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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE DIREITO ANA LUIZA MACIEL DE SOUZA ALEX ALVES FREDSON OLIVEIRA MATHEUS FERNANDES BRENDA HENILLE MÁRCIO MEDEIROS TATIANA CASTRO A NATUREZA JURÍDICA E AS IMPLICAÇÕES DA COBRANÇA DE PEDÁGIOS EM TRÊS VIAS QUE CIRCUNDAM A CIDADE DE CAMAÇARI E REGIÃO METROPOLITANA. CAMAÇARI – BA 2014 ANA LUIZA MACIEL SOUZA ALEX ALVES FREDSON OLIVEIRA MATHEUS FERNANDES BRENDA HENILLE MÁRCIO MEDEIROS TATIANA CASTRO A NATUREZA JURÍDICA E AS IMPLICAÇÕES DA COBRANÇA DE PEDÁGIOS EM TRÊS VIAS QUE CIRCUNDAM A CIDADE DE CAMAÇARI E REGIÃO METROPOLITANA Artigo para a disciplina: Seminário Interdisciplinar de Pesquisa I, ministrada pela Prof. Clara Lourido, do Curso de Bacharelado em Direito, do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias – Campus XIX da Universidade do Estado da Bahia. Orientador (a): Prof. Nilson Gimenes. CAMAÇARI – BA 2014 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 02 2 A NATUREZA JURIDICA DO PEDÁGIO ........................................................ 03 3. CLASSIFICAÇÃO DAS CONCESSIONÁRIAS DE PEDÁGIO EM CAMAÇARI E REGIÃO METROPOLITANA ............................................................ 10 4.CONCLUSÃO ............................................................................................................. 11 5. REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 12 6. WEBGRAFIA ........................................................................................................... 13 7. ANEXO 01 ................................................................................................................ 14 AGRADECEMOS AOS PROFESSORES CLARA LOURIDO, PELA PACIÊNCIA E COMPREENSÃO, E NILSON GIMENES POR SER O NOSSO ORIENTADOR. A NATUREZA JURÍDICA E AS IMPLICAÇÕES DA COBRANÇA DE PEDÁGIOS EM TRÊS VIAS QUE CIRCUNDAM A CIDADE DE CAMAÇARI E REGIÃO METROPOLITANA ANA LUIZA MACIEL DE SOUZA 1 ALEX ALVES FREDSON OLIVEIRA MATHEUS FERNANDES BRENDA HENILLE MÁRCIO MEDEIROS ORIENTADOR: PROF. NILSON GIMENES Resumo: Este artigo tem a finalidade de discorrer sobre a natureza jurídica das vias “pedagiadas” em Camaçari e Região Metropolitana. Nas nossas leituras iniciais da Constituição Federal, encontramos no seu artigo 150 que trata “Das Limitações do Poder de Tributar”, inciso V: “estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público”. De acordo com a Constituição Federal, se administrado pelo Poder Público, o pedágio tem caráter tributário e, portanto, os valores cobrados para que os cidadãos trafeguem por determinadas vias devem ser considerados taxas. Por outro lado, de acordo com Supremo Tribunal Federal (STF), quando concessionado e devido à existência de via alternativa, os valores relacionados à cobrança de pedágio não devem ser considerados tributos (taxas), mas, um preço público, uma tarifa que assegura às concessionárias, recursos para a construção, manutenção e melhoramento das vias. Palavras chaves: Pedágio, Concessionária, Taxas, Tarifas, Via Alternativa. 1 Estudantes de graduação em Direito da universidade do Estado da Bahia - Campus XIX – Camaçari-Ba; Orientador professor Nilson Gimenes – Campus XIX: Uneb – Camaçari, 17/07/2014. 1. INTRODUÇÃO. Este trabalho tem a finalidade de discorrer sobre a natureza jurídica das vias “pedagiadas” em Camaçari e Região Metropolitana por meio da existência ou não de via alternativa, sem “esgotar” a discussão teórica a respeito deste assunto, utilizando para tal fim uma “revisão bibliográfica” e entrevistas com os usuários dos serviços de pedágios da região. “Uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), sobre o estado de conservação das estradas do país transforma em números uma realidade bastante conhecida dos motoristas brasileiros”. “A avaliação mostra que 69% da malha rodoviária do Brasil está em péssimo, ruim ou regular estado de manutenção. O principal fator responsável pela situação ruim das rodovias, segundo a pesquisa da CNT, é a má gestão dos recursos arrecadados com a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide)”. “Criada para garantir a manutenção da malha viária, a contribuição é utilizada em outras áreas da máquina pública”. Segundo a pesquisa, o estudo também compara as condições das estradas administradas e mantidas pela União à malha rodoviária gerida pela iniciativa privada a partir de concessões federais e estaduais. Em todos os requisitos analisados, as estradas pedagiadas levam vantagem sobre as rodovias mantidas pelo poder público. As características são analisadas segundo os níveis de conservação, segurança e conforto. 2 Para Bernardo Ribeiro de Moraes (2002): “o pedágio é um vocábulo que provém do latim (pedatus, a, um: que tem pés; pedacticum, onde põe o pé), também conhecido como taxa de pedágio, taxa de abertura e conservação de estradas ou taxa sobre circulação de veículos”. “Assim, a palavra pedágio indica o trânsito a pé (pes, pedis) e encontra-se ligada à autorização que se dá a uma pessoa para passar por um determinado trecho de caminho (estrada, túnel, ponte, calçada, canal etc.)”. “Nesse sentido, Moraes ainda esclarece que bastava a simples passagem pelos caminhos ou áreas predeterminadas, seja a pé (pedágio), a cavalo, através de barco (barcagem) ou de veículos (rodágio); para ser devido o pedágio”. 2 Pesquisa publicada pelo G1- Robson Bonin - em 28/10/09 - 11h03 - Atualizado em 29/10/09 - 08h04 Aurélio Ferreira Buarque de Holanda (1993, p. 285) define pedágio como “um tributo cobrado pelo direito de passagem por uma via de transporte terrestre, como uma estrada, uma ponte, um túnel etc.”, ou ainda, como “o posto fiscal encarregado de cobrar essa taxa; passagem”. Ainda sobre a definição do termo pedágio, Plácido e Silva (2004) explica que: Na terminologia jurídica, pedágio exprime propriamente a tributação ou taxação devida pela passagem por uma estrada ou rodovia, por uma ponte ou qualquer outro, onde o trânsito não se faça livre e gratuito. O pedágio pode ser cobrado pelo próprio governo ou por particular, em consequência da concessão, que lhe é atribuída pelo governo, a respeito de estradas ou vias de comunicação particular. O pedágio também é conhecido pelo nome de imposto de barreira, em face do sistema adotado para sua cobrança: uma barreira posta em meio da estrada, pela qual não passa a pessoa ou veículo, sem que pague primeiro a taxa, que lhe é devida. A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, no artigo 150, inciso V prevê, in verbis: Artigo 150: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte,é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: V: estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder Público. “As concessões das rodovias federais para a iniciativa privada no Brasil principiaram no final de 1994”. 2. A NATUREZA JURÍDICA DO PEDÁGIO. Segundo o Manual de Direito Administrativo de José dos Santos Carvalho Filho, “Concessão de serviços publico precedido da execução de obra pública é o contrato administrativo através do qual o Poder público ajusta com pessoa jurídica ou consórcio de empresas a execução de determinada obra pública, por sua conta e risco, delegando ao construtor, após a conclusão, sua exploração por determinado prazo. Nessa forma de concessão, pretende o Estado livrar-se do dispêndio que obras públicas acarretam, deixando todo o investimento a cargo da concessionária. Como este investe, com toda a certeza, vultosos recursos na execução da obra, é justo que se lhe permita explorá-la para recuperar o capital investido. Por outro lado, a coletividade se beneficia da obra, e o Estado, após o prazo da concessão, assume sua exploração, podendo, ou não, transferi-la novamente, se for de sua conveniência”. (pág. 373). Ainda segundo este autor, “é o serviço público de exploração da obra pública que vai ser concedido, incumbindo àqueles que dele desfrutarem (os usuários) o pagamento da respectiva tarifa em prol de quem construiu a obra e agora explora o serviço dela decorrente. Firma-se, por conseguinte, um pacto de construção e um de concessão do serviço”. (pág. 374). De acordo com Carvalho Filho: “Vale a pena observar, por oportuno, que a despeito de ter sido denominada de concessão de serviço público precedido da execução de obra pública, foi ela definida na lei como a construção total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público (art. 2º, III). No que diz respeito ao que foi citado anteriormente, é assimilável o caráter de precedência em relação ao serviço a ser executado. O mesmo não se pode dizer, contudo, quanto a atividade de conservação. A atividade de conservar obras públicas guarda concomitância com o serviço prestado, e não precedência: à medida que as obras vão sendo executadas, a concessionária explora o respectivo bem público através da cobrança de tarifa”. “É o que ocorre, por exemplo, com a concessão para a execução de obras e conservação de estradas de rodagem, remunerada pelo sistema de pedágio. “O que se quer dizer é que, a despeito da expressão “concessão de serviço público precedida da execução de obras”, “pode a concessão ter por objeto a execução da obra realizada simultaneamente à prestação do serviço de conservação”. (pág. 374). Assim segundo Vittorio Cassone (pág.68): É longa e quase interminável a discussão doutrinária envolvedora da natureza jurídica sobre o pedágio, se taxa ou preço público tarifado, a CF/88 a ele refere como segue: Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao distrito Federal e aos Municípios: V- Estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público. “A 2ª turma do STF, no RE 181.475, Carlos Veloso (DJU e -1, de 25/06/99, p. 28), decidiu no sentido de que, por estar situado o ‘pedágio´ no capítulo do Sistema Tributário Nacional, sua natureza jurídica é tributária”. (E do serviço de “Noticias” o autor também citou: www.stf.gov.br; de 12/03/2007 – 19:45mim.): Por maioria, os Ministros do STF julgaram improcedente o pedido de anulação do artigo 12 – A da Lei Estadual número 8.967/03 da Bahia feito pela confederação Nacional do Comércio na ADI 3426”. O dispositivo contestado alterou a lei do ICMS no Estado (7.014/96), impondo a antecipação parcial do imposto às empresas adquirirem mercadorias para comercialização em outro Estado, independentemente do regime de apuração adotado pela empresa. Segundo a confederação, “à prática determinada pela lei afronta dispositivos constitucionais por discriminar mercadorias em razão de sua procedência e limitar sua livre circulação, bem como por impedir os princípios da livre iniciativa e da livre concorrência”. ‘Para o relator, “a ação merece procedência quanto à alegação de que o ato normativo questionado estaria violando o artigo 150, inciso V, que rege o principio da liberdade de trafego de pessoas ou bens, por estar discriminando mercadorias em razão de sua procedência ou limitar sua livre circulação”. “Sepúlveda Pertence também não observou violação ao principio da livre iniciativa e da livre concorrência, “posto que não há restrição as operações mercantis”. ‘Para Celso Antônio Bandeira de Mello “sobretudo no passado, discutiu-se muito se seria uma “taxa”, isto é, uma espécie de tributo, ou se corresponderia a uma “tarifa”, entendida esta como cobrança despida de caráter tributário e muitas vezes designada sob o rótulo, ao nosso ver infeliz de preço público”. (‘Natureza jurídica do pedágio: Taxa? Preço Público?’ – Revista Trimestral de Direito Público, V.32/2000, p. 23). ‘Consoante nos parece, em sintonia com o excelente estudo de Antonio Carlos Cintra do Amaral “Concessão de rodovias e cobrança de pedágio”; constante da obra coletiva Direito Constitucional e Administrativo, v II, Malheiros Editores, 1997, p. 127 ss, publicado como Estudos em homenagem a Geraldo Ataliba, ‘o pedágio dependendo da hipótese, ora será uma “tarifa”, ‘instrumento despido de caráter tributário, ora será uma “taxa”. “A nosso ver, será “tarifa” se, constitui na remuneração de concessionário”. ‘Inversamente, será “taxa” quando consistir em pagamento devido ao Poder Público” (Cassone, pág. 68). Por sua vez o Dicionário Acadêmico de Direito da autoria de Marcus Cláudio Acquaviva define pedágio como: Pedágio (Direito Tributário) “Também denominado taxa de pedágio, peagem ou, simplesmente, pedágio, é o tributo (taxa) cobrado pelo Poder Público para ressarcimento das despesas de conservação das rodovias. Trata-se de uma limitação fiscal ao tráfego de pessoas ou bens, expressamente admitido, no caso, pelo art.150, V,da CF.”(pág. 360). Verifica-se, destarte, entendimento majoritário da doutrina nacional no sentido da constitucionalidade do pedágio, a permitir o manejo de legislação infraconstitucional como o Código de Trânsito, enunciar no art. 209, in verbis: Artigo 209: “Transpor, sem autorização, bloqueio viário com ou sem sinalização ou dispositivos auxiliares, deixar de adentrar as áreas destinadas à pesagem de veículos ou evadir-se para não efetuar o pagamento do pedágio: Infração: grave. Penalidade: multa. Outra questão acerca da natureza jurídica do pedágio, pertinente na complementação e na existência é o contrato administrativo na modalidade de concessão de obra pública, a qual segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro: “pode-se definir concessão, em sentido amplo, como o contrato administrativo pelo qual a Administração confere ao particular a execução remunerada de serviço público, de obra pública ou de serviço de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ou lhe ceda o uso de bem público, para que o explore pelo prazo e nas condições regulamentares e contratuais”.Portanto explica Maria Sylvia Zanella Di Pietro que: “Concessão de obra pública é o contrato administrativo pelo qual o Poder Público transfere a outrem a execução de uma obra pública, para que a execute por sua conta e risco, mediante remuneração paga pelos beneficiários da obra ou obtida em decorrência da exploração dos serviços ou utilidades que a obra proporciona” (pág.340-341,adaptado). ‘E esta modalidade de contrato leva a que os usuários remunerem o concessionário por contribuição de melhoria ou tarifas (preços públicos) estabelecidas no contrato, onde o concessionário pode por meio de tarifas fazer a cobrança de pedágio para “cobrir os gastos efetuados”. ‘Assim pode se inferir que devido à este tipo de contrato (se houver) o pedágio possuirá a natureza jurídica de tarifa e não de taxa’. Outra forma de determinar a natureza jurídica do pedágio seria a existência de via alternativa conforme explica Eduardo Sabbag: "A compulsoriedade (ou não) do uso do serviço tem sido utilizada como critério para se distinguir taxa e tarifa. Havendo ao usuário opção entre o “usar” e o “não usar” o serviço despontaria tarifa; inexistindo a opção, exsurgiria a taxa” (pág.266). Porém o mesmo autor destaca na pág. 258: "não havendo a existência de via alternativa – rodovia de tráfego gratuito, localizada paralelamente àquela cujo uso se cobra pedágio –, a exação se torna compulsória, sem liberdade de escolha, o que reforçaria a feição tributária, própria da taxa." Ainda assim Danilo Fernandes de Almeida Pacheco ressalta: “Demasiadas correntes surgem para classificar o pedágio como taxa, outras ainda em maiores volumes para encaixá-lo como tarifa (ou preço público), tem quem ainda o entendem como uma espécie tributária autônoma e os que afirmam que o pedágio tanto pode ser taxa como tarifa”(pág.2). É o caso de Hely Lopes Meirelles, cuja opinião é a de que o pedágio: "é a modalidade de preço público (não confundir com taxa) cobrado pela utilização de obras viárias com características especiais que facilitam o trânsito e o trafego de veículos e de pedestres"( pág. 147). O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, por sua vez no RE 460153 / RS determinou o pedágio como pertencente à natureza jurídica de taxa por meio do entendimento da existência de via alternativa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. AÇÃO DECLARATÓRIA. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PEDÁGIO. RODOVIA ESTADUAL. DAER-RS. DECRETO ESTADUAL N° 35.112/94. CONSTITUCIONALIDADE. TARIFA OU TAXA. FACULTATIVIDADE. Tratando-se a do pedágio, de remuneração por serviço público não essencial, não há que se falar em taxa, mas, sim, em preço público, como regra. A facultatividade do pagamento advém da circunstância de que devido pelo usuário que, voluntariamente, utiliza a rodovia, nada obstante disponha de vias alternativas para eximir-se daquele. Cuida-se de remuneração por serviço prestado ao cidadão e não à sociedade, podendo ser exigida por meio de decreto. APELAÇÃO DESPROVIDA POR MAIORIA. De decisão mais recente posiciona-se o STF: Processo: AI 531529 RS Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA Julgamento: 25/11/2009 Publicação: DJe-231 DIVULG 09/12/2009 PUBLIC 10/12/2009 Parte(s): DAER - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE RODAGE M DO RIO GRANDE DO SUL PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL NILSON RUSCHEL SILVANA AFONSO DUTRA DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão, proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, cuja ementa possui o seguinte teor: “TRIBUTÁRIO. PEDÁGIO. NATUREZA JURÍDICA. TRIBUTO OU PREÇO PÚBLICO. 1) Após a Constituição de 1988 (art. 150, V), é razoável o entendimento de que o pedágio tem natureza jurídica de taxa, somente podendo ser instituído através de lei. 2) O pedágio preço público ou tarifa distingue-se do pedágio tributo (taxa) pela sua facultatividade (não compulsório). A compulsoriedade dos tributos decorre da potestade tributária. A faculdade do preço público decorre da liberdade contratual. O pedágio-tarifa tem natureza contratual, tem por essência a facultatividade, que se caracteriza pela voluntariedade do pagamento e se concretiza através da existência de uma rodovia alternativa. 3) Ao largo da divergência doutrinária e jurisprudencial quanto à natureza jurídica do pedágio, certo é que, não havendo rodovias alternativas à disposição dos usuários, configura-se como taxa, espécie tributária que deve submeter-se ao princípio da legalidade.” (fls. 44) Alega-se violação dos arts. 5º e145, II, da Carta Magna. Por ocasião do julgamento do RE 181.475, o Supremo Tribunal Federal confirmou a possibilidade da caracterização do pedágio como tributo da espécie taxa. Registro, por oportuno, a ementa do referido precedente: “EMENTA: - CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. PEDÁGIO. Lei 7.712, de 22.12.88. I.- Pedágio: natureza jurídica: taxa: CF., art. 145, II, art. 150, V. II.- Legitimidade constitucional do pedágio instituído pela Lei 7.712, de 1988. III.- RE. não conhecido.” (RE 181.475, rel. min. Carlos Velloso, DJ de 25.06.1999) Confiram-se, em sentido semelhante, o RE 194.862 (rel. min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ de 25.06.1999) e o RE 401.114 (rel. min. Celso de Mello, DJ de 31.05.2005). Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido. Ademais, concluir diversamente do Tribunal a quo quanto à ausência de facultatividade no uso do serviço demandaria o reexame do quadro fático- probatório, o que é vedado no âmbito de cognição do recurso extraordinário, em razão do disposto na Súmula 279 desta Corte. Do exposto, nego seguimento ao presente agravo. Publique-se. Brasília, 25 de novembro de 2009. Ministro Relator JOAQUIM BARBOSA 3 . 3 STF - AI: 531529 RS , Relator: Min. JOAQUIM BARBOSA, Data de Julgamento: 25/11/2009, Data de Publicação: DJe-231 DIVULG 09/12/2009 PUBLIC 10/12/2009. 4 3. CLASSIFICAÇÃO DAS CONCESSIONÁRIAS DE PEDÁGIO EM CAMAÇARI E REGIÃO METROPOLITANA. Diante do exposto, surge o seguinte questionamento: qual é a natureza jurídica (doutrinária) dos valores cobrados pelos postos de pedágios das concessionárias, Bahia Norte, Litoral Norte e Via Bahia, que ficam em rodovias de Camaçari e região metropolitana? Depreende-se das entrevistas realizadas para este artigo, respondidas pelos usuários das concessionárias supracitadas que poucos conhecem a existência das vias alternativas, que são condições fundamentais para a classificação da natureza jurídica das cobranças de pedágio com base em fundamento jurisprudencial do STF. Dos usuários entrevistados na Concessionária Via Bahia , nenhum demonstrou conhecimento a respeito da existência de uma via alternativa, logo a cobrança feita pela Via Bahia tem a natureza jurídica de taxa, sendo obrigatória. Já dentre os usuários entrevistados na Concessionária Bahia Norte, somente dois conhecem a via alternativa, o que faz com que este pedágio possua a natureza jurídica de tarifa (preço público). Por sua vez, dos usuários da Concessionária Litoral Norte, todos os quatro entrevistados afirmam ter conhecimento da via alternativa, o que leva á classificação da cobrança de pedágio desta concessionária como tarifa (preço público) em referência ao assunto da sua natureza jurídica. Desse modo, salientamos que a classificação feita neste estudo tem como base a existência ou não de via alternativa e a facultatividade oucompulsoriedade da cobrança 4 BA 093 Estrada pedagiada pela Concessionária Bahia Norte. de pedágio realizada pelas três concessionárias que circundam a cidade de Camaçari: Bahia Norte, Litoral Norte e Via Bahia. Não pretendemos dar como encerrado este assunto, cabe ressaltar que este estudo é apenas propedêutico, que possui como objetivo futuramente servir de auxílio para outras pesquisas, outros artigos e estudos relacionados com o assunto analisado em questão: a natureza jurídica das cobranças de pedágios na cidade de Camaçari e Região Metropolitana. 4. CONCLUSÃO Nada obstante à divergência seja em sede doutrinária, seja em sede jurisprudencial, entendemos que a natureza jurídica do pedágio nas três vias que circundam Camaçari e região metropolitana está adstrita a um ponto crucial, qual seja: existência de rodovia alternativa. Em caso positivo, teremos a modalidade de tarifa. Em caso negativo, taxa. Os usuários ouvidos das vias sob pedágio deixaram de considerar, até mesmo por desconhecimento da legalidade da cobrança, o fato de o valor cobrado ser previsto no contrato de concessão firmado entre as partes envolvidas, inclusive o índice de reajuste anual. Igualmente contestaram a razão de as vias terem sido “entregues” à iniciativa privada, esquecendo eles se tratar de consequência da opção política dos governos federal, estadual e municipal feita por eles mesmos, cuja responsabilidade remonta ao ato cívico de cada eleitor quando escolheu um e outro candidato. O fato de munícipes de Camaçari utilizarem estas vias diariamente notadamente em deslocamento residência-trabalho é uma questão controvertida que merece ser enfrentada em outro estudo, por conta de onerar demasiadamente uma das partes no contrato de concessão, inclusive a ponto de ser levada à apreciação nas vias judiciais. 5. REFERÊNCIAS ACQUAVIVA, Marcus Cláudio .Dicionário Acadêmico de Direito-7.ed-Rio de Janeiro : Ed. Forense,2011. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 31. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. BRASIL. Código de Trânsito Brasileiro. 17.ed. São Paulo: Saraiva,2014 CASSONE, Vittorio. Direito Tributário: fundamentos constitucionais da tributação, definição de tributos e suas espécies, conceito e classificação dos impostos, doutrina, prática e jurisprudência. Vittorio Cassone; prefácio de Ives Gandara da Silva Martins – 22 ed. – São Paulo: Ed. Atlas, 2011. Pág.68). CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 26 ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2013. Páginas 373 e 374. De PLÁCIDO e SILVA. Vocabulário Jurídico. 25 ED. Forense: Rio de Janeiro, 2004. In: WOLL, Maria A Ventura. Itajaí (SC), 2006. MONOGRAFIA. DI PIETRO,Maria Sylvia Zanella .Direito Administrativo -27 ed. São Paulo: Ed. Atlas,2014 (págs. 340 a 345). FERREIRA, Buarque de Holanda. Minidicionário da Língua Portuguesa. 3.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993, p. 285 GIBBS, G. Análise de dados qualitativos. Porto Alegre: Bookman, 2009. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito municipal brasileiro (6. ed., São Paulo, Editora Malheiros, 1993, página 147) MORAES,Bernardo Ribeiro de, Compêndio de direito tributário. 6. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002, v.1. PACHECO, Danilo Fernandes de Almeida. Artigo: A inconstitucionalidade do pedágio quando não há via alternativa. Salvador, 2011. SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 3ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2011. Págs. 258-266 VIGNOLI, Francisco Carlos de Souza. Monografia da pós-graduação da Universidade Cândido Mendes: O pedágio e as Concessionárias das rodovias no Brasil- Aspectos positivos e negativos. Rio de Janeiro, 2012. 6. WEBGRAFIA http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1357353-5598,00- BRASIL+TEM+DA+MALHA+RODOVIARIA+ENTRE+PESSIMO+E+REGULAR+ ESTADO+DE+CONSERVACA.html http://www.ambito- juridico.com.br/site/index.php/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11944&revist a_caderno=26 http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=645181&cla sse=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M http://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/19136173/suspensao-de-tutela-antecipada-sta- 307-ba-stf http://www.karinmaranhao.jur.adv.br/index.php?p=detalheNoticia&codigo=86239 http://www.viabahiasa.com.br/ http://cbnorte.com.br/ http://www.clnorte.com.br/ http://www.stf.jus.br/portal/principal/principal.asp http://www.stj.jus.br/portal_stj/ http://www.tjrs.jus.br/site/ http://www.stj.jus.br/SCON/pesquisa_pronta/?vPortalArea=1182 http://www5.tjba.jus.br/ http://www.tjsp.jus.br/ ANEXO 01 “Pesquisar é uma maneira inteligente de estudar e aprender. Para que cumpra seu papel a pesquisa não deve apenas somar conhecimentos, mas multiplicá-los”.5 1. Entrevistas: As entrevistas foram realizadas no período compreendido entre os meses de Junho/julho -2014, nas Praças das Concessionárias: Litoral Norte; Via Bahia e Bahia Norte teve como objetivo de saber as opiniões dos usuários destas estradas e a existência de vias alternativas e sua satisfação sobre o serviço praticado. No entanto, foram solicitados aos usuários autorização para a publicação dos nomes no artigo em questão. Porém, segundo (GIBBS, 2009): “Em função de sua natureza individual e pessoal, a pesquisa qualitativa levanta uma série de questões éticas, mas a maioria delas deve ser tratada antes do início da análise dos dados. Mesmo assim, é importante garantir a preservação do anonimato (se foi declarada essa garantia) e que os entrevistados saibam o destino dos dados que fornecem”. (GIBBS, 2009, p. 24). Assim, por este motivo coube aos entrevistados a utilização de nomes fictícios conforme foi combinado na hora da entrevista. CONCESSIONÁRIA BAHIA NORTE. ENTREVISTADORES: MÁRCIO MEDEIROS E BRENDA HENILLE ENTREVISTADO: Sergio Monteiro, 36 anos, vigilante. 1. Você conhece alguma via alternativa para as pessoas que não queiram passar pela via pedagiada pela concessionária Bahia Norte? Resposta: Conheço sim e utilizo. 2. Como o senhor tomou conhecimento dessa via alternativa? 5 Estudo em desenvolvimento elaborado pela equipe de bibliotecários da Biblioteca da Escola de Administração da UFMG. Br. 324 – Trecho Salvador/Feira de Santana - Via Bahia Resposta: Um colega me informou da via alternativa. 3. Qual sua opinião sobre as condições da via pedagiada pela concessionária Bahia Norte? Resposta: A via é boa, nunca precisei utilizar os serviços que a concessionária oferece, mas acho muito boa. 4. Como cidadão, você é a favor da cobrança de pedágio? Resposta: Não concordo com as tarifas do pedágio, pois já pagamos IPVA e o governo que teria que ser responsável pela manutenção das vias. Não concordo também com o valor de três reais cobrado na via. ENTREVISTADA: Monica Felício Oliveira. 30 anos, Dona de casa. 1. Você conhece alguma via alternativa para as pessoas que não queiram passar pela via pedagiada pela concessionária Bahia Norte? Resposta: Sim, conheço. Mas só utilizo quando não estou com pressa. 2. Como a senhora tomou conhecimento dessa via alternativa? Resposta: Através de pessoas conhecidas. 3. Qual sua opinião sobre as condições da via pedagiada pela concessionária Bahia Norte? Resposta: A via é boa, boas condições e sinalização. 4. Como cidadã, você é a favor da cobrança de pedágio? Resposta: Sou a favor, o dinheiroprovavelmente é revertido na via. 5. A respeito do valor cobrado pela concessionária, qual sua opinião? Resposta: Acho que poderia ser mais barato para as pessoas terem acesso. CONCESSIONÁRIA: VIA BAHIA ENTREVISTADOR: ALEX ALVES ENTREVISTADO: CARLOS ANTÔNIO COSTA DOS SANTOS; 62 ANOS; ENGENHEIRO CIVIL. 1. Senhor, Carlos, o senhor tem conhecimento se existe alguma via alternativa para aqueles usuários que não queiram usar a via que é pedagiada, que é mantida pela concessionária via Bahia aqui na Br 324? RESPOSTA: Não. 2. Como é que o senhor avalia as condições desta via que é mantida pela via Bahia? RESPOSTA: Rapaz ,acho que eu como sou engenheiro rodoviário, entendo um pouco e acho que a via Bahia tem que intensificar mais a manutenção da rodovia, muito fraco, é só fazer canteiro, canteiro, eu acho muito fraco, poderia ser melhor. 3. O senhor acha também que essa rodovia é segura ou ela oferece risco para os usuários? RESPOSTA: Acho que é uma rodovia normal. 4. O que é que o senhor acha sobre essa tarifa que é cobrada de 1,70, o senhor acha justa ou acha alta? RESPOSTA: Nem alta nem baixa, acho normal. 5. O senhor é a favor ou contra da cobrança de pedágio? RESPOSTA: Sou a favor desde que tirasse ou diminuísse o IPVA dos carros, sou totalmente a favor agora desde que diminuísse ou tirasse o IPVA, pois não tem por que. ENTREVISTADO: SERGIO SOUZA CARDOSO; 55 ANOS; ENGENHEIRO CIVIL 1. Senhor Sérgio, o senhor sabe da existência de uma via alternativa para os usuários que não desejam pagar o pedágio aqui na Br 324? RESPOSTA: Não, não conheço não. 2. Como é que o senhor avalia as condições dessa via pedagiada e sob a responsabilidade da via Bahia? RESPOSTA: Os serviços que são realizados não são compatíveis com a cobrança e eu não tenho certeza, mais é eu não tô de posse do contrato deles, eu tenho certeza de que não tão cumprindo com a meta do contrato, o objeto do contrato né? O que eles oferecem. 3. Por que o senhor pensa assim, o que te leva a acreditar nisso? RESPOSTA: Pelo o que é feito aqui no dia a dia, manutenção só de vegetação né?! Mal a vegetação começa a crescer eles cortam para mostrar serviço, pintando meio fio e agora estão fazendo guard rail que deveriam ter sido feito desde o inicio pela questão de segurança, entendeu? Deveriam criar mais uma faixa de um lado e de outro; eles não querem investir. 4. O senhor acredita que essa via ela é segura para os usuários? RESPOSTA: Parece uma linha de trem, se você sair dela você já era, não tem acostamento, não tem nada e é uma via de velocidade né? 100 km. 5. Como o senhor avalia as condições do asfalto? RESPOSTA: Textura muito ruim tem muitas imperfeições, muito tapa buraco, o que não deveria ser assim, deveria fazar o trecho todo e uma capa nova, certo? Eles estão fazendo só paliativos, sou seja, só cuidando de localizadas né? Problema localizado! Eles querem evitar custo. 6. O senhor é a favor da cobrança de pedágio? Como o senhor avalia isso como cidadão? RESPOSTA: Já que o governo não cumpre com a obrigação dele que é manter, e dar as condições normais, eu sou a favor, só que deveria também suprimir esses impostos que eles cobram né? Cide e outros que tem como intenção de cobrar aquilo ali com intenção de cobrar às vias das rodovias. Não cumpre , passa para as concessionárias; as concessionárias cobram, o governo cobra e eu tenho certeza que isso aqui não é bem acompanhado pelo governo, isso aí deve ter alguma coisa errada nisso aí. Não tenho condições de provar, mas pelo que a gente ver demonstra que não tem uma coisa bem acompanhada pelo governo. 7. E o que é que o senhor acha sobre esse valor que é cobrado, a tarifa de 1,70; o senhor acha um valor justo para as condições que o senhor acabou de ressaltar? RESPOSTA – Não é justo, o fluxo está muito grande, a arrecadação deve ser imensa, pelo que eles gastam, o custo que eles tem aqui.. eu chamo de manutenção, a única coisa de novo que tá aparecendo aí são os guard rails que estão sendo postos. CONCESSIONÁRIA: LITORAL NORTE ENTREVISTADOR: MATHEUS FERNANDES ENTREVISTADO: Aidam da Silva Brito, 25 anos, Técnico em mecatrônica. 1. A senhora sabe da existência de alguma via alternativa para os usuários que não queiram utilizar a via administrada pela concessionária Litoral Norte? Resposta: Sim, sim. Tem duas, uma no sentido Salvador e outra sentido contrário, sentido Jauá. 2. Senhora Aidam, como você avalia as condições da via alternativa? Resposta: Péssimas, não foram preparadas para receber tantos carros. 3. Você usa a via administrada pela concessionária Litoral Norte? Resposta: Sim, mas só quando eu passo tarde da noite, como as vias alternativas são perigosas tenho que passar pelas vias pedagiadas. 4. O senhor já viu alguma divulgação das vias alternativas feita pela concessionária que administra essa o pedágio? Respostas: Não, fiquei sabendo por meio de amigos e parentes. 5. Senhora Aidam, como você avalia as condições da via pedagiada pela Litoral Norte? Resposta: Não tenho o que reclamar, só acho abusivo o valor cobrado nos fins de semana, sete reais, é muito caro. 6. E o senhor como cidadão, qual sua posição para a questão da cobrança de impostos? Resposta: O governo privatizou para se livrar da responsabilidade. Já pagamos tantos impostos para isso. Temos o direito de ir e vir, cobrar impostos para isso é um absurdo. ENTREVISTADA: Priscila Barbosa de Oliveira Melo; 31 anos, professora. 1. A senhora sabe da existência de alguma via alternativa para os usuários que não queiram utilizar a via administrada pela concessionária Litoral Norte? Resposta: Sim, conheço duas, mas acho desertas e perigosas para os motoristas. 1. Senhora Priscila, como você avalia as condições da via alternativa? Resposta: Acho que são boas, mas têm alguns buracos e não têm acostamento. 2. Senhora Priscila, como você avalia as condições da via pedagiada pela Litoral Norte? Resposta: São boas, asfalto bom, mas não me sinto segura quanto a assaltos. 3. E o valor cobrado cinco reais durante a semana e sete reais e cinquenta centavos durante finais de semana, o que a senhora acha? Resposta: Acho abusivo, para o salário e realidade dos brasileiros o valor é muito alto. 4. E o senhora como cidadã, qual sua posição para a questão da cobrança do pedágio? Resposta: Pagamos impostos como IPVA, IPTU e tantos outros embutidos nos valores de venda de produtos para manutenção das vias e mesmo assim temos que pagar mais impostos para uma empresa particular fazer isso, acho um absurdo. O governo que tem que manter as vias já que pagamos impostos para isso. OBSERVAÇÕES: Foram realizadas várias entrevistas, para o artigo foram apenas selecionadas duas entrevistas de cada Concessionária. A elaboração teórica do artigo foi feita principalmente por: Ana Luiza Maciel de Souza e Fredson Oliveira com ajuda dos outros integrantes e do orientador Prof. Nilson Gimenes além de vários colaboradores.
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