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DIREITOS HUMANOS
Refugiados: pessoas que não querem ou não podem voltar ao seu país por conflitos internos ou em razão de guerra. 
Direito humanitário é direito de guerra. Regulamenta assistência médica, o que se faz com os oponentes, como se deve tratar os civis que estão em confronto.
	Atualmente o que mais ocorre são guerras civis, quando há conflitos internos dentro de um país. 
	EUA, Cuba e Canadá não reconhecem o Sistema Regional Americanos de Direitos Humanos. 
	Jurisprudência consolidada de auto-governo, as leis de auto-anistia viola a proteção dos direitos humanos previstos na Convenção Americana, e por isso determinou que o Brasil muda-se a interpretação sobre essa lei. 
	Diálogo entre as cortes: O STF não quer mudar esse entendimento. Esse diálogo é complexo, porque há várias cortes que acham que são as últimas a dar a decisão sobre o tema. 
Origem dos Direitos Humanos. Há direitos humanos antes da Idade Moderna (antes do XV depois de Cristo)?
	Há duas correntes que respondem a esta pergunta, uma delas diz que há direitos humanos antes da idade moderna, mas como regra se aponta a inexistência de direitos humanos antes da Idade Moderna. 
Razões favoráveis:
	Já existe a ideia de humanidade antes da Idade Moderna e este conceito de humanidade dá uma tratamento preferencial aos homens, e por isso concede direitos a humanidade.
	Além disso, a sociedade ocidental tem uma forte influência do pensamento cristão. Nessa época há a valorização do ser humano, por ser este a imagem e semelhança de Deus. 
	O professor diz que é dificil acreditar que havia direitos humanos na Idade Antiga e Idade moderna, porque as concepções eram diferentes, por exemplo, na época antiga havia publicações em Roma de como se bater em uma mulher. Tal literatura demonstra a concepção diferenciada que eles tinham sobre as mulheres. Existia escravidão, os filhos eram obrigados a obedecer os pais, mesmo que a ordem fosse ilegítima e arbitrária. 
	Razões contrárias:
	Não havia a ideia de direitos subjetivos, como por exemplo Direito a Vida. A ideia de direitos subjetivos surge apenas com a idade moderna, antes disso havia apenas o sentimento comunitário, não havia esse sentido individualizado de direitos. As pessoas tinham direitos enquanto reflexos dos direitos da comunidade. 
	Os comunitaristas entendem que os direitos humanos devem ser vistos de maneira mais comunitária. Estes valorizam o pertencimento de uma pessoa a uma comunidade.
	Os direitos humanos surgem numa perspectiva liberal.
	Antes da idade moderna não existem direitos naturais modernos.
Renascimento – a idade moderna surge e o Homem vira o centro de todas as coisas. 
	Surge os Direitos Naturais Individuais
	John Locke é o grande pensador Constitucional, já fala em separação de poderes, em poder limitado e direitos individuais do ser humano. Ele diz que os homens quando nascem já têm o direito à vida, a liberdade, em respeito a natureza específica do ser humano e a propriedade, para que o ser humano vida e tenha liberdade. Locke diz que o direito a vida é essencial.
	Com as revoluções Burguesas surgem as declarações de direitos, as quais começam a fazer parte do Ordenamento Jurídico vigente. 
	A primeira emenda garante a liberdade de imprensa, religiosa e de expressão. 
	O STF entende que a publicação de livros anti-semita constitui-se crime de racismo, porém nos EUA a liberdade de expressão é total, eles podem manifestar sua opinião contra quem quiserem. 
	No século XVIII há uma forte mudança da Cultura e na Sociedade, e isso torna possível a construção dos direitos humanos. 
	Nesta época começa a surgir uma crítica sistematizada contra a tortura. Beccaria, por exemplo, no livro “Dos delitos e das penas” , manifesta-se contra a tortura.
	Aqui surge o problema da Concretização dos Direitos Humanos, não se obteve pleno êxito na proteção dos direitos humanos. 
	No século XIX, o pensamento jurídico era muito privatista, em que pese já haver tratamentos internacionais de proteção, como por ex. o tratado de Genebra que falava do direito de guerra. O Código Civil era o centro de tudo. A constituição era responsável por, principalmente, organizar o Estado. 
	Pensamento Jurídico Privatista e a falta de Força Normativa da Constituição 
	Moralismo Laico e Religioso: esta imposição era complexa e complicada para inúmeras pessoas. 
	As mulheres, por exemplo, eram consideradas relativamente incapazes, que deveriam ter uma posição inferior aos homens. O poder familiar era do pai, chamado de pátrio poder. Não havia um direito de liberdade de todos os seres humanos, porque os valores morais firmavam regras de submissão da mulher. 
	Apesar de a lei dizer que todos são iguais perante a lei, este moralismo laico entendia que os brancos era superiores aos negros. 
	Posteriormente, tentou-se explicar essas disparidades com estudos científicos. Tentavam legitimar as arbitrariedades com argumentos científicos. Não eram análises criteriosas, mas sim influenciadas para legitimar as situações, que a luz dos novos direitos humanos não poderiam ser justificadas. A intenção era fundamentar os tratamentos desiguais, para poder diferenciar o tratamento entre as pessoas. 
	No século XIX, houve o uso indiscriminado da tecnologia. Por ex., aumentou-se o trabalho, por conta da eletricidade, mas também aumentou-se a exigência do trabalhador, as condições tornaram-se cada vez mais insalubres. 
	Questão de Gênero e Escravidão
	Não existia a ideia de que os Estado deviam prestar prestações positivas. Era uma exploração do trabalho, sem a intervenção do Estado.
	Discussão sobre os Movimentos Trabalhistas e Revisão dos Direitos Fundamentais
	Aqui surge a doutrina socialistam no século XIX, com uma crítica dos trabalhistas aos direitos individuais, porque diziam que todos têm direito ao trabalho, por exemplo, mas nem todos tinha oportunidade, e quando tinha esse trabalho era insalubre, extenuante. Para eles isso não era direito e sim opressão. 
	Nesse contexto Marx, diz que esses direitos individuais são dos burgueses, que retiram a mais valia dos trabalhadores, que são oprimidos e não têm direitos respeitados. 
	Por isso o apelo socialista teve forte adesão por conta das péssimas condições de vida das pessoas. 
	Social-Democracia: Constituição de Weimar e Constiuição Mexicana: o consenso social é para estabelecer medidas que mudem o capitalismo.
	A ONU inaugurou os Direitos Humanos Internacionais, antes dela há alguns elementos que já trabalham com força internacional:
1.º Direito Humanitário: direito de guerra. O direito Humanitário hoje é regulamentado pelas Convenções de Genebra. E também através de alguns protocolos adicionais facultativos, que ampliam os direitos previstos nas Convenções de Genebra;
2.º Depois da 1ª. Guerra surgiu a Liga das Nações, para apaziguar as disputas entre os Estados, estabelecendo um convívio mais harmônico entre as nações. Aqui surge um certo sistma embrionário de proteção aos direitos humanos.
3.º OIT – Tem inúmeras convenções sobre direitos humanos que se relacionam com o direito do trabalho. O Brasil é um dos membros fundador da OIT. 
4.º Nações Unidas – Carta de 1945 – ONU – International Bill of Rigths, Kelsen foi homenageado na fundação da ONU.
	Comissão de Direitos Humanos criada em 1946, a sua primeira função é criar a Declaração Universal de Direitos Humanos de 1948. Parte de uma visão de indivisibilidade e interdependência dos direitos humanos. 
	Inicialmente a Declaração Universal dos Direitos Humanos tinha força de Recomendação, não vinculavam necessariamente as autoridades Estatais. Por isso criaram-se os Pactos Internacionais de Direitos Civis e Políticos e Pacto de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. 
	Esses pactos prevêem direitos importantíssimos, como o direito de nenhum indivíduo passar fome, direito a vida, associação, liberdade de ir e vir. 
Soberania dos Estados
	Um dos elementos de qualquer Estado é a soberania, um estado para ser reconhecido deve ser soberano. O poder absoluto doEstado hoje já não é tão absoluto, porque o Estado tem que respeitar os direitos humanos, por exemplo. 
	A soberania popular não pode afrontar a ideia dos direitos humanos.
Hermenêutica dos direitos humanos 
	 Os direitos humanos propõem uma hermenêutica diferenciada. O direito internacional dos direitos humanos defende que um tratado de direitos humanos, por mais que tenha uma hierarquia superior a outras leis, não revoga normas do direito interno que são mais BENEÉFICAS. 
	Isso ampliou-se porque as normas mais favoráveis aos Direitos Humanos devem prevalecer. O tratado de direitos humanos é um mínimo de direitos humanos que a comunidade internacional deve reconhecer. 
Mecanismos de proteção aos Direitos Humanos 
	Tratados, normas que vinculam os Estados, desde que o Estado internalize. O próprio Estado é obrigado a proteger e reconhecer. Se o Estado não faz devem existir mecanismos internacionais de proteção.
	O País tem que reconhecer que aceita que um outro país apresente denúncias e comunicações sobre violações dentro do seu território. 
Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio
	Genocídio: destruir em todo ou em parte um grupo. 
	Estatuto de Roma, criou o Tribunal Penal Internacional.
	Este Tribunal regulamenta e sanciona crime de genocídio, crime contra a humanidade (ataques generalizados), crime de guerra (violação ao direito humanitário e crime de agressão (quando o país procura agredir a soberania e a população de outro país). 
	É montado com uma promotoria, recebe denúncias do Conselho da ONU. O TP tem três câmaras, a primeira é de questões preliminares, analisa se todos os requisitos estão presentes para processamento. Na segunda câmara julga-se o processo, e uma terceira câmara de recurso.
	A pena máxima é de 30 anos, excepcionalmente pode-se aplicar prisão perpétua. Permite também a condenação civil das pessoas relacionadas a este crime. 
Sistema Interamericano de direitos humanos 
	OEA – fundada em 1948, atualmente tem 35 membros. 
	Também estabelecida a Declaração Americana de Direitos e Deveres do Homem.
	Convenção Americana de Direitos Humanos – 1969 – Os EUA, Canadá e Cuba não ratificaram. 	Essa convenção não prevê direitos sociais em espécie por força dos EUA, há apenas uma previsão genérica. Os EUA assinaram, mas não ratificaram. 
	Essa convenção já prevê Comissão Interamericana e a Corte Interamericana. 
	A ONU, a partir da década de 70 começou a encorajar o Sistema Regional de Proteção aos direitos humanos, por perceber que nesse sistema é mais fácil o consenso, por conta da língua, igualdades históricas, por serem menos membros. 
	A Convenção Americana prevê direito de resposta, a proibição de prisão civil, estabelece que as suas normas nunca prejudicarão as norma interna sobre direitos humanos que forema mais favoráveis.
	Também prevê que o Estado que acabou com a pena de morte, nunca mais poderá restabelecer. Além disso, nos Estados que adotam a pena de morte, não pode ser para crimes políticos e apenas aplicados para crimes graves.
	A Comissão Interamericana aceita petições de indivíduos, pessoas, grupos, países, etc. É a comissão que recebe as petições, as pessoas, indivíduos e grupos não podem peticionar direto para a corte. A comissão faz um juízo de requisitos, por exemplo se não esgotou os recursos no direito interno, se a parte pediu apenas para a corte, analisa se as situações de fato são verossímeis. 
	A Comissão pode pedir informações para o país denunciado. 
	A Comissão pode determinar uma Recomendação, e se o Estado não cumprir, ela está obrigada a remeter o caso para a Corte. Só não remeterá se houver o voto da maioria absoluta dos membros.
	A comissão interamericana tem sede nos EUA. Já a Corte Interamericana tem sede em Sâo José da Costa Rica.
	A Corte tem função construtiva e também jurisdicional, para julgar caso, quando os Estado dizem que a Corte pode julgar casos do Estado parte.
	O Brasil reconheceu competência jurisdicional da corte. 
Discussão Universalismo e Relativismo
	Sistema global: vale para todo o globo
	Sistema regional: vale apenas para a região.
	Há direitos humanos que são aplicáveis a todas as pessoas. 
	Adota-se um universalismo mitigado, que diz que apesar de reconhecer a cultura de cada povo, é necessário o reconhecimento de determinados direitos humanos para todas as pessoas. 
	Valores asiáticos: os países da Ásia afirmam que em razão da sua cultura, os seus direitos humanos devem ser vistos de forma diferente.

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