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EDUCAÇÃO CORPORATIVA 1 Aula 6: A educação corporativa e a tese das polarizações ........................................................... 2 Introdução ............................................................................................................................. 2 Conteúdo ................................................................................................................................ 3 Polarização das Competências ....................................................................................... 3 Toyotismo e Fordismo ...................................................................................................... 4 Universidades Corporativas ............................................................................................. 5 O desenvolvimento de competências e a educação corporativa ........................... 7 Diferentes perspectivas sobre o tema competências ................................................. 8 Distintas visões sobre as competências ........................................................................ 9 Crítica à pedagogia das competências........................................................................ 10 Conclusão ......................................................................................................................... 11 Atividade proposta .......................................................................................................... 13 Referências........................................................................................................................... 13 Exercícios de fixação ......................................................................................................... 14 Chaves de resposta ..................................................................................................................... 18 Aula 6 ..................................................................................................................................... 18 Exercícios de fixação ....................................................................................................... 18 EDUCAÇÃO CORPORATIVA 2 Introdução Nesta aula você estudará a tese da polarização, a qualificação profissional contrapondo as competências. Vamos olhar esses assuntos do ponto de vista da importância da educação corporativa para a formação continuada e desenvolvimento de competências dos colaboradores. Indicamos que realize as leituras sugeridas, uma vez que servem para ilustrar e aprofundar o assunto abordado em nossa aula. Esperamos instigar você para investigar na Internet leituras complementares que venham a enriquecer seus estudos. Vamos em frente e bons estudos! Objetivo: 1. Apresentar as bases da tese da polarização e seu contraponto com o desenvolvimento de competências; 2. Mostrar a contribuição da educação corporativa para o desenvolvimento de competências. EDUCAÇÃO CORPORATIVA 3 Conteúdo Polarização das Competências O avanço das universidades corporativas está relacionado às mudanças no mundo do trabalho e às necessidades de formação e capacitação de trabalhadores para o contexto em que a produção se encontra em pleno século XXI. As ações de educação corporativa estão crescendo, mas há questões ainda não resolvidas sobre a qualificação do trabalhador e que acabam reverberando nas iniciativas das Universidades Corporativas. A discussão em torno do capital e da exploração do trabalhador ainda não está solucionada. O quanto podemos avançar nos processos de educação dos trabalhadores sem sentimento de culpa por construirmos planos de ensino que atenderão ao sistema produtivo? E como podemos contemplar os anseios desses colaboradores por uma formação que lhe propicia autonomia, desperte sua cidadania, seu espírito criativo, e que em algumas situações podem estar fora do escopo de prioridades da empresa? Silva e Shneider (2014) salientam que os modelos de produção de massa taylorista e fordista foram confrontados por um modelo de produção mais flexível. Esse novo padrão (toyotismo) aproximaria a concepção, o controle e execução, acionando aos poucos as competências dos trabalhadores. Enfim, o toyotismo tem como uma de suas bases o trabalho cooperativo, a atividade em equipe, trabalhadores polivalentes e multifuncionais. Os profissionais conseguem ter uma visão plena do processo de produção e, portanto, podem intervir, resolver problemas, propor soluções etc. (HIRATA, 2013). Henrique Nou Schneider Fonte: http://tinegociosse.com.br/ Acesso em: 18 de fev. 2015. EDUCAÇÃO CORPORATIVA 4 O toyotismo tem como base a polivalência e a rotação de tarefas. O trabalhador tem uma visão do conjunto do processo do trabalho. Toyotismo e Fordismo Entendemos que para os padrões apresentados de produção é rígida a definição das funções e tarefas. Toyotismo O toyotismo tem uma proposta antagônica que propõe um parâmetro de flexibilização da produção e das tarefas. Entendemos que para os padrões apresentados de produção é rígida a definição das funções e tarefas. Fordismo Já o fordismo, por exemplo, tem regras de operação rigorosas, prescritas para que sejam seguidos pelo trabalhador, regulamentos que disciplinam a tarefa, considerando, inclusive, o aspecto comportamental, por exemplo, a prática profissional realizada em silêncio, sem comunicação entre os pares. Esse procedimento se contrapõe ao princípio do trabalho colaborativo proposto pelo toyotismo (HIRATA, 2013). Toyotismo Quadro 1 – Comparação entre os modelos taylorista e fordista X toyotismo Elaborador a partir das leituras de Hirata (2013 ) TAYLORISMO E FORDISMO TOYOTISMO SISTEMA DE PRODUÇÃO RÍGIDO SISTEMA DE PRODUÇÃO FLEXÍVEL FUNÇÕES DEMARCADAS PARA OS TRABALHADORES TRABALHADORES POLIVANTES E MULTIFUNCIONAIS TAREFAS INDIVIDUALIZADAS ATIVIDADES COLABORATIVAS EDUCAÇÃO CORPORATIVA 5 A qualificação de trabalhadores sofre a influência desses modelos de produção e que se desdobram em dois padrões que podem ser identificados: o primeiro definido como qualificação formal para o modelo tradicional de produção; já o segundo identifica a qualificação tácita como prática do sistema flexível. É importante salientar que há empresas em que o modelo fordista de produção ainda é adotado. Contudo, existem as ilhas para a produção flexível. Sendo assim, os dois modelos podem coexistir dentro da mesma empresa, o que exige da Universidade Corporativa planejar ações educacionais de forma a atender essas duas realidades. Universidades Corporativas Os profissionais que atuam nas Universidades Corporativas e que precisam estar atentos às mudanças do mundo do trabalho, dos sistemas de produção e seus impactos para a empresa e seus negócios também carecem pensar os aspectos educacionais das ações que são traduzidas em: escolhas metodológicas; o tipo de abordagem que será adotada para a aprendizagem; tecnologias; parceiros; operacionalização de seus programas etc., inclusive, relevando o tipo de educação para o sistema de produção vigente. Um dos pontos que precisamos ressaltar é que com toyotismo a aprendizagem baseada no conhecimento tácito se tornou um ponto de discussão de estudiosos da educação e do mundo do trabalho. Há controvérsias entre o desenvolvimento de propostas de qualificação e o desenvolvimento de competências. Correntes teóricas se confrontam contra ou a favor de suas tendências. Cabe ao gestor da universidade corporativa e sua equipeanalisarem o contexto no qual a organização está inserida e buscar as melhores soluções, as mais inovadoras e que se adequem ao cenário. Os profissionais que atuam nas Universidades Corporativas e que precisam estar atentos às mudanças do mundo do trabalho, dos sistemas de produção, EDUCAÇÃO CORPORATIVA 6 também devem estar atentos às ações educacionais e situações de aprendizagem que irão empreender. No caso da flexibilização da produção surgiu a necessidade de uma aprendizagem mais direcionada para a ação no chão de fábrica. Foi preciso rever a formação de trabalhadores para que se pudesse contar com profissionais polivantes e multifuncionais. Hirata (2013) distingue dois padrões de educação ajustados a esses sistemas produtivos: o primeiro é a educação formal (qualificação formal) mais ligada ao sistema de produção rígido, e o segundo, a qualificação tácita para o modelo flexível (toyotismo). Essa ambivalência traz para a pauta de nosso estudo a tese das polarizações das qualificações, ou seja, qualificações de alguns em detrimento de outros e o aparecimento do modelo de competências. Para que você possa entender melhor o que significa a tese da polarização das qualificações, imaginemos uma empresa de linha taylorista com dois grupos de trabalhadores. Um deles afastado das possibilidades e oportunidades de ser qualificado, e o outro grupo com colaboradores submetidos a uma série de programas educacionais e que se tornam qualificados para a produção. Logo, na mesma empresa, teremos coexistindo duas realidades: trabalhadores desqualificados e qualificados. Hirata (2013), em um de seus estudos sobre a tese da polarização das qualificações, explica que: O debate aberto por Braverman no inicio dos anos setenta em torno da desqualificação inelutável, gradual, progressiva como consequência do aprofundamento da divisão do trabalho no capitalismo teve uma de suas variantes consagradas durante um período relativamente longo: a tese da polarização das qualificações. Segundo essa tese, a modernização tecnológica estaria criando, de um lado, uma massa de trabalhadores desqualificados, de EDUCAÇÃO CORPORATIVA 7 outro, um punhado de trabalhadores superqualificados. As novas tecnologias reforçariam a divisão do trabalho e a desqualificação da mão de obra. A tese da polarização das qualificações, simplesmente, apresenta um panorama no qual o antigo sistema produtivo fragmentava a força de trabalho. As tecnologias serviam de mola propulsora para que a empresa tivesse trabalhadores qualificados submetidos aos procedimentos formais de qualificação por meio de componentes organizados e explícitos, viabilizados pelas escolas, formação técnica e educação profissional. Por outro lado, crescia a massa de trabalhadores desqualificados dentro das empresas. Essa tendência sofre uma quebra nos anos 80, a partir do momento em que o novo sistema de produção inicia a requalificação dos trabalhadores e o ingresso da microeletrônica no chão de fábrica. Emergem as empresas qualificadoras, que, nesse momento, privilegiam conhecimentos e atitudes distintos das qualificações formais. Tratava-se do novo modelo emanado das indústrias japonesas Esse novo padrão industrial, ao tratar de forma mais flexível à produção, passou a valorizar a qualificação tácita (denominada de social ou informal), adotada para se implantar as novas tecnologias nas empresas. Assim, o modelo de polarização das qualificações foi suplantado pelo modelo de competências, um padrão pós- taylorista. O desenvolvimento de competências e a educação corporativa Como pudemos ver em nossa aula, a mudança da polarização das qualificações para o modelo de competências foi uma transformação promovida com a entrada de novas tecnologias no sistema produtivo, a necessidade de inovação e um novo perfil de profissional polivalente. Para alguns autores, o novo modelo de produção tem suas dificuldades. Hirata (2013), por exemplo, aponta que a divisão de tarefas no chão de fábrica não é EDUCAÇÃO CORPORATIVA 8 igual, os homens são demandados para muitas tarefas, enquanto as mulheres ocupam um segundo plano na produção. O espaço feminino, de forma geral, está crescendo em nossa sociedade e, hoje, a mulher já consegue ocupar postos significativos nas organizações, antes só ocupados por homens. Mas, sabemos que há muito que avançar, e isso depende das organizações, movimentos de trabalhadores e de políticas públicas que firmem o espaço da mulher no âmbito do trabalho em todos os espaços. Helena Hirata Fonte: http://recherche.parisdescartes.fr Acesso em: 19 de fev. de 2015. Diferentes perspectivas sobre o tema competências Entre nós especialistas há posicionamentos distintos sobre as oportunidades e dificuldades do sistema de produção flexível. No que se refere à questão das competências, Silva e Schneider (2014) ressaltam que essas controvérsias nos enriquecem no sentido de termos diferentes opiniões sobre o mesmo ponto e descobrirmos suas contribuições e contradições. Conheça a opinião de três grandes estudiosos do tema. Le Boterf alia a competência ao saber + fazer e a mobilização de um conjunto de recursos de personalidade do trabalhador para resolver um problema (RICARDO, 2012). Le Boterf Fonte: http://www.cibcsudaquitaine.net/ Acesso em: 19 de fev. 2015. Zarifian aborda a questão do uso das tecnologias e das competências como uma nova forma de qualificação, que desenvolveria as capacidades dos EDUCAÇÃO CORPORATIVA 9 trabalhadores para o enfrentamento de situações inesperadas na produção (SILVA; SCHNEIDER, 2014). Zarifian (2003) salienta que o novo modelo teria sua atenção colocada não apenas nas qualidades que o trabalhador possui, mas também nas que ele poderia adquirir em um processo de produção qualificante. O novo conteúdo das qualificações promoveria a aquisição contínua de competência. Segundo o estudioso, competência é a capacidade de assumir responsabilidades frente a situações de trabalho complexas, aliada ao exercício sistemático de uma reflexividade no trabalho. Zarifian Fonte: http://philippe.zarifian.pagesperso-orange.fr Acesso em: 19 de fev. 2015. Marize Ramos (2014) sinaliza que esse é o momento em que surge a oportunidade para a valorização do conhecimento, recuperação do controle do saber e da produção pelo trabalhador. Marise Ramos Fonte: https://compartilharepsjv.files.wordpress.com Acesso em: 19 de fev. 2015. Distintas visões sobre as competências Como cada um desses estudiosos apresenta sua visão em torno do que consideram a questão das competências, vamos ver uma síntese com pontos principais sobre suas opiniões. EDUCAÇÃO CORPORATIVA 10 Le Boterf (2003, p. 23) “Essa abordagem permite reencontrar o sujeito portador e produtor de competências”. “Diante das exigências incessantes de renovação e de adaptação dos produtos e serviços, e da necessidade de inovar, torna-se indispensável renovar os conhecimentos e as competências, colocando-se em situação de aprendizagem permanente”. Zarifian (2003, p. 137) “Competência é uma inteligência prática das situações, que se apoia em conhecimentos adquiridos e os transforma à medida que a diversidade das situações aumenta”. Marise Ramos (2014) “Esse deslocamento da qualificação para as competências no plano do trabalho produziu, no plano pedagógico, outro deslocamento, a saber: do ensino centrado em saberes disciplinares para umensino definido pela produção de competências verificáveis em situações e tarefas específicas e que visa a essa produção, que caracteriza a ‘pedagogia das competências’”. Crítica à pedagogia das competências Certamente, você deve estar começando a formar sua opinião sobre esse tema e terá a oportunidade de expressar suas conclusões. Mas, com certeza já sabemos que a questão das competências é um momento que irá perdurar no sistema produtivo e que as universidades corporativas terão que lidar com tal situação, criando programas educacionais direcionados para desenvolver as competências estratégicas para esse momento do sistema de produção. O que também intuímos por meio de nossas leituras é que há um jogo de poder do sistema que trabalha com a possibilidade de criar sempre mecanismos de EDUCAÇÃO CORPORATIVA 11 maior ganho, mais lucro em tempo menor. O trabalhador, na verdade, tem que estar atento à essas variações do mercado e se manter atualizado permanentemente. Todavia, há uma questão, o trabalhador, o profissional produz apenas para o capital? Qual é o lugar de seu bem-estar, saúde, direitos e realizações? Em função dessas indagações é que Marize Ramos chama atenção e critica a pedagogia das competências, pois vê nessa proposta a exploração do trabalhador pelo capital, possibilidades de ganhos e formação, mas que atendem aos interesses do empresariado. Acredita que o modelo favorece as corporações, deixando de lado a educação básica e a profissionalização do trabalhador. Conclusão E qual é a posição das universidades corporativas diante das dicotomias apresentadas? Como você vê sua atuação e as escolhas que precisa realizar para operacionalizar os programas de educação corporativa? A educação corporativa tem alternativas muito interessantes entre suas possibilidades e limites, despertar a cidadania do trabalhador é essencial, a cidadania corporativa, mas a social também, pensar que as ações empreendidas e que os programas para o desenvolvimento de competências estratégicas para o trabalho, podem significar fidelização do trabalhador à organização, ou, então, a sua preparação para uma nova empresa, uma nova oportunidade de emprego ou sua melhoria profissional dentro da própria organização. No Brasil, as universidades corporativas estão crescendo a cada dia, mas também é verdade que ainda há aquelas que usam o título, colocam um site no ar e uma grade de cursos a distância e vídeoaulas e já se denominam EDUCAÇÃO CORPORATIVA 12 universidades corporativas. Porém, não atendem diversos requisitos apresentados por Meister para a criação de uma unidade de aprendizagem denominada Universidade Corporativa e nem sequer empreende ações ou investimentos significativos em programas educacionais que façam a diferença, não mapeiam competências, não desenham os itinerários formativos, não desenvolvem um projeto político pedagógico ou criam espaços de salas de aula ou capacitam seu próprio corpo docente ou criam parcerias com universidades ou escolas técnicas. São ainda os setores de treinamento travestidos de falsas academias e que de fato não estão comprometidos com a educação do trabalhador e com as possibilidades ou com a diferença que possam fazer na vida desses profissionais e em suas carreiras. Esse é um bom momento para pensar se você quer realmente atuar na educação de trabalhadores nas organizações, refletir sobre aprendizagem ou se quer fazer do seu setor de treinamento mais um espaço físico bonito chamado de escola de líderes. Se não nos questionarmos sobre o papel das universidades corporativas e de sua gestão e equipe técnica, vamos praticar as mesmas ações de qualificação e desqualificação de trabalhadores cometidas pelo antigo modelo, a educação corporativa irá perder sua oportunidade de abrir espaços reais, irá reduzir seu campo de atuação e a prática da gestão do conhecimento perderá sua validade e suas possibilidades de ajudar a criar o conhecimento organizacional e ao mesmo tempo, desenvolver os profissionais para produzir conhecimentos e desenvolver seu aspecto social, levando em consideração sua integração no mundo em que vive. EDUCAÇÃO CORPORATIVA 13 Atividade proposta Hora de pararmos para refletir sobre tudo o que aprendemos e expressar o que apreendemos depois de todas as leituras e atividades realizadas. Vamos retomar a nossa reflexão em torno do filme Tempos Modernos. Responda: Qual é o papel do educador no espaço empresarial? Chave de resposta: Certamente, o educador engajado no espaço empresarial tem o compromisso com o desenvolvimento de ações educacionais direcionadas para que sejam atingidos os objetivos estratégicos da organização. Contudo, o aspecto da humanização dos postos de trabalho é fundamental nas empresas atuais. Esse é um aspecto a ser considerado quanto ao papel social da educação no espaço do trabalho e quanto mais o trabalhador se sentir acolhido melhor irá aprender, mais ele irá se desenvolver e, hoje, a retenção de talentos se tornou fundamental para as organizações diante do apagão de mão de obra. Material complementar Para saber mais sobre a tese da polarização das qualificações e sobre a história do sistema produtivo, assista aos vídeos disponíveis em nossa galera de vídeo. Referências HIRATA, H. Da polarização das qualificações ao modelo da competência. In.: FERRETI, C.J. et al.( Orgs.). Novas tecnologias, trabalho e educação: um debate multidisciplinar. Petróplis: Vozes, 2013. p. 128-142. LE BORTERF, Guy. Desenvolvendo a competência dos profissionais. Porto Alegre: Artmed, 2007. RAMOS, M.N. Pedagogia das Competências. Disponível em: http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/pedcom.html. Acessado em: 10 nov 2014. EDUCAÇÃO CORPORATIVA 14 RICARDO, E.J. Educação corporativa e aprendizagem: as práticas pedagógicas na era do conhecimento. Qualitymark: Rio de Janeiro, 2012. SILVA, A.P.; SCHNEIDER, H.N. Reflexões sobre a utilização das tecnologias da informação e da comunicação em programas de educação corporativa. Disponível em: http://scientiaplena.org.br/sp/article/download/131/22. Acessado em 10 nov. 2014. ZARIFIAN, P. O modelo de competência: trajetória histórica, desafios atuais e propostas. São Paulo: Senac SP, 2003. Exercícios de fixação Questão 1 Marque a opção que indica um dos antigos modelos de produção adotadas no sistema produtivo: a) Toyotismo b) Neotoytismo c) Neofordismo d) Fordismo Questão 2 Marque a opção correta: a) O modelo de produção taylorista se manteve como um sistema de produção de massa até o surgimento do fordismo como um modelo diferenciado de produção. b) O toyotismo aproxima as fases de concepção, controle e execução no sistema de produção. c) O fordismo tem como característica o trabalho multifuncional. Questão 3 Coloque F para as sentenças falsas e V para as verdadeiras. I. O toyotismo tem como uma de suas bases o trabalho cooperativo. EDUCAÇÃO CORPORATIVA 15 II. Um dos fundamentos do toyotismo propõe a adoção de profissionais polivalentes. III. Os trabalhadores do sistema toyotista tem uma visão fragmentada do processo de produção. IV. O toyotismo propõe que o trabalhador passe no seu cotidiano do trabalho pela rotação de tarefas no sistema de produção. A sentença correta é: a) I – V; II – V; III – F; IV – V. b) I – F; II – V; III – V; IV – F. c) I – F; II – F; III – F; IV – V. Questão 4 Analise as afirmativas: I - Os sistemas de produção tayloristae fordista possuem como característica a rigidez. II - Os sistema fordista e taylorista se baseiam na individualização das tarefas. III - Há empresas que conciliam o sistema tradicional e o novo modelo, usando ilhas de produção flexível. Marque a alternativa correta: a) Apenas as afirmativas I e III estão corretas. b) Nenhuma das afirmativas está correta. c) Todas as afirmativas estão corretas. d) Todas estão incorretas. Questão 5 Marque falso ou verdadeiro: Ao relacionarmos os termos qualificação e polarização das competências, podemos afirmar: a) C; C; Q, Q b) C; Q; Q, C c) Q; C; Q, C. EDUCAÇÃO CORPORATIVA 16 Questão 6 Marque falso ou verdadeiro: Ao relacionarmos os termos qualificação e polarização das competências, podemos afirmar: ( ) A) Hirata (2013) distingue dois padrões de educação ajustados a esses sistemas produtivos: o primeiro é a educação formal e o segundo ao modelo de especialização flexível. ( ) A qualificação formal está ligada ao sistema de produção rígido e a polarização das competências à qualificação tácita ( toyotismo). ( ) Se com o fordismo temos uma massa desqualificada de trabalhadores, no modelo flexível encontramos um grupo de trabalhadores altamente qualificados. Questão 7 Observe as sentenças abaixo: I. O modelo de competências foi uma transformação promovida com a entrada de _______________________no sistema produtivo. II. É bom conhecer __________________perspectivas sobre o tema competências. III. A divisão de tarefas não é igual no _____________, os homens são demandados para muitas ____________, enquanto as mulheres ocupam um segundo plano na__________________________. A palavras que correspondem as lacunas são: a) I. novas tecnologias; II. diferentes; III. chão de fábrica, tarefas, produção. b) I. diferentes tarefas; II. novas; III. chão de fábrica, tarefas, gestão. c) I. teorias capitalistas; II. tradicionais; III. chão de fábrica, tarefas, produção. Questão 8 Preencha com C (certo) ou E (errado) para as sentenças abaixo: EDUCAÇÃO CORPORATIVA 17 I. Zarifian trata a questão do uso das tecnologias e das competências como uma nova forma de qualificação. II. Para Zarifian (2003) competência é a capacidade de assumir responsabilidades frente a situações complexas. III. Segundo Zarifian ( 2003) os trabalhadores não conseguiriam com o novo modelo resolver problemas inesperados. a) I – C; II – E; III – E. b) I – C; II – C; III – E. c) I – E; II – C; III – C. Questão 9 Relacione as visões sobre competências aos seus autores; (L) Le Boterf (Z) Zarifian (M) Marise Ramos I. ( ) Houve um deslocamento do ensino centrado em saberes disciplinares para um ensino definido pela produção de competências. II. ( ) Competência é uma inteligência prática das situações que se apoia em conhecimentos adquiridos e os transforma à medida que a diversidades das situações aumenta. III. ( ) Essa abordagem permite reencontrar o sujeito portador e produtor de competências. A sequencia correta é: a) I – M; II – Z; III – L. b) I – B; II – M; III – Z. c) I – L; II – B; III – L. Questão 10 Marque a alternativa incorreta. Diante do cenário das Universidades Corporativas e seu compromisso com o desenvolvimento de competências e a educação do trabalhador, podemos afirmar que: EDUCAÇÃO CORPORATIVA 18 a) Ainda há no Brasil setores de treinamentos que não se transformaram em universidades corporativas e que se denominam como tal. b) Está havendo um retrocesso nas universidades corporativas no Brasil. Desde o início da pedagogia das competências as universidades corporativas diminuíram. c) Uma das possibilidades das Universidades Corporativas é desenvolver profissionais para produzir conhecimento, levando em consideração seu ser social, auxiliando em sua integração no mundo em que vive. Questão 11 São possibilidades de atuação das universidades corporativas diante da dicotomia homem e trabalho: I. Despertar o trabalhador para o seu papel de cidadão na sociedade. II. Preparar o profissional para uma melhoria dentro da organização. III. Desenvolver programas educacionais que estimulem a fidelização do trabalhador à empresa. a) Todas as afirmativas estão corretas. b) Apenas I e II estão corretas. c) Nenhuma das afirmativas está correta. Aula 6 Exercícios de fixação Questão 1 - D Justificativa: O fordismo é o antigo padrão do sistema de produção em que as tarefas são rigidamente estabelecidas e prescritas para serem seguidas. Inclusive, tal modelo de produção interferia no comportamento dos trabalhadores não estimulando o trabalho colaborativo. EDUCAÇÃO CORPORATIVA 19 Questão 2 - B Justificativa: Como vimos em nossas aulas, o fordismo não foi o modelo novo que surgiu, mas o toyotismo, que inclusive trazia a proposta do trabalho multifuncional. Questão 3 - A Justificativa: A afirmativa III é falsa, pois os trabalhadores do sistema toyotista tem uma visão global do processo de produção. Questão 4 - D Justificativa: Todas as respostas indicam características dos distintos sistemas de produção. Inclusive, a convivência em uma mesma organização de um modelo misto de produção. Questão 5 - B Justificativa: A qualificação tácita é uma das características do modelo de competências que se contrapõem ao padrão formal de qualificação realizado pelas escolas, cursos técnicos e profissionalizantes. No modelo por competências os trabalhadores são requalificados, enquanto no modelo de polarização das qualificações somente um grupo é qualificado e os demais são desqualificados. Questão 6 - V, V, V Justificativa: Como foi possível compreender, a qualificação tácita que é uma das características do modelo de competências que se contrapõem ao padrão formal de qualificação realizado pelas escolas, cursos técnicos e profissionalizantes. Questão 7 - A Justificativa: No segundo tópico de nossa aula pudemos observar que as novas tecnologias formam a base do novo sistema produtivo. Esse novo modelo promoveu discussões e diferentes perspectivas sobre o tema competências, EDUCAÇÃO CORPORATIVA 20 inclusive sobre a divisão do trabalho, sendo que nesse padrão os homens seriam mais aproveitados para muitas tarefas, e as mulheres assumiriam outras tarefas em segundo plano na produção. Questão 8 - B Justificativa: A afirmativa III está incorreta, pois, para Zarifian, os trabalhadores com o novo modelo, o uso das tecnologias e o desenvolvimento de competências está preparado para resolver problemas inesperados. Questão 9 - A Justificativa: A sequencia I corresponde à Marise Ramos, a II a Zarifian e a II a Le Boterf. Questão 10 - B Justificativa: A resposta B está incorreta, pois na verdade as universidades corporativas estão em expansão. Questão 11 - A Justificativa: Todas as respostas estão corretas, pois a Universidade Corporativa também tem um compromisso com o trabalhador e com o desdobramento de suas ações educacionais no desenvolvimento desse colaborador.
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