DOSAGEM DE AMILASE

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA 
BIOQUÍMICA 
AULA PRÁTICA: DOSAGEM DE AMILASE 
 
1. INTRODUÇÃO 
As enzimas são proteínas com propriedades catalisadoras sobre as reações que ocorrem 
nos sistemas biológicos. São denominadas catalisadores biológicos. Aceleram a velocidade 
da reação sem, no entanto, participar dela como reagente ou produto. Praticamente 
todas reações que caracterizam o metabolismo celular são catalisadas por enzimas. Atuam 
em concentrações muito baixas e estão quase sempre dentro das células e 
compartimentalizadas. 
O estudo das enzimas tem imensa importância clínica. Em algumas doenças as atividades 
de certas enzimas são medidas no plasma sanguíneo, eritrócitos ou tecidos. Aumento na 
liberação de enzimas para o plasma é consequência de: lesão celular extensa; 
proliferação celular; aumento na síntese enzimática e obstrução de ductos. 
A amilase é uma enzima da classe das hidrolases que normalmente atua extracelularmente 
para clivar o amido e glicogênio ingeridos na dieta. 
A amilase sanguínea provém de duas fontes principais: pâncreas e glândulas salivares. As 
glândulas salivares secretam a amilase que inicia a hidrólise do amido presente nos 
alimentos na boca e esôfago. Essa ação é desativada pelo conteúdo ácido do estômago. 
No intestino a ação da amilase pancreática é favorecida pelo meio alcalino presente no 
duodeno. A dosagem da amilase é considerada de emergência médica por ser dado 
importante no diagnóstico das pancreatites, principalmente a aguda, que tem elevado 
índice de mortalidade. 
 
 
 
2. FUNDAMENTOS DA REAÇÃO 
A amilase presente no soro hidrolisa o amido (substrato) liberando moléculas de glicose. 
Após adição da solução de iodo ocorre a formação da cor azul, devido à combinação 
do iodo com o amido não hidrolisado. 
Nesta técnica a atividade da amilase é inversamente proporcional à intensidade da cor 
azul formada e é calculada em comparação com um controle. 
 
 
3. METODOLOGIA: Caraway modificado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. TÉCNICA 
Identificar dois tubos de ensaio com “ T” e “ C “ ( Teste e Controle) e proceder da seguinte 
forma: 
Tubos Teste Controle 
Substrato de amido 1,0 ml 1,0 ml 
Colocar em banho-maria a 37ºC por dois minutos. 
Amostra 20 μl - 
Agitar e incubar em banho-maria a 37ºC por, exatamente 7 min. e 30 segundos. 
Solução de iodo 1,0 ml 1,0 ml 
AÁgua destilada 8,0 ml 8,0 ml 
 
5. LEITURA 
Determinar as absorbâncias dos tubos teste e controle em 660 nm, zerando o aparelho com 
um branco de água destilada. 
 
6. CÁLCULO: Amilase (U/dl) = Abs. Controle – Abs.Teste X 800 
 Abs. Controle 
 
7. VALORES DE REFERENCIA: 60 A 160 Unidades/dl 
 
 
8. INTERPRETAÇÃO CLÍNICA 
A amilase sérica encontra-se aumentada nas pancreatites agudas e crônicas, contudo, 
não é um achado específico das pancreatites, pois níveis elevados podem ainda ser 
encontrados em pseudos cistos pancreáticos, perfuração intestinal com peritonite, gravidez 
ectópica, etc. A dosagem da amilase sérica é também utilizada como meio diagnóstico na 
parotidite (caxumba) que ocorre principalmente em crianças, devido ao aumento da 
amilase salivar 
 
Jd/17 
 
 
Responda: 
 
a) Em que classe de enzimas se encontra a amilase? Justifique sua resposta. 
 
b) Qual a importância da dosagem de Enzimas no Soro? Explique usando como exemplo a 
dosagem de amilase. 
 
c) Em que situação o exame “Dosagem de amilase” é solicitado? Explique as 
consequências de um resultado anormal. 
 
d) Quais os principais interferentes neste tipo de exame “Dosagem de amilase”? Explique. 
 
e) Além das glândulas salivares e do intestino, onde mais é encontrada “Atividade 
amilásica”? 
 
f) Existem outros métodos para determinação da atividade amilásica? Caso afirmativo, 
mostre quais os métodos explicando em que se baseia cada método? 
 
Bom Trabalho!