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Colégio Estadual Dom Carlos 18 Marketing 1 Sumário 1. Marketing ..................................................................................................... 2 1.1. Conceito e história do Marketing ........................................................... 2 1.2. Os 4 Ps do Marketing, Mix de Marketing ou Composto de Marketing ... 6 2. Ferramentas do marketing ........................................................................... 7 2.1. Merchandising ....................................................................................... 7 2.2. Marketing direto .................................................................................... 8 2.3. E-commerce .......................................................................................... 9 2.4. Pós-venda ........................................................................................... 10 2.5. Endomarketing .................................................................................... 10 3. Comportamento de Mercado ..................................................................... 11 3.1. Analise e comportamento de mercado ................................................ 11 3.2. Definição de Consumidor .................................................................... 14 3.3. Processo de decisão de compra ......................................................... 15 3.4. Definição de Necessidade, Desejos e Satisfação. .............................. 17 4. Produtos, Marcas e Embalagens. .............................................................. 17 4.1. Definição de produto ........................................................................... 17 4.2. Ciclo de vida dos produtos .................................................................. 17 4.3. Conceito de Marcas ............................................................................ 18 4.4. Conceito de Embalagens .................................................................... 20 5. Gestão de Vendas ..................................................................................... 20 5.1. Analise de concorrência e levantamento concorrencial ...................... 20 5.2. Atendimento ........................................................................................ 21 5.3. A comunicação voltada ao consumidor ............................................... 21 5.4. Marketing Pessoal ............................................................................... 22 6. Sistema integrado de Marketing ................................................................ 24 6.1. Pesquisa de mercado .......................................................................... 24 6.2. Tabulação de dados ............................................................................ 25 6.3. Aplicação de pesquisa ........................................................................ 27 6.4. Data base marketing ........................................................................... 27 2 1. Marketing 1.1. Conceito e história do Marketing Marketing é a ciência e a arte de explorar, criar e entregar valor para satisfazer as necessidades de um mercado-alvo com lucro. Marketing identifica necessidades e desejos não realizados. Ele define, mede e quantifica o tamanho do mercado identificado e o potencial de lucro. (Philip Kotler). “Marketing é um processo social pelo qual indivíduos grupos obtêm o que necessitam e desejam por meio da criação, da oferta e da livre troca de produtos e serviços de valor com outros.” (KOETLER, 2006, P.4). Após fazermos essa conceituação, já temos uma ideia de que Marketing abrange todo o processo de produção até o cliente final. Ele participa da pré ven da e pós vendas, também, sem medo de ousar, também do lucro e resultados obt idos pela aceitação ou não do cliente e/ou consumidor. Marketing existe desde o início do escambo, quando se produzia e trocava-se para suprir necessidades, onde há negociação, argumento há marketing, porém, o termo em si começou com a Revolução Industrial, no qual, o consumidor tornou-se o foco a ser explorado. Vamos fazer agora uma breve análise década a década as principais contribuições do Marketing como termo técnico e como ele se desenvolveu até os dias atuais. Década de 40 Nos anos 40, os primeiros estudos sobre o marketing vieram com trabalhos como o de Walter Scott, sobre a aplicação da psicologia na propaganda e o de William J. Reilly sobre as Leis de gravitação do varejo. A questão crucial era se as teorias de mercado podiam ou não se desenvolver. Autores como Roland Vaile e o utros afirmavam que nunca seria possível desenvolver uma teoria mercadológic a genuína, pois consideravam esta extremamente subjetiva, quase uma forma de art e. Por outro lado, Bartels e outros começavam a admitir que existia uma potencialidade para a teoria mercadológica se tornar uma ciência. 3 Na década de 40 existiam muitas resistências sobre o Marketing como ferramenta necessária para estudo aprofundado e preciso do mercado, no qual o produto seria ou não alvo de consumismo. Algumas filosofias foram criadas no final da década de 40 para a década de 50 São elas: Orientação para produção: O objetivo nesta transição de décadas era pro duzir para consumo, porém, não se tinha como foco o gosto dos clientes e as necessidades dos mesmos, visavam somente obter lucro com produtos , muitas vezes, prec ários. O Marketing busca mudar, de forma quase insignificante, essa visão arcaica e atrofiada. Orientação para vendas: Busca-se trabalhar o produto como alvo de sedução, ou seja, com um estoque farto (oferta), busca- se o consumidor (demanda) para obter o lucro almejado. Busca-se o conceito de Promoção de Vendas. Orientação para o cliente: O marketing tem o papel de mudar o conceito de produzir para consumo para o conceito de satisfazer o cliente com o produto que foi produzido e inserido no mercado de consumo. Sua luta era contra a primeira onda da qualidade (1950) – tinha- se a preocupação com a conformidade daquilo que é produzido (Koetler). Orientação para o marketing societal: Sustenta que a organização deve determinar as necessidades, desejos e interesses do mercado-alvo e então proporcionar aos clientes um valor superior de forma a manter ou melhorar o bem-estar do cliente e da sociedade. Orientação para o marketing holístico: Nesta orientação a empresa busca entender e compreender a complexidade que é o Marketing dentro do setor de criação, produção até o cliente final. Década de 50 Divulgação do Marketing propriamente dito com a obra de Peter Drucker “A Prática da Administração”, porém, ainda é uma tentativa, existindo grande resistência, nessa fase de transição. Aproximadamente do período de 1954. Década de 60 Considerada a década de grandes conceitos e definições de Marketing , foi a década divisora, a década de quebra de paradigmas. Surgem dois grandes homens que mudaram a visão de Marketing que são: Theodore Levitt, mais tarde intitulado o “pai” do marketing, professor da Harvard Business School. Seu artigo na revista Harvard Business Review 4 intitulado “Miopia em Marketing”, revelou uma série de erros de percepção, mostro u a importância da satisfação dos clientes e transformou para sempre o mun do dos negócios. O vender a qualquer custo deu lugarà satisfação garantida. Philip Kotler, professor da Kellogg School of Management, lança a primei ra edição de seu livro “Administração de Marketing”, onde reuniu, reviu, test ou e consolidou as bases daquilo que até hoje formam o cânone do marketing.(1967). Década de 70 Considerada a década da segunda onda da qualidade total, segundo Gol dbarg “A busca da conformidade foi suficiente como uma resposta no pós-guerra”. O mundo, contudo, continuava girando e novos desequilíbrios foram produzidos na relação das organizações produtivas com seu ambiente. “A visão do Controle da Qualidade Total (TQC) primitivo estava principalmente voltada para dentro da organização e para a solução de problemas de racionalização da produção.” Nasce, lentamente e sem alardes, uma nova figura de comprador, cada vez menos consumidor e cada vez mais cliente. À medida que essa figura passou a demandar atenção e não somente produtos adequados a determinadas necessidades específicas, a situação foi complicando- se para o produtor ou prestador de serviços desatento. Dentro desse novo padrão de exigência temos que: – Cabe ao cliente, e não a um setor técnico, definir o que venha a ser qualidade; – O cliente pode não ter sempre razão, mas deve ser sempre ouvido; – É muito mais barato preservar um cliente antigo do que buscar um clie nte novo; – Clientes são parceiros, e não apenas compradores; – Um bom cliente é bem mais raro que um bom produto. Década de 80 5 Precisamente em 1982 surge uma nova obra da literatura técnica para aprofundar ainda mais o conceito de Marketing. Vem com o livro “Em Busca da Excelência”, de Tom Peters e Bob Waterman , que tornaram-se os gurus do Marketing. Essa obra levou o marketing às massas, e portanto as pequenas e médias empresas, e a todo o tipo de profissional. O fenômeno dos gurus entretanto é responsável pelo posterior descuido com o rigor da investigação científica e uma tendência a modismos. Década de 90 O avanço tecnológico dos anos 90 teve um forte impacto no mundo do marketing. O comércio eletrônico foi uma revolução na logística, distribuição e formas de pagamento. O CRM (Customer Relationship Management) e o serviços de atendimento ao consumidor, entre outras inovações, tornaram possível um a gestão de relacionamento com os clientes em larga escala. A Internet chegou como uma nova via de comunicação. É a época do maximarketing de Stan Rapp, do marketing 1 to 1, da Peppers & Rogers Group, do aftermarketing de Terry G. Vavra e do marketing direto de Bob Stone. Surge o conceito de marketing societal, ou seja, a preocupação com o bem- estar da sociedade. A satisfação do consumidor e a opinião pública, passou a estar diretamente ligada a participação das organizações em causas sociais, e a responsabilidade social transformou-se numa vantagem competitiva. Década de 2000 A virada do milênio assistiu a segmentação da televisão a cabo, a popularidade da telefonia celular e a democratização dos meios de comunicação espe cialmente via Internet. A World Wide Web já estava madura o suficiente e nos primeiros anos desta década surgiram uma infinidade de pesquisas e publicações sobre Web marketing e Comércio eletrônico (também conhecido como e-commerce). Isso revolucionou tanto a logística como a oferta de produtos, e o cliente passou a ter informaçõe s e poder de barganha nunca antes vistos. Não somente o e-commerce tornou-se um grande diferencial como também as redes de relacionamento começaram a surgir, e aí, grandes oportunidades de se fazer contato e também fazer propaganda e Marketing do produto gratuitamente, sem custo adicional. Criam- se grandes parcerias virtuais, nessa grande teia de oportunidades 6 muitos conseguem alavancar negócios e até mesmo ficarem multimilionári os do dia para a noite pela ousadia e visão de negócios. Década de 2010 A década de 2010 é marcada pela inserção da rede mundial de computadores e um novo comportamento de compra online, porém, não há pesquisas ou publicações a respeito de uma tendência principal, como o marketing de busca. O que sugere a academia é que há uma nova interpelação entre os meios, o acesso do consumidor ao mercado e as formas de comunicação entre as empresas e os consumidores. 2010 é marcado como um segundo divisor de águas, agora, a internet torna-se cada vez mais o Grande Comércio Mundial e a Globalização assina seu passaporte fixo. Com o avanço tecnológico desenfreado e o consumismo exacerbado, hoje temos na internet a visão do futuro do Marketing. As compras tradicionais aos poucos são se extinguindo, pois, as facilidades existentes no mercado virtual são inúmeras. Produtos podem sofrer reduções de preços consideráveis, não é necessário um número d e funcionários considerável, logística tecnicamente aplicada e garantia de retorno imediato, com poucas chances de falência, diferente de uma venda tradicional, no qual, a grande preocupação é conquistar o cliente pelo boca a boca, pelo face a face, o que torna essa comunicação cada vez mais precária, pois, a internet influencia da inibição e decadência deste setor tão antigo de nossa sociedade hoje não mais mo derna, porém, tecnológica. 1.2. Os 4 Ps do Marketing, Mix de Marketing ou Composto de Marketing Os 4 Ps do Marketing, também conhecidos como Mix de Marketing ou Composto de Marketing, são os 4 elementos básicos que compõem qualquer estratégia de marketing para alcançar um público: Preço, Praça, Produto e Promoção. Definição dos 4 Ps do Marketing O conceito do Mix de Marketing foi criado pelo professor Jerome McCarthy em seu livro “Basic Marketing“, lançado em 1960. O método ganhou propagação nos anos seguintes com Philip Kotler. Como o nome já diz, trata-se das definições de marketing fundamentais que uma empresa deve fazer para atingir determinado público-alvo, a partir do posicionamento escolhido. 7 A construção dos 4 Ps de Marketing, ou Mix de Marketing, é relativamente simples. Mas deve ser apoiada em um conhecimento profundo do mercado em que se está atuando. Por exemplo, um bairro de cultura alternativa no Rio é totalmente diferente de São Paulo e, assim por diante. Antes de mostrar um caso, vamos ver mais à fundo as definições: Preço: Refere-se a quanto e como será cobrado do cliente. Neste quesito, o produto pode ser barato ou de luxo. Pode ser cobrado uma só vez ou por mensalidade. Entre outras tantas estratégias como preço psicológico, pague quanto quiser, leilões, etc. Praça ou Ponto: A praça refere-se aos pontos de contato do público- alvo com o produto ou serviço. O principal é o local em que a venda será feita. Neste caso, pode ser online ou em lojas físicas. Em muitos casos, é interessante pensar em utilizar praças de serviços/produtos complementares. Por exemplo, vender material esportivo em clubes ou academias. Produto: Dentro do conceito do mix de marketing, a definição de produto refere-se muito mais aos aspectos intangíveis do que aos técnicos. Existem alguns atributos de marca que podem ser passados na experiência de uso de um produto ou serviço. Promoção: A promoção refere-se a todo o âmbito das estratégias de divulgação utilizadas pela empresa. Não só os canais, mas a comunicação que será passada para o público-alvo. A personalidade da marca e a linguagemque será usada também são pontos muito importantes no plano de marketing. 2. Ferramentas do marketing 2.1. Merchandising É uma ferramenta de Marketing usada a partir da necessidade de vender o produto por si só quando não existe o elemento do vendedor. Merchandising é um conjunto de técnicas que tem a finalidade de melhorar a exposição de um produto tornando-o mais visível e atraindo o consumidor. A palavra Merchandising tem origem inglesa e significa literalmente “mercadoria”, mas é usada na linguagem empresarial como verbo para indicar o ato de negociar ou fazer algum negócio (propagá-lo). O Merchandising é muito utilizado pelas empresas e é considerada uma excelente técnica de planejamento e promoção de um produto para impulsionar sua venda. 8 Este método de promoção faz parte de um planejamento de marketing que é um dos principais mecanismos da área de publicidade onde a criatividade é a principal característica. Tipos de Merchandising o Merchandising Editorial ou Product Placement Esse tipo de promoção é feita de maneira muito discreta e fazendo o consumidor ter contato com a marca ou produto de forma mais suave e menos brusca. Por exemplo: em determinada cena em um filme, novela ou série, o ator aparece manuseando determinado aparelho celular ou tomando determinado tipo de refrigerante. Apesar de não ser uma propaganda agressiva, ela não passa despercebida e acaba despertando no espectador a vontade de conhecer o produto. o Merchandising Visual Essa técnica é mais direta e é considerada a mais difícil de ser planejada. Pois a estratégia é usar o máximo de recursos visuais possíveis para atrair a atenção para um determinado produto ou marca. É uma das mais utilizadas nos dias atuais. 2.2. Marketing direto É um conjunto de estratégias utilizadas pelas empresas para entrar em contato com pessoas que demonstraram interesse nos produtos ou serviços daquela marca. Essa comunicação ocorre sem intermediários, como o próprio nome sugere. O contato pode se dar, por exemplo, por meio de telefone, correio ou até mesmo através de mensagem enviada por e-mail. O objetivo é atingir um público-alvo específico, através de mensagens personalizadas, para conquistar novos clientes ou mesmo fidelizar os já existentes. Por isso, o marketing direto é um método que prima pela eficiência. Ou seja, acaba convertendo bastante, mas gastando menos – se comparado a outros tipos de marketing. Tipos de marketing direto 9 O mundo do marketing direto está em constante evolução e, geralmente, tudo acontece em um curto espaço de tempo. Mas, apesar disso, existem alguns tipos mais recorrentes de ações de marketing direto. Vamos a elas: Telemarketing: telefonar para uma lista de contatos a fim de pedir doações, obter sua opinião sobre um produto ou serviço, suporte para alguma causa ou campanha política, ou apenas para fins de vendas. E-mail Marketing Direto: essa forma de marketing direto visa atingir os consumidores através de suas contas de e-mail. Os endereços de e-mail podem ser colhidos nas landing pages do próprio site, nas redes sociais, fóruns ou até mesmo a partir de vendas online. Mala direta: o material publicitário é enviado diretamente para a pessoa em um determinado endereço. Por isso, permite grande segmentação do público-alvo e personalização do kit. Marketing de catálogo: a empresa envia em forma impressa ou online o catálogo contendo todo o seu portfólio de produtos, como no caso de marcas que atuam no mercado de venda direta porta a porta. 2.3. E-commerce Um e-commerce só pode receber esse nome quando ele traz os produtos de uma única empresa, seja um fabricante ou revendedor, em uma plataforma virtual própria. Além disso, não há um intermediador para o processo de venda. Tipos de e-commerce Nós já mencionamos que existem diferentes tipos de sistemas para a compra e venda online. Os dois principais são o e-commerce e o marketplace. Porém, também existem categorias diferentes de e-commerce que podemos explorar. Entenda mais sobre cada uma delas. o E-commerce B2B x E-commerce B2C O e-commerce B2B (Business to Business) é utilizado por empresas cujos principais clientes são outras empresas. Em geral, ele dedica-se a vender maquinários ou matérias primas, embora também possa vender produtos acabados. o E-commerce Atacadista x E-commerce Varejista 10 O e-commerce atacadista trabalha com venda em grandes quantidades. A principal implicação desta categoria, como você pode imaginar, é na logística de entrega. Devido ao volume, é preciso contar com bons parceiros para o transporte. o E-commerce de produtos físicos x E-commerce de produtos digitais Em geral, quando pensamos em e-commerce, imediatamente lembramos dos produtos físicos. Não existe muito a explicar aqui, já que estamos acostumados com essa categoria. Porém, ela se torna muito mais interessante quando comparamos a um e-commerce de produtos digitais. O e-commerce de produtos digitais é aquele que vende ou aluga, essencialmente, conteúdo e informação. Estamos falando de filmes digitais, e-books, cursos à distância, softwares ou games, por exemplo. 2.4. Pós-venda É o serviço que é prestado ao comprador sobre um produto nas semanas ou os meses posteriores à aquisição que realizou. Desta forma, o fabricante desse produto ou o seu vendedor presta assistência ao comprador no uso do mesmo, podendo nomeadamente reparar/consertar eventuais falhas/avarias. O objetivo da pós-venda é estabelecer um compromisso com o cliente para além do momento da compra. A empresa que presta o serviço, deste modo, tenta conquistar a confiança do comprador, o qual toma a sua decisão com uma assistência que se pode canalizar de diversas maneiras. A pós-venda, obviamente, também constitui uma alternativa comercial adicional para a empresa, que pode cobrar pela prestação. A pós-venda, noutros casos, constitui uma manutenção das instalações ou das maquinarias vendidas. Deste modo, o utilizador assegura-se do adequado funcionamento daquilo que comprou. 2.5. Endomarketing Endomarketing, ou marketing interno, é a estratégia de marketing institucional voltada para o público interno da empresa. São diversas ações que compõem o endomarketing, desde a comunicação interna e as políticas de benefícios e incentivos até os eventos voltados para os colaboradores e sutilezas como a decoração da empresa. As ações de endomarketing normalmente são traçadas em conjunto pelas equipes de marketing e RH. O departamento de Recursos Humanos procura entender as necessidades do colaborador, os problemas de clima 11 organizacional que precisam ser superados e os desafios para aumentar o engajamento e a interação dos funcionários com a empresa. Ao unir forças com o departamento de Marketing, eles podem traçar estratégias e ações que vão trazer resultados muito interessantes, tanto para os próprios funcionários quanto para a empresa. 3. Comportamento de Mercado 3.1. Analise e comportamento de mercado A análise de mercado é a primeira etapa do planejamento de marketing. Cabe ao gerente de marketing avaliar e segmentar o mercado de forma a agrupar os clientes em potencial, que possuem necessidades de consumo semelhantes. Desta forma torna-se possível definir estratégias adequadas a cada segmento de mercado, agregando valor para o cliente e otimizando resultados para a empresa. Segmentação de mercado é o processo de dividir mercados em grupos de consumidores potenciais com necessidades e/ou características semelhantes e que provavelmenteterão comportamentos de compra semelhantes (WELINSTEIN, Art. Segmentação de mercado. São Paulo: Atlas, 1995, p.18.). Ao analisar e segmentar um mercado consumidor deve-se responder as seguintes perguntas: • A quem interessa este produto? • Quem pode estar interessado em receber este benefício que meu produto (ou serviço) oferece? • Quem é o meu cliente? • Qual é o perfil do meu cliente potencial? • Que tipo de pessoa e de consumidor ele é? • Quais são seus hábitos de compra? • Qual o seu estilo de vida? • Onde estão localizados meus clientes em potencial (segmentação geográfica)? É importante frisar que a segmentação de mercado é importante em qualquer circunstância, para qualquer tipo de negócio. As informações quanto ao perfil do cliente são primordiais para a tomada de decisão. A quantidade e qualidade das informações possibilitam ao gerente de marketing traçar estratégias adequadas e eficazes. Conhecendo melhor o cliente a empresa pode servi- lo melhor. O processo de segmentação de mercado utiliza sempre a pesquisa. Com ela, é possível que se chegue ao resultado do agrupamento desejado (segmento- alvo). As formas ou critérios para a segmentação são: • Segmentação demográfica estuda estatisticamente as populações e usas características como faixa etária, sexo, tamanho médio da família, estado civil, números de unidades domiciliares, nacionalidade, religião, raça e genealogia. 12 • Segmentação socioeconômica divide o mercado com base nas características sociais e econômicas da população como classe social, renda, escolaridade, ocupação profissional, etc. • Segmentação geográfica divide o mercado com base em critérios geográficos, como localização e densidade populacional. • Segmentação por benefícios divide o mercado com base nos benefícios procurados pelos clientes. • Segmentação por grau de utilização divide o mercado com base no nível de consumo. • Segmentação Psicografia divide o mercado com base no modo como as pessoas pensam e levam suas vidas. Os critérios de segmentação são estabelecidos conforme as necessidades da empresa e a estratégia definida pelo gerente de marketing, que se classificam: • Estratégia de segmentação de não-diferenciação em que a empresa opta por explorar todo o seu mercado potencial, em todas as regiões geográficas possíveis, valendo-se de apenas um plano de marketing, único e válido paro todo o mercado. • Estratégia de segmentação por diferenciação em que a empresa reconhece e leva em consideração uma ou algumas diferenças significativas que possam existir entre seus segmentos-alvo e optar por tratá-los de forma distinta, preparando e executando planos de marketing específicos (mais de um, portanto, para cada segmento que decida tratar diferenciadamente). • Estratégia de concentração em que por uma série de motivos, como a proximidade de suas instalações, o significativo potencial, sinergias reais e/ou possíveis, a empresa escolhe um segmento como prioritário, como o mais importante e prático, e decide concentrar todos os seus esforços apenas nele, fazendo-o com um plano de marketing específico para aquele segmento. Pode-se também incorporar a estratégia de marketing os seguintes conceitos: • Penetração de mercado é a presença de uma empresa no mercado, mesmo que de maneira pouco representativa. • Ocupação de mercado é a presença da empresa no mercado em uma posição forte, bastante significativa em termos de concorrência e, portanto, de participação de mercado. • Quantificação de mercado é o estudo das definições dos objetivos de venda, de participação de mercado, das cotas de venda por regiões e/ou vendedores. • Potencial de mercado é um número relativo, estático, que define o tamanho relativo dos diferentes segmentos geográficos que estão sendo medidos. • Potencial de vendas é um número absoluto que reflete quanto determinado setor de negócios, por sua tendência histórica e/ou pesquisas de mercado, poderá vender (ou quanto determinado setor de negócios/segmento poderá consumir). Os quatro princípios do comportamento do mercado resultam do destilar das filosofias de Charles Dow , Robert Rhea, Richard Schabacker e outros, tendo 13 sobrevivido ao teste do tempo, e sendo ainda hoje os princípios orientadores de decisões técnicas de trading em todos os timeframes. É mais provável que uma tendência continue do que inverta Quando o preço estabeleceu uma tendência clara de máximos e mínimos mais elevados (higher highs e higher lows), é necessário força e capital consideráveis para mudar o rumo. Ir contra uma tal tendência é geralmente um empreendimento de baixa probabilidade, e os lucros mais fáceis conseguem-se comprando os retracements que resultam de movimentos contra a tendência principal. Estes retracements terão como objetivo o máximo mais recente, ou acima desse máximo. Uma falta de retracements também implica a continuação do trend. Este princípio funciona mais facilmente em tendências muito fortes, sendo aí menor o efeito da reversão para a média. As tendências acabam num clímax (euforia/capitulação) As tendências continuam com avanços e recuos até que uma força externa exerça pressão convincente sobre o sistema, na forma de volume ou volatilidade elevados. Isto tipicamente ocorre quando experimentamos uma continuidade forte da tendência e euforia por parte do público (que pensa que a tendência continuará para sempre). Porém, é de relembrar que nesta fase o preço muitas vezes vai muito mais longe do que alguma vez se esperaria, assumindo com frequência características parabólicas. Por fim, os mercados raramente invertem dum dia para o outro, necessitando normalmente de uma fase de consolidação horizontal antes de assumirem a nova direção. O momentum precede o preço O momentum - a força da pressão de compra ou venda - precede o preço pelo facto de que novos máximos no momentum têm uma probabilidade mais elevada de resultar em novos máximos do preço, após o próximo retracement a esse máximo do momentum. Dito de outra forma, espere um novo máximo do preço a seguir a um novo máximo de um indicador de momento (incluindo MACD, momentum, RoC, etc). Um gap também pode servir como um indicador de momento. Alguns dos trades de maior probabilidade de acerto ocorrem após a primeira reação a seguir a um novo máximo de momentum, numa nova tendência. A exceção dá-se quando ao novo máximo de momentum corresponde uma euforia e exaustão da tendência, tal como vistas no ponto anterior. 14 O preço alterna entre expansão de range e contração de range O preço tende a consolidar (tendência lateral) muito mais frequentemente do que a expandir (breakouts). Na consolidação indica pontos de equilíbrio onde os compradores e vendedores estão satisfeitos e a expansão indica desequilíbrio entre compradores e vendedores. É muito mais fácil de prever alterações de volatilidade do que de preço, uma vez que a previsão direcional do preço após um ambiente de baixa volatilidade é quase impossível. Embora os ambientes de baixa volatilidade sejam difíceis de prever, estes providenciam alguns dos trades com melhor ráciocinio risco/recompensa, visto que possibilitam stops muito próximos e targets distantes dada a expansão esperada do preço. Normalmente o preço continua na direção que primeiramente assume após iniciar a expansão do range. 3.2. Definição de Consumidor Consumidor é toda a pessoa física ou jurídica que adquire bens de consumo, sejam produtos ou serviços; alguém que faz compras; aquele que consome. Qualquer indivíduo com poder de compra, ou seja, capacitado economicamente para comprar algo, pode ser considerado um consumidor.Os quatro principais tipos de comportamento do consumidor Os tipos de comportamento do consumidor estão diretamente relacionados com a modalidade de compra que ele está executando. Compras mais complexa e de produtos mais caros, levam a determinados tipos de comportamento de compra do consumidor que não são observados em compras habituais, ou quando o consumidor busca variedade, por exemplo. Vamos analisar, a seguir, cada uma das quatro modalidades de compra e, em função de suas características, os tipos de comportamento do consumidor atrelados a elas. Tipo de comportamento do consumidor na compra habitual Produtos do dia a dia, de preço bastante acessível, que não apresentam grande diversificação em função da marca, são produtos de compra habitual. Tipo de comportamento de compra do consumidor em busca de variedade Neste caso os produtos ainda têm um preço bastante baixo e o envolvimento emocional é um pouquinho maior, mas as marcas apresentam um grau diferenciação em termos de atributos e de qualidade entre si bem mais elevado. 15 Tipo de comportamento do consumidor em compra com dissonância cognitiva reduzida Neste caso, o produto tem um preço razoavelmente elevado e pouca diferenciação, mas os consumidores têm um alto envolvimento com eles. Tipo de comportamento do consumidor em compras complexas Compras feitas com pouca frequência, de produtos caros e com alto envolvimento são chamadas de complexas. 3.3. Processo de decisão de compra O processo de decisão de compra é um modelo sistemático, representando as etapas pelas quais o consumidor passa até adquirir o produto ou serviço. Na verdade, o processo perdura até o momento pós compra. As etapas por quais os clientes ou consumidores passam são cinco: Reconhecimento do problema O processo de compra começa internamente no comprador, quando este reconhece um problema, estimulado por uma necessidade ou um desejo. Necessidade é algo indispensável e permanente para o ser humano. Por exemplo: todos nós necessitamos de alimentação, vestuário, habitação, transporte, educação. Tudo isso são necessidades básicas. Já o desejo é uma aspiração, uma expectativa de possuir ou alcançar algo. Por exemplo: a vontade de ter o carro do ano ou fazer uma viagem dos sonhos. O desejo pode ser algo momentâneo, variável ao longo do tempo e causado por um estímulo externo. É papel de o marketing buscar a inovação para satisfazer e encantar o cliente, para que ele volte a comprar e torne-se um cliente com fiel. Portanto, as empresas devem atender as necessidades e, principalmente, os desejos dos consumidores, pois é por meio da realização dos seus desejos que ela surpreenderá e encantará os clientes. Busca por informações Um consumidor interessado tende a buscar por informações antes de comprar algo. Em geral, a pessoa é influenciada, diante a situação na qual se encontra – se precisa de algo com urgência ou não- pelo tipo de produto ou serviço, por fatores de varejo (preço e pontos de venda) e pelo nível de envolvimento com aquilo que procura satisfazer sua necessidade ou desejo. 16 Um consumidor interessado tende a buscar mais informações por meio de: o Fontes pessoais: família, amigos, conhecidos, vizinhos. o Fontes comerciais: propaganda, vendedores, rótulos de embalagens, mostruários. o Fontes públicas: meios de comunicação, internet, redes sociais. Avaliação de alternativo pé compra Momento no qual o consumidor processa as informações de cada marca e faz um julgamento de valor final. Primeiro, o consumidor está tentando satisfazer uma necessidade/desejo. Segundo, está buscando certos benefícios na escolha do produto. Terceiro, ele vê cada produto como um conjunto de atributos com diferentes capacidades de entregar benefícios para satisfazer a sua necessidade. O consumidor prestará mais atenção aos atributos que fornecerem os benefícios buscados, tais como preço, qualidade, opções de tamanhos e cores entre outros. No processo de avaliação e tomada de decisão, a pessoa utiliza critérios subjetivos para fazer sua escolha final. Diante de um conjunto de opções, o consumidor começa a ter suas primeiras percepções sobre as marcas. Depois, começa a fazer considerações com as possíveis opções que mais atendem às necessidades. Por fim, ele escolhe um conjunto de marcas mais desejadas para, de fato, escolher a que mais lhe convém. Decisão de Compra Processo decisório e realização da compra, pagando pelo produto e obtendo a sua posse. A tomada de decisão pode ser feita de forma planejada ou por impulso. Isso varia em relação ao nível de envolvimento que o consumidor tem e com o tipo de produto. Avaliação pós compra Momento no qual o consumidor utiliza e conhece melhor com o produto e tem suas primeiras experiências. Neste momento, pode ocorrer dissonância cognitiva, ou seja, um desconforto psicológico que o consumidor tem, depois de optar por uma alternativa dentre outras, potencialmente interessantes. 17 Caso a experiência seja negativa, ele ficará insatisfeito e poderá fazer reclamações, exigir a troca ou a devolução. Por outro lado, se ele ficar satisfeito com a experiência, haverá boas chances de que ele adquira um produto semelhante, da mesma empresa novamente. Muitas empresas ignoram essa etapa e perdem a oportunidade de saber se o produto foi capaz de satisfazer as necessidades do cliente e construir um relacionamento duradouro e lucrativo. 3.4. Definição de Necessidade, Desejos e Satisfação. Necessidade: É aquilo que é indispensável e que não se pode deixar de ter. Desejo: É uma aspiração, é uma expectativa de possuir ou alcançar algo. O desejo faz parte da natureza humana e é um dos motores que impulsionam a conduta humana. O homem que deseja algo se torna um sujeito ativo que o leva a diversas ações para satisfazer as suas vontades. Satisfação: A satisfação é entendida como um estado mental que se produz pela optimização da retroalimentação cerebral. Diferentes regiões do cérebro compensam o seu potencial energético e conferem a sensação de plenitude. 4. Produtos, Marcas e Embalagens. 4.1. Definição de produto Produto, em administração e marketing, é um conjunto de atributos, tangíveis ou intangível constituído através do processo de produção, para atendimento de necessidades reais ou simbólicas, e que pode ser negociado no mercado, mediante um determinado valor de troca, quando então se converte em mercadoria. 4.2. Ciclo de vida dos produtos O ciclo de vida de um produto pode ser entendido como a história completa do produto através de suas fases de vendas: introdução, crescimento, maturidade e declínio. É o conceito de absolescência planejada, ou seja, os produtos já nascem com data prevista para serem retirados do mercado. As quatro fases do ciclo de vida do produto: Introdução: é a fase inicial da vida do produto ou o período em que o produto é lançado no mercado, esta fase tem como característica: baixo volume de produção e de vendas. Crescimento: o produto começa a firmar-se no mercado ou período de aceitação pelo mercado. Nesse estágio surgem os concorrentes. 18 Maturidade: período de baixo crescimento nas vendas. Os níveis de lucro tornam-se estáveis ou diminuem, em função dos gastos que a empresa tem para defender o produto da concorrência. Quando o produto atinge a saturação às características de competição se tornam mais acirradas. Declínio: o produto passa a perder participação no mercado, ou seja, é quando as vendas e os lucros começam a cair. Existem várias razões para que ocorra o declínio, tais como:surgimento de novos produtos mais eficazes; a substituição de um produto por outro melhor e a falta de necessidade pelo produto. Pode-se facilmente reconhecer muitos produtos que já saíram do mercado ou estão em fase de nítido declínio: é o caso dos chapéus, modelos de computadores etc. Por sua vez, certos produtos como sabão, alimentos enlatados, pregos, entre outros, parecem ter uma fase longa. Enquanto outros têm um ciclo de vida muito curto: brinquedos e móveis, por exemplo. Portanto, é evidente que o modelo apresentado para o ciclo de vida não necessariamente se adapta bem a qualquer produto. O desenvolvimento de um produto inicia quando a empresa tem a ideia e começa todo o estudo de viabilidade, produtividade e desenvolvimento. Neste período, o produto ainda não está no mercado. Basicamente, a empresa pode desenvolver seus novos produtos com base na tecnologia que possui – é o tipo de estratégia product-out. Outro tipo de estratégia é a estratégia market-in, a empresa ouve a voz do mercado e fabrica aquilo que o mercado quer, muitas vezes antecipando-se e até mesmo criando necessidades de consumo para os seus produtos, fabricando então o que pode vender. A empresa pode utilizar as duas estratégias anteriores, utilizando assim uma estratégia mista, que maximiza seus recursos produtivos e de desenvolvimento de novos produtos. 4.3. Conceito de Marcas As marcas são sinais utilizados no comércio para identificar produtos. A sua marca é o símbolo em que os seus clientes se baseiam para escolher a sua empresa. Distingue a sua empresa da concorrência. Pode proteger e desenvolver a sua marca registrando-a. Nalguns países, pode obter proteção mesmo se a marca não for registada, desde que seja utilizada. No entanto, aconselha-se que a marca seja registada a fim de obter a melhor proteção. A única limitação ao que pode constituir uma marca registada é que a marca tem de estar claramente definida; caso contrário, nem a sua empresa nem os seus concorrentes terão a certeza do que está abrangido pelo registo. 19 Marca nominativa Uma marca que consiste exclusivamente em palavras ou letras, algarismos, outros caráteres tipográficos convencionais ou uma combinação dos mesmos que podem ser digitados. Marca figurativa Uma marca que utiliza caráteres, uma estilização ou configuração não normalizados ou uma representação gráfica ou uma cor, incluindo marcas constituídas exclusivamente por elementos figurativos. Marca figurativa com elementos verbais* Uma marca figurativa que consiste numa combinação de elementos verbais e figurativos. Marca tridimensional Uma marca composta por, ou extensível a, uma forma tridimensional. Pode incluir recipientes, embalagens, o próprio produto ou a sua aparência. Marca tridimensional com elementos verbais* Uma marca tridimensional que contém elementos verbais. Marca de posição Uma marca que consiste no modo específico como a marca é colocada ou aposta no produto. Marca de padrão Uma marca constituída exclusivamente por um conjunto de elementos que se repetem regularmente Marca de cor (única) Uma marca composta exclusivamente por uma só cor (sem contornos). Marca de cores (combinação de) Uma marca composta exclusivamente por uma combinação de cores (sem contornos). Marca sonora Uma marca constituída exclusivamente por um som ou uma combinação de sons. Marca em movimento Uma marca constituída por, ou extensível a, um movimento ou uma alteração na posição dos elementos da marca. Marca multimídia Uma marca constituída por, ou extensível a, uma combinação de imagens e som. Marca holográfica 20 Trata-se de uma nova categoria de marca (a partir de 1 de outubro de 2017). Marca composta por elementos com características holográficas. 4.4. Conceito de Embalagens A função da embalagem do ponto de vista logístico é proteger o produto da origem ao destino. Já no varejo a sua principal função é atrair e seduzir para vender. A embalagem é determinante na hora do consumidor escolher um produto, ela tem que se destacar e interagir com ele. A cada nova estação ou evento comemorativo, a criação de novas embalagens é um desafio que requer criatividade e audácia por parte dos fabricantes e lojistas, caso contrário os pacotes não passam de embrulhos. 5. Gestão de Vendas 5.1. Analise de concorrência e levantamento concorrencial Entre as análises essenciais para construir um planejamento ou acompanhamento da situação da empresa, a análise de concorrência é fundamental e compõe uma etapa preciosa para traçar o cenário comercial. Mais do que compreender quem são os concorrentes e como estão posicionados, a análise possibilita que novas ideias surjam, melhorias sejam implementadas e novas ações para fortalecer a empresa sejam adotadas. Análise da concorrência é o processo de identificar e avaliar os concorrentes- chave de uma empresa. É através dela que se desenvolverá uma estratégia competitiva de marketing que posicione solidamente a empresa contra os concorrentes e lhe dê a maior vantagem competitiva possível. AS SEIS ETAPAS DO PROCESSO DE ANÁLISE DOS CONCORRENTES: Identificação dos concorrentes da empresa Determinação dos objetivos dos concorrentes Avaliação das forças e fraquezas dos concorrentes Estimativa das reações dos concorrentes Seleção dos concorrentes a serem atacados ou evitados Identificação das estratégias dos concorrentes Para fazer uma boa análise de nossa concorrência precisamos primeiramente descobrir quem são nossos competidores. Depois disso devemos verificar qual 21 é sua performance no mercado. Em seguida, precisamos dar um passo para trás afim de enxergar o todo. Com isso, podemos ver quais são os fatores chave de sucesso e decidir como usar essas informações para melhorar nosso próprio negócio. 5.2. Atendimento O conceito de Atendimento ao Cliente se refere ao serviço prestado pelas empresas de serviços ou que comercializam produtos a seus clientes. Em caso da necessidade de manifestar reclamações, sugestões, levantar preocupações sobre o produto ou serviço em questão, solicitar informação adicional, solicitar serviço técnico, estão as principais opções e alternativas oferecidas por este setor ou área da empresa a seus consumidores. Sem dúvidas, o sucesso de uma empresa depende fundamentalmente que as demandas de seus clientes estejam satisfeitas, pois eles são os principais protagonistas e é o fator mais importante no mundo dos negócios. Se ao contrário, uma empresa não satisfaz as necessidades ou demandas de seus clientes, seu futuro será muito curto. Então, todos os esforços devem estar destinados ao cliente, a sua satisfação por menor que seja, porque o atendimento ao cliente é o verdadeiro propulsor de todas as atividades da empresa, pois de nada serve que o produto seja de excelente qualidade, tenha um preço competitivo ou esteja bem apresentado, se não existem compradores para ele. Entre as principais causas de insatisfação de um cliente estão as seguintes: um serviço pouco profissional; tratar o cliente como um objeto, um mero número e não como uma pessoa; um serviço não tão bem realizado pela primeira vez que foi comprado; um serviço prestado com péssimos resultados; quando não foi resolvido seu problema; quando foi tratado mal educadamente; ou quando o preço foi pago a mais do que estava combinado, gerando desconfiança.·. 5.3. A comunicação voltada ao consumidor A comunicação é uma das ferramentas mais importantes para a integração das áreas de uma empresa, onde todas as informações são compartilhadas para que o foco seja mantido, os projetos sejam executados e o desenvolvimento ocorra em todaa organização. Diante da concorrência é muito importante ter uma empresa trabalhando e pensando em conjunto, criando projetos com a participação de todas as áreas é mais fácil otimizar tarefas, planejar todos os passos e satisfazer o cliente de forma mais consistente. Como cada uma das áreas possui uma linguagem diferenciada é necessário conhecer muito bem a forma mais adequada de se passar uma informação. Comunicar não é somente passar informações, é uma troca que deve se fazer presente em cada momento, seja para planejar, criar um projeto ou 22 interagir com os demais colaboradores. Em certos momentos a comunicação pode ser afetada por ruídos, até mesmo em mensagens escritas isto ocorre, então é de suma importância deixar espaços para trocar informações, questionar e sugerir como a comunicação pode se melhorada ao longo do tempo. Sempre que uma organização deseja lançar um produto busca as diversas formas de comunicação para passar a sua mensagem para o cliente, e então a pesquisa se torna um grande banco de dados para que as palavras corretas sejam utilizadas, as imagens também dizem muito e acabam por definir o êxito de uma campanha. Aprender a lidar com as diferentes situações é uma constante em qualquer mercado, desde os menores até o mercado global, e mesmo assim a pesquisa sempre fará parte do conhecimento que é procurado constantemente, seja em uma pequena loja, onde o próprio dono está no balcão atendendo, até as maiores empresas, conhecer o consumidor é um exercício diário. Outro ponto interessante é que muitas pessoas acreditam que o cliente sempre tem razão, mas você pode dar razão a um cliente que fala mal de seu produto ou serviço, porque não seguiu o manual de instruções para o uso ou aplicação adequadamente? No meu ponto de vista esta resposta é não. O relacionamento com o cliente sempre deve ter como base o respeito, os direitos e deveres cabem a ambos os lados, o consumidor tem o direito de adquirir o produto que deseja, mas tem o dever de seguir instruções de uso ou aplicação, da mesma maneira a organização tem sua participação muito mais ativa neste processo, pois as variáveis que envolvem este relacionamento são inúmeras, desde a produção até o atendimento na loja. A comunicação é muito importante, seja entre a organização e seus colaboradores ou da organização com seus clientes, então é de bom senso passar a mensagem de maneira mais simples, de fácil compreensão e que gere um relacionamento melhor. 5.4. Marketing Pessoal O marketing pessoal é a forma como você promove sua própria imagem. É o famoso “vender o peixe”. Trata-se de uma ferramenta fundamental para qualquer profissional, pois está relacionada diretamente a sua reputação, ou seja, como você é visto e avaliado pelas outras pessoas. Muitos itens podem compor a imagem que as pessoas têm de você e formar o seu marketing pessoal. Modo de se vestir, comportamento, atitudes, discursos, vocabulário, valores e objetivos são apenas alguns deles. O modo que os outros irão enxergar você depende do que você faz com essas características. Se o seu modo de se vestir está adequado à cultura da empresa, se o seu comportamento é respeitoso com todos, se suas atitudes correspondem aos seus discursos, se o vocabulário não é ofensivo e se seus valores e objetivos não contradizem o que a empresa busca. Viu como todo detalhe conta? Por isso que é importante investir em seu marketing pessoal. Dicas para fazer um bom marketing pessoal 23 Autoconhecimento Conhecer a si mesmo é uma maneira eficiente de se auto desenvolver. Quem ganha no final é você mesmo, quem trabalha a sua volta, a empresa e sua vida pessoal. Cuidados com a aparência Seja no trabalho ou fora dele, manter a aparência adequada ao contexto em que está é fundamental. Este é um dos itens mais importantes na hora de fazer seu marketing pessoal, pois suas vestimentas demonstram a imagem que você deseja passar para os outros. Esteja em constante desenvolvimento Mesmo que você seja um excelente profissional, é sempre importante não cair na zona de conforto. Portanto, esteja em constante desenvolvimento e aprendizado: utilize seu tempo livre para investir em capacitação e adquirir novas sabedorias, seja por meio de formações e treinamentos, aprendendo um novo idioma ou participando de palestras, workshops e programas de motivação. Lembre-se de que o conhecimento nunca é demais e que você sempre pode melhorar! Desenvolva habilidades e aprimore suas competências Outro fator importante para o marketing pessoal está relacionado ao desenvolvimento de talentos, capacidades e habilidades que levem ao crescimento contínuo. Avalie seus pontos fortes, identifique aqueles que podem ser potencializados e também os que precisam de melhoria. Invista em coaching Os dois itens que falei acima são essenciais e podem ser aprimorados com o método coaching. Se você já for um líder, é interessante investir na formação de “Leader Coach Training – LCT”, que é ágil e muito efetiva para a capacitação de líderes de alta performance. Você também pode estar em busca do “Professional & Self Coaching – PSC”, um curso denso que investigue sua personalidade e busque desenvolver você ao máximo para conseguir uma transformação pessoal e profissional. Observe sua postura Ter empatia também faz parte de uma estratégia de marketing pessoal. Tenha certeza de que está olhando nos olhos e fazendo uma escuta ativa da pessoa que está falando com você, ou seja, pare o que está fazendo e ouça com atenção. Pequenos gestos como esses demonstram dedicação e respeito pelo próximo. Seja um profissional agradável 24 Para garantir um bom marketing pessoal, você precisa aprender a atrair e cativar seus colegas de trabalho, superiores e, principalmente, seus clientes. Para isso, demonstre simpatia, empatia e acolhimento. Seja uma pessoa com que os outros gostariam de conviver. Seja solícito e esteja disposto a aprender A humildade é uma característica valiosa para qualquer profissional. A capacidade de ouvir, de aprender com os outros e de se dispor a ajudar são atitudes essenciais para ser visto com bons olhos na empresa onde você atua e no mercado como um todo. Aceite desafios e assuma riscos Esta é uma atitude importantíssima para potencializar ainda mais seu marketing pessoal: não se contente com a rotina diária de trabalho e se proponha a ir cada vez mais além, aceitando novos desafios e assumindo todos os riscos e as responsabilidades que eles trazem. Exerça sua criatividade e proatividade! Busque por soluções novas para processos antigos, identifique possíveis focos de problema, aproveite oportunidades para estudar mais e entregar um trabalho melhor e reflita sobre maneiras diferentes de obter bons resultados. Comportamentos como esses demonstram que você é um profissional dedicado e disposto a dar o máximo de si todos os dias. 6. Sistema integrado de Marketing 6.1. Pesquisa de mercado A pesquisa mercadológica, ou pesquisa de mercado, é uma importante ferramenta para o investidor que quer começar um novo empreendimento ou que precisa traçar um curso de ação para a expansão de seus negócios. A pesquisa de mercado é a ligação entre o cliente e o empreendimento. Desta forma, é uma ferramenta que faz com que a voz do consumidor seja ouvida, dando ao investidor a oportunidade de conhecer a percepção que o público em geral tem de seu negócio, apontando acertos e falhas, mostrando o que faz com que o público se aproxime ou se afaste do que está sendo oferecido. Como fazer uma pesquisa de mercado eficaz Uma pesquisa de mercado eficaz deve seguir alguns passos. Elas podem ser feitas por empresas especializadas em pesquisa de lançamento de produtos no mercado.Principalmente para que o resultadoseja imparcial, sem o envolvimento de pessoas conhecidas que possam influenciá-lo com sua proximidade ao investidor. O primeiro passo é colocar na planilha todas as características do produto: O tamanho, a qualidade, a forma, para que fique claro o que se quer lançar. 25 Posteriormente, deve-se desenvolver um protótipo de produto, com um designer de embalagens. Também é necessário perfilar os possíveis consumidores. O quarto passo é desenvolver um roteiro de perguntas a serem questionadas aos entrevistados. As perguntas devem ser diretas e simples, de fácil compreensão e englobar todos os aspectos que o empreendedor quer detectar. Por último, deve-se tabular os resultados para estabelecer a aceitação do novo produto. De forma mais específica, essas são as informações mais comumente levantadas em pesquisas mercadológicas: Dados demográficos: Faixa de idade; Sexo; Renda; Profissão; Grau de instrução; Classe social Raça/grupo étnico; Religião; Onde mora; Densidade populacional; Clima. Perfil psicográfico: Líder ou comandado; Extrovertido ou introvertido; Busca auto realização ou satisfeito com status; Independente ou dependente; Conservador, liberal, tradicional ou progressista; Consciente ou egocêntrico. Comportamento: Frequência de uso do produto; Benefícios procurados; Método de uso; Frequência de compra. Após feita essa pesquisa, é recomendado unir os dados obtidos com o que é fornecido por institutos de pesquisa, como o IBGE e o IBOPE. No intuito de identificar concorrências, localizar alvos e estabelecer referências. Também há uma grande quantidade de boas informações sobre negócios e mercado em bibliotecas municipais, universidades, entidades especializadas como a Fiesp e a Ciesp. E em instituições que dão apoio a pequenos empreendedores, como o Sebrae e a Endeavor. 6.2. Tabulação de dados 26 Após o processo de coleta de dados, é hora de tabular os dados, de forma manual ou informatizada. A tabulação serve para realizar o cálculo do percentual de respostas em relação às diferentes variáveis pesquisadas. A tabulação manual de uma pesquisa realizada com um número grande de pessoas é cansativa e trabalhosa. Por esse motivo, é indicado o uso de um sistema de tabulação informatizado. Três excelentes softwares para a aplicação e tabulação de pesquisas de marketing são o Sphinx (http://www.sphinxbrasil.com), SPSS(http://www.spss.com) ou o MINITAB (http://www.minitabbrasil.com.br/), e ainda, a tabulação pode ser realizada utilizando uma planilha eletrônica, com o Microsoft Excel (http://www.microsoft.com), por exemplo. Dentro os 4, o Sphinx é considerado o software mais simples de se usar, por possuir uma linguagem fácil, direta e objetivo, além dos dados da pesquisa serem fáceis de ser digitados, tabulados e analisados. O software ajuda desde a elaboração do questionário até a elaboração dos relatórios finais da pesquisa, e os gráficos. A última versão do Sphinx conta com uma versão de análise léxica, que ajuda na interpretação e agrupamento das respostas abertas, analisando o texto das respostas quanto àquantidade e densidade de palavras utilizadas. Já o SPSS e o MINITAB são softwares mais complexos, e demandam familiarização com alguns conceitos estatísticos. São softwares mais técnicos, e que, assim, possuem uma série de recursos adicionais, principalmente os testes de hipóteses. São softwares normalmente utilizados em pesquisas acadêmicas, ou quando o grau de informação necessária é mais complexo, principalmente em pesquisas com o foco mais quantitativo. Deve-se consultar a empresa quanto a qual o limite percentual dos resultados que ela considere como crítico, para cada uma das variáveis. Luz, (2003) definiu alguns tipos básicos de tabulação, entre eles: • Por pergunta; • Por variável; • Conjunto de variáveis; • Série histórica das variáveis; • Por região; • Por diretoria; • Por departamento; • Por unidade; • Por nível hierárquico; • Regime de trabalho; • Por tempo de serviço; • Por turno de trabalho; • Por sexo e faixa etária; • Pelo índice de satisfação geral; • As sugestões apresentadas. 27 A tabulação consiste então em inserir os dados em formato de banco de dados em uma planilha. 6.3. Aplicação de pesquisa Como posso aplicar uma pesquisa de marketing? 1. Pesquisas Digitais Por meio de uma pesquisa digital, é possível resolver diversos desafios de marketing, desde a concepção de novos produtos, a otimização das vendas, o lançamento de novas campanhas e até a manutenção do engajamento dos clientes. Existem algumas opções de plataformas de pesquisa digitais no mercado, mas para não errar na escolha de uma, tenha atenção a essas dicas: busque plataformas de inteligência de marketing que permitam criar, analisar e distribuir questionários para pessoas prontas para responder às suas perguntas. Como é o caso de nossa base proprietária, MeSeems; prefira metodologias prontas, que permitam compreender a opinião e o comportamento do consumidor; observe se a plataforma conta com dashboards intuitivos, por onde é possível gerar insights diretamente com o seu público-alvo. 2. Pesquisas presenciais A abordagem presencial demanda mais trabalho e custo, porém, é possível obter resultados específicos, de acordo com as suas finalidades. Um dos enfoques possíveis é o teste de campo. Ele serve para simular a experiência de venda por meio da distribuição dos produtos em lojas selecionadas para observar a resposta dos clientes. Desse modo, é possível obter informações sobre aspectos como: ajustes de preço; melhoria da embalagem; mudanças nas estratégias de comunicação; modificações nos produtos. Ao mesmo tempo, esse método permite construir um relacionamento com donos de lojas ou sites de vendas na web, além de ser uma forma que o pequeno empresário tem de testar a seu produto na prática. A desvantagem, é que você precisará de mais tempo para obter resultados mensuráveis e dependerá da contratação de entrevistadores para coletar os dados. 6.4. Data base marketing 28 O Database é uma ferramenta do marketing que se utiliza das tecnologias da informática para a segmentação de grupos de consumidores através da análise do seu perfil e do desenvolvimento de ações dirigidas, permitindo a melhor exploração do público e a descoberta de novos nichos de mercado. Muito mais que um cadastro, é capaz de gerar/proporcionar interatividade e aproximação. Considerado a grande alavanca do marketing direto, o Database considera as diferenças e/ou igualdades dos clientes para o desenvolvimento de estratégias que otimizem este processo. Deste modo, desenvolve a coleta, manutenção e análise detalhada das informações de determinado público-alvo otimizando e direcionando o desenvolvimento de planejamentos a fim de satisfazer expectativas do público-alvo, quer seja indivíduos ou organizações.
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