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PASTA ESTÁGIO ANÁLISES CLÍNICAS


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SUMÁRIO
	Orientações gerais
	04
	Normas 
	05
	Trabalho 1: O que é um Laboratório de Análises Clínicas 
	08
	Trabalho 2: Esterilização, Biossegurança e Lavagem das mãos 
	10
	Lista Exercícios 1: Coleta de materiais biológicos e Urinálise 
	23
	Lista Exercícios 2: Parasitologia 
	25
	Visita Técnica 
	27
	Relatório Visita Técnica 
	29
	Projeto de Extensão: Ação no calçadão 
	37
	Projeto de Leitura 
	38
	Projeto de Páscoa 
	40
	Lista de Exercícios 3: Técnicas de Imunodiagnóstico 
	41
	Trabalho 3: Fungos de importância médica 
	44
	Trabalho 4: Resumo teórico Mecanismos de Resistência Bacteriana 
	56
	Lista de Exercícios 4: Análise macroscópica de colônias bacterianas em Meios de Cultura e Microbiologia clínica (0,5)
	73
	Lista de Exercícios 5: Técnicas fenotípicas de identificação de Resistência bacteriana 
	90
	Palestra 1
	102
	Palestra 2
	104
	Relatório Auto – Reflexivo sobre disciplina 
	106
	Referencial bibliográfico
	107
�
ORIENTAÇÕES GERAIS 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO III: ANÁLISES CLÍNICAS I 
O Estágio Curricular Supervisionado (ECS) do Curso de Farmácia da Faculdade de Ensino Superior Dom Bosco, possui Regulamento próprio, e constitui-se pelo exercício pré-profissional, em áreas do âmbito do Farmacêutico, supervisionado por professores do Curso de Farmácia, e por profissionais atuantes nos locais de estágio, no qual, o estagiário aplica os conhecimentos teórico-práticos adquiridos no decorrer da Graduação.
O objetivo do Estágio é propiciar ao aluno experiência prática do exercício profissional farmacêutico, através da aplicação das Ciências Farmacêuticas, integrando conteúdos, oportunizando uma visão do campo de trabalho, das relações humanas envolvidas, da ética profissional e do aperfeiçoamento técnico-cultural e científico.
O Estágio será desenvolvido de forma articulada, em complexidade crescente ao longo do processo de formação. Com base no Parecer/Resolução da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, a carga horária mínima do ECS atingirá 20% da carga horária total do Curso. A presente Pasta de Estágio se refere à disciplina de Estágio Curricular Supervisionado III: Análises Clínicas I com carga horária de 90 horas, correspondendo a 06 créditos, englobando as disciplinas da área de Imunologia, Microbiologia, Urinálise e Parasitologia. 
Carga Horária Total: 90 horas.
Orientadora - Profa. Esp. Maysa Chueiri Miranda
Coordenação do Curso: 
NORMAS
Para realizar o ECS II: Análises Clínicas I, o aluno deve estar matriculado no semestre, tendo cursado todas as disciplinas dos semestres anteriores, com aprovação, e/ou cursando. A Pasta de Estágio deverá estar documentada e ser acompanhada do parecer do Supervisor Local sobre o desempenho do estagiário e carga horária cumprida. A carga horária deve ser de 90h e aluno deve ter 100% de frequência para a provação. Caso haja alguma falta deverá substituir por atividade/prática indicada pelo docente para integralizar a carga horária, e a pontuação na atividade substitutiva (se pertinente) terá no máximo 80% do valor da atividade previamente agendada. No caso de substituição em Visita Técnica aluno deverá providenciar o laboratório a ser visitado. No caso de substituição de prática em laboratório o aluno deverá seguir as novas orientações docentes. Em ambas as situações deverá solicitar por protocolo na secretaria da IES.
AVALIAÇÃO
A avaliação do estagiário será expressa em notas de 0 (zero) a 10 (dez), e não haverá exame. Para avaliação final serão consideradas todas as atividades definidas no plano de ensino da disciplina de Estágio Supervisionado III: Análises Clínicas I
	ITENS A SEREM AVALIADOS- 1° BIMESTRE
	NOTAS
	Trabalho 1: O que é um Laboratório de Análises Clínicas (1,0)
	
	Trabalho 2: Esterilização, Biossegurança e Lavagem das mãos (1,0)
	
	Lista Exercícios 1: Coleta de materiais biológicos e Urinálise (0,5)
	
	Lista Exercícios 2: Parasitologia (0,5)
	
	Visita Técnica (2,0)
	
	Relatório Visita Técnica (1,0)
	
	Projeto de Extensão: Ação no calçadão (0,5)
	
	Projeto de Leitura (2,0)
	
	Projeto de Páscoa (1,0)
	
	Lista de Exercícios 3: Técnicas de Imunodiagnóstico (0,5)
	
	TOTAL
	
	ITENS A SEREM AVALIADOS- 2° BIMESTRE
	NOTAS
	Organização da Pasta (1,0)
	
	Semana de Farmácia (1,0)
	
	Prova Interdisciplinar (2,0)
	
	Trabalho 3: Fungos de importância médica (1,0)
	
	Trabalho 4: Resumo teórico Mecanismos de Resistência Bacteriana (1,0)
	
	Lista de Exercícios 4: Análise macroscópica de colônias bacterianas em Meios de Cultura e Microbiologia clínica (0,5)
	
	Lista de Exercícios 5: Técnicas fenotípicas de identificação de Resistência bacteriana (0,5)
	
	Relatório Auto – Reflexivo sobre disciplina (1,0)
	
	Prova Final (2,0)
	
	TOTAL
	
	 MÉDIA FINAL = P1 + P2 /2 = Média final. 
ATRIBUIÇÃO DAS NOTAS no Estágio III – Análises Clínicas I:
A média final do aluno será atribuída conforme detalhado acima, sendo que todas as avaliações deverão ser entregues numa única pasta, individual para cada aluno, mesmo das atividades realizadas em dupla. Toda a documentação deverá estar em ordem e devidamente assinada. 
Para a aprovação na disciplina o aluno deverá obter média superior ou igual a 7,0 e 100% de presença. 
A pasta do Estágio III: Análises Clínicas I deve ser entregue p/ docente no dia 25/06/18 para avaliação. Após deverá ser protocolada na Secretaria para lançamento da nota no JACAD.
ATIVIDADES REALIZADAS
	ATIVIDADES E PROCEDIMENTOS
	Horas/aula 
	Visto
	Aulas Teóricas e Listas de Exercícios
- Coleta, Transporte e Armazenamento de matérias biológicos
- Urinálise: exame físico-químico da urina e sedimentoscopia urinária
- Parasitologia Clínica e técnicas de diagnóstico
- Técnicas de Imunodiagnóstico
- Identificação de Bacilos Gram-positivos, Gram-positivos e BGN Não- fermentadores
- Mecanismos de Resistência aos Antimicrobianos e Técnicas fenotípicas de detecção de resistência bacteriana
	32
	
	Atividades extraclasses:
- Organização pasta de Estágio
- Projeto de Leitura
- Resolução Listas de Exercícios
- Trabalho 1
- Trabalho 2
- Trabalho 3
- Trabalho 4 
- Elaboração Relatório Auto reflexivo 
	
30
	
	Atividades Complementares:
- Campanha de Páscoa 
	
4
	
	Visita Técnica 
-Laboratório de Análises Clínicas Casa de Misericórdia de Cornélio Procópio 
- Relatório Visita Técnica 
	
16
	
	Participação em Eventos:
- Participação em eventos no calçadão
- Participação evento Semana da Farmácia 
	8
	
	TOTAL DE HORAS - ESTÁGIO SUPERVISIONADO III: ANÁLISES CLÍNICAS I
	90
	
Trabalho 1: O que é um Laboratório de Análises Clínicas
O que é um laboratório de analises clinicas?
O laboratório de analises clinicas é responsável por auxiliar no diagnostico do paciente, bem como na detecção de patologias e condições fisiológicas através de exames em matérias biológicos.
A portaria n 407/2002 trata-se das condições de funcionamento dos laboratórios de analises clinicas, regulamenta os procedimentos de coleta de material humano realizados nos domicílios dos cidadões, disciplina o transporte de materiais humanos re da outras providencias.
A RDC n 302 de 13 de outubro de 2005 tem o objetivo de definir os requisitos para o funcionamento dos laboratórios clínicos e postos de coleta laboratorial públicos ou privados que realizam atividades na área de analises clinicas.
A resolução 485 de 21 de agosto de 2008 do conselho federal de farmácia dispõe sobre o âmbito profissional de técnico de laboratório de nível médio em analises clinicas.
O farmacêutico que atua na área de analises clinicas é responsável por analisar os materiais biológicos, como fezes, sangue e urina, para ajudarno diagnostico de doenças, além de atuar na parte administrativa e coordenação do laboratório, além da gestão de qualidade.
O profissional farmacêutico atua nessa área como um profissional sete estrelas: prestador de serviços, capaz de tomar decisões, comunicador, líder, gerente, atualizado permanentemente e educador.
As analises clinicas vem com grande força na sociedade devido ao grande envelhecimento populacional e elevada porcentagem de decisões medicas baseadas em exames laboratoriais.
O laboratório clinico se divide em diversas áreas, entre elas:
-Bioquimicas: responsáveis pela analise dos componentes do sangue, fezes, urina e fluidos orgânicos.
-Hematologia: responsável pela analise minuciosa dos componentes das células do sangue.
-Imunologia: responsável pela analise de todos os corpos estranhos.
-Microbiologia: responsável pela detecção de bactérias e fungos no sangue, fezes e fluidos orgânicos.
-Parasitologia: detecção de parasitas nas fezes e no sangue.
-Urinalise: responsável pelos exames de urina.
-Endocrinologia: responsável pelos testes hormonais.
Os principais exames realizados são: hemograma, glicose, colesterol, ureia e creatinina, TSH, T4L, acido úrico, exame de fezes e urina, protoparasitologico, coprocultura, sangue oculto e urocultura.
Trabalho 2: Esterilização, Biossegurança e Lavagem das mãos.
BIOSEGURANÇA
Condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal, vegetal e o meio ambiente”
Práticas seguras no laboratório 
“Conjunto de procedimentos que visam reduzir a exposição do pesquisador a riscos no ambiente de trabalho”
Risco x Perigo 
 “Perigo é uma condição ou um conjunto de circunstâncias que têm o potencial de causar ou contribuir para uma lesão ou morte” 
 “Risco é a probabilidade ou chance de lesão ou morte”
Práticas seguras compreendem 
Limpeza das áreas de laboratório regularmente e ao término de uma atividade; – Reduz riscos de contaminação. – Descontaminação imediata se houve derramamento de material químico ou biológico.
 Manuseio e transporte de vidrarias e outros materiais de forma segura! - considerar ergonomia e segurança.
 Equipamentos posicionados corretamente - Fios e cabos não devem atravessar a área de trabalho; - Identificação de fios e cabos quanto a voltagem; - Evitar extensões elétricas (sobrecarga); - Áreas adequadas de circulação em torno dos equipamentos.
Manuseio e armazenamento adequados de Produtos químicos - Frascos com soluções devidamente etiquetados e datados; - “Ficha de segurança química” (informa riscos, manuseio e conduta em emergência) deve estar disponível no laboratório; - Grandes quantidades = almoxarifado; - Uso de EPI para produtos tóxicos, voláteis e inflamáveis (óculos de proteção, avental, luvas, máscara facial); - Resíduos = descarte seguro!
Materiais biológicos - Manipulados de forma segura, de acordo com a classe de risco; -Transporte adequado para evitar derramamento acidental; - Identificação! - Descontaminação antes do descarte!!
Acidente com derramamento de Material Biológico 
Isolar a área atingida e usar EPIs. – Impedir a manipulação no local por pelo menos 30 minutos. – Colocar papel toalha sobre o material derramado e, sobre o mesmo, solução de hipoclorito de sódio a 2%, ou cloro ativo, aguardar 15 minutos. – Recolher em recipiente com saco para resíduo infectante ou saco autoclavável as toalhas de papel, luvas e todo material usado na descontaminação. – Estilhaços de vidro ou plástico deverão ser recolhidos em caixa de perfurocortante. – Refazer a descontaminação da área com solução de hipoclorito de sódio a 2%.
Atividades administrativas, cálculos e análises : - Devem ser realizadas em local separado da área de trabalho . Pessoal de limpeza e apoio - Deve ser treinado/orientado p/ execução das tarefas; - Deve conhecer os riscos e procedimentos de descarte de lixo (comum x laboratório).
BIOSSEGURANÇA NO BRASIL
 Lei Nacional de Biossegurança: no 8.974 aprovada e publicada em 5/01/1995 • Estabeleceu normas de segurança e mecanismos de fiscalização para o uso das técnicas de engenharia genética, transporte, liberação e descarte no meio ambiente de OGMs.
Lei nº 11.105, março/2005 (revoga a Lei nº 8.974) • Estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam OGMs e seus derivados; • Cria o Conselho Nacional de Biossegurança – CNBS, órgão assessor superior do Presidente da República para a formulação e implementação da Política Nacional de Biossegurança. • Reestrutura a CTNBio; • Dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança .
CTNBio: atribuições 
• A CTNBio é uma instância colegiada multidisciplinar, ligada ao MCT • Dá apoio técnico consultivo e assessoramento ao Governo Federal na formulação, atualização e implementação da Política Nacional de Biossegurança relativa a OGM. Total de 27 membros titulares, sendo: – 12 especialistas (áreas: Saúde Humana, Saúde Animal, Vegetal, Meio Ambiente) – 9 Representantes dos Ministérios – 6 Representantes da comunidade.
Lei de Biossegurança no Brasil • Art. 1º : estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização sobre a construção, o cultivo, a produção, a manipulação, o transporte, a transferência, a importação, a exportação, o armazenamento, a pesquisa, a comercialização, o consumo, a liberação no meio ambiente e o descarte de OGM e seus derivados, tendo como diretrizes o estímulo ao avanço científico na área de biossegurança e biotecnologia, a proteção à vida e à saúde humana, animal e vegetal, e a observância do princípio da precaução para a proteção do meio ambiente.
Lei de Biossegurança • § 3o - Os interessados (instituições) em realizar atividade prevista nesta Lei deverão requerer autorização à Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio.
São atribuições da CIBio • Zelar internamente pelas normas que regem os trabalhos relacionados aos OGMs; • Difundir essas normas na unidade; • Analisar e aprovar projetos da instituição que utilizarão OGMs; • Encaminhar um relatório anual à CTNBio.
Requerer o CQB.
CQB: Certificado de Qualidade em Biossegurança CQB - O que é ? • Certificado necessário às entidades nacionais, estrangeiras ou internacionais, para que possam desenvolver atividades relativas a OGM e derivados, devendo ser requerido pelo proponente e emitido pela CTNBio (cf. art. 8º do decreto 1.752 de 20/12/1995). • Quem exige: Agências financiadoras ou patrocinadoras de atividades ou de projetos que preveem o uso de OGMs deverão exigir o CQB das instituições beneficiadas. • Os pesquisadores do IFSC participantes em projetos com OGMs podem utilizar o CQB-IFSC somente após a análise prévia dos projetos submetidos à CIBio.
Tipos de OGMs • Será considerado como OGM do Grupo I aquele não patogênico, sendo classificado como classe de risco1 • Será considerado como OGM do Grupo II qualquer organismo que, dentro do critério de patogenicidade, for resultante de organismo classificado como classe de risco 2, 3, ou 4.
Classes de Risco
 “Classificação de Risco dos Agentes Biológicos” - Ministério da Saúde – 2006. Os agentes biológicos que afetam o homem, os animais e as plantas são distribuídos em classes de risco assim definidas: Classes de risco 1, 2, 3 e 4.
Classe de Risco 1 • Baixo risco individual e para a coletividade: – inclui os agentes biológicos conhecidos por não causarem doenças em pessoas ou animais adultos sadios – Exemplo: Lactobacillus sp.
Classe de Risco 1 Organismos não incluídos nas classes de risco 2, 3 e 4 e que não demonstraram capacidade comprovada de causar doença no homem ou em animais sadios. EX: Saccharomyces boulardii.
Classe de Risco 2 • Moderado risco individual e limitado risco para a comunidade: – inclui os agentes biológicos que provocam infecções no homem ounos outros animais, cujo potencial de propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente é limitado, e para os quais existem medidas terapêuticas e profiláticas eficazes. • Exemplo: Schistosoma mansoni.
Classe de Risco 3 • Alto risco individual e moderado risco para a comunidade: – inclui os agentes biológicos que possuem capacidade de transmissão por via respiratória e que causam patologias humanas ou animais, potencialmente letais, para as quais existem usualmente medidas de tratamento e/ou de prevenção. – Representam risco se disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa.
Classe de Risco 4 • Alto risco individual e para a comunidade: – Inclui os agentes biológicos com grande poder de transmissibilidade por via respiratória ou de transmissão desconhecida. Até o momento não há nenhuma medida profilática ou terapêutica eficaz contra infecções ocasionadas por estes. – Causam doenças humanas e animais de alta gravidade, com alta capacidade de disseminação na comunidade e no meio ambiente. Esta classe inclui principalmente os vírus.
Nível de Biossegurança (NB) • NB = é o nível de contenção que permite o trabalho em laboratório com agentes biológicos de forma segura e com risco mínimo • Existem quatro níveis de biossegurança: NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4, crescentes no maior grau de contenção e complexidade do nível de proteção. • O NB será determinado segundo o organismo de maior classe de risco envolvido no experimento. • Para cada análise ou método diagnóstico exigido, deve-se proceder a uma avaliação de risco.
Todo pessoal de laboratório deve: • Conhecer as regras para o trabalho com agente patogênico/OGM; • Conhecer os riscos (biológicos, químicos, radioativos, tóxicos e ergonômicos) com os quais se tem contato no laboratório; • Ser treinado e aprender as precauções e procedimentos de biossegurança; • Seguir as regras de biossegurança; evitar trabalhar sozinho com material infeccioso.
Esterilidade de materiais e microrganismos
O laboratório possui diversos materiais e equipamentos que precisam ser esterilizados para reutilização. Isso ocorre porque muitas vezes os trabalhos rotineiros são executados utilizando microorganismos e a presença de microorganismos contaminantes pode alterar significativamente os resultados e inclusive invalidá-los o que acarreta em prejuízos financeiros e perda de tempo. O processamento de higienização de materiais e equipamentos inclui a limpeza, desinfecção e esterilização, é importante conhecer e saber classificar os artigos a serem higienizados, bem como os desinfetantes químicos, para que haja escolha adequada do processo de higienização dos mesmos. De acordo com a classificação de risco dos artigos, os mesmos poderão passar ou não, por todos os processos citados. Lembrando ainda que para o bom processamento de artigos, a limpeza é fundamental.
CLASSIFICAÇÃO DE ARTIGOS
De acordo com Moura (1998) e Fantinato e colaboradores (2004), o risco de aquisição de infecção com o uso desses artigos, são classificados em três categorias, esta classificação foi criada por Spauling na década de 60:
—     Artigos críticos – penetram tecidos estéreis ou sistema vascular e devem ser esterilizados para uso. Por exemplo: bisturis, sondas, hemodializadores, marca-passos, agulhas etc.
—     Artigos semi-críticos – destinados ao contato com a pele não intacta ou com mucosas íntegras. Normalmente não atingem tecidos estéreis e a defesa local dos pacientes os protege do pequeno número de invasores microbianos. Para segurança, esses itens não devem estar contaminados com formas vegetativas de bactérias. Ex: Equipamentos respiratórios e de anestesia, endoscopia, etc. Requerem desinfecção de alto nível ou esterilização.
—     Artigos não críticos – artigos destinados ao contato com a pele íntegra do paciente. Constituem uma ampla variedade de objetos que trazem pouco risco de transmissão de agentes infecciosos. Ex. comadres, cubas, aparelhos de pressão, máscaras de inaladores, jarras, paredes, pisos etc. Requerem limpeza ou desinfecção de médio ou baixo nível.
 LIMPEZA
Neste processo se orienta a utilização de água com detergente ou produtos enzimáticos. Consiste na remoção de material orgânico e sujidades dos objetos.  Processo que precede as ações de desinfecção e/ou esterilização. Poderá ser feita pelo método manual ou mecânico (SOUSA JUNIOR, 2008):
 TIPOS DE LIMPEZA
—     MANUAL – é realizada manualmente por meio de ação física, sendo utilizado água, sabão/detergente, escovas, panos, entre outros.
—     AUTOMÁTICA – é realizada por máquinas automatizadas específicas para este fim. A remoção da sujeira ou matéria orgânica ocorre pela ação combinada da energia mecânica (vibração sonora), térmica (temperatura entre 50º e 55ºC) e química (detergentes).
A utilização de máquinas automatizadas para limpeza de artigos, não dispensa a revisão manual dos mesmos, pois o critério visual pode detectar possíveis falhas na limpeza de equipamentos.
 OBJETIVOS DA LIMPEZA
—     Remover sujidades.
—     Remover ou reduzir a quantidade de microorganismos.
—     Garantir a eficácia do processo de desinfecção e esterilização.
—     Preservar o material.
 DESINFECÇÃO
É a eliminação de microorganismos na sua forma vegetativa, onde na prática é um processo que reduz o número de microorganismos. Seu objetivo é evitar a possibilidade de disseminação de agentes patogênicos. Porém, algumas vezes, após o processo de higienização, o número de microorganismos viáveis, patogênicos ou não, pode ainda ser elevado, se não for utilizado o desinfetante adequado (FANTINATO et al, 2004). A avaliação da eficácia de um desinfetante é realizada sob condições laboratoriais, rigorosamente padronizadas. Embora sejam estabelecidos limites de segurança para a eficácia do produto em seu uso rotineiro, deve-se sempre ter a percepção que os desinfetantes e anti-sépticos são produtos passíveis de alterações durante seu preparo, estoque e uso, modificando o efeito antimicrobiano desejado. Fatores como a presença e a quantidade de matéria orgânica, diluição em água, temperatura, pH, tempo de contato e luz, possuem influência marcante sobre a eficácia de ação dos desinfetantes (FANTINATO et al, 2004).
 CLASSIFICAÇÃO DA DESINFECÇÃO:
—     Baixo nível – destrói microorganismos na forma vegetativa, alguns vírus e fungos, não elimina o bacilo da tuberculose, nem os microorganismos esporulados.
—     Médio nível ou nível intermediário – destrói microorganismos na forma vegetativa, com exceção dos microorganismos esporulados, inativa o bacilo da tuberculose, a maioria dos vírus e fungos;
—     Alto nível – destrói microorganismos na forma vegetativa e alguns esporulados, destrói ainda o bacilo da tuberculose, vírus e fungos. Faz-se necessário, o enxágüe do material com água estéril e manipulação com técnica asséptica. Havendo dificuldade com enxágüe com água estéril, é recomendado o uso de filtro de 0,2µm e imersão com álcool a 70% após o enxágüe.
 ESTERILIZAÇÃO
É o processo que promove completa eliminação ou destruição de todas as formas de microorganismos vivos que se encontrem à superfície ou no interior de um material, podendo ser alcançado pela exposição do material a agentes letais físicos ou químicos, ou ainda no caso de substâncias líquidas, a separação mecânica dos organismos através de filtrações (SINOGAS, 2009).
Desta forma percebe-se que a expressão esterilização possui um significado absoluto pois uma substância ou material não pode ser parcialmente estéril. Um material estéril é aquele totalmente isento de qualquer organismo ativo. A esterilização pode ser alcançada a partir de determinadas metodologias, a saber (SINOGAS, 2009):
- ESTERILIZAÇÃO PELO CALOR ÚMIDO
A esterilização pelo calor pode ser alcançada utilizando equipamentos que trabalham balanceando tempo, temperatura e pressão atmosférica, como por exemplo, a autoclave que utiliza os mesmos procedimentos de uma panela de pressão.Autoclave.
Para a esterilização pelo calor úmido devem ser levados em consideração alguns pontos importantes, como:
- Temperatura: uma temperatura de 121°C oferece uma boa margem de segurança se for mantida durante um espaço de tempo apropriado. 
- Umidade: A umidade é um ponto importante a ser considerado, visto que quando mais o vapor foi aquecido, será necessário um aumento da temperatura e o tempo de exposição para a esterilização. 
- Pressão Atmosférica: A pressão é útil para elevar a temperatura do vapor acima dos 100°C, o que não seria possível em aquecimento de água em ambientes abertos.
- Tempo: o tempo é necessário para que o vapor tenha a oportunidade de penetrar e aquecer os materiais a serem esterilizados. Mesmo quando as temperaturas de esterilização são atingidas, os agentes virais ou microbianos não são todos mortos de uma vez.
Juntamente com o processo de esterilização por calor seco, a filtração de membranas micro porosas e radiação constituem os procedimentos de esterilização mais utilizados. Vale ressaltar que de todos os processos empregados para a destruição de microrganismo, o calor é, sem dúvida, o mais eficiente e econômico.
- ESTERILIZAÇÃO POR CALOR SECO
O calor seco é utilizado para esterilizar, principalmente material de vidro, materiais sólidos termoestáveis e alguns outros materiais utilizados no laboratório de biotecnologia. É um dos métodos de esterilização mais utilizados e de muito fácil aplicação. O material utilizado é apenas uma estufa de alta temperatura (160° - 200°C).
Estufa de Esterilização à Seco.
O problema desse tipo de esterilização é que a penetração do calor que vem da parte inferior da estufa é lenta, não é uniforme e a alta temperatura pode danificar o material, o que implica em dificuldades na validação do processo de esterilização (SOUSA JUNIOR, 2008). Em resumo pode-se afirmar que “o calor seco é empregado na esterilização de instrumental e vidraria e o calor úmido, à pressão atmosférica ou saturado sob pressão, é aplicado à esterilização de equipamentos e, principalmente, de meios de cultivo” (PEREIRA JUNIOR, BON e FERRARA, 2008). Segundo Alcarde (Site EMBRAPA), as fermentações industriais podem ser classificadas de acordo com os tipos de alimentação das dornas e desenvolvimento da fermentação, em processos contínuos e descontínuos (batelada). E para concluir a sua explanação o autor supracitado apresenta a diferença destes processos, sinalizando o mais vantajoso conforme trecho a seguir:
Processos descontínuos são os intermitentes, denominados batelada simples ou batelada alimentada. Na batelada simples, a fermentação só tem início após o preenchimento do fermentador, momento em que se mistura o mosto com o fermento. Isto só é  possível em condições de pequenas quantidades de mosto, não sendo viável para a indústria alcooleira, tendo uso restrito para fermentações laboratoriais e farmacêuticas. Já na batelada alimentada, mistura-se o mosto ao fermento conforme a dorna vai sendo abastecida. Trata-se de um método mais produtivo e expõe as leveduras a menores riscos de se tornarem inativas que no processo de batelada simples. Em relação aos processos contínuos, os primeiros sistemas foram os de dornas ligadas em série, com quantidade e tamanhos variados, em cascata, em que as primeiras dornas continham cerca de 70% do volume total em fermentação. Com a evolução dos processos da fermentação, ocorre uma otimização dos mesmos com redução dos volumes e do tempo de fermentação com aumentos na produção. O processo ainda é em cascata, com melhoramento nos sistemas de agitação e com diferenciado traçado geométrico das dornas. Algumas vantagens observadas na condução dos processos contínuos são:
maior produtividade; menor volume de equipamentos em geral; amplas possibilidades de total automação e uso da informática; redução do consumo de insumos, de uma maneira geral.  (ALCARDE, Site EMBRAPA)
No que tange ao processo de esterilização com calor esta também pode ser descontínua (batelada) ou contínua. Nos dois casos, o aquecimento poderá ser pela circulação de meio aquecedor como vapor ou pela injeção direta de vapor no meio. A esterilização dos meios de fermentação pelo processo descontínuo há esterilização do meio fermentado com a injeção de vapor (vapor direto) em um meio diluído, ou circulação de vapor na serpentina com contínua agitação do meio.
Na prática industrial verifica-se o emprego da esterilização de meios de cultivo em batelada e em conjunto com o biorreator, fazendo-se passar vapor saturado sob pressão através de serpentinas ou jaquetas (aquecimento indireto), ou pela injeção de vapor saturado diretamente no meio contaminado (aquecimento direto). Neste último caso, há que se levar em consideração a diluição do meio de cultivo causada pela condensação do vapor ao entrar em contato com o meio contaminado. (PEREIRA JUNIOR, BON e FERRARA, 2008). No processo descontínuo pode-se elencar algumas desvantagens: a temperatura alta mantida durante algum tempo pode alterar composição do meio, ocorre uma baixa eficiência do sistema de troca de calor, problema de corrosão em razão do contato entre o fermentador e o meio aquecido; e o tempo gasto não produtivo durante o processo de esterilização em que o equipamento fica parado.
Neste sentido asseveram Pereira Júnior, Bon e Ferrara (2008): Na esterilização em batelada, o tempo total de esterilização é relativamente grande, podendo dar origem a decomposição de nutrientes termo-sensíveis, como as vitaminas, ou provocar reações indesejáveis entre os constituintes do meio, como por exemplo, reações entre amino-ácidos e açúcares (reação de Maillard) ou de caramelização (decomposição dos açúcares). Já o processo contínuo de esterilização vem sendo aplicado em substituição, quando possível do processo de esterilização descontínua ou por batelada (Figura 3) em razão das vantagens apresentadas, pois se processa a uma temperatura mais elevada, as operações de aquecimento e arrefecimento são rápidas e por conseqüência a temperatura de permanência do meio é menor minimizando a destruição do meio; evita-se o processo corrosivo, pois o tubo de espera por ser de dimensões reduzidas pode ser construído com ligas especiais evitando contaminação metálica; há também economia de vapor e água de arrefecimento.
[...] esta modalidade de esterilização vem sendo substituída, sempre que possível, pela esterilização contínua [vide figura 4], na qual se preserva mais a integridade dos constituintes do meio, já que o aquecimento e o resfriamento são praticamente instantâneos, não havendo variação de temperatura na seção de espera, que retém o meio de cultivo a ser esterilizado em temperaturas elevadas, por curto tempo de exposição. Obviamente, a esterilização contínua é essencial para sistemas contínuos de fermentação (PEREIRA JUNIOR, BON e FERRARA, 2008).
 - Esterilização Contínua. Ti: temperatura inicial; Tf: temperatura de fermentação; Tm: temperatura mínina letal; Te: temperatura de esterilização;q: tempo de esterilização; I: seção de aquecimento; II: seção de esterilização propriamente dita;III: seção de resfriamento.
Fonte: Pereira Junior, Bon e Ferrara, 2008
 VALIDAÇÃO DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO, segundo Sousa Junior (2008):
· Qualificação do projeto – saber das exigências do fabricante para instalação do equipamento.
· Qualificação da instalação do equipamento – certificar-se de que a estrutura de instalação está de acordo com o projeto.
· Qualificação da operação – teste de operação do equipamento antes do uso, que deve ser realizado por técnico da fábrica, em presença de pessoa responsável pela manutenção na unidade e pelo responsável do setor.
· Qualificação do desempenho – garante a eficácia do processo de esterilização.
Na qualificação do desempenho, deve-se monitorar a temperatura, tempo e vapor. Devem ser registrados todos os procedimentos e especificar os indicadores.
 INDICADORES QUÍMICOS
Dispositivos químicos que monitoram um ou mais parâmetrosdo processo de esterilização, com o objetivo de verificar o desempenho do equipamento. Estes indicadores não determinam que o artigo está realmente estéril, de acordo com Sousa Junior (2008):
Indicadores de Esterilidade:
· Classe I – fita adesiva, impregnada com tinta termo química, que quando exposta à temperatura muda a coloração (indicador externo)
· Classe II – teste de Bowie e Dick, testa a eficácia do sistema de vácuo, não se aplica à autoclave gravitacional (indicador interno).
· Classe III – indicador de parâmetro simples. Responde apenas a temperatura (em desuso).
· Classe IV – indicador multiparamétrico, responde a dois ou mais parâmetros críticos do processo de esterilização (em desuso).
· Classe V – indicador integrador, que reage a todos os parâmetros críticos do processo de esterilização (temperatura, tempo e qualidade do vapor). Utilizado em cada pacote (indicador interno).
· Classe VI – indicadores de simulação, só reagem se 95% do ciclo programado de esterilização estiver concluído (indicador interno).
Observação: os indicadores de classe III e IV deixaram de ser utilizados, por existirem indicadores mais precisos.
 INDICADORES BIOLÓGICOS
Certifica a eficácia do processo de esterilização, devendo ser realizado no equipamento de preferência diariamente ou no mínimo uma vez por semana e sempre que houver próteses ou órtese na carga e após manutenção ou concerto do equipamento. A carga só deverá ser liberada para uso após resultado do teste biológico (SOUSA JUNIOR, 2008):
. Primeira geração – tiras de papel impregnado com Bacillus Subtillis e Stearothermophillus, o material é encaminhado ao laboratório para incubação e o resultado sai em um período de 5 a 7 dias.
. Segunda geração – ampolas contendo esporos do Bacillus Stearothermophillus, com leitura final de 48 horas.
. Terceira geração – só disponível para o processo à vapor. A leitura é realizada no máximo em 3 horas.
Se o germe após o teste, demonstrar crescimento nos meios de cultura, significa que o material não foi esterilizado corretamente.
 OUTROS TIPOS DE ESTERILIZAÇÃO
Existem ainda outros tipos de esterilização, como a esterilização química utilizando gases, como óxido de etileno. Também podem ser utilizadas radiações ionizantes de alta energia, como os raios gama. Mecanismos mecânicos, como a filtração, também é um método de esterilização no qual são utilizados filtros esterilizados em autoclave que a depender de sua porosidade retém partículas bacterianas e muito raramente partículas virais (SINOGAS, 2009).
LAVAGEM DE MÃOS
Lavagem das mãos
As mãos devem ser lavadas antes e após todo e qualquer procedimento. É a lavagem das mãos o cuidado que evita infecção cruzada, ou seja, a veiculação de microorganismos:
- de um paciente para o outro;
- de um paciente para o profissional;
- de utensílios permanentes para o profissional ou para o paciente ( camas, telefone, etc);
Podemos citas que a lavagem das mãos tem por finalidade:
- diminuir o número de microorganismos;
- eliminar sujidades, substâncias tóxicas e medicamentosas;
- evitar disseminação de doenças;
- proteger a saúde do profissional.
Técnica
Material:
- sabão de preferência líquido
- toalha de papel.
1- abrir a torneira;
2- molhar as mãos;
3- passar o sabão;
4- friccionar bem;
5- passar as mãos ensaboadas na torneira;
6- conservá-la aberta;
7- proceder assim:
- palma com palma;
- palma no dorso (incluso entre os dedos);
- dorso na palma (incluso entre os dedos);
- ponta dos dedos em concha e vice-versa;
- polegares;
- costas das mãos;
- unhas;
8- enxaguar;
9- com as mãos em concha, jogar água na torneira;
10- pegar o papel toalha;
11- secar as mãos;
12- com o papel, secar a torneira e fechá-la.
 
A importância do sabão
Todos os passos descritos acima ajudam a remover os micro-organismos da superfície das mãos — eles vão embora junto com a água e a espuma. Contudo, sem sabão a limpeza fica prejudicada. O produto quebra as moléculas de gordura presentes na pele. E, dependendo da fórmula, ainda rompe a parede celular bacteriana. Não se esqueça dele!
Lista Exercícios 1- COLETA DE MATERIAIS E URINÁLISE
Em relação aos adequados procedimentos pré-analíticos em laboratórios de análises clínicas, assinale a alternativa correta. 
Não é necessário manter e atualizar o cadastro dos pacientes.
(x)O laboratório clínico deve disponibilizar ao paciente ou responsável, instruções escritas e ou verbais, orientando sobre o preparo e a coleta de amostras, tendo como objetivo o entendimento do paciente. 
O laboratório não tem autonomia para solicitar ao paciente documento que comprove a identidade dele para o cadastro
A amostra deve ser identificada somente no momento da análise, para que não haja atrasos desnecessários.
Não é necessário que o transporte da amostra de paciente, em áreas comuns a outros serviços ou circulação de pessoas, seja feito em condições de segurança.
2. O plasma e soro são muito utilizados nos laboratórios de análises clínicas, sendo obtidos do sangue total coletado da seguinte forma: 
(x)O soro é obtido após coleta com fluoreto de sódio; e o plasma, com acetato de sódio. 
(x)O soro é obtido do sangue sem anticoagulante; e o plasma, com anticoagulante. 
O plasma é obtido após dieta pobre em proteínas; e o soro, após dieta rica em glicídios. 
O plasma é obtido sem o uso de quelantes; e o soro, sem torniquete e com quelantes.
	3. A punção venosa constitui a fonte primária de coleta de sangue para exames. Após selecionar a veia para coleta, deve-se fazer antissepsia e aplicar o torniquete. O procedimento correto, para essa etapa é:
Fazer antissepsia com solução de cloreto de sódio e aplicar o torniquete por 5 minutos.
Fazer antissepsia com álcool a 96% e aplicar o torniquete por, no máximo, 5 minutos.
Fazer antissepsia com iodo e aplicar o torniquete por, no máximo, 1 minuto.
(x)Fazer antissepsia com álcool a 70% e aplicar o torniquete por, no máximo, 1 minuto 
4. Em situações normais, quase toda a glicose filtrada pelos glomérulos é reabsorvida pelos túbulos proximais, tornando-se ausente sua detecção no exame de urina. No caso do paciente diabético, qual o limiar sérico para início da detecção na urina?
200 mg/dL; 
99 mg/dL; 
(x)180 mg/dL;
(x)126 mg/dL.
5. No exame do sedimento urinário, a presença de cálculos está relacionada ao pH da amostra, em relação à urina ácida, encontramos cálculos de: 
Fosfato triplo; 
Fosfato amorfo; 
(x)Cistina; 
(x)Carbonato de cálcio
QUESTÃO DESAFIO: A presença de células epiteliais tubulares renais e cilindros é uma indicação de: 
Nefrite intersticial aguda; 
Glomerulonefrite crônica; 
(x)Doença de lesão mínima; 
(x)Necrose Tubular renal.
Lista Exercícios 2- TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO EM PARASITOLOGIA 
1) A estrongiloidíase, causada por Strongyloides stercoralis, tem a autoinfecção interna e externa como agravantes para seu controle. O diagnóstico laboratorial baseia-se, principalmente, no termo-hidrotropismo positivo que suas larvas apresentam quando eliminadas para o meio externo. Para isso, indica-se o método de
Rugai
Direto
(x)Kato-Katz
Faust e cols
Lutz 
2) Dentre os protozoários, qual não apresenta forma cística?
(x)Entamoeba histolytica
Endolimax nana
Trichomonas vaginalis
Iodamoeba butschlii
Entamoeba coli 
3) Não existe um exame capaz de evidenciar todas as formas parasitárias presentes nas fezes. Alguns métodos detectam um maior número delas, enquanto outros são mais específicos. Amostras de fezes líquidas (diarreicas) devem ser coletadas em soluções conservadoras para possibilitar a pesquisa de trofozoítos de protozoários intestinais. Assim, a metodologia deve ser realizada conforme a suspeita clínica. Assinale a alternativa correta cuja metodologiaé indicada para pesquisa de trofozoítos de Giardia lamblia.
Parte superior do formulário
(x)Faust e Cols
Coloração de Hematoxilina férrica
(x)Hofman, Pons e Janer
Swab anal
Coloração de Tricomo de Wheatley
2) Com relação ao diagnóstico parasitológico, julgue os itens a seguir: “Não há um método de exame de fezes que, por si só, permita a identificação de todos os ovos e larvas de helmintos ou cistos e trofozoítos de protozoários intestinais”
(x)Certo
Errado
QUESTÃO DESAFIO
 A presença de doença imunodepressora ou de algum fator que promova imunossupressão no ser humano, como aplicação de medicamento que diminua o risco de rejeição em transplantes de órgãos, são condições prioritárias para que se pesquise criteriosamente a presença do Strongyloides stercoralis, helminto intestinal que, biologicamente, beneficia-se da baixa condição imunológica do ser humano, determinando o alto parasitismo que pode levar o indivíduo à morte. Nesse contexto, a indicação para a pesquisa deste verme deve ser realizada através do encontro de
Oocistos, utilizando método de Ziehl Neelsen
Cistos, utilizando método de Sedimentação espontânea
Ovos, utilizando método de Willis
(x)Larvas, método de Kato-Katz
Larvas, utilizando método de Baermann-Moraes
SOLICITAÇÃO E DECLARAÇÃO DA VISITA REALIZADA
	
	
FACULDADE DOM BOSCO
Credenciada através da Portaria nº 2.387, D.O.U. em 12/08/2004
Cornélio Procópio/Paraná
	
RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA
	
Nome: Vanessa Cafieiro de Toledo
Curso: Farmácia Semestre: 7º Período
Professor responsável pela visita: Maysa Chueiri
	
Local: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE CORNÉLIO PROCÓPIO - LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS
Endereço: AV. NOSSA SENHORA DO ROCCIO, 1165 - CENTRO
Cidade: CORNÉLIO PROCÓPIO Estado: PARANÁ
Responsável pela Recepção: Dr. Ângelo Pedro Pelisson CRF-PR: 1652
Data da Visita: 21 / 04 / 18 Horário: 09:00H.
RELATORIO DA VISITA:
Foi realizado no dia 21- 04-2018 uma visita técnica no laboratório Santac,
Neste laboratório realiza-se:
 -Cerca de 17.000 exames / mês; 
- Tecnologia de ponta na realização dos exames;
 - Exames de simples à sofisticados 
- Possui sistema de informatização para cadastro “on line” e consulta de resultados;
Recepção:
A recepção é o primeiro contato do paciente com o laboratório. Não é segredo que lidar com pessoas é um grande desafio. Pessoas são voláteis e imprevisíveis. Mas é possível entender as demandas do público e atende-lo ainda da melhor maneira possível trazendo a qualidade para o estabelecimento e evitando crises.
É na recepção que o cadastro dos pacientes acontecem. Ele precisa ser preenchido corretamente. Pode se dizer que se o funcionário preenche corretamente o cadastro é um reflexo do bom treinamento promovido pelo laboratório. O cadastro correto melhora o atendimento na recepção do laboratório e diminui o tempo de atendimento. Sem contar que ajuda também nos procedimentos internos do laboratório.
Sala de coleta:
Possui 2 salas de coleta na parte de cima do laboratório (particular e convênios) e uma maior na parte de baixo (para pacientes do sus).
Após a colete o material vai para a triagem, para centrifugar e preparar.
Depois o material vai para o setor do qual vai ser analisado.
No laboratório Santac existem os seguintes setores para avaliação laboratorial:
HEMATOLOGIA:
A hematologia compreende basicamente: hematologia geral, estudo da coagulação e imunohematologia.
O hemograma completo é o exame mais solicitado na hematologia geral, com a finalidade de contribuir para o diagnóstico e classificação das anemias. Avalia quantitativamente e qualitativamente os elementos do sangue – hemácias, leucócitos e plaquetas- através de equipamento automatizado, utilizando alta tecnologia e rigoroso controle de qualidade, acompanhados de fundamental análise microscópica.
Os testes de coagulação são requisitados principalmente para pré-operatórios e monitoramento do uso de anticoagulantes orais.
Na imunohematologia é feita a classificação do tipo sanguíneo ABO/Rh e ainda outros testes para investigação da incompatibilidade materno-fetal.
BIOQUIMICA:
A bioquímica é o setor do laboratório que tem aproveitado o avanço tecnológico para medir e expressar quimicamente as variações normais e patológicas que ocorrem nos seres vivos. 
As principais dosagens são: glicose, colesterol total e frações, triglicérides, ácido úrico, uréia, creatinina, proteínas, enzimas, eletrólitos e função hepática entre outros.
Analisadores multicanal com sistema de acesso randômico, tubo primário com identificação por código de barras, controle de qualidade incorporado com gráfico de Levey-Jennings e regras de Westgard para assegurar a integridade dos resultados.
IMUNOLOGIA:
Na imunologia os testes sorológicos são realizados por métodos específicos utilizando técnicas de soroaglutinação, enzimaimunoensaio, fluorimetria, quimioluminescência e imunofluorescência. Realizamos toda a triagem de hepatites, HIV, toxoplasmose, citomegalovírus, rubéola e ainda testes de gravidez e marcadores tumorais.
ENDOCRINOLOGIA:
Este setor é responsável pelos testes hormonais, seguindo métodos de radioimunoensaio, imunofluorescência e quimioluminescência, realizando dosagens dos hormônios tireoidianos, hormônios da fertilidade, bem como marcadores da próstata.
MICROBIOLOGIA:
Bactérias clinicamente importantes são isoladas e identificadas neste setor. O trabalho do laboratório inclui a coleta do material clínico, o isolamento do microorganismo, a identificação e os testes de sensibilidade aos antibióticos, abrangendo secreções, urina, fezes, sangue e líquidos corporais, dispondo de aparelho automatizado que proporciona resultados mais rápidos e precisos de acordo com as normas internacionais do NCCLS (Normativ Control Clinical Laboratory Standartization). 
MICOLOGIA:
O diagnóstico laboratorial das micoses é realizado através de análise microscópica direta e cultura de diversos espécimes clínicos. 
URINÁLISE: 
As análises de urina são realizadas em três etapas: exame físico, químico e microscópico. O setor realiza provas químicas confirmatórias para todas as amostras anormais e dispõe de equipamento semi-automatizado e microscopia de constraste de fase para a avaliação de dismorfismo eritrocitário, auxiliar no diagnóstico das nefropatias.
PARASITOLOGIA:
Realização de exames nas fezes, utilizando métodos específicos para pesquisar as diferentes formas parasitárias.
Coprologia funcional: importante na avaliação das funções digestivas.
Sangue oculto: auxiliar na identificação de ulcerações/ sangramentos intestinais.
Pesquisa de parasitas através de testes imunológicos (Elisa) e outras técnicas auxiliares no diagnóstico de gastroenterites virais.
Conclusão:
O laboratório de analises clinicas Santac realiza os mais diversos exames, vimos as mais diferentes placas na microbiologia com crescimento de bactérias, vimos os diversos equipamentos para avaliação dos matérias, como por exemplo o equipamento para ions seletivo (kovalent) que faz 240 testes por hora.
Outro equipamento é a Architect que é um equipamento de imunologia que ve, por exemplo as hepatites, HIV, TSH, T4L.
Vimos os meios de culturas TSI, SIM, ETC.
Vimos também os meios ramose, citrato, MIO, etc, que são kits para enterobacterias.
Vimos as laminas preparadas de paciente com leucemia, (blastos, monicitos, mielocitos, granulocitos, linfócitos)
Vimos também na lamina a bactéria M.tuberculosis, que corou em vermelho.
A visita no laboratório Santac serviu para ampliar meus conhecimentos, e abrir as portas para mais uma área na profissão farmacêutica.
Cornélio Procópio 21 / 04 / 2018 					
___________________________________________________ 
 Vanessa Cafieiro de Toledo 		 Profª Maysa Chueiri
Introdução
A análise clínica é o ramo de conhecimento que trabalha com o estudo de alguma substância de forma a coletar dados e apontar diagnósticos a respeito da saúde do paciente. Essas análises ocorrem a partir de um exame feito a pedido de um médico e são entregues em laboratórios próprios para realização desses exames.
As análises podem ser realizadas por vários profissionais diferentes como: farmacêuticos, bioquímicos, médicos ou biomédicos, sendo que esses devem ter previamente o conhecimento necessário na área de análise clínica e conforme as regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, órgão fiscalizador.
A análise clínica, como já foi dito, é feita a partir de um exame pedido pelo médico. Essa análise ajuda a diagnosticar algum dado ou característica que possa ajudar no diagnóstico de alguma anomalia ou problema de saúde. O exame pode incluir, por exemplo, a coleta de materiais como urina, sangue, fezes ou outros, para serem analisadas e servirem para construir dados. Como esse material pode variar de natureza e de utilidade, os profissionais que irão analisá-lo também são variados.
Profissionais da área de Análises Clínicas
Biólogo
Os biólogos são profissionais formados no curso de Biologia capazes de atuar em diversas áreas como zoológicos, universidades, indústrias farmacêuticas, consultoria, etc. O biólogo estuda a fauna, a flora e os seres vivos. Além disso, realiza pesquisas sobre a origem, estrutura, evolução e funcionamento dos seres vivos e a relação destes com o meio ambiente.
O campo de atuação desse profissional é abrangente, podendo trabalhar no estudo de células tronco e também com a análise clínica. Dentro disso, esse profissional pode realizar diversas atividades como diagnósticos biológicos, ambientais e moleculares, diagnósticos específicos das análises clínicas, patológicas e citológicas (fazer exames, interpretar resultados, emitir laudos, fazer o aconselhamento genético, etc.).
Não há impedimento para que o biólogo exerça análises clínico-laboratoriais, mas há uma controvérsia por parte dos biomédicos e farmacêuticos, de que o profissional habilitado nessa área não poderia realizar tais atividades. De acordo com a lei nº 6.684, no art. 2º, o biólogo poderá realizar análises clínicas se realmente for habilitado para isso, podendo fazê-lo de acordo com a sua formação e experiência.
Biomédico
Os profissionais formados em Biomedicina são responsáveis por realizar pesquisas sobre as doenças humanas, sua origem e sua forma de tratamento. Ele faz o estudo, a classificação e identifica os diversos microorganismos causadores de doenças, consultando os medicamentos ou vacinas para cada enfermidade.
Além disso, o biomédico, realiza exames, assina laudos técnicos, faz a leitura dos resultados de análises clínicas e também análises bromatológicas, para verificar a qualidade dos alimentos, faz análises ambientais, pesquisas relacionadas à genética, etc. Os biomédicos podem trabalhar em laboratórios, hospitais, órgãos relacionados à saúde.
Nas análises clínicas, o biomédico é responsável por diagnosticar uma doença, verificar o resultado de um teste de parternidade, o resultado de um exame de laboratório, assinar laudos técnicos, responsabilizar-se e executar o processamento do sangue, suas sorologias e exames pré-transfussionais, assumir assessorias, chefias técnicas e a direção dessas atividades. A maioria dos profissionais dessa área decidem trabalhar em laboratórios de análises clínicas.
Bioquímico
O profissional formado em Bioquímica está habilitado a realizar pesquisas, análises, gestão e controle dos processos biológicos que ocorrem nos organismos vivos.
Os bioquímicos podem trabalhar tanto nas indústrias alimentícias, bebidas, biotecnologia, biocombustíveis e também em faculdades, laboratórios, institutos de pesquisa, etc.
Dentro das análises clínicas, esse profissional é responsável por analisar amostras mais restritas como sangue, urina, DNA, sêmen e diversas outras secreções; e emitir laudos.
Farmacêutico
O farmacêutico é um profissional formado pelo curso superior de Farmácia. Ele é responsável por estudar a composição e os processos de produção de cosméticos, alimentos industrializados e medicamentos. Ele realiza a pesquisa, produz medicamentos, examina e observa os impactos que essas substâncias podem causar no organismo. Além disso, faz o registro, a distribuição, comercialização e verificação de novos medicamentos, conforme as normas sanitárias, além de outras funções.
Em análises clínicas, o farmacêutico realiza a análise de materiais biológicos como fezes, sangue e urina para diagnosticar doenças, a fim de conhecer quais foram os agentes causadores delas, e orientam o paciente na interpretação dos exames, realiza pesquisas e extensões na área de análises clínicas e toxicológicas, gerenciam laboratórios, etc. Além da atuação na realização do exame, o farmacêutico ainda pode sugerir algum remédio, dependendo do resultado.
Veterinário
O veterinário, ou médico veterinário, é o profissional responsável por realizar cirurgias e oferecer assistência clínica à animais silvestres e domésticos. Esse profissional é indicado para oferecer informações sobre como cuidar da alimentação, reprodução e saúde dos animais. Outro papel importante é a realização da inspeção na produção de alimentos provenientes de animais.
Os veterinários podem atuar na venda de alimentos, medicamentos, vacinas, etc.; em centros de pesquisa, na indústria de produtos de origem animal, na perícia técnica de animais utilizados em esportes, dentre outros.
Para os profissionais que desejam realizar análises laboratoriais, é necessário fazer uma especialização em análises clínicas veterinárias. Assim, ele poderá realizar exames laboratoriais em espécies animais, interpretar resultados, coletar e preservar amostras, realizar o processamento das mesmas e assinar laudos técnicos. Assim, tanto animais de pequeno, como os de grande porte, podem ser submetidos a exames como de ácido úrico, hipersensibilidade, dentre outros.
Projeto de Extensão: Ação no calçadão
Foi realizado uma pesquisa no calçadão de Cornélio Procópio, foi feito perguntas relacionadas a saúde da população, foi perguntado quanto tempo as pessoas não fazem exames em geral , foi orientado sobre como o consumo excessivo de sal pode fazer mal a saúde ,a importância de se fazer uma alimentação saudável, a importância de procurar um medico regularmente para acompanhamento da saúde , nas perguntas realizadas foi constatado que , a pesar das pessoas procurarem o medico regularmente, elas não estão bem esclarecidas.
Projeto de leitura
Diagnostico laboratorial da infecção pela Chlamidia trachomatis: Vantagens e desvantagens das técnicas
 O artigo consiste em:
( ) Pesquisa de campo ( ) Estudo de caso (x ) Revisão ( ) outro: ..................................
 Descreva de forma objetiva o tema/assunto discutido no artigo.
A Chlamidia trachomatis é um agente causador de varias doenças, dentre elas a doença do trato urogenital.
Ocorre principalmente nas mulheres e de forma mais comprometedora nas gestantes, já que pode passar para o RN, ocorrendo morte neonatal e doença inflamatória pélvica pós parto.
Os testes laboratoriais disponíveis são cultura, imunofluorescencia direta, o EIA, a sonda de DNA e as técnicas de amplificação de ácidos nucleicos: esses são exames diretos.
Exames indiretos: pesquisas de anticorpos.
 Quais as justificativas apresentadas pelos autores para desenvolver o estudo?
A ocorrência de chlamidia em mulheres e principalmente em gestantes é um grande problema de saúde publica, podendo causar aborto e morte neonatal, os mais diferentes exames para detecção são descritos nesse estudo.
 Quais foram os objetivos doartigo?
O objetivo desse artigo é revisar e comentar as vantagens e desvantagens dos diferentes tipos de testes de detecção de chlamidia trachomatis na rotina de laboratórios clínicos.
 Que metodologia/procedimentos metodológicos/técnicas de pesquisa foram usados? Fale sobre a metodologia usada.
Foi realizado levantamento bibliográfico através de literatura e pesquisa bibliografica.
Descreva as principais contribuições/resultados do estudo.
A pesquisa indireta, foi registrado a existência de situações em que é necessário a coleta de duas amostras em internados de 15 dias pelas técnicas de EIA e IFI.
A cultura oferece maior segurança, porem exige infra-estrutura pouco acessível, porem sua especificidade é muito grande.
A DFA continua sendo importante opção em nosso meio.
A EIA supera em muito o aspecto trabalhoso dos demais métodos.
Finalmente os métodos mais completos em termos de sensibilidade e especificidade e com menores riscos são os de detecção de ácidos nucleicos, dos quais a PCR é o mais difundido.
 Quais as principais referências utilizadas pelos autores para discutir seus resultados?
Foi utilizado tabelas e gráficos para demostrar os resultados, foi utilizado bibliografia impressa para abordar o tema.
Como os autores abordam essas referências dentro do artigo
Sim. Os autores chegaram a conclusão de que existem métodos mais completos em termo de sensibilidade e especificidade.
 Os autores do artigo alcançaram os objetivos propostos na introdução? Em que parte do artigo/trecho você percebeu isto?
Claudete F. Seadi; doutorando em biologia.
Regiane Ovarec, medica especialista em patologia clinica;
Beatriz Von Poser, Doutor em ciências farmacêuticas;
Maria Lucia Rosseto, Doutora em bioquímica , Diagnostico laboratorial de infecção pela chlamidia trachomatis: vantagens e desvantagens das técnicas, Rio de janeiro, v38 p125-133, 2002.
Projeto de pascoa
Os alunos fizeram arrecadação de doces para distribuir na creche para as crianças. Para tanto foi feito saquinhos de doce no período da noite e foi distribuídos na creche para a alegria das crianças.
, 
Lista de Exercícios 3: Técnicas de Imunodiagnóstico 
1) São parâmetros que dependem do Anticorpo
utilizado no Imunodiagnóstico:
a) Afinidade
b) Especificidade
c) Avidez
d) Isotipo
e)(x) Todos estão corretas
2) O que se entende por título em uma reação
de aglutinação:
a(x)) Maior diluição que ainda causa aglutinação;
b) Menor diluição que ainda causa aglutinação;
c) A diluição posterior à maior diluição que
causa aglutinação;
d) A diluição posterior à menor diluição que
causa aglutinação;
e) Maior diluição que não causa a aglutinação;
3) Em relação aos testes de aglutinação,
considere as seguintes afirmativas:
I - Ocasionalmente é observado que quando a
concentração do anticorpo é elevada não há
aglutinação;
II - A ausência de aglutinação em altas
concentrações de anticorpos é chamada de
efeito prozona;
III - A ausência de aglutinação no efeito
prozona é devida ao excesso de anticorpos
resultando em complexos muito pequenos que
não se aglomeram para produzir aglutinação
visível. Conclui-se que:
a) Somente as afirmativas I e II estão corretas;
b) Somente as afirmativas I e III estão corretas;
c) Somente as afirmativas II e III estão corretas;
d) Somente afirmativa I está correta;
e)(x) Todas afirmativas estão corretas
4) Nos testes de aglutinação qualitativo, a
ausência de aglutinação em altas concentrações
de anticorpos é chamada de:
a) Efeito Bohr
b) (x)Efeito pro-zona
c) Zona aglutinante
d) Zona intermediária
e) Efeito Dopler
5) As ligações que unem o antígeno ao sítio de
ligação do anticorpo são todas abaixo listadas,
exceto:
a) Pontes de hidrogênio;
b)(x) Ligações covalentes;
c) Ligações eletrostáticas;
d)(x) Forças de Van der Waals
e) Ligações hidrofóbicas.
QUESTÃO DESAFIO
Em relação aos testes de aglutinação, é incorreto
afirmar:
a) Podem ser usados de maneira qualitativa para
investigar a presença de um antígeno ou um
anticorpo
b) (x)No teste de aglutinação o antígeno é solúvel,
averiguando-se a precipitação de um antígeno
após a produção de grandes complexos
antígeno-anticorpo insolúveis;
c) No teste, o anticorpo é misturado com o
antígeno particulado e um teste positivo é
indicado pela aglutinação do antígeno
particulado;
d) (x)Células vermelhas do sangue de um paciente
podem ser misturadas com um anticorpo dirigido
a um antígeno de grupo sanguíneo para
determinar o tipo sanguíneo da pessoa;
Trabalho 3: Fungos de importância médica
Introdução
1 - Fungos 
Os fungos são seres macroscópicos ou microscópicos, unicelulares ou pluricelulares, eucariotas (com um núcleo celular), heterótrofos e, na biologia, fazem parte do Reino Fungi, dividido em cinco Filos, a saber: quitridiomicetos, ascomicetos, basidiomicetos, zigomicetos e os deuteromicetos.
Especialistas afirmam que cerca de 1,5 milhão de espécies de fungos habitam o planeta Terra, como os cogumelos, as leveduras, os bolores, os mofos, sendo utilizados para diversos fins: culinária, medicina, produtos domésticos. Por outro lado, muitos fungos são considerados parasitas e transmitem doenças aos animais e as plantas.
2- Fungos e Doenças: A importância do Diagnóstico Médico
 
Os fungos são encontrados em quase todos os lugares da terra, pois eles são uma forma de vida bastante simples. Os fungos benéficos são importantes na indústria para a fabricação de queijos, iogurtes, cervejas, vinhos e outros alimentos, e também tem seu papel importante na indústria farmacêutica na fabricação de certas drogas como a ciclosporina, que é uma droga imunossupressora e vários antibióticos como a penicilina, que foi o primeiro antibiótico descoberto por Fleming em 1929, cuja substância é produzida pelo fungo Penicillium.
Muitos fungos vivem de forma harmoniosa em nosso corpo. Entretanto, situações que propiciam sua superpopulação podem provocar infecções. Os sistemas afetados podem ser tão superficiais quanto à camada externa da pele, ou tão profundas quanto o coração, o sistema nervoso central, ou as vísceras abdominais e podem ser devastadores, inclusive, provocar a morte em curto espaço de tempo quando não identificado através de um diagnóstico preciso o tipo do fungo patogênico e o não tratamento correto.
 
3- Principais tipos de fungos e as doenças relacionadas:
 
	Categoria Gênero
	Espécie
	Doença
	Leveduras
	Cândida albicans
Cryptococcus neoformans
	Estomatite, vaginite, infecção nas unhas, infecção sistêmica criptococose(infecção pulmonar, meningite, etc)
	
	Espécies de Aspergillus
	Aspergilose (infecção pulmonar, infecção sistêmica)
	Mofo 
	Espécies de Mucor e Rhizopus e outras espécies de mofo de pão
	Mucomicose (infecção pulmonar, infecção sistêmica)
	
	Blastomyces dermatitides
	Blastomicoses (infecção pulmonar, infecção sistêmica)
	Fungos
	Coccidioides immitis
	Coccidioidomicose (infecção pulmonar, infecção sistêmica)
	Dimorfos 
	Histoplasma capsulatum
	Histoplasmose (infecção pulmonar, infecção sistêmica)
	
	Sporothrix shenckii
	Esporotricose (doença cutânea)
	Outros
	Pneumocytis jiroveci
	Pneumonia por pneumocystis (PCP)
 
4- Morfologia dos Fungos Patogênicos
Sabendo que muitas infecções se desenvolvem lentamente, podendo passar meses ou mesmo anos para que uma pessoa perceba a necessidade de acompanhamento médico, é de fundamental importância a identificação desse fungo. Para isso, é importante conhecer a estrutura celular do fungo e a sua função para o tratamento correto.
Os fungos de interesse médico são de dois tipos morfológicos: leveduras, que são unicelulares e bolores ou fungos filamentosos, que são multicelulares.  As leveduras têm como estruturaprimária células que se reproduzem por brotamento, estas células são esporos de origem assexual e se denominam blastoconídios. Os fungos filamentosos possuem como elemento constituinte básico a hifa, que pode ser septada ou não septada (cenocítica). A partir da hifa formam-se esporos, para propagação das espécies.
Esses conceitos fundamentais representam a base para a identificação de um fungo, pois a classificação de filamentosos é feita pelas características morfológicas, tanto macroscópicas (cor, aspecto, textura da colônia, etc.), quanto microscópicas (forma e cor da hifa, presença ou não de septos, tipo e arranjo de esporos, etc.), além da velocidade de crescimento (lenta, moderada ou rápida). Já a identificação de leveduras é feita, principalmente, por características fisiológicas, já que, a morfologia destes fungos não é muito variada e não permite distinção entre espécies e, em regra, entre gêneros.
 
5- Tipos de Exames Microscópicos de amostras
A visualização de estruturas fúngicas em material clínico é um importante instrumento diagnóstico, por isso dos exames microscópicos que tem como finalidade detectar a presença de fungos em material colhido de pacientes com suspeita de infecção fúngica. Mas atenção, os resultados devem ser interpretados de acordo com o tipo de material e o local da lesão, pois muitas vezes, o fungo pode ser parte da flora local, não tendo significado clínico.
O exame microscópico da amostra é realizado por várias técnicas, dependendo do tipo da amostra e suspeita clínica.
 
5.1) Exame Microscópico Direto com Hidróxido de Potássio (KOH) a 20%
Tipo de amostra: pelos, pele, unha, tecido obtido por biópsia, exsudatos espessos e outros materiais densos.
Colocar uma gota de KOH (aquoso a 20%) em uma lâmina de microscopia em seguida a amostra a ser examinada. Cobrir com uma lamínula e aquecer ligeiramente, sobre a chama de um bico de Bunsen, sem deixar ferver a mistura. Examinar a preparação após 20 minutos.
 
5.2 Exame Microscópico Direto com Tinta de Nanquim (tinta da China)
Tipo de amostra: líquor, urina, secreções ou exsudatos para visualização de leveduras capsuladas do gênero Cryptococcus.
Colocar uma gota de tinta nanquim e uma gota da amostra centrifugada sobre uma lâmina. Cobrir a preparação com lamínula e observar ao microscópio óptico. Nesta técnica, um erro bastante frequente é confundir linfócitos com células de leveduras.
 
5.3- Exame Microscópico com Coloração pelo Método de Gram
Tipo de amostra: urina, secreções e fezes.
Todos os fungos são Gram- positivos, por isso a coloração não visa a diferenciação dos microrganismos, mas possibilita discriminar elementos fúngicos de artefatos existentes nas amostras.
 
5.4 Exame Microscópico com Coloração Panótica (Giemsa, Leishman ou Wright)
Tipo de amostra: medula óssea, sangue, aspirados e secreção cutânea.
Estas colorações são usadas para pesquisa de Histoplasma capsulatum. Faz-se um esfregaço semelhante ao usado para coloração de Gram. Fixa-se com metanol e cora-se segundo o método escolhido.
 
6- Meios de cultura
Após o processamento da amostra, pode ser realizado o isolamento do agente etiológico através da semeadura em meios de cultura. Os meios de cultura são insumos preparados em laboratórios que fornecem os nutrientes para o crescimento e desenvolvimento de microrganismos (como bactérias, fungos e leveduras) fora do seu habitat natural. Diferentes microrganismos possuem diferentes necessidades, por isso o meio de cultura é adaptado para satisfazer essas necessidades, utilizando nutrientes específicos dependendo do microrganismo de interesse.
A Kasvi possui uma grande diversidade de produtos neste segmento com mais de 80 meios de cultura e 25 suplementos. Conheça os principais meios usados no mercado para isolamento de fungos:
 
6.1 Agar Sabouraud Dextrose (ASD)
É um meio para isolamento de leveduras e fungos, preparado de acordo com o método harmonizado de formulação da Farmacopeia Européia e da Farmacopeia U.S.
Dissolver 65 g de pó em 1 litro de água destilada ou deionizada.
Aquecer até a completa dissolução.
Distribuir cerca de 10 ml por tubo.
Esterilizar em autoclave a 121ºC por 15 minutos.
 
6.2 Agar Sabouraud Cloranfenicol
é um meio seletivo para isolamento de leveduras e bolores de amostras clínica
Dissolver 66 g de pó em 1 litro de água destilada ou deionizada.
Aquecer até ferver dissolvendo completamente.
Esterilizar em autoclave a 118°C por 15 minutos.
Esfriar a 45-50°C.
 
6.3 Agar Batata Dextrose
É utilizado no cultivo e contagem de leveduras e fungos enumerados a partir de alimentos e produtos lacticínios.
Dissolver 42 g de pó em 1 litro de água destilada ou deionizada.
Aquecer até ferver dissolvendo completamente.
Esterilizar em autoclave a 121°C por 15 minutos.
Resfriar em temperatura ambiente.
Ajustar o pH para 3,5 ± 0,1 através da adição de solução de ácido tartárico esterilizado 10%.
 
6.4 Caldo Infusão Cérebro e coração (BHI)
É indicado para cultura de grandes variedades de microrganimos aeróbicos e anaeróbicos incluindo leveduras e fungos.  É particularmente adequado para o crescimento de bactérias fastidiosas (exigentes) como: estreptococos, pneumococos ou meningococos.
Dissolver 37 g de pó em 1 litro de água destilada ou deionizada.
Aquecer até ferver dissolvendo completamente.
Esterilizar em autoclave a 121°C por 15 minutos.
 
7- Boas práticas no procedimento para cultura
Para um diagnóstico preciso, algumas práticas simples e eficazes são necessárias. As amostras coletadas que serão processadas devem ser semeadas na superfície dos meios de cultura, com alça de níquel-cromo ou pipeta Pasteur, com movimentos em estrias em zig-zag, para permitir a separação de eventuais contaminantes. O ASD é o meio mais utilizado, por ser mais barato e permitir o crescimento de todos os fungos.  A temperatura da estufa também é um fator determinante, para todas as amostras é recomendado que seja feito a 30°C. Esse valor é proveniente de uma média feita das variações de temperatura que acontecem nas diferentes regiões do Brasil. 
8- Principais fungos de importância medica 
8.1 - Onicomicose
A onicomicose é uma infecção fúngica das unhas e pode ser considerada um problema muito difícil de tratar. A maioria das pessoas que possuem onicomicose não procuram tratamento, e talvez nem sequer tenham conhecimento da infecção.
Há três grupos de fungos que causam essa complicação, são eles: as leveduras (fungos como o Trichophyton rubrum), os dermatófitos (fungos como o Candida albicans) e os não dermatófitos (como o Microascus brevicaulis).
A onicomicose é considerada uma infecção patogênica, principalmente em pessoas que possuem o sistema imunológico fragilizado. Em muitos desses casos pode ser fatal, então não negligencie, procure tratamento o quanto antes.
8.2 - Candidíase
A candidíase possui esse nome pois é causada por diferentes espécies de leveduras da família Candida. Essa levedura é bastante comum nos seres humanos.
Muitas delas vivem pacificamente em nossos corpos, elas estão presentes em superfícies úmidas, como na boca, intestino e até mesmo no órgão reprodutor feminino, podendo causar infecção vaginal.
Já as infecções que ocorrem na boca ou na garganta, são chamadas de candidíase, e desencadeiam quando a levedura invade a corrente sanguínea e se espalha por diversas áreas do corpo. A candidíase também pode ser fatal em casos de pessoas que possuem o sistema imunológico fraco.
8.3 - Mucormicose
A murcomicose, antigamente conhecida como zigomicose, é uma doença causada pelos fungos que pertencem à ordem Mucorales. Esses fungos podem causar infecções pulmonares, gastrointestinais, cutâneas ou rinocerebral (invasão que ocorre no cérebro por meio dos seios nasais).
Os fungos desse gênero são muito comuns, eles podem ser encontrados em mofo de pão por exemplo, porém a maioria dos casos ocorrem devido a inalação de esporos lançadosno ar. Os pulmões e seios nasais são os locais mais comuns em que a infecção tem início.
Os casos menos frequentes ocorrem pela ingestão de alimentos contaminados, mas a probabilidade que a infecção causada por fungos da ordem Mucorales ocorra, é algo que dependerá muito do hospedeiro, pois pessoas saudáveis não são suscetíveis a este tipo de infecção.
8.4 - Peniciliose
A peniciliose é causada por um fungo dimórfico oportunista chamado Penicillium Marneffei, a infecção desse fungo causa risco de vida pois ele afeta todo o organismo.
Esse fungo costuma afetar pacientes com AIDS e pessoas que residem ou visitam o sudeste da Ásia e o sul da China constantemente. Algumas investigações cientificas, sugerem que a contaminação surge a partir da inalação de esporos por meio de fontes ambientais, como por exemplo o solo.
Geralmente os pacientes com peniciliose, inicialmente apresentam uma febre baixa, perda de peso e algumas lesões na pele. A doença pode se espalhar por diversos órgãos, como fígado, pulmão, rim, entre outros.
8.5 - Coccidioidomicose
A coccidioidomicose ou também febre do vale, é uma doença causada pelo fungo Coccidioides. Esse fungo costuma habitar áreas secas, e sua contaminação ocorre a partir da inalação de poeira contaminada com esporos em que o fungo se encontra.
Embora os sintomas da doença sejam dor de cabeça, febre, dores musculares, tosse e erupções cutâneas, os Centros para Controle e Prevenção de Doenças constataram que quase 60% das pessoas que são infectadas pelo fungo não apresentam sintoma algum.
Muitas pessoas conseguem se recuperar da infecção por volta de algumas semanas, mas há casos em que a infecção se desenvolve desencadeando uma infecção pulmonar persistente, ou uma invasão sistêmica, que é quando os fungos atacam outras partes do corpo.
8.6 - Pneumocistose
Causada pelo fungo unicelular Pneumocystis jirovecii, a pneumocistose é uma infecção oportunista que pode provocar em pessoas saudáveis tosse seca, progredindo para problemas respiratórios mais graves.
Já em pacientes com AIDS, o fungo tende a ser pior, pode levar a problemas mais sérios como perda de peso, mal-estar, diarreia, tosse seca, falta de ar e febre.
Há também outros perfis que também são bastante suscetíveis a tal infecção, como crianças que sofrem de desnutrição, crianças com deficiências imunológicas primarias, pacientes com câncer e pacientes transplantados.
8.7 - Aspergilose e sinusite fúngica
O aspergillus é um gênero de fungo muito comum, que geralmente é encontrado no solo e em vegetações, pois são importantes decompositores de alimentos. Também é bastante encontrado no ar, seus esporos flutuam e podem ser facilmente inalados.
Na maioria das pessoas os esporros dos fungos são inofensivos. A infecção invasiva ocorre geralmente em pacientes com câncer, HIV positivo ou pacientes transplantados de medula óssea.
Nesses casos, a aspergilose pode vir a infectar o pulmão, o que desencadeia uma sinusite fúngica. Esse tipo de sinusite é capaz de provocar congestão nasal, dor de cabeça crônica e desconforto no rosto.
Então para que o problema não se agrave, o tratamento necessário é a drenagem cirúrgica, que costuma ser bastante eficiente. Caso seu estado não seja tão grave, alguns medicamentos antifúngicos também podem ajudar a resolver o problema.
O fungo pode oferecer risco a vida caso se transfira dos pulmões para a corrente sanguínea, pois poderá causar uma infecção generalizada.
8.8 - Rinossinusite
A rinossinusite também ocorre devido a infecção do fungo aspergillus. As pessoas infectadas geralmente apresentam sintomas como narizes congestionados, perda do olfato, sinusites de repetição e pólipos nasais.
É uma infecção difícil de se tratar podendo se prolongar por um longo tempo, os tratamentos mais eficientes são as cirurgias endoscópicas ou abertas.
8.9 - Meningite fúngica
Esse tipo de meningite está entre as infecções oportunistas que mais ameaçam a vida de pacientes com HIV positivo, mas também costuma atacar pessoas com o sistema imunológico normalizado. Ela é capaz de provocar inflamação das membranas que cobrem o cérebro e a medula espinhal.
Os causadores da meningite são os fungos do tipo cryptococcus, que são encontrados no mundo inteiro, sua transmissão ocorre devido a inalação de pequenas células fúngicas espalhadas pelo ar.
Já seus sintomas costumam divergir entre as pessoas, mas no geral incluem dores de cabeça, sonolência e confusão.
8.10-Histoplasmose
Causador da histoplasmose, o Histoplasma capsulatum, é um fungo encontrado geralmente no solo, ele é estimulado por excrementos de morcegos e pássaros, por isso é facilmente encontrado em cavernas e ninhos de aves.
Seu esporro é solto ao ar quando há uma escavação ou quando alguém mexe em algum solo que esteja contaminado. Algumas pessoas que entram em contato com o fungo não ficam doentes, mas outras após infectadas com o histoplasma, apresentam doenças respiratórias, tosse seca, febre, perda de apetite, dores musculares e no peito.
Em raros casos, as doenças respiratórias podem se tornar doenças crônicas e causar danos nos pulmões ao longo do tempo. Em outros casos, o fungo também pode entrar na corrente sanguínea e assim afetar outros órgãos.
9 - Tratamento e prevenção para as doenças causadas por fungos
Se prevenir contra doenças fúngicas é algo relativamente muito difícil, pois estamos constantemente expostos aos ambientes em que os fungos habitam. Mas a prevenção que pode evitar consideravelmente a contaminação é o hábito de manter a pele sempre limpa e seca.
Já o tratamento é algo que pode variar, pois depende muito do tipo do fungo e da gravidade dos sintomas. Porém, os médicos costumam prescrever para seus pacientes medicamentos antifúngicos, em casos mais graves em que os medicamentos não surtem efeito é feito uma cirurgia para remover a infecção.
Trabalho 4: Resumo teórico Mecanismos de Resistência Bacteriana
Mecanismos de resistência bactérias gram positivas e gram negativas 
Introdução
Mecanismos de resistência bacteriana aos antimicrobianos
Dentre as possíveis causas de falha no tratamento das infecções, a resistência bacteriana aos antibióticos é, sem dúvida, uma das mais importante. A resistência bacteriana aos antibióticos é determinada pela expressão de genes de resistência, que individualmente ou em conjunto, determinam o funcionamento dos mecanismos de resistência, maquinarias bioquímicas e/ou estruturais que promovem falha no mecanismo de ação do antibiótico. Neste capítulo serão apresentados alguns dos principais mecanismos que estão presentes em bactérias gram-positivas e gram-negativas. As bactérias podem expressar resistência intrínseca (inerente), ou seja, mecanismos de resistência naturais de um gênero ou espécie bacteriana, ou podem expressar resistência adquirida, ou seja, aquela originada a partir de mutações nos próprios genes ou pela aquisição dos genes de resistência de outras bactérias (conjugação: plasmideo, transposon), via bacteriófago (transdução) ou via ambiente (transformação).
	
	Ao discutirmos a resistência bacteriana é conveniente considerar tanto os mecanismos de ação dos antimicrobianos quanto as propriedades necessárias para a sua eficácia. Os antimicrobianos devem ser capazes de:
1. alcançar os alvos moleculares, que são primariamente intracelulares. Para isso, o antimicrobiano, em quantidades suficientes, precisa ultrapassar a membrana celular bacteriana; 
2. interagir com uma molécula-alvo de modo a desencadear a morte da bactéria; 
3. evitar a ação das bombas de efluxo que jogam os antimicrobianos para fora da célula bacteriana; 
4. evitar a inativação por enzimas capazes de modificar o fármaco no ambiente extracelular ou no interior da célula bacteriana.
Com freqüência bactérias utilizam mais de uma estratégia para evitar a ação dos antimicrobianos; assim, a ação conjunta de múltiplos mecanismos pode produzir um acentuado aumento da resistência aos antimicrobianos.

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