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1 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA (___) VARA 
DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE (___), ESTADO DE (___) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR, pessoa jurídica de 
direito privado SEM FINS LUCRATIVOS, inscrita no CNPJ sob o no (___), sediada 
na Rua (___), n.(___), (bairro), (CEP), (município), (estado), através de seu 
representante legal, Administrador, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no 
CPF/MF sob o n. (__) e portador do RG n.(__), por intermédio de seu advogado infra-
assinado, com escritório profissional situado na Rua (___), n.(___), (bairro), (CEP), 
(município), (estado), endereço eletrônico: (e-mail), onde recebe notificações e 
intimações, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, apresentar: 
 
AÇÃO ANULATÓRIA DE LANÇAMENTO FISCAL COM PEDIDO DE 
TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA 
 
Em face do MUNICÍPIO (NOME), pessoa jurídica de direito público interno, com 
sede na Rua (___), n.(___), (bairro), (CEP), (município), (estado), podendo ser citada na 
pessoa do Procurador, com fundamento no art. 38 da Lei 6.830/80, art. 151, V e 156, X 
da Lei n. 5.172/1966 (Código Tributário Nacional) e art. 300, §2o do Novo Código de 
Processo Civil, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. 
 
 
 
 
 
2 
 
1. DOS FATOS 
 
A Requerente é uma instituição de ensino superior, sem fins lucrativos e explora, 
em terreno de sua propriedade, serviço de estacionamento para veículos, cuja renda é 
revertida integralmente para manter suas finalidades essenciais. 
 
Ocorre que a Autora foi autuada pela Fiscalização Municipal do Réu, sob o 
fundamento de ausência de recolhimento do Imposto sobre Serviços de Qualquer 
Natureza – ISSQN, relativo aos exercícios fiscais de 2008, 2009, 2010 e 2011, sob a 
alegação de que a atividade econômica, serviços de estacionamento, consta da lista de 
serviços anexa à lei municipal tributária aplicável à espécie. 
 
Diante disso, não restou outra alternativa à Requerente se não ingressar com a 
presente Ação Anulatória para defesa de seus direitos, pelas fundamentos a seguir 
expostos. 
 
2. DO DIREITO 
 
2.1 DO CABIMENTO DA AÇÃO 
 
 Excelência, a presente Ação Anulatória tem como escopo a anulação de 
procedimento administrativo de lançamento fiscal da qual resultou a constituição do 
crédito tributário e a sua inscrição em dívida ativa. Nos termos do art. 38 da Lei de 
Execução Fiscal (Lei 6.830/80), a discussão judicial da Dívida Ativa da Fazenda 
Pública é cabível por meio de ação anulatória, se não vejamos: 
 
“Art. 38 - A discussão judicial da Dívida Ativa da Fazenda 
Pública só é admissível em execução, na forma desta Lei, salvo 
as hipóteses de mandado de segurança, ação de repetição do 
indébito ou ação anulatória do ato declarativo da dívida, esta 
precedida do depósito preparatório do valor do débito, 
monetariamente corrigido e acrescido dos juros e multa de mora 
e demais encargos.” (grifos nossos) 
 
3 
 
Além disso, nos termos do art. 156, X do Código Tributário Nacional, a sentença 
judicial que determinar a anulação do procedimento de lançamento fiscal possui efeito 
extintivo do crédito tributário indevidamente inscrito em dívida ativa: 
 
“Art. 156. Extinguem o crédito tributário: 
X - a decisão judicial passada em julgado.” 
 
 Desse modo, a ação anulatória é a via adequada e idônea para solucionar a 
situação fática descrita, para viabilizar a anulação do ato declarativo da dívida e a 
extinção do crédito tributário. 
 
2.2 DO DEPÓSITO PREPARATÓRIO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 
 Excelência, com base na Súmula Vinculante n. 28 do STF, foi reconhecida a 
inconstitucionalidade da exigência de depósito prévio ou preparatório como requisito de 
admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito 
tributário: 
 
“Súmula Vinculante 28 
É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito 
de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a 
exigibilidade de crédito tributário.” 
 
A exigência do depósito integral preparatório do crédito para discussão da 
inconstitucionalidade dos tributos, prevista no art. 38 da Lei de Execução Fiscal (Lei 
6.830/80), cria séria restrição à garantia de acesso aos tribunais prevista no art. 5º, 
XXXV da CF: “XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou 
ameaça a direito;”. 
 
Portanto, a presente ação deve ser admitida sem o depósito preparatório para 
assegurar o acesso ao Poder Judiciário em face da cobrança de tributos inconstitucionais 
pelo Réu. A exigência do depósito integral limita o próprio acesso à primeira instância, 
podendo inviabilizar o direito de ação da Autora. 
 
4 
 
2.3 DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA 
 
 Excelência, os débitos de ISSQN, relativos aos exercícios fiscais de 2008, 2009, 
2010 e 2011, lançados em dívida ativa sob a alegação de que a atividade econômica, 
serviços de estacionamento, consta da lista de serviços anexa à lei municipal tributária 
aplicável à espécie, são indevidos. 
 
 Conforme estabelece a o art. 150, VI, “c” da Constituição federal, o patrimônio, 
renda ou serviços das instituições de educação sem fins lucrativos não podem sofrer a 
incidência de impostos: 
 
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios: 
VI - instituir impostos sobre: 
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive 
suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das 
instituições de educação e de assistência social, sem fins 
lucrativos, atendidos os requisitos da lei;” (grifos nossos) 
 
Trata-se de regra de imunidade tributária, que estabelece uma limitação ao poder 
tributar e ao exercício da competência tributária. Além disso, ficou devidamente 
demonstrado através dos documentos em anexo que a Autora é instituição de educação 
sem fins lucrativos, sendo que a renda gerada pelo estabelecimento é revertida 
integralmente para manter suas finalidades essenciais. Portanto, a r. imunidade tributária 
incide sobre a atividade da instituição, na forma de prestação de serviço e obtenção de 
renda proveniente de atividade econômica. Assim, deve ser afastada a incidência do 
ISSQN, que no presente caso extrapolou a esfera de competência do Réu e feriu texto 
expresso da Constituição. 
 Conforme já apontado e devidamente comprovado nos autos, a renda obtida do 
estacionamento para veículos é revertida integralmente para manter as finalidades 
essenciais da Autora. Nos termos do art. 150, § 4º da Constituição Federal, a imunidade 
tributária abrange todo o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as 
finalidades essenciais da Requerente: 
5 
 
 
“Art. 150, § 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e 
"c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, 
relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas 
mencionadas.” 
 
O r. dispositivo constitucional mais uma vez corrobora para o afastamento da 
incidência do ISSQN, uma vez que o serviço prestado e a renda obtida estão 
relacionados com suas finalidades essenciais. 
 
No presente caso são aplicáveis por analogia a Súmula n. 724 e a Súmula 
Vinculante n. 52, ambas do Supremo Tribunal Federal, que consagraram o 
entendimento pacificado da Jurisprudência de que o imóvel de propriedade das 
entidades previstas no art. 150, VI, “c” da Constituição Federal são imunes ao IPTU, 
desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais das mesmas:Súmula 724/STF: 
“Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o 
imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 
150, VI, "c", da Constituição, desde que o valor dos aluguéis 
seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.” 
 
Súmula Vinculante 52/STF: 
“Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o 
imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 
150, VI, "c", da Constituição Federal, desde que o valor dos 
aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades 
foram constituídas.” 
 
Desse modo, não haverá incidência de ISSQN sobre os serviços prestados pela 
Requerente de estacionamento de veículos, uma vez que a renda obtida é aplicada em 
suas atividades essenciais. Portanto, o presente fato encontra-se fora dos limites do 
exercício da competência tributária do município, devendo ser o procedimento e 
6 
 
lançamento fiscal anulado e o crédito tributário extinto nos termos do art. 156, X do 
Código Tributário Nacional. 
 
2.4 DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA 
 
Excelência, caso não seja deferida a medida pleiteada, a Autora será compelida a 
pagar os valores exigidos ilegalmente pelo Réu, poderá ter seu nome inscrito no 
cadastro de inadimplentes através de protesto da Certidão de Dívida Ativa (CDA) e 
sofrer execução fiscal, com a consequente constrição dos seus bens. 
 
Como foi devidamente demonstrado, a Autora tem direito subjetivo à anulação 
do lançamento fiscal, com base nos fundamentos de fato e de direito acima expendidos. 
Cabe ressaltar que a imunidade tem fundamento direto no texto constitucional, em 
súmula e em entendimento consolidado do STF. Também, não há qualquer risco de 
irreversibilidade da medida liminar e há prova documental pré-constituída idônea para a 
comprovação de todos os fatos narrados constitutivos do direito do Autor, em anexo. 
 
Conforme documentação acosta na presente inicial, todas as provas necessárias 
para comprovação dos fatos e dos direitos expostos foram devidamente apresentadas, 
não restando qualquer dúvida quanto aos fundamentos jurídicos do direito do 
Impetrante. Com isso, restou demonstrada a presença do “fumus boni juris”, condição 
necessária para a concessão da tutela provisória pretendida, nos termos do Art. 300, §2o 
do CPC: 
 
“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver 
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo 
de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou 
após justificação prévia.” 
 
 
Por todo exposto, requer-se seja concedida a medida liminar para suspender a 
exigibilidade do crédito tributário nos termos do art. 151, V do Código Tributário 
Nacional (Lei n. 5.172/1966): 
7 
 
 
“Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: 
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em 
outras espécies de ação judicial;” 
 
3. DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, requer-se a Vossa Excelência: 
 
a) Liminarmente, seja concedida a tutela provisória de 
urgência, com base no art. Art. 300, §2o do Novo Código de 
Processo Civil, “inaudita altera parte”, para suspender a 
exigibilidade do crédito tributário nos termos do art. 151, V 
do Código Tributário Nacional. 
b) O Autor declara que não tem interesse na realização de 
audiência de conciliação, nos termos do art. 319, VII do 
Novo CPC, uma vez que o crédito tributário é indisponível e 
não pode ser objeto de transação ou renúncia por parte do 
Réu. 
c) A citação do Réu, na pessoa do seu representante legal, para 
que apresente contestação sob pena de revelia. 
d) Ao final, a procedência do pedido para reconhecer a 
incidência da imunidade tributária e anular o lançamento 
fiscal, com a consequente extinção do crédito tributário, nos 
termos do art. 156, X do Código Tributário Nacional. 
e) A condenação do Réu nas custas e honorários de 
sucumbência. 
f) Protesta-se por todas as provas em direito admitidas. 
 
Atribui-se à causa o valor de (valor). 
 
 
Nesses Termos, 
Pede-se Deferimento. 
8 
 
 
(Cidade), (dia) de (mês) de (ano). 
 
 
_____________________________ 
 Advogado (nome) 
OAB no (número)

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