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2012_11_14 NotAula_DCivil2-RespExtra

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NOTAS DE AULA 
SUMÁRIO 
 
DIREITO CIVIL II – RESP. EXTRACONTR TGC 
Profª. Greycielle de Fatima Peres Amaral 
Curso de DIREITOCurso de DIREITOCurso de DIREITOCurso de DIREITO Noite Noite Noite Noite –––– 4444º Período º Período º Período º Período –––– 2222º Semestre/2012º Semestre/2012º Semestre/2012º Semestre/2012 
14/11/2012 
Eliana DiasEliana DiasEliana DiasEliana Dias 
Denylson LopesDenylson LopesDenylson LopesDenylson Lopes 
DeLiuPUC@hotmail.com 
direitopucbar@groups.live.com https://groups.live.com/DIREITOPUCBAR/ 
07/08/2012 .................... 1 
DIREITO CIVIL II - RESPONSABILIDADE 
EXTRACONTRATUAL TEORIA GERAL DOS 
CONTRATOS ..................................................................... 1 
DISTRIBUIÇÃO DE PONTOS....................................................................... 1 
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................. 1 
CONTRATOS – PARADIGMA CLÁSSICO .................................................. 1 
ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO – NOVOS PRINCÍPIOS – 
TEORIA CONTRATUAL ............................................................................... 1 
08/08/2012 .................... 2 
CONTRATO ................................................................................................... 2 
14/08/2012 .................... 3 
REQUISITOS DO CONTRATO ..................................................................... 3 
1 Requisitos subjetivos ................................................................... 3 
1.1 Capacidade em geral ...............................................................................3 
1.2 Aptidão específica para contratar ............................................................3 
1.3 Consentimento .........................................................................................3 
2 Requisitos objetivos ..................................................................... 3 
2.1 Objeto Lícito .............................................................................................3 
2.2 Objeto possível ........................................................................................4 
2.3 Objeto determinado x determinável.........................................................4 
2.4 Economicidade ........................................................................................4 
3 Requisitos formais ........................................................................ 4 
15/08/2012 .................... 4 
Feriado: “Assunção de Nossa Senhora” ........................................ 4 
21/08/2012 .................... 5 
CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS ........................................................ 5 
1 Quantos aos efeitos ...................................................................... 5 
1.1 Unilateral x bilateral x plurilateral .............................................................5 
1.2 Gratuito x oneroso ...................................................................................5 
22/08/2012 .................... 7 
2 Quanto à formação ....................................................................... 7 
2.1 Paritários ..................................................................................................7 
2.2 De adesão ................................................................................................7 
2.3 Contrato-tipo ............................................................................................7 
3 Quanto ao momento de execução ............................................... 7 
3.1 Execução instantânea .............................................................................7 
3.2 Execução diferida ....................................................................................7 
3.3 Execução de trato sucessivo ou em prestações .....................................7 
3.4 Cláusula rebus sic stontibus (coisa assim ficar) .....................................7 
4 Quanto ao agente .......................................................................... 7 
4.1 Personalíssimo ou intuito personae ........................................................7 
4.2 Impessoais ...............................................................................................7 
4.3 Individuais ................................................................................................7 
4.4 Coletivos ..................................................................................................7 
5 Quanto ao modo por quem existem ............................................. 7 
5.1 Principais .................................................................................................7 
5.2 Acessórios ...............................................................................................7 
5.3 Derivados ou subcontrato ........................................................................7 
6 Quanto à forma ............................................................................. 8 
6.1 Solenes ou formais ................................................................................. 8 
6.2 Não solenes ou de forma livre ................................................................ 8 
28/08/2012 ................... 8 
6.4 Consensuais ........................................................................................... 8 
6.5 Reais ....................................................................................................... 8 
7 Quanto ao objeto .......................................................................... 8 
7.1 Preliminares ou pactum de contrahendo x definitivos ............................ 8 
8 Quanto a designação ................................................................... 8 
8.1 Nominado x inominado ........................................................................... 8 
8.2 Típicos x atípicos .................................................................................... 8 
8.3 Mistos x coligados x união de contratos ................................................. 8 
29/08/2012 ................... 9 
Princípios (alunos) – 1ª parte .......................................................... 9 
Principio da autonomia da vontade ou da voluntariedade ........................... 9 
Princípio da supremacia da ordem pública .................................................. 9 
Princípio da Obrigatoriedade ........................................................................ 9 
Princípio do Consensualismo ....................................................................... 9 
04/09/2012 ................. 11 
Princípios (alunos) - 2ª parte ........................................................ 11 
Princípio da Função social do contrato ....................................................... 11 
Princípio da Boa Fé Objetiva ...................................................................... 11 
Princípio da relatividade dos efeitos do contrato ........................................ 11 
Estipulação em favor de terceiros .............................................................. 12 
Promessa de fato de terceiro ...................................................................... 12 
05/09/2012 ................. 12 
Empréstimo ................................................................................... 12 
11/09/2012 ................. 12 
TJMG ou de outros Tribunais ....................................................... 12 
Contrato com pessoa a declarar ................................................... 13 
Formação dos contratos ............................................................... 13 
1. Negociações preliminares (fase de puntuação) ..................................... 13 
Negociações preliminares ...........................................................................13 
12/09/2012 ................. 14 
Proposta, oferta, policitação ou oblação ..................................... 14 
Aceitação ou oblação .................................................................................. 14 
Expressa ou tácita ....................................................................................... 14 
Lugar da celebração ................................................................................... 15 
Momento da conclusão dos contratos ........................................................ 15 
18/09/2012 ................. 16 
Interpretação dos contratos.......................................................... 16 
Contratos de adesão ................................................................................... 16 
Regras práticas ........................................................................................... 16 
Pactos sucessórios ..................................................................................... 16 
19/09/2012 ................. 17 
Perguntas ...................................................................................... 17 
26/09/2012 ................. 17 
Prova/avaliação ............................................................................. 17 
25/09/2012 ................. 18 
Evicção .......................................................................................... 18 
Evicção – Deteriorização ............................................................................ 19 
 SUMÁRIO – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC 
 
 
2
Evicção Parcial ........................................................................................... 19 
Evicção - Procedimentos ............................................................................ 19 
Evicção – Denunciação da Lide - CPC ...................................................... 19 
EVICÇÃO - JURISPRUDENCIA ................................................................. 19 
02/10/2012 ..................20 
03/10/2012 ..................21 
Vício Redibitório ............................................................................ 21 
09/10/2012 ..................22 
Entrega da 1ª prova/avaliação .................................................................... 22 
10, 16-17, 23-
24/10/2012 ..................23 
EXTINÇÃO DOS CONTRATOS .................................................................23 
NULIDADE ABSOLUTA E RELATIVA ............................................ 23 
NULIDADE – INVALIDADE NEGOCIO JURIDICO .......................... 23 
NULIDADE ABSOLUTA .................................................................. 23 
ANULABILIDADE ........................................................................... 24 
CLAUSULA RESOLUTIVA ............................................................. 24 
CLAUSULA RESOLUTIVA EXPRESSA .................................................... 24 
CLAUSULA RESOLUTORIA TÁCITA ........................................................ 24 
ARREPENDIMENTO ....................................................................... 24 
STF Súmula nº 412: .................................................................................... 25 
Arrependimento - CDC ............................................................................... 25 
Causas supervenientes - Resolução .......................................................... 25 
Resolução por inexecução voluntária......................................................... 25 
DEFESAS ....................................................................................... 25 
Exceção do contrato não cumprido ............................................................ 25 
CLAUSULA SOLVE ET REPETE .................................................... 25 
GARANTIA DE EXECUÇÃO DA OBRIGAÇÃO A PRAZO .............. 25 
JURISPRUDENCIA ......................................................................... 26 
Resolução por inadimplemento involuntário .............................................. 26 
Resolução por onerosidade excessiva ....................................................... 26 
Onerosidade excessiva .............................................................................. 26 
31/10/2012 ..................26 
Prova/avaliação.............................................................................. 26 
Trabalho para 20/11/2012 .............................................................. 26 
30/10/2012 ..................27 
RESPONSABILIDADE CIVIL .....................................................................27 
RESPONSABILIDADE CONTRATUAL X EXTRACONTRATUAL ...........27 
EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE ................................... 30 
1 Estado de necessidade ........................................................................... 30 
2 Legítima defesa ....................................................................................... 30 
3 Culpa exclusiva da vitima ........................................................................ 31 
06/11/2012 ..................31 
4. Caso fortuito ou força maior ................................................................... 31 
5 Fato de terceiro ........................................................................................ 31 
07/11/2012 ..................32 
Clausula de não indenizar (Clausula limitativa de responsabilidade) ........ 32 
13/11/2012 ..................34 
Empregador ................................................................................................ 34 
Educador ..................................................................................................... 35 
14/11/2012 ..................35 
Hospedeiros ................................................................................................ 35 
20/11/2012 ..................35 
Global – 30 pontos ......................................................................... 35 
27/11/2012 ..................35 
Especial – 30 pontos ..................................................................... 35 
8. RESPONSABILIDADE CIVIL (FIUZA) ...................................................36 
NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC 
 
 
1
07/08/2012 
DIREITO CIVIL II - RESPONSABILIDADE 
EXTRACONTRATUAL TEORIA GERAL DOS 
CONTRATOS 
 
DISTRIBUIÇÃO DE PONTOS 
26/09 � 1ª Prova (30 pts) 
??/10 � 2ª Prova (30 pts) 
??/11 � Trab. (10 pts) 
??/11 � Avalição Global (30 pts) 
 
BIBLIOGRAFIA 
FIUZA, César. Direito civil: curso completo. 13. Ed. Rev., atual e 
ampl. Belo Horizonte: Del Rey, 2009. XXVI, 1101 p. 
 
PROFª ROSÂNGELA DELL'AMORE DIAS SCARPELLI 
Fato Jurídico � qualquer acontecimento com reflexos no direito 
Ex.: Ao andar de bicicleta, lesiono uma pessoa. 
 
Fato Jurídico estrito Senso � acontecimento provocado pela 
natureza. 
Ex.: nascimento, morte. 
 
Ato-Fato � conduta humana - provoca efeitos jurídicos 
independentemente da vontade. 
Ex:. reconhecimento de paternidade que gera deveres para com o 
filho, independentemente da vontade do pai, já previstos na lei. 
 
Ato Jurídico � exteriorização consciente da vontade - produz 
efeito conforme o ordenamento jurídico. É fundamental a existência 
da vontade. 
Os loucos, os adolescentes não podem exteriorizar essa vontade 
 
Ato Jurídico 
• Stricto Sensu � manifestação de vontade cujo efeitos previstos 
na lei. 
• Negócio Jurídico ���� autonomia privada. Poder particular, criar 
próprias normas. 
Particular � determina os efeitos desejados, dentro do limite 
concedido pelo ordenamento jurídico. 
Autonomia Privada � espaço dentro do Direito Civil que ser 
humano tem para criar essas normas. 
Quanto maior (>) a desigualdade entre as partes 
Quantomenor (<) será o campo para a autonomiaprivada, porque a 
parte que detém maior poder vai impor sua vontade. 
Ex.: Cod. Defesa do Consumidor � aderir ou não – interesse de 
ordem pública. 
Casamento � regime de bens é determinado pelas partes, mas 
todos os outros deveres e direitos são determinados pela lei 
Todo contrato é negócio jurídico, mas nem todo negócio 
jurídico é contrato, pois alguns são unilaterais. 
Todo negócio jurídico bilateral (deveres e direitos para ambas 
as partes), é contrato. 
 
CONTRATOS – PARADIGMA CLÁSSICO 
Autonomia da vontade vontade das partes era lei, não se 
modificava em hipótese alguma 
 
Princípios Clássicos: 
� Liberdade contratual � partes livres para estabelecer 
conteúdo desde que não fosse ilícito . Ampla autonomia, 
independente do Estado. 
� Força obrigatória dos contratos � pacta sun servanda 
• Convenção são leis entre partes 
• Não havia revisão contratual 
(insuportável – escravidão) 
 
Século XX � massificação dos contratos, sem negociação entre as 
partes – contrato adesão (não havia negociação; parte mais fraca 
somente assina). 
 
ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO – NOVOS 
PRINCÍPIOS – TEORIA CONTRATUAL 
Suporte à dignidade da pessoa humana. 
Paradigma contemporâneo não revogou o clássico e sim convivem. 
O clássico continua a existir, mas em menor grau. 
 NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC 
 
 
2
 
08/08/2012 
PROFª. ALINE SANTOS PEDROSA MAIA BARBOSA 
 
CONTRATO 
manifestação de duas ou mais vontades objetivando criar, alterar ou 
extinguir uma relação jurídica. 
 
• Direito Romano 
o Pacto 
o Convenção 
Acordos de vontades relativos as coisas mais simples – não 
davam direito de ação; 
o Contrato ���� formal - acordo de vontades, mas com alguma 
formalidade. 
 
• Modernidade 
(Iluminismo) 
o Preponderância da autonomia da vontade (Código Francês e 
Alemão). 
o Igualdade formal das partes – a lei garantia que as pessoas 
eram iguais, mas não de forma material. 
 
• Código Civil de 2002 e CRFB/88 
Proteção do hipossuficiente (a partir do Estado Social, 
paternalismo jurídico). 
O paternalismo jurídico na legislação 
O paternalismo jurídico nas decisões judiciais. 
 
• Funções do Contrato 
(César Fiuza) 
o Econômica � distribuição renda, distribuição de riquezas, 
circulação de moedas. 
o Pedagógica � ensinar às pessoas a vida em sociedade, 
respeitar a autonomia do outro. 
o Social � síntese das funções anteriores e a preocupação dos 
efeitos do contrato na sociedade. 
 
• Requisitos do Contrato 
(negócio jurídico) 
o Agente capaz � os absolutamente e relativamente incapazes 
só podem contratar mediante a assistência ou representação. 
o Objeto possível física e jurídica 
o Forma prescrita ou não defesa em lei � que a lei determina 
ou não proíbe 
 
• Partes 
(credor e devedor) 
o Autocontrato? 
Não é reconhecido pela maioria dos autores, porque precisa da 
vontade de duas ou mais pessoas. 
 
• Sucessão das partes 
o Cessão de posição contratual 
o Sucessão “causa mortis” 
 
• Objeto 
o Lícito �juridicamente possível 
o Possível � fisicamente possível 
o Determinado � individualizado 
o Determinável � individualização física 
 
• Objeto da Obrigação X Objeto do Contrato 
o Objeto da Obrigação � prestação, comportamento – dar, 
fazer, não fazer. 
o Objeto do Contrato � bem material sob o qual foi realizado o 
contrato. 
 
• Forma 
o Exigida solenidade somente em determinados casos, 
expressamente previstos em lei 
 
• Consentimento 
o Expresso 
o Tácito 
Quem cala consente? 
Não se aplica ao direito, caso não esteja determinado em lei. 
NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC Requisitos do contrato 
 
 
3
14/08/2012 
PROFª. GREYCIELLE DE FATIMA PERES AMARAL 
 
REQUISITOS DO CONTRATO 
1 Requisitos subjetivos 
Diz respeito ao sujeito. 
 
1.1 Capacidade em geral 
• Inexistência de capacidade � nulidade - Art. 166, I 
(absolutamente incapaz) 
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: 
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; 
 
• Reduzida � anulável – art. 171, I (relativamente incapaz) 
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é 
anulável o negócio jurídico: 
I - por incapacidade relativa do agente; 
 
o Pais � Art. 1.634, V 
Art. 1.634. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos 
menores: V - representá-los, até aos dezesseis anos, nos atos 
da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que 
forem partes, suprindo-lhes o consentimento; 
 
o Tutor � Art. 1.747, I (representa o menor que não tem pais) 
Art. 1.747. Compete mais ao tutor: I - representar o menor, até 
os dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-lo, após essa 
idade, nos atos em que for parte; 
 
o Curador � Art. 1.781 ( maioridade sem discernimento) 
Art. 1.772. Pronunciada a interdição das pessoas a que se 
referem os incisos III e IV do art. 1.767, o juiz assinará, segundo 
o estado ou o desenvolvimento mental do interdito, os limites da 
curatela, que poderão circunscrever-se às restrições constantes 
do art. 1.782. 
Art. 1.781. As regras a respeito do exercício da tutela aplicam-
se ao da curatela, com a restrição do art. 1.772 e as desta 
Seção. 
Art. 1.782. A interdição do pródigo só o privará de, sem curador, 
emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar 
ou ser demandado, e praticar, em geral, os atos que não sejam 
de mera administração. 
 
o Pessoa jurídica � representante indicado no contrato social 
 
1.2 Aptidão específica para contratar 
Legitimidade ou legitimação – capacidade para dispor do bem. 
Ex.: vênia conjugal � Art. 1.647 
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos 
cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da 
separação absoluta: 
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; 
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos; 
III - prestar fiança ou aval; 
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, 
ou dos que possam integrar futura meação. 
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos 
filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada. 
Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir 
a outorga, quando um dos cônjuges a denegue sem motivo 
justo, ou lhe seja impossível concedê-la. 
 
Venda ascendente/descendente � Art. 466 (pai não pode vender 
para o filho. Não pode celebrar contrato a não ser que tenha 
autorização da mãe e de todos os irmãos). 
Art. 466. Se a promessa de contrato for unilateral, o credor, sob 
pena de ficar a mesma sem efeito, deverá manifestar-se no 
prazo nela previsto, ou, inexistindo este, no que lhe for 
razoavelmente assinado pelo devedor. 
 
 
1.3 Consentimento 
• Existência e natureza do ato (tipo de negócio está sendo 
transacionado - é uma venda ou uma doação?) 
• Objeto 
• Cláusulas que o compõe 
• Livre e espontâneo – vícios (Arts. 138 a 165) 
• Expresso: verbal, escrito, mímica, gestos. 
• Tácito: comportamento demonstra aceitação 
• Silêncio circunstanciado ou qualificado (art. 111) 
Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias 
ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de 
vontade expressa. 
 
2 Requisitos objetivos 
2.1 Objeto Lícito 
Lei, moral, bons costumes. 
 
Requisitos do Contrato NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC 
 
 
4
2.2 Objeto possível 
• Impossibilidade Absoluta ���� nenhuma das partes pode cumprir 
o contrato. 
• Impossibilidade Relativa � em determinado momento não 
pode cumprir o contrato, mas essa impossibilidadepode ser 
cumprida em outro momento. 
 
2.3 Objeto determinado x determinável 
• Determinado � individualizado no momento da celebração. 
• Determinável � elementos que possibilitam identificação. 
 
2.4 Economicidade 
(César Fiuza) 
Todo possuem valor avaliável econômico/monetário. 
 
3 Requisitos formais 
• Regra � livre (art. 107) 
Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá 
de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir. 
 
• Prescrito ou não defesa em lei 
• Nulidade (Art. 166, V-VI) 
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: 
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial 
para a sua validade; 
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa; 
 
 
• 3 Formas: 
o Livre 
o Especial ou solene 
Forma única: lei não admite substituição � Art. 108 (Escritura 
Pública) 
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é 
essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à 
constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos 
reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior 
salário mínimo vigente no País. 
 
Forma múltipla ou plural: Arts. 62 (instituição/fundação); 
1.609 (reconhecimento paternidade); 1.806 (renuncia herança). 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por 
escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, 
especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a 
maneira de administrá-la. 
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para 
fins religiosos, morais, culturais ou de assistência. 
 
Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do 
casamento é irrevogável e será feito: 
I - no registro do nascimento; 
II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em 
cartório; 
III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado; 
IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que 
o reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato 
que o contém. 
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o 
nascimento do filho ou ser posterior ao seu falecimento, se ele 
deixar descendentes. 
 
Art. 1.806. A renúncia da herança deve constar expressamente 
de instrumento público ou termo judicial. 
 
 
o Contratual 
 
15/08/2012 
Feriado: “Assunção de Nossa Senhora” 
 
 
Princípios 
Princípio da autonomia da vontade – Débora Martins 
Principio da supremacia da ordem pública – Débora 
Consensualismo - Jonathan Carvalho 
Relatividade dos efeitos do contrato – Ayla 
Obrigatoriedade dos contratos – Rogério 
Revisão dos contratos e onerosidade excessiva – Renata 
Boa-fé – Thales 
 
NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC Classificação dos Contratos 
 
 
5
21/08/2012 
CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS 
1 Quantos aos efeitos 
1.1 Unilateral x bilateral x plurilateral 
• Unilateral � existe duas vontades e somente uma obrigação. 
Ex.: doação. 
Unilateral imperfeito / Bilateral imperfeito � contrato que 
originalmente seria unilateral, mas tem um encargo a ser 
cumprido. Ex.: doação com obrigação de cumprir algo que não 
tem equivalência como na bilateralidade – Contrato de comodato. 
 
• Bilateral � existe duas vontades e obrigação para as duas 
partes. Independe se em cada parte, tem mais de uma pessoa. 
Em termos de efeito práticos é a mesma coisa do sinalagmático. 
Deve haver equilíbrio entre direitos e deveres. Ex.: compra e 
venda; imóvel locado a mais de uma pessoa. 
 
• Plurilateral �existe várias partes com direitos e deveres. Tem 
como característica, a possibilidade de remanejamento de 
pessoas. Ex.: Contrato de sociedade, consórcio, cooperativas. 
Contrato sinalagmático � tem causalidade - a prestação de um 
tem como causa a prestação do outro. 
 
• Efeitos de diferenciar contrato unilateral/ bilateral/ 
plurilateral: 
o Exceção de contrato não cumprido � só se aplica ao 
contrato bilateral (art. 476). 
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, 
antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da 
do outro. 
Se as obrigações são recíprocas, enquanto uma parte não 
cumpre sua obrigação, a outra não pode ser cobrada. 
 
o Cláusula resolutória implícita � se uma parte é obrigada a 
cumprir e não o faz, pode ocorrer a cláusula resolutória 
implícita, a resolução do contrato em decorrência do 
inadimplemento da outra parte. 
 
o Equivalência econômica � deve existir o mínimo de equilíbrio 
entre as prestações. 
Se alguém faz uma doação de uma casa e determine o 
encargo que a pessoa cuide da avó da mesma por dois anos e 
essa prestação de serviços se iguala ou aproxime ao valor da 
mesma casa, não será contrato gratuito e sim oneroso. 
Se alguém simula a venda de uma casa, com valor muito 
abaixo do preço correto, fere o efeito da equivalência 
econômica. 
 
 
1.2 Gratuito x oneroso 
• Gratuito � somente uma das partes obtém a vantagem. Ex.: 
doação, comodato 
• Oneroso � traz vantagem econômica para as duas partes. Ex.: 
compra e venda 
o Oneroso Comutativo � prestações certas e determinadas – 
as prestações podem ser previstas. 
o Oneroso Aleatório � contrato de risco, não se sabe o 
resultado, não consegue antever os efeitos que serão 
produzidos 
- Naturalmente Aleatório: jogo, aposta, seguro 
- Acidentalmente Aleatório (de risco): tipicamente aleatório 
 
Acidentalmente coisa futura ���� comprar plantação de laranja 
a ser colhido. 
Existe um risco total, mesmo que da produção comprada não 
vingue nenhuma laranja em decorrência de um tipo de praga 
que afetou o laranjal, o comprador não poderá exigir o dinheiro 
de volta. Exceto em situações que possa provar o dolo ou 
culpa do vendedor. 
Própria existência: emptio spei (venda da esperança): art. 458 
Quantidade: emptio rei speratae (venda da coisa esperada): 
art. 459 – Risco parcial contra o total insucesso. Se nenhum 
fruto existir, o vendedor devolve o valor recebido, mas se 
existir em qualquer quantidade, não devolverá o dinheiro. 
 
Acidentalmente coisa exposta a risco ���� consegue 
inicialmente ser adquirido, mas tem um risco. A coisa já existe 
Ex.: comprar material frágil, mas que pode quebrar no 
transporte. Pode ser um risco parcial ou total. 
Classificação dos Contratos NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC 
 
 
6
 
Importância da distinção entre Comutativos e Aleatórios: 
o Aleatórios submetidos a regimes diferentes (arts. 458-461) 
o Evicção e vícios redibitórios aplicam-se somente nos 
contratos comutativos. 
Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas 
ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos 
contratantes assuma, terá o outro direito de receber 
integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte 
não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado 
venha a existir. 
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, 
tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer 
quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, 
desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a 
coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada. 
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação 
não haverá, e o alienante restituirá o preço recebido. 
Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas 
existentes, mas expostas a risco, assumido pelo adquirente, terá 
igualmente direito o alienante a todo o preço, posto que a coisa 
já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato. 
Art. 461. A alienação aleatória a que se refere o artigo 
antecedente poderá ser anulada como dolosa pelo prejudicado,se provar que o outro contratante não ignorava a consumação 
do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa. 
 
 
• Efeitos de diferenciar contrato Oneroso / Gratuito: 
1) Hermenêutica contratual (art. 114) � negócios jurídicos 
Benéficos � interpretação restritiva do contrato. É um 
negocio jurídico por liberalidade . No contrato oneroso, a 
interpretação é mais extensiva. 
Ex.: doação de um carro sem o aparelho de som não cabe ação 
judicial contra o doador. 
Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia 
interpretam-se estritamente. 
 
2) Irresponsabilidade nos negócios gratuitos pela evicção e 
vícios redibitórios � no contrato gratuito não é exigido 
responsabilidade quando existe defeito oculto. 
No contrato oneroso, objeto vendido tem que funcionar. 
 
3) Fraude contra credores 
Gratuito (art. 158) � se há doação, pode haver anulação 
para pagar os credores, através da ação pauliana. Não precisa 
provar se a doação foi de boa-fé ou má-fé. 
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou 
remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou 
por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão 
ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos 
seus direitos. 
§ 1º Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar 
insuficiente. 
§ 2º Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos 
podem pleitear a anulação deles. 
 
Oneroso (art.159) � precisa haver a prova. Também é 
necessário a ação Pauliana. 
Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do 
devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver 
motivo para ser conhecida do outro contratante. 
 
Em geral: 
• Todo contrato oneroso é também bilateral 
• Todo contrato gratuito é unilateral (presumidamente) 
• Mas, existe exceção: mútuo feneratício ou oneroso 
(estabelece juros). Unilateral e oneroso. 
Ex.: Empréstimo bancário é unilateral e oneroso. 
Inicialmente, o banco apresenta uma proposta. Depois existe 
a entrega, tradição do valor emprestado e futuramente o 
pagamento do empréstimo. Existirá apenas uma prestação 
(obrigação) das partes. 
NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC Classificação dos Contratos 
 
 
7
 
22/08/2012 
2 Quanto à formação 
2.1 Paritários 
No momento em que as partes formam o contrato, ambas têm 
autonomia de vontade para combinar o que vai reger o contrato. Há 
um equilíbrio entre as partes 
 
2.2 De adesão 
O contrato já está pronto e uma das partes só tem a possibilidade 
de aderir ou não. 
A grande parte dos serviços públicos essenciais tem contrato de 
adesão. Dessa forma não existe a possibilidade de não aderir. Por 
isso é chamada de crise dos contratos e fere o principio da 
autonomia das vontades. 
Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas 
ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação 
mais favorável ao aderente. 
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que 
estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante 
da natureza do negócio. 
Art. 423, 424 � duas vantagens para o aderente. Não fere 
isonomia. Aderente é mais fraco que proponente. 
423 � Clausula contraditória ou ambígua. Privilegia aderente. 
424 � Nula cláusula que retirar natureza estruturante do contrato. 
Ex.: Contrato de depósito. “Não nos responsabilizamos”. Qual o 
fundamento do contrato de deposito? 
 
2.3 Contrato-tipo 
É previamente preenchido com clausulas em branco para fixar as 
demais, onde há possibilidade de negociação de algumas cláusulas. 
 
 
3 Quanto ao momento de execução 
3.1 Execução instantânea 
Aquele em que a prestação é cumprida no momento do contrato, A 
obrigação nasce e morre ao mesmo tempo 
 
3.2 Execução diferida 
Aquele em que a prestação é cumprida de uma única vez em 
momento futuro, 
 
3.3 Execução de trato sucessivo ou em prestações 
A prestação é cumprida futuramente em parcelas periódicas. 
 
3.4 Cláusula rebus sic stontibus (coisa assim ficar) 
É prevista no CC/2002 � o contrato deve ser cumprido desde que 
as coisas permaneçam como estavam. Só se aplica a contratos de 
execução diferida ou de trato sucessivo. Ex.: contratos feitos em 
dólar equiparado ao real. Se o dólar subir muito, pode revisar o 
contrato. 
É a teoria da imprevisão, não precisar estar expresso no contrato, 
pois refere-se a qualquer fato imprevisível e não basta ser oneroso 
para uma das partes, tem que ficar vantajoso para a outra parte 
também. 
Ex.: Se houver desemprego não justifica alegar essa cláusula pois 
não se tornou vantajoso para a outra parte. 
 
 
4 Quanto ao agente 
4.1 Personalíssimo ou intuito personae 
Só determinada pessoa pode cumprir o contrato. É intransferível 
aos seus sucessores. Ex.: Contratar um cantor. 
 
4.2 Impessoais 
Qualquer pessoa pode realizar, o que importa é o objeto ou serviço 
a ser prestado. 
 
4.3 Individuais 
Observa-se a vontade individual, mesmo que haja várias partes 
envolvidas. 
 
4.4 Coletivos 
São firmados entre pessoas jurídicas de direito privado que 
representam uma categoria. Ex.: convenção coletiva trabalhista. 
 
 
5 Quanto ao modo por quem existem 
5.1 Principais 
 
5.2 Acessórios 
Existe o contrato principal e um secundário. Geralmente, o 
acessório garante o principal. Um contrato principal não deixa de 
existir se anular o acessório, mas o contrato acessório deixa de 
existir quando extingue-se o principal. Ex.: o contrato de locação 
(principal) e o contrato de fiança (acessório). 
 
5.3 Derivados ou subcontrato 
Deriva de outro contrato. Ex.: Sublocação de imóvel. 
Classificação dos Contratos NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC 
 
 
8
 
6 Quanto à forma 
De modo geral, os contratos são livres. Mas existem algumas 
exceções onde a lei exige algumas formalidades. 
 
6.1 Solenes ou formais 
Quando a lei exige uma formalidade. Ex.: Contrato de compra e 
venda através de escritura pública. As partes não podem se furtar a 
cumprir a formalidade exigida em lei. 
 
6.2 Não solenes ou de forma livre 
Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não 
valer sem instrumento público, este é da substância do ato. 
 
28/08/2012 
6.4 Consensuais 
Firma no acordo, antes da entrega do bem. 
se formam independente da entrega da coisa ou de observância de 
determinada forma. Formado pelo consenso das partes. É a regra. 
 
6.5 Reais 
Firma na entrega do bem, com a tradição, objeto do contrato. 
Exigem para se aperfeiçoar além do consentimento a 
entrega/tradição do bem. Contrato não existe antes da entrega. 
Pode existir mera promessa. Efetiva entrega do objeto não é fase 
executória, requisito da constituição do ato. Geralmente unilateral. 
Exceção: contrato deposito pago pelo depositante – bilateral e real 
 
3 contratos reais pacíficos na jurisprudência: depósito, comodato, 
mútuo. 
1 Divergente: Estimatório (nome dado pelo CC/02 ao contrato de 
consignação) # mútuo 
Mútuo – empréstimo bem fungível. Transfere Propriedade. Ex.: 
dinheiro 
Comodato – empréstimo bem infungível. Transfere posse. Ex.: Obra 
de arte 
(Commodatum Pompae Vel Ostentationes) – um bem fungível pode 
se tornar infungível por vontade das partes. 
Ex: Garrafa de vinho é bem fungível, mas se for uma garrafa de 
vinho de herança com valor sentimental, será bem infungível. 
 
• Contrato real # direitos reais 
• Direito obrigacional: pessoal. Direito crédito 
• Direito real: coisa. Oponibilidade erga omnes. Vinculada a 
uma coisa 
 
7 Quanto ao objeto 
7.1 Preliminares ou pactum de contrahendo x definitivos 
• Preliminares ou pactum de contrahendo ���� objeto:partes 
comprometem a celebrar posteriormente um contrato. Visa criar 
obrigação. 
Obs.: NEGOCIAÇÕES OU TRATATIVAS PRELIMINARES OU 
FASE DE PUNTUAÇÃO: antecede contrato preliminar. Não gera 
obrigações. 
 
• Definitivos � vários objetos, de acordo com a natureza de 
cada avença. 
 
8 Quanto a designação 
8.1 Nominado x inominado 
• Nominado � designação própria indicada por lei. 
• Inominado � sem designação própria. Impossível legislador 
prever todas as hipóteses. 
 
8.2 Típicos x atípicos 
• Típicos � regulado por lei. Todo contrato nominado é típico e 
vice versa 
• Atípicos � sem característica e requisitos por lei. Observa 
requisitos e normas gerais - art. 425. 
Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, 
observadas as normas gerais fixadas neste Código. 
 
8.3 Mistos x coligados x união de contratos 
• Mistos � combinação contrato típico, com cláusulas criadas 
pela vontade dos contratantes. Não se transforma em 
contrato atípico. 
• Coligados � celebração de vários contratos interligados. 
• União de contratos � autônomos, celebrados ao mesmo 
tempo ou no mesmo instrumento. 
NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC Princípios 
 
 
9
29/08/2012 
Princípios (alunos) – 1ª parte 
Princípio da autonomia da vontade 
Principio da supremacia da ordem pública 
Consensualismo 
 
Principio da autonomia da vontade ou da voluntariedade 
Liberdade contratual: poder dos contratantes de disciplinar os 
seus interesses mediante acordo de vontades, suscitando efeitos 
tutelados pela ordem jurídica (Carlos Roberto Gonçalves). 
Fundamento para contratos atípicos 
Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, 
observadas as normas gerais fixadas neste Código. 
Previsão 
Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos 
limites da função social do contrato. 
 
Limitações: liberdade de contratar; liberdade de escolher outro 
contraente – CRISE DOS CONTRATOS ; liberdade estabelecer 
conteúdo (função social; boa-fé; supremacia do poder público 
A crise dos contratos, é a existência de contratos padronizados, de 
massa, de adesão. 
O contrato de adesão, não retira a natureza do contrato de ato de 
manifestação de vontades. 
Art. 423/424 � Cláusula contraditória e ambígua, adota-se a 
interpretação mais favorável ao aderente. 
Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas 
ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação 
mais favorável ao aderente. 
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que 
estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante 
da natureza do negócio. 
 
Princípio da supremacia da ordem pública 
Prevalência do interesse da sociedade sobre individual em caso de 
colisão; 
Desequilíbrio provocado pela ampla liberdade e exploração dos 
economicamente mais fracos = intervenção do estado para 
restabelecer e garantir a igualdade entre os contratantes. Dirigismo 
contratual. 
Silvio Rodrigues: “conjunto de interesses jurídicos e morais que 
incumbe a sociedade preservar”. Poder Judiciário. 
Cláusulas Gerais. Não pode ser alterado por convenção entre 
particulares. Regras basilares da estrutura social, política e 
econômica do país. 
Art. 2.035. A validade dos negócios e demais atos jurídicos, 
constituídos antes da entrada em vigor deste Código, obedece 
ao disposto nas leis anteriores, referidas no art. 2.045, mas os 
seus efeitos, produzidos após a vigência deste Código, aos 
preceitos dele se subordinam, salvo se houver sido prevista 
pelas partes determinada forma de execução. 
Parágrafo único. Nenhuma convenção prevalecerá se 
contrariar preceitos de ordem pública, tais como os 
estabelecidos por este Código para assegurar a função social 
da propriedade e dos contratos. 
 
 
Princípio da Obrigatoriedade 
Também chamado de princípio da intangibilidade ou da força 
vinculante dos contratos; 
Liberdade de contratar e definir os termos e objeto da avença = 
obrigação de cumprir 
Caio Mario: “irreversibilidade da palavra empenhada” 
Fundamento: 
1) Segurança jurídica 
2) Intangibilidade ou imutabilidade do contrato: pacto sunt servanda 
(os pactos são para serem cumpridos). Alteração bilateral. 
Inadimplemento: instrumentos para obrigar cumprimento ou 
indenização. 
 
Princípio do Consensualismo 
Contrato resulta do consenso, da vontade das partes, independente 
da entrega da coisa. 
Aceita proposta = contrato perfeito. 
Pagamento e entrega objeto: fase de cumprimento das obrigações. 
Consensualismo: regra 
Formalismo: exceção 
Contratos reais: poucos 
Princípios NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC 
 
 
10
Os princípios do direito contratual mais importantes são: (i) Principio da 
Autonomia da Vontade; (ii) Princípio da Supremacia da Ordem Pública; (iii) 
Princípio do Consensualismo; (iv) Princípio da Relatividade dos Contratos, (v) 
Princípio da Obrigatoriedade dos Contratos; (vi) Principio da Revisão dos 
Contratos. 
Fonte: 
http://www.jatabairu.adv.br/jatabairu/index.php?mostra=noticia&ver=1&id=660
&le=DI&label=Dicas 
 
Princípio da autonomia da vontade � Segundo o Princípio da Autonomia 
da Vontade, as partes tê ampla liberdade de contratar. Elas têm a faculdade 
de celebrar ou não os contratos, a princípio, sem nenhuma intervenção de 
terceiros (incluindo o Estado). Tal princípio teve seu apogeu após a 
Revolução Francesa, com a predominância do individualismo e o culto `a 
liberdade em todas as áreas, inclusive a do direito contratual. 
 
Principio da supremacia da ordem pública � Este princípio limita o 
Princípio da Autonomia da Vontade, dando uma maior importância ao 
interessa publico. Ele resultou da constatação de que a ampla liberdade de 
contratar, muitas vezes, pode provocar desequilíbrios nas relações e a 
exploração do economicamente mais fraco. 
Surgiram vários movimentos em favor dos direitos sociais e, com isso, 
começaram a surgir leis específicas, destinadas a garantir a supremacia da 
ordem pública, da moral e dos bons costumes, em setores de extrema 
importância. Esse pensamento deu origem a Lei da Economia Popular; a Lei 
da Usura; ao Código de Defesa do Consumidor etc. 
Nos dias de hoje, a intervenção do Estado na vida contratual é bastante 
intensa em campos considerados de fundamental importância para a 
sociedade como as telecomunicações, consórcios, seguros, sistema 
financeiro etc. É o que chamamos de “dirigismo contratual”. 
 
Princípio da Consensualismo � Este princípio decorre da moderna 
concepção de que o contrato resulta do consenso, isto é, do acordo de 
vontades, independente da entrega da coisa. 
Os contratos são, em regra, consensuais. Existem alguns, no entanto, que 
são reais porque somente se aperfeiçoam com a entrega do objeto, 
subseqüente ao acordo de vontades (ex: contrato de depósito). 
 
Princípio da Princípio da Relatividade dos efeitos do contrato � Este 
princípio tem como premissa que o contrato somente produz efeitos em 
relação às partes contratantes, isto é, àqueles que manifestaram a sua 
vontade, não afetando terceiros. Desse modo, a obrigação vincula somente 
as partes e seus sucessores, a título universal ou singular. Caso a obrigação 
seja personalíssima, os sucessores também não estarão vinculados. 
 
Princípio da Obrigatoriedade dos contratos � É também chamado de 
“força” vinculante das convenções. Pelo Princípio da Autonomia da Vontade, 
ninguém é obrigado a contratar. Mas, segundo o Princípio da Obrigatoriedade 
dos Contratos, aqueles que o fizerem, sendo o contrato valido e eficaz, devem 
cumpri-lo. Esse princípio tem por fundamentos: a necessidade de segurança 
nos negócios e a imutabilidade dos contratos. 
A necessidade de segurançase explica como função social do contrato, uma 
vez que se os contratantes não tivessem o intuito de cumprir o contrato, este 
instrumento deixaria de ser confiável, o que geraria tumulto e um caos social. 
A imutabilidade do contrato decorre da convicção de que o contrato faz lei 
entre as partes (pacta sunt servanda). Qualquer modificação deverá ser, 
também, um acordo bilateral entre as partes. A grande limitação a esse 
princípio – em sua concepção clássica – é a ocorrência de caso fortuito ou de 
força maior. 
 
Princípio da Revisão dos contratos e onerosidade excessiva � Este 
princípio se opõe frontalmente ao Princípio da Obrigatoriedade dos 
Contratos.Ele permite que uma das partes contratantes recorra ao Poder 
Judiciário para obter alteração do contrato e condições mais “humanas” em 
determinadas situações. 
Ele teve origem na Idade Média, mediante a constatação de que fatores 
externos podem gerar uma situação muito diferente no momento do 
adimplemento do contrato daquela situação que existia no momento de sua 
celebração. Podendo, ate mesmo, gerar onerosidade excessiva para uma das 
partes contratantes. É a chamada teoria rebus sic stantibus. 
A Teoria rebus sic stantibus consiste em presumir, nos contratos de trato 
sucessivo e de execução diferida, a existência implícita – não precisa ser 
expressa – de uma “cláusula” pela qual a obrigatoriedade do cumprimento do 
contrato pressupõe a inalterabilidade da situação de fato. Caso haja 
acontecimentos extraordinários que tornem o contrato excessivamente 
oneroso para uma das partes, esta parte poderá requerer ao Poder Judiciário 
que seja isento da obrigação, parcial ou totalmente. 
Depois de permanecer um longo tempo esquecida, a referida teoria foi 
relembrada no período da I Guerra Mundial (1914-1918), que provocou um 
enorme desequilíbrio nos contratos a longo prazo. Alguns países fizeram a 
revisão de seus contratos em legislações próprias, como a França (Lei Faillot, 
de janeiro de 1918) e a Inglaterra (Frustration of Adventure). 
No Brasil, esse princípio foi difundido por Arnoldo Medeiros da Fonseca, com 
o nome de Teoria da Imprevisão. Podemos considerar que a teoria da 
imprevisão era aplicada quando havia a ocorrência de um fato extraordinário 
e imprevisível. A imprevisibilidade é característica fundamental que o fato 
deve possuir para que a Teoria da Imprevisão possa ser aplicável. 
O Código Civil de 1916 nunca regulamentou expressamente a revisão 
contratual. Na verdade, a cláusula rebus sic stantibus e a teoria da imprevisão 
eram, até então, aplicadas somente em casos excepcionais e com bastante 
cautela, desde que tivessem sido demonstrados os seguintes requisitos: (i) a 
vigência de um contrato comutativo de execução diferida ou de trato 
sucessivo; (ii) a ocorrência de fato extraordinário e imprevisível; (iii) alteração 
considerável da situação de fato existente no momento da execução do 
contrato, em relação à situação existente no momento da celebração do 
contrato; (iv) onerosidade excessiva para uma das partes contratantes e, 
conseqüente, vantagem para a outra parte. 
O Código Civil de 2002 dedicou uma seção à resolução dos contratos por 
onerosidade excessiva, consagrando definitivamente o Princípio da Revisão 
Contratual (artigos 478, 479 e 480 CC) 
 
Princípio da Boa-fé � O Princípio da Boa-Fé exige que as partes se 
comportem de forma correta não só durante as tratativas do contrato, mas 
durante a sua formação e execução. De acordo com o art. 422,CC, “os 
contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contato, como 
em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé”. 
O Princípio da Boa-Fé tem, ainda, dupla abrangência: (i) por ele se entende 
que a literalidade da palavra não pode prevalecer sobre a intenção manifesta 
na declaração de vontade ou dela inferível, ou ainda, (ii) que se supõe que as 
partes, ao contratarem, devem fazê-lo em confiança e com lealdade 
recíprocas. 
NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC Princípios 
 
 
11
 
04/09/2012 
Princípios (alunos) - 2ª parte 
Princípio da Relatividade dos efeitos do contrato – Ayla 
Princípio da Boa-fé – Thales 
Princípio da Revisão dos contratos e onerosidade excessiva 
(filme: o mercador de Veneza – Renata) 
 
Princípio da Função social do contrato 
Limitação no momento de contratar 
Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos 
limites da função social do contrato. 
O contrato não interesse somente as partes. Contrato tem uma 
função social. 
Principio interpretativo. Integra sistema. Judiciário pode intervir. 
Ex.: contrato com juros altos, dificulta a contratação e a circulação 
da economia. Poderá sofrer intervenção do judiciário. 
 
Princípio da Boa Fé Objetiva 
Lei obriga um comportamento de boa-fé. Um contratante deve 
confiar no outro. Não é conselho, é obrigação. 
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na 
conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de 
probidade e boa-fé. 
Cláusulas gerais – conceitos jurídicos indeterminados: conceitos de 
baixa densidade normativa que necessitam de um juízo de valor a 
ser dado pelo aplicador do direito no caso concreto 
Quando a lei abre espaço para o juiz controlar o contrato através 
das cláusulas gerais. 
Alteração de paradigma: dirigismo (controle) judicial. Como a lei é 
estática, é melhor o juiz controlar o contrato. Utilizado na função 
social e boa fé objetiva do contrato. 
Objetiva: Não é o “eu” acho certo. Agir segundo padrão normal de 
conduta 
Três funções: 
(i) instrumento hermenêutico; 
(ii) fonte de direitos e deveres jurídicos; e 
(iii) limite ao exercício de direitos subjetivos (abuso da posição 
jurídica). 
A essa última função aplica-se a teoria dos atos próprios, como 
meio de rever a amplitude e o alcance dos deveres contratuais, daí 
derivando os seguintes institutos: 
venire contra facutm proprium, surrectio, supressio, tu quoque: 
conceitos correlatos boa-fé; função integrativa; supre lacunas; 
deveres implícitos partes contratantes. 
 
Proibição dovenire contra facutm proprium: “protege uma parte 
contra aquela que pretende exercer uma posição jurídica em 
contradição com o comportamento assumido anteriormente.” Ruy 
Rosado 
 
Supressio: direito não exercido - legítima expectativa de ter havido 
a renúncia àquela prerrogativa. Demonstração de que o 
comportamento da parte era inadmissível. 
 
Surrectio: nascimento de direito – prática continuada de certos 
atos. 
 
Tu quoque: “aquele que descumpriu norma legal ou contratual, 
atingindo com isso determinada posição jurídica não pode exigir do 
outro o cumprimento de preceito do preceito que ele próprio 
descumprira” 
 
 
Princípio da relatividade dos efeitos do contrato 
Contrato produz efeitos em relação às partes, àqueles que 
manifestaram a sua vontade, vinculando-se ao seu conteúdo, não 
afetando terceiros nem seu patrimônio. 
Direito obrigacional: entre as partes 
Três contratos chamado de “contratos que produzem efeitos com 
relação a terceiros”: 
• Estipulação em favor de terceiros – 436 (direito) 
Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o 
cumprimento da obrigação. 
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a 
obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito 
às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o 
estipulante não o inovar nos termos do art. 438. 
 
• Promessa de fato de terceiro – 439 (dever) 
Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá 
por perdas e danos, quando este o não executar. 
Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro 
for o cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato 
a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento,a 
indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus 
bens. 
 
Princípios NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC 
 
 
12
• Contrato com pessoa a declarar – 467 (direitos e deveres) 
Art. 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das 
partes reservar-se a faculdade de indicar a pessoa que deve 
adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes. 
A pessoa que compra é apenas um figurante e indicará uma outra 
pessoa que ira assumir a posição contratual. 
 
Estipulação em favor de terceiros 
Duas pessoas convencionam que a vantagem/benefício resultante 
do ajuste reverterá em benefício de terceira pessoa alheia à 
formação do contrato – estipulante, promitente e beneficiário. 
Vantagem patrimonial gratuita; 
Ex.: seguro de vida. 
 
Beneficiário/favorecido (terceiro): 
• torna-se credor do promitente; 
• desnecessário o seu consentimento na formação do 
contrato; 
• pode recusar a estipulação em seu favor (validade do 
contrato não depende da sua vontade, eficácia fica nesta 
dependência); 
• não é exigida a sua capacidade 
 
REGRAMENTO 
Seção III - Da Estipulação em Favor de Terceiro 
Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o 
cumprimento da obrigação. 
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a 
obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito 
às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o 
estipulante não o inovar nos termos do art. 438. 
Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se 
deixar o direito de reclamar-lhe a execução, não poderá o 
estipulante exonerar o devedor. 
Art. 438. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o 
terceiro designado no contrato, independentemente da sua 
anuência e da do outro contratante. 
Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato entre 
vivos ou por disposição de última vontade. 
• Obrigação pode ser cobrada tanto pelo estipulante como 
pelo beneficiário; 
• Beneficiário fica sujeito as condições e normas do contrato 
se a ele anuir; 
• Estabelecido que o beneficiário é quem pode reclamar a 
execução do contrato o estipulante não pode exonerar o 
promitente. Ausência de previsão: pode haver exoneração 
pelo promitente. 
• Estipulante pode reservar-se no direito de substituir o 
beneficiário – art. 438 
 
Promessa de fato de terceiro 
Seção IV - Da Promessa de Fato de Terceiro 
Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá 
por perdas e danos, quando este o não executar. 
Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro 
for o cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato 
a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a 
indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus 
bens. 
Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se 
comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, 
faltar à prestação. 
Promitente promete que alguém vai cumprir a obrigação. Único 
vinculado. 
Se não cumprir, promitente responde - 439 
Se o terceiro aceita e não cumpre este é quem responde - 440 
Quando o terceiro é o cônjuge do promitente deve haver a sua 
anuência, dependendo do regime do casamento. Caso contrário, 
não há responsabilidade – 439, par. Único 
Ex.: Uma amiga famosa promete participar da festa de uma outra 
amiga e não vai. Ela responderá. 
 
05/09/2012 
Empréstimo 
• Comodato � bens infungíveis. 
• Mútuo (feneratício) � bem fungível. 
 
11/09/2012 
TJMG ou de outros Tribunais 
Decisões Judiciais em que a fundamentação seja baseada algum 
dos princípios norteadores da Teoria Geral dos Contratos – (Inteiro 
teor da decisão). 
NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC Princípios 
 
 
13
 
Contrato com pessoa a declarar 
Seção IX - Do Contrato com Pessoa a Declarar 
Art. 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das 
partes reservar-se a faculdade de indicar a pessoa que deve 
adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes. 
Art. 468. Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no 
prazo de cinco dias da conclusão do contrato, se outro não tiver 
sido estipulado. 
Parágrafo único. A aceitação da pessoa nomeada não será 
eficaz se não se revestir da mesma forma que as partes usaram 
para o contrato. 
Art. 469. A pessoa, nomeada de conformidade com os artigos 
antecedentes, adquire os direitos e assume as obrigações 
decorrentes do contrato, a partir do momento em que este foi 
celebrado. 
Art. 470. O contrato será eficaz somente entre os contratantes 
originários: 
I - se não houver indicação de pessoa, ou se o nomeado se 
recusar a aceitá-la; 
II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o 
desconhecia no momento da indicação. 
Art. 471. Se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no 
momento da nomeação, o contrato produzirá seus efeitos entre 
os contratantes originários. 
Um dos contraentes pode reservar o direito de indicar outra pessoa 
para, em seu lugar, adquirir os direitos e assumir as obrigações 
decorrente. 
Prazo para indicar: estipulado no contrato. Ausência de previsão: 5 
dias. 
Nomeação tem efeito retroativo (data da celebração do contrato, 
não a partir da nomeação – art. 469) 
 
Confiança: 
Vai me indicar? Não. 
Vai assumir? Não. 
Contrato produz efeitos entre as partes originárias – art. 470 
 
 
Formação dos contratos 
Contrato resulta de duas manifestações de vontade: Proposta e 
aceitação. 
1. Negociações preliminares (fase de puntuação) 
Sondagens, estudos, conversações. Não há vinculação. Podem 
afastar por desinteresse. Abuso. Deliberada intenção causar dano 
ao outro. Falsa manifestação de vontade. Perdas e danos pelo ilícito 
e não pelo inadimplemento contratual. 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, 
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a 
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
 
 
Negociações preliminares 
Faz surgir deveres jurídicos: lealdade, correção, informação, 
proteção, cuidado, sigilo - Princípio da boa-fé. Violação = 
responsabilidade. Culpa aquiliana e não contratual: crença do 
negócio (despesa; dispensa outros ctos) + dano. Caráter 
excepcional. Relação obrigacional. 
Conclusão 422 Jornada Direito Civil (STJ-CJF – 2002): 
“O art. 422 do Código Civil não inviabiliza a aplicação, pelo julgador, 
do princípio da boa-fé nas fases pré e pós contratual.” 
 
Observação: 
Fase de pontuação (precede o contrato) – preliminares – não gera 
vinculo contratual, mas gera deveres, em virtude da boa fé como o 
de prestar informações! Nesta fase só há deveres se houver abusos 
de interesse. 
Ex.: Na fase de negociação/pontuação, Fulano constrói muro na 
casa que pretende comprar de Ciclano. Após o investimento prévio, 
Ciclano desiste de celebrar o negócio. 
• Policitante � quem faz a proposta; 
• Oblato � quem aceita a proposta; 
“Entre presentes” vale a simultaneidade! (pessoalmente, telefone, 
MSN...) 
Art. 429. A oferta ao público equivale a proposta quando 
encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o 
contrário resultar das circunstâncias ou dos usos. 
Parágrafo único. Pode revogar-se a oferta pela mesma via de 
sua divulgação, desde que ressalvada esta faculdade na oferta 
realizada. 
Proposta, oferta, policitação ou oblação NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC 
 
 
14
12/09/2012 
Proposta, oferta, policitação ou oblação 
Proponente ou policitante x Aceitante ou oblato 
Declaração de vontade definitiva # negociações preliminares 
Declaração de vontade, dirigida por uma pessoa a outra (com quem 
pretende celebrar um contrato), por força da qual aprimeira 
manifesta sua intenção de se considerar vinculada, se a outra parte 
aceitar. Eficácia depende da declaração do oblato 
Deve conter todos os elementos essenciais do negócio proposto: 
preço, quantidade, forma pagamento, etc. 
Deve ser séria, consciente, clara, completa e inequívoca 
 
 
Força vinculante 
Ônus imposto ao proponente de manter proposta por certo tempo a 
partir de sua efetivação e de responder por suas consequencias por 
acarretar ao oblato uma fundada expectativa de realização do 
negócio, levando-o, muitas vezes, a elaborar projetos, efetuar 
gastos e despesas, etc. 
 
Morte/interdição proponente 
Retratação (art. 428, IV) 
obrigação personalíssima 
Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta: 
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente 
aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata 
por telefone ou por meio de comunicação semelhante; 
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo 
suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do 
proponente; 
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a 
resposta dentro do prazo dado; 
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao 
conhecimento da outra parte a retratação do proponente. 
Proposta obriga proponente? 
Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o 
contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, 
ou das circunstâncias do caso. 
 
 
Exceções: 
1) Se contiver cláusula expressa: proponente declara que não é 
definitiva e se reserva o direito de retirá-la – “não vale como 
proposta”; “sujeita a confirmação”. Aceitante sabe da não 
obrigatoriedade. Por sua conta e risco. Sem consequencia 
proponente se revogar pois está utilizando faculdade a qual se 
reservou 
2) Natureza do negócio: propostas abertas – art. 429 – limitada ao 
estoque 
3) circunstância do caso: não é qualquer circunstância. Estabelecida 
no art. 428 
Proposta entre presentes: 
Proposta entre ausentes: 
1ª Circunstância: entre presentes não for imediatamente aceita (I); 
2ª Circunstância: pessoa ausente. Decorrido tempo suficiente para 
chegar resposta ao conhecimento do proponente: prazo necessário, 
razoável. Prazo moral. Moradores próximos. Local de difícil acesso 
(II); 
3ª Circunstância: pessoa ausente. Resposta fora do prazo 
concedido. 
4ª Circunstância: retratação 
 
Aceitação ou oblação 
Concordância com os termos propostos. Manifestação 
imprescindível para que se repute concluído o contrato. Oferta se 
transforma em contrato. 
Pura e simples: fora do prazo, com adições, restrições ou 
modificações – nova proposta ou contraproposta (art. 431) # 
aceitação. Desobriga proponente. 
Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou 
modificações, importará nova proposta. 
“formulação da vontade concordante do oblato, feita dentro do prazo 
e envolvendo adesão integral à proposta recebida” 
 
Expressa ou tácita 
Expressa ���� declaração do aceitante; 
Tácita ���� conduta reveladora do consentimento. 
Duas hipóteses de aceitação tácita: 
Art. 432. Se o negócio for daqueles em que não seja costume a 
aceitação expressa, ou o proponente a tiver dispensado, 
reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a 
recusa. 
NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC Proposta, oferta, policitação ou oblação 
 
 
15
1ª aceitação expressa não seja costume: efetua pagamento sem 
confirmar pedidos – praxe comercial – interrupção – aviso 
2ª proponente a tiver dispensado. 
 
Hipóteses em que a aceitação deixa de ter força vinculatória: 
1) Expedida a tempo, por motivos imprevistos, chegar tarde ao 
conhecimento do proponente – art. 430 
Art. 430. Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar 
tarde ao conhecimento do proponente, este comunicá-lo-á 
imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas 
e danos. 
 
2) Retratação – art. 433 
Art. 433. Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou 
com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante. 
 
Lugar da celebração 
Lugar que foi proposto - Art. 435 
Art. 435. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi 
proposto. 
Relevância: foro competente – lei aplicável. 
Mesmo critério: impulso inicia. 
DECRETO-LEI Nº 4.657, de 4 de setembro de 1942. 
Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei 
do país em que se constituirem. 
§ 1º Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e 
dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas 
as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos 
extrínsecos do ato. 
§ 2º A obrigação resultante do contrato reputa-se 
constituida no lugar em que residir o proponente. 
 
 
Autonomia da vontade: foro de eleição e lei aplicável à espécie 
 
Momento da conclusão dos contratos 
Estabelece obrigatoriedade da avença. 
Entre presentes (inter praesentes): A partir do momento em que o 
oblato aceitar a proposta. “Neste momento caracterizou-se o acordo 
recíproco de vontades e, a partir dele, o contrato começará a 
produzir efeitos jurídicos.” 
Entre ausentes (inter absentes): 
 
Teoria da cognição: contrato formado quando a aceitação chegar 
ao proponente e este tomar conhecimento. Arbítrio do policitante. 
Não basta correspondência ser entregue 
Teoria da agnição: 
a) declaração: oblante manifesta aceitação; 
b) expedição: quando aceitação for expedida; 
c) recepção: quando aceitação chega nas mãos do proponente 
Art. 433: acolheu teoria expedição. Exceções e retratação – teoria 
recepção 
Interpretação dos contratos NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC 
 
 
16
18/09/2012 
Teoria do erro não é muito aplicada no CC, para fundamentar o vicio 
jurídico porque o CC considera o defeito oculto. 
Se constar no contrato que a pessoa não é responsável pelo defeito 
oculto, essa clausula será nula. 
O CC não estabeleceu o tempo da posse. Pode ser configurada até 
mesmo em um dia e o prazo decadencial poderá ser reduzido pela 
metade. 
 
Interpretação dos contratos 
Interpretar: precisar o sentido e o alcance do conteúdo da 
declaração. 
• Interpretação: 
o declaratória: visa descobrir intenção contratantes no 
momento da celebração do contrato; 
o Construtiva ou integrativa: suprime lacunas e omissões com 
aproveitamento do contrato. 
 
CC 2002: critérios gerais de interpretação dos negócios jurídicos 
intenção manifestada no contrato. Não é o pensamento íntimo; 
motivos psicológicos. Sentido mais adequado considerando boa-fé, 
contexto, fim econômico do negócio jurídico. 
Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à 
intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da 
linguagem. 
 
Princípios: 
Boa-fé: presunção lealdade contratantes. 
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados 
conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. 
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na 
conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de 
probidade e boa-fé. 
 
Conservação ou aproveitamento contrato: cláusula com duas 
interpretações – prevalecerá a que produzir algum efeito 
Liberalidade. Interpretação estrita. Representa renúncia de direitos. 
Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia 
interpretam-se estritamente. 
 
 
Contratos de adesão 
Interpretação mais favorável ao aderente. 
Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas 
ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação 
mais favorável ao aderente. 
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que 
estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante 
danatureza do negócio. 
 
 
Regras práticas 
1) A melhor maneira de apurar a intenção dos contratantes é 
verificar o modo pelo qual o vinham executando, de comum acordo; 
2) Na dúvida, de maneira menos onerosa para o devedor; 
3) Cláusulas contratuais não devem ser interpretadas isoladamente, 
mas em conjunto com as demais; 
4) Qualquer obscuridade é imputada a quem redigiu a estipulação, 
pois, podendo ser claro, não o foi; 
5) Cláusula suscetível de dois significados interpreta-se em atenção 
ao que pode ser exequível. 
 
 
Pactos sucessórios 
Regra de ordem pública. Afastar o pacto corvina. 
Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa 
viva. 
 
Contrato nulo – impossibilidade jurídica do objeto. 
• Duas formas de sucessão causa mortis: 
o Legítima 
o Testamentária 
NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC Perguntas 
 
 
17
19/09/2012 
Perguntas 
ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: 
 
a) A liberdade de forma é princípio contratual básico que não 
admite exceções, vez que assegurada pela autonomia da 
vontade; 
b) A boa-fé objetiva é princípio contratual com diversas e diferentes 
funções, não se limitando à regra de interpretação do negócio 
jurídico; 
c) Pelo princípio da liberdade contratual autoriza-se a celebração 
de qualquer tipo de contrato, desde que sua escolha recaia 
sobre um dos tipos contratuais previstos no Código Civil; 
RESPOSTA: letra B – art. 422, 113 e 187 
 
ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA: 
a) A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da 
função social do contrato; 
b) Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do 
contrato, com em sua execução, os princípios da probidade e da 
boa-fé; 
c) Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambiguas ou 
contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável 
ao aderente; 
d) Nos contratos de adesão, não são nulas as cláusulas que 
estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante 
da natureza do negócio; 
Resposta: “d” – art. 424 
 
ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA: 
a) Contrato de adesão é um contrato paritário, pois o aderente é 
tutelado pelo Código Civil em relação ao contratado; 
b) Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de 
cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro; 
c) A cláusula rebus sic stantibus decorre da teoria da imprevisão e 
se aplica aos contratos sinalagmáticos e de execução 
continuada ou diferida. 
Resposta: “a” 
 
I. Deixa de ser obrigatória a proposta se, feita sem prazo à pessoa 
presente, não foi imediatamente aceita; 
II. Os contratos entre ausentes deixam de ser perfeitos se, antes da 
aceitação, ou com ela, chegar ao proponente a retratação ao 
aceitante; 
III. A aceitação da proposta de contrato fora do prazo, com adições, 
restrições ou modificações, não importará nova proposta; 
IV. A proposta é obrigatória quando, feita com prazo à pessoa 
ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta 
ao conhecimento do proponente. 
São verdadeiras as alternativas: 
� I e II; 
� III e VI; 
� I, II e III 
� II e III 
Resposta: “a” – art. 428, I e IV 
 
ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA: 
a) Os contratos benéficos interpretar-se-ão estritivamente; 
b) Segundo o princípio do consensualismo, temos a regra geral da 
necessidade de as partes contratantes seguirem as formalidades 
necessárias a conferir validade ao ato jurídico; 
c) Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto; 
d) É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as 
normas gerais fixadas no novo Código Civil. 
 
26/09/2012 
Prova/avaliação 
Arts. 421-440; 458-471; 474-480 
 
Evicção NotAulas – Direito Civil II - Responsabilidade Extracontratual TGC 
 
 
18
25/09/2012 
Evicção 
Seção VI - Da Evicção 
Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela 
evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha 
realizado em hasta pública. 
Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, 
diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção. 
Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a 
evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço 
que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, 
ou, dele informado, não o assumiu. 
Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, 
além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou: 
I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; 
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos 
prejuízos que diretamente resultarem da evicção; 
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele 
constituído. 
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o 
do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional 
ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial. 
Art. 451. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a 
coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do 
adquirente. 
Art. 452. Se o adquirente tiver auferido vantagens das 
deteriorações, e não tiver sido condenado a indenizá-las, o valor 
das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar 
o alienante. 
Art. 453. As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao 
que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante. 
Art. 454. Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção 
tiverem sido feitas pelo alienante, o valor delas será levado em 
conta na restituição devida. 
Art. 455. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o 
evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte 
do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for 
considerável, caberá somente direito a indenização. 
Art. 456. Para poder exercitar o direito que da evicção lhe 
resulta, o adquirente notificará do litígio o alienante imediato, ou 
qualquer dos anteriores, quando e como lhe determinarem as 
leis do processo. 
Parágrafo único. Não atendendo o alienante à denunciação da 
lide, e sendo manifesta a procedência da evicção, pode o 
adquirente deixar de oferecer contestação, ou usar de recursos. 
Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se 
sabia que a coisa era alheia ou litigiosa. 
 
Do latim evincere (ser vencido). 
Evicção é a perda ou desapossamento de um bem, judicial, ou, 
excepcionalmente, administrativa, em razão de um defeito jurídico 
anterior a alienação. 
Dá-se a evicção quando o adquirente vem a perder, total ou 
parcialmente, a coisa por sentença fundada em motivo jurídico 
anterior 
Funda-se no principio da garantia. Dever alienante: garantir o uso e 
gozo da coisa. 
Três personagens: 
• Evicto � adquirente vencido na demanda por terceiro 
• Evictor � terceiro reivindicante e vencedor da ação 
• Alienante ���� responde pela evicção 
 
Contratos onerosos. Gratuitos não (552). Somente doação onerosa. 
Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela 
evicção. (primeira parte) 
... 
Art. 552. O doador não é obrigado a pagar juros moratórios, 
nem é sujeito às conseqüências da evicção ou do vício 
redibitório. Nas doações para casamento com certa e 
determinada pessoa, o doador ficará sujeito à evicção, salvo 
convenção em contrário. 
 
Art. 447 ... (in fine) Subsiste esta garantia ainda que a aquisição 
se tenha realizado em hasta pública. 
 
STJ - REsp 1237703 / MG: 
2. Apesar de o CC/1916 não prever a evicção sobre bem 
arrematado em hasta pública, tanto a doutrina e a jurisprudência 
do STF já se preocupavam há muito tempo com a peculiar 
situação e admitiam sua possibilidade, a qual foi confirmada no 
art. 447 do CC/2002. 
3. [...]. 
 
Neste sentido, o Desembargador

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