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TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO É o FIM do vínculo de emprego, com a extinção das obrigações para os contratantes. Sinônimos de Terminação Cessação – Extinção - Dissolução Execução plena do contrato de trabalho com o advento do termo final; morte natural do contrato. Ex: término normal do contrato por prazo determinado (contrato a termo) MODO NORMAL MODOS DE EXTINÇÃO: Rompimento antecipado do contrato a termo ou o rompimento do contrato antes que pudesse produzir todos os seus efeitos. (Ver Súmula 212 do TST) MODO ANORMAL RESILIÇÃO Rompimento do contrato de trabalho por manifestação de vontade das partes, sem que qualquer uma delas tenha dado motivo: A iniciativa pode ser do empregado – Pedido de demissão A iniciativa pode ser do empregador - Dispensa ou despedida sem justa Causa Trata-se do exercício do poder potestativo, havendo obrigação de uma parte avisar a outra de sua decisão – Aviso Prévio. RESOLUÇÃO Rompimento do contrato de trabalho por inexecução faltosa de uma das partes. Quanto o ato faltoso é cometido pelo empregado - Justa Causa Quanto o ato faltoso é cometido pelo empregador - Rescisão Indireta Quanto o ato faltoso é cometido por ambas as partes - Culpa Recíproca RESCISÃO Rompimento por existência de nulidade no contrato de trabalho Exemplos: Contrato de trabalho com empregador público sem a realização de concurso público – Súmula 363, TST; Contrato com apontador do jogo de bicho – objeto ilícito - OJ-199,SDI-I do TST Há ainda, como espécie de extinção a REVOGAÇÃO que aplica-se, em regra, aos contratos a título gratuito, com exceção do mandato. INAPLICÁVEL AO CONTRATO DE TRABALHO QUE É ESSENCIALMENTE ONEROSO Cuidado! A expressão RESCISÃO é utilizada de maneira genérica, para toda e qualquer espécie de extinção do contrato de trabalho VERBAS RESILITÓRIAS VERBAS RESCISÓRIAS OJ da SDC do TSTRESCISÃO VERBAS RESOLUTÓRIAS OJ da SDC do TST RESOLUÇÃO RESILIÇÃO TERMINOLOGIA Saldo de Salário Férias vencidas e/ou proporcionais + 1/3 constitucional (artigo 146 da CLT) 13º Salário Proporcional (Leis 4.090/60 e 4.749/65) Aviso prévio (ver Súmulas 276 e 441 do TST – Destina-se ao empregado. O empregador decide se será trabalhado ou indenizado. Observar o artigo 488 da CLT) Guias para saque do FGTS (artigo 20 da Lei 8.036/90) Indenização compensatória de 40% SOBRE OS DEPÓSITOS DO FGTS (artigo 18 da Lei 8.036/90 e artigo 7º inciso I da CRFB/88 e artigo 10º inciso I do ADCT/88) Guias do seguro desemprego (Lei 7.998/1990 – Obs. Alt. MP 665/14) Saldo de salário 13º Salário Proporcional (Leis 4.090/62 e 4.749/65) Férias integrais e/ou proporcionais + 1/3 constitucional (art.146 da CLT) Aviso prévio (ver Súmula 441 do TST – Destina-se ao empregador. Na ausência da concessão ou do cumprimento trabalhado determinado pelo empregador, permite a este descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo – art. 487, §2º, da CLT. NÃO SACA O FGTS e NÃO HÁ A INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA DE 40% VERBAS RESOLUTÓRIAS TÉRMINO DO CONTRATO PELA OCORRÊNCIA DE DESPEDIDA INDIRETA (RESCISÃO INDIRETA) Saldo de Salário Férias vencidas e/ou proporcionais + 1/3 constitucional (art. 146 da CLT) 13º Salário Proporcional (Leis 4.090/60 e 4.749/65) Aviso prévio (Artigo 487 § 4º da CLT) Guias para saque do FGTS (artigo 20 da Lei 8.036/90) Indenização compensatória de 40% SOBRE OS DEPÓSITOS DO FGTS (artigo 18 da Lei 8.036/90 e artigo 7º inciso I da CRFB/88 e artigo 10º inciso I do ADCT/88) Guias do seguro desemprego (Lei 7.998/1990 – Obs. Alt. MP 665/14) Saldo de salário Férias com período aquisitivo completo acrescidas de 1/3 constitucional (artigo 146 da CLT) VERBAS RESOLUTÓRIAS TÉRMINO DO CONTRATO POR JUSTA CAUSA Súmula nº 14 do TST CULPA RECÍPROCA Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinquenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais. Art. 484 da CLT- Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade. São elementos caracterizadores da CULPA RECÍPROCA prevista no art. 484 da CLT: DUAS FALTAS GRAVES Para a caracterização da culpa recíproca é necessário que o empregado pratique uma falta gravíssima a ponto de, por si só, justificar o rompimento do contrato e que o empregador também tenha praticado outra falta gravíssima capaz de tornar insuportável a continuidade do contrato PROPORCIONALIDAD E ENTRE AS FALTAS As faltas precisam ser proporcionais, pois uma falta leve praticada pelo patrão e outra grave perpetrada pelo trabalhador como reação afasta o tipo. ATUALIDADE A reação deve ser contemporânea à ação, sob pena da primeira falta estar perdoada por ausência de punição tempestiva. Logo, se o empregador bate no empregado e este imediatamente reage agredindo-o da mesma forma, teremos um caso de culpa recíproca. NEXO DE CAUSALIDADE É necessário que haja uma relação de causa e efeito ou de ação e reação, isto é, um nexo causal entre a falta praticada pelas partes. A culpa recíproca depende deste requisito. INDISCIPLINA - CARACTERIZAÇÃO - DESPROPORÇÃO ENTRE A FALTA E A PUNIÇÃO - CULPA RECÍPROCA. Extrai-se do quadro fático descrito pelo Regional que o reclamante, integrante da CIPA, cometeu ato de indisciplina, ao usar luvas de pelica para executar trabalho de risco (equipamento de alta tensão - 220-380w), mesmo sabedor de que as luvas adequadas seriam as de borracha, e a reclamada, igualmente, deixou de fiscalizar e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho (art. 156, I, da CLT). Reclamante e reclamada tinham plena consciência de que a prestação de serviços, com o uso regular de EPIs e a sua plena fiscalização, constituem obrigações, que, jamais, poderiam ser olvidadas, para que o Brasil e seus trabalhadores deixem a posição, lamentável, de destaque entre os países com maior número de acidentes do trabalho. Nesse contexto, tem-se por configurada a culpa recíproca, como motivadora da extinção do contrato de trabalho, nos termos do que dispõe o art. 484 da CLT, c/c a Súmula nº 14 desta Corte. Recurso de revista parcialmente provido. (RR - 45440-18.2004.5.04.0721 , Relator Ministro: Milton de Moura França, Data de Julgamento: 23/11/2011, 4ª Turma, Data de Publicação: DEJT 09/12/2011) Empregado desaparece da empresa, sem qualquer comunicação. Empregador percebe o fato e nenhuma medida toma. Dois anos depois, o trabalhador ajuíza reclamação trabalhista alegando que desapareceu da empresa porque considerou o contrato rompido por justa causa por falta de pagamento dos salários dos três últimos meses do contrato. Portanto, estava reagindo à falta do empregador. Na contestação, o patrão confirma o não pagamento dos três últimos salários e argui abandono de emprego. Em depoimento, as partes confessam que não comunicaram à outra a extinção nem a penalidade. Do exemplo acima, percebe-se que tanto empregado quanto o patrão não puniram tempestivamente um ao outro, perdoando as respectivas faltas, pois esperaram dois anos para arguirem, em juízo, a penalidade. Qual seria a solução para o caso? A hipótese apresenta duas faltas graves, a primeira, praticada pelo patrão – não pagamento dos salários; a segunda, peloempregado – abandono do serviço; a segunda foi praticada como reação à primeira, logo, houve nexo de causalidade. A reação foi contemporânea à primeira falta. As faltas são proporcionais. Portanto, houve culpa recíproca. (Cassar, Vólia Bomfim, Direito do Trabalho. – 9.ª ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro :Forense; São Paulo: Método, 2014). VERBAS RESCISÓRIAS TÉRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO POR CULPA RECÍPROCA Saldo de salário Férias integrais + 1/3 constitucional 50% Férias Proporcionais + 1/3 constitucional (art. 146 da CLT e Súmula 14, TST) 50% do 13º Proporcional (Súmula 14, TST) 50% do Aviso Prévio (Súmula 14, TST) Guias para saque do FGTS (artigo 20 da Lei 8.036/90) Indenização compensatória de 20% sobre os depósitos do FGTS (art. 18, §2º, Lei nº 8.036/90) VERBAS DEVIDAS NA EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO NO DO PRAZO AJUSTADO - NORMAL Saldo de Salário Férias vencidas e/ou proporcionais + 1/3 constitucional (artigo 146 da CLT) 13º Salário Proporcional (Leis 4.090/60 e 4.749/65) Guias para saque do FGTS (artigo 20 da Lei 8.036/90) Indenização dos Artigos 479 ou 480, CLT, se o contrato não contiver a cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão – Se contiver a cláusula haverá o pagamento do Aviso Prévio (art. 481, CLT e S. 163 do TST) Saldo de salário Férias vencidas e/ou proporcionais + 1/3 constitucional (art. 146, CLT) 13º salário proporcional (Leis 4.090/60 e 4.749/65) Guias para saque do FGTS (artigo 20 da Lei 8.036/90) Indenização compensatória 40% do FGTS (art. 14 do Decreto 99.684/90 c/c IN-FGTS n° 3/96, III, item 4, b) Guias do seguro desemprego (Lei 7.998/90 – Observar as alterações da MP 665/14) V ER B A S D EV ID A S N A E X TI N Ç Ã O D O C O N TR A TO D E TR A B A LH O P O R P R A ZO D ET ER M IN A D O A N TE S D O P R A ZO A JU ST A D O - A N TE C IP A D A M EN TE Multa do art. 477 da CLT - Na rescisão antecipada dos contratos por prazo determinado, sem aviso prévio, o prazo aplicável para quitação das verbas rescisórias é o previsto no art. art. 477, § 6º, b, da CLT. Recorrente: Jair Junior Esposito Bittencourt Recorrido: Vega Engenharia Ambiental S/A Relatora: Giselle Bondim Lopes Ribeiro (TRT-1 - RO: 4890920125010343 RJ , Relator: Giselle Bondim Lopes Ribeiro, Data de Julgamento: 10/07/2013, Sétima Turma, Data de Publicação: 19-07-2013) RESCISÃO ANTECIPADA DE CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO. INDENIZAÇÃO DO ART. 479/CLT INDEVIDA. ART. 481/CLT. Havendo cláusula contratual que assegure o direito recíproco de rescisão antecipada do contrato de trabalho firmado por prazo determinado (art. 481/CLT), tal rescisão opera-se segundo os princípios que regulam a rescisão de contrato por prazo indeterminado, restando afastada a incidência da indenização na forma prevista no art. 479 da CLT. Negado provimento ao recurso. (TRT-18 2092201010118009 GO 02092-2010-101-18-00-9, Relator: PAULO PIMENTA, Data de Publicação: DJ Eletrônico Ano IV, Nº 218 de 07.12.2010, pág.41.) FACTUM PRINCIPIS FORÇA MAIOR TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO POR FATO OU ATO INDEPENDENTE DA VONTADE DAS PARTES FORÇA MAIOR Art. 501, CLT – é o acontecimento inevitável, imprevisível, em relação a vontade do empregador e para a realização do qual este não concorreu direta ou indiretamente. O fato tem que afetar substancialmente a empresa. A imprevidência do empregador exclui a força maior (§1º, art. 501,CLT). Esta força maior é a que extingue a empresa. Exemplos: incêndio, inundação, etc. A aplicação direta, pelo empregador do art. 503 da CLT não mais é admitida em face da garantia de intangibilidade dos salários prevista no art. 7° inciso VI da CRFB/88 100% Saldo de salário 100% 13º Salário Proporcional (Leis 4.090/62 e 4.749/65) 100% Férias integrais e/ou proporcionais + 1/3 constitucional (art.146 da CLT) Guias para saque do FGTS (Lei 8.036/90) Indenização compensatória de 20% sobre os depósitos do FGTS (art. 18, §2º, Lei nº 8.036/90) – METADE Guias do seguro desemprego (Lei 7.998/1990 – Observar alterações da Medida Provisória 665/14) NÃO É DEVIDO O AVISO PRÉVIO VERBAS DEVIDAS DECORRENTES DO TÉRMINO DO CONTRATO POR FORÇA MAIOR (ARTIGO 502 DA CLT) Número do documento: 00311005620075010201 Tipo de processo: Recurso Ordinário Data de publicação: 23/02/2010 - DEJT Órgão julgador: Terceira Turma – TRT 1ª Região Relator: Jorge Fernando Gonçalves da Fonte Ementa: Força maior. Pagamento de verbas rescisórias pela metade. Não obstante tenha sido comprovado o incêndio na loja matriz da reclamada, não existe prova de que tal evento tenha afetado, substancialmente, sua situação econômico-financeira. Desse modo, não se aplicam as disposições insertas no Capítulo VIII, da CLT, mormente no que se refere ao inciso II do artigo 502. Sentença mantida no particular. OCORRÊNCIA DE FORÇA MAIOR. A força maior decorre de um ato emanado de outrem, alheio à vontade do empregador e sem sua concorrência. A mera alegação da reclamada de dificuldade financeira em virtude da falta de cumprimento dos contratos firmados com o governo do Distrito Federal, além de desacompanhada de prova não se insere no conceito jurídico de força maior. (TRT-10 - RO: 615201101110006 DF 00615-2011-011-10-00-6 RO, Relator: Desembargadora Maria Regina Machado Guimarães , Data de Julgamento: 28/03/2012, 1ª Turma, Data de Publicação: 13/04/2012 no DEJT) FORÇA MAIOR. ENCHENTES. Provado nos autos que a empresa teve que encerrar suas atividades em razão de catástrofe natural, caracterizando a força maior de que trata o art. 501 da CLT, as verbas rescisórias serão devidas ao empregador na forma do que dispõe o art. 502 do referido Diploma. (TRT-12 - RO 00674-2009-052-12-00-4, Relator Edson Mendes de Oliveira, Data do Julgamento 29/07/2010, 2ª Turma, Data da Publicação: 04/08/2010 no DEJT) Factum Principis Artigo 486 da CLT - No caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato de autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolução que impossibilite a continuação da atividade, prevalecerá o pagamento da indenização, que ficará a cargo do governo responsável. § 1º - Sempre que o empregador invocar em sua defesa o preceito do presente artigo, o tribunal do trabalho competente notificará a pessoa de direito público apontada como responsável pela paralisação do trabalho, para que, no prazo de 30 (trinta) dias, alegue o que entender devido, passando a figurar no processo como chamada à autoria. § 2º - Sempre que a parte interessada, firmada em documento hábil, invocar defesa baseada na disposição deste artigo e indicar qual o juiz competente, será ouvida a parte contrária, para, dentro de 3 (três) dias, falar sobre essa alegação. § 3º - Verificada qual a autoridade responsável, a Vara do Trabalho ou Juiz dar- se-á por incompetente, remetendo os autos ao Juiz Privativo da Fazenda, perante o qual correrá o feito nos termos previstos no processo comum. FACTUM PRINCIPIS CASAS DE BINGO. ART. 486 DA CLT. INOCORRÊNCIA. Para que possamos aplicar o art. 486 da CLT a um caso concreto, o factum principis deve surgir alheio à vontade da empresa, não podendo ter sido provocado por ela própria. Sabedoras de que funcionavam de modo precário, uma vez que discutível a licitude de suas atividades, as casas de jogos (bingos) não se enquadram na figura. No caso, a própria empresa colaborou para a ocorrência do fechamento e não há como entender caracterizado o motivo de força maior. TRT/SC – Processo:01591.2004.004.12.00.4 – Rel. Designada: Juíza Lígia M. Teixeira Gouvêa. DJ/SC 13/07/2005. Extinção da empresa – falência - fechamento da empresa: em todos esses casos, o empregado fará jus a todos os direitos trabalhistas, pois os riscos do negócio pertencem ao empregador. TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO POR MOTIVO DE MORTE •Morte do empregado – extingue o contrato de trabalho, epessoalidadem razão da falta o requisito da. Equivale ao pedido de demissão sem necessidade de aviso prévio. • Os dependentes ou sucessores farão jus as verbas rescisórias devidas no pedido de demissão além do levantamento dos depósitos do FGTS – art. 20, IV, da Lei nº 8.036/90. Morte do Empregador pessoa física – não extingue o contrato de trabalho. O que extingue o contrato é a cessação da atividade. Se a atividade continuar com os sucessores do empregador falecido, nada muda no contrato de trabalho. APOSENTADORIA ESPONTÂNEA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ: NÃO EXTINGUE O CONTRATO – implica na suspensão do contrato de trabalho, nos termos do art. 475, da CLT. N O T A Aposentadoria Espontânea – se o empregado decidir não mais trabalhar em virtude da aposentadoria, ocorrerá a extinção do contrato de trabalho – Caracterizaria um Pedido de Demissão. Caso o empregado continue trabalhando após a concessão da aposentadoria - NÃO ocorre a extinção do contrato de trabalho – Na ADI nº 1721-3 o STF declarou a inconstitucionalidade do art. 453,§2º, CLT. OJ 361, SDI-I, TST ADIn. 1721-3. Rel. Min. Ilmar Galvão Declarou a inconstitucionalidade do § 2o. do art. 453 da CLT, em 11.10.2006. (Efeito Vinculante) OJ-361 da SDI-I do TST: “A aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de trabalho se o empregado permanece prestando serviços ao empregador após a jubilação. Assim, por ocasião da sua dispensa imotivada, o empregado tem direito à multa de 40% do FGTS sobre a totalidade dos depósitos efetuados no curso do pacto laboral.” (DJ 20, 21 e 23.05.2008) ATUAL ENTENDIMENTO Artigo 475 da CLT - O empregado que for aposentado por invalidez terá suspenso o seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pelas leis de previdência social para a efetivação do benefício. § 1º - Recuperando o empregado a capacidade de trabalho e sendo a aposentadoria cancelada, ser-lhe-á assegurado o direito à função que ocupava ao tempo da aposentadoria, facultado, porém, ao empregador, o direito de indenizá-lo por rescisão do contrato de trabalho, nos termos dos arts. 477 e 478, salvo na hipótese de ser ele portador de estabilidade, quando a indenização deverá ser paga na forma do art. 497. § 2º - Se o empregador houver admitido substituto para o aposentado, poderá rescindir, com este, o respectivo contrato de trabalho sem indenização, desde que tenha havido ciência inequívoca da interinidade ao ser celebrado o contrato. Durante a aposentadoria por invalidez o empregador deve continuar a fornecer o plano de saúde ou assistência médica que vinha concedendo, já que é exatamente neste momento que mais precisa da benesse – Súmula nº 440 do TST. Súmula nº 440 do TST AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. RECONHECIMENTO DO DIREITO À MANUTENÇÃO DE PLANO DE SAÚDE OU DE ASSISTÊNCIA MÉDICA - Assegura-se o direito à manutenção de plano de saúde ou de assistência médica oferecido pela empresa ao empregado, não obstante suspenso o contrato de trabalho em virtude de auxílio-doença acidentário ou de aposentadoria por invalidez. O artigo 18 da Lei no. 8.213, de 24 de julho de 1991, que regula o Plano de Benefícios da Previdência Social, nos termos do art. 202 da CRFB/88, prevê quatro causas de aposentadoria do trabalhador autônomo ou subordinado: a) aposentadoria por invalidez; b) aposentadoria por idade; c) aposentadoria por tempo de contribuição; d) aposentadoria especial A aposentadoria pode ser compulsória (quando requerida pelo empregador aos 70 anos do empregado, se homem e, 65 anos, se mulher e desde que o empregado complete o período legal mínimo de carência para ser deferida, rompe o contrato por iniciativa do patrão, que deverá pagar todas as parcelas resilitórias, como se fosse uma despedida imotivada – art. 51 da Lei nº 8.213/91.s de idade) ou voluntária (requerida por iniciativa do empregado), tendo efeitos diversos no contrato de trabalho. A aposentadoria voluntária por idade ocorre quando a iniciativa é do empregado que atingir o limite legal (65 anos para o homem, 60 para a mulher, no trabalho urbano, ou no trabalho rural. – ARTIGO 48 DA Lei 8.213/91 A aposentadoria voluntária por tempo de contribuição pode ocorrer quando o segurado (urbano ou rural) completar 25 (vinte e cinco) anos de serviço, se do sexo feminino, ou 30 (trinta) anos, se do sexo masculino. ARTIGO 52 da Lei 8.213/91. APLICANDO O CONHECIMENTO – QUESTÃO OBJETIVA Assinale a opção correta: a) A morte do empregado equivale ao pedido de demissão, sendo cabível, inclusive, o aviso prévio b) Resilição é a expressão utilizada para a extinção do contrato de trabalho por dispensa por justa causa; c) Na extinção do contrato por força maior, o empregador tem que pagar a indenização equivalente à metade da que seria devida na hipótese de dispensa sem justa causa; d) Resolução é a expressão utilizada para a extinção do contrato por iniciativa de qualquer das partes, sem justa causa; APLICANDO O CONHECIMENTO – CASO CONCRETO Gabriel Antonio foi contratado em 18/10/2008 pela empresa Alfa Ltda., empresa prestadora de serviços, que fornecia mão-de-obra de serviços gerais para o Município de Fortaleza - Ceará. Em 17/08/2010 a empresa Alfa Ltda. fechou as portas, sob a alegação de que o Município não havia repassado os valores ajustados no contrato firmado o que, segundo alegou, impossibilitou a continuidade do negócio. Gabriel jamais usufruiu férias. Diante do caso apresentado responda justificadamente: a) É possível enquadrar o rompimento contratual como factum principis ou motivo de força maior? Justifique. b) Discrimine as verbas rescisórias devidas ao Gabriel em virtude do término contratual. Após ter completado 25 (vinte e cinco) anos de trabalho na empresa Gama Ltda, Pedro Paulo conseguiu junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) o deferimento de sua aposentadoria por tempo de contribuição, que somando ao período prestado para outras empresas, completou o tempo de contribuição exigido pela Autarquia Federal para a concessão da aposentadoria voluntária. No entanto, embora Pedro Paulo tenha levantado os valores depositados no FGTS, em razão da aposentadoria, não requereu seu desligamento da empresa, por não conseguir sobreviver com os proventos da aposentadoria concedida pelo INSS, porque seus valores são ínfimos e irrisórios. Assim, permaneceu no emprego trabalhando por mais 5 (cinco) anos, quando foi dispensado imotivadamente. Diante do caso apresentado, responda justificadamente: A) A aposentadoria espontânea extingue o contrato de trabalho quando o empregado continua trabalhando após a aposentadoria? Justifique indicando a jurisprudência do TST e do STF sobre a matéria. B) A indenização compensatória de 40% do FGTS incide sobre todo o contrato de trabalho, ou somente no período posterior à aposentadoria? APLICANDO O CONHECIMENTO – CASO CONCRETO (OAB/FGV, ADAPTADA) Em razão de forte enchente que trouxe sérios prejuízos à localidade, houve o encerramento das atividades da empresa Boa Vida Ltda., que teve seu estabelecimento totalmente destruído pela força das águas. Diante dessa situação hipotética, com relação aos contratos de trabalho de seus empregados, assinalea alternativa correta. a) O encerramento da atividade empresarial implicará a resilição unilateral por vontade do empregador dos contratos de trabalho de seus empregados. b) Os empregados têm direito à indenização compensatória de 20% (vinte por cento) sobre os depósitos do FGTS. c) Os empregados não podem movimentar a conta vinculada do FGTS. d) O contrato foi rompido por justa causa e o empregador deverá pagar todas as verbas rescisórias como se a rescisão tivesse ocorrido sem justa causa.
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