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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI CAMPUS ALTO PARAOPEBA ENGENHARIA CIVIL MOBILIDADE URBANA Ouro Branco – MG Outubro, 2017 Alunas: Ana Flávia Moraes de Souza – 164150037 Valentina Ferreira Gomes Campos – 154150070 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 3 2. BRT – MOVE ................................................................................................................................ 4 3. VLT ................................................................................................................................................. 5 4. METRÔ .......................................................................................................................................... 6 5. MONOTRILHO.............................................................................................................................. 9 6. BICICLETA ................................................................................................................................. 10 7. CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 14 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................... 15 3 1. INTRODUÇÃO A mobilidade urbana adequada de uma cidade é obtida através de políticas de transporte e circulação que visam uma melhor forma de acessibilidade de pessoas e cargas dentro do espaço urbano, através de modos alternativos de transportes. Grande parcela da população ainda utiliza seus veículos particulares, fato que faz com que ruas e estradas fiquem congestionadas em horários variados durante o dia. Uma cidade que não tem um bom planejamento de mobilidade urbana não suporta essa demanda de automóveis, gerando desconforto e prejudicando a qualidade de vida da sociedade. A fim de solucionar esse problema, serão apresentados cinco diferentes subsistemas do transporte urbano, que são meios alternativos para a mobilidade da população. 4 2. BRT – MOVE O Bus Rapid Transit (BRT) - transporte rápido por ônibus - é um sistema de transporte feito sobre pneus e de forma eficiente, com alta capacidade, qualidade e rapidez. O MOVE é um BRT que foi implantado em Belo Horizonte a fim de melhorar a mobilidade urbana em algumas partes da cidade em que a demanda de automóveis é grande. Esse tipo de transporte propicia aos usuários viagens mais rápidas e confortáveis, agilidade no embarque e desembarque, faixas exclusivas, informação em tempo real, pontualidade, maior segurança e melhoria da qualidade do ar, pois com sua implantação, foi possível reduzir o número de ônibus em circulação, diminuindo assim a emissão de poluentes. A frota do MOVE é formada por três tipos de ônibus: os articulados, os convencionais e os padrons. A altura geralmente varia entre 3,8 metros e a largura entre 2,6 metros que depende do tipo de ônibus escolhido para cada parte da cidade. Articulado MOVE: São 192 ônibus em circulação; Com 4 portas à esquerda; Sem cobrador, Comprimento de 18,6 metros; Capacidade de 153 passageiros, sendo 47 sentados e 106 em pé. Articulado MOVE Misto: São 115 ônibus em circulação; Com 4 portas à esquerda e 3 portas à direita; Com cobrador, Comprimento de 18,6 metros; Capacidade de 144 passageiros, sendo 42 sentados e 102 em pé. Convencionais: Com 3 portas à direita; 5 Com cobrador; Capacidade de 75 passageiros, sendo 39 sentados e 36 em pé. Padrons: São 174 ônibus em circulação; Com 2 portas à esquerda e 3 portas à direita; Com cobrador, Comprimento de 13,2 metros; Capacidade de 100 passageiros, sendo 36 sentados e 64 em pé. Figura 1 - BRT – MOVE Fonte: http://www.bhtrans.pbh.gov.br/move 3. VLT O Light Rail Vehicle - Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) - é um sistema de transporte feito sobre trilhos, que está entre o metrô e o ônibus convencional e que, em grande parte do seu percurso, circula por uma plataforma parcial e/ou totalmente separada ao tráfego rodoviário e podendo até mesmo, circular no subterrâneo. Os VLT’s geralmente são mais econômicos de se construir, já que sua infraestrutura é menos robusta e, também, por poderem utilizar velhas instalações de caminhos de ferro que estejam abandonadas. As unidades (vagões) são mais baratas, são ligeiros e silenciosos, permitem percorrer curvas apertadas, tem alta 6 capacidade, contaminam menos o ar, além de harmonizarem o ambiente urbano quando bem desenhados. VLT’s São formados por 7 módulos articulados; Com 8 portas em cada lateral; Capacidade de 420 passageiros; Sem cobrador, Peso em torno de 7000 kg; Comprimento de 44 metros; Largura de 2,65 metros; Altura de 3,82 metros; Podem ser movidos com diesel ou eletricamente. Figura 2 - VLT Fonte: http://www.rio.rj.gov.br/web/secpar/vlt 4. METRÔ O metrô é um meio de transporte subterrâneo de passageiros, localizado em áreas urbanas, com grande capacidade de passageiros e com alta frequência. Ele é formado por uma ou mais composições que são unidas de um ponto fixo a outro através de trilhos energizados. É um meio de transporte público muito utilizado devido à sua alta velocidade, sua eficácia e a sua grande capacidade de transportar milhares de pessoas durante 7 todos os dias. Porém, apesar das vantagens citadas, esse tipo de locomoção apresenta pouco conforto e elevado número de passageiros em horários de pico, além de um custo de implantação muito mais elevado em relação a outros transportes. O primeiro metrô foi inaugurado em 1863, em Londres, e foi considerado um dos grandes feitos da engenharia moderna. O sistema de transporte deu a Londres uma identidade inovadora e ousada, fazendo com que a população conseguisse se locomover nos horários previstos e com uma maior facilidade. A composição do metrô é formada pela união de quatro carros: dois do tipo “A”, onde há cabines de pilotagem e de passageiros, e dois do tipo “B”, onde há apenas cabines de passageiros. As dimensões exatas e a capacidade de transporte dos metrôs, assim como os outros sistemas, variam de acordo com a cidade em que este foi implantado. Assim, com fim de exemplificação, foi escolhido o Metrô DF, localizado em Brasília – DF, para o estudo de suas características técnicas. Metrô DF: Capacidade total de 1.356 usuários (carro “A” comporta 326 pessoas, sendo 44 sentadas e 282 em pé. Já o carro “B” comporta 352 pessoas, sendo 56 sentadas e 296 em pé); Cada cabine de comando mede 3 metros de largura, 2 metros de profundidade e 1,9 metro de altura; Comprimento de 87,2 metros; A velocidade máxima de operação é de 80 km/h; Peso do tipo “A” é 40.300 kg e do tipo “B” é de 39.500 kg. A presença desse meio de transporte em Brasília, assim como em várias outras cidades, impacta além da mobilidade urbana. O veículo sobre trilhos é capaz de acelerar a economia local, alimentar o mercado imobiliário, gerar vários empregos e promover transformações sociais.8 Figura 3 – Características gerais do Metrô DF Fonte: http://doc.brazilia.jor.br/TrMetro/Metro-DF-TUEs-Trens-unidade-Mafersa.shtml 9 Figura 4 – Metrô DF Fonte: http://quartodeviagem.com/o-metro-de-brasilia/ 5. MONOTRILHO O monotrilho é uma ferrovia formada por um único trilho, se opondo as ferrovias tradicionais que apresentam dois trilhos em sua composição. Os carros viajam “pendurados” ou “encaixados” em trilhos de concreto ou de aço, que fornecem energia elétrica para a locomoção. Esses trilhos são construídos em elevação. A principal vantagem do monotrilho em relação aos sistemas de carris mais convencionais é que eles utilizam menos espaço, tanto na vertical como na horizontal. Eles apresentam alta velocidade e são mais seguros, já que não apresentam o perigo de descarrilar e não existe a possibilidade de choque com automóveis e pessoas. Quando comparados aos sistemas de instalação dos metrôs, os monotrilhos são mais baratos e mais fáceis de construir. Apesar das vantagens, eles apresentam alguns pontos negativos. Esse tipo de transporte necessita de uma “estrada” própria, onde, em desvios, algumas partes ficam suspensas no ar. Além disso, em emergências, os passageiros não conseguem evacuar do interior do veículo rapidamente. Para fim de exemplificação, foi o escolhido o Monotrilho da Linha 15 – Prata, localizado na cidade de São Paulo – SP. Essa implantação atenderá a mais de 500.000 passageiros por dia, suprindo a demanda regional. 10 MONOTRILHO DA LINHA 15 – PRATA: Deslocam-se sobre uma viga de 69 cm de largura, com pneus laterais para guia e estabilização; Vias e estações construídas com alturas entre 12 e 15 metros; Apresenta velocidade operacional mínima de 35 km/h e máxima de 80 km/h; Headway de projeto de 75 segundos (20 segundos de parada com portas abertas nas estações); Headway operacional de 90 segundos; Capacidade total de 48.000 usuários (com 1002 passageiros em cada trem, sendo 122 sentadas e 880 em pé - 6 passageiros em pé a cada metro quadrado); Extensão total de 90 metros, com 17 estações; Comprimento máximo do trem de 85.289 metros; Largura de 3.147 metros; Largura das portas de 1,6 metros, com 4 portas em cada carro. Figura 5 – Monotrilho da Linha 15 - Prata Fonte: http://www.metro.sp.gov.br/obras/monotrilho-linha-15-prata/maquetes-eletronicas.aspx 6. BICICLETA O transporte por meio de veículos deslocados pela tração humana é uma opção sustentável e já tem sido muito utilizado em vários países. 11 Existe uma grande oposição à construção de ciclovias em grandes cidades brasileiras, já que, de acordo com as “regras” de engenharia de tráfego, elas aumentam os congestionamentos nas vias. O que essa regra diz é que, quando ocorre a diminuição do espaço da via para a implantação da ciclovia, mais tempo é gasto para que os carros consigam sair dessas vias. Porém, não é isso que acontece quando um projeto de design inteligente de rua é implantado. Um relatório sobre ciclovias divulgado pelo Departamento de Transporte de Nova Iorque é um ótimo exemplo de como a implantação desse tipo de via é uma ótima alternativa para a mobilidade urbana. No estudo foi verificado um benefício curioso: a velocidade dos carros aumentou em várias avenidas em Manhattan após a construção das ciclovias. Depois da instalação nas avenidas Columbus e 8th, o tempo que um veículo leva para atravessar uma distância específica diminuiu consideravelmente. Na Columbus, a redução foi de 35% no tempo gasto nos deslocamentos nas horas de pico, entre as ruas 77th e 96th. Já na avenida 8th houve queda de 14% no tempo de deslocamentos em um trecho de 11 quarteirões entre as ruas 23rd e 34th. Esse aumento na velocidade média dos veículos ocorreu por alguns motivos. Primeiramente, alguns carros foram retirados das vias sendo substituídos pelas bicicletas. Outro motivo é que o projeto para a construção da ciclovia não retirou nenhuma faixa da via dos automóveis, e sim, estreitou-as. Ao diminuir a largura das faixas, foi possível redesenhá-las, especialmente para a criação de áreas de espera à esquerda, o que não trava o trânsito e torna o uso de bicicletas mais seguro. Além de melhorar o fluxo dos automóveis, essa solução técnica colaborou para que fosse reduzido em 17% o número de acidentes com lesões desde que as vias foram construídas. 12 Figura 6 – Antes e depois da via em Nova Iorque Fonte: http://thecityfixbrasil.com/2015/01/21/antes-e-depois-das-ciclovias-em-nova-york/ Reduzindo os congestionamentos e a lotação dos transportes públicos, democratizando o deslocamento e apresentando pouco ou nenhum gasto, é fato que o uso da bicicleta e a construção das ciclovias são excelentes alternativas de mobilidade urbana. Figura 7 – Ciclovia em Nova Iorque Fonte: http://vadebike.org/2014/11/ciclovias-nao-causam-congestionamento-melhoram-transito/ Para a construção dessas ciclovias é importante se atentar para as características físicas e de infraestrutura mínimas que são determinadas. A tabela abaixo mostra essas características. 13 Tabela 1 – Características das ciclovias Fonte: https://vadebici.wordpress.com/2012/04/14/sobre-largura-minima-para-ciclofaixas-e-ciclovias/ 14 7. CONCLUSÃO Com esse trabalho é possível observar melhor as vantagens, desvantagens e os dados técnicos de cinco diferentes subsistemas do transporte urbano. Esses transportes contribuem muito para o melhoramento da mobilidade urbana, redução do tempo gasto para a realização das atividades cotidianas da população e de estresse gerado com o trânsito. Assim, fica evidente que um bom planejamento aliado a investimentos e implantações de novas formas de transporte são maneiras eficazes de combater ou, pelo menos, reduzir o congestionamento nas vias de uma cidade. 15 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, C. (23 de Março de 2011). Quem é quem nos modais de transporte urbano. Acesso em 1 de Outubro de 2017, disponível em MOB Floripa: http://www.mobfloripa.com.br/novidades_det.php?codigo=944 BERTOLINI, E. (16 de Novembro de 2014). Ciclovias reduzem congestionamentos e aumentam velocidade dos carros em Nova York. Acesso em 1 de Outubro de 2017, disponível em Vá de Bike: http://vadebike.org/2014/11/ciclovias-nao-causam-congestionamento-melhoram- transito/ BRASIL, M. (23 de Abril de 2014). BRT e VLT: Entenda as diferenças. Acesso em 29 de Setembro de 2017, disponível em Fetrans: http://www.fetrans.org.br/site/?p=1238 Expansão e Obras. (s.d.). Acesso em 1 de Outubro de 2017, disponível em Portal do Governo: http://www.metro.sp.gov.br/obras/monotrilho-linha-15-prata/caracteristicas.aspx LOBO, R. (29 de Agosto de 2014). Monotrilho: Vantagens e Desvantagens. Acesso em 1 de Outubro de 2017, disponível em VIATROLEBUS: http://viatrolebus.com.br/2014/08/monotrilho- vantagens-e-desvantagens/ MARTINS, R. (11 de Agosto de 2015). Metrô trouxe progresso para Brasília, mas ainda é deficitário. Acesso em 29 de Setembro de 2017, disponível em Pense Mobilidade: http://www.pensemobilidade.com.br/2015/08/df-metro-trouxe-progresso-para-brasilia.html Monocarril. (26 de Janeiro de 2016). Acesso em 29 de Setembrode 2017, disponível em Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Monocarril#Vantagens MOVE - Perguntas Frequentes. (s.d.). Acesso em 29 de Setembro de 2017, disponível em BH Trans: http://www.bhtrans.pbh.gov.br/portal/page/portal/portalpublico/Temas/Onibus/MOVE/per guntas-frequentes-MOVE
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