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Aula 08 - TGP e Processo do Conhecimento

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TEORIA GERAL DO PROCESSO
U1- NOÇÕES TEÓRICAS BÁSICAS DO 
PROCESSO
U3S2 
ÉTTORE DE LIMA
Princípios inerentes à 
jurisdição
A atividade jurisdicional é informada
por princípios fundamentais que, com ou sem
expressão na própria lei, fazem parte da
substância ou essência deste instituto,
fundamentando os alicerces em que esse se
finca. São, os princípios, os responsáveis pelo
norte a ser dado no desenvolvimento de
determinada disciplina ou instituto, servindo
ainda de segura orientação para o exercício da
interpretação.
UNICIDADE E 
INDIVISIBILIDADE
➢ A jurisdição pode conhecer de qualquer
espécie de problema jurídico.
INDAGAÇÃO
Poderíamos ter outros sistemas?
O que você acha da divisão da jurisdição?
SECUNDARIEDADE
➢ A jurisdição deve ser o último caminho na
busca de solucionar os conflitos. Em tese, o
direito deveria ser realizado sem que
houvesse atuação da jurisdição.
❑ Cultura demandista brasileira.
▪ Como ocorre nos outros países do mundo ?
TERRITORIALIDADE
➢Os juízes somente podem atuar nos limites
territoriais traçados pela lei para o
exercício de sua função jurisdicional.
➢ Exceções: previsão legal.
Obs: prévia → Jurisdição e competência.
INVESTIDURA
➢ Somente poderá desempenhar a função
jurisdicional aquele que tenha sido
regularmente investido nesta função.
INDELEGABILIDADE
➢O exercício da jurisdição não pode ser
delegado, ou seja, transferido para outrem.
Assim, uma vez fixada a jurisdição a
determinado magistrado, caberá a ele, em
regra, por exemplo, proferir as decisões
pertinentes aos processos que lhe foram
distribuídos.
Exceções: previstas em lei.
INEVITABILIDADE
➢ A relação existente entre as partes
envolvidas no conflito e o Estado-juiz é uma
relação de inevitável sujeição. Uma vez
integrada à relação processual, não há
qualquer necessidade de prévia aceitação da
parte ou mesmo da expressão de sua vontade
para que ela tenha que se sujeitar aos
comandos da jurisdição.
OBS: direito processual é ramo de direito
público.
INAFASTABILIDADE DA 
JURISDIÇÃO
➢ Está previsto na Constituição Federal, no art. 5º,
inciso XXXV: “a lei não excluirá da apreciação do
Poder Judiciário lesão ou ameaça de lesão”. Toda
lesão ou ameaça de direito não poderá ser afastada
do conhecimento do Poder Judiciário.
➢Exceção: para as questões da justiça desportivas há
a necessidade do esgotamento das vias
administrativas desportivas para a lide seja levada
ao Judiciário.
➢Exceção: meios administrativos de resolução de
determinados conflitos.
JUIZ NATURAL
➢Ninguém poderá ser processado senão por
autoridade competente, assim entendida como
aquela cuja competência está expressa e
previamente prevista em lei. A Constituição
Federal disciplina normativamente este princípio
ao prever que “ninguém será processado nem
sentenciado senão pela autoridade competente”
(art. 5º, LIII) e, ainda, que “não haverá juízo ou
tribunal de exceção” (art. 5º, XXXVII).
OBS: distribuição de ações; justiças
especializadas; suspeição e impedimento.
COMPETÊNCIA
❑ Refere-se ao limite do exercício de um
poder.
Por meio dessas regras é possível saber de
antemão qual será o órgão jurisdicional que
poderá conhecer e julgar determinado
conflito. Trata-se da forma de se concretizar
o princípio do juiz natural
Art. 42 CPC.
JURISDIÇÃO X COMPETÊNCIA
A jurisdição se trata da função estatal (ou
delegada pelo Estado) que consiste
preponderantemente em resolver os conflitos
instaurados perante determinada sociedade, e
a competência define a qual órgão caberá a
solução dos conflitos. A jurisdição, como
estudamos, é una, mas o tipo de conflito que
caberá a cada órgão pacificar depende
justamente das regras de competência.
JUIZ x JUIZO
❑ JUIZ: referência direta à pessoa de quem está
exercendo o cargo.
❑ JUÍZO: decorre da distribuição de
competência (órgão jurisdicional) estabelecida
em lei, está ligada ao poder concedido pelo
Estado ao Exercício da Jurisdição.
Essa distinção será muito importante quando 
falarmos mais adiante da incompetência e 
impedimento.
IMPEDIMENTO E 
INCOMPETÊNCIA
❑ IMPEDIMENTO: trazem vedações de
ordem objetiva aos juízes para atuarem em
determinados processos. São vedações,
portanto, que dizem respeito a qualidades
inerentes à pessoa do magistrado.
❑ INCOMPETÊNCIA: estamos analisando
outro rol de impossibilidades de atuação de
magistrados, dessa vez não mais
relacionadas à sua pessoa, mas, sim, ao
próprio órgão jurisdicional que compõem.
IMPEDIMENTO
Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no
processo:
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou
como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou
membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente,
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou
parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau,
inclusive;
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa
jurídica parte no processo;
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das
partes;
VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de
emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços;
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu
cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou
colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de
outro escritório;
IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado.
SUSPEIÇÃO
Art. 145. Há suspeição do juiz:
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de
seus advogados;
II - que receber presentes de pessoas que tiverem
interesse na causa antes ou depois de iniciado o
processo, que aconselhar alguma das partes acerca do
objeto da causa ou que subministrar meios para atender
às despesas do litígio;
III - quando qualquer das partes for sua credora ou
devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de
parentes destes, em linha reta até o terceiro grau,
inclusive;
IV - interessado no julgamento do processo em favor
de qualquer das partes.
IMPEDIMENTO E 
INCOMPETÊNCIA
CRITÉRIOS PARA A 
DETERMINAÇÃO DA 
COMPETÊNCIA
CRITÉRIOS PARA A 
DETERMINAÇÃO DA 
COMPETÊNCIA
❑ TERRITORIAL: A lei estabelece uma série de regras que
repartem geograficamente as atribuições dos órgãos
jurisdicionais. Basicamente, a competência territorial
determina qual será o foro competente para dirimir
determinado conflito.
❑FUNCIONAL: esse critério encontra utilidade para verificar
qual órgão terá a competência originária para conhecer
determinada ação: se um tribunal ou um juiz monocrático: “A
competência funcional pode ser determinada a partir do objeto
do próprio juízo, da hierarquia e das distintas fases do
procedimento”. A regra que prevalece no nosso ordenamento
jurídico é que as ações devem ser propostas perante juízes
monocráticos. A propositura de ações perante os tribunais é
excepcional e deve ter expressa previsão em lei.
❑OBJETIVOS: valor da causa, matéria ou pessoa.
PRINCÍPIO DA PERPETUATIO 
JURISDICTIONIS
❑ Uma vez fixada a competência, em virtude da
distribuição da ação, em regra, quaisquer alterações
fáticas ou jurídicas posteriores são irrelevantes, não
influindo no órgão competente para dirimir a
matéria. Uma vez distribuída a ação, portanto, em
regra, a competência restará estabilizada.
OBS: caso de conexão (duas ou mais ações têm em
comum o pedido ou a causa de pedir) e continência
(identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o
pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das
demais) são distribuídos por dependência (art. 286,
CPC).
PREVENÇÃO
❑O instituto da prevenção tem lugar quando
há necessidade de se decidir qual é o juiz
competentepara julgar determinada ação
quando houve propositura de duas ou mais
ações conexas para juízes, em tese,
igualmente competentes para julgar a
matéria.
REUNIÃO DE PROCESSOS
❑ Será a data de registro ou de
distribuição da petição inicial que tornará
prevento o juízo, sendo que eventuais outras
ações conexas eventualmente distribuídas
posteriormente a outros juízos deverão ser
reunidas para julgamento conjunto. Devem
ser reunidos para julgamento conjunto “os
processos que possam gerar risco de
prolação de decisões conflitantes ou
contraditórias caso decididos
separadamente, mesmo sem conexão entre
eles”.
DELIMITAÇÃO DOS CRITÉRIOS 
DE COMPETÊNCIA
❑ Há previsões normativas acerca da competência
na Constituição Federal, no Código de Processo
Civil, nas legislações especiais, nas normas de
organização judiciária, e ainda nas Constituições
dos Estados da federação. Essas são as
denominadas fontes normativas da
competência, cuja previsão se encontra no
artigo 44, NCPC.
❑ Regramento: CDC (foros comuns e especiais).
DELIMITAÇÃO DOS CRITÉRIOS 
DE COMPETÊNCIA
❑ Há previsões normativas acerca da competência
na Constituição Federal, no Código de Processo
Civil, nas legislações especiais, nas normas de
organização judiciária, e ainda nas Constituições
dos Estados da federação. Essas são as
denominadas fontes normativas da
competência, cuja previsão se encontra no
artigo 44/53, NCPC.
❑ Regramento: CDC (foros comuns e especiais).
GRADAÇÃO DA COMPETÊNCIA
❑ Competência absoluta: previsões legais inalteráveis por vontade das
partes ou mesmo do juiz que conduzir a causa. Em caso de eventual
desrespeito a tais rígidas previsões, estaremos diante do vício de
incompetência absoluta → INTERESSE PÚBLICO.
❑ Competência relativa: pode, dentro dos limites fixados em lei, ser
modificada, vez que as normas previstas para ela são facultativas.
Nessas situações, o vício gerado pela inobservância das respectivas
regras será de incompetência relativa, que, ao contrário da absoluta,
não pode ser conhecido de ofício pelo juiz. Se a parte interessada não
arguir o vício, a matéria precluirá, ocorrendo a denominada
prorrogação de competência → INTERESSE PRIVADO DAS
PARTES.
* Prorrogação de competência → art. 65 CPC. → Art. 65. Prorrogar-se-á
a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em
preliminar de contestação.
GRADAÇÃO DA COMPETÊNCIA
❑ Em relação aos critérios de fixação, a competência absoluta é
fixada em razão da matéria (matéria cível, matéria penal,
etc); em razão da pessoa (quando se tratar da parte em si,
por exemplo quando a parte tiver alguma prerrogativa de
função, determinada pela legislação); e em razão funcional
(pela hierarquia do órgão e suas repartições de atividade, assim
como do grau de jurisdição).
❑A competência relativa é fixada em razão do valor da
causa, para sua fixação entre o Juizado Especial ou Justiça
Comum; e fixada em razão do foro/território, que em regra é
no domicílio do réu, e suas exceções estão descritas no CPC
(entretanto em ação possessória sobre bem imóvel, a
competência territorial será absoluta - art. 47, § 2º, CPC).
* Cláusula de eleição de foro → art. 63 CPC.

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