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Trabalho O caçador de Pipas

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RESENHA
Amir, personagem principal, é quem narra o livro, começando a contar sobre sua infância. Ele era rico, tinha empregados. Hassan, filho de Ali, (os dois eram empregados do pai de Amir) passava a maior parte do tempo com Amir. Hazara, segundo o livro, é uma etnia do Afeganistão que trabalha como serviçais, apenas. Hassan e seu pai eram Hazaras. Os dois meninos de “raças” diferentes soltavam pipas juntos, brincavam juntos e Amir lia para Hassan, pois o Hazara não sabia escrever e nem ler.
Havia uma competição de pipas, em Cabul, local onde se passa longa parte do livro. Algumas crianças dos arredores, tentavam cortar as pipas dos outros e empinavam as suas. Vencia quem era dono da última pipa que sobrasse. Todas as pipas que eram cortadas e saiam voando servia como prêmio para as crianças participantes. Eles levavam para casa as pipas que conseguissem pegar. Hassan era excelente em caçar pipas, ele nem olhava para o céu, porém sabia onde a pipa cairia. Durante uma dessas caças a uma pipa, Hassan e Amir se perdem um do outro, e eles nem sabem que algo vai transformar a vida dos dois para sempre. Hassan foi abusado sexualmente por Assef, que estava acompanhado de mais dois amigos (Assef, alguns dias antes tinha sido desafiado por Hassan e considerou aquilo como insulto, e resolveu se vingar). Amir encontra-os, e fica observando aquela cena em silêncio e escondido. Durante toda sua vida a culpa de não ter socorrido seu amigo, o atormenta. 
 	Durante os próximos dias, Amir foi covarde e afastou-se de seu amigo: não sorria, não brincava, ficava calado. Menino Amir sentiu-se culpado, pois não ajudou seu amigo. Mesmo assim, ele armou um plano para Ali, pai de Hassan ser demitido: plano concluído com sucesso!
 	A história avança para 10 anos à frente: fuga de Amir, e baba, seu pai, para fora de Cabul, e logo após para os Estados Unidos (fora de seu país). O motivo da fuga foi a crise política no Afeganistão: pessoas morrendo no meio das ruas, tiroteios, o Talibã impondo regras para as pessoas de comportarem de maneiras muito rígidas.
 	Desde criança Amir era incentivado pelo sócio de seu pai, Rahim Khan, à ler e criar histórias. E, no Estados Unidos, Amir fazia faculdade para ser escritor, e seu pai sendo frentista em um posto de gasolina. Amir casou-se com Soraya, porém os dois não conseguiam ter filhos, e ele concluiu que isso era um castigo de Deus por sua disciplina com Hassan quando criança. É constatado câncer terminal em baba, e ele vem há óbito algum tempo depois. Amir, encontra uma maneira de se libertar de sua culpa e recuperar o tempo perdido com Hassan, quando Rahim Khan liga para Amir e pede para ele voltar ao Afeganistão. Amir, em uma visita ao ex-sócio de seu pai, descobre que Hassan morreu baleado juntamente com sua esposa, deixando para trás um filho. Amir resolve atender o pedido de Rahim e resolve salvar o filho de Hassan, o qual ele descobre que é seu sobrinho. Ele busca seu sobrinho e leva-o para cria-lo nos Estados Unidos, juntamente com Soraya, sua esposa. 
 	A escrita do autor é um pouco diferenciada, pois ele acrescenta em sua história termos da língua árabe, e em algumas vezes eram imediatamente traduzidos. O livro “O Caçador de Pipas “, de Khaled Hosseini quando pego para primeira leitura possa ficar confuso no início, por conta dessa pequena mistura de língua, mas isso não impede o entendimento do contexto.
 	O enredo do livro é emocionante em vários momentos, principalmente no final dele. A história não termina com “felizes para sempre”, ela acaba sendo concreta, verdadeira. No final, fiquei esperando que os personagens tivessem rumos felizes, pois sofreram muito durante toda a história, foi surpreendente para mim. História humana!
CAPÍTULO I: VERDADES PARA A VIDA
 	Khaled Hosseini, através de sua narrativa, nos faz conhecer um pouco da cultura afegã, o valor da verdadeira amizade, a dor e o peso de um verdadeiro arrependimento. Nos fez refletir sobre nossas ações diárias no cotidiano, de como elas podem influenciar o futuro de pessoas que estão a nossa volta, e também o nosso próprio futuro. 
 	No decorrer do livro, Khaled Hosseini fez com que os seus personagens nos deixasse transparecer muitos ensinamentos fundamentais. Uma frase marcante de Amir, que “desenrolou-se” ao longo do enredo: 
“Por você, faria mil vezes.” HOSSEINI, Khaled. (página 11)
 	 Essa frase é uma ótima reflexão de exemplo de bons amigos, nunca abandonar e desistir, lutar sempre. Hassan, cumpriu sua “promessa” com Amir: não o abandonou até mesmo quando Amir o incriminou e mentiu de um roubo que o garoto Hazara não tinha cometido. Amir sabia que tinha traído seu amigo com essa acusação, porém Hassan o salvou novamente, a última vez. É assim que deve ser durante toda a vida, lealdade com os que estão em nossa volta, cumprir promessas feitas, não desistir do companheiro.
 	Baba, pai de Amir, também foi protagonista de um importantíssimo ensinamento sobre verdades para a vida:
- Ótimo – disse baba, mas seus olhos continuaram em dúvida. – Bem, não importa o que ensine esse mulá, só existe um pecado, um só. É roubar. Qualquer outro é uma variação do roubo. 
Entende o que estou dizendo? [...]
- Quando você mata um homem, está roubando uma vida – continuou baba. – Está roubando da esposa o direito de ter um marido, roubando um pai dos filhos. Quando você mente, está roubando de alguém o direito à justiça. Entendeu? HOSSEINI, Khaled (página 26)
 	Esse pequeno trecho do livro, relatado por baba, é verídico. Realmente, todas as pessoas, independente de cor ou classe social, têm o direito de saber a verdade, seja a situação que for. No contexto da história de Hosseini, esse conselho de baba não foi válido para Amir, seu filho. Amir, roubou o direito de seu amigo Hassan, de tentar ter uma vida digna no lugar onde passou sua infância e se sentia bem, junto com as pessoas que ele gostava. Amir roubou sua própria “consciência”, pois ficou com ela abalada durante toda sua vida, por ter roubado o direito de Hassan, citado acima. Trapaceou baba, Ali, Rahim Khan, e principalmente seu fiel amigo, Hassan, e à si próprio – tirou-lhes o direito de justiça. 
 	No decorrer do livro, há variações de preceitos. Todos muitos úteis para o leitor absorver e tornar-se uma pessoa melhor em seu cotidiano.
CAPÍTULO II: AS CORRENTES RELIGIOSAS ISLÂMICAS
 	Amir era um menino Sunita, diferentemente de seu amigo Hassan, que era Xiita. Estiveram muito tempo em conflito por apresentarem divergências políticas. Há diferenças entre os dois grupos, porém são mais acentuadas nos rituais, teologia, doutrina, lei e organizações religiosas. Misturam-se pouco entre si, embora exista exceções, acontecendo casamento entre Sunitas e Xiitas. 
 	Os Sunitas “veneram todos os profetas mencionados no Corão, mas veem Maomé como o profeta derradeiro.” Os Sunitas, que eram a maior parte, cerca de 90%, acreditam que o califa (chefe de Estado e sucessor de Maomé) deveria ser eleito pelos muçulmanos.
 	Os Xiitas são do partido de Ali, genro do profeta Maomé, que por fim foi assassinado. Grupo mais tradicionalista, conservando as tradições do livro sagrado, seguindo corretamente as antigas interpretações do Alcorão e da Sharia. Reivindicaram o direito de Ali e de seus descendentes de guiar a comunidade islâmica. Eles seriam cerca de um décimo do total de muçulmanos entre 120 e 170 milhões. São a maioria em Iraque, Bahrein, Irã, Azerbaijão, e também grandes comunidades deles no Afeganistão, índia, entre outros.
 	Esses dois grupos separaram-se logo após a morte de Maomé, em uma disputa. A disputa foi por quem lideraria a comunidade muçulmana.
 	No Afeganistão e Paquistão, local onde se passa grande parte do enredo do livro, são onde os sunitas “Linha-dura”, como o Talibã atacam com frequência lugares de fé Xiita.
 	Infelizmente o final da história de violência entreesses dois grupos está bem longe de ser resolvida.
CAPÍTULO III: AS RAÍZES OU MOTIVAÇÕES PARA O TERRORISMO
 	Em 1979, o Afeganistão, local onde se passa grande parte da história de Khaled Hosseini, foi invadido por saldados da União Soviética. Esses 100 mil soldados estavam muito bem equipados. Usavam tanques e veículos blindados, armas de grande porte. Como o governo do Afeganistão não poderia competir com os soviéticos, pois não tinham os mesmos equipamentos potentes, tiveram que “render-se”.
 	Esse conflito entre a União Soviética e o povo afegão durou longos 9 anos: de 1979 até Maio 1988 quando começaram a sair do país, finalizando essa retirada em fevereiro de 1989. Muitos dizem que União Soviética teve grande prejuízo com a ousadia de invadir totalmente o Afeganistão, e por conta disso, em 1991 aconteceu a queda.
 	Nos anos 1990, o Afeganistão foi “libertado” das tropas soviéticas. A partir daí, várias facções brigavam para ter o controle da nação. O Talibã surgiu em 1994, sendo liderado por Mullah Mohammad Omar. Os Pashtun, etnia de Amir e baba, formam a maior parte dos participantes do Talibã. Esse povo lutou contra a invasão soviética, o imperialismo britânico e hoje se dedica a combater a intervenção do ocidente na região. 
 	Uma grande parte das pessoas que residiam na região, era à favor do Talibã, pois foram eles que depois das guerras trouxeram paz àquele povo, segurança e combateu também a intervenção do ocidente na região.
 	Embora que no início fosse muito bom ter a presença do Talibã no Afeganistão, com o tempo eles mantiveram outra conduta contraditória à que estavam tendo: proibiram a mídia, como por exemplo o cinema e televisão, executavam pessoas publicamente... 
 	Foi depois dessa reviravolta das atitudes do Talibã que veio a morte de Hassan e sua esposa. Pois, o Talibã queria tomar conta da casa antiga de Amir, por achar que Hassan estava morando lá. Iriam proibir o amigo de infância de Amir morar lá por ele ser de outra etnia, ele era Hazara.
 	Os Talibãs continuam com sua luta na clandestinidade após o Estados Unidos querer tira-los do poder, pois acreditavam que os Talibãs defenderam Osama Bin Laden no ataque às Torres Gêmeas em 2001.
 	Essa pequena história relatada acima referente ao Afeganistão, é apenas o começa de uma sangrenta e longa guerra civil, cobrando tributos altíssimos até os dias de hoje.
CAPÍTULO IV: DIVISÕES DE CLASSES
 	No livro “O Caçador de Pipas”, de Khaled Hosseini, relata a história de Amir e Hassan: garotos de classes sociais diferentes, relatando também a diferença entre dois povos, Pashtun, etnia de Amir e Hazara de Hassan.
 	As pessoas que fazem parte do povo Hazara tem características físicas diferentes dos outros: olhos amendoados, pele mais clara do que a outra etnia predominante afegã, maçãs do rosto bem acentuadas.
 	Eles residem, normalmente, na região central do Afeganistão. Eles se dizem descendentes dos soldados mongóis e de seu líder, Gengis Khan. A maior parte deles são muçulmana xiita, vivendo em um país onde se encontra em grande maioria muçulmanos sunitas. São os Hazaras que fazem os trabalhos indesejáveis. Esse povo sempre foi perseguido por terem traços asiático, sofrendo discriminação étnica dentro do próprio país. Os sunitas viam os Hazaras como pessoas que deveriam morrer por serem infiéis. Hoje em dia um Hazara é um dos vice-presidentes do país, e isso fez com que esse povo começasse a criar seu próprio lugar: crianças vão à escola, ganham empregos públicos, tem acesso à universidade, e diversas outras atividades e direitos.
 	Os Pashtun tem um língua própria, praticam o islamismo. Esse povo foi muito importante no combate da invasão da União Soviética no Afeganistão, do ano de 1979 a 1989, período que foi descrito no livro. 
 	A reconstrução do Afeganistão foi graças aos modernos Pashtuns, também. Esse grupo também participou na quedo do Talibã, no ano de 2001. Porém, as tribos Pashtun, juntamente com o Talibã, no Sul do Afeganistão reconquistaram influência formando a segunda maior comunidade do Paquistão. 
 
CAPÍTULO V: ESTUDO DOS PERSONAGENS
 	O livro de Khaled Hosseini “O Caçador de Pipas”, relata a história de dois meninos afegãos na década de 70 até a fase adulta dos dois meninos protagonistas: Amir e Hassan. Os dois amigos apresentavam diversas diferenças, sendo elas físicas, e principalmente emocionais. Os dois também tinham etnias opostas: Amir, era da etnia Pashtun, e seu amigo inseparável Hassan sofria por discriminação, implicância e preconceitos por ser um garoto Hazara.
 	Hassan morava junto com seu pai, Ali. Os dois tinham uma pequena residência no pátio da casa de baba, pai de Amir. Pai e filho eram domésticos da mansão, porém eram considerados por Amir e baba como se fossem da família, pois os quatro gostavam muito de cada um.
 	As pessoas Hazaras tinham uma aparência diferenciada das demais pessoas que moravam em Cabul e fossem da etnia Pashtun:
[...] tremulando em seu rosto quase perfeitamente redondo, como o de um boneco chinês entalhado em madeira: nariz largo e achatado, os olhos estreitos e amendoados como folhas de bambu, olhos que pareciam, dependendo da luz, dourados, verdes, até cor de safira. Ainda posso ver suas orelhas baixas e a ponta do queixo, um apêndice carnudo que parecia ter sido acrescentado no último momento. E o lábio fendido, um pouco à esquerda do meio, onde o instrumento do fabricante do boneco chinês pode ter resvaldo, ou talvez ele estivesse simplesmente cansado e se descuidou. HOSSEINI, Khaled (página 13)
 	Hassan, era muito humilde, simples, não preocupava-se com bens materiais, dava muita importância para o que a pessoa era, e não pelo o que a pessoa tinha. Não era ambicioso, porém, cuidava muito bem do que tinha e das pessoas que mantinha por perto. O garoto Hazara era inocente, e muitas vezes não percebia um pouco da maldade que seu amigo Amir o tratava e, mesmo assim, ele preservava a lealdade que tinha na relação com seu companheiro. Mesmo a lealdade muitas vezes não sendo recíproca. 
 	Hassan sempre queria ver brilho nos olhos de felicidade e um sorriso nos lábios de seu parceiro, querendo sempre o bem para ele, deixa-lo feliz. Adorava caçar as pipas nos campeonatos para mostrar e entregar para Amir, e sempre quando agradava-o dizia: “Por você, faria isso mil vezes”. E, Hassan cumpriu essa “promessa” com seu amigo Pashtun até o final de sua vida, dando-lhe toda sua lealdade mesmo não sendo retribuído de forma justa. 
 	Amir, demonstrava ser temeroso em alguns momentos de sua infância. Assef, era inimigo da dupla de amigos, e sempre que se encontravam, Assef intimidava-os, principalmente Hassan, por sua etnia Hazara. E, Amir nunca defendia seu companheiro, pelo contrário, ele falava para Assef, seu oponente que Hassan era apenas filho do empregado que trabalhava em sua casa. Ele não importava-se com o sentimento de seu parceiro quando escutava isso dele, apenas não queria admitir para Assef que era melhor amigo de seu empregado. 
 	Amir tornava-se muitas vezes egoísta por não receber a atenção que sempre desejava de baba. Ficava muito sentido por seu pai não lhe entender, não escutar, e até por baba ser ríspido, em alguns momentos.
 	O garoto Pashtun não importava-se muito com esportes, porém seu baba incentivava-o. O que o menino realmente gostava de fazer era empinar pipas e de escrever. Escrevia ótimas história, e tornou-se escritor quando adulto. Na infância, Amir lia para Hassan suas histórias, logo após terminar de escreve-las. 
 	No último campeonato de pipas que os dois garotos participaram, Hassan foi estuprado. Foi quando o garoto Hazara saiu para caçar a última pipa para dar de presente para seu amigo. Ele foi encurralado num beco, não muito distante de sua casa, por Assef e sua turma, que por injustiça eram meninos mais velhos, adolescentes econsequentemente um pouco mais fortes do que a dupla de amigos, Hassan e Amir. Os inimigos fizeram isso pois queriam se vingar de Hassan, pois queriam obriga-lo a entregar-lhes a pipa, porem o pedido foi negado. Amir encontrou-lhes no momento que seu companheiro estava sendo abusado sexualmente, porém, ficou escondido atrás de uma parede e, apenas ficou observando através de uma pequena fresta. Hassan percebeu que estava sendo reparado por Amir, e ficou muito triste por seu amigo não ter reagido ao ver aquela cena tão dolorosa, humilhante, lastimosa e infeliz.
 	Amir sentiu-se culpado por não ter reagido e socorrido seu companheiro. E, para não dar desgosto para baba, evitava ter contato com seu parceiro e armou um plano para Hassan e Ali serem despedidos e irem embora. Assim, ele não iria encontra-los todos os dias em sua casa, e consequentemente não relembrar da cena do estupro do menino Hazara para fazer com que sua culpa não se torne mais forte diariamente. 
 	Hassan foi embora com seu pai, que alguns anos depois acabou falecendo. Já homem, Hassan casou-se, teve um filho e morava em uma pequena casa com sua família.
 	Amir, teve que mudar-se para os Estados Unidos com baba, por causa da Guerra que iniciou no Afeganistão. Ele entrou na faculdade para tornar-se escritor, conheceu uma moça, chamada Soraya, e casou-se com ela. 
 	Diferentemente de Hassan, Amir não conseguiu ter filhos juntamente com sua esposa. O Pashtun considerou que isso fosse um castigo pelo o que ele fez com seu melhor amigo da infância. Porém, tentou recuperar o tempo perdido, quando em uma visita à Rahim Khan, ele pediu que Amir voltasse ao Afeganistão. Só que, já era tarde demais, Hassan foi morto, juntamente com sua esposa, baleado. Mesmo assim, Amir volta à Cabul, sua cidade natal e resgata o filho de Hassan, e nesse meio tempo ele descobre que era seu sobrinho. Trouxe seu ente para morar nos Estados Unidos, e criou o garoto. 
 	Enfim, passaram-se anos e Amir deixou a prepotência e orgulho de lado, e tornou-se um homem simples, de caráter. 
 	As diferenças que encontra-se nos dois amigos não impediu que fossem melhores amigos durante toda a infância, e muito menos de aproveitarem tudo o que tinham que aproveitar. Foram inseparáveis. Ambos entendiam o lado do outro, referente ao comportamento que tinham. 
CONCLUSÃO
 	Contudo, é nitidamente visto que, “O Caçador de Pipas”, de Khaled Hosseini mostra a cultura no Afeganistão, contando também o quanto vale uma verdadeira amizade, consequentemente fazendo com que o leitor tenha uma profunda reflexão sobre o valor que é dado para os bens materiais que se tem e, às pessoas próximas. Isso, muitas vezes acaba passando despercebido, mesmo sendo muito importante em relacionamentos.
 	O enredo varia entre a realidade e a ficção. Mostrando-nos como há mudança na vida, e como todos podem mudar com ela, enfrentando defeitos e medos, encarando com dignidade o passado, presente e futuro. 
 	Em algumas partes do livro acabei me emocionando, pois Khaled Hosseini é muito detalhista ao descrever cenários e principalmente momentos, sentimentos e emoções dos personagens. Todas as 350 páginas descritas do livro, é muito impressionante, além de trazer bons sentimentos aos leitores, ao mesmo tempo traz também, indignação, raiva, revolta.
 	O Livro mostra que nunca é tarde demais para sentir arrependimento, voltar atrás ao passado para tentar consertá-lo referente ao erro cometido, sendo ele pequeno ou gravíssimo. Foi o que aconteceu com Amir, quando voltou à Cabul para tentar recuperar o tempo perdido com seu fiel amigo de infância, Hassan, porém, já era tarde demais, Hassan morreu juntamente com sua esposa, boleados.
 	 A mentira tortura, maltrata internamente, abala o psicológico, separa pessoas, magoa o próximo e a si mesmo. Como é relatado por baba, no livro: quando uma pessoa mente, está roubando do outro indivíduo o direito de saber a verdade e, roubar é um pecado muito grave. A verdade muitas vezes pode ser mais doída do que a mentira, mas deve sempre prevalecer. 
 	A humildade e lealdade do garoto Hazara, Hassan, foi um ótimo modelo de vida. Ele nunca abandonou seu amigo Amir, mesmo ele estando errado ou culpando-o por um erro que não tinha cometido. Hassan foi exemplo de diversos fatores para os leitores do livro: lealdade, humildade, companheirismo, parceria.
	
BIBLIOGRAFIA
HOSSEINI, Khaled. O Caçador de Pipas. 1. Ed. São Paulo: Globo Livros, 2013. 352 p.
Disponível em: http://www.catolicadefortaleza.edu.br/wpcontent/uploads/2017/06/Em-nome-de-Deus-as-verdadeiras-ra%C3%ADzes-do-terrorismo-isl%C3%A2mico.pdf – Acesso em: 03 de Abril de 2018
Disponível em: http://www.politize.com.br/taliba-terrorismo/ - Acesso em: 04 de Abril de 2018 
Disponível em: https://www.infoescola.com/historia/guerra-do-afeganistao-1979/ - Acesso em: 04 de Abril de 2018
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Hazaras - Acesso de 08 de Abril de 2018
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pachtuns - Acesso em: 08 de Abril de 2018
Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160104_diferencas_sunitas_xiitas_muculmanos_lab - Acesso em: 06 de Abril de 2018

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