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Efeito do Tratamento Quiroprático na Lombalgia Crônica do idoso

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1 
 
Efeito do Tratamento Quiroprático na Lombalgia Crônica do 
Idoso. 
Cleiva Alba de Moraes Cavalcante1 
cleivamc@gmail.com 
Dayana Priscila Maia Mejia2 
Pós-graduação em Ortopedia e Traumatologia com Ênfase em Terapias Manuais – Faculdade Ávila 
 
Resumo 
O estudo teve como objetivo avaliar o efeito do tratamento quiroprático na lombalgia 
crônica de idosos, o presente estudo trata se de um artigo de conclusão de pós-
graduação em Ortopedia e traumatologia com Ênfase em Terapias Manuais. Portanto 
o presente trabalho tem como tema: Efeito do Tratamento Quiroprático na Lombalgia 
Crônica do Idoso, onde foi estudado mais intensamente causas da lombalgia no idoso e 
uma forma mais específica de tratamento, utilizando como base o tratamento 
quiroprático que é composto por técnicas manuais, orientações de hábitos, técnicas 
posturais, e prescrições de exercícios específicos, com isso podendo proporcionar ao 
idoso uma melhora na sua qualidade de vida diária. O trabalho foi elaborado através 
da metodologia de revisões de literaturas, utilizando artigos publicados em sites 
reconhecidos e fontes bibliográficas como livros. Com isso, o artigo torna-se de grande 
valia para o aprimoramento de novos conhecimentos no tratamento da determinada 
patologia estudada, ajudando com uma imensa colaboração para o crescimento do 
conhecimento acadêmico, técnico e científico do autor. Podendo também chamar 
atenção para grande importância da fisioterapia na vida no idoso. 
 
PALAVRAS-CHAVES: Lombalgia crônica; Técnica de quiropraxia; Idoso. 
 
1. Introdução 
O envelhecimento é um processo de mudanças universais pautado geneticamente para a 
espécie e para cada indivíduo, que se traduz em diminuição da plasticidade 
comportamental, em aumento da vulnerabilidade, em acumulação de perdas evolutivas e 
na ampliação da probabilidade de morte. O ritmo, a duração e os efeitos desse processo 
comportam diferenças individuais e de grupos etários, dependentes de eventos e da 
natureza genético-biológica, sócio histórica e psicológica (NERI, 2001). 
Conforme Freitas et al. (2002), as situações mórbidas tornam-se mais frequentes com o 
fenômeno do envelhecimento, podendo ser desencadeadas mais facilmente do que nos 
indivíduos mais jovens, o que determina menor capacidade de adaptação, tornando o 
idoso mais vulnerável a vários estímulos do meio ambiente. 
Poucos problemas têm merecido tanta atenção e preocupação como o envelhecimento e 
a incapacidade funcional associada a ele (PAPALÉO NETTO, 2002). 
 
1 Pós Graduanda em Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia com Ênfase em Terapias manuais 
2 Fisioterapeuta, especialista em Metodologia do Ensino Superior, mestranda em Bioética e Direito em 
Saúde 
2 
 
Com o avançar dos anos, ocorrem alterações estruturais e funcionais que, embora 
variem de um indivíduo a outro, são encontradas em todos os idosos e são próprias do 
processo de envelhecimento (FREITAS et al., 2002). Segundo Cooperstein e Gleberzon 
(2001), o aumento da idade está associado ao aumento de problemas 
neuromusculoesqueléticos, sendo estes a condição crônica que mais comumente causa 
limitação de atividade. 
A estratégia mais comum para o tratamento de dor é o uso de drogas analgésicas 
(AMERICAN GERIATRIC SOCIETY, 2002), a maioria das pessoas, idosas ou não, dá 
enorme importância aos remédios por acreditarem que é a única maneira de melhorar 
condições físicas indesejáveis (VIEIRA, 1996). No entanto, abordagens não 
farmacológicas, usadas sozinhas ou em combinação com estratégias farmacológicas 
apropriadas, devem ser parte do plano de tratamento para pacientes com dor crônica 
(AGS, 1999). 
A Quiropraxia é uma profissão da saúde com interesse no diagnóstico, tratamento e 
prevenção de desordens mecânicas do sistema neuromusculoesquelético, e os efeitos 
dessas desordens na função do sistema nervoso e saúde em geral. Existe uma ênfase em 
tratamentos manuais incluindo ajustamentos espinhais e outras articulações e 
manipulação de tecidos moles (WORLD FEDERATION OF CHIROPRACTIC, 2006). 
Doença degenerativa articular na coluna lombar é uma patologia comum relacionada à 
idade, caracterizada por progressivas alterações degenerativas da cartilagem hialina, 
associadas à esclerose do osso subcondral e formação óssea reacional sob a forma de 
osteófitos (KAUFFMAN, 2001; FREITAS et al., 2002). Clinicamente, essas alterações 
podem causar dor lombar, descrita como dolorimento generalizado e específico, 
comprometendo certas áreas de dor à palpação pontual, e redução dos movimentos da 
coluna vertebral (KAUFFMAN, 2001; CAILLIET, 2001; EVANS, 2003). 
A formação de osteófitos, que pode evitar o movimento articular normal, resulta em 
estreitamento do forame e em hipertrofia unilateral da faceta, o que pode provocar 
encarceramento do nervo e consequentemente dor, radiculopatia e déficit neurológico 
que incluem fraqueza muscular e desequilíbrio (KAUFFMAN, 2001; CAILLIET, 
2001). A coluna lombar deve ser considerada como uma unidade funcional que consiste 
em ossos, ligamentos, discos intervertebrais, músculos e todos os demais tecidos moles. 
Em virtude de sua localização central, os elementos da coluna vertebral representam o 
ponto focal para o equilíbrio do corpo (EVANS, 2003). 
 
2. Biomecânica e anatomia da coluna vertebral 
 
A coluna vertebral se estende desde a base do crânio até a extremidade caudal do 
tronco. É constituída de 33 ou 34 vértebras superpostas e intercaladas por discos 
intervertebrais. É divida em quatro regiões: Cervical, torácica, lombar e sacrococcígea. 
A coluna vertebral apresenta três funções básicas: 
- Suporte 
- Proteção da medula espinhal no canal vertebral. 
- Movimento, as vertebras articuladas entre si oferecem toda mobilidade da coluna 
vertebral. (conforme mostra a figura abaixo). 
A coluna é um complexo que apresenta seis graus de liberdade, realizando os 
movimentos de: Flexão, extensão, inclinação lateral direita e esquerda, rotação direita e 
esquerda. Os tecidos moles (músculos, ligamentos, cápsulas, tendões, discos) são eles 
3 
 
que dão a flexibilidade para coluna vertebral que é o eixo central do corpo. 
(KAPANDJI, A.I.2000). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER,Frank H ... Atlas de Anatomia Humana. 2° ed. Porto Alegre: Artmed 2000 
 Legenda: Figura 1, Coluna Vertebral, Visão Geral. 
A coluna apresenta várias curvaturas consideradas fisiológicas: 
- Lordose Cervical 
- Cifose Torácica 
- Lordose Lombar 
- Cifose sacral, conforme está sendo ilustrado na imagem a seguir. (SOBOTTA, 2001). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: fisioterapiaquintana blogspot.com.br/2012/10/coluna-vertebral-o-apoio-para-outras.html 
Legenda: Curvaturas fisiológicas da coluna vertebral. 
 
4 
 
Músculos da coluna: 
Músculos posteriores camada profunda (paravertebrais), os músculos paravertebrais 
(semi – espinhais, multifidos, rotadores, interespinhais, intertransversários) atuam na 
cadeia posterior do tronco de forma estática, tendo a função principal de manter o 
tronco ereto durante todo o tempo que estamos em pé ou sentados. Os músculos eretores 
(iliocostais, longuíssimos do tórax e espinhais) atuam na cadeia posterior do tronco de 
forma dinâmica, tendo função principalmente de manter a coluna nos movimentos. 
Músculos (Abdominais): O grupo dos abdominais (reto do abdome, oblíquo superior e 
inferior, transverso do abdome) atua na cadeia anterior do tronco são os músculos 
unicamente dinâmicos do tronco, responsáveis pelo movimento e estabilidade, sendo 
importantemantê–los fortalecidos e resistentes (parte superior, inferior e oblíquo). Os 
músculos adicionais são os iliopsoas e a quadrado lombar. 
Principais ligamentos da coluna: 
- Ligamento amarelo: limita a flexão. 
- Ligamento interespinhais e supra – espinhais: limita a flexão. 
- Ligamento intertransversários: limita a flexão lateral contralateral. 
- Ligamento longitudinal anterior: limita a extensão ou lordose excessiva das regiões 
cervical e lombar. 
- Ligamento longitudinal posterior: limita a flexão, reforça o anel fibroso 
posteriormente. 
- Cápsula das articulações dos processos articulares: fortalece e suporta a articulação 
dos processos articulares (KAPANDJI, 2000). 
 
3. Lombalgia 
 
Denomina-se lombalgia o conjunto de patologias dolorosas que acontecem na região 
lombar da coluna vertebral, decorrente de alguma anormalidade nessa região. É uma das 
grandes causas de morbidade e incapacidade funcional, tendo incidência apenas menor 
do que a cefaléia entre os distúrbios dolorosos que mais acometem os indivíduos. Os 
sintomas da lombalgia incluem: dor lombar, geralmente de início discreto, tendo 
aumento progressivo da intensidade que piora com a mobilidade da região, comumente 
acompanhada de algum grau de encurtamento da musculatura lombar. 
As dores de origem mecânica ou postural são as que caracteristicamente pioram com 
movimentos, atividade e esforço físico e melhoram com o repouso. A dor pode ser 
discogênica (lombalgia do compartimento anterior), dor lombar facetária (lombalgia do 
compartimento posterior), dor predominantemente ciática com sinais de radiculopatia 
ou dor da claudicação neurogênica. A dor discogênica é a mais frequente, acomete 
indivíduos após a segunda década de vida sendo seu pico de incidência entre 30 e 50 
anos. Sua etiologia está relacionada à desidratação e a degeneração do disco 
intervertebral, principalmente nos segmentos motores mais caudais (L4/L5 e L5/S1). A 
degeneração discal causa fissuras no ânulo fibroso do disco intervertebral e o núcleo 
pulposo desidrata e protrui em direção ao canal vertebral. Com situação de aumento de 
pressão sobre o disco intervertebral e deslocamento do núcleo pulposo, há estiramento 
das fibras colágenas do ânulo fibroso e inflamação do mesmo, causando dor crônica 
diária leve, que piora se agudiza em situações de pequena sobrecarga. (GOULD, James, 
1993) 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.1 Lombalgia crônica em idoso 
 
A Associação Americana de Geriatria (1999) define dor crônica como aquela que existe 
além de um tempo esperado de cura ou que não é amenizada por métodos rotineiros 
para controle da dor. Cox (2002) classifica dor crônica na coluna sendo aquela com 
duração mais longa que três meses. Para Henriques (2001) a dor crônica é definida 
como a que tem duração maior que seis meses. 
A queixa de dor lombar do idoso em consultórios médicos é muito frequente, manifesta-
se predominantemente com lombalgia ou lombociatalgia, que se inicia de maneira 
insidiosa. A causa predominante da lombalgia e lombociatalgia no idoso é o processo 
degenerativo, que tem início lento e inclui uma série de condições, como a estenose do 
canal lombar, espondilolistese degenerativa, síndrome facetária e doença degenerativa 
discal (CASTRO, 2000). 
Para Santos (1996), as causas da lombalgia são mecânicas, e inclui sobrecarga 
lombossacral, discopatia degenerativa, espondilolistese, estenose de medula espinhal e 
fratura. A grande maioria dos casos de dor lombar com ou sem irradiação para os 
membros inferiores tem evolução em semanas ou meses, e 10% dos casos se tornam 
crônicos. Para Knoplich (2003), as dores irradiadas e parestesias para os membros 
inferiores com frequência se associam à lombalgia, incapacitando a movimentação e o 
trabalho. O envelhecimento e a sobrecarga mecânica provocam degeneração e lesões 
nas vértebras desencadeando as algias lombares, que também podem estar relacionadas 
a problemas ligamentares ou musculares agudos (BERKOW, 1995; WATKINS, 2001). 
 A dor irradiada geralmente o paciente indica o trajeto com a mão conforme mostra a 
figura a seguir. 
 
Fonte: http://fisioterapeutafabiorv.blogspot.com.br/2011/07/inimigos-da-coluna 
Legenda: Lombalgia 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: www.patologiadacoluna.com.br/patologia-escoliose.php 
Legenda: Lombalgia com dor irradiada. 
 
Há fatores associados que melhoram o estado do paciente, tais como ajuste quiroprático, 
repouso, medicamentos, etc. e outros que pioram, como espirro, levantar peso, tosse, 
evacuações etc. Dificuldade de andar devido à dor, deve ser investigada, suspeitando-se 
de distúrbios vasculares (claudicação intermitente). Perda da força nos membros 
inferiores e atrofias musculares são sinais de nítido sofrimento da raiz nervosa. Há 
desvios antálgicos conforme a intensidade da dor, com intenso espasmo da musculatura 
paravertebral. A idade é fator importante constatando-se que as pessoas com lombalgias 
(em homens com mais frequência que nas mulheres), dos 30 aos 50 anos, são mais 
propensas a ter hérnia de disco. Nas lombalgias de início súbito em pacientes bem 
idosos, há uma preocupação maior com tumores, sem perder de vista todos os possíveis 
diagnósticos. 
3.2 O diagnóstico Lombalgia 
O diagnóstico é feito pelo quiropraxista através da anamnese, o exame físico e os 
exames complementares como: Radiografia e tomografia. Durante a anamnese o 
paciente conta toda a história da sua dor e responde a perguntas feitas. Depois da 
anamnese segue-se o exame clínico onde o quiropraxista examina o local da dor, através 
de testes ortopédicos e neurológicos pesquisa a força muscular, o estado dos nervos, a 
flexibilidade e mobilidade articular, quais os movimentos que desencadeiam dor, a 
sensibilidade da pele das pernas, enfim uma série de sinais que poderão ajudar na 
prescrição do tratamento. 
 
4. Quiropraxia 
 
7 
 
A quiropraxia teve início em 1895, em Davenport, Iowa. Neste ano, o canadense Daniel 
David Palmer realizou uma manobra de manipulação articular em um paciente que tinha 
uma deficiência auditiva e neste caso, surpreendentemente, obteve um grande sucesso. 
Palmer então cunhou o nome “Quiropraxia”, que vem do grego “Queirós”, que significa 
mãos, e “Práxis”, que significa prática. (PETTERSON, 1995). 
É uma profissão de nível superior, reconhecida e incentivada pela organização mundial 
de saúde (OMS) no qual se dedica no diagnóstico, tratamento e prevenção de distúrbios 
biomecânicos, ou seja, ossos, ligamentos, tendões, nervos, articulações e músculos, 
tendo um olhar extremamente refinado no que diz respeito à coluna vertebral, visto que 
é o grande pilar de sustentação do nosso corpo. 
O tratamento quiroprático é composto por técnicas manuais, orientações de hábitos, 
técnicas posturais, e prescrições de exercícios específicos. Seu grande diferencial está 
no ajustamento articular, ou seja, manobras rápidas e precisas, que em alguns momentos 
podem vir acompanhado de estalidos, cujo qual restaurará a função da articulação e 
permitirá que seu corpo funcione harmonicamente, reduzindo o risco de desenvolver 
lesão. 
Os objetivos do tratamento em resumo, consistem em atender as necessidades imediatas 
do paciente, como o alívio da dor, tratar a causa dos sintomas através da recuperação da 
função e amplitude de movimento normal das articulações, músculos e outras estruturas 
do sistema musculoesquelético ou sistema locomotor, assim permitir ao sistema nervoso 
funcionar sem interferências (CHAMPMANSMITH, 2001). 
4. A quiropraxia e o idoso 
 
Segundo Cooperstein e Gleberzon (2001), os objetivos do tratamentoquiroprático em 
idosos consistem em: promover bem estar atual e potencial, remover interferências 
nervosas (p.ex. disfunções neurológicas) através do ajuste de subluxações, reduzir a dor 
e o perigo da dependência de drogas, assim como as complicações iatrogênicas da 
terapia medicamentosa, aumentar a mobilidade articular, diminuir a morbidade, 
aumentar a qualidade de vida total do paciente, manter uma atitude positiva pelo 
paciente e evitar cirurgias. 
Muitos estudos confirmam atualmente a eficácia da manipulação articular realizada por 
quiropraxistas e o tratamento quiroprático em geral, para pacientes com lombalgia 
mecânica (também chamada de lombalgia comum, simples ou não especificada), o tipo 
de dor que atinge mais de 90% dos pacientes (CHAPMANSMITH, 2001). 
 
 
A dor lombar é tratada com quiropraxia através de 
ajustes específicos nas vértebras subluxadas, o que 
estimula o sistema neuro músculo esquelético pela ação 
dos mecanorreceptores, produzindo relaxamento 
muscular, liberando a interferência nervosa e trazendo, 
consequentemente, um bom resultado no alívio dos 
sintomas, melhorando a mobilidade local (MANGA 
1993). 
 
Rupert (2000) relatou as técnicas de ajuste quiropráticas mais frequentemente aplicadas 
em pessoas com 65 anos ou mais, sendo elas: Diversificada, que inclui impulso de alta-
velocidade e baixa amplitude, com 70,4%,conforme esta sendo ilustrado na imagem a 
seguir. 
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:www.portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/14780/a-eficacia-da-terapia-manipulativa-no-
tratamento-das-lombalgias. 
Legenda: Técnica de rolo lombar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:balsiniquiropraxia.blogspot.com.br 
Legenda: Ajuste torácico 
 
 Seguida pelo Ativador com 28,3%, técnica Thompson com 21,9%, e Nimmo/outras 
técnicas de tecidos moles com 20,6%, Cinesiologia Aplicada com 16,1% e Técnica 
Sacro-Occipital com 13,5%. De acordo com as imagens a seguir podemos ver algumas 
técnicas da quiropraxia. 
9 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:projetosaudebh2011.spaceblog.com.br/1427739/Efeito-do-tratamento-quiropratico-na-lombalgia-
cronica-de-idosos. 
Legenda: Transição toraco lombar 
 
Existem poucos dados sobre a frequência de reações adversas da manipulação espinhal 
em idosos. Pacientes idosos podem sofrer mais repostas adversas à manipulação 
espinhal que pacientes jovens, e podem igualmente sofrer menos, a consideração mais 
óbvia ao dirigir-se ao paciente geriátrico é determinar o nível de força seguro e efetivo 
que pode ser usado. Dependendo da estrutura corporal que é contatada, a questão pode 
ser menos de força e mais de pressão (COOPERSTEIN;GLEBERZON, 2001). De 
acordo com a imagem abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: www.institutoallevo.com.br/quiropraxia.htm 
Legenda: Alívio sacro lombar 
 
Talvez a dureza articular frequentemente encontrada entre indivíduos idosos possa 
protegê-los de lesões relacionadas à má linha de correção e força excessiva. As reações 
mais comuns são desconforto local, dor de cabeça, cansaço ou irradiação desconfortável 
(GLEBERZON, 2001). 
10 
 
 
5. Metodologia 
 
Trata – se de um estudo de característica descritiva, é a descrição de determinada 
população em relação entre variáveis. A importância da pesquisa é fundamental na 
prática de um ensino construtivo, através delas podemos enriquecer os nossos 
conhecimentos e produzir independência em nossos planos de tratamento e ações. 
O artigo foi desenvolvido através de uma pesquisa bibliográfica buscando conhecer 
novos enfoques, interpretar dados e aprimorar os conhecimentos. 
A pesquisa bibliográfica abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao 
tema estudado, como por exemplo, boletim, jornais, revistas, livros, monografias e 
teses. 
O estudo tem como objetivo explorar e conhecer o assunto mais profundamente, sua 
natureza se apresenta de forma qualitativo-quantitativa por ter características 
exploratória e descritiva sendo realizado por revisão de literatura. 
Os descritores deste trabalho foram: lombalgia crônica em idosos, quiropraxia em idoso, 
tratamento quiroprático em lombalgia e técnicas de quiropraxia. 
A pesquisa foi realizada em livros e artigos nacionais assim como em sites da área da 
saúde. 
 
 
6. Resultados e Discussão 
 
A lombalgia é uma queixa comum nos ambulatórios e consultórios fisioterapêuticos, o 
que demonstra o reconhecimento da população aos profissionais fisioterapeutas quanto 
ao seu importante papel no controle da dor lombar, e o tratamento da lombalgia é 
complexo, preciso e minucioso quando comparado à maioria dos tratamentos, sendo a 
fisioterapia um recurso essencial para a reabilitação do paciente. (MACEDO; 
BRIGANÓ, 2009). 
De acordo com Freire (2000) as dores lombares crônicas devem ser tratadas como um 
problema de saúde pública. A lombalgia, além de ser uma das principais causas de 
absenteísmo, também afeta muitos aspectos da vida do trabalhador, levando a alterações 
do sono, depressão e, em casos mais sérios, ao suicídio. 
Segundo Ranney (2000) a incapacidade lombar é definida como a impossibilidade de 
realizar uma tarefa que normalmente é executada, sendo que o problema lombar é a dor. 
Aproximadamente 60% dessas dores são causadas por problemas musculares, em geral 
por retrações de músculos devido à má postura, esforço físico, movimentos repetitivos 
feitos de maneira inadequada e predisposição genética (MOONEY, 2000). 
Para Dandy (2000), atividades prolongadas na posição sentada apresentam dores 
lombares devido às elevadas cargas atuando sobre a coluna lombar, o fato de apresentar 
dores lombares ao sentar dificulta a vida do indivíduo tanto no trabalho como nas 
atividades da vida diária. A fisioterapia constitui um dos tratamentos mais usuais para a 
dor lombar. Estudar a sua efetividade poderá contribuir para a melhoria da qualidade 
dos cuidados. Os objetivos deste estudo foram identificar os perfis do estado de saúde 
em indivíduos com problemas lombares, a manipulação vertebral é comumente utilizada 
por fisioterapeutas, quiropatas e osteopatas para o tratamento de diversas disfunções do 
sistema musculoesquelético, principalmente nos casos de restrição dos movimentos 
articulares acessórios que causam dor ou restrição do movimento fisiológico normal, 
11 
 
possibilitando através de um tratamento conservador a eliminação de queixas álgicas de 
origem vertebral e periférica. 
A dor lombar é tratada com quiropraxia através de ajustes específicos nas vértebras 
subluxadas, o que estimula o sistema neuro-músculo-esquelético pela ação dos 
mecanorreceptores, produzindo relaxamento muscular, liberando a interferência nervosa 
e trazendo, consequentemente, um bom resultado no alívio dos sintomas, melhorando a 
mobilidade local (MANGA, 1993). 
A manipulação vertebral é efetiva no tratamento de lombalgia crônica, e um tratamento 
de manutenção no follow-up foi benéfico para a não recidiva do quadro (Descarreaux, 
2004). Esta técnica foi bem mais eficiente, tanto a curto como em longo prazo, no 
tratamento de dor crônica na coluna, do que acupuntura e tratamento medicamentoso 
(Muller, 2005). 
 
7. Considerações finais 
 
O diagnóstico apropriado é fundamental para a instituição da melhor conduta, a qual 
poderá beneficiar os portadores de lombalgia crônica e, indiretamente, todos os serviços 
envolvidos com os custos gerados por esses pacientes. Alterações de imagem 
(particularmente, degenerações discais ou osteófitos marginais) nem sempre guardam 
relação com ograu de incapacidade do paciente, mas os fatores psicossociais que se 
mostram mais relevantes (nível alto de evidência) para premeditar a evolução do 
quadro. As lombalgias relacionadas ao compartimento anterior da coluna podem ser 
originadas do corpo vertebral, ou do disco intervertebral, como nas discopatias 
degenerativas, nas infecciosas ou nas hérnias discais. O tratamento multidisciplinar 
possui evidências científicas de que é eficaz na melhora da dor lombar crônica, mesmo 
aquela de longa data ou fortemente relacionada a fatores psicossociais. 
Os exercícios físicos se mostraram eficazes no tratamento da lombalgia crônica e na 
redução da incapacidade. A agregação da multidisciplinaridade, com suporte 
psicológico e social adequados, pode envolver maiores custos inicial, porém, se 
revelarão menos dispendiosos no longo prazo, em vista da redução do número de 
consultas médicas e dias perdidos de trabalho, bem como menores gastos ao sistema 
previdenciário, sem prejuízo do doente, mas sim, em uma única solução que visa, 
primeiramente, o restabelecimento de sua saúde. Sendo assim, a Fisioterapia visa ao 
desenvolvimento de estratégias direcionadas, de modo a proporcionar o alívio da 
sintomatologia e a prevenção de novos acometimentos, através dos seus recursos 
terapêuticos, no intuito de garantir bem-estar a essa população e, consequentemente, 
uma melhor qualidade de vida. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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chronic pain in older person. Journal of the American Geriatrics Society. Panel on Chronic Pain in Older 
Person. v. 50, n. 6, 2002. 
AMERICAN GERIATRIC SOCIETY (AGS). Panel on chronic pain in older person: the management of chronic 
pain in older person. Journal of the American Geriatrics Society. Panel on Chronic Pain in Older Person. 
v. 46, n. 5, 1999. 
CAILLIET, René. Dor: mecanismos e tratamentos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. 
12 
 
CASTRO, Maurício. A coluna lombar do idoso. Revista Brasileira de Ortopedia. V.35, n. 11/12, p. 423 
– 425, novembro / dezembro. 2000. 
COOPERSTEIN, Killinger, GLEBERZON, Brian. Chiropractic care of the older patient. UK: 
Butterworth-heinemann, 2001. 
CHAPMAN-SMITH, David. Quiropraxia: uma profissão na área da saúde. São 
Paulo: Anhembi Morumbi, 2001. 
DANDY, D. J. Ortopedia e traumatologia clínica: diagnóstico e tratamento. Rio de Janeiro: Revinter, 
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