Reflexoes para Plano de Ensino

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Centro de Educação Profissional de Campinas 
“Prefeito Antonio da Costa Santos” 
 
 
Algumas Reflexões sobre o Plano de Ensino - CEPROCAMP 2014 
1. PLANO DE ENSINO: 
Esse documento serve de instrumento de trabalho de modo amplo. É um organizador de referência para o 
processo de ensino-aprendizagem que ocorrerão durante um curso. 
 
2. OS PRINCÍPIOS DE UM PLANO DE ENSINO: 
Possuir estreita relação com o Plano de Curso para garantir a coerência e integração de ações; 
Ser construído com base no contexto real considerando as necessidades e possibilidades dos alunos; 
Mostrar-se flexível e aberto, permitindo os ajustes sempre que necessário; 
Deve ser executável em um determinado tempo, com visibilidade para o processo e o cronograma. 
Acompanha o trabalho docente todo o tempo, não é um documento "entregue" no início do módulo e 
arquivado. 
 
3. DADOS QUE DEVEM CONSTAR NO PLANO DE ENSINO 
Como existem inúmeras opções de estrutura de um plano de ensino, nesse momento sugerimos uma 
determinada forma para padronizar um modelo para o CEPROCAMP e que ao mesmo tempo expressa as 
concepções que a Instituição tem como identidade. O importante é que o Plano de Ensino assegure a 
organização estrutural de forma coerente com as situações de ensino-aprendizagem. 
 
3.1 – EMENTA 
Consta no projeto pedagógico do curso. Ementa discursiva que resume o conteúdo do componente curricular. 
Apresenta os tópicos essenciais do componente curricular. 
 
3.2 – OBJETIVOS GERAIS 
Expressam os objetivos educacionais, demonstrando “o perfil” profissional e educativo esperado. Expressam 
propósitos mais amplos do componente curricular definem as grandes linhas e as , perspectivas da prática. São 
as bases para a definição dos objetivos específicos. 
 
 
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3.3 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS (Capacidades de aprendizagem a serem desenvolvidas pelos alunos) 
Devem ser elaboradas de acordo com as competências e habilidades do projeto pedagógico do curso e estão 
intimamente associadas aos objetivos gerais. Devem ser realizados de forma processual e referem-se às ações 
concretas a realizar. 
A escrita deve conter verbos no infinitivo, especificando as capacidades (habilidades) que serão construídas 
pelos alunos. 
São ações concretas que expressam o que se pretende fazer; determinam exigências e resultados esperados da 
atividade dos alunos, referentes a conhecimentos, atitudes, habilidades e convicções cuja aquisição e 
desenvolvimento ocorrem no processo de transmissão/assimilação e construção do conhecimento nas 
disciplinas em estudo. 
 
3.4 – CONTEÚDO 
Representam os conhecimentos necessários para a formação, os temas ou assuntos que são estudados durante 
o curso, em cada componente curricular bem como os procedimentos e os valores que deverão concretizar e 
permear o aprendizado. 
É através da construção dos conteúdos (conceitos, atitudes, ações, valores) que o conhecimento será formado. 
 São os conhecimentos sistematizados que devem estar associados e articulados em nível crescente de 
complexidade de forma a garantir que, a partir de sucessivas aproximações, o aluno possa aprendê-lo e aplicá-
lo. 
 Devem ser selecionados de forma que sirvam de mediadores para que os alunos compreendam a 
realidade. 
 Devem contemplar os conhecimentos, as atitudes e habilidades nos domínios cognitivos, afetivos e 
psicomotores. 
Nesse plano de ensino trabalhamos com a concepção de três conceitos de conteúdos: 
 
3.4.1 - Conteúdos Conceituais - O que é preciso "saber" 
Entre outros requisitos, o que permite que os alunos aprendam conceitos de maneira significativa na escola é: 
 
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a) Possuir uma série de saberes pessoais. 
 
b) Contar com professores dispostos a trabalhar considerando os alunos como centro de sua intervenção. 
O conhecimento em qualquer área requer informação. Para aprender um conceito, é necessário estabelecer 
relações significativas com outros conceitos. 
 
Os objetivos específicos associados aos conteúdos conceituais são referentes a fatos, conceitos e princípios e 
frequentemente são formulados mediante os seguintes verbos: IDENTIFICAR, RECONHECER, CLASSIFICAR, 
DESCREVER, COMPARAR, CONHECER, EXPLICAR, RELACIONAR, SITUAR (no espaço ou no tempo), LEMBRAR, 
ANALISAR, INFERIR, GENERALIZAR, COMENTAR, INTERPRETAR, TIRAR CONCLUSÕES, ESBOÇAR, INDICAR, 
ENUMERAR, ASSINALAR, RESUMIR, DISTINGÜIR, APLICAR, etc. 
 
3.4.2 - Conteúdos Procedimentais - "saber fazer" 
O que implica aprender um conteúdo procedimental provém de seu caráter de "saber fazer". A característica do 
saber fazer se refere à realização de ações e de exercícios de reflexão sobre a própria atividade e de aplicação 
em contextos diferenciados. 
Torna claro o caráter necessariamente significativo e funcional que deve ter a contribuição desse conteúdo. 
Os objetivos referentes aos procedimentos frequentemente são formulados mediante os seguintes verbos: 
MANEJAR, CONFECCIONAR, UTILIZAR, CONSTRUIR, APLICAR, COLETAR, REPRESENTAR, OBSERVAR, 
EXPERIMENTAR, TESTAR, ELABORAR, SIMULAR, DEMONSTRAR, RECONSTRUIR, PLANEJAR, EXECUTAR, COMPOR, 
etc. 
 
3.4.3 - Conteúdos Atitudinais - "ser" 
Valores, princípios, tendências ou disposições adquiridas e relativamente duradouras que constituem a 
formação educacional para aquela determinada área profissional. 
De forma ampla, refere-se aos conhecimentos e crenças; sentimentos e preferências; conduta em ações 
manifestas e declaração de intenções. 
 
Os objetivos específicos para a aprendizagem dos conteúdos atitudinais referem-se aos valores, às normas e 
 
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atitudes e podem ser formulados mediante os seguintes verbos: COMPORTAR-SE (de acordo com), RESPEITAR, 
TOLERAR, APRECIAR, PONDERAR (positiva ou negativamente), ACEITAR, PRATICAR, SER CONSCIENTE DE, 
REAGIR A, CONFORMAR-SE COM, AGIR, CONHECER, PERCEBER, ESTAR SENSIBILIZADO, SENTIR, PRESTAR 
ATENÇÃO À, INTERESSAR POR, OBEDECER, PERMITIR, PREOCUPAR-SE COM, DELEITAR-SE COM, RECREAR-SE, 
PREFERIR, INCLINAR-SE A, TER AUTONOMIA, PESQUISAR, ESTUDAR, etc. 
 
3.5. - ESTRATÉGIAS/RECURSOS 
São os espaços, a prática e os instrumentos para que os conhecimentos sejam construídos. 
Devem relacionar, de forma intensa, o objetivo (para quê), o perfil do aluno (com quem) com os conteúdos (o 
quê). 
Devem ser diversificados, atendendo às diferentes formas de construir o aprendizado. As situações de 
aprendizagem devem ser diversificadas, registradas e sistematicamente avaliadas se atingem ou não os 
objetivos. 
A seleção dos instrumentos e metodologias/ técnicas deve considerar as competências e padrões desejados, 
bem como a natureza da instituição CEPROCAMP. É interessante pensar numa conjugação de instrumentos que 
permitam captar melhor as diversas dimensões dos domínios das competências(conhecimentos gerais, 
habilidades, atitudes e conhecimentos técnicos específicos). 
 
3.6 - AVALIAÇÃO 
Visa ao acompanhamento, aos redirecionamentos necessários. Possibilita o encaminhamento para a 
consecução dos objetivos previstos. 
É importante fundamentar como será o processo avaliativo, quais os instrumentos de avaliação que serão 
usados e como serão constituídas o conceito final. 
No Plano de Ensino CEPROCAMP, trabalhamos com o conceito de três tipos de avaliações: 
3.6.1 - Avaliação de Impacto (diagnóstica) 
Este tipo de avaliação realiza-se no início do curso, do semestre, da unidade ou de um novo tema e pretende 
verificar o seguinte: 
 Identificar a realidade de aprendizagem dos alunos para o desenvolvimento do processo. 
 Partir de situações concretas. 
 
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 Constata as particularidades. 
 
3.6.2 - Avaliação formativa 
Esta avaliação ocorre ao longo de todo o período de aulas de cada componente curricular. É através desta 
avaliação que se faz o acompanhamento progressivo do aluno; ajuda o aluno a desenvolver as capacidades 
esperadas, ao mesmo tempo que fornece informações sobre o desempenho. 
 Informa se os objetivos estão ou não a ser atingidos pelos alunos. 
 Identifica obstáculos que estão a comprometer a aprendizagem. 
 Localiza as dificuldades. 
 
3.6.3 - Avaliação somativa 
Esta avaliação classifica os alunos no fim de um semestre/trimestre, do curso, do ano letivo, segundo níveis de 
aproveitamento. Tem a função classificadora (classificação final). 
A avaliação somativa está preocupada com os resultados das aprendizagens. Ela pretende, assim, fazer um 
balanço somatório de uma ou várias sequências do trabalho de formação. Essa modalidade avaliativa sintetiza 
as aprendizagens dos alunos tendo por base critérios gerais. 
Seu principal objetivo é determinar o grau de domínio do aluno em uma área de aprendizagem, o que 
permite validar/ legitimar uma qualificação que, por sua vez, pode ser utilizada como um sinal de credibilidade 
da aprendizagem realizada. Pode ser chamada também de função creditativa. 
É utilizada para possibilitar a classificação dos alunos ao final de um período de aprendizagem, de 
acordo com os níveis de aproveitamento. 
 
3.6.4 - Projetos 
Ainda sobre a avaliação queremos sugerir algumas técnicas e instrumentos poderiam ser pensados, a 
saber: 
 desenvolvimento de projetos; 
 observação da resolução de problemas em situações simuladas a partir da realidade; 
 estudos de casos; 
 provas operatórias; 
 
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 portfólios. 
Os projetos são instrumentos úteis para avaliar a aprendizagem na educação escolar, uma vez que permitem 
verificar as capacidades de: 
 representar objetivos a alcançar; 
 caracterizar propriedades daquilo que será trabalhado; 
 antecipar resultados intermediários e finais; 
 escolher estratégias mais adequadas para a resolução de um Problema; 
 executar ações para alcançar processos e resultados específicos; 
 avaliar condições para a resolução do problema; 
 seguir critérios preestabelecidos. 
 
4 - FORMAS DE RECUPERAÇÃO DA APRENDIZAGEM 
Detalhar como o professor fará o acompanhamento da aprendizagem do aluno durante o período de aula e 
quais serão os encaminhamentos para recuperação desse aluno quando os resultados parciais forem muitos 
distantes dos objetivos do componente curricular. 
 
5 – REFERÊNCIA 
Fontes a partir das quais os estudos serão realizados; podem ser livros, revistas, jornais, artigos, textos escritos 
por professores e alunos, entre outros. 
OBS: as referências deverão estar de acordo com o Projeto Pedagógico do Curso. Qualquer 
alteração em relação às referências deverá ser atualizada. 
 
Referencias Bibliográficas: 
http://www.gestiopolis.com/Canales4/ger/avaliacao.htm / último acesso em 27/01/2013 
http://www.udemo.org.br/RevistaPP_01_11PlanodeEnsino.htm / último acesso em 27/01/2013 
http://www.eselx.ipl.pt/ciencias-sociais/MCS_III_06.htm / último acesso em 27/01/2013 
LOCATELLI, I. Avaliações em educação: novas perspectivas. Porto Editora, 1995. 
PERRENOUD, P. Novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. 
SACRISTAN, G. Consciência e ação sobre a prática como libertação profissional dos professores. In: NÓVOA, Profissão, Professor. Porto Editora, 1995.