Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Estrutura Entidades Órgãos Agentes públicos Atividades Serviço público Poder de polícia Fomento SENTIDO FORMAL ORGÂNICO SUBJETIVO SENTIDO MATERIAL FUNCIONAL OBJETIVO ATIVIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SERVIÇOS PÚBLICOS Satisfação das necessidades coletivas Execução direta ou indireta Regime jurídico predominantemente público POLÍCIA ADMINISTRATIVA Restrições ou condicionamentos Bens/direitos/atividades particulares Em nome do interesse público FOMENTO Iniciativa privada Em nome do interesse público INTERVENÇÃO Na propriedade privada No domínio econômico (MSZP não admite) Principais FORMAS DE ATUAÇÃO CENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA Execução direta pelo Estado Órgãos e agentes dos Entes Políticos DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA Execução Indireta Distribuição externa de competências Outras pessoas jurídicas DESCONCENTRAÇÃO ADMINISTRATIVA Distribuição interna de competências DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DESCONCENTRAÇÃO ADMINISTRATIVA Externa Interna Envolve pessoas jurídicas distintas Ocorre na mesma pessoa jurídica Entidades Órgãos Personalidade jurídica própria (Direito público ou privado) Entes despersonalizados Não há hierarquia Há hierarquia Exemplos: Autarquias (UFRGS, BACEN, IBAMA), Sociedades de economia mista (BB, PETROBRAS), Empresas Públicas (CEF, CORREIOS). Exemplos: Ministérios, Secretarias, Defensoria Pública, Ministério Público, Polícias, Receita Federal, Tribunais. D ES C EN TR A LI ZA Ç Ã O POLÍTICA ADMINISTRATIVA Territorial ou geográfica Por serviços, funcional ou técnica Por colaboração DESCENTRALIZAÇÃO TERRITORIAL Criação de territórios por uma pessoa jurídica de direito público Características da descentralização territorial ou geográfica: Personalidade jurídica de direito público; Capacidade genérica de autoadministração; Delimitação geográfica; Sujeição a controle pelo ente estatal Ex: países como França, Bélgica, Espanha, Portugal, Itália Ex: criação de territórios federais pela União, no Brasil DESCENTRALIZAÇÃO POR SERVIÇOS O Poder Público cria uma pessoa jurídica (de direito público ou privado) e lhe atribui titularidade ou execução de serviço público. Características da descentralização por serviços, técnica ou funcional: Personalidade jurídica de direito público ou privado; Criação por lei ou através de lei; Capacidade específica de autoadministração; Delimitação patrimonial (patrimônio próprio); Sujeição a controle ou tutela pelo ente estatal Ex: autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista DESCENTRALIZAÇÃO POR COLABORAÇÃO O Poder Público atribui a execução de serviço público, por meio de contrato ou ato administrativo, a outra pessoa jurídica. Características da descentralização por colaboração: Personalidade jurídica de direito privado preexistente; Ocorre por contrato ou por ato administrativo; Transferência apenas da execução do serviço; Sujeição a controle (contratual) pelo ente estatal Ex: concessionárias, permissionárias e autorizatárias de serviço público. Desconcentração administrativa é a distribuição de competências entre órgãos de uma mesma pessoa jurídica. C Se, em razão do grande número de contratações realizadas pela União, for criado um Ministério de Aquisições, ter-se-á, nessa situação, exemplo do fenômeno denominado desconcentração administrativa. C A criação do MTE e das superintendências regionais do trabalho e emprego caracteriza a utilização da técnica denominada desconcentração administrativa. C A Administração pública de determinada esfera promoveu planejamento e reestruturação de sua organização, cujo resultado recomendou a criação de uma autarquia para desempenho de serviço público, uma empresa estatal para desempenho de atividade econômica e uma fundação para atrelar recursos e patrimônios fundiários necessários para ditar a política agrária. O movimento levado a efeito pelo ente federado demonstra que a organização administrativa seguiu o modelo de a) desconcentração, utilizando pessoas jurídicas distintas para distribuição de competências. b) descentralização administrativa vertical, na qual se instaura hierarquia entre os entes das diversas pessoas políticas criadas. c) descentralização política, na qual se instaura vínculo hierárquico entre os diversos entes e pessoas jurídicas envolvidas, subordinados ao Chefe do Poder Executivo. d) desconcentração política, na qual se instaura vínculo hierárquico entre as diversas pessoas políticas e jurídicas envolvidas, não obstante esses entes guardem algum grau de autonomia. e) descentralização, por meio da qual há distribuição de competências entre as pessoas jurídicas envolvidas, que detêm capacidade de autoadministração e não se subordinam por vínculo hierárquico com o Chefe do Executivo E Com referência à organização administrativa, assinale a opção correta. a) O Estado, ao desenvolver suas atividades administrativas, atua por si mesmo ou cria órgão despersonalizado para desempenhar essas atividades, mas não pode criar outras pessoas jurídicas para desempenhar tais atividades. b) O Estado não pode transferir a particulares o exercício das atividades que lhe são próprias. c) O Estado pode transferir atividades que lhe são próprias a particulares, mas não pode criar outras pessoas jurídicas para desempenhar essas atividades. d) O Estado desenvolve suas atividades administrativas por si mesmo, mas pode transferi-las a particulares e também criar outras pessoas jurídicas para desempenhá-las; contudo tais entidades devem ter personalidade jurídica de direito público. e) O Estado desenvolve suas atividades administrativas por si mesmo, podendo transferi-las a particulares e também criar outras pessoas jurídicas, com personalidade jurídica de direito público ou privado, para desempenhá-las. E A existência de diversos ministérios, com atribuições distintas, constitui exemplo de descentralização administrativa. E A instituição de órgão próprio para exercer as atribuições de polícia judiciária no âmbito da União é exemplo de descentralização administrativa. E A transferência, mediante ato administrativo, da execução de determinado serviço público a uma autarquia configura descentralização administrativa por outorga. E Configura hipótese de descentralização administrativa a criação de uma eventual Secretaria de Estado de Aquisições do DF. E A respeito da organização administrativa e da administração direta e indireta, assinale a opção correta. a) Uma das diferenças entre a desconcentração e a descentralização administrativa é que nesta existe um vínculo hierárquico e naquela há o mero controle entre a administração central e o órgão desconcentrado, sem vínculo hierárquico. b) Na desconcentração, o Estado executa suas atividades indiretamente, mediante delegação a outras entidades dotadas de personalidade jurídica. c) A centralização é a situação em que o Estado executa suas tarefas diretamente, por intermédio dos inúmeros órgãos e agentes administrativos que compõem sua estrutura funcional. d) A descentralização administrativa ocorre quando uma pessoa política ou uma entidade da administração indireta distribui competências no âmbito da própria estrutura, a fim de tornar mais ágil e eficiente a sua organização administrativa e a prestação de serviços. e) A descentralização é a situação em que o Estado executa suas tarefas indiretamente, por meio da delegaçãode atividades a outros órgãos despersonalizados dentro da estrutura interna da pessoa jurídica descentralizadora. C 3. Órgãos públicos: Teorias sobre as relações do Estado com os agentes públicos; Conceito, Natureza, Classificação TEORIAS Teoria da representação Agente público é mandatário da pessoa jurídica Teoria do mandato Agente público é representante legal do Estado Teoria da imputação ou do órgão A pessoa jurídica manifesta sua vontade por meio do órgão TEORIAS SOBRE AS RELAÇÕES DO ESTADO COM OS AGENTES PÚBLICOS O agente público atua em nome do estado, como titular de um órgão público. A atuação do agente é a atuação do próprio estado. Otto Friedrich Von Gierke Unidade que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos que o integram com o objetivo de expressar a vontade do Estado. A unidade de atuação integrante da estrutura da administração direta e da estrutura da administração indireta ÓRGÃO Fruto da desconcentração administrativa Sem personalidade jurídica Sem patrimônio próprio Sem vontade própria Sem responsabilidade própria CAPACIDADE PROCESSUAL DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS Regra geral NÃO POSSUEM Exceções Para defesa de suas prerrogativas funcionais Órgãos de natureza constitucional Órgãos independentes Art. 82, III do CDC: órgão de defesa dos interesses e direitos dos consumidores NATUREZA Teoria subjetiva Identifica órgãos e gentes públicos desaparecendo o funcionário, desaparece o órgão Teoria objetiva órgão é o conjunto de atribuições inconfundível com o agente Teoria eclética dois elementos: o agente e o complexo de atribuições Mesma falha da teoria subjetiva DIREITO BRASILEIRO órgão é um centro de realização de atribuições unidade inconfundível com os agentes “Cada órgão, como centro de competência governamental e administrativa, tem necessariamente funções, cargos e agentes, mas é distinto desses elementos, que podem ser modificados, substituídos ou retirados sem a supressão da unidade orgânica. Isso explica porque a alteração de funções ou a vacância dos cargos ou a mudança de seus titulares não acarreta a extinção do órgão.” HLM CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS QUANTO À ESFERA DE AÇÃO centrais locais QUANTO À POSIÇÃO ESTATAL independentes autônomos superiores Subalternos QUANTO À ESTRUTURA simples/unitário compostos QUANTO À COMPOSIÇÃO singulares coletivos MSZP CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS QUANTO À ESFERA DE AÇÃO centrais atuação nacional, estadual ou municipal locais Atuação em uma parte do território CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS QUANTO À POSIÇÃO ESTATAL INDEPENDENTES origem na CF e representativos dos 3 poderes do Estado sem qualquer subordinação hierárquica sujeitos apenas ao controle constitucionais casas legislativas, chefia do Executivo, MP e os tribunais. AUTÔNOMOS cúpula da Administração autonomia administrativa financeira e técnica, participam das decisões governamentais ministérios, secretários de estado dos municípios, DPU. SUPERIORES órgãos de direção, controle e comando sujeitos à subordinação e controle hierárquico não possuem autonomia administrativa- financeira departamentos, coordenadorias, gabinetes, divisões. SUBALTERNOS Subordinados hierarquicamente a órgãos superiores de decisão funções de execução seções de expediente, de pessoal, de material, de portaria, zeladoria etc. CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS QUANTO À ESTRUTURA SIMPLES OU UNITÁRIO um único centro de atribuições, sem divisões internas. Portarias, setor de protocolo COMPOSTOS constituídos por vários outros órgãos ministérios, secretarias de estado. CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS QUANTO À COMPOSIÇÃO SINGULARES integrados por um único agente Juiz, Presidência da República, diretoria de uma escola COLETIVOS vários agentes Tribunais Quanto à sua posição estatal, o órgão que possui atribuições de direção, controle e decisão, mas que sempre está sujeito ao controle hierárquico de uma chefia mais alta, não tem autonomia administrativa nem financeira, denomina-se: a) órgão subalterno. b) órgão autônomo. c) órgão singular. d) órgão independente. e) órgão superior. Órgãos são partes integrantes da estrutura da Administração. São exemplos de órgãos públicos: as Câmaras Municipais, as Assembleias Legislativas, os Tribunais de Contas, os Ministérios, as Secretarias de Estado e os Postos de Saúde. Considerando as relações funcionais que mantém entre si e com terceiros, é correto afirmar que os órgãos a) confundem-se com as pessoas jurídicas as quais pertencem, possuindo personalidade jurídica e capacidade processual própria. b) não têm personalidade jurídica própria, no entanto, alguns deles podem ser dotados de capacidade processual. c) possuem personalidade jurídica própria, porque se constituem em unidades de atuação do Estado; no entanto, não possuem capacidade processual. d) se igualam às entidades, porque se constituem em unidade de atuação dotada de personalidade jurídica. e) detêm personalidade jurídica própria e capacidade processual ampla. Existem órgãos da administração direta atuando na administração federal, estadual e municipal. São características dos órgãos públicos, exceto: a) integrarem a estrutura de uma entidade política, ou administrativa. b) serem desprovidos de personalidade jurídica. c) poderem firmar contrato de gestão, nos termos do art. 37, § 8º da Constituição Federal. d) resultarem da descentralização. e) não possuirem patrimônio próprio. Coluna I ( ) São órgãos constituídos por um só centro de competência. Não são subdivididos em sua estrutura interna, integrando-se em órgãos maiores. ( ) São também denominados unipessoais, são órgãos em que a atuação ou as decisões são atribuições de um único agente. ( ) Reúnem em sua estrutura diversos órgãos, como resultado da desconcentração administrativa. ( ) São caracterizados por atuarem e decidirem mediante obrigatória manifestação conjunta de seus membros. a) 1, 2, 3, 4 b) 1, 3, 2, 4 c) 3, 2, 1, 4 d) 3, 1, 4, 2 e) 4, 3, 2, 1 Ao final de cada uma das alternativas da coluna I insira o número constante da coluna II que contemple a correspondência mais adequada. Após, assinale a opção que apresenta a sequência correta para a coluna I. Coluna II (1)Órgãos simples (2)Órgãos compostos (3)Órgãos singulares (4)Órgãos colegiados 5. Entidades da Administração Pública: autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DESCENTRALIZAÇÃO POR SERVIÇOS O Poder Público cria uma pessoa jurídica (de direito público ou privado) e lhe atribui titularidade ou execução de serviço público. Características da descentralização por serviços, técnica ou funcional: Personalidade jurídica de direito público ou privado; Criação por lei ou através de lei; Capacidade específica de autoadministração; Delimitação patrimonial (patrimônio próprio); Sujeição a controle ou tutela peloente estatal Ex: autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista LEI ESPECÍFICA CRIA autarquia AUTORIZA A INSTITUIÇÃO empresa pública sociedade de economia mista fundação lei complementar para definir as áreas de sua atuação DL 200/1967 Texto original CF 1988 CF 1988 EC 19/1998 XIX - somente por lei específica poderão ser criadas empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação pública; XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: a) Autarquias; b) Emprêsas Públicas; c) Sociedades de Economia Mista. d) fundações públicas DL 200/1967 Texto original CF 1988 CF 1988 EC 19/1998 XIX - somente por lei específica poderão ser criadas empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação pública; XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes Administração Pública Direta União Estados Municípios DF Indireta Autarquia Fundação Empresa Pública Sociedade de Economia Mista ADM PÚBLICA INDIRETA PJ DIREITO PÚBLICO Autarquias De regime comum De regime especial Fundacionais Transfederativas PJ DIREITO PRIVADO Fundações Governamentais Empresa Pública Sociedade de Economia Mista PESSOAS Físicas Pessoa natural Jurídicas De direito publico Interno União; os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; os Municípios autarquias, inclusive as associações públicas demais entidades de caráter público criadas por lei Externo Estados estrangeiros pessoas regidas pelo direito internacional público De direito privado associações sociedades fundações organizações religiosas partidos políticos empresas individuais de responsabilidade limitada Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. PESSOAS JURÍDICAS CRIADAS PELO ESTADO Origem na vontade do Estado Criação legal Lei cria Lei autoriza a criação Finalidade de interesse coletivo Ausência de liberdade na fixação ou modificação das finalidades Obrigação de cumprir as finalidades Impossibilidade de extinção pela própria vontade Princípio do paralelismo das formas Finalidade não lucrativa Impossibilidade de falência Sujeição a controle finalístico pelo Estado REGIME JURÍDICO De direito público De direito privado Parcialmente derrogado pelo direito público. CLASSIFICAÇÃO DAS AUTARQUIAS QUANTO À CAPACIDADE Territorial ou geográfica Institucional ou de serviço QUANTO À ESTRUTURA Fundacionais Corporativas ou associativas QUANTO AO ÂMBITO DE ATUAÇÃO Federais Estaduais Municipais AUTARQUIAS pessoas jurídicas de direito público interno pertencentes à Administração Pública Indireta criadas por lei específica exercício de atividades típicas da Administração Pública Decreto-lei 200/67 - Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se: I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. P ri n ci p ai s ca ra ct e rí st ic as d as a u ta rq u ia s: Pessoas Jurídicas de Direito Público; Criadas e extintas por lei específica; Dotadas de autonomia administrativa, patrimonial e orçamentária; Exercem atividades típicas de Estado; Possuem imunidade a impostos; Seus bens são considerados bens públicos; Praticam atos administrativos e celebram contratos administrativos; Regime de pessoal é o estatutário. Conceito Conceito Doutrinário: pessoa jurídica de direito público, integrante da Administração Indireta, criada por lei ESPECÍFICA para desempenhar funções que, despidas de caráter econômico, sejam próprias e típicas do Estado. Conceito Legal (art. 5º, I do DL 200/67): é o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. Criação e extinção Lei especifica (ordinária) Regime Jurídico De direito público Personalida de jurídica Pessoa jurídica de direito público Possui personalidade jurídica própria que nasce com a vigência da lei Finalidade Serviço público Área de atuação A autarquia tem por finalidade o desempenho de atividade típica de administração pública, sem fins lucrativos. Forma de controle controle finalístico (também chamado de tutela ou de controle/supervisão ministerial). Prerrogativas a. Imunidade tributária recíproca (Obs.: para o STF essa imunidade tributária recíproca é plena, ou seja, não se limitando a atividade que está sendo desempenhada) b. Proteção patrimonial: bens impenhoráveis, inalienaveis e imprescritíveis, salvo nas hipóteses da lei 8.666/93, quando relevante interesse público. c. Questões processuais especiais: v Duplo grau de jurisdição, SALVO: i. A condenação ou o direito controvertido não exceder 60 salários mínimos; ii. Em caso de procedência dos embargos do devedor na execução de dívida ativa do mesmo valor; iii. Quando a sentença estiver fundada em jurisprudência ou Súmula do STF ou do tribunal superior competente. v Prazo em quadruplo para contestar; v Prazo em dobro para recorre. Foro a. Autarquias federais: JF b. Autarquias estaduais e municipais: Justiça Estadual Regime de pessoal Estatutário – Art 39, CF - Regime juridico único Teto remuneratório Aplica-se o disposto para a administração direta, na forma do art. 37, XI da CF. Obs. O STF, em seu informativo, 578 aplicou o subteto de 90,25% do Ministro do STF a todos os Procuradores Autárquicos. Concurso público Sim Estabilidade Sim – cargo efetivo Regime de bens Bens públicos: impenhorabilidade, imprescritbilidade, alienabilidade condicionada, não-onerabilidade. Regime dos precatórios (CF, art. 100 e CPC, 730 e 731) Atos administrativos Sim Poder de polícia administrativo Sim Dirigentes Em regra - CC Exceção - podem ser submetidos à investidura especial em alguns casos (CF, art.52, III, f). Submetem-se à Lei de Improbidade e podem ser responsabilizados através de ação popular e ação civil pública. São considerados funcionários públicos para fins penais Podem figurar como autoridades coatoras em mandados de segurança Responsabilidade civil Objetiva – Art. 37, § 6º, CF Licitação Sim Espécies de Autarquia 1. Autarquia comum ou ordinária 2. Autarquia em regime especial (agencia reguladora) 3. Autarquia fundacional (fundação autárquica) 4. Autarquia associativa ou interfederativa (consórcios públicos na forma de associação) 5. Autarquia territorial ADM PÚBLICA INDIRETA PJ DIREITO PÚBLICO Autarquias De regime comum De regime especial Fundacionais Transfederativas PJ DIREITO PRIVADO Fundações Governamentais Empresa Pública Sociedade de Economia Mista AUTARQUIAS DE REGIME ESPECIAL Todas as características genéricas Regras Especiais Mais autonomia Função regulatória Dirigentes Investidura especial Mandato Fixo Perda do cargo Quarentena AUTARQUIAS TRANSFEDERATIVAS Consórcios públicos PJ direito Público Associação pública de entes federativos Gestão associada de fins de interesse comum integra a Administração Indireta de todos os entes consorciados Associações formadas por pessoas jurídicas políticas, com personalidade de direito público ou de direito privado, criadas mediante autorização legislativa, para a gestão associada de serviços públicos. Lei nº 1 1 . 107 /05 PJ dos consórcios públicos Direito público vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções prerrogativas e privilégios próprios de PJ direito público Direito privado atendimento dos requisitos da legislação civil normas de direito público Licitação e contratos prestação de contas admissão de pessoal (CLT) Privilégios dos consórcios públicos promover desapropriações e instituir servidões (art. 2º, § 1 º, inciso II) possibilidade de ser contratado pelos entes consorciados com dispensa de licitação (art. 2º, § 1 º, inciso III) limites mais elevados para fins de escolha da modalidade de licitação (§ 8º do artigo 23 da Lei nº 8 . 666/1993) poder de dispensar a licitação na celebração de contrato de programa para a prestação de serviços públicos de forma associada (art. 24, XXVI, da Lei nº 8 . 666/93) valores mais elevados para a dispensa de licitação (artigo 24, incisos I e II, da Lei nº 8. 666/93) ETAPAS DA CRIAÇÃO DE CONSÓRCIO subscrição de protocolo de intenções (art. 3º) publicação do protocolo de intenções na imprensa oficial (art. 4º, § 5º) lei promulgada por cada um dos partícipes, ratificando, total ou parcialmente, o protocolo de intenções (art. 5º) ou disciplinando a matéria (art. 5º, § 4º) celebração de contrato (art. 3º) atendimento das disposições da legislação civil, quando se tratar de consórcio com personalidade de direito privado (art. 6º, II) AUTARQUIA FUNDACIONAL Fundações públicas PJ Direito público Criadas por lei específica Lei Complementar define a área de atuação Atividade do Estado no âmbito social Sinônimos Fundação pública de direito público Fundação autárquica PL 92/2007 – Área de atuação das fundações instituídas pelo Poder Público: saúde; assistência social; cultura; desporto; ciência e tecnologia; ensino e pesquisa; meio ambiente; previdência complementar do servidor público; comunicação social; promoção do turismo nacional; formação profissional; e cooperação técnica internacional. Somente poderão ser criadas fundações públicas nas áreas de saúde; assistência social; cultura; desporto; ciência e tecnologia; ensino e pesquisa; meio ambiente; previdência complementar do servidor público; comunicação social; promoção do turismo nacional; formação profissional; e cooperação técnica internacional. Fundação instituída pelo poder público Criada por lei específica Patrimônio público PJ de direito público Atividades do Estado na ordem social Lei complementar define área de atuação FUNDAÇÕES INSTITUÍDAS PELO PODER PÚBLICO PJ DE DIREITO PÚBLICO Criadas por lei Regime jurídico de direito público Autarquia fundacional ou Fundações autárquicas PJ DE DIREITO PRIVADO Autorizada por lei a criação Regime jurídico de direito privado parcialmente derrogado pelo direito público Fundação Governamental FUNDAÇÕES INSTITUÍDAS PELO PODER PÚBLICO PJ DE DIREITO PÚBLICO Criadas por lei Regime jurídico de direito público Autarquia fundacional ou Fundações autárquicas Praticam atos administrativos Inexigibilidade de inscrição dos atos constitutivos Não submissão à fiscalização do MP; Impenhorabilidade dos seus bens Regime de precatórios (art. 100, CF) Juízo privativo (art. 109 , inciso I, CF) REGIME JURÍDICO DE DIREITO PÚBLICO PRIVILÉGIOS E PRERROGATIVAS RESTRIÇÕES FUNDAÇÃO GOVERNAMENTAL Regras de Direito Público Lei Ordinária autoriza a criação e extinção Complementar define a área de atuação Controle Finalístico – supervisão ministerial COFOP – Tribunal de Contas Agentes Públicos Regras do artigo 37 da CF/88 Fins penais ImprobidadeDevem realizar licitação Beneficiam-se da imunidade tributária Sujeitas às regras de finanças públicas Regras de Direito Privado Bens penhoráveis Não há juízo privativo Responsabilidade civil subjetiva Objetiva – serviço público Regime celetista de pessoal DIRIGENTES DE FUNDAÇÕES GOVERNAMENTAIS Livre nomeação pelo Chefe do Executivo (DL 200/67) Agente Público Improbidade Fins penais Autoridade coatora para MS Dever de prestar contas Derrogação do direito privado Expressa Constituição Federal Leis Complementares Federais Leis Ordinárias Federais Lei específica que instituiu a entidade A prestação de serviço público e a utilização de recursos públicos provenientes do orçamento do Estado não constituem critérios adequados para definir a natureza jurídica da fundação. ADM PÚBLICA INDIRETA PJ DIREITO PÚBLICO Autarquias De regime comum De regime especial Fundacionais Transfederativas PJ DIREITO PRIVADO Fundações Governamentais Empresa Pública Sociedade de Economia Mista EMPRESAS ESTATAIS Empresas Públicas Sociedades de Economia Mista Subsidiárias de EP e SEM Sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público Empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto Todas as entidades, civis ou comerciais, de que o Estado tenha o controle acionário, abrangendo a empresa pública, a sociedade de economia mista e outras empresas que não tenham essa natureza e às quais a Constituição faz referência, em vários dispositivos, como categoria à parte (arts. 37, XVII, 71, II, 165, § 5º, II, 173, § 1º) . EMPRESA PÚBLICA ≠ Decreto-lei 200/67 - Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se: II - Emprêsa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o Govêrno seja levado a exercer por fôrça de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujasações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta. P ri n ci p ai s ca ra ct e rí st ic as d as e m p re sa s e st at ai s: Pessoas Jurídicas de Direito Privado; Autorizada a criação e a extinção por lei específica; Dotadas de autonomia administrativa, patrimonial e orçamentária; Exercem serviços públicos ou exploram atividade econômica; Em regra, não possuem imunidade a impostos; Em regra, seus bens não são considerados bens públicos; Em regra, não praticam atos administrativos; Regime de pessoal é o celetista. Conceito Conceito Doutrinário: pessoa jurídica de direito privado, integrante da Administração Indireta, criada por lei ESPECÍFICA para desempenhar atividade econômica ou prestar serviços públicos. Criação e extinção Lei especifica (ordinária) Autoriza Regime Jurídico De direito privado parcialmente derrogado por normas de direito público Personalida de jurídica Pessoa jurídica de direito privado Possui personalidade jurídica própria que nasce com o registro dos atos constitutivos Finalidade Serviço público Atividade Econômica FINALIDADE DAS EP E SEM Serviço público Outorga Delegação Atividade econômica Imperativos da segurança nacional Relevante interesse coletivo LEI Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública; IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas minoritários; V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores. § 2º - As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. § 3º - A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade. § 4º - A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros. § 5º - A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular. Área de atuação Serviços públicos não exclusivos do Estado Atividade econômica necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo Forma de controle controle finalístico (também chamado de tutela ou de controle/supervisão ministerial). Prerrogativas a. Em regra, não possui imunidade tributária recíproca b. Em regra, não possui proteção patrimonial especial: c. Em regra, não possui privilégios processuais. Foro a. Empresas Públicas: depende de quem a criou b. Sociedade de Economia Mista: Justiça Estadual Regime de pessoal Celetista Teto remuneratório Aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. Concurso público Sim Estabilidade Não Regime de bens PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO: bens impenhoráveis, inalienáveis e imprescritíveis, salvo nas hipóteses da lei 8.666/93, quando houver relevante interesse público. EXPLORADORAS de ATIVIDADE ECONÔMICA – Bens privados “Portanto, são bens públicos de uso especial não só os bens das autarquias e das fundações públicas, como também os das entidades de direito privado prestadoras de serviços públicos, desde que afetados diretamente a essa finalidade.” (MSZP) Atos administrativos Não Poder de polícia administrativo Não Dirigentes CC Submetem-se à Lei de Improbidade e podem ser responsabilizados através de ação popular e ação civil pública. São considerados funcionários públicos para fins penais Podem figurar como autoridades coatoras em mandados de segurança Responsabilidade civil Objetiva – Art. 37, § 6º, CF Licitação Sim – atividades meio MSZP Traços comuns criação e extinção autorizadas por lei personalidade jurídica de direito privado sujeição ao controle estatal derrogação parcial do regime de direito privado por normas de direito público vinculação aos fins definidos na lei instituidora desempenho de atividade de natureza econômica Principais diferenças forma de organização composição do capital EP SEM FORMA SOCIETÁRIA Qualquer forma SA FORO JURISDICIONAL Depende de quem a criou: JF JE Justiça Estadual COMPOSIÇÃO DO CAPITAL Exclusiv. público Misto EP NA ESFERA FEDERAL sociedade unipessoal Um único sócio Assembleia Geral sociedade pluripessoal União é sócia majoritária Outras pessoas políticas ou administrativas empresa pública unipessoal União é detentora da integralidade do capital PJ DIREITO PÚBLICO EP SEM FORO NAS DEMANDAS CONTRA SEUS SERVIDORES Depende da esfera Justiça do Trabalho Justiça do Trabalho PRAZO PRESCRICIONAL 5 anos (Decreto nº 20.910/1932 2 anos (Art 7ª, XXIX, CF/88) 2 anos (Art 7ª, XXIX, CF/88) FORO NAS DEMANDAS CIVIS E COMERCIAIS Depende da esfera Depende da esfera Justiça Estadual PRAZO PRESCRICIONAL 5 anos (Decreto nº 20.910/1932 3 anos (CESPE) 5 anos (art. 2º, Dec.-lei nº 4.597/42) 3 anos (CESPE) 5 anos (art. 2º, Dec.-lei nº 4.597/42) ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM JUÍZO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM JUÍZO A administração Pública, quando ingressa em juízo por qualquer de suas entidades estatais, por suas autarquias, por suas fundações públicas ou por seus órgãos que tenham capacidade processual, recebe a designação tradicional de Fazenda Pública, porque seu erário é que suporta os encargos patrimoniais da demanda. (HLM) As entidades políticas são pessoas jurídicas de direito público interno, como a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. Já as entidades administrativas integram a administração pública, mas não têm autonomia política, como as autarquias e as fundações públicas. Considere que determinada sociedade de economia mista exerça atividade econômica de natureza empresarial. Nessa situação hipotética, a referida sociedade não é considerada integrante da administração indireta do respectivo ente federativo, pois, para ser considerada como tal, ela deve prestar serviço público. As ações judiciais promovidas contra sociedade de economia mista sujeitam-se ao prazo prescricional de cinco anos. Consoante a doutrina, as entidades autárquicas são pessoas jurídicas de direito público, de natureza administrativa, criadas por lei, para realizar, de formadescentralizada, atividades, obras ou serviços. Verifica-se a existência de hierarquia administrativa entre as entidades da administração indireta e os entes federativos que as instituíram ou autorizaram a sua criação. As entidades que integram a administração direta e indireta do governo detêm autonomia política, administrativa e financeira. A respeito das entidades integrantes da Administração indireta, é correto afirmar que a) se submetem, todas, ao regime jurídico de direito público, com observância aos princípios constitucionais e às demais regras aplicáveis à Administração pública. b) as empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem atividade econômica submetem-se ao regime tributário próprio das empresas privadas. c) as autarquias regem-se pelo princípio da especialização e submetem-se ao regime jurídico de direito público, gozando de capacidade política. d) apenas as empresas públicas podem explorar atividade econômica e sempre em caráter supletivo à iniciativa privada, submetidas ao regime próprio das empresas privadas, salvo em matéria tributária. e) apenas as sociedades de economia mista sujeitam-se ao regime de direito privado, podendo orientar suas atividades para a obtenção de lucro. As fundações públicas poderão ser criadas para exercerem atividades de fins lucrativos. Sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, instituídas pelo Poder Público, sob qualquer forma jurídica, para exploração de atividades de natureza econômica ou execução de serviços públicos. As autarquias são pessoas jurídicas de direito público integrantes da administração indireta, tais como o INSS, o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários. A fundação pública de direito privado tem sua instituição autorizada por lei específica, cabendo a lei complementar definir as áreas de sua atuação. As fundações de direito público somente podem ser criadas por lei, pois essa é a regra para o surgimento de pessoas jurídicas de direito público. Quando o poder público pretende que determinado serviço público seja prestado de forma descentralizada, por um ente que tenha sido criado por lei, tenha capacidade de autoadministração, sujeito ao poder de tutela da administração pública, está-se diante de a) autarquia. b) permissionária ou concessionária de serviço público. c) sociedade de economia mista prestadora de serviço público. d) empresa pública ou sociedade de economia mista prestadoras de serviço público. e) concessionária de serviço público. Sociedade de economia mista prestadora de serviço público precisa contratar 100 (cem) servidores para reforçar equipe de fiscalização de campo, a fim de se desincumbir de obrigações contratuais assumidas regularmente. Para tanto, a) poderá promover a contratação direta de servidores públicos, desde que sob regime celetista, para ocuparem emprego público. b) deverá submeter-se a obrigatoriedade do concurso público para a contratação de seus empregados. c) poderá promover a contratação para provimento de cargos em comissão, tendo em vista que não se submete a regime jurídico de direito público, prescindindo da realização de concurso público. d) deverá realizar concurso público para a contratação de seus servidores, que se submetem a regime estatutário, embora o ente possua natureza jurídica de direito privado. e) poderá firmar contrato direto de prestação de serviço de autônomos com os novos empregados, evitando a realização de concurso público e a formação de vínculo empregatício. No que pertine à natureza dos entes que integram a Administração pública e o regime jurídico a eles aplicável, é correto afirmar que: a) As autarquias compõem a Administração pública direta, porque se constituem em pessoas jurídicas de direito público sujeitas aos princípios informadores da Administração pública. b) As sociedades de economia mista não integram a Administração pública descentralizada, porque se constituem em pessoas jurídicas de direito privado, enquanto às empresas públicas se aplicam as normas que compõem o regime jurídico de direito público. c) As empresas públicas e as sociedades de economia mista integram a Administração pública indireta e se sujeitam ao regime típico das empresas privadas; as autarquias e fundações compõem a Administração pública direta. d) As autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista integram a Administração pública indireta ou descentralizada, porque referidas pessoas jurídicas têm personalidade de direito privado, sendo instituídos pelas formas previstas na legislação civil. e) As autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista integram a Administração pública indireta ou descentralizada do Estado, sujeitas a princípios informadores da Administração, tal como o que exige a realização de concurso público para a investidura de servidores em cargo ou emprego público. 6. Agências reguladoras 7. Agências executivas 8. Paraestatais exerce e é especializada na matéria que lhe foi atribuída por lei organizar determinado setor afeto à agência controlar as entidades que atuam nesse setor Agência reguladora sentido amplo órgão da Administração Direta entidade da Administração Indireta função de regular a matéria específica que lhe está afeta PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE Espécies de agências reguladoras EXERCEM PODER DE POLÍCIA exercem, com base em lei, típico poder de polícia, com a imposição de limitações administrativas, previstas em lei, fiscalização, repressão Exemplo: Anvisa, ANS, ANA REGULADORAS DE SERVIÇOSPÚBLICOS regulam e controlam objeto de concessão, permissão ou autorização de serviço público ou de concessão para exploração de bem público Exemplos: ANATEL, ANEEL, ANTT, ANTAQ, ANP AGÊNCIAS REGULADORAS Não há lei única mais ou menos Mesmo padrão não impede outros modelos Criadas como autarquias de regime especial Normas constitucionais típicas Regime especial vem definido nas respectivas leis instituidoras maior autonomia em relação à Administração Direta estabilidade dos dirigentes mandato fixo perda do cargo somente hipóteses expressamente prevista afastada a possibilidade de exoneração ad nutum caráter final das suas decisões não são passíveis de apreciação por outros órgãos ou entidades da Administração Pública DIRIGENTE DE AGÊNCIA REGULADORA Investidura especial escolhidos pelo Chefe do Poder Executivo aprovação pelo Senado Federal (art. 52, III, f, Cf/88) dirigidas em regime de Colegiado Conselho Diretor ou Diretoria composta por Conselheiros ou Diretores um deles seu Presidente ou o Diretor-Geral ou Diretor- Presidente Brasileiros, de reputação ilibada formação universitária e elevado conceito no campo de especialidademandato dos Diretores Mandato fixo Prazo estabelecido pela lei instituidora de cada agência quarentena conteúdo moralizador proibição de exercer atividade ou prestar serviço no setor regulado pela respectiva agência quatro meses, contados da exoneração ou do término de seu mandato ex-dirigente continua vinculado à agência (remuneração compensatória) Lei nº 9 .986/00 Gestão de recursos humanos das Agências Reguladoras ESTATUTÁRIOS Servidores Lei nº 9.986/2000 ADI 2310 Alterada pela Lei nº 10.871/2004 AGÊNCIAS COM PREVISÃO NA CF órgão regulador (artigos 21, XI, e 177, § 2º, III) ANATEL ANP As demais não têm previsão constitucional,o que significa que a delegação está sendo feita pela lei instituidora da agência. Por isso mesmo, a função normativa que exercem não pode, sob pena de inconstitucionalidade, ser maior do que a exercida por qualquer outro órgão administrativo ou entidade da Administração Indireta. Elas nem podem regular matéria não disciplinada em lei, porque os regulamentos autônomos não têm fundamento constitucional no direito brasileiro, nem podem regulamentar leis, porque essa competência é privativa do Chefe do Poder Executivo e, se pudesse ser delegada, essa delegação teria que ser feita pela autoridade que detém o poder regulamentar e não pelo legislador. Normas das agências reguladoras regular a própria atividade da agência por meio de normas de efeitos internos conceituar, interpretar, explicitar conceitos jurídicos indeterminados contidos em lei, sem inovar na ordem jurídica AGÊNCIA EXECUTIVA Qualificação (status) autarquia ou fundação contrato de gestão para a melhoria da eficiência e redução de custos com o órgão da Administração Direta a que se acha vinculada regime jurídico especial Não se trata de entidade instituída com a denominação de agência executiva. Trata-se de entidade preexistente (autarquia ou fundação governamental) que, uma vez preenchidos os requisitos legais, recebe a qualificação de agência executiva, podendo perdê-la, se deixar de atender aos mesmos requisitos. Lei nº 9.649/1998 Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos: I - ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento; II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor. § 1o A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da República. § 2o O Poder Executivo editará medidas de organização administrativa específicas para as Agências Executivas, visando assegurar a sua autonomia de gestão, bem como a disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros para o cumprimento dos objetivos e metas definidos nos Contratos de Gestão. Art. 52. Os planos estratégicos de reestruturação e de desenvolvimento institucional definirão diretrizes, políticas e medidas voltadas para a racionalização de estruturas e do quadro de servidores, a revisão dos processos de trabalho, o desenvolvimento dos recursos humanos e o fortalecimento da identidade institucional da Agência Executiva. § 1o Os Contratos de Gestão das Agências Executivas serão celebrados com periodicidade mínima de um ano e estabelecerão os objetivos, metas e respectivos indicadores de desempenho da entidade, bem como os recursos necessários e os critérios e instrumentos para a avaliação do seu cumprimento. § 2o O Poder Executivo definirá os critérios e procedimentos para a elaboração e o acompanhamento dos Contratos de Gestão e dos programas estratégicos de reestruturação e de desenvolvimento institucional das Agências Executivas. A lei que cria entidade da administração indireta assegurando-lhe mecanismos de autonomia administrativa, financeira e gerencial, a fim de que ela possa atingir seus objetivos, entre eles o de assegurar a prestação de serviços públicos adequados, está criando: a) Fundação Pública. b) Empresa Pública. c) Sociedade de Economia Mista. d) Autarquia Ordinária. e) Agência Reguladora. Considere que Pedro, imediatamente após o término de seu mandato como dirigente de agência reguladora, tenha sido convidado a assumir cargo gerencial em empresa do setor regulado pela agência onde cumprira o mandato. Nessa situação, Pedro não poderá assumir imediatamente o novo cargo, devendo cumprir quarentena. A agência reguladora não se sujeita a qualquer forma de tutela dos ministérios, ao contrário do que ocorre com a agência executiva. Considere que os representantes legais de uma empresa distribuidora de energia elétrica estejam inconformados com decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), reguladora do setor elétrico. Nessa situação, não cabe recurso hierárquico da decisão da ANEEL, salvo quanto ao controle de legalidade. É vedada à agência executiva a fixação, em contrato, dos direitos e obrigações dos administradores. 8. Paraestatais ADM PÚBLICA INDIRETA PJ DIREITO PÚBLICO Autarquias De regime comum De regime especial Fundacionais Transfederativas PJ DIREITO PRIVADO Fundações Governamentais Empresa Pública Sociedade de Economia Mista REGIME JURÍDICO DE DIREITO PÚBLICO REGIME JURÍDICO DE DIREITO PRIVADO PARCIALMENTE DERROGADO PELO DIREITO PÚBLICO adjetivo formado sobre o nome latino status, que tem o sentido de Estado PARAESTATAIS partícula grega pará, que significa 'ao lado de', 'lado a lado Algo que não se confunde com o Estado, porque caminha lado a lado, paralelamente ao Estado. Pessoas jurídicas de direito privado instituídas por particulares com ou sem autorização legislativa desempenho de atividades privadas de interesse público fomento e controle pelo Estado Primeiro Setor Público Estado Segundo Setor Privado com fins lucrativos Empresas Terceiro Setor Privado sem fins lucrativos Entidades da sociedade Civil Terceiro Setor Privado sem fins lucrativos Entidades da sociedade Civil Exatamente por atuarem ao lado do Estado e terem com ele algum tipo de vínculo jurídico, recebem a denominação de entidades paraestatais; nessa expressão podem ser incluídas todas as entidades integrantes do chamado terceiro setor, o que abrange as declaradas de utilidade pública, as que recebem certificado de fins filantrópicos, os serviços sociais autônomos (como Sesi, Sesc, Serrai) , os entes de apoio, as organizações sociais e as organizações da sociedade civil de interesse público. PARAESTATAIS Entidades declaradas de utilidade pública que recebem certificado de fins filantrópicos serviços sociais autônomos (como Sesi, Sesc, Serrai) entes de apoio organizações sociais organizações da sociedade civil de interesse público PA R A ES TA TA IS não são criadas pelo Estado em regra, não desempenham serviço público delegado pelo Estado desempenham atividade privada de interesse público recebem algum tipo de incentivo do Poder Público outorga de um título (utilidade pública, por exemplo) auxílios e subvenções provenientes do orçamento do Estado cessão de servidores públicos outorga para utilização de bens públicos; muitas têm vínculos jurídicos com o Poder Público Convênio termo de parceria contrato de gestão instrumentos congêneres regime jurídico é de direito privado parcialmente derrogado por normas de direito público são organizações não governamentais SE R V IÇ O S SO C IA IS A U TÔ N O M O S instituídos por lei PJ de Direito Privado sem fins lucrativos assistência ou ensino a categorias sociais ou grupos profissionais mantidos por dotações orçamentárias ou por contribuições parafiscais forma de instituições particulares convencionais (fundações, sociedades civis ou associações) ou peculiares ao desempenho de suas incumbências estatutária SE R V IÇ O S SO C IA IS A U TÔ N O M O S Criação Lei autoriza Confederação cria Inscrição no registro civil Finalidade Atividade social NÃO realizam serviços públicos Características Contribuições parafiscais Colaboração como Poder Público Recursos públicos Controle pelo TC Princípios da licitação NÃO SE SUBMETEM À LEI DE LICITAÇÕES! DECRETO Nº 5504/2005 • todos os entes públicos ou privados • realizem obras, serviços, compras e alienações • recursos repassados pela União • devem realizar licitação • no caso de bens e serviços comuns, deverá ser realizado o pregão (art. 1º, § 1º) . DECRETO Nº 6170/2007 • normas relativas às transferências de recursos da União para entidades privadas sem fins lucrativos • convênios e contratos de repasse • aquisições e contratações com recursos da União • princípios da impessoalidade, moralidade e economicidade • cotação prévia de preços • chamamento público para a celebração de convênios e contratos de repasse EN TI D A D E S D E A P O IO pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos instituídas por servidores públicos (em nome próprio) forma de fundação, associação ou cooperativa prestação, em caráter privado, de serviços sociais não exclusivos do Estado Vínculo jurídico com entidades da administração direta ou indireta (convênio) CARACTERÍSTICAS a) elas não são instituídas por iniciativa do Poder Público, mas por servidores públicos de determinada entidade estatal, e com os seus próprios recursos; b) essas entidades, mais comumente, assumem a forma de fundação, mas também podem assumir a forma de associação ou cooperativa, sempre sem fins lucrativos e inserindo em seus estatutos objetivos iguais aos da entidade pública junto à qual pretendem atuar; CARACTERÍSTICAS c) em consequência, enquanto a entidade pública presta serviço público propriamente dito, a entidade de apoio presta o mesmo tipo de atividade, porém, não como serviço público delegado pela Administração Pública, mas como atividade privada aberta à iniciativa privada; ela atua mais comumente em hospitais públicos e universidades públicas; CARACTERÍSTICAS d) sendo a atividade prestada em caráter privado, ela não fica sujeita ao regime jurídico imposto à Administração Pública; por outras palavras, os seus contratos são de direito privado, celebrados sem licitação; os seus empregados são celetistas, contratados sem concurso público; por não serem servidores públicos, não ficam sujeitos às normas constitucionais pertinentes a essa categoria de trabalhadores; por não desempenharem atividade delegada pelo Poder Público, não se sujeitam à tutela administrativa; CARACTERÍSTICAS e) para poderem atuar como entidades de apoio, paralelamente à Administração Pública, estabelecem um vínculo jurídico com a mesma, em regra por meio de convênio. MSZP “Em suma, o serviço é prestado por servidores públicos, na própria sede da entidade pública, com equipamentos pertencentes ao patrimônio desta última; só que quem arrecada toda a receita e a administra é a entidade de apoio . E o faz sob as regras das entidades privadas, sem a observância das exigências de licitação (nem mesmo os princípios da licitação) e sem a realização de qualquer tipo de processo seletivo para a contratação de empregados. Essa é a grande vantagem dessas entidades : elas são a roupagem com que se reveste a entidade pública para escapar às normas do regime jurídico de direito público. O R G A N IZ A Ç Õ ES S O C IA IS qualificação jurídica pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos instituída por iniciativa de particulares delegação do Poder Público contrato de gestão serviço público de natureza social Lei nº 9.637/98 CARACTERÍSTICAS a) é definida como pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos; b) criada por particulares, deve habilitar-se perante a Administração Pública, para obter a qualificação de organização social; ela é declarada, pelo artigo 1 1 da Lei nº 9 . 63 7 /98, como "entidade de interesse social e utilidade pública"; c) ela pode atuar nas áreas de ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do meio ambiente, cultura e saúde; d) seu órgão de deliberação superior tem que ter representantes do Poder Público e de membros da comunidade, de notória capacidade profissional e idoneidade moral; e) as atribuições, responsabilidades e obrigações do Poder Público e da organização social são definidas por meio de contrato de gestão, que deve especificar o programa de trabalho proposto pela organização social, estipular as metas a serem atingidas, os respectivos prazos de execução, bem como os critérios objetivos de avaliação de desempenho, inclusive mediante indicadores de qualidade e produtividade; f) a execução do contrato de gestão será supervisionada pelo órgão ou entidade supervisora da área de atuação correspondente à atividade fomentada; o controle que sobre ela se exerce é de resultado ; g) a entidade poderá ser desqualificada como organização social quando descumprir as normas do contrato de gestão; h) a ajuda pelo Poder Público poderá abranger as seguintes medidas: destinação de recursos orçamentários e bens necessários ao cumprimento do contrato de gestão, mediante permissão de uso, com dispensa de licitação; cessão especial de servidores públicos, com ônus para a origem; dispensa de licitação nos contratos de prestação de serviços celebrados entre a Administração Pública e a organização social. “Trata-se de entidades constituídas ad hoc, ou seja, com o objetivo único de se habilitarem como organizações sociais e continuarem a fazer o que faziam antes, porém com nova roupagem. São entidades fantasmas, porque não possuem patrimônio próprio, sede própria, vida própria. Elas viverão exclusivamente por conta do contrato de gestão com o Poder Público.” O R G A N IZ A Ç Õ ES D A S O C IE D A D E C IV IL D E IN TE R ES SE P Ú B L IC O qualificação jurídica pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos instituídas por iniciativa de particulares serviços sociais não exclusivos do Estado Incentivo e fiscalização pelo Poder Público vínculo jurídico instituído por meio de termo de parceria Lei nº 9.790/99 CARACTERÍSTICAS a) é pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos; b) criada por particulares, deve habilitar-se perante o Ministério da Justiça para obter a qualificação (art. 5º) ; c) deve atuar em pelo menos uma das seguintes áreas: assistência social; promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; promoção gratuita da educação ou da saúde; promoção da segurança alimentar e nutricional; defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; promoção do voluntariado; promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza; experimentação, não lucrativa, de novos modelos socioprodutivos e de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito; promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar; promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais; estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às atividades mencionadas neste artigo (art. 3º); d) seu vínculo com a Administração Pública é estabelecido por meio de termo de parceria, que deve especificar, como cláusulas essenciais: o objeto, com especificação do programa de trabalho; as metas e os resultados a serem atingidos e os respectivos prazos de execução ou cronograma; os critérios objetivos de avaliação de desempenho, mediante indicadoresde resultado; previsão de receitas e despesas, inclusive com detalhamento das remunerações e benefícios do pessoal a serem pagos com recursos oriundos ou vinculados ao termo de parceria; obrigatoriedade de apresentação de relatório anual, com comparação entre as metas e os resultados alcançados, acompanhado de prestação de contas; publicação na imprensa oficial do extrato do termo de parceria e de demonstrativo de sua execução física e financeira (art. 1 0, § 2º); e) a execução do termo de parceria será supervisionada pelo órgão do Poder Público da área de atuação correspondente à atividade fomentada e pelos Conselhos de Políticas Públicas das áreas correspondentes de atuação existentes, em cada nível de governo (art. 11 ); f) fomento pelo Poder Público ou cooperação entre Poder Público e entidade privada, não sendo especificadas na lei as modalidades de fomento ou cooperação; há apenas algumas referências a bens ou recursos de origem pública; g) a entidade poderá perder a qualificação a pedido ou mediante decisão proferida em processo administrativo, no qual será assegurada a ampla defesa e o contraditório (art. 7º); h) em caso de malversação de bens ou recursos de origem pública, os responsáveis pela fiscalização representarão ao Ministério Público, à Advocacia Geral da União ou à Procuradoria da entidade, para que requeira ao juízo competente a decretação da indisponibilidade dos bens da entidade e o sequestro dos bens de seus dirigentes, bem como de agente público ou terceiro, que possam ter enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público (art. 13 ) ; também são previstos a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações mantidas pelo demandado no país e no exterior (art. 13, § 2º) . LEI 13.019, de 31/07/2014 ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL (OSC) pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos que não distribui, entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais resultados, sobras, excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e que os aplica integralmente na consecução do respectivo objeto social, de forma imediata ou por meio da constituição de fundo patrimonial ou fundo de reserva. As entidades paraestatais, pessoas jurídicas de direito privado, não- integrantes da administração direta ou indireta, colaboram para o desempenho do Estado nas atividades de interesse público, de natureza não-lucrativa. Com base na jurisprudência majoritária atual do STF e na CF, julgue os itens a seguir, acerca da administração pública direta e indireta. De acordo com o TCU, entidade paraestatal é aquela que se qualifica administrativamente para prestar serviços de utilidade pública, de forma complementar ao Estado, mediante o repasse de verba pública, motivo pelo qual é sempre obrigatória, nessa espécie de entidade, a realização de licitação e concurso público para contratação. O Serviço Nacional do Comércio (SENAC), como serviço social autônomo sem fins lucrativos, é exemplo de empresa pública que desempenha atividade de caráter econômico ou de prestação de serviços públicos. As entidades paraestatais não se sujeitam à licitação, e seus empregados submetem-se ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho, às normas acidentárias e à justiça trabalhista. A entidade interessada em qualificar-se como OSCIP deve preencher requisitos expressos em lei, como, por exemplo, dar publicidade ao relatório anual de suas atividades e sujeitar-se a auditorias externas independentes. A celebração do termo de parceria, instrumento de comum acordo que discriminará os direitos, responsabilidades e obrigações do poder público e das OSCIPs, deve ser precedida de consulta aos conselhos de políticas públicas das áreas correspondentes de atuação existentes nos respectivos níveis de governo. A qualificação de uma pessoa jurídica de direito privado como OSCIP ocorre por meio de ato de ministro de Estado ou titular de órgão supervisor, ou ainda pelo regulador da área de atividade correspondente ao seu objeto social. O Serviço Social do Comércio, exemplo de entidade de direito privado que atua em colaboração com o Estado, apesar de ter sido criado por lei, não integra a administração indireta.
Compartilhar