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Etnocentrismo, Relativismo Cultural e Evolucionismo Cultural- Morgan

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Etnocentrismo
	Etnocentrismo é a bagagem cultural de uma sociedade, ela determina que o modo de vida adotado por eles seja o correto, e todas as outras culturas opostas incorretas.  
	O Etnocentrismo também está muito ligado à superioridade e a dominação, considerando a classe dos dominados como sub-humanos, e os enxergam como uma ameaça à sua maneira de ser, e a maneira que encontraram para defender-se foi eliminar quem os ameaçava, de forma violenta e sangrenta. A outra forma de demonstrar seu poder sem eliminar, é oprimindo e explorando, dando o status de inferioridade e descriminação.
	Etnocentrismo é um conceito da Antropologia definido como a visão demonstrada por alguém que considera o seu grupo étnico ou cultura o centro de tudo, portanto, num plano mais importante que as outras culturas e sociedades.
Relativismo Cultural
	O conceito de relativismo cultural pode ser considerado o exato oposto do etnocentrismo.
	Relativismo cultural é uma perspectiva da antropologia que vê diferentes culturas de forma livre de etnocentrismo, o que quer dizer sem julgar o outro a partir de sua própria visão e experiência.
	Como conceito científico, o relativismo cultural pressupõe que o investigador tenha uma visão neutra diante do conjunto de hábitos, crenças e comportamentos que a princípio lhe parecem estranhos, que resultam em choque cultural.
	O relativismo cultural é uma corrente de pensamento ou doutrina que tem como objetivo entender as diferenças culturais e estudar o porquê das diferenças entre culturas distintas. Enquanto o etnocentrismo tem uma vertente de confronto, o relativismo aborda as diferenças de uma forma apaziguadora.
	É importante destacar que o relativismo cultural é uma ideologia que defende que os valores, princípios morais, o certo e o errado, o bem e o mal, são convenções sociais intrínsecas a cada cultura. Um ato considerado errado em uma cultura não significa que o seja também quando praticado por povos de diferente cultura.
Evolucionismo cultural, segundo Lewis Morgan
	De acordo com a teoria evolucionista da humanidade, a história do homem seguiu, desde sempre, um mesmo caminho, linear e progressivo. Analisando algumas condições entendidas como universais, pode-se traçar o caminho realizado pelo homem desde seus primórdios até os dias de hoje, evidenciando uma diferença temporal entre aqueles que ainda não possuíam determinados estágios desenvolvidos.
	Seguindo a tendência de alguns etnólogos, que tinham como base no séc. XIX a Teoria da Evolução das Espécies de Charles Darwin, Lewis Morgan determinou que as condições básicas que se pode analisar em cada estágio da história humana são, por um lado, as invenções e descobertas e, por outro lado, o surgimento das primeiras instituições. Dessa forma, constatam-se alguns fatos que marcavam a gradual formação e desenvolvimento de certas paixões, ideias e aspirações, comuns aos humanos em cada estágio. Estes fatos são:
1.      A subsistência;
2.      O governo;
3.      A linguagem;
4.      A família;
5.      A religião;
6.      A arquitetura;
7.      A Propriedade.
	Cada um desses fatos e seus desenvolvimentos caracterizariam a formação de um período étnico, permitindo a sua identificação e distinção dos demais. De forma geral, Morgan designou três grandes períodos étnicos da humanidade: a Selvageria, a Barbárie e a Civilização. Vejamos como ocorreram:
A selvageria iniciou-se com o surgimento da raça humana, adquirindo uma dieta à base de peixes e também desenvolvendo o conhecimento e uso do fogo, chegando, por fim, à invenção do arco e flecha;
A barbárie é a fase imediatamente posterior à selvageria, tendo como característica distintiva a invenção da arte da cerâmica. É também caracterizada pela domesticação de animais, bem como do cultivo de plantas através de um sistema de irrigação. O uso de tijolos de adobe e pedras na construção de moradias também fez parte deste período. Por fim, a invenção do processo de fundição do minério de ferro e o uso de ferramentas deste metal.
A civilização, período ao qual pertencemos, tem início, conforme Morgan, com a invenção do alfabeto fonético e o uso da escrita e estende-se, como dito, até a atualidade.
	É assim que Morgan entende o sentido da evolução humana. Em cada uma dessas etapas, as invenções passaram por um processo de adaptação progressiva. 	Pode-se entender que o homem civilizado, porque tem armas mais sofisticadas, instrumentos que exijam uma tecnologia mais avançada e instituições mais consolidadas, é o padrão de referência para o julgamento dos homens nos tempos anteriores a esse status. Mas, será que o índio ou o aborígene não tem cultura? Não seguem regras e não possuem também linguagem? Essa crítica pode ser levantada, pois a chamada civilização torna-se juiz de si mesma, isso criou o que conhecemos na história como Etnocentrismo, ou seja, uma etnia no centro, julgando as outras a partir de suas próprias condições.
	Portanto, é deste modo que a sociedade atual fala em progresso, em evolução e institucionalização, pois segue a ideia clássica de que a humanidade tem uma mesma origem no tempo, embora em espaços diferentes, mas que aquelas sociedades que se livram das condições de estágios anteriores, alcançaram o nível de civilidade, enquanto as outras que não se livraram dessas mesmas condições continuam, seja num estágio de selvageria, seja num estágio de barbárie.
	Períodos
	Condições
	
	I. Período inicial Período final de selvageria
	 Status inferior de selvageria
	 Da infância da raça humana até o começo do próximo período.
	II. Período intermediário Período final de selvageria
	Status intermediário de selvageria
	Da aquisição de uma dieta de subsistência à base de peixes e de um conhecimento do uso do fogo até etc.
	III. Período final de selvageria
	Status superior de selvageria
	Da invenção do arco e flecha etc.
	IV. Período inicial de barbárie
	Status inferior de barbárie
	Da invenção da arte da cerâmica até etc.
	V. Período intermediário de barbárie
	Status intermediário de barbárie
	Da domesticação de animais no hemisfério oriental, do cultivo irrigado de milho e plantas, com o uso de tijolos de adobe e pedras, até etc.
	VI. Período final de barbárie
	Status superior de barbárie
	Da invenção do processo de fundir minério de ferro, com o uso de ferramentas de ferro, até etc.
	VII. Status de civilização
	Status de civilização
	Da invenção do alfabeto fonético, com o uso da escrita, até o tempo presente.

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