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CAD 2015 Alimentação escolar 2015

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ALIMENTAÇÃO
ESCOLAR
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BREVE HISTÓRICO DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR
31 de março de 1955 = foi assinado o Decreto n° 37.106, que instituiu a Campanha de Merenda Escolar (CME) 
1956 = passou a se denominar Campanha Nacional de Merenda Escolar (CNME), com a intenção de promover o atendimento em âmbito nacional. 
1979 = o programa passou a denominar-se Programa Nacional de Alimentação Escolar 
Desde sua criação até 1993 programa se deu de forma centralizada - o órgão gerenciador planejava os cardápios, adquiria os gêneros por processo licitatório e distribuía em todo território nacional. 
1994 – Descentralização - execução do programa foi instituída por meio da Lei n° 8.913, de 12/7/94 
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ALIMENTAÇÃO ESCOLAR
RESOLUÇÃO/CD/FNDE Nº 26, DE 2013
Alimentos oferecidos no ambiente escolar, independentemente de sua origem, durante o período letivo, bem como as ações desenvolvidas tendo como objeto central a alimentação e nutrição na escola atendendo todas as normas contidas na Resolução.
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O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) Atualmente
Objetiva contribuir para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de práticas alimentares saudáveis dos alunos, por meio de ações de educação alimentar e nutricional e da oferta de refeições que cubram as suas necessidades nutricionais durante o período letivo.
 As ações de educação alimentar e nutricional são de responsabilidade do ente público educacional.
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O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) Atualmente
Serão atendidos pelo PNAE os alunos matriculados na educação básica das redes públicas federal, estadual, do Distrito Federal e municipal.
 Inclusive as escolas localizadas em áreas indígenas e em áreas remanescentes de quilombos, em conformidade com o censo escolar (ano anterior).
Garante, por meio da transferência de recursos financeiros, a alimentação escolar dos alunos da educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos. 
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SÃO DIRETRIZES DO PNAE:
RESOLUÇÃO/CD/FNDE Nº 26, DE 2013 
I - o emprego da alimentação saudável e adequada, que compreende o uso de alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos alimentares saudáveis, contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento dos alunos e para a melhoria do rendimento escolar, em conformidade com a faixa etária, o sexo, a atividade física e o estado de saúde, inclusive dos que necessitam de atenção específica;
II - a inclusão da educação alimentar e nutricional no processo de ensino e aprendizagem, que perpassa pelo currículo escolar, abordando o tema alimentação e nutrição e o desenvolvimento de práticas saudáveis de vida, na perspectiva da segurança alimentar e nutricional;
III - a descentralização das ações e articulação, em regime de colaboração, entre as esferas de governo;
IV - o apoio ao desenvolvimento sustentável, com incentivos para a aquisição de gêneros alimentícios diversificados, produzidos em âmbito local e preferencialmente pela agricultura familiar e pelos empreendedores familiares, priorizando as comunidades tradicionais indígenas e de remanescentes de quilombos;
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Participam do PNAE:
I - O FNDE, Autarquia Federal vinculada ao Ministério da Educação - MEC responsável pela coordenação do PNAE, estabelecendo as normas gerais de planejamento, execução, controle, monitoramento e avaliação do PNAE, bem como por realizar a transferência de recursos financeiros exclusiva para a compra de gêneros alimentícios;
II – A Entidade Executora – EE, por meio de suas Secretarias de Educação, como responsável pela execução do PNAE, inclusive a utilização e complementação dos recursos financeiros transferidos pelo FNDE e a prestação de contas do Programa, e pelas ações de educação alimentar e nutricional. 
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Participam do PNAE:
 
III - o Conselho de Alimentação Escolar - CAE - colegiado deliberativo, instituído no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
IV – A UEx, como responsáveis pelo atendimento em sua unidade de ensino, por delegação do estado, do município ou do Distrito Federal, ou quando os recursos financeiros forem repassados diretamente pelo FNDE.
Unidades Executoras – UEx entidades representativas da comunidade escolar (caixa escolar, associação de pais e mestres, conselho escolar e similares), responsáveis pelo recebimento dos recursos financeiros transferidos pela EE e pela execução do PNAE em favor das escolas que representam.
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FUNCIONAMENTO
 As entidades executoras (EE) têm autonomia para administrar o dinheiro e compete a elas a complementação financeira para a melhoria do cardápio escolar, conforme estabelece a Constituição Federal. 
	Sendo assim o PNAE tem caráter suplementar, como prevê a Constituição Federal, quando coloca que o dever do “Estado” com a educação é efetivado mediante programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde"
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FUNCIONAMENTO
Os recursos financeiros provêm do Tesouro Nacional e estão assegurados no Orçamento da União. 
O FNDE repassa as parcelas aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às escolas federais (Entidades Executoras) em contas correntes específicas.
Entidades executoras (EE)	complementação financeira
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Transferência
10 parcelas mensais
(1º - fevereiro) 
200 dias letivos
TR = Número de alunos x Número de dias x Valor per capita 
O repasse dos recursos é feito diretamente aos estados e municípios, com base no censo escolar realizado no ano anterior ao do atendimento. 
FUNCIONAMENTO
Cada parcela corresponde a vinte dias de aula. Do total, 70% dos recursos são destinados à compra de produtos alimentícios básicos, ou seja, semielaborados e in natura. 
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R$ 0,30 (trinta centavos de real) para os alunos matriculados no ensino fundamental, no ensino médio e na Educação de Jovens e Adultos – EJA; 
b) R$ 0,50 (cinquenta centavos de real) para alunos matriculados na pré-escola, exceto para aqueles matriculados em escolas localizadas em áreas indígenas e remanescentes de quilombos; 
c) R$ 0,60 (sessenta centavos de real) para os alunos matriculados em escolas de educação básica localizadas em áreas indígenas e remanescentes de quilombos;
 
d) R$ 1,00 (um real) para os alunos matriculados em escolas de tempo integral com permanência mínima de 7h (sete horas) na escola ou em atividades escolares, de acordo com o Censo Escolar do INEP/MEC; 
e) R$ 1,00 (um real) para os alunos matriculados em creches, inclusive as localizadas em áreas indígenas e remanescentes de quilombos; 
A PARTIR DE SETEMBRO DE 2013 0 VALOR PER CAPITA DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR, A SER REPASSADO:
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DADOS ESTATÍSTICOS
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COMPETE AO CONSELHO DE 
ALIMENTAÇÃO ESCOLAR 
I - acompanhar e fiscalizar o cumprimento das diretrizes estabelecidas na forma do art.2º da Lei 11.947;
II - acompanhar e fiscalizar a aplicação dos recursos destinados à alimentação escolar;
III - zelar pela qualidade dos alimentos, em especial quanto às condições higiênicas,bem como a aceitabilidade dos cardápios oferecidos;
IV - receber o relatório anual de gestão do PNAE e emitir parecer conclusivo a respeito,aprovando ou reprovando a execução do Programa.
Os CAEs poderão desenvolver suas atribuições em regime de
cooperação com os Conselhos de Segurança Alimentar e Nutricional.
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O NUTRICIONISTA E O PNAE
Um nutricionista habilitado, deverá assumir responsabilidade técnica do Programa, respeitando as diretrizes previstas na Lei n° 11.947/2009 e nas legislações pertinentes.
Deve respeitar a Resolução CFN nº 465/2010, que dispõe sobre as atribuições do nutricionista no âmbito do PNAE e estabelece parâmetros numéricos mínimos de referencia.
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O NUTRICIONISTA E O PNAE
Compete ao nutricionista:
 coordenar o diagnóstico e o monitoramento do estado nutricional dos estudantes,
 planejaro cardápio da alimentação escolar de acordo com a cultura alimentar, o perfil epidemiológico da população atendida e a vocação agrícola da região,
 acompanhar desde a aquisição dos gêneros alimentícios até a produção e distribuição,
 propor e realizar ações de educação alimentar e nutricional nas escolas.
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ASPECTOS NUTRICIONAIS
 Os cardápios são elaborado por nutricionistas habilitados, respeitando os hábitos alimentares e a vocação agrícola da comunidade - estímulo a agricultores locais
 Os cardápios deverão ser planejados antes do início do exercício financeiro e apresentados ao CAE para sugestões acerca de ajustes necessários.
Teste de aceitabilidade de novos produtos 
O índice deve ser de, no mínimo, 90% para Resto Ingestão e de 85% para Escala Hedônica. 
Não será feito teste na faixa etária de 0 a 3 anos 
Nutricionista é o responsável por 
elaborar o relatório e arquivar por 5 anos.
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ASPECTOS NUTRICIONAIS
Hábitos alimentares e a cultura alimentar da localidade, evitando problemas de aceitação e desperdícios.
Pautar-se na sustentabilidade e diversificação agrícola da região e na alimentação saudável e adequada.
Preferência a alimentos básicos indispensáveis à promoção de uma alimentação saudável (arroz, feijão etc)
Clima da região, época do ano
Primar pela variedade
Idade dos alunos e respectivas médias referencias nutricionais (ANEXO III Resolução 26)
Ao elaborar o cardápio é importante considerar
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ASPECTOS NUTRICIONAIS
Ao elaborar o cardápio é importante
* Evitar calorias vazias;
*Os cardápios deverão oferecer, pelo menos, três porções de frutas e hortaliças por semana (200g/aluno/semana);
* Oferecer quantidade adequada de cálcio
*Restringir enlatados, embutidos, doces, preparações semi-prontas/prontas e desidratadas;
*Controle de ganho de peso - Alimentação x Atividade física
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I – 10% (dez por cento) da energia total proveniente de açúcar simples adicionado; 
II – 15 a 30% (quinze a trinta por cento) da energia total proveniente de gorduras totais; 
III – 10% (dez por cento) da energia total proveniente de gordura saturada; 
IV – 1% (um por cento) da energia total proveniente de gordura trans; 
PARA AS PREPARAÇÕES DIÁRIAS DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR, RECOMENDA-SE NO MÁXIMO: 
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V – 400 mg (quatrocentos miligramas) de sódio per capita, em período parcial, quando ofertada uma refeição; 
VI – 600 mg (seiscentos miligramas) de sódio per capita, em período parcial, quando ofertadas duas refeições; e 
VII – 1.400 mg (mil e quatrocentos miligramas) de sódio per capita, em período integral, quando ofertadas três ou mais refeições. 
 Parágrafo único: A oferta de doces e/ou preparações doces fica limitada a duas porções por semana, equivalente a 110 kcal/porção. 
PARA AS PREPARAÇÕES DIÁRIAS DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR, RECOMENDA-SE NO MÁXIMO: 
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Os cardápios deverão ser planejados, de modo a atender, em média, às necessidades nutricionais estabelecidas na forma do disposto nos Anexo III da resolução 26/2013 de modo a suprir:
I – no mínimo 30% (trinta por cento) das necessidades nutricionais, distribuídas em, no mínimo, duas refeições, para as creches em período parcial; 
II – no mínimo 70% (setenta por cento) das necessidades nutricionais, distribuídas em, no mínimo, três refeições, para as creches em período integral, inclusive as localizadas em comunidades indígenas ou áreas remanescentes de quilombos; 
III – no mínimo 30% (trinta por cento) das necessidades nutricionais diárias, por refeição ofertada, para os alunos matriculados nas escolas localizadas em comunidades indígenas ou em áreas remanescentes de quilombos, exceto creches; 
ASPECTOS NUTRICIONAIS
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IV – no mínimo 20% (vinte por cento) das necessidades nutricionais diárias quando ofertada uma refeição, para os demais alunos matriculados na educação básica, em período parcial; 
V – no mínimo 30% (trinta por cento) das necessidades nutricionais diárias, quando ofertadas duas ou mais refeições, para os alunos matriculados na educação básica, exceto creches em período parcial; e 
VI – no mínimo 70% (setenta por cento) das necessidades nutricionais, distribuídas em, no mínimo, três refeições, para os alunos participantes do Programa Mais Educação e para os matriculados em escolas de tempo integral. 
 Porção diferenciada por faixa etária e preparações para 
 necessidades específicas.
 Cabe ao nutricionista responsável técnico a definição do horário e do alimento adequado a cada tipo de refeição, respeitada a cultura alimentar. 
ASPECTOS NUTRICIONAIS
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O que significa uma alimentação com qualidade nutricional?
Garantia higiênico sanitária
Adequações nutricionais que estimulem os bons hábitos alimentares e considere a interação entre os nutrientes (biodisponibilidade)
Quantidade servida deve contemplar as necessidades nutricionais para promover o bom estado nutricional
Adequações organolépticas (sabor, aspecto, harmonia de texturas e cores, temperatura, variedade)
Respeito ao hábito alimentar e adequação
Ambiente adequado para realizar as refeições
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CONDIÇÕES ESPECIAIS
Diabetes
Doença Celíaca
Sobrepeso
Desnutrição
O que fazer
???
Anemia
Intolerância a lactose
Alergias alimentares
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EDUCAÇÃO
ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Conjunto de ações formativas que objetivam estimular a adoção voluntária de práticas e escolhas alimentares saudáveis, que colaborem para a aprendizagem, o estado de saúde do escolar e a qualidade de vida do indivíduo.
Exemplos de estratégias: a oferta da alimentação saudável 
na escola, a implantação e manutenção de hortas escolares pedagógicas, a inserção do tema alimentação saudável no currículo escolar, a realização de oficinas culinárias
experimentais com os alunos, a formação da comunidade escolar.
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EDUCAÇÃO
ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Eixos prioritários:
I - ações de educação alimentar e nutricional, considerando os hábitos alimentares como expressão de manifestações culturais regionais e nacionais;
II - estímulo à produção de hortas escolares para a realização de atividades com os alunos e a utilização dos alimentos produzidos na alimentação ofertada na escola;
III - estímulo à implantação de boas práticas de manipulação de alimentos nos locais de produção e fornecimento de serviços de alimentação do ambiente escolar;
IV - restrição ao comércio e à promoção comercial no ambiente escolar de alimentos e preparações com altos teores de gordura saturada, gordura trans, açúcar livre e sal e incentivo ao consumo de frutas, legumes e verduras; e
V - monitoramento da situação nutricional dos escolares.
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EDUCAÇÃO
ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Deve ser feita com alunos, com os pais, as merendeiras e os professores. Todos podem influenciar positivamente a aquisição de bons hábitos alimentares.
É responsabilidade do nutricionista e exige criatividade e dedicação, mas vale a pena investir.
O FNDE fomentará Centros Colaboradores em Alimentação e Nutrição
do Escolar e/ou Centros de Referência por meio de parcerias com Instituições e Entidades de Ensino e Pesquisa e Associações Técnico-científicas, para que possam prestar apoio técnico e operacional na implementação da alimentação saudável nas escolas, bem como o desenvolvimento de outras ações pertinentes à boa execução do Programa.
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EDUCAÇÃO NUTRICIONAL
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Do total dos recursos financeiros repassados pelo FNDE, no âmbito do PNAE, no mínimo 30% (trinta por cento) deverão ser utilizados na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações.
Alimentação escolar e agricultura familiar
A aquisição dos gêneros alimentícios, no 
âmbito do PNAE, deverá obedecer ao 
cardápio planejado pelo nutricionista 
e será realizada, sempre que possível, no 
mesmo ente federativo em que se 
localizam as escolas.
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