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HISTÓRIA DA ESCOLA DE ARTES BAUHAUS

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INTRODUÇÃO
 
 Por séculos consecutivos, a arquitetura era um privilégio de uma clientela de classe social privilegiada, voltada efetivamente para a decoração das grandes igrejas, palácios de nobres poderosos e mansões de uma burguesia ascendente. A beleza arquitetônica das cidades resumia-se nas suas obras públicas de cunho religioso, com monumentais mosteiros e adornadas igrejas. A população urbana era distribuída por insignificantes prédios, sem conforto, beleza ou mesmo saneamento básico. O desleixo urbano foi responsável por várias epidemias, entre elas a conhecida peste negra, que dizimou quase toda a população européia medieval. Ao contrário do que se pensa, surtos de pestilências ultrapassaram a Idade Média, matando até os tempos modernos.
 A industrialização acelerada das cidades trouxe novos materiais como o ferro fundido e o aço, que poderiam ser usados na arquitetura. Movimentos arquitetônicos de cunho modernistas e precursores de uma nova vanguarda, explodiram pela Alemanha no início do século XX. A sua atuação seria interrompida pela Primeira Guerra Mundial. Após a guerra, uma Alemanha falida e humilhada dava passagem para a volta da vanguarda arquitetônica, voltada para a necessidade urgente da expansão industrial. 
A BAUHAUS
 Bauhaus , significa etimologicamente , Casa Civil, foi fundada em 1919, em Weimar (Alemanha), por Walter Gropius , mudou-se para Dessau em 1925 e dissolvido em 1933 , em Berlim. O espírito e os ensinamentos desta instituição pode ser dito se espalhou pelo mundo .
 Com a mudança de Weimar para Dessau, a Bauhaus teve a oportunidade de criar um edifício que iria fornecer as melhores condições de trabalho para poder desenvolver o seu próprio projeto, que foi realizado pelo próprio Walter Gropius e inaugurado em 4 de dezembro de 1926, tornando-se rapidamente ícone do movimento moderno cedo. 
 Os homens da Bauhaus defendiam a ligação entre o desenho industrial e à produção da indústria, razão que os levou a desenvolver a escola em grandes centros urbanos, onde a industrialização era latente.
 Pela Bauhaus passaram grandes mestres: Além de Walter Gropius, Laszlo Moholy-Nagy, Vassily Kandinsky, Paul Klee, Lyonel Feininger, Josef Albers, Marcel Breuer, Oskar Schlemmer, Marianne Brandt, Johannes Itten, Gerhard Marks, Georg Muche, Gunda Stölzl, Omar Akbar, Hinnerk Scheper, Joost Schmidt, Lothar Schreyer, Dietmar Starke e Magdalena Droste. O movimento tornou-se referência internacional, atraindo artistas de todo o mundo para a confusa Alemanha do pós-guerra e pré-nazista. O Bauhaus traziam não só a renovação artística, como também uma ideológica inquietação social e política.
LOCALIZAÇÃO
 O edifício aparece para remover as razões para a criação das condições da área em que se encontra localizado, as fronteiras de uma rua , atravessa um outro perpendicular ao primeiro e duas das suas asas delineado um campo desportivo próximo. Seu endereço é: Gropiusallee 38, 06846 Dessau , na Alemanha.
AS INDÚSTRIAS E AS NOVAS TENDÊNCIAS DA ARQUITETURA
 No fim do século XIX desencadeou-se a Revolução Industrial, com ela um grande fluxo de pessoas abandonou os campos, invadindo as cidades. Surgia a necessidade de uma nova paisagem urbana, voltada não somente para a elite, mas para uma pulsante população. Os arquitetos passaram a ter à disposição novos materiais para serem usados nas construções, como o ferro fundido e o aço. As fachadas de pedras estavam condenadas.
 A indústria da época passou a criar novas possibilidades, passando a produzir aos milhares, as diversas partes dos edifícios, antes confeccionados manualmente. As mudanças encerravam uma fase da arquitetura, voltada para uma beleza concebida em uma harmonia de poucos prédios, jamais de uma explosão demográfica urbana.
 A consciência de que a arquitetura tradicional não se adaptava mais à realidade urbana criada pela Revolução Industrial, só foi percebida por alguns arquitetos no fim do século XIX. Um dos pioneiros dessa percepção, Otto Wagner, professor de arquitetura em Viena, Áustria, já conclamava, em 1896, que nada que não fosse prático não poderia ser belo, a arquitetura deveria ter harmonia com a época, não com a tradição secular. O aço, o alumínio, o ferro, o celulóide, a linóleo e o cimento passaram a ser considerados pelos arquitetos vanguardistas como os materiais que iriam construir as novas cidades.
 Um dos herdeiros das novas idéias sobre arquitetura moderna foi o alemão Walter Gropius, nascido em Berlim, em 1883. Gropius fez parte da associação Deutscher Werkbund, fundada em 1907 por Hermann Muthesius. A associação de Muthesius era defensora da idéia da razão e da simplicidade na construção e na arte,estabelecendo ligações entre artesãos, artistas e a indústria.
Aceitando os princípios de Muthesius, Walter Gropius construiu, em 1911, a fábrica de Fagus, em Alfeld na der Leine, considerada a obra-prima da arquitetura metálica do século XX. O edifício serviu como ponto de partida da renovação da arquitetura moderna. Em 1914, a Deutscher Werkbund realizou a primeira manifestação coletiva, promovendo uma grande exposição em Colônia. O evento foi marcado pela participação massiva de arquitetos não acadêmicos. O trabalho do grupo seria interrompido pela deflagração da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), passando por um período de silêncio vanguardista.
CONCEITO E ESTILO 
 Após a Primeira Guerra Mundial, a Alemanha derrotada estava procurando uma solução para a crise de valores em que ele estava imerso. Seus intelectuais consideravam o irracionalismo político levou à violência, agora deve prevalecer o racionalismo crítico, capaz de resolver as contradições sociais. Gropius estava profundamente envolvido nestas abordagens, o grande manifesto do racionalismo arquitetônico seria excepcional prédio da Bauhaus em qual grupo as características do Movimento Moderno: volumes puros racionalmente articulados funcionalismo, a utilização inovadora de novos materiais, tais como muro cortina de vidro nas fachadas, janelas horizontais , a falta de ornamentação, projeto global de todos os elementos e, acima de tudo, a concepção do espaço dominado pela relação entre o interior eo exterior através da parede de vidro. 
 Estes princípios foram rapidamente aceitos e consolidados internacionalmente com os trabalhadores de habitação que Mies van der Rohe, último diretor da Bauhaus, levantou perto de Stuttgart, na Urbanização Weissenhofsiedlung.
Para o funcionamento da escola, era seu currículo original e influente. Foi descrito por Gropius na forma de um diagrama de roda, com o anel externo representa os Vorkurs , um curso de seis meses preliminar, iniciada por Johannes Itten , que se concentrou em análise formal práticas, nomeadamente sobre as propriedades contrastantes de formas, cores e materiais. Os dois anéis de meia representados dois cursos de três anos, o formlehre , com foco em problemas relacionados à forma, e werklehre , uma instrução de oficina prática que enfatizava habilidades artesanais técnicas. Essas classes enfatizou funcionalismo por meio de formulários simplificados, geométricas que permitiram novos desenhos para ser reproduzido com facilidade. No centro do currículo foram cursos especializados na construção de edifícios que levaram os alunos a buscarem praticidade e necessidade através da reprodução tecnológica, com ênfase no artesanato e mão de obra que se perdeu na fabricação tecnológica. E a abordagem pedagógica básica era eliminar tendências competitivas e promover o potencial criativo individual e um senso de comunidade e de propósito comum.
CURSO DE ARQUITETURA E PLANEJAMENTO URBANÍSTICO
 Nos primeiros anos de funcionamento da Bauhaus, apesar dos esforços de Gropius em criar e fazer funcionar um departamento de arquitetura, os cursos iniciados não foram adiante. Em 1920, a Bauhaus adquiriu um terreno onde Gropius planejava uma urbanização. Foram feitos projetos de urbanização, esboços e modelos das casas de madeira, porém apenas uma casa modelofoi construída.
 Num dos projetos de uma casa de madeira, observa-se o plano térreo estranho, apresentando quatro quartos de dimensões quase iguais.
Projeto de uma casa de madeira no bairro Bauhaus em Buchfart, perto de Weimar, 1920.
CASA SOMMERFELD
  O primeiro projeto em conjunto criado pela Bauhaus foi a Casa Sommerfeld, construída em Berlim.
O desenho arquitetônico da casa foi feito por Gropius e Adolf Meyer, e reflete formas expressionistas, além das formas elementares de círculos, quadrados e triângulos. A decoração do interior da casa foi executada pelos estudantes mais competentes da Bauhaus.
Walter Gropius e Adolf Meyer: Casa Sommerfeld, Berlim 1920-1921
CASA AM HORN
  A casa Horn, uma criação inteiramente bauhausiana, era o primeiro exemplo prático do novo modo de vida na Alemanha.
A planta era inovadora, quase não havia corredores, os quartos estavam dispostos à volta da sala maior: a sala de estar. A casa de banho podia ser alcançada a partir do quarto. A cozinha e a sala de jantar estavam juntas, sendo a cozinha planejada exclusivamente como local de cozinhar, enquanto a sala de jantar era suficientemente espaçosa para conter uma mesa e 6 a 8 cadeiras. A cozinha foi a primeira cozinha moderna: com uma bancada contínua à frente da janela, cadeiras que podiam ser encaixadas sob a mesa para poupar espaço, e superfícies fáceis de limpar.
 As opiniões sobre a casa experimental foram divergentes: seu exterior foi muito criticado, enquanto a cozinha  e demais dependências interiores foram melhor aceitas. A crítica final considerou a casa como “importante e significativa” apesar das graves deficiências, tais como o fato de que não havia um acesso direto à cozinha e aos quartos, a não ser através de outras dependências.
Georg Muche (ideia) e Adolf Meyer (planejamento e execução): Casa modelo Am Horn para a Exposição Bauhaus em 1923.
Georg Muche (ideia) e Adolf Meyer (planejamento e execução):Planta da Casa Horn, 1923.
Georg Muche (ideia) e Adolf Meyer (planejamento e execução):Cozinha da Casa Horn, 1923.
 Na Exposição Bauhaus de 1923, as casas estandartizadas de Forbát, com as suas células de espaço, foram expostas como: ”arquitetura colméia”. Tais casas jamais foram construídas devido a oposição das autoridades à sua construção. Gropius organizou também uma Exposição de Arquitetura Internacional no âmbito da Exposição de 1923, com apresentação de modelos e desenhos ilustrando “a linha de uma arquitetura funcional e dinâmica”.
Na exposição  foram expostos os projetos das primeiras casas-tipo.
A CRIAÇÃO DA BAUHAUS DE WEIMAR 1919 – 1925
 O período de reconstrução alemã possibilitou possibilitou o surgimento de indústrias, o florir de arrebatadas tendências ideológicas, e a efervescência cultural que geraria vários movimentos de vanguarda. No período pós-guerra, a Alemanha inaugurava a sua primeira República, conhecida como República de Weimar.
 Em 1919, Walter Gropius assumiu a direção da Escola de Arte de Weimar, inaugurando-a com o nome de Staatliches Bauhaus (casa estatal de construção). A escola tinha como objetivo principal aproximar o mundo da arte ao mundo da produção industrial. Concentrava-se nos projetos da estrutura das construções e não em seus ornamentos, defendendo a funcionalidade e utilidade da arquitetura.
 Os Bauhaus tinham no seu discurso, claras tendências e referências ao grupo holandês de De Stijl, que assinalaram o tempo de Weimar; e, o construtivismo russo, característica da época em que a escola permaneceu em Dessau. A Bauhaus aglutinou artistas de todas as aéreas, praticando em suas salas desde a arquitetura, pintura e escultura, ao teatro, a dança e a fotografia. A Bauhaus tornou-se o ponto de encontro de todas as artes e idéias inovadoras da época.Atraiu artistas e adeptos em todo o mundo.
 Uma das características da Bauhaus era manter-se aberta para todos os movimentos de vanguarda, tendo aglutinado expoentes do cubismo, do construtivismo e da arte abstrata.
A ARQUITETURA NA BAUHAUS DE WEIMAR
 Em 1921, o atelier particular de arquitetura de Gropius recebeu a encomenda de renovação do Teatro Municipal de Iena.
Gropius e Meyer encarregaram-se das alterações do edifício acompanhando o estilo arquitetônico de De Stijl e de Le Corbusier, abandonando o estilo expressionista de blocos adotado na Casa Sommerfeld, fato que marcou a virada na obra arquitetônica de Gropius e também da própria Bauhaus, já que os ateliers da Bauhaus, pintores e escultores, estiveram também envolvidos no projeto através da decoração do interior do teatro.
Vista do lado da entrada do Teatro de Iena, renovado em 1922 por Gropius e Meyer.
Foyer do Teatro de Iena, renovado em 1922 por Gropius e Meyer
 Entre os anos de 1922 e 1925 Gropius seguiu tentando instalar o Curso de Arquitetura na Bauhaus, porém sem sucesso. O “local de construção experimental”, que seria o Departamento de Arquitetura, onde o trabalho em conjunto aconteceria, com todos os mestres artísticos experimentando novas soluções formais e técnicas, não conseguia ser implantado. Gropius organizou ainda a fundação de uma Cooperativa Estatal da Bauhaus que foi apoiada pelos mestres e estudantes. Esta sociedade por cotas contratou o arquiteto húngaro Fred Forbát e encomendou-lhe um projeto de urbanização rural. Seriam 20 casas independentes localizadas numa encosta, mais 50 casas no planalto norte e os alojamentos para 40 estudantes à volta de um terreno situado no meio da urbanização.
 Em 1924, formou-se um grupo de estudo arquitetônico na Bauhaus que incluia o pintor Georg Muche e Marcel Breuer do setor de carpintaria, tendo ambos apresentado projetos de edifícios de apartamentos que não chegaram a ser construídos.
FIM DA BAUHAUS DE WEIMAR
 Os partidos conservadores de direita que desde o início opuseram-se a Bauhaus e suas obras de design moderno, por considerá-los de tendência comunista, alcançaram seu objetivo de fechar a escola em Weimar. Lutaram de todas as formas para que isso acontecesse, ora não liberando as verbas de que dependia a escola para seu funcionamento, uma vez que era uma escola estatal, ora não autorizando as construções das obras de urbanização concebidas pela Bauhaus. Até que o resultado das eleições de 1924, com a vitória do partido nacional-socialista, foi decisivo para o destino da Bauhaus. Em março de 1924, as autoridades reduziram o orçamento destinado à Bauhaus à metade. Essa medida aliada à demissão iminente de Gropius e aos motivos políticos, tornaram a manutenção do funcionamento da escola bastante difícil. Gropius tentando evitar o encerramento das atividades da escola propôs ao governo a constituição de uma sociedade por cotas, a qual suportaria as despesas das operações produtivas da Bauhaus, enquanto o governo ficaria responsável apenas pelas despesas dos ateliers e dos salários dos mestres. Para tanto já havia conseguido um capital para a sociedade e os sócios majoritários, No entanto o governo não estava interessado em medidas que pudessem manter a escola financeiramente viável, já que a sua intenção foi sempre a de encerrar as atividades da Bauhaus.
 Gropius só viria a fundar essa sociedade em Dessau.
 Os mestres da Bauhaus, num comunicado à imprensa em 26 de dezembro de 1924, anunciaram que reiscindiriam seus contratos com o Estado da Turíngia a partir de março de 1925, numa atitude que visava mobilizar o  público político e cultural. Foi constituído à época um “Círculo dos Amigos da Bauhaus”, uma comissão de nomes famosos, entre os quais: Albert Einstein, e publicado o “Vozes da Imprensa para a Bauhaus Estatal”. Porém nenhuma dessas iniciativas logrou êxito em evitar o fechamento da escola em Weimar. Apesar de Gropius sempre negar que o design moderno tivesse qualquer carater político, os partidos conservadores de direita, desde o início considerou-o como “bolchevique” e “esquerdista”, tornando-o alvo de seus ataques até o encerramento das atividades da Bauhaus de Weimar.A Bauhaus de Weimar tornou-se um símbolo da era moderna.
 O sistema de dois mestres e a integração da teoria e prática constituiu um sucesso. Durante os 6 anos de sua existência a Bauhaus produziu uma série de soluções criativas que modificaram a face do design nos anos 20 e 30. Nos ateliers: o tipo, a norma e a função eram conceitos-chave por trás da procura criativa. As formas elementares e as cores primárias tornaram-se bases importantes da atividade de design e caracterizaram o “estilo Bauhaus”.
BAUHAUS DE DESSAU  1925 – 1932
 Apesar do imenso prestígio que alcançou dentro da Alemanha e no resto do mundo, a Bauhaus passou a ser perseguida pelos alemães mais tradicionais, entre eles os nazistas, que estavam em franca ascensão. Os mais radicais acusavam os membros da escola de desprezarem a herança histórica nacional. Para os tradicionalistas, a arquitetura modernista da Bauhaus não era adequada para a grandiosidade da Alemanha que o regime nazista ansiava.
 Atacados pelos defensores dos nazistas, diante das fragilidades da proteção das autoridades de Weimar, a escola viu-se obrigada a transferir-se para Dessau. Ali, Walter Gropius construiria, em 1925, uma nova sede para a instituição. O Departamento de Arquitetura da Bauhaus só foi inaugurado em 01 de abril de 1927,portanto em 1925 quando se iniciou a construção do edifício da Bauhaus, todo o seu planejamento e execução foi feito por Gropius através de seu escritório particular de arquitetura.
 É no período da escola em Dessau, que a colaboração com as indústrias seria amplamente intensificada. A maioria dos protótipos executados na Alemanha, saiam diretamente das oficinas de Dessau para as indústrias. Muitos dos artistas bauhausianos passaram a dedicar-se ao desenho industrial, enquanto que alguns dos seus discípulos ocupavam postos importantes nas grandes empresas.
 O Edifício Bauhaus em Dessau incluia: o espaçoso bloco de oficinas de 4 andares com a fachada envidraçada, a ala da escola de artes e ofícios e a ala do departamento administrativo num nível superior ligando as outras duas alas.
 Foi construído adicionalmente ao projeto original, o edifício atelier, um bloco de 5 andares para os estudantes. O primeiro andar comportava o auditório, o teatro e a cantina, sendo que estes poderiam ser abertos para formar uma área de diversão interligada.
 Uma vista aérea do conjunto permite notar as seções bem distintas, ao mesmo tempo que a lógica funcional do conjunto total. O edifício Bauhaus em Dessau apesar da inspiração puramente funcional atendia ao que foi considerado um “sensacional design artístico” através da  fachada totalmente envidraçada de seu bloco de oficinas virado para a rua. Aos visitantes o conjunto parecia um enorme cubo flutuante, brilhante e transparente, que se à noite revelava-se como um cubo gigante de luz, durante o dia tornava-se um grande refletor da luz do sol. Tudo no projeto do edifício, desde o mais simples utensílio doméstico ao edifício acabado foi desenvolvido por Gropius e os estudantes e mestres da Bauhaus.
 A classe de pintura mural foi responsável pela pintura do edifício. O mobiliário dos estúdios, auditório, cantina, ateliers originou-se do atelier de carpintaria sob a direção de Marcel Breuer. A cadeira tubular foi exposta pela primeira vez. Os modelos de candeeiros foram produzidos no atelier de metal, segundo idéias de Max  Krajewski e Marianne Brandt. O atelier de tipografia foi responsável pela fabricação dos símbolos.
 O objetivo ideal da Bauhaus: a colaboração de todas as artes para a realização do projeto foi concretizado.
A construção tornou-se um ponto de visitação turística.
DESCRIÇÃO
Fachadas
 As fachadas são em sua maioria testemunhas que a Bauhaus é , de longe, um edifício típico da modernidade. Embora pareçam , nunca encontrar uma fachada, todos foram feitos com " carinho " para os detalhes , tudo com a intenção de reconhecer e fora da função .
 Cada fachada responde às demandas da atividade ocorrendo dentro : a frente do bloco de sala de aula é composta por janelas horizontal , cuja função é garantir iluminação adequada, os apartamentos , no entanto, mostra aberturas individuais destinados a aumentar a privacidade. As oficinas de uma vasta frente de vidro , permitindo que o máximo de luz e vista do interior a partir do exterior . Gropius toma nesta frente o problema de Faguswerk e Colónia fábrica, definindo uma parede de vidro que passa pela aresta do chão , deixando os pilares dobrado e dar um cantilever que remove o canto contraforte , criando assim que a imagem angular famoso de transparência é um dos aspectos formais mais típicos da Bauhaus. A fachada frontal é onde o primeiro nível é rebaixado para produzir a levitação de um maior volume consiste em uma tensão da parede de cortina para a obtenção de um acesso de produtos de contraste opaco dos volumes de fundo.
 Vista Norte
 Vista Sul
Tetos
 Telhados planos eram grandes, mas naquela época não havia quase nenhuma experiência com construções semelhantes. Ou seja, coberturas de edifícios teve vários problemas. A maior delas era uma inclinação com apenas 1 grau de inclinação , o seguinte foi o dreno no interior, e finalmente perder a drenagem com cascalho, assim que o sol estava radiante diretamente sobre as camadas de alcatrão, nem os conselhos camadas de expansão são deformados. Ou seja, os telhados da Bauhaus nunca foram à prova d'água.
Espaços
A entrada principal da Bauhaus é dividido com três colunas vermelhas portas separadas que dão acesso à escada e hall de entrada .
Escada
Este último é projetado em três seções, o do meio é mais largo que conduz ao piso superior descem as extremidades estreitas. Na frente das escadas encontrar uma grande janela que vai do chão ao teto e tão grande como as escadas
Entrada
Atravessar o nível do lobby é atingido, um lugar muito interessante para os seus componentes.
Algo muito característico para o prédio da Bauhaus , é quase sempre a andar nos corredores ou escadas tem várias opções de onde ir , resultante das diferentes seções do edifício ter alguma correspondência. Subir as escadas do lobby não só você pode ir para oficinas e administração , mas desde que ambos os lados das escadas estão localizadas algumas grandes janelas em cada passo que você pode ver uma nova perspectiva do interior , mas especialmente fora.
Espaços funcionais
 O edifício foi distribuído em três alas principais ligados por um elemento da ponte , a forma de palhetas o conceito de quebra de simetria e coloca a sua eficácia consistência estética funcional. Caracterizou-se por plantas e seções ortogonais, geralmente assimétrica e falta de decoração nas fachadas . O interior é luminoso e arejado .
Planta do conjunto
Planta Térrea
Primeiro pavimento
Segundo pavimento
ALOJAMENTO
Lajes na fachada dos dormitórios
 Seis andares com 28 quartos de 20 metros quadrados cada. Todos têm uma pequena varanda , uma laje de concreto que se projeta para fora no aberto .
 Cada andar também teve casas de banho e uma cozinha. Nos alunos semi- cave tinha chuveiros , uma lavanderia com máquinas de venda automática e um ginásio. Mas o que é especial sobre as casas era que os alunos tiveram várias oportunidades para aproveitar o bom tempo, assim como as varandas, o telhado é um grande terraço, rodeado por bancos e parte decks .
 Este edifício é também o volume sólido , interrompido apenas nas fachadas leste e oeste, respectivamente, para as varandas suspensas e janelas.
• Ponte Elemento
 Além de conectar as diferentes alas, ele foi designado para escritórios, a oficina privada de Gropius como um clube ou no parque infantil. Esta ponte incorpora a idéia de uma arquitetura livre do solo, o que não impede o tráfego urbano.
Estrutura
 Uma estrutura de ferro e betão forma o esqueleto do edifício assegurar a unidade do conjunto e permitea existência de três diferentes fachadas , construído com materiais inovadores e frágeis como vidro .
 Construção não é estática como pode parecer completamente concreto, mas é apenas o esqueleto, as superfícies entre eles são em sua maioria alvenaria também andares.
 Materiais
 O movimento moderno aproveitou as possibilidades de novos materiais industriais como concreto, aço e vidro de rolamento plana em grandes dimensões.
 Além destes novos materiais , aqui estão as fachadas típicas gesso branco liso, mas também têm um soquete com reboco e cinza. Esta tomada tem um efeito óptico, porque dá a impressão de que o prédio ainda é mais leve .
 Para além do gesso e cor , são as janelas um dos elementos básicos da estrutura das fachadas . As janelas da Bauhaus são todos de aço , e não de dreno de vidro e simples. Nunca tinha a cor preta, mas cinzento-escuro , a cinza e tem a vantagem , que a partir de uma distância que não reconheceu os quadros , de modo que parece haver uma grande área. Assim, vemos que a Bauhaus trabalhou muito com os efeitos , se ilusões de luz ou óptico, mas assim o fez com a psicologia, porque dependendo estes efeitos também influenciaram as mentes das pessoas que trabalharam e estudaram na mesma.
 Os corredores e as escadas eram pisos de magnesita , escritórios de linóleo em cores diferentes, as paredes foram feitas com uma argamassa de cal .
 O concreto utilizado na construção era de cascalho muito poroso com muito enquanto o revestimento da estrutura de construção foi muito baixa , razão pela qual a estrutura de ferro foi oxidado. O gesso utilizado nas colunas da ponte que tem sido apresentado como o concreto como um alívio que está sendo trabalhado para martelar algo que não é habitual em obras do modernismo .
Um detalhe que mostra que não só era uma construção funcional para a localização dos espaços, mas também no sentido de uso prático, é que , desde o início foi proporcionado um método de limpeza das muitas janelas da construção, constituído por ganchos afirmaram no teto a partir do qual pendurar cordas poderia selas .
O aquecimento central com radiadores espalhados por todo o edifício é um símbolo que indica a intenção de que a Bauhaus estava disposto a cooperar com o setor e demonstrar o uso de novos sistemas tecnológicos. Em algumas áreas, estes radiadores ocupar o lugar que é dedicado à exposição de pintura no período barroco , demonstrando a importância do movimento Bauhaus foi o uso de elementos industriais.
Edifício Bauhaus "em casca" 1926 vista sudeste
Vista sul
Entrada
Vista asa norte
DEMISSÃO DE WALTER GROPIUS
 Em fevereiro de 1928, Gropius pediu seu afastamento da direção da Bauhaus a pretexto de dedicar-se mais a arquitetura em seu escritório particular e indicou para sucedê-lo o arquiteto Hannes Meyer.
HANNES MEYER
  O arquiteto suíço era um aliado do grupo de arquitetos do jornal ABC de inspiração do De Stijl holandês e do construtivismo russo, que desenvolvera a idéia de uma arquitetura radicalmente funcional, e rejeitava inteiramente o conceito de arte. Para eles a arquitetura seria o resultado de um planejamento sistemático desenvolvido a partir dos materiais empregados e das necessidades existentes.
Quando Meyer assumiu a escola estabeleceu que “o fundamental do seu ensino seria dirigido ao construtivo-coletivista-funcional.
 Meyer fez uma reforma na estrutura da escola. O Departamento de Arquitetura foi dividido em duas partes:
Teoria Arquitetônica
Construção Prática.
O curso tinha duração total de 9 semestres.
A Teoria da Arquitetura, com duração de 4 semestres, tinha como disciplinas: aquecimento, estática, ventilação, design de construção, materiais, cálculos dos raios solares e desenho técnico. O Departamento de Construção tinha como atividades: o processamento de projetos para edifícios pequenos, o trabalho em conjunto em “células cooperativas” para encomendas de grande envergadura ( ex: Bairro Törten ) e a tese final e atividades independentes dos estudantes.
Meyer acreditava que a arquitetura deveria ser exercida não apenas por um profissional isolado, mas por uma equipe criativa de vários especialistas ( o especialista em materiais de construção, o mestre condutor de pequenas cidades, o colorista, etc.), que seriam cada um deles um instrumento de cooperação: as células cooperativas.
As teses finais poderiam abordar projetos reais ou fictícios e deveriam conter um conjunto de planos completado por um relatório explicativo.
A pretensão de Meyer foi de formar uma nova geração de arquitetos que percebesse a importância das necessidades sociais e a sua própria responsabilidade social no exercício da arquitetura.
ESCOLA DO SINDICATO DE BERNAU
  Num concurso proposto pela Associação Sindical Alemã para construção da Escola Estatal para a Federação dos Sindicatos de Bernau, Meyer e seu sócio Wittwer e o departamento de arquitetura da Bauhaus apresentaram o projeto vencedor.
No projeto foi concebido um complexo onde as operações de ensino, rotinas diárias e instalações de repouso foram integradas harmoniosamente. Foram construídos 4 blocos residenciais dispostos em “escada”. Os estudantes eram acomodados em quartos duplos, sendo que cada conjunto de 5 quartos duplos era tratado como uma unidade, cujos residentes viviam em conjunto durante a estadia de 4 semanas, durante as refeições, jogos e estudos.
 Havia tres grupos de 10 pessoas em cada um dos 3 andares de blocos residenciais. Um corredor de vidro ligava os blocos de alojamentos oferecendo a vista da paisagem exterior.
 A decoração do interior da escola de Bernau foi feita pelos ateliers de Bauhaus.
 Os arquitetos conseguiram realizar assim uma arquitetura que facilitava a socialização e a vida em comunidade. Para além dos blocos residenciais foi construído um 5º bloco destinado ao pessoal, onde os arquitetos fizeram das 3 chaminés do aquecimento a óleo o motivo dominante da entrada do edifício, talvez tenham procurado simbolizar os 3 pilares do movimento dos operários: cooperativa, sindicato e partido.
Hannes Meyer, Hans Wittwer e o departamento de construção da Bauhaus: Escola Sindical Alemã em Bernau, perto de Berlim, 1928-1930.
Vista do bloco de habitação da Escola Sindical fotografada em Junho de 1931.
DEMISSÃO DE HANNES MEYER 
 Durante a direção de Meyer, a Bauhaus veio a ocupar uma posição contemporânea: critérios sociais e científicos foram tratados como componentes com a mesma importância no processo de elaboração dos projetos. Deu-se prioridade aos ideais cooperativos: cooperação, estandardização, equilíbrio do indivíduo e da sociedade.
 Porém, mais uma vez a política interferia na trajetória da Bauhaus. Pressões políticas de partidos e homens conservadores de direita acusavam a Bauhaus de ter-se tornado uma escola de idéias comunistas e de seu dieretor Hannes Meyer ser ele próprio um deles, e pediam medidas oficiais contra Meyer.
 Com as autoridades resolvidas a exigir a sua demissão mesmo sem argumentos convincentes, Meyer preferiu se demitir do cargo.
A justificativa de que apenas uma Bauhaus  apolítica poderia durar, fornecida pelas autoridades não se mostrou efetiva, pois apenas 2 anos mais tarde a Bauhaus teve suas atividades encerradas por exigência dos nacionais-socialistas numa votação em que apenas os representantes comunistas votaram a favor da Bauhaus.
LUDWIG MIES VAN DER ROHE E O CURSO NOVO NA BAUHAUS
 Miers Van Der Rohe assumiu a direção da Bauhaus em 1930, quando já era considerado um dos maiores arquitetos da vanguarda alemã.
 Uma de suas primeiras providências foi declarar o encerramento do Instituto Superior da Forma e tornar sem efeitos os estatutos da Bauhaus, substituindo-os por outros estatutos que criaram o Curso Novo na Bauhaus.
 Mies dirigiu a escola de modo autoritário desde o início de sua gestão, quando expulsou vários estudantes, fechou alojamentos, exigiu que os alunos passassem por umprocesso de readmissão, além de excluir os representantes dos estudantes do Conselho dos Mestres. Modificou também o objetivo da Bauhaus, que deixou de ter um contexto social para valorizar a formação artesanal, técnica e artística dos estudantes.
O programa da escola foi alterado, passando a ser de 6 semestres a duração do curso.
 Os alunos não teriam mais que passar obrigatoriamente pelo volkurs (curso preliminar) caso saíssem bem na avaliação de seus trabalhos, indo direto para os estudos finais. Os certificados de aprendizagem foram abolidos.
 A importância da arquitetura foi fortalecida. A Bauhaus foi transformada em uma escola de arquitetura à qual um número pequeno de ateliers estava associado.
 Outra decisão polêmica de Mies foi a de abolir a atividade artesanal dos ateliers, e decidir que estes passariam a produzir exclusivamente modelos industriais.
  O curso de arquitetura na Bauhaus era dividido em 3 estágios. O 1º estágio era o curso básico para todos os estudantes, onde se aprendia as bases técnicas: leis de construção, estática, aquecimento e ventilação, estudo de materiais, física e matemática.
Durante a 2ª fase era dado o curso baulehre (teoria arquitetônica), que versava sobre questões teóricas de construção de urbanizações, cujo professor responsável era o arquiteto e urbanista Ludwig Hilberseimer. 
Neste estágio procurava-se soluções que respeitassem alguns princípios:
Todos os apartamentos deveriam ser orientados no sentido leste – oeste a fim de receberem o sol da manhã e da tarde. Surgia assim o estilo de casas em filas , substituindo as casas em bloco.
Urbanizações grandes deveriam incluir edifícios altos e baixos para que houvesse uma estrutura populacional socialmente equilibrada.
 Vários tipos de casas foram desenvolvidos: casas separadas, casas separadas interligadas em forma de L e casas em fileiras. Como modelo para os edifícios altos : as casas “boarding” (para pessoas solteiras, ofereciam serviços), os apartamentos para arrendamento e as casas com acesso pelas varandas, que poupavam escadarias, o que as tornavam econômicas. A casa crescente era também um tópico popular pois oferecia uma solução para a pobreza e a falta de alojamento da época.
 As urbanizações deviam incluir uma infra estrutura correta: os apartamentos para operários deviam ficar próximos das fábricas, enquanto as escolas ficariam próximas 
das residências.
 Os exercícios de Hilberseimer tratavam da relação entre a dimensão da população e a densidade de desenvolvimento e obedeciam à sua visão de “Nova Cidade”, uma cidade planejada adequada às pessoas e ao tráfego.
 Numa 3ª fase, o professor era Mies, que considerava o desenho como o ponto mais importante do projeto, tendo exigido a inclusão do “desenho à mão livre” como matéria no curso básico. Fazia parte dos exercícios de Mies: a concepção de um edifício térreo num pátio residencial, pois ele acreditava que: “quem conseguisse conceber uma casa, conseguiria conceber tudo”. Três tipos de projetos foram propostos:
Casa A – edifício residencial com estúdio.
Casa B – casa separada  de 2 andares.
Casa C – casa uni familiar de 1 andar.
 A filosofia da arquitetura de Mies era a integração do material, da proporção e do espaço, a formarem um todo harmonioso. Era importante também a relação entre o espaço interior e o exterior, entre a privacidade e a vizinhança.
 As diferenças entre Mies e Meyer estavam até mesmo na linguagem empregada, aquilo que Meyer chamava de bauen (construção), Mies chamava de baukunst (arte de construção).
Com Meyer os estudantes aprenderam como fazer uma avaliação das necessidades e obter as soluções de construção.
 Mies suprimiu um aspecto fundamental da formação Bauhaus: a integração da teoria e da prática, agora triunfava a teoria.
 Deixaram de existir os traços da orientação social que caracterizavam as atividades da Bauhaus  dos tempos de Meyer; Mies estava indiferente ás questões sociais, para ele a arquitetura era uma arte, uma confrontação entre: espaço, proporção e material.
FIM DA BAUHAUS  DE DESSAU
  Nas eleições municipais de Dessau os representantes do partido nacional-socialista fizeram campanha contra a Bauhaus que consideravam bolchevista, exigindo seu fechamento, a eliminação imediata de todos os subsídios à escola e a dispensa sem aviso prévio de todos os professores estrangeiros.
Em 22 de agosto de 1932 foi votada uma petição nazista para o encerramento da Bauhaus, os comunistas votaram contra, os social-democratas se abstiveram, enquanto os nazistas, em maioria, fizeram aprovar a moção. A Bauhaus teve então seu funcionamento encerrado por ordem do Conselho Municipal de Dessau.
BAUHAUS EM BERLIM   1932 – 1933
  Após o fechamento da Bauhaus em Dessau, Mies resolveu continuar a escola em Berlim como uma escola privada, assim o Instituto Superior da Forma transformou-se no Instituto Superior de Ensino e Pesquisa Técnica.
A escola ocupou o edifício de uma fábrica de telefones desativada.
 O objetivo da nova escola passou a ser “formar arquitetos que dominem todas as áreas da arquitetura, de pequenos apartamentos a planejamento urbano; não apenas a construção em si, mas o design de interiores e até os tecidos”. O novo curso tinha a duração de 7 semestres e as mensalidades foram aumentadas.Os estudantes que protestaram contra a nova situação foram expulsos imediatamente. No entanto, pouco tempo depois, novamente a política iria influir, e desta vez definitivamente, no funcionamento da escola.
O NAZISMO E O FIM DA BAUHAUS
 Mies van der Rohe seria o último diretor da Bauhaus. Mudaria novamente a sede, em 1932, de Dessau, considerado um lugar de maioria de esquerda, para Berlim. A chegada a Berlim culminou com a ascensão nazista ao poder. Em 1933, Hitler assumiu a chancelaria alemã. O líder nazista sentia-se incomodado pelo modernismo em gestação na Alemanha. O führer tinha outras inclinações estilísticas, herdeiras de uma tradição neoclássica. Queria monumentos grandiosos para um império, que ele previa, teria a duração de mil anos. Dotados de uma visão crítica e racional, os bauhausianos não aceitavam a ideologia nazista. Também os nazistas não aceitavam os Bauhaus, associados ao partido comunista, e às suas obras, longe do ideal clássico por eles ansiado. Com extinção da República de Weimar, também a Bauhaus chegava ao fim, sendo encerrada em Berlim, em 1933. Seus edifícios tornaram-se centros de formação para os oficiais do partido nazista.
 Com o fechamento da escola, a maior parte dos membros da Bauhaus emigrou para os Estados Unidos. Em 1937, Laszlo Moholy-Nagy fundaria, em solo norte-americano a Bauhaus de Chicago. Em seus catorze anos (1919-1933), a Bauhaus criou o que ainda hoje é considerado o mais moderno na estética industrial.
CONCLUSÃO
  Staatliches Bauhaus  (casa estatal de construção) escola de design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda, que funcionou de 1919 a 1933 na Alemanha. Foi uma das primeiras escolas de design do mundo, considerada uma das maiores e mais importantes expressões do Modernismo no design e na arquitetura.
A Bauhaus enfatizava o design cuidadoso e a produção mecanizada.
 Na arquitetura fez predominar o estilo geométrico, limpo e elegante. A Bauhaus propunha a superação de estilos como o barroco. Uma das formas era brincar com os volumes das fachadas.
 A escola revolucionou a forma de ensino da arquitetura e urbanismo ao inserir no currículo disciplinas ligadas às artes. O projeto de ensino da Bauhaus sempre esteve relacionado às suas propostas de mudanças nas artes e no design. Um de seus objetivos era unir e produzir artesanato e tecnologia, com valorização da produção industrial e o desenho de produtos. O estilo arquitetônico e dos bens de consumo deveriam procurar a funcionalidade, custo reduzido, produção em massa, porém sem limitar-se a estes objetivos, para tanto uniu os campos da arte e do artesanato criando produtos altamentefuncionais mas também com atributos artísticos.
 No curso preparatório vorkurs exigido de todos os alunos, nos moldes do curso de desenho básico atualmente exigido em todas as escolas de arquitetura, não se ensinava história, para que não influenciasse as criações dos alunos, pois acreditava-se que tudo deveria ser criado por princípios racionais, e não por padrões herdados do passado.
A Bauhaus congregou importantes criadores de vanguarda, os quais fixaram diretrizes estéticas que iriam prevalecer em todo o mundo durante o séc. XX.
 Porém, como a política acompanhou toda a trajetória da Bauhaus, desde sua criação, confundindo conceitos tão diferentes quanto irreconciliáveis como política e arte, interferindo no funcionamento da escola, com a intolerância ao moderno e a imposição ao clássico, até que por fim no cenário político em vigor na Alemanha de então, a Bauhaus foi fechada.
BIBLIOGRAFIA E WEBGRAFIA
http://www.theartstory.org/movement-bauhaus.htm 
http://virtualiaomanifesto.blogspot.com.br/2009/09/bauhaus-revolucao-na-
arquitetura.html
https://arquiteturaseurbanidades.wordpress.com/2011/04/24/bauhaus-e-sua-arquitetura/
BAUHAUSBAUTEN DESSAU - GROPIUS, Walter. Bauhausbücher series, Bd. 12, München,1928.

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