeito / Bilateral imperfeito � contrato que originalmente seria unilateral, mas tem um encargo a ser cumprido. Ex.: doação com obrigação de cumprir algo que não tem equivalência como na bilateralidade – Contrato de comodato. • Bilateral � existe duas vontades e obrigação para as duas partes. Independe se em cada parte, tem mais de uma pessoa. Em termos de efeito práticos é a mesma coisa do sinalagmático. Deve haver equilíbrio entre direitos e deveres. Ex.: compra e venda; imóvel locado a mais de uma pessoa. • Plurilateral �existe várias partes com direitos e deveres. Tem como característica, a possibilidade de remanejamento de pessoas. Ex.: Contrato de sociedade, consórcio, cooperativas. Contrato sinalagmático � tem causalidade - a prestação de um tem como causa a prestação do outro. • Efeitos de diferenciar contrato unilateral/ bilateral/ plurilateral: o Exceção de contrato não cumprido � só se aplica ao contrato bilateral (art. 476). Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro. Se as obrigações são recíprocas, enquanto uma parte não cumpre sua obrigação, a outra não pode ser cobrada. o Cláusula resolutória implícita � se uma parte é obrigada a cumprir e não o faz, pode ocorrer a cláusula resolutória implícita, a resolução do contrato em decorrência do inadimplemento da outra parte. o Equivalência econômica � deve existir o mínimo de equilíbrio entre as prestações. Se alguém faz uma doação de uma casa e determine o encargo que a pessoa cuide da avó da mesma por dois anos e essa prestação de serviços se iguala ou aproxime ao valor da mesma casa, não será contrato gratuito e sim oneroso. Se alguém simula a venda de uma casa, com valor muito abaixo do preço correto, fere o efeito da equivalência econômica. 1.2 Gratuito x oneroso • Gratuito � somente uma das partes obtém a vantagem. Ex.: doação, comodato • Oneroso � traz vantagem econômica para as duas partes. Ex.: compra e venda o Oneroso Comutativo � prestações certas e determinadas – as prestações podem ser previstas. o Oneroso Aleatório � contrato de risco, não se sabe o resultado, não consegue antever os efeitos que serão produzidos - Naturalmente Aleatório: jogo, aposta, seguro - Acidentalmente Aleatório (de risco): tipicamente aleatório Acidentalmente coisa futura ���� comprar plantação de laranja a ser colhido. Existe um risco total, mesmo que da produção comprada não vingue nenhuma laranja em decorrência de um tipo de praga que afetou o laranjal, o comprador não poderá exigir o dinheiro de volta. Exceto em situações que possa provar o dolo ou culpa do vendedor. Própria existência: emptio spei (venda da esperança): art. 458 Quantidade: emptio rei speratae (venda da coisa esperada): art. 459 – Risco parcial contra o total insucesso. Se nenhum fruto existir, o vendedor devolve o valor recebido, mas se existir em qualquer quantidade, não devolverá o dinheiro. Acidentalmente coisa exposta a risco ���� consegue inicialmente ser adquirido, mas tem um risco. A coisa já existe Ex.: comprar material frágil, mas que pode quebrar no transporte. Pode ser um risco parcial ou total. Classificação dos Contratos NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC 6 Importância da distinção entre Comutativos e Aleatórios: o Aleatórios submetidos a regimes diferentes (arts. 458-461) o Evicção e vícios redibitórios aplicam-se somente nos contratos comutativos. Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir. Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada. Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço recebido. Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço, posto que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato. Art. 461. A alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada como dolosa pelo prejudicado,se provar que o outro contratante não ignorava a consumação do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa. • Efeitos de diferenciar contrato Oneroso / Gratuito: 1) Hermenêutica contratual (art. 114) � negócios jurídicos Benéficos � interpretação restritiva do contrato. É um negocio jurídico por liberalidade . No contrato oneroso, a interpretação é mais extensiva. Ex.: doação de um carro sem o aparelho de som não cabe ação judicial contra o doador. Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente. 2) Irresponsabilidade nos negócios gratuitos pela evicção e vícios redibitórios � no contrato gratuito não é exigido responsabilidade quando existe defeito oculto. No contrato oneroso, objeto vendido tem que funcionar. 3) Fraude contra credores Gratuito (art. 158) � se há doação, pode haver anulação para pagar os credores, através da ação pauliana. Não precisa provar se a doação foi de boa-fé ou má-fé. Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos. § 1º Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente. § 2º Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles. Oneroso (art.159) � precisa haver a prova. Também é necessário a ação Pauliana. Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante. Em geral: • Todo contrato oneroso é também bilateral • Todo contrato gratuito é unilateral (presumidamente) • Mas, existe exceção: mútuo feneratício ou oneroso (estabelece juros). Unilateral e oneroso. Ex.: Empréstimo bancário é unilateral e oneroso. Inicialmente, o banco apresenta uma proposta. Depois existe a entrega, tradição do valor emprestado e futuramente o pagamento do empréstimo. Existirá apenas uma prestação (obrigação) das partes. NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC Classificação dos Contratos 7 22/08/2012 2 Quanto à formação 2.1 Paritários No momento em que as partes formam o contrato, ambas têm autonomia de vontade para combinar o que vai reger o contrato. Há um equilíbrio entre as partes 2.2 De adesão O contrato já está pronto e uma das partes só tem a possibilidade de aderir ou não. A grande parte dos serviços públicos essenciais tem contrato de adesão. Dessa forma não existe a possibilidade de não aderir. Por isso é chamada de crise dos contratos e fere o principio da autonomia das vontades. Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente. Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio. Art. 423, 424 � duas vantagens para o aderente. Não fere isonomia. Aderente é mais fraco que proponente. 423 � Clausula contraditória ou ambígua. Privilegia aderente. 424 � Nula cláusula que retirar natureza estruturante do contrato. Ex.: Contrato de depósito. “Não nos responsabilizamos”. Qual o fundamento do contrato de deposito? 2.3 Contrato-tipo É previamente preenchido com clausulas em branco para fixar as demais, onde há possibilidade de negociação de algumas cláusulas. 3 Quanto ao momento de execução 3.1 Execução instantânea Aquele em que a prestação é cumprida no momento do contrato, A obrigação nasce e morre ao mesmo tempo 3.2 Execução diferida Aquele em que a prestação é cumprida de uma única vez em momento futuro, 3.3 Execução de trato sucessivo ou em prestações A prestação é cumprida futuramente em parcelas periódicas. 3.4 Cláusula rebus sic stontibus (coisa assim ficar) É prevista no CC/2002 � o contrato deve ser cumprido desde que as coisas permaneçam como estavam. Só se aplica a contratos de execução diferida ou de trato sucessivo. Ex.: contratos feitos em dólar equiparado ao real. Se o dólar subir muito, pode revisar o contrato. É a teoria da imprevisão, não precisar estar expresso no contrato, pois refere-se a qualquer fato imprevisível e não basta ser oneroso para uma das partes, tem que ficar vantajoso para a outra parte também. Ex.: Se houver desemprego não justifica alegar essa cláusula pois não se tornou vantajoso para a outra parte. 4 Quanto ao agente 4.1 Personalíssimo ou intuito personae Só determinada pessoa pode cumprir o contrato. É intransferível aos seus sucessores. Ex.: Contratar um cantor. 4.2 Impessoais Qualquer pessoa pode realizar, o que importa é o objeto ou serviço a ser prestado. 4.3 Individuais Observa-se a vontade individual, mesmo que haja várias partes envolvidas. 4.4 Coletivos São firmados entre pessoas jurídicas de direito privado que representam uma categoria. Ex.: convenção coletiva trabalhista. 5 Quanto ao modo por quem existem 5.1 Principais 5.2 Acessórios Existe o contrato principal e um secundário. Geralmente, o acessório garante o principal. Um contrato principal não deixa de existir se anular o acessório, mas o contrato acessório deixa de existir quando extingue-se o principal. Ex.: o contrato de locação (principal) e o contrato de fiança (acessório). 5.3 Derivados ou subcontrato Deriva de outro contrato. Ex.: Sublocação de imóvel. Classificação dos Contratos NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC 8 6 Quanto à forma De modo geral, os contratos são livres. Mas existem algumas exceções onde a lei exige algumas formalidades. 6.1 Solenes ou formais Quando a lei exige uma formalidade. Ex.: Contrato de compra e venda através de escritura pública. As partes não podem se furtar a cumprir a formalidade exigida em lei. 6.2 Não solenes ou de forma livre Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem instrumento público, este é da substância do ato. 28/08/2012 6.4 Consensuais Firma no acordo, antes da entrega do bem. se formam independente da entrega da coisa ou de observância de determinada forma. Formado pelo consenso das partes. É a regra. 6.5 Reais Firma na entrega do bem, com a tradição, objeto do contrato. Exigem para se aperfeiçoar além do consentimento a entrega/tradição do bem. Contrato não existe antes da entrega. Pode existir mera promessa. Efetiva entrega do objeto não é fase executória, requisito da constituição do ato. Geralmente unilateral. Exceção: contrato deposito pago pelo depositante – bilateral e real 3 contratos reais pacíficos na jurisprudência: depósito, comodato, mútuo. 1 Divergente: Estimatório (nome dado pelo CC/02 ao contrato de consignação) # mútuo Mútuo – empréstimo bem fungível. Transfere Propriedade. Ex.: dinheiro Comodato – empréstimo bem infungível. Transfere posse. Ex.: Obra de arte (Commodatum Pompae Vel Ostentationes) – um bem fungível pode se tornar infungível por vontade das partes. Ex: Garrafa de vinho é bem fungível, mas se for uma garrafa de vinho de herança com valor sentimental, será bem infungível. • Contrato real # direitos reais • Direito obrigacional: pessoal. Direito crédito • Direito real: coisa. Oponibilidade erga omnes. Vinculada a uma coisa 7 Quanto ao objeto 7.1 Preliminares ou pactum de contrahendo x definitivos • Preliminares ou pactum de contrahendo ���� objeto:partes comprometem a celebrar posteriormente um contrato. Visa criar obrigação. Obs.: NEGOCIAÇÕES OU TRATATIVAS PRELIMINARES OU FASE DE PUNTUAÇÃO: antecede contrato preliminar. Não gera obrigações. • Definitivos � vários objetos, de acordo com a natureza de cada avença. 8 Quanto a designação 8.1 Nominado x inominado • Nominado � designação própria indicada por lei. • Inominado � sem designação própria. Impossível legislador prever todas as hipóteses. 8.2 Típicos x atípicos • Típicos � regulado por lei. Todo contrato nominado é típico e vice versa • Atípicos � sem característica e requisitos por lei. Observa requisitos e normas gerais - art. 425. Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código. 8.3 Mistos x coligados x união de contratos • Mistos � combinação contrato típico, com cláusulas criadas pela vontade dos contratantes. Não se transforma em contrato atípico. • Coligados � celebração de vários contratos interligados. • União de contratos � autônomos, celebrados ao mesmo tempo ou no mesmo instrumento. NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC Princípios 9 29/08/2012 Princípios (alunos) – 1ª parte Princípio da autonomia da vontade Principio da supremacia da ordem pública Consensualismo Principio da autonomia da vontade ou da voluntariedade Liberdade contratual: poder dos contratantes de disciplinar os seus interesses mediante acordo de vontades, suscitando efeitos tutelados pela ordem jurídica (Carlos Roberto Gonçalves). Fundamento para contratos atípicos Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código. Previsão Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. Limitações: liberdade de contratar; liberdade de escolher outro contraente – CRISE DOS CONTRATOS ; liberdade estabelecer conteúdo (função social; boa-fé; supremacia do poder público A crise dos contratos, é a existência de contratos padronizados, de massa, de adesão. O contrato de adesão, não retira a natureza do contrato de ato de manifestação de vontades. Art. 423/424 � Cláusula contraditória e ambígua, adota-se a interpretação mais favorável ao aderente. Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente. Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio. Princípio da supremacia da ordem pública Prevalência do interesse da sociedade sobre individual em caso de colisão; Desequilíbrio provocado pela ampla liberdade e exploração dos economicamente mais fracos = intervenção do estado para restabelecer e garantir a igualdade entre os contratantes. Dirigismo contratual. Silvio Rodrigues: “conjunto de interesses jurídicos e morais que incumbe a sociedade preservar”. Poder Judiciário. Cláusulas Gerais. Não pode ser alterado por convenção entre particulares. Regras basilares da estrutura social, política e econômica do país. Art. 2.035. A validade dos negócios e demais atos jurídicos, constituídos antes da entrada em vigor deste Código, obedece ao disposto nas leis anteriores, referidas no art. 2.045, mas os seus efeitos, produzidos após a vigência deste Código, aos preceitos dele se subordinam, salvo se houver sido prevista pelas partes determinada forma de execução. Parágrafo único. Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais como os estabelecidos por este Código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos. Princípio da Obrigatoriedade Também chamado de princípio da intangibilidade ou da força vinculante dos contratos; Liberdade de contratar e definir os termos e objeto da avença = obrigação de cumprir Caio Mario: “irreversibilidade da palavra empenhada” Fundamento: 1) Segurança jurídica 2) Intangibilidade ou imutabilidade do contrato: pacto sunt servanda (os pactos são para serem cumpridos). Alteração bilateral. Inadimplemento: instrumentos para obrigar cumprimento ou indenização. Princípio do Consensualismo Contrato resulta do consenso, da vontade das partes, independente da entrega da coisa. Aceita proposta = contrato perfeito. Pagamento e entrega objeto: fase de cumprimento das obrigações. Consensualismo: regra Formalismo: exceção Contratos reais: poucos Princípios NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC 10 Os princípios do direito contratual mais importantes são: (i) Principio da Autonomia da Vontade; (ii) Princípio da Supremacia da Ordem Pública; (iii) Princípio do Consensualismo; (iv) Princípio da Relatividade dos Contratos, (v) Princípio da Obrigatoriedade dos Contratos; (vi) Principio da Revisão dos Contratos. Fonte: http://www.jatabairu.adv.br/jatabairu/index.php?mostra=noticia&ver=1&id=660 &le=DI&label=Dicas Princípio da autonomia da vontade � Segundo o Princípio da Autonomia da Vontade, as partes tê ampla liberdade de contratar. Elas têm a faculdade de celebrar ou não os contratos, a princípio, sem nenhuma intervenção de terceiros (incluindo o Estado). Tal princípio teve seu apogeu após a Revolução Francesa, com a predominância do individualismo e o culto `a liberdade em todas as áreas, inclusive a do direito contratual. Principio da supremacia da ordem pública � Este princípio limita o Princípio da Autonomia da Vontade, dando uma maior importância ao interessa publico. Ele resultou da constatação de que a ampla liberdade de contratar, muitas vezes, pode provocar desequilíbrios nas relações e a exploração do economicamente mais fraco. Surgiram vários movimentos em favor dos direitos sociais e, com isso, começaram a surgir leis específicas, destinadas a garantir a supremacia da ordem pública, da moral e dos bons costumes, em setores de extrema importância. Esse pensamento deu origem a Lei da Economia Popular; a Lei da Usura; ao Código de Defesa do Consumidor etc. Nos dias de hoje, a intervenção do Estado na vida contratual é bastante intensa em campos considerados de fundamental importância para a sociedade como as telecomunicações, consórcios, seguros, sistema financeiro etc. É o que chamamos de “dirigismo contratual”. Princípio da Consensualismo � Este princípio decorre da moderna concepção de que o contrato resulta do consenso, isto é, do acordo de vontades, independente da entrega da coisa. Os contratos são, em regra, consensuais. Existem alguns, no entanto, que são reais porque somente se aperfeiçoam com a entrega do objeto, subseqüente ao acordo de vontades (ex: contrato de depósito). Princípio da Princípio da Relatividade dos efeitos do contrato � Este princípio tem como premissa que o contrato somente produz efeitos em relação às partes contratantes, isto é, àqueles que manifestaram a sua vontade, não afetando terceiros. Desse modo, a obrigação vincula somente as partes e seus sucessores, a título universal ou singular. Caso a obrigação seja personalíssima, os sucessores também não estarão vinculados. Princípio da Obrigatoriedade dos contratos � É também chamado de “força” vinculante das convenções. Pelo Princípio da Autonomia da Vontade, ninguém é obrigado a contratar. Mas, segundo o Princípio da Obrigatoriedade dos Contratos, aqueles que o fizerem, sendo o contrato valido e eficaz, devem cumpri-lo. Esse princípio tem por fundamentos: a necessidade de segurança nos negócios e a imutabilidade dos contratos. A necessidade de segurançase explica como função social do contrato, uma vez que se os contratantes não tivessem o intuito de cumprir o contrato, este instrumento deixaria de ser confiável, o que geraria tumulto e um caos social. A imutabilidade do contrato decorre da convicção de que o contrato faz lei entre as partes (pacta sunt servanda). Qualquer modificação deverá ser, também, um acordo bilateral entre as partes. A grande limitação a esse princípio – em sua concepção clássica – é a ocorrência de caso fortuito ou de força maior. Princípio da Revisão dos contratos e onerosidade excessiva � Este princípio se opõe frontalmente ao Princípio da Obrigatoriedade dos Contratos.Ele permite que uma das partes contratantes recorra ao Poder Judiciário para obter alteração do contrato e condições mais “humanas” em determinadas situações. Ele teve origem na Idade Média, mediante a constatação de que fatores externos podem gerar uma situação muito diferente no momento do adimplemento do contrato daquela situação que existia no momento de sua celebração. Podendo, ate mesmo, gerar onerosidade excessiva para uma das partes contratantes. É a chamada teoria rebus sic stantibus. A Teoria rebus sic stantibus consiste em presumir, nos contratos de trato sucessivo e de execução diferida, a existência implícita – não precisa ser expressa – de uma “cláusula” pela qual a obrigatoriedade do cumprimento do contrato pressupõe a inalterabilidade da situação de fato. Caso haja acontecimentos extraordinários que tornem o contrato excessivamente oneroso para uma das partes, esta parte poderá requerer ao Poder Judiciário que seja isento da obrigação, parcial ou totalmente. Depois de permanecer um longo tempo esquecida, a referida teoria foi relembrada no período da I Guerra Mundial (1914-1918), que provocou um enorme desequilíbrio nos contratos a longo prazo. Alguns países fizeram a revisão de seus contratos em legislações próprias, como a França (Lei Faillot, de janeiro de 1918) e a Inglaterra (Frustration of Adventure). No Brasil, esse princípio foi difundido por Arnoldo Medeiros da Fonseca, com o nome de Teoria da Imprevisão. Podemos considerar que a teoria da imprevisão era aplicada quando havia a ocorrência de um fato extraordinário e imprevisível. A imprevisibilidade é característica fundamental que o fato deve possuir para que a Teoria da Imprevisão possa ser aplicável. O Código Civil de 1916 nunca regulamentou expressamente a revisão contratual. Na verdade, a cláusula rebus sic stantibus e a teoria da imprevisão eram, até então, aplicadas somente em casos excepcionais e com bastante cautela, desde que tivessem sido demonstrados os seguintes requisitos: (i) a vigência de um contrato comutativo de execução diferida ou de trato sucessivo; (ii) a ocorrência de fato extraordinário e imprevisível; (iii) alteração considerável da situação de fato existente no momento da execução do contrato, em relação à situação existente no momento da celebração do contrato; (iv) onerosidade excessiva para uma das partes contratantes e, conseqüente, vantagem para a outra parte. O Código Civil de 2002 dedicou uma seção à resolução dos contratos por onerosidade excessiva, consagrando definitivamente o Princípio da Revisão Contratual (artigos 478, 479 e 480 CC) Princípio da Boa-fé � O Princípio da Boa-Fé exige que as partes se comportem de forma correta não só durante as tratativas do contrato, mas durante a sua formação e execução. De acordo com o art. 422,CC, “os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé”. O Princípio da Boa-Fé tem, ainda, dupla abrangência: (i) por ele se entende que a literalidade da palavra não pode prevalecer sobre a intenção manifesta na declaração de vontade ou dela inferível, ou ainda, (ii) que se supõe que as partes, ao contratarem, devem fazê-lo em confiança e com lealdade recíprocas. NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC Princípios 11 04/09/2012 Princípios (alunos) - 2ª parte Princípio da Relatividade dos efeitos do contrato – Ayla Princípio da Boa-fé – Thales Princípio da Revisão dos contratos e onerosidade excessiva (filme: o mercador de Veneza – Renata) Princípio da Função social do contrato Limitação no momento de contratar Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. O contrato não interesse somente as partes. Contrato tem uma função social. Principio interpretativo. Integra sistema. Judiciário pode intervir. Ex.: contrato com juros altos, dificulta a contratação e a circulação da economia. Poderá sofrer intervenção do judiciário. Princípio da Boa Fé Objetiva Lei obriga um comportamento de boa-fé. Um contratante deve confiar no outro. Não é conselho, é obrigação. Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé. Cláusulas gerais – conceitos jurídicos indeterminados: conceitos de baixa densidade normativa que necessitam de um juízo de valor a ser dado pelo aplicador do direito no caso concreto Quando a lei abre espaço para o juiz controlar o contrato através das cláusulas gerais. Alteração de paradigma: dirigismo (controle) judicial. Como a lei é estática, é melhor o juiz controlar o contrato. Utilizado na função social e boa fé objetiva do contrato. Objetiva: Não é o “eu” acho certo. Agir segundo padrão normal de conduta Três funções: (i) instrumento hermenêutico; (ii) fonte de direitos e deveres jurídicos; e (iii) limite ao exercício de direitos subjetivos (abuso da posição jurídica). A essa última função aplica-se a teoria dos atos próprios, como meio de rever a amplitude e o alcance dos deveres contratuais, daí derivando os seguintes institutos: venire contra facutm proprium, surrectio, supressio, tu quoque: conceitos correlatos boa-fé; função integrativa; supre lacunas; deveres implícitos partes contratantes. Proibição dovenire contra facutm proprium: “protege uma parte contra aquela que pretende exercer uma posição jurídica em contradição com o comportamento assumido anteriormente.” Ruy Rosado Supressio: direito não exercido - legítima expectativa de ter havido a renúncia àquela prerrogativa. Demonstração de que o comportamento da parte era inadmissível. Surrectio: nascimento de direito – prática continuada de certos atos. Tu quoque: “aquele que descumpriu norma legal ou contratual, atingindo com isso determinada posição jurídica não pode exigir do outro o cumprimento de preceito do preceito que ele próprio descumprira” Princípio da relatividade dos efeitos do contrato Contrato produz efeitos em relação às partes, àqueles que manifestaram a sua vontade, vinculando-se ao seu conteúdo, não afetando terceiros nem seu patrimônio. Direito obrigacional: entre as partes Três contratos chamado de “contratos que produzem efeitos com relação a terceiros”: • Estipulação em favor de terceiros – 436 (direito) Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação. Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438. • Promessa de fato de terceiro – 439 (dever) Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar. Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento,a indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens. Princípios NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC 12 • Contrato com pessoa a declarar – 467 (direitos e deveres) Art. 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes. A pessoa que compra é apenas um figurante e indicará uma outra pessoa que ira assumir a posição contratual. Estipulação em favor de terceiros Duas pessoas convencionam que a vantagem/benefício resultante do ajuste reverterá em benefício de terceira pessoa alheia à formação do contrato – estipulante, promitente e beneficiário. Vantagem patrimonial gratuita; Ex.: seguro de vida. Beneficiário/favorecido (terceiro): • torna-se credor do promitente; • desnecessário o seu consentimento na formação do contrato; • pode recusar a estipulação em seu favor (validade do contrato não depende da sua vontade, eficácia fica nesta dependência); • não é exigida a sua capacidade REGRAMENTO Seção III - Da Estipulação em Favor de Terceiro Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação. Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438. Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execução, não poderá o estipulante exonerar o devedor. Art. 438. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro contratante. Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por disposição de última vontade. • Obrigação pode ser cobrada tanto pelo estipulante como pelo beneficiário; • Beneficiário fica sujeito as condições e normas do contrato se a ele anuir; • Estabelecido que o beneficiário é quem pode reclamar a execução do contrato o estipulante não pode exonerar o promitente. Ausência de previsão: pode haver exoneração pelo promitente. • Estipulante pode reservar-se no direito de substituir o beneficiário – art. 438 Promessa de fato de terceiro Seção IV - Da Promessa de Fato de Terceiro Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar. Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens. Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação. Promitente promete que alguém vai cumprir a obrigação. Único vinculado. Se não cumprir, promitente responde - 439 Se o terceiro aceita e não cumpre este é quem responde - 440 Quando o terceiro é o cônjuge do promitente deve haver a sua anuência, dependendo do regime do casamento. Caso contrário, não há responsabilidade – 439, par. Único Ex.: Uma amiga famosa promete participar da festa de uma outra amiga e não vai. Ela responderá. 05/09/2012 Empréstimo • Comodato � bens infungíveis. • Mútuo (feneratício) � bem fungível. 11/09/2012 TJMG ou de outros Tribunais Decisões Judiciais em que a fundamentação seja baseada algum dos princípios norteadores da Teoria Geral dos Contratos – (Inteiro teor da decisão). NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC Princípios 13 Contrato com pessoa a declarar Seção IX - Do Contrato com Pessoa a Declarar Art. 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes. Art. 468. Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no prazo de cinco dias da conclusão do contrato, se outro não tiver sido estipulado. Parágrafo único. A aceitação da pessoa nomeada não será eficaz se não se revestir da mesma forma que as partes usaram para o contrato. Art. 469. A pessoa, nomeada de conformidade com os artigos antecedentes, adquire os direitos e assume as obrigações decorrentes do contrato, a partir do momento em que este foi celebrado. Art. 470. O contrato será eficaz somente entre os contratantes originários: I - se não houver indicação de pessoa, ou se o nomeado se recusar a aceitá-la; II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no momento da indicação. Art. 471. Se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da nomeação, o contrato produzirá seus efeitos entre os contratantes originários. Um dos contraentes pode reservar o direito de indicar outra pessoa para, em seu lugar, adquirir os direitos e assumir as obrigações decorrente. Prazo para indicar: estipulado no contrato. Ausência de previsão: 5 dias. Nomeação tem efeito retroativo (data da celebração do contrato, não a partir da nomeação – art. 469) Confiança: Vai me indicar? Não. Vai assumir? Não. Contrato produz efeitos entre as partes originárias – art. 470 Formação dos contratos Contrato resulta de duas manifestações de vontade: Proposta e aceitação. 1. Negociações preliminares (fase de puntuação) Sondagens, estudos, conversações. Não há vinculação. Podem afastar por desinteresse. Abuso. Deliberada intenção causar dano ao outro. Falsa manifestação de vontade. Perdas e danos pelo ilícito e não pelo inadimplemento contratual. Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Negociações preliminares Faz surgir deveres jurídicos: lealdade, correção, informação, proteção, cuidado, sigilo - Princípio da boa-fé. Violação = responsabilidade. Culpa aquiliana e não contratual: crença do negócio (despesa; dispensa outros ctos) + dano. Caráter excepcional. Relação obrigacional. Conclusão 422 Jornada Direito Civil (STJ-CJF – 2002): “O art. 422 do Código Civil não inviabiliza a aplicação, pelo julgador, do princípio da boa-fé nas fases pré e pós contratual.” Observação: Fase de pontuação (precede o contrato) – preliminares – não gera vinculo contratual, mas gera deveres, em virtude da boa fé como o de prestar informações! Nesta fase só há deveres se houver abusos de interesse. Ex.: Na fase de negociação/pontuação, Fulano constrói muro na casa que pretende comprar de Ciclano. Após o investimento prévio, Ciclano desiste de celebrar o negócio. • Policitante � quem faz a proposta; • Oblato � quem aceita a proposta; “Entre presentes” vale a simultaneidade! (pessoalmente, telefone, MSN...) Art. 429. A oferta ao público equivale a proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o contrário resultar das circunstâncias ou dos usos. Parágrafo único. Pode revogar-se a oferta pela mesma via de sua divulgação, desde que ressalvada esta faculdade na oferta realizada. Proposta, oferta, policitação ou oblação NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC 14 12/09/2012 Proposta, oferta, policitação ou oblação Proponente ou policitante x Aceitante ou oblato Declaração de vontade definitiva # negociações preliminares Declaração de vontade, dirigida por uma pessoa a outra (com quem pretende celebrar um contrato), por força da qual aprimeira manifesta sua intenção de se considerar vinculada, se a outra parte aceitar. Eficácia depende da declaração do oblato Deve conter todos os elementos essenciais do negócio proposto: preço, quantidade, forma pagamento, etc. Deve ser séria, consciente, clara, completa e inequívoca Força vinculante Ônus imposto ao proponente de manter proposta por certo tempo a partir de sua efetivação e de responder por suas consequencias por acarretar ao oblato uma fundada expectativa de realização do negócio, levando-o, muitas vezes, a elaborar projetos, efetuar gastos e despesas, etc. Morte/interdição proponente Retratação (art. 428, IV) obrigação personalíssima Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta: I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante; II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente; III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado; IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente. Proposta obriga proponente? Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso. Exceções: 1) Se contiver cláusula expressa: proponente declara que não é definitiva e se reserva o direito de retirá-la – “não vale como proposta”; “sujeita a confirmação”. Aceitante sabe da não obrigatoriedade. Por sua conta e risco. Sem consequencia proponente se revogar pois está utilizando faculdade a qual se reservou 2) Natureza do negócio: propostas abertas – art. 429 – limitada ao estoque 3) circunstância do caso: não é qualquer circunstância. Estabelecida no art. 428 Proposta entre presentes: Proposta entre ausentes: 1ª Circunstância: entre presentes não for imediatamente aceita (I); 2ª Circunstância: pessoa ausente. Decorrido tempo suficiente para chegar resposta ao conhecimento do proponente: prazo necessário, razoável. Prazo moral. Moradores próximos. Local de difícil acesso (II); 3ª Circunstância: pessoa ausente. Resposta fora do prazo concedido. 4ª Circunstância: retratação Aceitação ou oblação Concordância com os termos propostos. Manifestação imprescindível para que se repute concluído o contrato. Oferta se transforma em contrato. Pura e simples: fora do prazo, com adições, restrições ou modificações – nova proposta ou contraproposta (art. 431) # aceitação. Desobriga proponente. Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta. “formulação da vontade concordante do oblato, feita dentro do prazo e envolvendo adesão integral à proposta recebida” Expressa ou tácita Expressa ���� declaração do aceitante; Tácita ���� conduta reveladora do consentimento. Duas hipóteses de aceitação tácita: Art. 432. Se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa, ou o proponente a tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa. NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC Proposta, oferta, policitação ou oblação 15 1ª aceitação expressa não seja costume: efetua pagamento sem confirmar pedidos – praxe comercial – interrupção – aviso 2ª proponente a tiver dispensado. Hipóteses em que a aceitação deixa de ter força vinculatória: 1) Expedida a tempo, por motivos imprevistos, chegar tarde ao conhecimento do proponente – art. 430 Art. 430. Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este comunicá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos. 2) Retratação – art. 433 Art. 433. Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante. Lugar da celebração Lugar que foi proposto - Art. 435 Art. 435. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto. Relevância: foro competente – lei aplicável. Mesmo critério: impulso inicia. DECRETO-LEI Nº 4.657, de 4 de setembro de 1942. Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituirem. § 1º Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato. § 2º A obrigação resultante do contrato reputa-se constituida no lugar em que residir o proponente. Autonomia da vontade: foro de eleição e lei aplicável à espécie Momento da conclusão dos contratos Estabelece obrigatoriedade da avença. Entre presentes (inter praesentes): A partir do momento em que o oblato aceitar a proposta. “Neste momento caracterizou-se o acordo recíproco de vontades e, a partir dele, o contrato começará a produzir efeitos jurídicos.” Entre ausentes (inter absentes): Teoria da cognição: contrato formado quando a aceitação chegar ao proponente e este tomar conhecimento. Arbítrio do policitante. Não basta correspondência ser entregue Teoria da agnição: a) declaração: oblante manifesta aceitação; b) expedição: quando aceitação for expedida; c) recepção: quando aceitação chega nas mãos do proponente Art. 433: acolheu teoria expedição. Exceções e retratação – teoria recepção Interpretação dos contratos NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC 16 18/09/2012 Teoria do erro não é muito aplicada no CC, para fundamentar o vicio jurídico porque o CC considera o defeito oculto. Se constar no contrato que a pessoa não é responsável pelo defeito oculto, essa clausula será nula. O CC não estabeleceu o tempo da posse. Pode ser configurada até mesmo em um dia e o prazo decadencial poderá ser reduzido pela metade. Interpretação dos contratos Interpretar: precisar o sentido e o alcance do conteúdo da declaração. • Interpretação: o declaratória: visa descobrir intenção contratantes no momento da celebração do contrato; o Construtiva ou integrativa: suprime lacunas e omissões com aproveitamento do contrato. CC 2002: critérios gerais de interpretação dos negócios jurídicos intenção manifestada no contrato. Não é o pensamento íntimo; motivos psicológicos. Sentido mais adequado considerando boa-fé, contexto, fim econômico do negócio jurídico. Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. Princípios: Boa-fé: presunção lealdade contratantes. Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé. Conservação ou aproveitamento contrato: cláusula com duas interpretações – prevalecerá a que produzir algum efeito Liberalidade. Interpretação estrita. Representa renúncia de direitos. Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente. Contratos de adesão Interpretação mais favorável ao aderente. Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente. Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante danatureza do negócio. Regras práticas 1) A melhor maneira de apurar a intenção dos contratantes é verificar o modo pelo qual o vinham executando, de comum acordo; 2) Na dúvida, de maneira menos onerosa para o devedor; 3) Cláusulas contratuais não devem ser interpretadas isoladamente, mas em conjunto com as demais; 4) Qualquer obscuridade é imputada a quem redigiu a estipulação, pois, podendo ser claro, não o foi; 5) Cláusula suscetível de dois significados interpreta-se em atenção ao que pode ser exequível. Pactos sucessórios Regra de ordem pública. Afastar o pacto corvina. Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva. Contrato nulo – impossibilidade jurídica do objeto. • Duas formas de sucessão causa mortis: o Legítima o Testamentária NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC Perguntas 17 19/09/2012 Perguntas ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: a) A liberdade de forma é princípio contratual básico que não admite exceções, vez que assegurada pela autonomia da vontade; b) A boa-fé objetiva é princípio contratual com diversas e diferentes funções, não se limitando à regra de interpretação do negócio jurídico; c) Pelo princípio da liberdade contratual autoriza-se a celebração de qualquer tipo de contrato, desde que sua escolha recaia sobre um dos tipos contratuais previstos no Código Civil; RESPOSTA: letra B – art. 422, 113 e 187 ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA: a) A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato; b) Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, com em sua execução, os princípios da probidade e da boa-fé; c) Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambiguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente; d) Nos contratos de adesão, não são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio; Resposta: “d” – art. 424 ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA: a) Contrato de adesão é um contrato paritário, pois o aderente é tutelado pelo Código Civil em relação ao contratado; b) Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro; c) A cláusula rebus sic stantibus decorre da teoria da imprevisão e se aplica aos contratos sinalagmáticos e de execução continuada ou diferida. Resposta: “a” I. Deixa de ser obrigatória a proposta se, feita sem prazo à pessoa presente, não foi imediatamente aceita; II. Os contratos entre ausentes deixam de ser perfeitos se, antes da aceitação, ou com ela, chegar ao proponente a retratação ao aceitante; III. A aceitação da proposta de contrato fora do prazo, com adições, restrições ou modificações, não importará nova proposta; IV. A proposta é obrigatória quando, feita com prazo à pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente. São verdadeiras as alternativas: � I e II; � III e VI; � I, II e III � II e III Resposta: “a” – art. 428, I e IV ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA: a) Os contratos benéficos interpretar-se-ão estritivamente; b) Segundo o princípio do consensualismo, temos a regra geral da necessidade de as partes contratantes seguirem as formalidades necessárias a conferir validade ao ato jurídico; c) Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto; d) É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas no novo Código Civil. 26/09/2012 Prova/avaliação Arts. 421-440; 458-471; 474-480 Evicção NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC 18 25/09/2012 Evicção Seção VI - Da Evicção Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública. Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção. Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu. Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou: I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção; III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído. Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial. Art. 451. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente. Art. 452. Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tiver sido condenado a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante. Art. 453. As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante. Art. 454. Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido feitas pelo alienante, o valor delas será levado em conta na restituição devida. Art. 455. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização. Art. 456. Para poder exercitar o direito que da evicção lhe resulta, o adquirente notificará do litígio o alienante imediato, ou qualquer dos anteriores, quando e como lhe determinarem as leis do processo. Parágrafo único. Não atendendo o alienante à denunciação da lide, e sendo manifesta a procedência da evicção, pode o adquirente deixar de oferecer contestação, ou usar de recursos. Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa. Do latim evincere (ser vencido). Evicção é a perda ou desapossamento de um bem, judicial, ou, excepcionalmente, administrativa, em razão de um defeito jurídico anterior a alienação. Dá-se a evicção quando o adquirente vem a perder, total ou parcialmente, a coisa por sentença fundada em motivo jurídico anterior Funda-se no principio da garantia. Dever alienante: garantir o uso e gozo da coisa. Três personagens: • Evicto � adquirente vencido na demanda por terceiro • Evictor � terceiro reivindicante e vencedor da ação • Alienante ���� responde pela evicção Contratos onerosos. Gratuitos não (552). Somente doação onerosa. Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. (primeira parte) ... Art. 552. O doador não é obrigado a pagar juros moratórios, nem é sujeito às conseqüências da evicção ou do vício redibitório. Nas doações para casamento com certa e determinada pessoa, o doador ficará sujeito à evicção, salvo convenção em contrário. Art. 447 ... (in fine) Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública. STJ - REsp 1237703 / MG: 2. Apesar de o CC/1916 não prever a evicção sobre bem arrematado em hasta pública, tanto a doutrina e a jurisprudência do STF já se preocupavam há muito tempo com a peculiar situação e admitiam sua possibilidade, a qual foi confirmada no art. 447 do CC/2002. 3. [...]. Neste sentido, o Desembargador
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