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Processo Penal JA CAIU CESPE

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Prévia do material em texto

MANUAL CASEIRO 
1 
 
 
Edição especial: 
 Já caiu CESPE! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
os 
assuntos necessários para a 
compreensão dos temas que 
comporta quaisquer editais 
da disciplina em estudo – 
Direito Processual Penal. 
Enunciados 
das súmulas, cuja 
incidência tem sido cada 
vez mais frequente nos 
certames públicos. 
Enunciados sistematizado 
cuja fonte tem sido o 
@dizerodireito. 
Perguntas abertas com 
classificações e 
nomenclatura que podem 
vim a ser exigidas nos 
certames públicos. 
Questões cobradas pelo 
CESPE em provas 
anteriores cuja fonte tem 
sido o site @qconcursos. 
Comentários pontuais 
feitos pela produtora do 
@manualcaseiro. 
 
 
 
O único dia fácil foi 
ontem... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MANUAL CASEIRO 
2 
 
 
 É possível reunir tudo 
em um só lugar? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INFORMATIVO 787, STF. Ministério 
Público pode realizar diretamente a 
investigação de crimes. 
INFORMATIVO 819, STF. As notícias 
anônimas (denúncias anônimas) não autorizam, 
por si sós, a propositura de ação penal ou 
mesmo, na fase de investigação preliminar, o 
emprego de métodos invasivos de investigação, 
como interceptação telefônica ou busca e 
apreensão. Entretanto, elas podem constituir 
fonte de informação e de provas que não podem 
ser simplesmente descartadas pelos órgãos do 
Poder Judiciário. 
 
Em consonância com o dispositivo 
constitucional que trata da 
vedação ao anonimato, é vedada a 
instauração de inquérito policial 
com base unicamente em denúncia 
anônima, salvo quando 
constituírem, elas próprias, o 
corpo de delito. CERTO! 
INQUÉRITO POLICIAL - 
Tem natureza jurídica de 
procedimento administrativo 
inquisitório e preparatório, presidido 
pela autoridade policial, objetivando 
a identificação das fontes de prova e a 
colheita de elementos de informação 
quanto à autoria e materialidade da 
infração penal, a fim de possibilitar 
que o titular da ação penal possa 
ingressar em 
juízo. SÚMULA VINCULANTE 14. 
É direito do defensor, no interesse do 
representado, ter acesso amplo aos 
elementos de prova que, já 
documentados em procedimento 
investigatório realizado por órgão 
com competência de polícia judiciária, 
digam respeito ao exercício do direito 
de defesa.
 
 
 
 
 
 MANUAL CASEIRO 
3 
JÁ CAIU CESPE: sua apostila de assertivas CESPE contém questões que já foram cobradas pela 
banca, lhe permitindo um Raio X dos temas de maior incidência e que foram repetidamente objeto de questão. 
O JÁ CAIU CESPE não se trata de uma apostila de resolução de questões para ser resolvida pelo 
concursando, mas de uma forma de estudo mais avançado que vai além do mero conteúdo, lhe conferindo a 
análise das questões e os comentários que justificam o erro e o acerto de cada assertiva. 
Vamos Juntos? 
Assertivas CESPE – Investigação Preliminar 
JÁ CAIU CESPE: O delegado de polícia, se estiver convencido da ausência de elementos suficientes 
para imputar autoria a determinada pessoa, deverá mandar arquivar o IP, podendo desarquivá-lo se surgir 
prova nova. ERRADO!!! 
Nos termos do art. 17 do Código de Processo Penal, a autoridade policial não possui atribuição para 
mandar arquivar autos do inquérito policial, razão pela qual a alternativa encontra-se equivocada. Nesse 
sentido, vejamos a legislação. 
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. 
JÁ CAIU CESPE: A atividade investigatória de crimes não é exclusiva da polícia judiciária, 
podendo ser eventualmente presidida por outras autoridades, conforme dispuser a lei especial. CERTO! 
Cuidado! A presidência do inquérito policial é de atribuição exclusiva da autoridade policial (Delegado de 
Polícia), porém existem outras formas de investigação, e não apenas o inquérito. Assim, essas outras espécies 
de investigação podem ser feitas por outras autoridades, de modo que, é correto afirmar que a atividade 
investigatória não é exclusiva da polícia judiciária, por exemplo, investigação pelo MP (PIC) e CPIS (Poder 
Legislativo). 
Vamos esquematizar? 
Atribuição para presidência do INQUÉRITO 
POLICIAL 
Atribuição para investigações diversas do Inquérito 
Policial 
Apenas o Delegado. 
Lei nº 12.830, Art. 2º § 1º Ao delegado de polícia, 
na qualidade de autoridade policial, cabe a 
condução da investigação criminal por meio de 
inquérito policial ou outro procedimento previsto 
em lei, que tem como objetivo a apuração das 
circunstâncias, da materialidade e da autoria das 
infrações penais. 
Delegado e outros órgãos – MP; Legislativo. 
 
JÁ CAIU CESPE: O IP é indispensável para o oferecimento da denúncia; o promotor de justiça não 
poderá denunciar o réu sem esse procedimento investigatório prévio. ERRADO!!! 
O inquérito policial possui entre outras características, a característica de ser dispensável. Desse modo, é 
possível que seja instaurada ação penal sem inquérito policial prévio, desde que haja outros elementos hábeis 
a substanciar a ação penal. Nesse sentido, vejamos a legislação: 
 
 
 
 
 
 MANUAL CASEIRO 
4 
Art. 39, § 5º O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos 
elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze 
dias. 
JÁ CAIU CESPE: O juiz é livre para apreciar as provas e, de acordo com sua convicção íntima, 
poderá basear a condenação do réu exclusivamente nos elementos informativos colhidos no IP. ERRADO!!! 
Nos termos do art. 155 do Código de Processo Penal, embora o juiz possua liberdade para apreciar as provas, 
é necessário motivação, e não poderá proferir condenação com base exclusivamente nos chamados 
“elementos informativos”. Vejamos a legislação: 
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, 
não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, 
RESSALVADAS as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. 
JÁ CAIU CESPE: Uma vez arquivado o IP por decisão judicial, a autoridade policial poderá 
proceder a novas pesquisas, se tiver notícia de uma nova prova. CERTO! 
Como prevê o CPP (art. 18), depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por 
falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas 
tiver notícia. Na mesma linha, segundo a súmula nº 524 do Supremo, arquivado o inquérito policial, por 
despacho do juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, não pode a ação penal ser iniciada sem novas 
provas. 
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a 
denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. 
JÁ CAIU CESPE: O ofendido e o indiciado não poderão requerer diligências no curso do IP. 
ERRADO!!! 
O art. 14 do CPP dispõe que “o ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer 
diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade”. Assim, encontra-se equivocada a alternativa 
que nega essa possibilidade. 
JÁ CAIU CESPE: O indiciamento é ato próprio da autoridade policial a ser adotado na fase 
inquisitorial. CERTO! 
Segundo ensinamentos do Professor Renato Brasileiro, o indiciamento é ato privativo do Delegado de Polícia 
que, para tanto, deverá fundamentar-se em elementos de informação que ministrem certeza quanto à 
materialidade e indícios razoáveis de autoria. Portanto, se a atribuição para efetuar o indiciamentoé privativa 
da autoridade policial (Lei nº 12.830/13, art. 2º, § 6º), não se afigura possível que o juiz, o Ministério Público 
ou uma Comissão Parlamentar de Inquérito requisitem ao delegado de polícia o indiciamento de determinada 
pessoa. Nesse sentido, vejamos a legislação. 
Art. 2º. § 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante 
análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias. 
 
 
 
 
 
 
 MANUAL CASEIRO 
5 
 
 
JÁ CAIU CESPE: Do despacho da autoridade policial que indeferir requerimento de abertura de IP 
feito pelo ofendido ou seu representante legal é cabível, como único remédio jurídico, recurso ao juiz criminal 
da comarca onde, em tese, ocorreu o fato delituoso. ERRADO!!! 
Nos termos do art. 5º, §2º do CPP, caberá “recurso para o Chefe de Polícia”. Vejamos: 
Art. 5º § 2º Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe 
de Polícia. 
JÁ CAIU CESPE: Por substanciar ato próprio da fase inquisitorial da persecução penal, é possível o 
indiciamento, pela autoridade policial, após o oferecimento da denúncia, mesmo que esta já tenha sido 
admitida pelo juízo a quo. ERRADO!!! 
O indiciamento após o oferecimento da denúncia constitui-se em constrangimento ilegal. Nesse sentido, 
complementando, vejamos a explicação do Professor Renato Brasileiro: 
A condição de indiciado poderá ser atribuída já no auto de prisão em flagrante ou até o relatório final do 
delegado de polícia. Logo, uma vez recebida a peça acusatória, não será mais possível o indiciamento, 
já que se trata de ato próprio da fase investigatória. Os Tribunais Superiores têm considerado que o 
indiciamento formal após o recebimento da denúncia é causa de ilegal e desnecessário constrangimento à 
liberdade de locomoção, visto que não se justifica mais tal procedimento, próprio da fase inquisitorial. 
JÁ CAIU CESPE: O acesso aos autos do inquérito policial por advogado do indiciado se estende, 
sem restrição, a todos os documentos da investigação. ERRADO!!! 
Nos termos da Súmula Vinculante 14, restringe-se aos elementos de prova já documentados, e não a todos 
e quaisquer documentos, ante a premente possibilidade de atrapalhar as próprias investigações. Nesse 
sentido, vejamos o teor da súmula: 
Súmula Vinculante 14. É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos 
de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de 
polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. 
JÁ CAIU CESPE: Em consonância com o dispositivo constitucional que trata da vedação ao 
anonimato, é vedada a instauração de inquérito policial com base unicamente em denúncia anônima, salvo 
quando constituírem, elas próprias, o corpo de delito. CERTO! 
Conforme Renato Brasileiro, a denúncia anônima, por si só, não serve para fundamentar a instauração de 
inquérito policial, mas, a partir dela, pode a polícia realizar diligências preliminares para apurar a veracidade 
das informações obtidas anonimamente e, então, instaurar o procedimento investigatório propriamente dito. 
A situação trazida pela questão refere-se a uma exceção (salvo quando ela própria constituir corpo de delito). 
 
 
 
 
 
 MANUAL CASEIRO 
6 
JÁ CAIU CESPE: De acordo com a Lei de Drogas, estando o indiciado preso por crime de tráfico 
de drogas, o prazo de conclusão do inquérito policial é de noventa dias, prorrogável por igual período desde 
que imprescindível para as investigações. ERRADO!!! 
Na hipótese do indiciado encontrar-se preso, nos crimes no contexto da Lei de Drogas o prazo é de 30 dias. 
O prazo de 90 dias será aplicado na hipótese do referido encontrar-se solto. 
Vejamos a legislação: 
Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 
(noventa) dias, quando solto. 
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo PODEM SER DUPLICADOS PELO JUIZ, ouvido 
o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária. 
Vamos Esquematizar? 
Prazo para conclusão do IP no âmbito da Lei de Drogas 
Indiciado Preso Indiciado solto 
30 dias 90 dias 
 
Prazo para conclusão do IP no âmbito do CPP (regras geral) 
Indiciado Preso Indiciado solto 
10 dias 30 dias 
 
Vamos aproveitar e fazer a leitura da Lei Seca? 
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou 
estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a 
ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. 
 
§ 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente. 
 
§ 2º No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, 
mencionando o lugar onde possam ser encontradas. 
 
§ 3º Quando o fato for de difícil elucidação, e o INDICIADO ESTIVER SOLTO, a autoridade poderá 
requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado 
pelo juiz. 
 
JÁ CAIU CESPE: São de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado as funções de polícia 
judiciária e a apuração de infrações penais pelo delegado de polícia. CERTO! 
Nos termos do art. 2º da Lei 12.830 (Estatuto do Delegado), as funções de polícia judiciária e a apuração de 
infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de 
Estado. 
JÁ CAIU CESPE: A redistribuição ou a avocação de procedimento de investigação criminal poderá 
ocorrer de forma casuística, desde que determinada por superior hierárquico. ERRADO!!! 
 
 
 
 
 
 MANUAL CASEIRO 
7 
A alternativa encontra-se equivocada, isso porque nos termos da lei, “o inquérito policial ou outro 
procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou redistribuído por superior 
hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público ou nas hipóteses de 
inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação que prejudique a eficácia da 
investigação”. Assim, o procedimento não pode acontecer de qualquer forma, mas de forma motivada e 
observando-se ainda os motivos declinados. 
Art. 2º, § 4o O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado 
ou redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse 
público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação 
que prejudique a eficácia da investigação. 
JÁ CAIU CESPE: . A investigação de crimes é atividade exclusiva das polícias civil e federal. 
ERRADO!!! 
A presidência do inquérito policial que é exclusiva da polícia e não a atividade investigatória em sentido 
amplo, isso porque, até mesmo o MP pode fazer investigação, o chamado PIC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MANUAL CASEIRO 
8 
JÁ CAIU CESPE: O IP, um procedimento administrativo preparatório que tem por finalidade apurar 
os indícios de autoria e materialidade, é indispensável para o início da ação penal pelo Ministério Público. 
ERRADO!!! 
Inicialmente (na primeira parte) a questão encontra-se correta. De fato o inquérito policial tem natureza 
jurídica de procedimento administrativo, cuja finalidade é a apuração de indícios de autoria e materialidade. 
Todavia, o inquérito policial É DISPENSÁVEL. 
Art. 39, § 5º O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem 
oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia noprazo 
de quinze dias. 
JÁ CAIU CESPE: . Por ser o IP um procedimento extrajudicial, anterior ao início da ação penal, não 
há previsão legal de se observarem os princípios do contraditório e da ampla defesa nessa fase investigativa. 
CERTO! 
O inquérito policial possui a característica de ser inquisitório, não há observância do contraditório e da ampla 
defesa nessa fase. 
JÁ CAIU CESPE: . O relatório de IP que concluir pela ausência de justa causa para o prosseguimento 
das investigações deverá ser arquivado pelo delegado. ERRADO!!! 
O delegado não possui atribuição para mandar arquivar autos do inquérito. Nesse sentido, o art. 17 do 
CPP. 
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. 
JÁ CAIU CESPE: . Um policial encontrou, no interior de um prédio abandonado, um cadáver que 
apresentava sinais aparentes de violência, com afundamento do crânio, o que indicava provável ação de 
instrumento contundente. 
Nesse caso, cabe à autoridade policial, E) providenciar para que não se alterem o estado e o local até a 
chegada dos peritos criminais e ordenar a realização das perícias necessárias à identificação do cadáver e à 
determinação da causa da morte. CERTO! 
A medida a ser tomada pelo policial encontra-se correta, nos termos do que dispõe o CPP. Vejamos: 
Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: I - dirigir-
se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos 
peritos criminais. 
JÁ CAIU CESPE: Tratando-se de crimes de ação penal pública, o inquérito policial será iniciado de 
ofício pelo delegado, por requisição do Ministério Público ou por requerimento do ofendido ou de quem o 
represente. CERTO! 
Quando o crime for de ação penal pública incondicionada, as quais são, inclusive a regra, a instauração do 
inquérito policial poderá ocorrer: a) de ofício; b) mediante requisição da autoridade judiciária ou do 
 
 
 
 
 
 MANUAL CASEIRO 
9 
Ministério Público; c) requerimento do ofendido ou seu representante legal; d) notícia oferecida por qualquer 
do povo; e e) Auto de Prisão em Flagrante – APF. 
JÁ CAIU CESPE: O indiciamento do suspeito de prática de crime é ato privativo do delegado de 
polícia, mediante ato fundamentado do qual constarão a análise técnico-jurídica do fato criminoso e suas 
circunstâncias e a indicação da materialidade e da autoria. CERTO! 
A assertiva encontra-se correta. O indiciamento é de atribuição privativa do delegado de polícia. Nesse 
sentido, vejamos a legislação. 
Art. 2º § 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante 
análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias. (Lei nº 
12.830). 
JÁ CAIU CESPE: O inquérito policial: a) não pode ser iniciado se a representação não tiver sido 
oferecida e a ação penal dela depender. CERTO! 
Na hipótese de crimes de ação penal pública condicionada à representação, a instauração do inquérito, 
igualmente, depende da representação. Nesse sentido, a legislação. Vejamos: 
Art. 5º § 4º do CPP. O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá 
sem ela ser iniciado. 
Assim, temos que quando o crime for de ação penal pública condicionada, o próprio início da investigação 
policial estará subordinado ao implemento da representação ou da requisição do Ministro da Justiça (Renato 
Brasileiro). 
JÁ CAIU CESPE: Sendo o arquivamento ordenado em razão da ausência de elementos para basear 
a denúncia, a autoridade policial poderá empreender novas investigações se receber notícia de novas provas. 
CERTO! 
Vejamos o que dispõe a legislação: 
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a 
denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. 
JÁ CAIU CESPE: O inquérito pode ser arquivado pela autoridade policial se ela verificar ter havido 
a extinção da punibilidade do indiciado. ERRADO!!! 
Vejamos o que dispõe a legislação: 
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. 
JÁ CAIU CESPE: Durante o curso do IP, o indiciado poderá requerer qualquer diligência, mas 
realizá-la ou não ficará a critério da autoridade. CERTO! 
O inquérito policial possui a característica de ser um ato discricionário. A autoridade irá realizar as 
investigações conforme as necessidades e peculiaridades do caso, conforme a sua discricionariedade. 
Nesse sentido, a legislação: 
 
 
 
 
 
 MANUAL CASEIRO 
10 
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será 
realizada, ou não, a juízo da autoridade. 
JÁ CAIU CESPE: O IP deve terminar em trinta dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante. 
ERRADO!!! 
O inquérito policial possui a característica de ser um procedimento “temporário”, posto que possui prazo 
para o seu encerramento. O código de processo penal faz uma distinção entre os prazos para a sua conclusão 
quando o réu encontra-se preso e quanto solto. Na hipótese de preso, o prazo é menor, ante o cerceamento 
da liberdade ambulatorial. Por outro lado, se solto, é mais elástico. 
O prazo para conclusão se o indiciado tiver PRESO, regra geral, conforme o CPP é 10 dias, e não 30! 
Nesse sentido, a legislação. Vejamos: 
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou 
estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem 
de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. 
JÁ CAIU CESPE: Por força de mandamento constitucional, o exercício do contraditório deve ser 
garantido ainda no curso do inquérito policial, não obstante a sua natureza administrativa e pré-processual. 
ERRADO!!! 
O inquérito policial é um procedimento inquisitório, não há nessa fase a garantia do exercício do contraditório 
e da ampla defesa. 
Segundo Renato Brasileiro, ante a impossibilidade de aplicação de uma sanção como resultado imediato das 
investigações criminais, como ocorre, por exemplo, em um processo administrativo disciplinar, não se pode 
exigir a observância do contraditório e da ampla defesa nesse momento inicial da persecução penal. 
JÁ CAIU CESPE: . A doutrina e a jurisprudência majoritárias admitem o denominado arquivamento 
implícito, que consiste no fato de o oferecimento de denúncia pelo Ministério Público por apenas alguns dos 
crimes imputados ao indiciado impedir que os demais sejam objeto de futura ação penal. ERRADO!!! 
Não se admite no Ordenamento Jurídico brasileiro o chamado “arquivamento implícito”. 
Entende-se por arquivamento implícito o fenômeno de ordem processual decorrente de o titular da ação penal 
deixar de incluir na denúncia algum fato investigado ou algum dos indiciados, sem expressa manifestação 
ou justificação deste procedimento. 
Conforme ensina o Professor Renato Brasileiro, apesar da construção doutrinária, é bom destacar que a 
maioria da doutrina e da jurisprudência não admitem essa modalidade de arquivamento. Isso porque todo 
pedido de arquivamento deve ser fundamentado. 
JÁ CAIU CESPE: O superior hierárquico do delegado pode determinar a redistribuição de inquérito 
policial por motivo de interesse público e mediante despacho fundamentado. CERTO! 
O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou 
redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público ou 
 
 
 
 
 
 MANUAL CASEIRO 
11 
nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento dacorporação que prejudique 
a eficácia da investigação. 
JÁ CAIU CESPE: . Após a realização de inquérito policial iniciado mediante requerimento da vítima, 
Marcos foi indiciado pela autoridade policial pela prática do crime de furto qualificado por arrombamento. 
Nessa situação hipotética, de acordo com o disposto no Código de Processo Penal e na atual jurisprudência 
do Superior Tribunal de Justiça acerca de inquérito policial, embora fosse possível a instauração do inquérito 
mediante requisição do juiz, somente a autoridade policial poderia indiciar Marcos como o autor do delito. 
CERTO! 
O indiciamento, conforme exposto na Lei 12.830 é ato privativo do Delegado de Polícia. 
Vejamos ainda, como tem se posicionado a Jurisprudência. 
 
 
JÁ CAIU CESPE: Logo que tiver conhecimento da prática de infração penal, a autoridade policial 
deverá determinar, se for caso, a realização das perícias que se mostrarem necessárias e proceder a 
acareações. CERTO! 
Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: 
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, ATÉ A 
CHEGADA DOS PERITOS CRIMINAIS; 
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; 
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; 
IV - ouvir o ofendido; 
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título VII, deste 
Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que lhe tenham ouvido a leitura; 
 
 
 
 
 
 MANUAL CASEIRO 
12 
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; 
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; 
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos 
sua folha de antecedentes; 
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição 
econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos 
que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter. 
�ATENÇÃÃÃÃÃO para a nova diligência que deverá ser tomada! 
X - COLHER INFORMAÇÕES SOBRE A EXISTÊNCIA DE FILHOS, respectivas idades e se possuem 
alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela 
pessoa presa. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016). 
JÁ CAIU CESPE: No curso da tramitação do inquérito policial, o delegado de polícia, ao ter 
conhecimento da infração penal, deverá proceder ao reconhecimento de pessoas e coisas e providenciar a 
realização de acareações. CERTO! 
Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: 
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, ATÉ A 
CHEGADA DOS PERITOS CRIMINAIS; 
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; 
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; 
IV - ouvir o ofendido; 
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título VII, deste 
Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que lhe tenham ouvido a leitura; 
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; 
JÁ CAIU CESPE: Comprovada, durante as diligências para a apuração de infração penal, a 
existência de excludente de ilicitude que beneficie o investigado, o delegado de polícia deverá determinar o 
arquivamento do inquérito policial. ERRADO!!! 
Delegado de Polícia não tem atribuição para determinar arquivamento dos autos do inquérito policial. 
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. 
JÁ CAIU CESPE: Caso o MP requeira o arquivamento de IP com fundamento na atipicidade do fato, 
a decisão que determinar o arquivamento com base nesse fundamento, ainda que seja emanada de juiz 
absolutamente incompetente, impedirá a instauração de processo que tenha por objeto o mesmo episódio. 
CERTO! 
Segundo preleciona Renato Brasileiro, prevalece no Supremo o entendimento de que o pedido de 
arquivamento de inquérito policial, quando se baseia na atipicidade da conduta delituosa ou em causa 
extintiva da punibilidade, não é de atendimento compulsório, mas deve ser resultado de decisão do órgão 
 
 
 
 
 
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13 
judicial competente, dada a possibilidade da formação de coisa julgada material. Desse modo, há de se 
concluir pela ocorrência da coisa julgada material, pouco importando se a decisão tenha sido proferida por 
órgão jurisdicional incompetente ou se entre membros de diversos Ministérios Públicos. 
JÁ CAIU CESPE: O MP, que é o dominus litis, pode determinar a abertura de IPs, requisitar 
esclarecimentos e diligências investigatórias, bem como assumir a presidência do IP. ERRADO!!! 
A presidência do inquérito policial é atribuição exclusiva do Delegado de Polícia. PRESIDIR INQUÉRITO? 
SÓ OS DELEGADOS PODEM. Ok?! 
JÁ CAIU CESPE: O indiciado pode requerer à autoridade policial qualquer diligência que julgue 
necessária. CERTO! 
Vejamos o que dispõe a legislação: 
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será 
realizada, ou não, a juízo da autoridade. 
JÁ CAIU CESPE: Poderá ser dispensado o inquérito policial referente ao caso se a apuração feita 
pela polícia legislativa reunir informações suficientes e idôneas para o oferecimento da denúncia. CERTO! 
O Código de Processo Penal estabelece que o inquérito policial é dispensável, já que o Ministério Público 
pode embasar seu pedido em peças de informação que concretizem justa causa para a denúncia. 
Art. 39, § 5º O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos 
elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze 
dias. 
JÁ CAIU CESPE: A respeito da investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia, julgue o 
item abaixo. 
Suponha que um delegado da Polícia Federal, ao tomar conhecimento de um ilícito penal federal, instaure 
inquérito policial para a apuração do fato e da autoria do ilícito e que, no curso do procedimento, o seu 
superior hierárquico, alegando motivo de interesse público, redistribua o inquérito a outro delegado. Nessa 
situação, o ato do superior hierárquico está em desacordo com a legislação, que veda expressamente a 
redistribuição de inquéritos policiais em curso. ERRADO!!! 
Admite-se a redistribuição de inquéritos policiais, desde que observados os requisitos expostos na lei. 
Vejamos: 
O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou 
redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público 
ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação que 
prejudique a eficácia da investigação. 
- Deve ser feito por superior hierárquico; 
- Por motivo de por motivo de interesse público ou nas 
 
 
 
 
 
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- Por hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação que prejudique 
a eficácia da investigação. 
JÁ CAIU CESPE: Conforme jurisprudência pacificada no STJ, a participação de membro do MP na 
fase investigatória criminal acarreta, por esse fato, a sua suspeição para o oferecimento da respectiva 
denúncia. ERRADO!!! 
Conforme dispõe a Súmula234 do STJ, a participação de membro do Ministério Público na fase 
investigatória criminal NÃO ACARRETA O SEU IMPEDIMENTO ou suspeição para o oferecimento da 
denúncia. 
Cumpre ainda destacarmos que a suspeição da autoridade policial não é causa de nulidade do IP, posto que 
o referido tem caráter de peça meramente informativa. Vejamos o Informativo! 
 
 
JÁ CAIU CESPE: Durante o inquérito policial, é assegurado ao defensor amplo acesso aos 
elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com 
competência de polícia judiciária, digam respeito ao direito de defesa. CERTO! 
 
A assertiva trata do teor da Súmula Vinculante 14. Vejamos: 
Súmula Vinculante 14. É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos 
de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de 
polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. 
JÁ CAIU CESPE: Considerando, por hipótese, que, devido ao fato de estar sendo investigado pela 
prática de latrocínio, José tenha contratado um advogado para acompanhar as investigações, julgue os itens 
a seguir. 
Embora o inquérito policial seja um procedimento sigiloso, será assegurado ao advogado de José o acesso 
aos autos. CERTO! 
O sigilo do inquérito policial não se estende ao advogado do acusado. 
 
 
 
 
 
 
 
 MANUAL CASEIRO 
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Assertivas CESPE – Ação Penal 
JÁ CAIU CESPE: A perempção incide tanto na ação penal privada exclusiva quanto na ação penal 
privada subsidiária da ação penal pública. ERRADO!!! 
O fenômeno processual da perempção não se opera nas ações penais públicas. Nessa esteira, ensina Renato 
Brasileiro “a perempção é a perda do direito de prosseguir no exercício da ação penal privada em virtude 
da negligência do querelante, com a consequente extinção da punibilidade nas hipóteses de ação penal 
exclusivamente privada e de ação penal privada personalíssima”. 
JÁ CAIU CESPE: É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do MP, 
condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público 
em razão do exercício de suas funções. CERTO! 
A alternativa encontra-se em total consonância com o teor da Súmula do STF. Vejamos: 
Súmula nº 714 do Supremo que “é concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério 
Público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor 
público em razão do exercício de suas funções”. 
JÁ CAIU CESPE: Conforme o Código de Processo Penal (CPP), pode ocorrer a decadência na: a) 
ação penal pública condicionada a representação do ofendido ou de seu representante legal. CERTO! 
Conforme ensina o Professor Renato Brasileiro, a decadência é a perda do direito de ação penal privada ou 
de representação em virtude de seu não exercício no prazo legal. Funciona como causa extintiva da 
punibilidade, nos exatos termos do art. 107, inciso IV, do Código Penal. 
Trata-se de fenômeno que se opera nas ações penais públicas condicionada à representação do ofendido ou 
de seu representante legal. Em sede de ação penal privada subsidiária da pública, fala-se ainda em 
“decadência imprópria, isso porque após o período de 6 meses que correm para o ofendido, o MP poderia 
normalmente propor a sua denúncia. 
Nesse sentido, Renato Brasileiro: 
Como essa ação penal, em sua essência, é de natureza pública, a decadência do direito de ação penal 
privada subsidiária da pública não irá produzir a extinção da punibilidade, sendo, por isso, chamada de 
decadência imprópria. Portanto, ainda que tenha havido a decadência do direito de queixa subsidiária, o 
Ministério Público continua podendo propor a ação penal pública em relação ao referido fato delituoso, 
logicamente desde que não tenha se operado a prescrição ou outra causa extintiva da punibilidade. 
JÁ CAIU CESPE: Nos crimes que se processem mediante ação penal que exija representação, esta 
será retratável mesmo após o recebimento da denúncia. ERRADO!!! 
Nos termos do Código de Processo Penal o marco temporal para a retratação é oferecimento da denúncia, de 
modo que, após o seu oferecimento será irretratável. 
Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. 
 
 
 
 
 
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Assim temos que “oferecida a denúncia, o ofendido ou seu representante legal já não podem mais se retratar 
sob a alegação de que o juiz ainda não teria recebido a peça acusatória”. 
 
Retratação na Lei Maria da Penha! 
O limite temporal para a retratação no âmbito da Lei Maria da Penha é diferente. Vejamos: 
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será 
admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, 
antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público. 
Inobstante a legislação fale em “renúncia”, trata-se em verdade de retratação. 
“Portanto, de forma distinta da previsão do art. 25 do CPP, nos casos de violência doméstica e familiar contra 
a mulher, a retratação da representação pode se dar até o recebimento da peça acusatória, em audiência 
especialmente designada com tal finalidade, assegurada a presença do juiz, e ouvido o Ministério Público”. 
(Renato Brasileiro). 
Vamos Esquematizar? 
Retratação no CPP Retratação na Lei Maria da Penha 
Até o OFERECIMENTO. Até o RECEBIMENTO. 
A representação será irretratável, depois de 
oferecida a denúncia. 
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à 
representação da ofendida de que trata esta Lei, só 
será admitida a renúncia à representação perante o 
juiz, em audiência especialmente designada com tal 
finalidade, antes do recebimento da denúncia e 
ouvido o Ministério Público. 
 
Dica: recordar que “mulher” precisa de maior tempo para decidir, em virtude disso, a retratação envolvendo 
violência vai até o recebimento enquanto que no CPP apenas até o oferecimento, rs! É só para decorar, 
meninas! 
JÁ CAIU CESPE: Cônjuge, ascendente, descendente ou irmã(o) tem o direito de oferecer a queixa 
e prosseguir na ação penal privada em caso de morte do ofendido. CERTO! 
Vejamos o que dispõe a legislação: 
Art. 24. § 1º No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de 
representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (Código de Processo Penal). 
JÁ CAIU CESPE: Tanto a renúncia quanto o perdão, institutos que se estendem aos corréus e 
extinguem a punibilidade, independentemente de aceite, são atos unilaterais de desistência do ofendido em 
relação à ação penal privada. ERRADO! 
A renúncia e o perdão são causas extintivas da punibilidade. Todavia, não são ambas atos unilaterais. Apenas 
a renúncia é unilateral. O perdão pressupõe aceite, é ato bilateral. 
Lembre-se, eu posso oferecer meu perdão, mas só serei “perdoado” se o outro aceitar. É ato bilateral. 
 
 
 
 
 
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Vamos Esquematizar? 
Renúncia Perdão do Ofendido 
Renúncia é o ato unilateral e voluntário por meio 
do qual a pessoa legitimada ao exercício da ação 
penal privada abdica do seu direito de queixa. 
Perdão do ofendido é o ato bilateral e voluntário 
por meio do qual, no curso do processo penal, o 
querelante resolve não prosseguir com a demanda, 
perdoando o acusado, com a consequente extinção 
da punibilidade, nas hipóteses de ação penal 
exclusivamente privada e de ação penal privada 
personalíssima (CP, art. 107, V). 
Trata-se de ato unilateral do ofendido ou de seu 
representante legal, ou seja, não há necessidade de 
aceitação por parte do suposto autor do delito. 
O perdão é um ato bilateral, ou seja, dependede 
aceitação do querelado (CPP, art. 51). 
JÁ CAIU CESPE: Admite-se ação penal privada subsidiária da pública no caso de o Ministério 
Público manifestar-se pelo arquivamento do IP ou deixar de oferecer denúncia no prazo legal. ERRADO! 
A ação penal privada subsidiária da pública é cabível diante da inércia do órgão ministerial. A opção, com 
base fundamentada pelo pedido de arquivamento descaracteriza a inércia, razão pela qual não cabe 
ajuizamento da ação penal privada subsidiária da pública. 
Nesse sentido, propõe Renato Brasileiro: 
Se o órgão ministerial determinou a devolução dos autos à autoridade policial para a realização de diligências 
imprescindíveis, se requereu o arquivamento dos autos do inquérito, se suscitou conflito de competência 
ou qualquer outra medida, não há falar em cabimento de ação penal privada subsidiária da pública, já que 
não restou caracterizada a inércia do Parquet. 
JÁ CAIU CESPE: O princípio da intranscendência determina que a ação penal incondicionada seja 
sempre promovida apenas contra as pessoas a quem se impute a prática de uma infração. CERTO! 
Conforme ensina Renato Brasileiro, por força do princípio da intranscendência, entende-se que a denúncia 
ou a queixa só podem ser oferecidas contra o provável autor do fato delituoso. A ação penal condenatória 
não pode passar da pessoa do suposto autor do crime para incluir seus familiares, que nenhuma participação 
tiveram na infração penal. 
JÁ CAIU CESPE: O princípio da indisponibilidade determina que o MP pode desistir da ação penal 
pública incondicionada até a edição da sentença. ERRADO!!! 
O princípio da indisponibilidade prevê justamente o contrário, ou seja, que o Ministério Público NÃO PODE 
desistir da ação penal. 
Vejamos: 
Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal. 
Se o Ministério Público é obrigado a oferecer denúncia, caso visualize a presença das condições da ação 
penal e a existência de justa causa (princípio da obrigatoriedade), também não pode dispor ou desistir do 
processo em curso (indisponibilidade). Enquanto o princípio da obrigatoriedade é aplicável à fase pré-
processual, reserva-se o princípio da indisponibilidade para a fase processual (Renato Brasileiro). 
 
 
 
 
 
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JÁ CAIU CESPE: A própria vítima poderá assumir a titularidade da ação pública incondicionada, 
se o Ministério Público ficar inerte dentro dos prazos prescritos na lei processual. CERTO! 
Trata-se da chamada “ação penal privada subsidiária da pública”. 
Disciplina a Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso LIX, que será admitida ação privada nos crimes de 
ação pública, se esta não for intentada no prazo legal. A ação penal privada subsidiária da pública, conhecida 
como ação penal acidentalmente privada (ou supletiva), também encontra previsão expressa no CP (art. 100, 
§ 3º) e no CPP (art. 29). 
Vejamos: 
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, 
cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos 
os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência 
do querelante, retomar a ação como parte principal. 
JÁ CAIU CESPE: Em se tratando de ação penal privada subsidiária, se houver inércia do Ministério 
Público e a vítima, tendo assumido a titularidade da ação, deixar de praticar ato que lhe competia para dar 
prosseguimento ao processo, incorrerá em perempção, o que enseja a extinção do processo. ERRADO!!! 
O fenômeno processual da perempção não se opera diante da ação penal privada subsidiária da pública. Caso 
o ofendido permaneça inerte, o Ministério Público, poderá, a qualquer tempo retomar a ação principal. 
JÁ CAIU CESPE: A ação penal pública incondicionada é regida pelos princípios da: oficialidade e 
da intranscendência. CERTO! 
Princípios da ação penal pública Princípios da ação penal de iniciativa privada 
Princípio da intranscendência: a ação penal 
pública só pode ser proposta em relação ao provável 
autor do delito. 
Princípio da intranscendência: a ação penal pública 
só pode ser proposta em relação ao provável autor 
do delito. 
Princípio da oficialidade: a legitimidade para a 
persecução penal recai sobre órgãos do Estado, 
tanto na fase pré processual, quanto na fase 
processual. 
Aplica-se à ação penal de iniciativa privada, porém 
apenas na fase pré-processual. 
Fonte: Manual de Processo Penal, Renato Brasileiro, 2016. 
 
JÁ CAIU CESPE: João, aproveitando-se de distração de Marcos, juiz de direito, subtraiu para si uma 
sacola de roupas usadas a ele pertencentes. Marcos pretendia doá-las a instituição de caridade. João foi 
perseguido e preso em flagrante delito por policiais que presenciaram o ato. Instaurado e concluído o 
inquérito policial, o Ministério Público não ofereceu denúncia nem praticou qualquer ato no prazo legal. 
Considerando a situação hipotética descrita, julgue o item a seguir. 
Em razão da omissão do Ministério Público, a vítima poderá oferecer ação privada subsidiária da pública. 
CERTO! 
Vejamos o que dispõe a legislação: 
 
 
 
 
 
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Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, (QUANDO?) se esta não for intentada no 
prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, 
intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no 
caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. 
JÁ CAIU CESPE: Em se tratando de crime que se apura mediante ação penal pública 
incondicionada, havendo manifestação tempestiva do Ministério Público pelo arquivamento do inquérito 
policial, faculta-se ao ofendido ou ao seu representante legal a oportunidade para a ação penal privada 
subsidiária da pública. ERRADO!!! 
Só cabe falarmos em ação penal privada subsidiária da pública na hipótese de INÉRCIA do MP. A 
manifestação pelo arquivamento demonstra ação por parte do órgão, restando descaracterizada a inércia, 
sendo incabível, consequentemente, ação penal privada subsidiária da pública. 
JÁ CAIU CESPE: A legitimação ativa para a ação penal e a definição de sua natureza decorre da lei, 
sendo, de regra, ação pública, salvo se a lei expressamente a declara privativa do ofendido. CERTO! 
A ação penal pública é a regra, a privada constitui-se exceção, devendo constar expressamente no tipo penal. 
JÁ CAIU CESPE: o perdão concedido a um dos querelantes aproveitará a todos os autores 
remanescentes. ERRADO!!! 
O perdão não se aproveita ao que não aceitar. Nesse sentido, o CPP. Vejamos: 
Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em 
relação ao que o recusar. 
JÁ CAIU CESPE: O perdão do ofendido, ato extintivo do processo criminal, é, assim como a 
renúncia, ato unilateral, pois independe da aceitação do autor do crime para que produza efeitos. ERRADO!!! 
O perdão, diferentemente da renúncia, é ato bilateral, dependendo da aceitação. 
Perdão do ofendido é o ato bilateral e voluntário por meio do qual, no curso do processo penal, o querelante 
resolve não prosseguir com a demanda, perdoando o acusado, com a consequente extinção da punibilidade, 
nas hipóteses de ação penal exclusivamente privada e de ação penal privada personalíssima (CP, art. 107, 
V). 
O perdão é um ato bilateral, ou seja, depende de aceitação do querelado (CPP, art. 51). 
JÁ CAIU CESPE: 
Segundo o entendimento jurisprudencial dos tribunais superiores, para a persecução penal relativa a crime 
de lesão corporal praticado no contexto de violência doméstica contra a mulher, é necessária a representação 
da ofendida. ERRADO!!! 
Trata-se, em verdade, decrime de ação penal pública incondicionada. Nesse sentido, inclusive, entendimento 
já sumulado pelo STJ. 
 
 
 
 
 
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20 
 
 
 
 
 
JÁ CAIU CESPE: Ocorre a perempção no caso de inércia do querelante, deixando-se de promover 
o andamento da ação penal privada subsidiária da pública durante trinta dias consecutivos. ERRADO!!! 
Não se opera a perempção nas chamadas ação penal privada subsidiária da pública. 
JÁ CAIU CESPE: No que se refere a denúncia ou queixa, assinale a opção correta. a) Além dos 
indícios de autoria, para o exercício da ação penal nos crimes de tráfico de drogas, a Lei n.º 11.343/2006 
considera suficiente o laudo de constatação. CERTO! 
De acordo com a Lei de Drogas (Lei nº 11.343/06, art. 50, § 1º), para efeito da lavratura do auto de prisão 
em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza 
e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea. Se a lei de drogas 
exige o laudo preliminar para a própria prisão em flagrante, é evidente que sua juntada é indispensável para 
a deflagração da ação penal, figurando como condição específica de procedibilidade para os processos penais 
relativos a drogas, sem prejuízo da posterior juntada do exame definitivo (Renato Brasileiro). 
 
 
 
 
 
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JÁ CAIU CESPE: Situação hipotética: Breno foi vítima de injúria racial cuja autoria foi imputada a 
Rômulo. Assertiva: Nessa situação, a ação penal será pública incondicionada. ERRADO!!! 
Após as alterações feitas pela Lei nº 12.033/09, passou a ser o crime em comento de ação penal pública 
condicionada a representação. 
A Lei nº 12.033/09, que alterou a natureza da ação penal do crime de injúria racial, antes de ação penal de 
iniciativa privada, hoje de ação penal pública condicionada à representação (Renato Brasileiro). 
Lei nº 12.033/09, Art. 1º. Esta Lei torna pública condicionada a ação penal em razão de injúria consistente 
na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou 
portadora de deficiência. 
JÁ CAIU CESPE: Um adolescente cometeu ato infracional análogo ao tráfico de entorpecente. Nessa 
situação, conforme entendimento do STJ, esse fato, por si só, é suficiente para justificar a imposição de 
medida socioeducativa de internação desse adolescente. ERRADO!!! 
Nos termos da Súmula 492 do STJ, o ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz 
obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de internação do adolescente. 
 
 
JÁ CAIU CESPE: No caso dos delitos previstos na Lei de Crimes Ambientais, a ação penal pública 
será condicionada à requisição do ministro do Meio Ambiente. ERRADO!!! 
Trata-se de crime de ação penal pública incondicionada. Nesse sentido, a legislação. Vejamos: 
Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei, a ação penal é pública incondicionada (Lei nº 9.605). 
JÁ CAIU CESPE: Nos casos de crimes praticados contra o patrimônio público de estado federado, 
a ação penal pública será condicionada à representação do procurador do estado. ERRADO!!! 
Segundo o art. 24, § 2º, do CPP, seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio 
ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública. Nesse caso, é pública incondicionada. 
JÁ CAIU CESPE: Se o ofendido tiver menos de sessenta anos de idade, no caso de crime de 
receptação praticado pelo seu irmão, a ação penal pública será condicionada à representação do ofendido. 
CERTO! 
Art. 182, CP: “Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é cometido em 
prejuízo: I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado; II - de irmão, legítimo ou ilegítimo; III - de 
tio ou sobrinho, com quem o agente coabita. 
 
 
 
 
 
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JÁ CAIU CESPE: A justa causa, uma das condições para o exercício da ação penal, corresponde à 
existência de suporte probatório mínimo para que a acusação seja recebida e se dê prosseguimento ao 
processo. CERTO! 
Quando nos referimos à justa causa como condição da ação penal, tal expressão deve ser objeto de 
interpretação restritiva, para abranger apenas a existência de lastro probatório mínimo que dê arrimo ao 
recebimento da peça acusatória. A justa causa pode ser compreendida, portanto, como o conjunto de 
elementos de direito e de fato que tornam legítima a acusação. (Renato Brasileiro). 
JÁ CAIU CESPE: Ainda que não tenha legitimidade para, em ação penal de iniciativa privada, 
aditar a queixa com o intuito de nela incluir outros réus, o MP poderá acrescentar ao processo elementos que 
influam na fixação da pena, no exercício da função de custos legis. CERTO! 
Segundo Renato Brasileiro, além de promover, privativamente, a ação penal pública, também incumbe ao 
MP fiscalizar a execução da lei (CPP, art. 257, II), o que o faz tanto nos crimes de ação penal pública, quando 
ocupa o polo ativo, quanto nas infrações penais de ação penal privada, em que sua intervenção também é 
obrigatória, fiscalizando a instauração e o desenvolvimento do processo, assim como o cumprimento da lei 
e da Constituição Federal. 
Na hipótese do Ministério Público atuar na fiscalização, fala-se que este exerce sua função de custos legis. 
Por sua vez, custos legis significa guardião da lei, fiscal da correta aplicação da lei, verdadeiro defensor da 
sociedade. Desse modo, a frase fica assim: O Parquet acima de tudo é custos legis. à O Ministério Público 
acima de tudo é fiscal da correta aplicação da lei. 
JÁ CAIU CESPE: O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, mesmo que haja 
recusa de um deles, não produzindo efeitos somente em relação a este. CERTO! 
Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em 
relação ao que o recusar. 
JÁ CAIU CESPE: Nos crimes de ação penal pública condicionada à representação, o ofendido 
poderá retratar-se da representação formulada antes do oferecimento da denúncia. CERTO! 
Vejamos o que dispõe a legislação: 
Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. 
JÁ CAIU CESPE: A Entre os princípios que regem a ação penal pública incondicionada inclui-se o 
da disponibilidade. ERRADO!!! 
Na ação penal pública incondicionada, vigora o princípio da INDISPONIBILIDADE. 
Se o Ministério Público é obrigado a oferecer denúncia, caso visualize a presença das condições da ação 
penal e a existência de justa causa (princípio da obrigatoriedade), também não pode dispor ou desistir do 
processo em curso (indisponibilidade), Renato Brasileiro. 
Vamos Esquematizar? 
 
 
 
 
 
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23 
Princípios da ação penal pública Princípios da ação penal de iniciativa privada 
Se, por conta do princípio da obrigatoriedade, o 
Ministério Público é obrigado a oferecer denúncia, 
não pode desistir da ação penal pública, nem 
tampouco do recurso que haja interposto (CPP, arts. 
42 e 576). Isso, todavia, não significa dizer que o 
Ministério Público não possa pedir a absolvição do 
acusado. 
se a ação penal de iniciativa privada está sujeita a 
critérios próprios de oportunidade ou conveniência 
do ofendido ou de seu representante legal, isso 
significa dizer que o querelante poderá dispor do 
processo penal em andamento. Formas de 
disposição. 
Fonte: Manual de Processo Penal, Renato Brasileiro, 2016. 
JÁ CAIU CESPE: Se tratando de crimes de ação penal pública incondicionada, em nenhuma hipótese 
será permitido ao ofendido intentar ação privada. ERRADO!!! 
Diante da inércia do Ministério Público será possível intentar a chamada “ação penal privada subsidiária da 
pública”. 
JÁ CAIU CESPE: A representação, condição deprocedibilidade da ação penal pública condicionada, 
exige formalidade, não podendo ser suprida pela simples manifestação expressa da vítima ou de seu 
representante. ERRADO!!! 
Inicialmente, cumpre recordarmos que a representação é a manifestação do ofendido ou de seu representante 
legal no sentido de que possui interesse na persecução penal do autor do fato delituoso. 
Ao longo dos anos, a jurisprudência tem proclamado, reiteradamente, que NÃO HÁ NECESSIDADE de 
maiores formalidades no tocante à representação (Renato Brasileiro). Assim, temos que NÃO HÁ 
NECESSIDADE DE FORMALISMO. 
JÁ CAIU CESPE: Conforme o entendimento do STF, em caso de crime de lesão corporal praticado 
mediante violência doméstica e familiar contra a mulher, a ação penal será pública condicionada à 
representação. ERRADO!!! 
Conforme a Súmula 542-STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência 
doméstica contra a mulher é pública incondicionada. 
JÁ CAIU CESPE: Em ação penal privada que envolva vários agentes do ato delituoso, é permitido 
ao querelante, em razão do princípio da disponibilidade, escolher contra quem proporá a queixa-crime, sem 
que esse fato acarrete a extinção da punibilidade dos demais agentes conhecidos e nela não incluídos. 
ERRADO!!! 
A alternativa encontra-se errada, pois vai de encontro ao que prevê o princípio da indivisibilidade. 
Em decorrência da indivisibilidade, a renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores 
do crime, a todos se estenderá (CPP, art. 49). Na mesma linha, o perdão concedido a um dos querelados 
aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar (CPP, art. 51).Assim, é 
incorreto afirmar que o ofendido possa escolher contra quem irá propor a queixa-crime. 
Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se 
estenderá. 
 
 
 
 
 
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Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em 
relação ao que o recusar. 
 
 
 
JÁ CAIU CESPE: Segundo o entendimento do STF em julgamento de ADI, nos crimes de lesão 
corporal praticados contra a mulher em âmbito doméstico, a ação penal deve ser pública incondicionada, 
permanecendo, quanto ao crime de ameaça, a necessidade da representação da ofendida ou de seu 
representante legal. CERTO! 
 
 
 
JÁ CAIU CESPE: Em se tratando de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso 
de arquivamento, o MP poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas. CERTO! 
Conforme o art. 76, da Lei 9.099/95, “havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública 
incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata 
de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta”. 
JÁ CAIU CESPE: Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada 
no prazo legal, cabendo ao MP aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos 
os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência 
do querelante, retomar a ação como parte principal. CERTO! 
 
 
 
 
 
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Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, 
cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos 
os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência 
do querelante, retomar a ação como parte principal. Trata-se da chamada “ação penal privada subsidiária da 
pública” 
JÁ CAIU CESPE: A lei dispõe que o assistente de acusação será admitido durante o curso da ação 
penal pública, mas é omissa quanto à sua habilitação durante o inquérito policial. CERTO! 
JÁ CAIU CESPE: A ação penal privada subsidiária da pública é admitida nos casos em que o 
Ministério Público perde o prazo para o oferecimento da denúncia, mas vedada quando ele requer o 
arquivamento do inquérito policial. CERTO! 
JÁ CAIU CESPE: Após regular instrução processual, mesmo que se convença da falta de prova de 
autoria do crime que inicialmente atribuíra ao acusado, não poderá o Ministério Público desistir da ação 
penal. CERTO! 
Aplica-se o princípio da indisponibilidade. Nesse sentido, o CPP. Vejamos. Art. 42. O Ministério Público 
não poderá desistir da ação penal. 
JÁ CAIU CESPE: O Ministério Público pode oferecer a denúncia ainda que não disponha do 
inquérito relatado pela autoridade policial. CERTO! 
Art. 39, § 5º O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos 
elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze 
dias. 
 
Súmula nº 524. Arquivado o Inquérito Policial, por despacho do Juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, 
não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas. 
Súmula nº 234. A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta 
o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia. 
Súmula nº 522. A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que em 
situação de alegada autodefesa. 
Súmula nº 594. Os direitos de queixa e de representação podem ser exercidos, independentemente, pelo 
ofendido ou por seu representante legal. 
Súmula nº 696. Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensão condicional do processo, mas se 
recusando o Promotor de Justiça a propô-la, o Juiz, dissentindo, remeterá a questão ao Procurador-Geral, 
aplicando-se por analogia o art. 28 do CPP. 
Súmula nº 714. É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público, 
condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público 
em razão do exercício de suas funções. 
Súmula nº 545. Quando a confissão for utilizada para a formação do convencimento do julgador, o réu fará 
jus à atenuante prevista no art. 65, III, d, do Código Penal. 
 
 
 
 
 
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Assertivas CESPE – Prisões: Prisão em Flagrante | Prisão Preventiva 
e Prisão Temporária 
JÁ CAIU CESPE: Marcos praticou crime de extorsão, cuja pena é de reclusão, de quatro a dez anos, 
e multa. 
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. e) Marcos poderá ser submetido a prisão 
temporária, que tem prazo fixo previsto em lei e admite uma prorrogação por igual período. CERTO! 
Sobre a presente questão, o candidato deveria recordar que: 
� O crime de extorsão encontra-se no rol do art. 1º da Lei de Prisão Temporária, sendo, portanto, admissível 
a referida; 
Art. 1° Caberá prisão temporária: 
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; 
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento 
de sua identidade; 
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria 
ou participação do indiciado nos seguintes crimes: 
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
�A prisão temporária, diferentemente da prisão preventiva, possui prazo determinado, admitindo-se ainda 
uma prorrogação. 
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou 
de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em 
caso de extrema e comprovada necessidade. 
� Por fim, não era necessário para a presente questão mas é bom recordarmos, o delito de extorsão só é 
crime hediondo, nos termos doart. 1º da Lei nº 8.072/90, se qualificado pela morte ou praticado mediante 
sequestro e na forma qualificada. Assim, a extorsão na modalidade simples não é crime hediondo. 
JÁ CAIU CESPE: O curso de um IP, segundo a Lei n.º 7.960/1989, será possível decretar a prisão 
temporária do indiciado quando, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, houver 
fundadas razões de autoria ou participação dele no delito, se o crime investigado for o de: b) ROUBO. 
CERTO! 
Questões que cobram o tema “prisão temporária”, em regra exigem do candidato o conhecimento de quais 
os crimes de admitem a prisão temporária, em virtude disso, segue para estudo o rol abaixo! 
Art. 1° Caberá prisão temporária: 
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; 
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de 
sua identidade; 
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria 
ou participação do indiciado nos seguintes crimes: 
 
 
 
 
 
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a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); 
b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); 
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); 
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único); 
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); 
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, 
caput, combinado com art. 285); 
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; 
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas; 
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976); 
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986). 
p) crimes previstos na Lei de Terrorismo. (ATENÇÃÃÃO !!! Trata-se de inovação legislativa de 2016). 
 
 
Lei de Terrorismo é novo crime a constar no rol da Prisão Temporária 
 A Lei de Terrorismo alterou a Lei de Prisão Temporária, acrescentando-a ao rol dos crimes que admitem 
prisão temporária. Vejamos. 
Art. 18. O inciso III do art. 1o da Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, passa a vigorar acrescido da 
seguinte alínea p: 
p) crimes previstos na Lei de Terrorismo.” (NR). 
JÁ CAIU CESPE: A situação em que um indivíduo é preso em flagrante delito por ser surpreendido 
logo após cometer um homicídio caracteriza um 
 a) flagrante presumido. 
 b) flagrante impróprio. 
 c) flagrante assimilado. 
 d) flagrante próprio. CERTO! 
 e) quase-flagrante. 
As hipóteses que autorizam a prisão em flagrante de determinada pessoa estão previstas nos incisos I, II, III 
e IV do art. 302 do Código de Processo Penal. Cuida-se de rol taxativo, modelando e qualificando situações 
de flagrância, de modo a afastar eventual violência ao direito constitucional de locomoção. 
Nos moldes da legislação (CPP), o flagrante poderá ser classificado como flagrante próprio, flagrante 
impróprio ou presumido. 
 
 
 
 
 
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Vamos esquematizar? 
Flagrante próprio, perfeito, real 
ou verdadeiro 
Flagrante impróprio, imperfeito, 
irreal ou quase-flagrante 
Flagrante presumido ou ficto 
COMETENDO ou ACABA DE 
COMETÊ-LA 
É PERSEGUIDO e encontrado 
LOGO APÓS 
PRESO LOGO DEPOIS, 
ENCONTRADO COM 
OBJETOS QUE FAÇAM 
PRESUMIR SER O AUTOR 
Art. 302. Considera-se em 
flagrante delito quem: I - está 
cometendo a infração penal; II - 
acaba de cometê-la; 
 
III - é perseguido, logo após, pela 
autoridade, pelo ofendido ou por 
qualquer pessoa, em situação que 
faça presumir ser autor da 
infração; 
IV - é encontrado, logo depois, 
com instrumentos, armas, 
objetos ou papéis que façam 
presumir ser ele autor da 
infração. 
Entende-se em flagrante próprio, 
perfeito, real ou verdadeiro, o 
agente que é surpreendido 
cometendo uma infração penal ou 
quando acaba de cometê-la (CPP, 
art. 302, incisos I e II). 
O corre quando o agente é 
perseguido logo após cometer a 
infração penal, em situação que 
faça presumir ser ele o autor do 
ilícito (CPP, art. 302, inciso III). 
 
Segundo Brasileiro, são 
requisitos a) perseguição 
(requisito de atividade); b) logo 
após o cometimento da infração 
penal (requisito temporal); 
c) situação que faça presumir a 
autoria (requisito circunstancial). 
No flagrante presumido, ficto ou 
assimilado, o agente é preso logo 
depois de cometer a infração, 
com instrumentos, armas, 
objetos ou papéis que façam 
presumir ser ele o autor da 
infração (CPP, art. 302, IV). 
JÁ CAIU CESPE: Considerando-se que João tenha sido indiciado, em inquérito policial, por, 
supostamente, ter cometido dolosamente homicídio simples, e que Pedro tenha sido indiciado, em inquérito 
policial, por, supostamente, ter cometido homicídio qualificado, é correto afirmar que, no curso dos 
inquéritos, 
a) se a prisão temporária de algum dos acusados for decretada, ela somente poderá ser executada depois de 
expedido o mandado judicial. CERTO! 
Nos termos do art. 2º, §5º, da Lei de Prisão Temporária, “a prisão SOMENTE poderá ser executada depois 
da expedição de mandado judicial”. 
b) João e Pedro podem ficar presos temporariamente, sendo igual o limite de prazo para a decretação da 
prisão temporária de ambos. 
ERRADO, João cometeu homicídio simples, em regra, não é considerado crime hediondo (apenas o praticado 
em atividade típica de grupo de extermínio), sendo o prazo de sua eventual prisão temporária de 5 dias, 
prorrogável. 
Por outro lado, Pedro praticou homicídio qualificado, o qual, nos moldes da Lei nº 8.072/90 é catalogado 
como crime hediondo, sendo seu prazo maior, conforme prevê a Lei de Prisão Temporária. Assim, mostra-
se equivocado afirmar que o prazo da prisão de ambos seriam semelhantes. 
Vamos esquematizar? 
 
 
 
 
 
 
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Prazo da prisão temporária “crime comum” Prazo da prisão temporária “crime hediondo” 
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, 
em face da representação da autoridade policial ou 
de requerimento do Ministério Público, e terá o 
prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual 
período em caso de extrema e comprovada 
necessidade. Lei de Prisão temporária. 
Art. 2. § 4º A prisão temporária, sobre a qual dispõe 
a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos 
crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 
(trinta) dias, prorrogável por igual período em caso 
de extrema e comprovada necessidade. Lei de 
crimes hediondos 
PRAZO DE DURAÇÃO DA PRISÃO 
TEMPORÁRIA É DE, NO MÁXIMO, 5 (CINCO) 
DIAS, PRORROGÁVEL UMA ÚNICA VEZ POR 
IGUAL PERÍODO. 
MÁXIMO, 30 DIAS, PRORROGÁVEL POR 
IGUAL PERÍODO EM CASO DE EXTREMA E 
COMPROVADA NECESSIDADE. 
 
Nesse sentido, Renato Brasileiro: diversamente da prisão preventiva, que não possui prazo predefinido, o 
prazo de duração da prisão temporária é de, no máximo, 5 (cinco) dias, prorrogável uma única vez por igual 
período, em caso de extrema e comprovada necessidade. De acordo com o art. 2º, § 4º, da Lei nº 8.072/90, 
esse prazo é de, no máximo, 30 dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada 
necessidade, no caso de crimes hediondos, tortura, tráfico de drogas e terrorismo. 
c) o juiz poderá decidir sobre a prisão temporária de qualquer um dos acusados oude ambos, 
independentemente de ouvir o MP, sendo suficiente, para tanto, a representação da autoridade policial. 
ERRADO, nos termos do art. 2º. § 1° na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de 
decidir, ouvirá o Ministério Público (Lei de Prisão Temporária). 
d) o juiz poderá decretar, de ofício, a prisão temporária de Pedro mas não a de João. 
ERRADO, a prisão temporária não pode ser decretada de ofício pelo juiz, e sim mediante representação 
da autoridade policial ou requerimento do Ministério Público. 
A prisão temporária será decretada pelo juiz, em face da representação da autoridade policial ou de 
requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso 
de extrema e comprovada necessidade. Da leitura do art. 2º, caput, da Lei nº 7.960/89, depreendesse que a 
prisão temporária não pode ser decretada de ofício pelo juiz. Preserva-se, assim, o sistema acusatório e o 
princípio da imparcialidade do juiz. (Renato Brasileiro). 
e) o juiz poderá decretar, de ofício, a prisão temporária de João e de Pedro. 
ERRADO, pois a prisão temporária não pode ser decretada de ofício pelo juiz, e sim mediante representação 
da autoridade policial ou requerimento do Ministério Público. 
JÁ CAIU CESPE: Juliano está sendo investigado pela prática de latrocínio. O laudo pericial 
comprovou a materialidade do crime. O indiciado foi devidamente identificado e é primário, não tem 
antecedentes criminais, possui residência fixa, não exerce atividade laborativa e confessou a autoria do delito. 
Acerca dessa situação hipotética e do que prevê a lei que regulamenta a prisão temporária, assinale a opção 
correta. 
a) Não se admite que o juiz decrete a prisão temporária de Juliano porque o crime de latrocínio não consta 
do rol taxativo previsto na lei. 
ERRADO, o latrocínio, na qualidade de roubo qualificado pelo resultado morte, encontra-se no rol dos crimes 
que admitem a prisão temporária. 
 
 
 
 
 
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Art. 1° Caberá prisão temporária: 
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; 
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento 
de sua identidade; 
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria 
ou participação do indiciado nos seguintes crimes: 
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
b) Se a autoridade policial liberar Juliano após o esgotamento do prazo legal da prisão temporária, sem a 
expedição do respectivo alvará de soltura pela autoridade judiciária competente, essa conduta da autoridade 
será ilegal. 
ERRADO. Em regra não será ilegal pois, uma vez esgotado o prazo, deverá haver relaxamento de prisão. 
c) Estão presentes os motivos legais que justificam a decretação, de ofício, da prisão temporária de Juliano 
pela autoridade judiciária, por estar provada a materialidade do crime e haver indícios suficientes de autoria. 
ERRADO, a prisão temporária não pode ser decretada de Ofício. 
d) O fato de o indiciado ter confessado a autoria do delito, por si só, não justifica a decretação da prisão 
temporária pelo juiz, a qual, considerando os requisitos legais, deverá ser feita a partir de representação do 
delegado ou de requerimento do Ministério Público. CERTO! 
e) O juiz deverá decretar a prisão temporária de Juliano, por ele não exercer atividade laborativa regularmente 
e ter sido preso pela prática de crime hediondo punido com reclusão. 
ERRADO, a hipótese em comento não justifica a decretação da prisão temporária, que deverá ocorrer 
somente nas hipóteses previstas na lei de prisão temporária, não enquadrando-se a referida circunstancia 
como uma delas. 
JÁ CAIU CESPE: A prisão preventiva pode ser decretada se houver indícios suficientes da autoria 
e prova da existência do crime e se for necessária, por exemplo, para assegurar a aplicação da lei penal. 
Presentes esses requisitos, a prisão preventiva será admitida 
a) ainda que configurada alguma excludente de ilicitude. 
ERRADO, pois a prisão preventiva não poderá ser decretada caso vislumbre-se tratar-se de circunstancia 
configuradora de excludente de ilicitude. Vejamos. 
Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar pelas provas constantes dos 
autos ter o agente praticado o fato nas condições previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Decreto-
Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal. (Código de Processo Penal). 
b) de ofício, pelo juiz, durante a fase de investigação policial. 
ERRADO, em observância ao sistema acusatório, não se admite a decretação de ofício da prisão preventiva 
no curso da investigação policial, apenas na fase da ação penal. 
 
 
 
 
 
 MANUAL CASEIRO 
31 
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva 
decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do 
querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial. 
DE OFÍCIO �Se no curso da AÇÃO PENAL. 
c) se o agente for acusado da prática de crime doloso e tiver sido condenado pela prática de outro crime 
doloso em sentença transitada em julgado menos de cinco anos antes. CERTO! 
CERTO! Nos termos do art. 312 do CPP, também será admitida a decretação da prisão preventiva se o 
investigado ou acusado tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, 
ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Código Penal (CPP, art. 313, II). 
d) em caso de acusação pela prática de crimes culposos e preterdolosos punidos com pena privativa de 
liberdade máxima superior a quatro anos. 
ERRADO, o Código de Processo Penal faz menção aos crimes dolosos. 
e) em qualquer circunstância se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher. 
ERRADO, Não é em qualquer caso, mas para fins de assegurar determinadas medidas. 
Art. 313. III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, 
enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; 
JÁ CAIU CESPE: O STF, em caráter liminar, se manifestou pela inconstitucionalidade de 
provimento de tribunal de justiça que instituiu a obrigatoriedade de audiência de custódia nos casos de prisão 
em flagrante, devido à ausência de previsão na legislação federal e ao fato de essa obrigatoriedade violar o 
princípio da separação dos poderes. ERRADO!!! 
STF considerou constitucional, conforme Info. 795, STF. 
O STF entendeu que esse Provimento é constitucional porque não inovou na ordem jurídica, mas apenas 
explicitou conteúdo normativo já existente em diversas normas da CADH e do CPP. 
 
 
 
 
 
 
 
 MANUAL CASEIRO 
32 
JÁ CAIU CESPE: João, aproveitando-se de distração de Marcos, juiz de direito, subtraiu para si uma 
sacola de roupas usadas a ele pertencentes. Marcos pretendia doá-las a instituição de caridade. João foi 
perseguido e preso em flagrante delito por policiais que presenciaram o ato. Instaurado e concluído o 
inquérito policial, o Ministério Público não ofereceu denúncia nem praticou qualquer ato no prazo legal. 
Considerando a situação hipotética descrita, julgue o item a seguir. O prazo previsto para que a autoridade 
policial comunique a prisão de João ao juiz competente é de cinco dias. ERRADO!!! 
A comunicação da prisão deverá ser feita IMEDIATAMENTE. 
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz 
competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. 
JÁ CAIU CESPE: A prisão preventiva, medida excepcional,

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