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Reparo e Regeneração de Tecidos

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PROVA DE PATOLOGIA- 2º CRÉDITO
Reparo-Regeneração/Cicatrização
Reparo é o processo de cura de lesões teciduais que consiste na substituição das células e tecidos alterados por um tecido neo formado, derivados do parênquima e/ou estroma. Pode ocorrer por regeneração ou cicatrização.
Regeneração: se a reparação for feita, principalmente por elementos parenquimatosos, uma reconstrução igual à original pode ocorrer. Ex: se as células parenquimatosas morrem, mas o estroma permanece íntegro, o reparo se faz a partir de células do mesmo tipo das que se perderam, voltando o órgão à sua estrutura normal.
Cicatrização: se a reparação for feita pelo estroma, um tecido fibroso não especializado será formado. Ex: se o estroma é destruído, o reparo se faz fundamentalmente às custas do tecido conjuntivo, o que quase sempre aparece combinado com certo grau de regeneração dos elementos epiteliais, os quais podem não se reproduzir a estrutura que tinham anteriormente.
Poderá ocorrer um ou outro processo ou os dois, dependendo de alguns fatores sendo os mais importantes: a capacidade dos elementos do parênquima se regenerarem e a extensão da lesão.
OBS: queloide é uma cicatriz que teve o crescimento excessivo do seu tecido, logo fica uma saliência na pele após a cura da lesão. É um tipo de cicatrização hipertrófica que ocorre comumente nos indivíduos de raça negra.
Classificação das células de acordo com a capacidade de regeneração:
Células Lábeis: são aquelas que continuam a se multiplicar durante a vida toda e se regeneram com rapidez e facilidade (células epiteliais, hematopoiéticas, linfóides).
Células Estáveis: normalmente não se dividem mas possuem capacidade de se proliferar quando estimuladas (células das glândulas como: fígado, pâncreas, salivares, endócrinas e as células derivadas do mesênquima como fibroblastos, osteoblastos)
Células Permanentes: são aquelas que perderam totalmente a capacidade de se dividir, (como as células do sistema nervoso central e músculo), “os núcleos não tem mais a capacidade de reiniciar o processo replicativo”
OBS: uma reconstrução original da área lesada (regeneração) só poderá ocorrer se as células afetadas forem do tipo lábil ou estável porque se for do tipo permanente, ocorrerá à substituição por tecido conjuntivo (cicatrização).
OBS: células tronco embrionárias e a clonagem terapêutica: A Clonagem "Terapêutica" é um procedimento cujos estágios iniciais são idênticos a clonagem para fins reprodutivo, difere somente no fato do blastocisto não ser introduzido em um útero. Ele é utizado em laboratório para a produção de células-tronco (totipotentes) a fim de produzir tecidos ou órgão para transplante. Esta técnica tem como objetivo produzir uma cópia saudável do tecido ou do órgão de uma pessoa doente para transplante.
As células-tronco embrionárias são importantes porque são multifuncionais, isto é, podem ser diferenciadas em diferentes tipos de células. Podem ser utilizadas no intuito de restaurar a função de um órgão ou tecido, transplantando novas células para substituir as células perdidas pela doença, ou substituir células que não funcionam adequadamente devido a um defeito genético (ex.: doenças neurológicas, diabetes, problemas cardíacos, derrames, lesões da coluna cervical e doenças sanguíneas).
Fatores de crescimento (polipeptídios): podem ter múltiplos ou restritos alvos celulares, podem, também, promover a sobrevida celular, locomoção, contratilidade, diferenciação e angiogênese, atividades tão importantes quanto seus efeitos promotores de crescimento. Todos os fatores agem como Ligantes a Receptores específicos, os quais liberam sinais para as células alvo.
EGF: Fator de crescimento epidérmico. Mitogênico para células epidérmicas e fibroblastos.
PDGF: Fator de crescimento derivado das plaquetas: proteína altamente catiônica armazenada nos grânulos α das plaquetas e liberado na ativação plaquetária. Também é produzido por macrófagos, endotélio, células tumorais. Estimula proliferação de fibroblastos e células musculares lisas.
FGF: Fator de crescimento dos fibroblastos: estimula fibroblastos e angiogênese.
TGFα e TGFβ: Fatores transformadores de crescimento: acreditava-se que transformavam células normais em malignas. O TGFα tem propriedades semelhantes ao EGF. O TGFβ é um inibidor da proliferação celular, estimula produção de colágeno e fibronectina, e inibe degradação do colágeno, favorecendo a fibrogênese. O TGFβ pode ser produzido por várias células, como plaquetas, endotélio, LT, macrófagos.
IL-1 e FNT: fator de necrose tumoral: Participam da remodelação do tecido conjuntivo.
Inibidores do crescimento TGFβ, α-interferon, PGE2, Heparina. Inibem fibroblastos.
Os macrófagos podem secretar: PDGF, FGF, IL-1, FNT ou inibidores como TGFβ, PG.
OBS: EGF e TGF-α; HGF; VEGF; PDGF; FGF; TGF-β (são MITOGÊNICOS em sua maioria “ativam a mitose”), através da sinalização: ativam transcrição, genes dormentes e estimulam o ciclo celular.
Regeneração hepática (crescimento compensativo): O fígado humano possui a capacidade de regenerar-se, como demonstrado por seu crescimento após hepatectomia parcial, que pode ser realizada para a ressecção de um tumor ou transplante hepático para doador vivo.
O crescimento ocorre por aumento dos lobos que restaram após a cirurgia, processo conhecido como CRESCIMENTO COMPENSATÓRIO ou HIPERPLASIA COMPENSATÓRIA. 
Ocorre a reconstituição da massa funcional mas não ocorre nova formação da parte ressecada.
Neoplasias: agressão provoca alterações genéticas que resultam na alteração permanente no padrão de crescimento celular, essas células neoplásicas não respondem aos mecanismos de controle do crescimento celular e se proliferam excessivamente formando massas teciduais, chamadas de tumores ou neoplasias. Podem ser divididas em dois tipos:
Obs: câncer é o termo leigo utilizado para neoplasia maligna.
Benigna: crescem de maneira localizada e circunscrita, não são letais e nem causam transtornos ao hospedeiro, podendo evoluir despercebido por muito tempo. Recebem o sufixo “oma” na célula de origem: fibroma, osteoma...
Maligna: crescimento celular muito acelerado e sobre tecidos circundantes, tumores com contornos mal definidos, infiltram tecidos vizinhos e sofrem metástase, provocando perturbações homeostáticas graves que podem levar a morte. Células mesenquimais recebem o sufixo “sarcoma”, como fibrossarcoma, lipossarcoma e as células epiteliais também, como carcinoma.
Biologia do crescimento tumoral
Transformação: fase de extensão em que as células neoplásicas lembram as células normais morfológica e funcionalmente. Os tumores quando bem diferenciados lembram as células normais de origem (benignos), e quando pouco diferenciados ou indiferenciados lembram células primitivas (malignos). 
Anaplasia – é a falta da diferenciação em que as células adultas adquirem características mais primitivas (embrionárias). Indica desvios da normalidade mais acentuados do que na displasia, além de ser irreversível. Representa o melhor critério para o diagnóstico de malignidade dos tumores (neoplasias). Além de ser marcada por alterações morfológicas como: pleomorfismo (variação de tamanho e forma), morfologia nuclear anormal (aumentada), mitoses (grande número), perda de polaridade (crescimento anárquico) e células tumorais gigantes.
Displasia: proliferação celular excessiva, acompanhada de ausência ou escassez de diferenciação. Precedido por uma irritação ou inflamação crônica, o processo displásico pode regredir se retirada a causa irritante. Apresenta alterações celulares com perda na uniformidade das células individuais e na orientação arquitetural (pleomorfismo, núcleo grande, mitoses) “pré câncer”.
Crescimento: fatores que influenciam no crescimento dos tumores:
Tempo de duplicação das células tumorais: O tempo total do ciclo celular para muitos tumores é igual, ou mais longo, que o das células normais correspondentes. Portanto, o crescimento tumoral rápido e progressivo não pode ser atribuído a um tempo reduzido do ciclo celulartumoral.
Fração das células tumorais em divisão celular (fração de crescimento): Refere-se à proporção de células na população tumoral que estão no pool replicativo (i.e, fora de G0) A maioria das células nos tumores clinicamente detectáveis não está no pool replicativo. Mesmo em alguns tumores de crescimento rápido, a FC é cerca de 20%. As células deixam o pool replicativo dividindo-se, diferenciando-se e revertendo-se para G0. Portanto, o crescimento tumoral progressivo não pode ser atribuído a uma FC excessivamente alta.
Taxa em que as células são eliminadas ou perdidas na divisão celular (descamação, apoptose, falta de nutrientes): O acúmulo da célula tumoral resultando em crescimento progressivo dos tumores pode ser mais bem explicado pelo desequilíbrio entre a produção e a perda celulares. Em alguns tumores (em especial aqueles com FC alta) o desequilíbrio é grande, resultando em crescimento mais rápido que naqueles tumores nos quais a produção celular excede a perda celular com apenas uma pequena margem.
OBS: a quimioterapia atua no ciclo celular das células neoplásicas dividindo as células, os tumores com frações de crescimento mais altas são mais suscetíveis aos agentes antineoplásicos. Além disso, apresentam crescimento mais rápido se não forem tratados.
OBS: quando se detecta um tumor solido clinicamente, significa que o mesmo já completou uma porção importante no seu ciclo vital, por isso é de fundamental importância que investiguem e detectem tumores no seu estagio inicial.
Invasão local: os tumores BENIGNOS crescem como massa expansiva localizadas em seu sitio de origem, sem capacidade para infiltrar, invadir ou metastatizar para locais distantes devido a sua borda de tecido conjuntivo condensado; e os tumores MALIGNOS crescem com invasão, infiltração e destruição dos tecidos adjacentes, são mal demarcados a partir do seu tecido normal, a capsula fibrosa, que adere ao tecido adjacente e infiltra em forma de caranguejo.
Metástases: A metástase ocorre quando a célula cancerígena se propaga para partes distantes do corpo de seu local original, esta é uma característica de malignidade. Todos os cânceres podem metastatizar: quanto mais agressivo, crescimento mais rápido e maior tumor primário, mais chance de metastatizar ou já ter mestastatizado.
CARACTERISTICAS HISTOLOGICAS DAS NEOPLASIAS
Disseminação das neoplasias malignas (metástases): 
Local de invasão: tecidos adjacentes 
Disseminação linfática: são vasos linfáticos que drenam o tumor primário para linfonodos locais, formando o tumor secundário.
Disseminação vascular: veias drenam o tumor para outros órgãos.
Disseminação transcelômica: sai da cavidade abdominal e tórax (pleural ou peritoneal) para outros órgãos.
Efeitos sistêmicos associados as neoplasias malignas: perda de apetite, peso, mal estar, febre, anemia. Em muitos casos, a causa desses sintomas é desconhecida, mas provavelmente são efeitos decorrentes das citocinas secretadas como fator de necrose tumoral e IL-1 que são liberadas pelas células inflamatórias nas áreas tumorais.
Estadiamento dos tumores: características de estadiamento dos tumores, chances de sobrevida e grau de disseminação dos tumores são: tamanho do tumor primário, extensão da invasão local e extensão de disseminação.
Avaliação por técnicas citológicas: grau de diferenciação das células tumores, variação no tamanho e forma das células, número de células contendo mitoses. 
Sistema TNM de estadiamento dos tumores: 
T: refere-se aos tumores primários, a numeração subsequente revela o tamanho do tumor e sua extensão local 
N: refere-se ao envolvimento dos linfonodos, e um numero elevado significa uma crescente extensão do envolvimento
M: refere-se à extensão das metástases à distancia 
 Displasia: células displasicas possuem algumas características da neoplasia, como taxa de divisão celular aumentada com maturação incompleta, relação núcleo/citoplasma elevada com número aumentado de mitoses e perda da arquitetura normal das células. É causado devido a uma irritação crônica como reações inflamatórias, podendo surgir sem esses estímulos e evoluir para neoplasia in situ e invasiva.
Diagnostico das neoplasias: Investigação clínica, com exames radiológicos e de imagem, exames laboratoriais (incluem exame histológico do tecido suspeito); Diagnóstico preciso: tratamento quimioterápicos diferentes para o tipo de tumor específico; Diversas técnicas na obtenção do tecido: biópsia de tecido, histológicas

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