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Anamnese hematológica

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Propedêutica Médica II – Anamnese Hematológica/Prof.ª Viviane 
Ana Maria Guirro 
1 
 
ANAMNESE HEMATOLÓGICA 
 RELEMBRANDO: 
1. A formação do sangue se dá na medula óssea (tutano do osso, parte esponjosa), 
principalmente dos ossos chatos como crânio, quadril, vértebras. Medula óssea é 
diferente da Medula espinhal. 
2. Microambiente adequado dentro da medula óssea: moléculas de adesão, receptores... 
qualquer microrganismo ou celular que invada esse ambiente (ex: Leishmania) irá 
prejudicar a hematopoiese, pois, a medula é muito sensível. 
 
 
HEMATOPOIESE: envolve a formação não somente de células vermelhas!! É a produção 
de todos os elementos sanguíneos.Temos uma célula tronco pluripotente capaz de se 
diferenciar, didaticamente falando, em duas grandes colônias que irão amadurecer, 
proliferar e dar origem a todas as nossas células hematopoiéticas. 
- células-tronco linfopoiéticas: temos como células finais os linfócitos B, T e NK 
(célula sem marcador em sua membrana e se comporta como uma célula linfocítica). 
-células-tronco mielopoiéticas: temos todos os outros tipos celulares. 
Ao longo desse processo, as células vão se diferenciando, mudando de tamanho, 
formato e coloração, até se tornarem maduram e caírem na corrente sanguínea periférica. 
Normalmente, as únicas células fagocíticas que estão na circulação são os segmentados. Em caso de inflamações, 
ocorre um desvio à esquerda, havendo liberação de células imaturas na circulação como os mielócitos, 
metamielócitos, bastonetes. 
Propedêutica Médica II – Anamnese Hematológica/Prof.ª Viviane 
Ana Maria Guirro 
2 
 
INTERROGATÓRIO SINTOMATOLÓGICO DOS DIVERSOS APARELHOS (ISDA): 
Sistema Hemolinfopoiético (série vermelha, branca e plaquetária) 
1. Série vermelha: Hemácias 
 Função: através da Hb faz o transporte de oxigênio para os tecidos e remoção do gás 
carbônico. 
 Valor normal Hb 
 Níveis diminuídos: Anemias 
 Níveis aumentados: Poliglobulias (comum em pacientes com DPOC. Pode ocorrer síndrome 
da hiperviscosidade: tontura, vertigem, zumbido, alteração visual, piora da dispnéia. 
 Sintomatologia: 
a) Astenia: lenta, progressiva 
b) Cansaço / Dispnéia (repouso/esforço) 
c) Tonturas/vertigens 
d) Sonolência excessiva 
e) Dores nas pernas 
f) Sinais: queilite angular (rachadura do canto da boca), unhas e cabelos 
quebradiços e ralos. 
g) Palidez cutâneo-mucosa: palidez das pregas palmares cutâneas, na conjuntiva 
dos olhos. 
h) Glossite (achatamento e perda das papilas linguais, podendo perder todas, o 
que é chamado de língua careca). 
 
 
 
 
 
 
 
2. Série Branca: Leucócitos (neutrófilos + linfócitos) 
 Número normal leucócitos (normal=3800 a 10000) 
 Podem estar diminuídos ou aumentados 
 Neutrófilos diminuídos: há muitos sinais e sintomas. Prejuízo da fagocitose (infecções 
freqüentes, de acordo com o nível de neutrófilos). É comum em pacientes com câncer, por 
conta da própria doença e da quimioterapia; eles desenvolvem infecções até por antígenos 
da biota. 
 Linfócitos: quando estão em número reduzido, há um prejuízo humoral  diminui a 
produção de plasmócitos e anticorpos. Paciente desenvolve muitas infecções, 
principalmente, por vírus. Ex: Herpes Zóster. Essas infecções podem acontecer antes do 
Anemia megaloblástica: causada por deficiência de vitamina B12 ou de ácido fólico. Pode ocorrer em indivíduos que 
retiram totalmente o estômago. Isso acontece porque não há absorção de vitamina B12. Assim, deve haver 
complementação com vitamina B12 intramuscular para o resto da vida. 
 
Anemia falciforme: hemácias sofreram alteração em sua forma, de modo que ficam aprisionadas na microcirculação, causando 
microagregados e hemólise. É uma doença que se manifesta logo na infância, com vários sintomas, e a anemia persiste ao longo 
dos anos nesses indivíduos. Sua hemoglobina não passa de 8. Porém, por se tratar de uma doença crônica, há mecanismos 
compensatórios hemodinâmicos, cardiológicos, renais e endócrinos (ADH). Devido esses mecanismos, pacientes podem não 
apresentar sintomas. 
 
Qual o nível de hemoglobina para se fazer uma transfusão? R: não há um padrão!!! Depende da causa da anemia, idade, 
comorbidades (diabéticos, AVC prévio, cardiopata) manifestações sintomatológicas ... depende da situação clinica. 
 
Os sintomas podem ou não aparecer, dependendo do: 
 I - Tempo: pois, as causas podem ser agudas (perder muito 
sangue em pouco tempo) ou crônicas (perder menos sangue em um 
tempo maior). 
 II - Idade: Normalmente, pacientes mais jovens apresentam 
menos sintomas que idosos. 
 III - Presença de comorbidades. 
 
Propedêutica Médica II – Anamnese Hematológica/Prof.ª Viviane 
Ana Maria Guirro 
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diagnostico de doenças dos linfócitos, como um linfoma, e chamar a atenção para o 
diagnóstico. 
 Sintomatologia 
a) Infecções oportunistas ou de repetição 
b) Aumento linfonodos (mononucleose, toxoplasmose, Tb, HIV, Linfomas) 
c) Perguntar características linfonodos: questionar sobre velocidade de crescimento, 
tamanho, fistulização (ex: tuberculose ganglionar pode causar fistulização do 
linfonodo), consistência, aderência a planos profundos, quais as cadeias 
comprometidas 
d) Febre (t>=37,8°C) 
e) Sudorese noturna / Emagrecimento 
f) Dor ou desconforto abdominal: algumas doenças que alteram essas células 
podem causar visceromagalias (ex: esplenomegalia; paciente relata que sente um 
peso na barriga). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cadeias de linfonodos: 
1) Pré-auricular 
2) Retroauricular 
3) Submentoniano 
4) Submandibular 
5) Cervicais (anteriores e 
posteriores) 
6) Supraclaviculares 
7) Axilares 
8) Inguinais 
 
 
 
 
 
3. Série plaquetária 
 Formação das plaquetas: divisão do núcleo do megacariócito  megacariócito maduro 
 citoplasma começa fragmentar  plaquetas (fragmentos citoplasmáticos). 
Aqui temos órgãos linfóides primários e secundários. 
Temos também as tonsilas, que não estão na figura. No 
intestino estão as Placas de Peyer. O apêndice também é rico 
em linfócitos. 
Há uma extensa rede de gânglios e vasos linfáticos. Alguns 
desses gânglios são palpáveis, e nós devemos saber como e 
onde palpar. 
Leucemia linfóide crônica: ocorre, normalmente, em idosos. Tem um curso insidioso. Paciente acaba falecendo de outras causas ou por 
infecção, devido paciente ficar imunossuprimido. Há também a leucemia linfóide aguda, leucemia mielóide aguda e leucemia mielóide 
crônica, e cada uma com um curso clínico diferente. 
 
Propedêutica Médica II – Anamnese Hematológica/Prof.ª Viviane 
Ana Maria Guirro 
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 Função plaquetária: a plaqueta faz parte da Hemostasia Primária: 
- Abrange as interações plaquetas e vaso: envolve plaqueta, fator de Von 
Willebrand (ligação da plaqueta ao endotélio, endotélio e fibrinogênio (necessário para 
a agregação plaquetária. Ele se liga ao receptor GpIIbIIIa, e liga uma plaqueta a outra. 
Assim, numa deficiência de fibrinogênio o paciente pode sangrar). 
- Focalização inicial do processo hemostase. 
*não confundir hemostasia primária com hemostasia plasmática, que é a 
cascata da coagulação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sinais e sintomas 
 Plaquetas diminuídas: aparecimento de sangramento 
 Cutâneo-mucoso 
 Equimoses (mancha): mancha esverdeada, que demora dias para sair 
(hemoglobina sendo degradada). 
 Hematomas (coleção sangue): ruptura de vaso sanguíneo maior que leva a 
coleção de sangue. 
 Púrpuras (Senil) 
 Petéquias 
 Clínica: 
I. Para descartar coagulopatia: perguntar antecedentes hemorrágicosespontâneos ou pós-procedimentos laboratoriais (Histórico de epistaxe? 
Sangramento intenso após procedimento odontológico? Menstrua muito?) 
II. História clínica 
 
Não necessitamos 
de hemostasia 
plasmática o tempo 
todo!! Em um corte 
superficial, por 
exemplo, a 
hemostasia primária 
é capaz de contar o 
sangramento. 
 
Não confundir!! 
Epistaxe por 
coagulopatia, 
normalmente, é 
bilateral. Se for 
unilateral, 
provavelmente, é 
causa local. 
Propedêutica Médica II – Anamnese Hematológica/Prof.ª Viviane 
Ana Maria Guirro 
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- História (base): episódios de sangramentos (espontâneos ou não, 
localização, bilateralidade). 
- História Familiar sangramentos. 
- Hemorragias Pele: Extravasamento indiscriminado de células sangue 
na pele, tecido subcutâneo ou ambos. 
- Quantidade sangue sai vaso: tamanho lesão. 
- Sangramentos puntiformes < 2 mm: petéquias 
- Lesão > 2mm e < 1cm: purpúricas 
- Equimoses: > 1 cm 
- Petéquias: diferenciar de lesões eritematosas e teleangiectasias 
(digitopressão) 
 Plaquetopenia: pode ocorrer por hemorragia, por mudança na conformação 
plaquetária... 
 Plaquetoses: aumento das plaquetas. Pode ocorrer em: doenças mieloproliferativas 
crônicas, como a leucemia. Qualquer situação que aumenta a interleucina 6 
(medicamentos...) também pode gerar plaquetose (é um fator de crescimento de 
megacariócito importante). Lúpus e artrite reumatóide quando em atividade podem 
alimentar a IL-6 e gerar plaquetose  não é doença hematológica, é causa 
secundária. Isso aumenta o risco de desenvolver quadros trombóticos. Na 
reumatologia, há uso de medicamentos que bloqueiam a ação da IL-6 e podem causar 
plaquetopenia. (Normal: 140000 a 450/500000 - sempre que estiver acima de 1 milhão 
há risco trombótico e abaixo de 20000 há risco de sangramentos espontâneos).

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