Buscar

Linfonodos e Baço

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SEMANA 05- LINFONODOS E BAÇO
Linfonodos: conhecido também como gânglios linfáticos, são órgãos encapsulados constituídos por tecido linfoide e que aparecem espalhados pelo corpo, sempre no trajeto de vasos linfáticos. São encontrados na axila, virilha, ao longo dos grandes vasos do pescoço, e em grande quantidade no tórax e no abdômen, especialmente no mesentério. 
Tem um lado convexo e outro com uma reentrância, o hilo, pelo qual penetram as artérias nutridoras e saem às veias. 
Possuem o parênquima sustentado por células reticulares e fibras reticulares. Esse apresenta a região cortical superficial (constituída por tecido linfoide frouxo, que forma os seios subcapsulares e peritrabeculares e por nódulos ou folículos linfáticos, os quais representam condensações esféricas de linfócitos. Ademais, possuem como células predominantes, os linfócitos B, ocorrendo alguns plasmócitos, macrófagos, células reticulares e dendríticas), que se localiza abaixo da capsula, ausente apenas no hilo, e a região medular (é constituída pelos cordões medulares, os quais são separados por seios medulares que recebem a linfa da região cortical e comunicam-se com vasos linfáticos eferentes, formados principalmente por linfócitos B, mas contendo também fibras, células reticulares e macrófagos), que ocupa o centro do órgão e seu hilo. Entre essas duas regiões encontram-se a cortical profunda ou região paracortical (não apresenta nódulos linfáticos e nela predominam linfócitos T, ao lado de células reticulares, alguns plasmócitos e macrófagos).
A circulação da linfa nos linfonodos é unidirecional. Ela atravessa os linfonodos, penetrando pelos vasos linfáticos que desembocam na borda convexa do órgão (vasos aferentes) e saindo pelos linfáticos do hilo (vasos eferentes).
A capsula de tecido conjuntivo denso que envolve os linfonodos envia trabéculas para seu interior, dividindo o parênquima em compartimentos incompletos. 
Funções dos linfonodos: representam filtros da linfa, removendo partículas estranhas, antes que a linfa retorne ao sistema circulatório. 
Os linfócitos deixam os linfonodos pelos vasos linfáticos eferentes, que confluem com outros vasos linfáticos ate se formarem os grandes linfáticos que desembocam nas veias. Pelo sangue essas células retornam aos linfonodos através das vênulas de endotélio alto, encontradas na região paracortical. Os linfócitos possuem em sua membrana glicoproteínas para as quais há receptores nas células endoteliais. Assim, os linfócitos são retidos por ligações fracas com esses receptores e migram, por diapedese, passando entre as células endoteliais. Após atravessarem as vênulas, os linfócitos entram no tecido linfático e finalmente saem do linfonodo pelo vaso linfático eferente. 
Cada linfonodo recebe a linfa de uma determinada região do corpo, da qual ele é chamado de linfonodo satélite. A linfa aferente entra nos seios subcapsulares, passa para os seios peritrabeculares e também pelos nódulos linfáticos, chegando aos seios medulares e finalmente saindo do órgão pelos vasos eferentes. Esse percurso total tem como objetivo diminuir a velocidade do fluxo, o que facilita a fagocitose e a digestão de partículas estranhas pelos macrófagos. Infecções e antígenos provocam mitose de imunoblastos, responsáveis pelo aparecimento de áreas menos coradas no centro dos nódulos linfáticos, denominados centros germinativos. 
Resumo: 
REGIÃO CORTICAL:
Localizado logo abaixo da cápsula
Possui nódulos linfáticos, os quais possuem um centro germinativo (região mais clara bem no seu centro). Lembre-se: nesses folículos há uma maior concentração de linfócitos B
Seio subcapsular: via de passagem da linfa logo abaixo da cápsula
Seio peritrabecular: via de passagem da linfa ao redor das trabéculas 
REGIÃO MEDULAR:
Região mais interna e mais clara
Possui cordões medulares, que correspondem à celularidades. São formados por linfócitos B
Possuem seios medulares, escassos em elementos celulares, em entremeio aos cordões, meio que separando-os (tem a função de diminuir a velocidade da linfa para facilitar a filtração)
OBS: seios são as regiões mais claras e cordões são as regiões mais escuras
REGIÃO PARACORTICAL:
Localizado entre a região cortical e a medular
Tem predominância de linfócitos T
Possuem as chamadas vênulas do endotélio alto, que possuem epitélio cúbico. É através dela que as células retornam do sangue para o linfonodo. 
CIRCULAÇÃO DA LINFA NOS LINFONODOS: vasos aferentes -> seios subcapsulares -> seios peritrabeculares -> nódulos linfáticos -> seios medulares -> vasos eferentes
Baço: É o maior acumulo de tecido linfoide do organismo e no ser humano, é o único órgão linfoide interposto na circulação sanguínea. Por conta disso, esse órgão tem um papel importante de defesa de microrganismos que penetram o sangue, além de ser o órgão responsável por destruir as hemácias desgastadas pelo uso. 
Como os demais órgãos linfáticos, origina linfócitos que passam para o sangue circulante. Além disso, possui papel de responder com rapidez aos antígenos e um grande produtor de anticorpos. 
O baço contem uma capsula de tecido conjuntivo denso, a qual emite trabéculas que dividem o parênquima ou polpa esplênica em compartimentos incompletos. Já a superfície medial do baço apresenta um hilo, onde a capsula mostra maior número de trabéculas, pelas quais penetram nervos e artérias. Saem pelo hilo às veias originadas no parênquima e vasos linfáticos originados nas trabéculas, uma vez que na polpa esplênica não há vasos linfáticos. 
No corte do baço, existem pontos esbranquiçados no parênquima, os quais são nódulos linfáticos que fazem parte da polpa branca, a qual é descontinua. Entre os nódulos há um tecido rico em sangue, a polpa vermelha (formada por estruturas alongadas, os cordões esplênicos ou cordões de Billroth, entre os quais se situam os sinusoides e seios esplênicos). 
A artéria esplênica divide-se ao penetrar o hilo, originando ramos que seguem as trabéculas conjuntivas. Ao deixarem essas estruturas para penetrarem o parênquima, as artérias são imediatamente envolvidas por uma bainha de linfócitos, chamada de bainha linfática periarterial e por isso essas artérias são chamadas de artérias centrais ou artérias da polpa branca. Assim, depois de passar pela polpa branca, as arteríolas são divididas, formando as arteríolas peniciladas. Porém, não há um consenso sobre como o sangue passa dos capilares arteriais da polpa vermelha para o interior de sinusoides, mas a hipótese mais aceita, é que o sangue é lançado nos espaços intercelulares da polpa vermelha e assim é coletado pelas sinusoides, o que evidencia uma circulação aberta no baço. Dos sinusoides, o sangue passa para as veias da polpa vermelha, que se reúnem umas as outras e penetram as trabéculas, formando as veias trabeculares. Essas dão origem à veia esplênica, a qual sai pelo hilo do baço. 
A polpa branca (se cora em roxo): é constituída pelo tecido linfático que constitui as bainhas periarteriais, onde predominam linfócitos T, e pelos nódulos linfáticos, nos quais predominam linfócitos B. 
Entre a polpa branca e a vermelha existe uma zona mal delimitada, chamada de zona marginal, a qual tem papel importante de defesa imune.
Polpa vermelha: é formada por cordões esplênicos ou cordões de Billroth, separados por sinusoides. Esses são constituídos por uma rede de células reticulares e fibras reticulares (colágeno tipo III) que contem outras células, como macrófagos, linfócitos B e T, plasmócitos, monócitos, leucócitos, plaquetas e hemácias. 
Funções do baço: promove a formação de linfócitos, destruição de eritrócitos, defesa do organismo, além de armazenar sangue. A polpa branca produz linfócitos, os quais migram para a polpa vermelha e alcançam o lúmen dos sinusoides, incorporando-se ao sangue lá contido. (Em doenças como leucemia, o baço pode voltar a produzir linfócitos e hemácias, sofrendo um processo de metaplasia mieloide).
Destruição de hemácias: há indicações de que a redução da flexibilidade das hemácias emodificações em sua membrana, os quais são sinais para destruição das hemácias envelhecidas. Assim, os macrófagos dos cordões esplênicos fagocitam hemácias inteiras, as quais são digeridas pelos lisossomos dos macrófagos e a hemoglobina é desdobrada em diversos fragmentos, dando origem a um pigmento chamado de billurubina, a qual é devolvida ao sangue, captada pelas células hepáticas e por fim, excretadas como um dos constituintes da bile. Outro desdobramento da hemoblobina é a proteína globina, a qual é digerida pelo macrófago, ao estado de aminoácidos, os quais são reaproveitados. Já o ferro liberado, pode ser armazenado nos macrófagos sob forma de ferritina ou passar para o sangue, onde se combinará com a transferrina, proteína plasmática de transporte de ferro e assim, é captado por endocitose pelos eritroblastos e reutilizado na síntese de hemoglobina. (Quando há uma esplenectomia aparecem hemácias deformadas e aumenta o numero de plaquetas, o que demonstra que esse órgão é responsável além de destruir hemácias, eliminar as plaquetas).
Defesa contra invasores: Graças aos seus linfócitos T e B, macrófagos e células apresentadoras de antígenos, o baço é um órgão de importante defesa. (Embora tenha importante papel, o baço pode ser removido sem grandes problemas, pois outros órgãos suprem sua falta. Por exemplo, as hemácias envelhecidas passam a ser destruídas pela MOV e fígado).
OBS: O hilo do baço fica na sua superfície medial, e é onde a cápsula mostra uma maior quantidade de trabéculas. Além disso, a polpa vermelha é a responsável pela hemocaterese (cordões esplênicos) ao passo que a polpa branca fica encarregada da ativação e proliferação de linfócitos + monitoração imunológica. 
A circulação: artéria esplênica-> artérias trabeculares -> artérias centrais -> artérias peniciladas (à medida que deixam a polpa branca) ou elipsoides, caso se espessem -> capilares -> CIRCULAÇÃO ABERTA -> seios esplênicos -> vênulas da polpa vermelha -> veias trabeculares -> veia esplênica.

Outros materiais