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ATM 2021.2 Yasmine Badwan Mustafá Oftalmo – Ap1 Anatomia e embriologia do sistema visual Semiologia do sistema visual - pg 4 Exame do fundo de olho – pg 8 Ametropia – pg 11 Retinopatia hipertensiva – pg 14 Anatomia ocular Dois conjuntos pares e simétricos Não sensorial: anexos oculares – vasos, nervos, pálpebras, órbitas, conjuntiva, aparelho lacrimal, músculos extraoculares Sensorial: olhos, vias ópticas e centros visuais Anexos oculares Órbitas: duas cavidades ósseas piramidais, nas quais os olhos estão encaixados 4 paredes: teto(superior), lateral(temporal), inferior(assoalho), medial(nasal); 7 ossos: frontal, zigomático, maxilar, lacrimal, esfenoide, etmoide e palatino No fundo: forame óptico/canal: dá passagem ao nervo óptico II NC e a artéria oftálmica Fissura orbital superior: Nervo troclear IV NC, oculomotor III NC, abducente VI NC, trigêmeo – lacrimal e frontal, veia oftálmica superior. Pálpebras: proteção e lubrificação do olho, distribui o filme lacrimal. 3 camadas: conjuntiva tarsal/palpebral(interna), septo fibroso(média), músculo elevador da pálpebra e orbicular(externa) – muito vascularizados – lesada facilmente. Fenda palpebral: entre pálpebra superior e inferior: são bordas livres das pálpebras Ptose: fenda palpebral diminuída Conjuntiva: tecido mucoso que reveste a pálpebra internamente e a esclera. Conjuntiva palpebral/tarsal reveste a pálpebra internamente e conjuntiva bulbar (na esclera) que reveste o branco do olho. É uma membrana fechada. Quemose: edema conjuntival Conjuntivite: inflamação da conjuntiva Aparelho lacrimal: sistema de lubrificação e drenagem; Glândula lacrimal + vias de excreção (pontos lacrimais, canalículos, sacos lacrimais) As lágrimas mantem o olho limpo e límpido As glândulas fazem a secreção da parte aquosa da lágrima, a conjuntiva da parte mucosa e os cílios da parte lipídica. Os pontos lacrimais drenam as lágrimas para os canalículos lacrimais, saco lacrimal até o meato nasal inferior. Músculos extraoculares: movimento dos olhos – 6 músculos para cada olho Retos: superior, inferior, medial e lateral – olhar lados, cima e baixo Oblíquos: superior e inferior – olhar lados e cima, lado e baixo. Mais de um movimento ao mesmo tempo – lesão do nervo: estrabismo: olhos não olham ao mesmo tempo na mesma direção. Inervação: Oculomotor: RS,RI,RM,OI. Paralisia III NC = estrabismo divergente Troclear: OS - pateta Abducente: RL. Paralisia VI NC = estrabismo convergente Músculo elevador da pálpebra e músculo orbicular: mímica facial – VII NC(facial) – lesão: ptose Aparelho sensorial Olho: esfera situada na órbita, atapetada por tecidos adiposos e musculares. Camadas: Externa ou túnica fibrosa: esclera e córnea Média Interna: sensorial ou neurológica Movimentos oculares sacádicos Córnea: lente de contato natural que transmite brilho ao olho (menisco transparente). Sua continuação é a esclera. Câmara anterior Limbo corneoescleral: entre córnea e esclera Tecido conjuntivo organizado com capacidade convergente de raios luminosos em 45°, agindo como uma lente convexa A córnea possui um grande poder de refração – ela é avascular e inervada Possui 5 estruturas: Epitélio anterior(regeneração) Membrana de bowman ou lâmina limitante anterior(caso a lesão não atravesse essa camada, é possível uma regeneração sem perda de visão. Caso atravesse: cicatrização com prejuízo da visão Estroma ou substância própria Membrana de descemet ou limitante interna Endotélio: superfície posterior da córnea – função de nutrição dela. Onde ocorre o equilíbrio K/Na, metabolismo e a deixa límpida. Esclera: é o branco do olho, formado por tecido conjuntivo fibroso desorganizado recoberto pela conjuntiva. É a parte opaca da túnica fibrosa. Cristalino: é uma lente Lente biconvexa localizada atrás da íris e responsável pelo foco da visão. Complementa o poder refrativo da córnea Convergente Segmento anterior: cristalino para fora Segmento posterior: cristalino para dentro Apresenta estruturalmente uma cápsula, um epitélio e uma substância própria. Vítreo: estrutura transparente, gelatinosa/viscosa, elástica, localizada atrás do cristalino Preenche a parte posterior do olho Úvea/túnica vascular/ túnica média: atrás da esclera, vascularizada Parte anterior: íris – colorido – controla a entrada de luz – orifício central: pupila Parte média: corpo ciliar – músculo ciliar – sustentação do cristalino e produção de humor aquoso Parte posterior: coroide – nutrição da retina Humor aquoso: nutrição da córnea e cristalino. É renovado constantemente e seu excesso é escoado por um canal; quando esse canal é obstruído, ocorre excessiva pressão, sendo uma das causas de glaucoma. Pupila: regula a entrada de luz – miose e midríase Retina: parte mais interna do olho. Estrutura neurossensorial Extensão do SNC Composta por fotorreceptores: cones e bastonetes. Área do nervo óptico/papila óptica/disco óptico: zona cega, sem fotorreceptores – área de passagem do nervo óptico – local em que os neurônios da via óptica e formam o nervo óptico e saem do olho e por onde passam os vasos – artérias e veias oftálmicas Área periférica: fotorreceptores bastonetes (preto e branco, variações de luz e sombra, nuances de luz e visão noturna) Artéria oftálmica: ramo da carótida interna: penetra no olho e subdivide-se em temporal superior e inferior, ramos nasal superior e inferior. Veia oftálmica: veia oftálmica superior, inferior e veia central da retina: drenam para o seio cavernoso. Nervos: oculomotor, abducente, trigêmeo(sensibilidade), facial. Vias ópticas – caminho da imagem!!!!!!! retina, papila óptica, nervo óptico, quiasma óptico, trato óptico, corpos geniculados laterais e córtex occipital. Exame oftalmológico e semiologia ocular Anamnese ocular: Perda visual súbita ou insidiosa? Mono ou biocular? Súbita monocular? ceratite (inflamação da córnea), uveíte anterior, glaucoma, hemorragia vítrea, neurite óptica, oclusão vascular. Súbita binocular: acidentes, intoxicação neurológica, sonda elétrica sem máscara protetora. Insidiosa monocular: catarata (opacificação do cristalino), opacidades corneanas, glaucoma. Insidiosa binocular: qualquer doença ocular. Transitório ou permamnte: Amaurose fugaz: oclusões da carótida interna (má perfusão da artéria oftálmica com perda da vascularização do nervo óptico). É transitório durando de segundos a minutos (até 10). Amaurose: cegueira total. Perda de visão central (pré quiasmática) ou periférica (quiasmática ou retroquiasmática)? Toxoplasmose (perda de visão central, lesão na mácula) Glaucoma (diminuição da visão periférica) – existe uma visão tubular (retina funcionando e acuidade normal). Visão próxima ou a distância? Melhora com óculos? Sinais: Fotofobia: desconforto à exposição a luz Fotopsia: percepção de flashes, mesmo em ambientes escuros ou com os olhos fechados. Indica alterações retinianas/descolamento da retina. Principalmente em míopes com moscas volantes. Mosca volante/escotomia cintilante: relacionado à hipotensão postural. Não patológico. Pontos pretos contra o fundo branco. Também pode ter relação com descolamento de retina. Metamorfopsia: percepção errônea das formas (imagem destorcida). Comum na degeneração macular senil (>60anos). É causada por edema na retina e DM. Halos: halos esbranquiçado em volta de um ponto luminoso. Comum em lesões superficiais da córnea devido ao edema. É um acúmulo de água na córnea. Heterocromia: um olho de cada cor. É patológico. Diplopia: visão dupla Desvio ocular – olhos não bem alinhados. = pacientes com depressão do SNC (por álcool, medicamentos). Início súbito com alterações neurológicas: Paralisia abducente – mais comum – estrabismo convergenteParalisia oculomotor – estrabismo divergente Paralisia troclear – estrabismo vertical – patético E os sintomas? 1-Astenopia: desconforto causado por dificuldade ao enxergar. Acompanha lacrimejamento, ardência, cefaleia ou dor aguda (com ou sem fotofobia). 2-Hiperemia ou secreção ocular: *Lacrimejamento: estímulo reflexo por olho seco. Produção excessiva de lágrima. *Secreção: aquosa, mucosa e purulenta. *Epífora: deficiência no sistema de drenagem da lágrima. Acúmulo, produção normal – dificuldade de excreção. *Hiperemia: olho vermelho. Vasodilatação generalizada. Se limbar (ao redor da córnea), é sinal de inflamação. *Quemose: edema de conjuntiva. Edema hiperagudo em processos alérgicos Exame oftalmológico: Ectoscopia: olhar externamente – visão macroscópica: #Leucoria: reflexo pupilar branco – catarata, tumor (o normal é o reflexo vermelho) #Anisocoria: pupilas de tamanhos diferentes #Proptose: um olho pra fora #Dermóide: tecido ectópico (pele, osso). #Ectocoria: pupila descolada #Vesículas: herpes I #Terçol/hordéolo: processo agudo, hiperemia, com sinais flogísticos e dor. Drena espontaneamente. #Calásio: é um hordéolo fibrosado, com uma cápsula que envolve a glândula sebácea. Não drena sozinho e não tem dor. #Ceratocone: é uma doença não inflamatória progressiva do olho na qual há mudanças estruturais na córnea, em forma de cone. Técnicas de exame: *Avaliação de movimentos oculares: simetria – teste da bandeira inglesa, teste de oclusão (diagnóstico de estrabismo). *Teste de acuidade visual: um olho de cada vez para longe (6 metros), dois olhos juntos para perto (33-40cm) 20/20: 100% da visão 20/30, 20/40, 20/60 – patológicos 20/200 = cegueira total - Amaurose Exemplo: 20/25 = quase normal. O paciente a 20 pés de distância enxerga com nitidez o que uma pessoa normal enxergaria a 25 pés. 20/60 -> 20/30: o paciente melhorou sua visão Pupila Deve ser redonda, central, reagir igualmente dos dois lados (reflexo pupilar direito e consensual), reflexo vermelho. Regula a quantidade de luz; a pupila fechada dá mais foco. SNS: midríase. Colírio parassimpaticolítico. Tropicamida, ciclopitalato. SNP: miose. Fenilefrina. Pupila irregular: não é redonda – consequência de infecção intra-ocular ou uveíte. *Exame biomicroscópico – paciente apoia queixo – lâmpada de fenda avalia estruturas em grande aumento, atravessa todas as estruturas. *Oftalmoscopia direta: fundoscopia -> 15% das estruturas do fundo do olho são observadas sem usar dilatador da pupila. Dilatando, 50% das estruturas do fundo do olho são vistas. Estruturas observadas: camadas transparentes, pupila, cristalino, humor aquoso, nervo óptico, vasos retinianos, mácula. Artérias: mais finas e claras Veias: mais calibrosas e escuras Mácula: temporal/lateral ao nervo óptico, sem vasos sanguíneos. Responsável pela visão central. Presença de fotorreceptores. Centro: fóvea – só há cones – cores. Avascular Disco óptico/ nervo óptico: ponto cego, arredondado, bem delimitado, medial. Do centro: emergem vasos. Área esbranquiçada = escavação Vasos: 3veias:2artérias *Tonometria: mede a pressão intraocular. P. normal: 8-20 mmHg Humor aquoso: entre córnea e íris Renovado e excretado, escoamento limitado pela hipertensão ocular: glaucoma – pode gerar lesão no nervo óptico. Humor vítreo: entre cristalino e a retina Não se renova *Teste de confrontação: detecta defeitos no campo visual. Movimentar o indicador da periferia para o centro. Fundoscopia A principal contribuição da oftalmoscopia é a visualização do seguimento posterior do olho; A oftalmoscopia deve ser parte integrante de todo exame geral. Indicações: HAS, DM, leucemia/linfomas, SIDA, doenças reumatológicas, doenças oculares com ou sem comprometimento sistêmico (toxoplasmose), controle da toxicidade por fármacos (cloroquina, tuberculostáticos – etambutol: EA: perda da visão do azul e verde, antineoplásico) Oftalmosocopia direta: Método simples, requer pouco treinamento. Luz fria Visualização mais reduzida do fundo do olho: da retina até o equador (50% da retina com dilatação e 25% sem dilatação), porção posterior. Equador do olho: perpendicular Imagem direta, virtual, ampliação de 13 a 15 x – não é o tamanho real Aplicabilidade na maioria dos pacientes, principalmente com erros pequenos de refração – míope até 4º e hipermetrope até 6º - e sem catarata Examinar olho direito do paciente com nosso olho direito e vice-versa, com 15cm de distância. Paciente sentado e mantendo olhos abertos durante o exame. Oftalmoscopia indireta: Método mais difícil e que requer mais treinamento Visualização mais ampla de todo fundo do olho. Vejo toda retina! Ora serrata Imagem invertida, real, ampliação de 2 a 4x Possibilita visualização através de opacidades: catarata, altas miopias, visualização de neovasos. OBS – BIOMICROSCOPIA – PODE SUBSTITUIR Precauções prévias: Fundoscopia: paciente deve olhar para longe – isso permite visualizar a pupila. Depois, olhar para a luz do oftalmoscópio para ver mácula. Íris mais claras: dilatam mais rápido e permanecem mais tempo dilatadas. Avaliar amplitude e profundidade da câmara anterior: quanto mais profunda, melhor. As estreitas/rasas têm mais propensão a glaucoma de ângulo estreito – fecha a saída do humor aquoso. Hipermetropes: tendem a ter a câmara rasa! Uma parte da íris ilumina e a outra não, através de iluminação perpendicular. INVESTIGAR HF PARA GLAUCOMA Verificar HAS – não usar colírio simpático mimético como fenilefrina DM – demora mais para dilatar; Doenças oculares, como uveíte: dificuldade para dilatar íris. Midriáticos: Ampliam a área de visualização Ação midriática e cicloplégia Paraefeito: dificuldade de visão para perto Exemplos: Tropicanamida: Primeira opção em adultos; Parassimpaticolíticos; Ação essencialmente midriática; pouco cicloplégico – paralisia do músculo da acomodação – uma gota a cada 5 ou 10 min por 30 min. Término de ação rápido = 3h. Fenilefrina: Simpaticomimético Início e término de ação rápidos Essencialmente midriático; pouco cicloplégico – Midríase forte; CI em HAS – pode causar crise hipertensiva e taquic; uso em cirurgias de cataratas; mapeamento da retina. Ciclipentolado: Anticolinérgico; Início e término de ação mais lentos – pode ficar até 72 horas dilatado :O Causa paralisia do músculo ciliar (cicloplégico); uso em estrabismo com grau elevado EC: confusão, sonolência, estupor – pode ser alucinógeno Atropina/ Homatropina: Antimuscarínico Ação e permanência longa Estruturas encontradas no fundo de olho Reflexo vermelho do fundo de olho; Córnea, humor aquoso, íris e cristalino; Nervo óptico/ disco óptico: marcador da geografia do fundo de olho: 4 áreas: temporal superior e inferior, nasal inferior e superior. Ponto ou mancha-cega fisiológica -> não tem fotorreceptores. Ponto cego!! Escavação/comunicação fisiológica: não passando de 30% da área do disco óptico podendo variar com a presença de doença. Devem ser semelhantes nos dois olhos, se não podem indicar doenças: glaucoma, toxoplasmose e leucemia. Papila do nervo óptico: área ovalada com margens definidas, localizada medialmente – lado do nariz. Brotam vasos: veias e artérias retinianas (arcada retiniana) Mácula: área de acuidade visual máxima!!!! Avascular Ponto central: fóvea – pode brilhar Cones: cores e detalhes – mais temporal Vasos Retinianos: Vênulas: mais espessas e escuras Arteríolas: mais finas e claras 3 veias:2 artérias Ramosda carótida interna – sem fibras nervosas Arteríolas cruzam vênulas – arteríolas mais transparentes. Fundo da retina: pigmentação varia com idade Alaranjado: jovens – aparência de seda molhada Avermelhados: velhos Coloração devido a pigmentação do epitélio, sangue nos coriocapilares e vascularização da coroide. Retina (fundus): 6 tipos de células sobrepostas Células ganglionares Camada plexiforme externa Fotorreceptores Epitélio pigmentar Na fóvea: não há camadas: apenas fotorreceptores Negros: retina mais escura. Jovens: retina brilha. Ametropias Objetivo: raios luminosos devem permear todas as estruturas do olho e chegar no plano retineano, no foco. Raios paralelos – no mínimo 6m de distância (por isso teste) – feixe luminoso nos meios transparentes. Antes de virarem paralelos são divergentes. Corta a frente do olho perpendicular. + próximo: + divergente Não vemos infravermelho e UV – espectro Índice de refração: + denso + índice REFRAÇÂO: desvio VERGÊNCIA: tipo Convergência: vergência positiva ( + ). Feixes se encontram em um ponto (foco). Lente de 1°: faz vergêmcia com foco de 1m Maior convergência – foco mais próximo 2°: 0,5m 3°:0,33m 1º de hipermetropia: enxerga bem a partir de 1m, pois é a mínima distância que a lente se acomoda. Se tentar ler livro a 0,5m: difícil!!!!!11 Convexas = convergente = positivas --- NOSSA LENTE – Nosso olho busca formar o foco antes da retina – olho é pequeno (23-24mm) Divergência: vergência ( - ). Projeção do foco se mede pela projeção dos feixes. Lentes indicadas para míopes. Acomodação: capacidade do cristalino de mudar seu poder de refração. O cristalino tem um papel passivo = pode mudar a capacidade de convergência! Entre córnea e cristalino: 60º de convergência. Contração do músculo ------ ação parassimpática Objeto distante: musculatura ciliar relaxada Próximo: contraído – maior acomodação Se o raio passa e faz foco além do plano retiniano, o cristalino modifica seu diâmetro AP por fibras chamadas zônulas – através de músculos ciliares – aumenta poder de convergência. Estimulada pela imagem borrada na retina: resposta no nervo oculomotor, que atua sobre cristalino. Estrabismo convergente: atuação exacerbada do estímulo de acomodação. Oculomotor atua na acomodação do cristalino – ao mesmo tempo, pode causar um estrabismo convergente na tentativa de melhorar o foco. É o único estrabismo que melhora com óculos – não necessita de cirurgia. Tríade da aproximação - reflexo para perto: acomodação, miose e convergência do olho. Tabela de Jeger até J6: J1 enxerga bem para perto. Emetropia: quem possui visão 100% (20/20 há 6m) – não precisa usar seu sistema de acomodação quando olha pra longe. Tem o foco no ponto retiniano. Na periferia: não temos boa visão – há espaçamento para fotorreceptores. Fóvea: maior área de acuidade visual 0 cones amontoados. Teste de acuidade é em 6m para raios entrarem paralelamente. Erros refrativos: Hipermetropia: raio luminoso entra e se forma além do plano retiniano – após retina. Dificuldade para enxergar perto – sistema de convergência fraco. Pessoa usa acomodação para trazer foco mais para perto, o que torna o cristalino mais convergente. – olho até 22mm Limite de acomodação: quanto maior idade, menor é a capacidade; Sintomas astenotópicos: cansaço, peso nos olhos, dor de cabeça. Criança: hipermetropia fisiológica Herença genética autossômica recessiva TTO: lente convergente, convexa ou positiva. Estrabismo acomodativo Quando tem hiper: somar grau de hiper + acomodação do olho normal. Ex: há 33cm olho normal precisa acomodar 3° - se hiper de 2º = acomodação total 5°. Miopia: raio luminoso se forma antes da retina – entre ela e cristalino Dificuldade visão longe Não precisa de acomodação quando olha pra longe, ou acomoda pouco pq olho não consegue = Lentes não possuem poder de divergência!! (córnea e cristalino). FALSO !!!!!!! todo míope quando olha para perto não precisa acomodar Miopes de baixo grau = precisam de acomodação Quando se olha um objeto de perto, o raio entra divergente e forma o foco para trás. Quanto mais próximo objeto, mais divergentes os feixes – corrigindo o problema de refração. Paciente tira óculos para ler Inicia mais na pré-adolescência Causas: Refracional ou de índice: índice de refração maior é mais convergente. Axial simples ou degenerativo: crescimento dos olhos. Correção não satisfatória, pois há degeneração – pode chegar até 28mm. Maior risco de descolamento retiniano, maculopatia miópica, membrana neovascular. TTO: lentes divergentes, côncavas ou ( - ) Há 33cm o olho normal acomoda 3º - se tiver miopia de 2º = acomodação total de 1°. RESUMINHO PARA FIXAR!!!!!!!!!11 Lente côncava = divergente = negativa = miopia Lente convexa = convergente = positiva = hipermetropia Astigmatismo: dois meridianos de curvaturas distintas – um mais curvo (convergente) e outro menos. Alterações na curvatura da córnea. Córnea produz focalização da imagem em diferentes pontos devido a diferentes eixos. Visão borrada Pode causar sintomas de astenopia = fadiga ocular Pode evoluir ou involuir Tipos: Regular: 90% Hipermetrópico em que os dois focos estão além da retina; Miópico: dois focos estão antes da retina; Misto: foco antes e outro depois da retina Irregular: trauma na córnea, não obedece padrão – ceratocone CERATOCONE = córnea na sua forma mais grave, geralmente possui alto grau de miopia. Pode causar astigmatismo. TTO: lentes cilíndricas Presbiopia: vista cansada, diminuição da capacidade de acomodação do cristalino. Começa entre os 40 – 50 anos = biomarcador de idade – hipermetropia do idoso Diminui acuidade visual para perto Causa: esclerose do cristalino Ocorre mais cedo nos hiperm. e mais tarde nos míopes. TTO: lente convergente Quando tratar erros refrativos?? Tratar todos os míopes Hipermetropia depende: avaliar grau e idade Visão prejudicada Adultos Quanto mais se afasta menos precisa acomodar Fotoablação com excimer: laser LASIK: aparelho retira ‘’tampa da córnea’’ e o laser atua no estroma. É indolor, rápid e com anestesia local. PRK: raspa o epitélio da córnea e aplica o laser, colocando-se lente de contato para servir de epitélio e não causar dor. Indolor, mais rápido, anestesia local e pós op mais dolorido pela epitelização. Fotoemulsificação refrativa: Anéis intracorneanos: ceratocone Lente intraocular: implantada atrás da córnea, corrige hipermetropias e miopias muito altas que não são corrigidas a laser. Lentes de ARTESAN: lente intraocular que fica fixada entre córnea e íris. Retinopatia Hipertensiva: HAS a nível ocular: Vasoconstrição: caracterizado por estreitamento local ou generalizado. Estados mais severos com obstrução de arteríolas e exsudatos algodonosos. Extravasamento por comprometimento na permeabilidade dos vasos e rompimento da barreira hematorretiniana. Arteriosclerose: causa espessamento da parede dos vasos, observável nos cruzamentos arteriovenosos. Enrijecimento da parede arteriolar. Repercussões oftalmológicas da HAS: Coroidopatia hipertensiva – coroide atapeta a retina Neuropatia ópitica hipertensiva ou isquêmica Retinopatia hipertensiva – mais importante! Fase vasoconstritora: resposta ao aumento da PA, redução do calibre dos vasos, arteríolas mais finas que vênulas. Mais perceptível em jovens. Em idsos, a rigidez é consequência da esclerose involucional dos vasos. Isso impede o mesmo grau de estreitamento observado em artérias de jovens. Fase exsudativa: vazamento de plasma – extravasamento de sangue entre fibras nervosas. Quebra da barreira hematorretiniana. Ocorre isquemia da retina. Fase esclerótica: enrijecimento por depósito lipídico. ETIOLOGIA:Genética – mais em afrodescendentes Mulheres Tabagismo não está correlacionado – apenas DPOC causa por ele Relação com nefropatia e microalbuminúria – coroidopatia tem relação com insuficiência renal. Status cardíaco: correlação com hipert ventric esquerda e RH Leptina plasmática aumentada igual em obesos Nervo óptico = sempre medial = amarelo Vênula = mais escura Arteríola: cruza sempre em cima da vênula – em pessoas normais: vasos translúcidos. Em mais idosos ou com HAS: relação 1:3 – arteríola mais constrita Maioria com HAS crônica não tem queixas visuais. EXCETO: se neuropatia isquêmica ou ruptura de vasos – fenômenos tromboembólicos. Prejuízo sério de visão não é usual. Oscilações com baixa na acuidade visual podem ocorrer em pacientes em transição de situação de hipertensão para normotensão – muda perfusão da retina. Fundo de olho HAS: Arteríola fica mais brilhante – amarela Estreitamento arteriolar Alterações nos cruzamentos vasos Deflexões dos vasos Intensidade do estreitamento vascular varia com idade: Aspectos mais puros em jovens Vasos tornam-se rígidos com envelhecimento fisiologicamente Vasos mais tortuosos – estenose venosa. Forma de expressão: Focal ou generalizado: quanto mais severo, mais generalizado Quebra da barreira hemato retiniano – extravasamento Classificação? Exsudatos algodonosos(ou moles): representam pequenas áreas de infarto isquêmico na retina – aspectos brancos com limites imprecisos – NÃO é área de exsudação verdadeira. Adjacente de um vaso de calibre maior. Exsudatos duros: precipitado branco com limites precisos – áreas amareladas – preferência pela área da mácula. Menores que algodonosos. Extravasamento do plasma em áreas fragilizadas dos capilares e arteríolas, levando a um acumulo de lipoproteínas ao redor. Indica edema e incompetência vascular. Hemorragias puntiformes: em pontos. Na camada mais superior da retina. Ruptura na barreira sangue/retina. Comum na arcada temporal superior. Hemorragias em forma de chama de vela: mais extensas – em estado mais avançado – designam área de congestão venosa retiniana nas camadas mais profundas. Graves e grandes. Seguem o trajeto das fibras nervosas retinianas. Parece pincelada com tinta vermelha. Hemorragia em forma de taça: mais grave – nível sanguineo entre vítreo e retina – pode gerar descolamento de retina. Tóxico a nível óculos. Mais superficiais. Quanto mais próximo da coroide a hemorragia: menor é Quanto mais próximo da área do humor vítreo: maior é Alterações dos cruzamentos arteriovenosos: Sinal de Sallus: sinais de compressão venosa com deflexão em trajeto – fica em S – normalmente se cruzam em X. Muda trajeto da vênula. Sinal de Gunn: afinamento das veias distalmente ao cruzamento – congestão venosa. Arteríola mais rígida. Sinal de Bonnet: elevação das veias distalmente ao cruzamento – congestão nos dois lados. SINAIS – AGRAVEMENTO DE PROGNÓSTICO VISUAL Mancha de Elschnig: frequente em quem tem doença renal. Áreas pálidas ou avermelhadas no fundo do olho que indicam má perfusão coroide. Papiledema ou edema de papila: não é exclusivo da HAS – em traumas, ......... risco de óbito Vasos em fio de cobre: arteríola começa a mudar coloração – lúmen menor e mais aterosclerótico está o vaso. Lúmen fechado: fio de prata – brilha – arteríola fechada – área isquêmica H) PAPILEDEMA OU EDEMA DE PAPILA = borramento dos limites da papila do nervo óptico. "Desaparecimento" ou atenuação de sua escavação reflete hipertensão intracraniana. * Pode estar presente em casos muito severos e descontrolados de HAS! ANGIOGRAFIA FLURESCEÍNICA (exame) —> verificar retinopatia hipertensiva. J) ACIDENTES VASCULARES RETINIANOS: causa de perda subita de visão. - Oclusão de ramo da veia da retina, veia central da retina ou da artéria central da retina. CLASSIFICAÇÃO RETINOPATIA HIPERTENSIVA Classificação de GANS: divide alterações retinias entre as hipertensivas (H) e ateroscleróticas (A). Classificação de Keith- Wagener - Barker: OBS: órgãos- alvo: rins, pulmão, coração, cérebro e olho. I) Alterações reversíveis. Função renal normal e sem comprometimentos órgãos alvo II) Sinal de SALLUS presente. Pequenos depósitos exsudativos e hemorragias. Alterações controláveis e função renal boa. III) Arteríolas desaparecem em algum ponto. Sinal de GUNM e BONNET. Alterações irreversíveis, órgãos alvo comprometidos e piora da sobrevida. IV) Alterações irreversíveis e sobrevida menor. OBS2: Papiledema = perda da escavação do disco óptico. Limites da papila apagados!! ALTERAÇÕES PERCEPTÍVEIS DA RETINOPATIA HIPERTENSIVA Relação de calibre de 2/3 para 1/3 — arteríola diminui calibre. Perda de transparência da vênula. OBS: No cruzamento arteriovenoso, arteríola sempre está em cima da vênula. 2) Sinal de SALLUS 3) Sinal de GUMN OBS – VAMO DALHE NESSA PROVINHA #bjs
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