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PROGRAMAS DE INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO

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PROGRAMAS DE INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO
INTRODUÇÃO:
O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os dois anos de idade ou mais, e que nos primeiros 6 meses, o bebê receba somente leite materno, sem necessidade de sucos, chás, água e outros alimentos. Quanto mais tempo o bebê mamar no peito, melhor para ele e para a mãe. Depois dos 6 meses, a amamentação deve ser complementada com outros alimentos saudáveis e de hábitos da família. Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança. O leite materno é um alimento completo. Ele é de mais fácil digestão do que qualquer outro leite e é rico em anticorpos, então funciona protegendo a criança de muitas doenças como diarreia, infecções respiratórias, alergias, diminui o risco de hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade. Além disso, é limpo, está sempre pronto e quentinho. Sugar o peito é um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança, ajuda a ter dentes bonitos, a desenvolver a fala e a ter uma boa respiração. Recomenda-se que a criança seja amamentada na hora que quiser e quantas vezes quiser. É o que se chama de amamentação em livre demanda. Nos primeiros meses, é normal que a criança mame com frequência e sem horários regulares. Em geral, um bebê em aleitamento materno exclusivo mama de oito a 12 vezes ao dia. 
https://mamamiaamamentar.files.wordpress.com/2010/12/texto-revista-francesa.pdf Diversas intervenções visando à promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno vêm sendo implementadas, muitas delas normatizadas e implementadas nas três esferas de gestão do SUS : federal, estadual e municipal. A Política Nacional de Aleitamento Materno atual está organizada em seis braços estratégicos (cf. Figura 4) : 
1 - O incentivo ao aleitamento materno na Atenção Básica1 é feito por intermédio da Rede Amamenta Brasil. Essa estratégia, criada em 2008, se propõe por meio de revisão e supervisão do processo de trabalho interdisciplinar nas unidades básicas de saúde (UBS), apoiada nos princípios da educação permanente em saúde, respeitando a visão de mundo dos profissionais e considerando as especificidades locais e regionais. Tem como pilares de sustentação os tutores, profissionais com experiência em aleitamento materno preparados para utilizarem referenciais da educação crítico reflexiva no ensino e aprendizagem do aleitamento materno em oficinas com duração de 40 horas.
2 - Na atenção hospitalar, duas iniciativas têm contribuído para aumentar os índices de AM: a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) e o Método Canguru. A IHAC está inserida na Estratégia Global para Alimentação de Lactentes e Crianças de Primeira Infância da OMS e do UNICEF e tem por objetivo resgatar o direito da mulher de aprender e praticar a amamentação com sucesso por meio de mudanças nas rotinas nas maternidades para o cumprimento dos Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno. Entre 1992 e 2009 foram credenciados 352 hospitais brasileiros na IHAC. Por sua vez, o Método Canguru é um modelo de assistência perinatal voltado para o cuidado humanizado do recém-nascido de baixo peso, que além de promover maior apego entre mãe e filho, influencia positivamente as taxas de aleitamento materno nessa população. Desde a sua implantação em 2000, equipes de 333 maternidades, envolvendo mais de 7000 profissionais, foram capacitadas no Método. 
3 - Entre as principais estratégias da política governamental de promoção do aleitamento materno figura a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (BLH), a maior e mais complexa do mundo, com 271 unidades. Os seus serviços estão em franca expansão: entre 2003 e 2008 a coleta de leite aumentou 56%, o número de doadoras praticamente dobrou, chegando a 113 mil e o número de crianças beneficiadas cresceu 50%. Além de coletar, processar e distribuir leite humano, os bancos de leite prestam assistência às lactantes cujos filhos estão hospitalizados ou que tenham dificuldades com a amamentação em qualquer momento.
 4 - Com relação à proteção legal ao aleitamento materno, o Brasil foi um dos primeiros países a adotar o Código Internacional de Substitutos do Leite Materno na sua totalidade. A partir do Código, criou-se a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes, em 1988 Em 2006, a partir da norma foi criada a Lei 11.625, que regulamenta a promoção comercial e dá orientações do uso apropriado de alimentos para crianças de até três anos. A licença maternidade, que era de quatro meses, foi ampliada para seis meses em 2008. Atualmente, está sendo estimulada a criação de Salas de Apoio à Amamentação nas empresas, que possibilitam que a mulher trabalhadora possa coletar seu leite e armazená-lo com segurança durante a jornada de trabalho, para que seja oferecido ao bebê durante sua ausência. Em 2009 foi publicada portaria governamental regulamentando a estrutura física e o material necessário para a criação da Sala. 
5 - Entre as ações de mobilização social realizadas, desde 1992 é comemorada a Semana Mundial de Amamentação, com a participação da mídia e de diversos segmentos da sociedade. Em 2003 instituiu-se o Dia Nacional de Doação de Leite Humano, em 1º. de outubro de cada ano, com o objetivo de aumentar o volume de leite humano doado no País. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, em parceria com o Ministério da Saúde, criou o Projeto Carteiro Amigo, que incentiva o aleitamento materno em cerca de 500 municípios. Os Corpos de Bombeiros Militares também se engajaram na promoção do aleitamento materno, sendo responsáveis por buscar leite humano doado nas residências das doadoras. 
6 - Um importante componente da Política Pública de Incentivo ao Aleitamento Materno é o monitoramento tanto das ações como das práticas de amamentação no País. Já ocorreram dois inquéritos nacionais, no dia da campanha nacional de vacinação contra poliomielite, o primeiro em 1999 e o segundo em 2008. Outras pesquisas de âmbito nacional também investigam as práticas de aleitamento materno como a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde, realizada a cada 10 anos.
PROGRAMAS DA UNICEF: https://www.unicef.org/brazil/pt/activities_10003.htm ->
Para incentivar o aleitamento materno exclusivo e apoiar mães e famílias no cuidado com seus bebês, o UNICEF utiliza, no Brasil, o kit Família Brasileira Fortalecida e o álbum Promovendo o Aleitamento Materno (38 pags), para que o município assegure o direito da gestante e do bebê ao aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida. Também incentiva hospitais e maternidades para que se tornem Hospitais Amigos da Criança, mudando condutas e rotinas responsáveis pelos altos índices de desmame precoce e promovendo a humanização do parto.
O kit Família Brasileira Fortalecida contém cinco álbuns que explicam os cuidados necessários com as crianças desde a gestação até 6 anos de idade, período de vida determinante para o desenvolvimento integral de meninas e meninos
Album: 
 
A Iniciativa Hospital Amigo da Criança – IHAC – foi idealizada em 1990 pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pelo UNICEF para promover, proteger e apoiar o aleitamento materno. O objetivo é mobilizar os funcionários dos estabelecimentos de saúde para que mudem condutas e rotinas responsáveis pelos elevados índices de desmame precoce. Para isso, foram estabelecidos os Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno. Centros de saúde que realizam partos devem adotar os “Dez passos para o aleitamento materno bem-sucedido”, elaborado por OMS e UNICEF como parte da Iniciativa Hospital Amigo da Criança.
A IHAC soma-se aos esforços do Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno (PNIAM/MS), coordenado pelo Ministério da Saúde para:
informar profissionais de saúde e o público em geral;
trabalhar pela adoção de leis que protejam o trabalho da mulher que está amamentando;
apoiar rotinas de serviços que promovam o aleitamento materno;
combater a livre propaganda de leitesartificiais para bebês, bem como bicos, chupetas e mamadeiras.
https://www.unilestemg.br/nutrirgerais/downloads/artigos/volume3/artigo_6_rng_programas_aleitamento_materno.pdf PROGRAMA MÃE-CANGURU: Reconhecido como uma ótima alternativa de cuidado neonatal para os bebês nascidos de baixo peso, o Método Mãe-Canguru, também conhecido como “contato de pele” ou “cuidado Mãe-Canguru”, foi criado em 1979 por médicos colombianos e trazido ao Brasil em 1991 pelo Hospital “Guilherme Álvaro” localizado em Santos, São Paulo Este método surgiu da necessidade de encontrar soluções para superlotação das unidades neonatais, que muitas vezes encontrava-se com mais de dois recém-nascidos na mesma incubadora. A metodologia do Programa "Mãe-Canguru" está baseada em princípios simples como o contato do bebê que fica junto à mãe grandes períodos, gerando calor necessário ao mesmo, que favorece o aleitamento materno e desta forma, imunoproteção, além do amor da mãe, que garante o equilíbrio emocional para seu bom desenvolvimento. 
Em relação ao bebê, tão logo supere eventuais problemas críticos de saúde, é amarrado ao corpo da mãe (diretamente em contato com a pele) em posição vertical, junto ao seio, apenas de fralda, não havendo necessidade de nenhum tipo especial de tecido para a confecção da bolsa. A posição vertical é utilizada para evitar o refluxo gástrico-esofágico e a bronco-aspiração. O contato com o corpo da mãe promove a manutenção dos níveis adequados de temperatura corpórea do bebê, favorece o estreitamento do vínculo mãe-filho, além de proporcionar maior tranqüilidade ao recém-nascido e à mãe, que pode acompanhar todos os momentos de seu bebê, facilitando sua amamentação. As dificuldades dos bebês para sugar são compensadas pela proximidade com o peito materno.
PROJETOS CARTEIRO AMIGO E BOMBEIRO AMIGO DA CRIANÇA :Em 1999, foi lançado o Programa Carteiro Amigo, inicialmente para a região Nordeste. Em 2000, este programa atingiu as regiões Norte e Centro-oeste e, a partir de 2001, passou a se destinar a todos os municípios brasileiros que dispõem de centro de distribuição domiciliar de correspondências (BRASIL, 2002). O lançamento da campanha ocorreu quando a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, num trabalho de parceria com o UNICEF e a Secretaria Estadual de Saúde do Ceará, colocou sua estrutura à disposição da comunidade. Os carteiros receberam uma atribuição paralela, atuando como agentes multiplicadores de uma campanha educativa de incentivo ao aleitamento materno.
Os carteiros, no mês de comemoração da Semana Mundial da Amamentação, vestem uma camiseta alusiva aos benefícios da amamentação e distribuem folhetos informativos nos domicílios onde residem gestantes e crianças menores de 1 ano. A informação às mães acerca da amamentação pode repercutir em aumento da prevalência dessa prática. Um estudo realizado com crianças até 24 meses do estado de Pernambuco revelou que as mães que receberam orientações sobre amamentação nas consultas de pré-natal apresentavam maior tempo de aleitamento materno. Outra classe profissional envolvida em ações de incentivo ao aleitamento materno é o Corpo de Bombeiros, através do projeto Bombeiros da Vida, surgido em 2002. Este projeto tem por objetivo aumentar os estoques de leite humano dos Bancos de Leite Humano do país com estratégias que vão desde a coleta domiciliar de leite humano ordenhado até o apoio as mães no manejo da amamentação. O Ministério da Saúde demonstrou interesse em ampliar essa parceria a todas as unidades de Bombeiros no país. Todos os profissionais que ingressam no projeto são capacitados com ênfase na amamentação.
http://unimaterna.com.br/o-que-e-e-como-funciona-o-iblce/ IBLCE: O que é o IBLCE®? IBLCE® , ou International Board of Lactation Consultant Examiners® , é o órgão internacional independente de certificação que confere a credencial de Consultor Internacional em Lactação Certificado pelo IBLCE (International Board Certified Lactation Consultant® ). O IBLCE é um órgão internacional com atuação, além do Brasil, em mais 105 países e já certificou mais de 28 mil profissionais no mundo todo. É um órgão independente e certificador, fornecendo a certificação de consultor internacional em amamentação para os profissionais que cumprirem todos os seus pré-requisitos. Os profissionais que possuem esta certificação são super qualificados no auxílio a famílias com aleitamento materno, nós costumamos dizer que é como se o IBLCE concedesse um selo de qualidade, digamos assim, para os profissionais que atuam com amamentação. 
Alguns diferenciais dos profissionais certificadas pelo IBLCE são: a garantia do conhecimento prático e teórico do profissional, e a tranquilidade de contratar um profissional super qualificado e habilitado. Como no Brasil não existe a regulamentação da profissão, aqui no Brasil qualquer pessoa pode dizer ser consultor em aleitamento materno, mesmo que não esteja preparado para a atuação. O profissional certificado tem vários diferenciais em relação ao não certificado porque o IBLCE exige prática clínica, conhecimento teórico e aprovação em uma prova teórica complexa que aborda as várias faces do aleitamento materno, com isso, este profissional certamente estará bem qualificado
Principais Obstáculos e Desafios:
 Apesar dos esforços para o aumento da prática do aleitamento ao longo dos últimos trinta anos, as taxas de aleitamento materno no Brasil, em especial as de amamentação exclusiva, estão abaixo do recomendado. Entre os principais obstáculos encontrados no País podemos citar: - dimensões continentais do País, com importantes diferenças regionais; - dificuldade de sensibilização: apesar da mobilização social realizada existe ainda no Brasil uma dificuldade para mobilizar alguns profissionais quanto à importância da promoção do aleitamento materno, incluindo gestores e profissionais de saúde (devido, entre outros, à inadequação dos currículos nos ensinos de graduação e residência médica). Essa dificuldade também é encontrada na população em geral, devido à manutenção da “cultura da mamadeira”, a qual resulta em grande parte do processo histórico de evolução, a pressão dos industriais etc. ; - escassez de recursos humanos qualificados ; - rápido abandono do aleitamento materno após, ou mesmo antes, a licença maternidade. Pesquisas mostram que, no Brasil, as mulheres que trabalham amamentam menos do que aquelas que estão em licença maternidade (65,9% e 91,4%, respectivamente). Esses obstáculos colocam em evidência a necessidade de o Brasil investir em novas estratégias de incentivo à amamentação para que os seus indicadores atinjam patamares mais elevados. Este é o grande desafio. (qual a referência?)