Buscar

TGP II_AULA 3_COMPET+èNCIA

Prévia do material em texto

1
COMPETÊNCIA
Competência absoluta;
Competência relativa;
Princípio da perpetuação da competência;
Hipóteses de modificação da competência;
Conflito de competência.
COMPETÊNCIA ABSOLUTA
É aquela estabelecida em favor do interesse público, não 
podendo ser modificada pela vontade das partes (foro 
de eleição – art. 111, primeira parte, CPC), tampouco 
pelo fenômeno da prorrogação. Sua não observância 
gera a nulidade absoluta do processo, permitindo a 
relativização da coisa julgada por meio da Ação 
Rescisória (art. 485, II, CPC). O Juiz deve conhecê-la 
de ofício, remetendo os autos à autoridade judiciária 
competente ao julgamento do feito e declarando nulos 
todos os atos decisórios que porventura proferiu.
São absolutas as competências fixadas em razão da 
matéria, pessoa e funcional, bem como a territorial 
estabelecida pelo art. 95 do CPC (imóveis).
2
COMPETÊNCIA RELATIVA
É aquela estabelecida em favor do interesse privado, na 
busca de uma facilitação na defesa. Admite modificação 
pelo consenso das partes (foro de eleição – art. 111, 
segunda parte, CPC), bem como pelo fenômeno da 
prorrogação – sua ocorrência não gera nulidade 
absoluta do processo, sendo, portanto, sanável.
Ela não pode ser declarada de ofício (súmula 33 – STJ) 
dependendo de manifestação expressa da parte 
interessada, em momento oportuno (momento da 
resposta), através de instrumento próprio, denominado 
exceção de incompetência.
São relativas as competências fixadas pelo critério 
territorial (salvo a do art. 95, CPC) e em razão do 
valor da causa.
Através de exceçãoSob qualquer forma
Alegável no prazo da 
resposta do réu – prorrogação
A qualquer tempo e grau de 
jurisdição
Argüição da parteReconhecimento de ofício
Nulidade relativa (sanável)Nulidade absoluta (insanável)
Interesse privadoInteresse público
COMP. RELATIVACOMP. ABSOLUTA
3
PRINCÍPIO DA PERPETUAÇÃO (art. 87, CPC)
Pela “perpetuatio jurisdictionis”, o Juiz que primeiro 
conhecer do processo perpetua nele sua jurisdição, 
independente de modificações posteriores das regras 
de competência.
Exceção a esta regra são os casos modificações 
posteriores de competência, em observância a critérios 
absolutos de fixação (material, pessoal e funcional). 
Ex.: um foro possui duas Varas Cíveis, o que é
modificado por ato do Tribunal, que ali cria uma Vara de 
Família. Ocorrido isso, os processos de família que 
tramitavam perante os Juízes cíveis deverão ser 
submetidos à jurisdição do novo Juiz de família, uma 
vez que a fixação de sua competência se deu em razão 
da matéria, critério absoluto que excepciona o princípio 
da perpetuação da competência.
HIPÓTESES DE MODIFICAÇÃO
PRORROGAÇÃO: fenômeno processual pelo qual o Juiz 
relativamente incompetente se torna o Juiz competente 
para a causa, por ausência de manifestação do réu;
CONEXÃO: fenômeno que determina a reunião de duas 
ou mais ações para julgamento conjuntos, afim de 
evitar decisões conflitante. Decorre da identidade do 
pedido ou da causa de pedir (ponto em comum). Ex.: 
em razão de um negócio, João e Antonio passaram a 
discutir a propriedade de um televisor, sem chegar em 
um acordo. Indignado, João ajuizou um processo contra 
Antonio exigindo a entrega do bem. Antonio, por sua 
vez, também entrou com um processo, exigindo que 
esse pagasse o valor combinado pela TV. Em ambos 
os processo, a causa de pedir foi o negócio firmado.
4
HIPÓTESES DE MODIFICAÇÃO
CONTINÊNCIA: ocorre quando duas ou mais ações tem 
as mesmas partes e a mesma causa de pedir, mas o 
pedido de uma engloba a de outra. Ex.: João entra com 
duas ações de reintegração de posse contra Antonio; 
em uma postula apenas a reintegração e na outra a 
reintegração e indenização por perdas e danos;
PREVENÇÃO: ocorrida a conexão ou a continência, deve 
ser firmado qual juiz será o competente ao julgamento 
das duas ou mais ações reunidas, o que se faz pelo 
fenômeno da prevenção. Sendo juízes de mesma 
competência territorial, aplica-se a regra do art. 106, 
CPC (primeiro que determinar a citação do réu); Se de 
competência territorial diversa, aplica-se o art. 219, 
CPC, ficando prevento o que primeiro promoveu a 
citação válida (que se confirmou).
CONFLITO DE COMPETÊNCIA
Ocorre quando dois ou mais juízes de entendem 
competentes (conflito positivo) ou incompetentes 
(conflito negativo) para julgamento da demanda.
Esse conflito será dirimido pelo órgão imediatamente 
superior às autoridades judiciárias em conflito (ver 
tabela).
O conflito pode ser suscitado pela manifestação dos 
juízes envolvidos (ofício), pelas partes do processo e 
pelo Ministério Público (através de petição) – art. 
116/118, CPC.
Instaurado o conflito de competência, suspenso estará o 
processo em que ocorreu, sendo admitido apenas a 
prática de atos urgentes (art. 120, CPC).
5
STF
Tribunais Superiores (STJ, TST, TSE 
e STM) entre si ou com outros 
Tribunais
STJTribunal e Juízes de 1º. Grau ou entre Tribunais
STJJuízes de 1º. grau vinculados a tribunais distintos
Tribunal respectivo (TJ ou TRF)Juízes de 1º. grau vinculados a um 
mesmo Tribunal
Autoridade julgadora do conflitoAutoridades em conflito

Continue navegando