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Apostila Imunologia Clínica FASI FUNORTE 2018

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FACULDADE DE SAÚDE IBITURUNA – FASI 
FACULDADES INTEGRADAS DO NORTE DE MINAS - 
FUNORTE 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM 
IMUNOLOGIA CLÍNICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professora: Daniella Antunes da Cruz Damianni 
 
 
IMUNOLOGIA CLÍNICA 
 
1.0. Conceito: tem o papel de investigar e orientar o clínico no diagnóstico das 
patogenicidades através de resultados de exames laboratoriais. 
Imunologia Clínica = Sorologia 
Técnicas para detecção e quantificação de anticorpos e antígenos ou outras substâncias 
que desempenhem o papel de antígenos no ensaio. 
2.0. Vantagens dos Métodos Sorológicos: 
• Rapidez, 
• Simplicidade de execução, 
• Possibilidade de automação, 
• Baixo custo operacional. 
3.0. Utilização da Imunologia na Pesquisa de Anticorpos: 
• Confirmar diagnóstico de patologias com sintomas clínicos que possam ser 
confundíveis: Sífilis secundária e dermatoviroses ou processos alérgicos / 
Hepatite B e Hepatite C. 
• Diferenciar as fases das doenças: Toxoplasmose, sífilis, rubéola…. 
• Diagnosticar doenças congenitas: IgM anti-T. pallidum no cordão umbilical. 
• Selecionar de doadores e receptores de orgãos para transplantes: Tipagem dos 
antígenos HLA expressos por diferentes indivíduos . 
• Avaliar o prognóstico da doença: Anticorpos como marcadores imunológicos. 
Hepatite B – Hbe – Ag / anti - HBe. 
• Avaliar a eficácia e a suspensão da terapêutica: Queda gradual de anticorpos 
na circulação sanguínea. 
• Selecionar de doadores e receptores de orgãos para transplantes: Tipagem dos 
antígenos HLA expressos por diferentes indivíduos . 
• Avaliar o prognóstico da doença: Anticorpos como marcadores imunológicos. 
Hepatite B – Hbe – Ag / anti - HBe. 
• Avaliar a eficácia e a suspensão da terapêutica: Queda gradual de anticorpos 
na circulação sanguínea. 
• Avaliar imunidade adquirida ou induzida: Anticorpos IgG anticomponentes 
antigênicos de microrganismos podem ser utilizados como marcadores da 
imunidade específica do indivíduo. 
• Verificar o agravamento da patologia: presença de auto-anticorpos durante a 
evolução de um processo patológico: esquistossomose, malária, hepatite B… 
• Selecionar doadores de sangue: Prevenção de doença transfusional (Aids, 
hepatite, sífilis…). 
4.0. Utilização da Imunologia na Pesquisa se Anticorpos em Inquéritos 
Epidemiológicos 
• Estabelecer a prevalência da patologia: Pesquisa de anticorpos IgG em 
amostras de sangue coletadas com rigor epidemiológico. 
• Verificar a erradicação da patologia: Ausência de anticorpos contra um 
patógeno em crianças nascidas no local e expostas às condições ambientais. 
• Verificar a reintrodução de novos casos: Presença de IgM ou aumento de 
título IgG. 
• Estabelecer a prevalência da patologia: Pesquisa de anticorpos IgG em 
amostras de sangue coletadas com rigor epidemiológico. 
 
• Verificar a erradicação da patologia: Ausência de anticorpos contra um 
patógeno em crianças nascidas no local e expostas às condições ambientais. 
• Verificar a reintrodução de novos casos: Presença de IgM ou aumento de 
título IgG. 
 
5.0. Utilização da Imunologia na Pesquisa de Antígenos 
• Critério de cura: ausência do patógeno no hospedeiro. 
• Definir a etiologia da doença: encontro do patógeno. 
• Selecionar doadores de sangue: antígeno de superfície da hepatite B (HBsAg). 
• Inquéritos epidemiológicos: aplicação restrita. 
 
6.0. Avaliação de testes diagnósticos: 
6.1. Sensibilidade: 
Probabilidade de um teste ser positivo, dado que existe a doença. 
6.2. Especificidade: 
Probabilidade de um teste ser negativo, dado que não existe a doença. 
6.3. Eficiência: 
Relação do somatório dos resultados verdadeiros positivos e verdadeiros 
negativos com a população estudada 
 
7.0. Validação 
Precisão 
• Grau de concordância entre repetidas medidas da mesma propriedade. 
Orienta quanto à probabilidade da dispersão em laboratórios usuários do 
método estudado. 
• Repetibilidade(r) 
Diferença máxima permitida entre medidas obtidas no mesmo dia. 
• Reprodutibilidade(R) 
Diferença máxima permitida entre medidas obtidas em dias diferentes 
Exatidão 
• Grau de concordância entre o valor médio obtido de uma série de resultados de 
testes e um valor de referência aceito. 
 
Precisão e Exatidão 
Precisão e Exatidão
Preciso e não Exato Exato e não Preciso
Não Preciso e não Exato Preciso e Exato
Precisão e Exatidão
Preciso e não Exato Exato e não Preciso
Não Preciso e não Exato Preciso e Exato
 
 
SORO E PLASMA 
 
Várias dosagens bioquímicas e imunológicas podem ser realizadas no soro (obtido a partir de 
sangue sem anticoagulantes) ou no plasma (obtido de sangue com anticoagulantes). A única 
diferença analítica entre soro e plasma é que o primeiro não contém fibrinogênio, o qual foi 
utilizado para a formação do coágulo (fibrina). Estas amostras podem ser refrigeradas por até 
3 dias ou congeladas por vários meses até a sua análise, sem que haja prejuízo no resultado 
dos testes. No caso de utilização do soro, é necessário aguardar um período de 30 a 180 
minutos para a formação do coágulo e a completa obtenção do soro. 
 
 
 
 
ANTICOAGULANTES UTILIZADOS: 
 
TÉCNICAS 
Para as análises bioquímicas do sangue, quando se trata de análise de soro, são utilizados 
tubos de ensaio de 5mL ou 10mL sem anticoagulante. Para obtenção de plasma, os tubos de 
ensaio de 5mL ou 10 mL já devem conter o anticoagulante. Antes da centrifugação, as amostras 
de sangue devem ser contrabalançadas com tubos preenchidos com água para depois serem 
 
centrifugadas por 05 minutos de 3000 a 4000 rpm. O soro ou plasma das amostras é separado 
com a ajuda de uma pipeta e colocado em microtubo tipo eppendorf identificado. 
 
 
 
 
 
DILUIÇÕES 
 
 
 
 
 Os métodos de laboratório nos quais uma 
quantidade de uma substância é adicionada a outra 
para reduzir a concentração de uma das substâncias 
são conhecidos como diluições.
 
 
 
IMPORTANTE: Uma diluição é uma expressão de concentração, não de volume. Expressa de outra forma, uma 
diluição indica a quantidade relativa de substâncias em uma solução. Quando a palavra diluição é usada, ela deve 
significar o número de partes que foram diluídas em um número total de partes. Em outras palavras, uma diluição deve 
significar o volume de concentrado no volume total da solução final. O menor número corresponde ao número de 
partes da substância que está sendo diluída; o maior número refere-se ao número total de partes da solução final. 
 Considere as seguintes frases: 
• Faça uma diluição 1 para 10 de soro em salina. 
• Faça uma diluição 1 em 10 de soro em salina. 
• Faça uma diluição 1 para 10 de soro com salina. 
• Faça uma diluição 1/10 de soro com salina. 
• Faça uma diluição 1:10 de soro usando salina. 
• Faça uma diluição de 1 parte de soro e 9 partes de salina. 
• Faça uma diluição de 1 parte de soro para 9 partes de salina. 
 
Qual é a diferença entre essas frases? Nenhuma! Todas significam exatamente a mesma coisa. 
ENTÃO: Diluir é acrescentar solvente a uma solução mantendo-se inalteradas as quantidades de soluto existentes. 
 
D= V soluto 
 V soluto + V solvente 
 
 1 parte de soro 
 + 9 partes de salina 
 10 partes de solução final 
 
 
TÍTULO é a concentração de uma solução determinada por titulação. É a menor quantidade ou concentração 
que produzia um efeito particular ou produto. O título é a recíproca da diluição. Então, em uma reação de 
pesquisa de anticorpos positiva na diluição ½ e ¼ e negativana diluição 1/8 e 1/16, o título é 4. 
Ex: Dilua 2 mL de soro com 28 mL de salina. Deve-se somar 28 mL de salina em 2 mL de soro. Então, o 
volume total da solução final é 30 mL. 
 2 mL de soro 
 + 28 mL de salina 
 30 mL de solução final 
 
A diluição desta solução seria 2 em 30. No entanto, diluições são geralmente propostas como 1 para algum número. 
Para converter uma diluição 2:30 em uma diluição de 1 em algo, é só montar um problema de razão-proporção: 2 está 
para 30 assim como 1 está para X. 
2/30 = 1/X 2X=30 X=15 - a diluição soro em salina é 2:30 ou 1:15 
Para diluições seriadas, ao se calcular a concentração, é necessário multiplicar a concentração original pela 1ª 
diluição, a seguir pela segunda diluição, esta pela terceira diluição e assim por diante, até que a diluição final seja 
conhecida. 
Ex: Uma solução de NaOH 2 M é diluída 1/5 e 1/10. Determine a concentração de cada uma das 3 soluções. 
 
 
 
• solução 1 de NaOH: 2M 
• solução 1/5 de NaOH: 2M x 1/5 = 0,4M 
• solução 1/10 de NaOH: 2M x 1/5 x 1/10 = 0,04M 
 
 
 
 
 
ENTÃO: Para que diluir em reações imunológicas? 
• Para diminuir a concentração de anticorpos inespecíficos. 
• Para determinar uma concentração de anticorpos em testes semi-quantitativos – título. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antígeno versus Anticorpo 
O diagnóstico Imunológico 
 
 
 
 
Uma variedade de técnicas permite a medida 
qualitativa e quantitativa do Ag ou Ac. Anticorpos 
são usados na investigação celular e molecular 
pois permitem a localização e caracterização dos 
antigénios 
 
Efeitos da combinação Ag-Ac 
• Aglutinação: particula antigénica+Ac específico resulta na agregação de partículas 
• Precipitação: Ag solúvel + Ac resulta em precipitação 
 
Anticorpos: 
• Monoclonais- reagem apenas com um epítopo específico de um Ag 
• Policlonais- ligam-se a vários epítopos de um antigénio 
 
Reação de precipitação 
 
 
 
 
 
 
Reação de Aglutinação 
 
 
 
 
 
 
 
 
Proteína C reativa 
• é um tipo de proteína produzida pelo fígado e que esta presente somente durante os episódios de 
inflamação aguda e infecciosos, 
• ainda apresenta aspecto muito importante com relação a sua interação com o sistema complementar, 
que é um dos mecanismos de defesa do organismo contra elementos estranhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antiestreptolisina – O (AEO, ASO, ASLO) e 
Fator Reumatóide (FR) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O exame consiste basicamente em partículas de látex que são revestidas com estreptolisina O, 
estáveis e puras que desenvolvem uma aglutinação visível quando são misturadas com um soro (parte líquida 
do sangue depois de sofrer centrifugação) contendo níveis elevados de anticorpos antiestreptolisina. 
Estes anticorpos antiestreptolisina identificados no exame são provenientes de infecções por 
estreptococos beta hemolíticos, anticorpo que o nosso organismo produz para combater o estreptococo no 
momento ou depois de uma infecção de garganta, o ASLO apresenta-se positivo em 85% dos casos de 
faringites e 50% dos casos de GNDA – Glomerulonefrite Difusa Aguda. Na febre reumática 80% dos casos 
causam alteração neste exame. 
É importante destacar que resultados falso positivo podem ocorrer em pacientes com tuberculose e 
hepatites, doenças frequentes em nosso meio. Vale lembrar também que o exame laboratorial ASLO 
isoladamente não diagnostica reumatismo representa apenas uma resposta a uma prévia infecção 
estreptocócica, outros exames podem ser pesquisados, PCR, látex FR, VHS, mas oferece bons indícios para 
que o médico possa fechar o diagnóstico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REAÇÃO DE AGLUTINAÇÃO ATIVA DIRETA 
DETERMINAÇÃO DOS GRUPOS SANGÜÍNEOS ABO 
 
 
 
 INTRODUÇÃO 
Foi no início do século XX que a transfusão de sangue, adquiriu bases mais científicas. Em 1900 foram descritos 
os grupos sanguíneos A, B e O por Landsteiner e em 1902 o grupo AB por De Costello e Starli. A descrição do 
sistema Rh foi posterior (1940), por Landsteiner e Wiener. 
Os grupos sanguíneos de maneira geral são constituídos por antígenos que são a expressão de genes herdados 
da geração anterior. Quando um antígeno está presente, isto significa que o indivíduo herdou o gene de um ou de 
ambos os pais, e que este gene poderá ser transmitido para a próxima geração. 
SISTEMA ABO 
Há vários grupos sangüíneos herdados independentemente entre si sendo que são conhecidos diversos 
sistemas de grupo sangüíneos. Entre eles podemos citar os sistemas ABO, Rh, MNS, Kell, Lewis, etc. O sistema ABO 
é o de maior importância na prática transfusional e no ensino da imunologia por ser o mais imunogênico, ou seja, por 
ter maior capacidade de provocar a produção de anticorpos, seguido pelo sistema Rh. 
Os antígenos deste sistema estão presentes na maioria dos tecidos do organismo. Fazem parte deste sistema 
três genes A, B e O podendo qualquer um dos três ocupar o loco ABO em cada elemento do par de cromossomos 
responsáveis por este sistema. 
Os genes ABO não codificam diretamente seus antígenos específicos, mas sim enzimas carreadoras que tem a 
função de transportar açúcares específicos, para uma substância precursora na superfície dos eritrócitos resultando nos 
antígenos ABO. 
O indivíduo do grupo AB é possuidor de um gene A e de um gene B, sendo que um foi herdado da mãe e o 
outro do pai. Ele possui nos seus glóbulos vermelhos os antígenos A e B e seu genótipo é AB. 
No caso do grupo O, foi herdado do pai e da mãe o mesmo gene O. As células de grupo O são reconhecidas 
pela ausência de antígeno A ou B. Quando o gene O é herdado ao lado de A, apenas o gene A se manifesta; e se é 
herdado ao lado do gene B apenas o gene B se manifesta. 
Ao realizarmos os testes rotineiros em laboratório, não podemos diferenciar os indivíduos BO e BB, e nem 
AO e AA. Os símbolos A e B, quando nos referimos a grupos sanguíneos, indicam fenótipos, enquanto que AA, BO 
etc. são genótipos (ver quadro abaixo). 
FENÓTIPO GENÓTIPO 
A AO 
A AA 
O OO 
B BO 
B BB 
AB AB 
 
 
 
É dito homozigoto o indivíduo possuidor de genes iguais (AA, BB, OO), e heterozigoto quando os 
genes são diferentes (AO, BO, AB). 
Regularmente as pessoas expostas a um antígeno que não possuem, podem responder com a 
produção de um anticorpo específico para este antígeno. Entretanto, há alguns antígenos que possuem uma 
estrutura que se assemelha muito com antígenos de bactérias e plantas, aos quais estamos constantemente 
expostos. Nestes casos, ocorre a produção de anticorpos a partir do contato com as bactérias e plantas, e não 
ao antígeno eritrocitário. 
Neste grupo encontramos os antígenos do sistema ABO. Por este processo, os indivíduos com idade 
superior a seis meses, possuem o anticorpo contra o antígeno que não tem na superfície de seus eritrócitos, 
pois já foram expostos a essas bactérias e plantas, através da alimentação. Estes anticorpos são chamados de 
isoaglutininas ou aglutininas naturais e são da classe IgM. 
 
A CLASSIFICAÇÃO SANGÜÍNEA ABO 
A determinação do grupo sangüíneo deste sistema é feita usando dois tipos de teste. 
1o – Através daidentificação da presença de antígenos nos eritrócitos, usando como reativos anticorpos purificados 
(anti-A, anti-BB). Esta é a chamada classificação ou tipagem direta e será utilizada na aula prática. 
2o – Através da identificação da presença de anticorpos no soro/plasma usando como reativos antígenos conhecidos 
(hemácias A e hemácias B). Esta é a classificação ou tipagem reversa (ver quadro abaixo). 
 
 
Observando o quadro acima podemos perceber a presença dos antígenos e anticorpos em cada grupo sanguíneo. É 
nesta presença ou ausência de antígenos e anticorpos que se baseia a tipagem sanguínea e a escolha do sangue a ser 
transfundido. 
As transfusões podem ser: 
Isogrupo – quando doador e receptor são do mesmo grupo ABO 
Heterogrupo – doador e receptor são de grupo sanguíneo diferente. 
 
GRUPO SANGUÍNEO SORO DE 
TIPAGEM 
Anti-A Anti-B 
HEMÁCIAS DE 
TIPAGEM 
A B 
ANTÍGENO ANTICORPO 
A + - - + A Anti-B 
B - + + - B Anti-A 
AB + + - - A e B Ausente 
O - - + + - Anti-A e anti-B 
 
 
 
A escolha do sangue se baseia no fato que o indivíduo não pode ser transfundido com um sangue que possua 
um antígeno que ele não tem, pois o anticorpo presente no seu plasma, contra esse antígeno, iria reagir com essas 
hemácias transfundidas. Em vista disso e observando o quadro acima, fica claro que um indivíduo do grupo A não 
pode receber sangue B e assim por diante. 
 Nas transfusões sangüíneas, em relação ao sistema ABO, é preciso considerar, inicialmente, que a taxa de 
aglutinogênios nas hemácias é significativamente maior que a taxa de aglutininas no plasma. Dessa maneira, são 
inviáveis as transfusões em que o sangue doado contém aglutinogênios que “encontrarão” no receptor as aglutininas 
contrastantes. Isso significa que, se o sangue doado apresenta aglutinogênios A, o sangue do receptor não pode conter 
aglutininas anti-A; e que, se o sangue doado contém aglutinogênios B, o receptor não pode apresentar aglutininas anti-
B. Assim, exemplificando, um indivíduo do grupo B não pode doar sangue para outro do grupo O, uma vez que as 
aglutininas anti-B do receptor reagiriam com os aglutinogênios B do doador, à semelhança de uma reação antígeno-
anticorpo. Dessa reação, na qual os aglutinogênios B atuariam como antígeno (“estranho” ao receptor do grupo O) e as 
aglutininas anti-B como anticorpos, resulta a aglutinação do sangue doado, fato que pode provocar a obstrução de 
vasos sangüíneos, com conseqüências que podem levar o receptor à morte. No entanto, um indivíduo do grupo O pode 
doar sangue para outro do grupo B. Isso porque o volume de sangue doado não contém aglutininas em taxa 
suficientemente grande para provocar a aglutinação das hemácias do receptor. Observe então, que as hemácias que se 
aglutinam são aquelas presentes no sangue doado e, para tanto, devem conter aglutinogênios (antígenos) “estranhos”, 
isto é, que não existem no sangue do receptor. No entanto, sempre que possível, deve se transfundir sangue isogrupo, 
pois se, por exemplo, transfundimos um sangue do grupo O a um paciente do grupo A, junto com as hemácias 
transfundidas temos uma quantidade de plasma onde há anticorpo anti-A, que poderá reagir com as hemácias deste 
paciente causando um certo grau de hemólise maior ou menor, mas que poderá ter um significado dependendo do 
quadro clínico do paciente. Cada caso deve ser particularmente analisado pelo hemoterapeuta . 
Este sistema ABO, também pode ocasionar incompatibilidade materno-fetal, com desenvolvimento da doença 
hemolítica peri-natal. Apresenta também importância em transplantes renais ou cardíaco, com menor papel nos 
hepáticos ou de medula óssea. Em alguns processos pode ocorrer a perda parcial do antígeno A ou B, como em 
algumas leucemias. 
 
TIPO 
SANGÜÍNEO 
AGLUTINOGÊNIOS 
NAS HEMÁCIAS 
AGLUTININAS 
NO PLASMA 
A A anti-B 
B B anti-A 
AB A e B - 
O - anti-A e anti-B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DETERMINAÇÃO DO GRUPO SANGUÍNEO Rh POR AGLUTINAÇÃO SIMPLES 
 O fator Rh é constituído de aproximadamente 40 antígenos e esta família gênica ainda não é totalmente 
compreendida. Sabe-se que cada pessoa herda um gene ou um complexo gênico Rh de cada um dos pais. No sistema 
descrito por Fisher e Race os pares alélicos produzem 5 antígenos (“D”,”C”,”c”,”E” e “e”). Estes antígenos são 
lipoproteínas e estão dispersamente distribuídas na superfície das hemácias. Quando dizemos que um indivíduo é Rh 
Positivo, quer dizer que o antígeno D está presente na superfície de suas hemácias. Isto porque o antígeno D foi o 
primeiro a ser descoberto nesse sistema, e inicialmente foi considerado como único. Após os antígenos A e B (do 
sistema ABO), o antígeno D é o mais importante na prática transfusional. 
Em algumas situações podemos ter uma expressão fraca do antígeno D. Isso pode ocorrer por: 
• Variações quantitativas que são transmitidas geneticamente. 
• Efeito de posição, sendo o mais conhecido o enfraquecimento do antígeno D quando o gen C está na posição 
trans em relação ao D. 
• Expressão gênica parcial por ausência de um dos múltiplos componentes do antígeno D. 
Estes casos são chamados na prática de Rh “fraco”, e se refere ao que era conhecido anteriormente como Du. O 
antígeno “Du” é particularmente importante na tipagem de sangue de populações de negros, nas quais é mais freqüente 
e pode levar a falsos resultados Rh negativos, e levar a aloimunizações tanto por transfusões quanto por gestação 
incompatível. 
Ao contrário do que ocorre com os antígenos A e B, as pessoas cujos eritrócitos carecem do antígeno D, não tem 
regularmente o anticorpo correspondente. A produção de anti-D quase sempre é posterior a exposição por transfusão 
ou gravidez a eritrócitos que possuem o antígeno D. Uma alta proporção de pessoas D-negativas que recebem sangue 
D-positivo produzem anti-D. 
Se encontrarmos anticorpos deste sistema, podemos concluir que ocorreu uma imunização através de uma 
transfusão ou de uma gravidez. Qualquer antígeno deste sistema é capaz de provocar a produção de anticorpos, e 
assim a gerar situações de incompatibilidade. 
Aloimunizações contra antígenos E, c, e, C são também observadas em pacientes politransfundidos, mas com uma 
freqüência inferior. 
A maioria dos casos de Doença Hemolítica do Recém-Nascido (DHRN) é devida ao anti-D. A profilaxia por 
imunoglobulinas anti-D diminuíu o número de aloimunizações maternas contra o antígeno D, mas não contra E, c, e, 
C 
Na rotina, é realizada a tipagem, apenas, para o antígeno D nesse sistema. Os outros antígenos (E, C, c, e), são 
determinados apenas em situações onde ocorre incompatibilidade. 
A produção de anticorpos contra estes antígenos ocorre de forma semelhante à produção de anti-D. A capacidade de 
provocar a produção de anticorpos destes antígenos varia. Partindo do mais imunogênico, temos D > c > E > C > e. 
TRANSFUSÃO 
Para efeito de transfusão, é considerado que pacientes Rh positivos podem receber sangue Rh positivo ou negativo, e 
que pacientes Rh negativos podem receber somente sangue Rh negativo. 
Para os pacientes D “fraco”, existem alguns critérios a serem observados. Se o antígeno D está enfraquecido por interação gênica, 
estando o mesmo presente integralmente, o paciente poderá receber sangue Rh positivo ou negativo. Porém nos casos em que o 
antígeno D está enfraquecido por ausência de um dos componentes, pode ocorrer produção de anticorpos contra o antígeno D na 
sua forma completa. Como rotineiramente, não se identifica a causa que leva a expressão enfraquecida do antígeno, costuma-se 
dar preferência a usar sangue Rh negativo para os pacientes Rh “fraco”. 
Existem situações clínicas onde é necessário avaliar o risco X benefício, e fazer outras opções. Neste momento é 
necessário o acompanhamento do hemoterapeuta. 
 
 
 
REAÇÃO DE AGLUTINAÇÃOA medida direta da ligação de um anticorpo ao antígeno específico é utilizada na maioria dos ensaios 
sorológicos. Alguns importantes ensaios estão baseados na capacidade do anticorpo se ligar ao antígeno e esta ligação 
levar a uma alteração do estado físico do antígeno. Estas interações secundárias podem assim ser detectadas de 
diversas maneiras. Por exemplo: quando o antígeno está presente numa superfície de uma partícula grande como, por 
exemplo, uma bactéria, ou um eritrócito, os anticorpos, uma vez ligados, levam estas partículas a se agruparem num 
fenômeno conhecido por aglutinação. O mesmo princípio aplica-se às reações utilizadas para determinação dos 
grupos sanguíneos, onde os antígenos encontram-se na superfície das hemácias e esta reação de aglutinação causada 
pela ligação do anticorpo é denominada hemaglutinação (do grego ,haima, sangue). 
 Este procedimento é utilizado para determinar o grupo sanguíneo ABO e também pode ser utilizado para o 
grupo Rh, mas deve-se levar em consideração que somente 75% dos indivíduos Rh positivos (D positivos) podem ser 
tipados desta forma, já que existem os D “fracos” que necessitam ser testados pela forma de aglutinação indireta 
(Coombs indireto). Para a tipagem utiliza-se anticorpos (aglutininas) anti-A ou anti-B e anti-D que se ligarão nos 
determinantes antigênicos A, B e D respectivamente presentes nas hemácias (aglutinogênios). Estes aglutinogênios 
estão presentes num grande número de cópias na superfície das hemácias levando as células a se ligarem 
cruzadamente entre si quando da ligação do anticorpo específico. Estas ligações cruzadas ocorrem pela interação das 
células pela ligação simultânea de uma mesma molécula de anticorpo em células diferentes, já que cada molécula de 
Ig possui pelo menos dois sítios de ligação ao antígeno. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
1.Harmening,D. Técnicas Moderna em Banco de Sangue e Transfusão. Rio de Janeiro, Editora Revinter Ltda, 1992 
2.Melo,L e col. Imunohematologia Eritrocitária - STD - Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, 1996 
3.Novaretti,M.C.Z. Sistema de Grupo Sanguíneo ABO . Hematologia Hemoterapia . 1: 36-16, 1996 
4. Novaretti,M.C.Z. Sistema de Grupo Sanguíneo Rh . Hematologia Hemoterapia . 1: 10-16, 1996. 
5.Oliveira,M.C. ; Góes,S.M , Imunologia Eritrocitária - Práticas, Rio de Janeiro, MEDSI , 1998. 
6. Ortho Diagnostics, Antígenos e anticorpos aplicados aos sistemas ABO e Rh, 3a edição, 1978. 
7.Verrastro,T. e col. Hematologia e Hemoterapia . Fundamentos de Morfologia, Fisiologia, Patologia e Clinica. 
Editora Atheneu, 1996. 
8. Janeway, C.A. e cols Imunobiologia: O sistema imune na saúde e na doença, Editora ARTMED, 2002. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TESTE DE COOMBS DIRETO E INDIRETO 
 
 
DOENÇA HEMOLÍTICA DO RECÉM-NASCIDO 
Anticorpos maternos da classe IgG podem atravessar a placenta e lesar as hemácias fetais. A doença hemolítica do 
recém nascido é observada com mais freqüência quando existe incompatibilidade materno-fetal quanto ao antígeno D. 
Assim, mulheres Rh negativas, cujos filhos são Rh positivos, podem ser imunizadas pelas células fetais, por ocasião 
do parto. Geralmente este primeiro filho não sofrerá ação dos anticorpos maternos, mas um segundo filho poderá ser 
prejudicado. Os anticorpos maternos, entrando na circulação fetal através da placenta, fixam-se às hemácias e causam 
destruição destas células. Para compensar a anemia resultante, a medula fetal responde excessivamente, assim como 
outros órgãos hematopoiéticos. Como conseqüência evidencia-se eritroblastose, anemia e hepato-esplenomegalia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TESTE DE COOMBS 
 
 
As imunoglobulinas, como outras proteínas, podem ser imunogênicas quando utilizadas para imunizar indivíduos de 
outras espécies. A maioria das anti-imunoglobulinas geradas desta maneira reconhecem as regiões conservadas de 
todos anticorpos de mesma classe. Os anticorpos anti-imunoglobulinas foram inicialmente desenvolvidos por Robin 
Coombs para estudar a anemia hemolítica do recém nascido e o teste para esta doença é denominado de Teste de 
Coombs. 
Teste de Coombs direto: Neste teste anticorpos maternos que atravessaram a placenta podem ser detectados ligados 
nas hemácias Rh positivas do bebê. Para isso as hemácias do bebê são coletadas, lavadas para remoção de anticorpos 
não ligados, e simplesmente incubadas com anti-imunoglobulina humana. O teste é denominado de Coombs Direto 
pois a aglutinação presente vai indicar a presença dos anticorpos anti-Rh ligados nas hemácias do bebê. 
PROCEDIMENTO: 
-Em um tubo de ensaio adicionar 100 µL de hemácias do recém nascido a ser testado, que já foram previamente 
lavadas para remoção de possíveis anticorpos não ligados; 
-Adicionar em seguida 100µL de anti-IgG humana (soro de Coombs); 
-Centrifugar o tubo a 1.000rpm por 2 minutos à temperatura ambiente; 
 
 
 
-Para visualizar com maior precisão se houve aglutinação, derramar o sangue centrifugado em uma lâmina de 
microscópio. 
RESULTADO: Se aglutinar é sinal que o bebê já tinha anticorpos anti-D maternos da classe IgG que atravessaram a 
placenta e se ligaram às suas hemácias promovendo sua lise e fagocitose e haverá necessidade de transfusão 
sangüínea. Se não aglutinar, é porque não houve passagem de anticorpos maternos anti-D através da placenta. 
 
Teste de Coombs indireto: Este teste é para se detectar a presença de anticorpos anti-Rh não aglutinantes no soro dos 
indivíduos Rh negativos. Neste teste o soro é inicialmente incubado com hemácias do tipo “O Rh positivas”, que se 
ligarão caso os anticorpos anti-D estejam presentes. Utiliza-se hemácias do tipo O para evitar a ligação cruzada de 
antígenos A ou B cujos anticorpos também podem estar presentes no soro testado (por exemplo se o indivíduo Rh 
negativo for do tipo sangüíneo O). Depois deste passo, as hemácias são lavadas para retirar os anticorpos não ligantes 
e, em seguida incubadas com anti-imunoglobulina. Este passo levará à aglutinação das hemácias indicando a 
positividade do ensaio. Este mesmo ensaio é feito para determinar a presença do antígeno Du. 
PROCEDIMENTO: 
-Em um tubo de ensaio adicionar 100 µL de soro da paciente Rh negativo a ser testado, 
-Adicionar em seguida 100 µL de hemácias O Rh positivas; 
-Incubar por 5 minutos a temperatura ambiente; 
-Encher o tubo com aproximadamente 2,0mL de solução salina para retirar excesso de anticorpos não ligados; 
-Centrifugar o tubo a 1.000rpm por 2 minutos à temperatura ambiente; 
-Desprezar o sobrenadante na pia com cuidado para não jogar fora o botão de hemácias; 
-Adicionar em seguida 100µL de anti-IgG humana (soro de Coombs); 
-Centrifugar o tubo a 1.000rpm por 2 minutos à temperatura ambiente; 
-Para visualizar com maior precisão se houve aglutinação, derramar o sangue centrifugado em uma lâmina de 
microscópio. 
 
RESULTADO: Se aglutinar é sinal que a paciente tem anticorpos anti-D classe IgG em seu soro que estão de forma 
perigosa atravessando a placenta e se ligando às hemácias Rh positivas do bebê promovendo sua lise e fagocitose. Se 
não aglutinar, é porque não houve sensibilização da mãe com este antígeno em gestações ou transfusões anteriores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hemaglutinação Indireta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teste de Floculação - Diagnóstico Sorológico da sífilis: 
VDRL 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
O Treponema pallidum, agente causador da sífilis,induz o organismo a formar dois tipos de anticorpos, os 
não treponêmicos ou reaginas (inespecíficos) e os treponêmicos (específicos). O teste VDRL (Venereal 
Disease Research Laboratory) desenvolvido por Harris, Rosenberg e Riedel na década de 40 é capaz de 
detectar anticorpos inespecíficos reaginas, presentes no soro de pacientes com infecção sifilítica, o que 
permite seu emprego em larga escala como prova de triagem sorológica para sífilis. 
 
2. PRINCÍPIO DO TESTE 
VDRL: teste não treponêmico, utiliza como antígeno a cardiolipina que normalmente ocorre no soro em 
níveis baixos e apresenta-se elevado na sífilis. O VDRL é uma reação de floculação, apresentando alta 
sensibilidade e baixa especificidade. Torna-se positivo duas semanas após o cancro. Falso-negativos podem 
ocorrer na sífilis tardia. Entre 1 e 40% dos resultados de VDRL são falso-positivos: idosos, portadores de 
doenças auto-imunes, malaria, mononucleose, brucelose, hanseníase, hepatites, portadores HIV, 
leptospirose, viciados em drogas, outras infecções bacterianas, vacinações e gravidez. Falso-positivos 
mostram títulos em geral ate 1:4, mas títulos maiores podem ser encontrados. Na avaliação do tratamento 
observa-se que na sífilis primaria e secundaria, os títulos caem cerca de quatro vezes em três meses e oito 
vezes em seis meses, ficando negativos em um a dois anos. Resultados positivos de VDRL no líquor são 
encontrados em 50% a 60% dos casos de neurosífilis, com especificidade em torno de 99%. Apos 
tratamento, títulos caem entre três e seis meses, podendo demorar anos para negativarem. Linfocitose e 
aumento das proteínas são evidencias de neurosifilis ativa. 
 
2.2. MATERIAL NECESSÁRIO 
 
• Placas de vidro escavadas (Kline); Agitador tipo Kline com capacidade para 180 rpm; Pipetas 
automáticas de 10 a 50µl ; Microscópio; Solução fisiológica (NaCl 0,9 %); Reativo 1: antígeno 
VDRL (cardiolipina bovina); Reativo 2: soro controle positivo; Reativo 3: soro controle negativo. 
 
2.3. PROCEDIMENTOS 
 
• Realizar sempre em paralelo os controles positivos e negativos; 
• Numerar a placa escavada denominando controle (CP), controle negativo (CN), e teste (T); 
• Transferir 50µl dos soros controles positivo e negativo respectivamente, para as duas primeiras 
cavidades da placa Kline; 
• Transferir 50µl da amostra a ser investigada na cavidade denominada de T; 
• Adicionar 25µl do antígeno de VDRL, em todas as cavidades; 
• Agitar imediatamente a placa no agitador de Kline por 4 minutos a 180 rpm 
• Proceder a leitura, imediatamente, em microscópio com objetiva de 10x, iniciando sempre pelos 
controles positivos e negativos; 
 
• Formação de flocos – teste positivo 
 
3. OBJETIVO ESPECÍFICO DA AULA 
 
• Realizar reação de sorodiagnóstico da sífilis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teste Imunocromatográfico 
( Teste rápido)

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