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anotações Processo Civil

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Resposta do réu 
Após a propositura da ação, o rei é citado para vir a responder ao pedido de tutelo jurisdicional formulado pelo autor. Não quer dizer que o demandado tenho o dever ou a obrigação de responder. 
O réu poderá permanecer omisso (revelia), reconhecer o pedido do autor (extinção do processo) ou colocar-se em antagonismo com o autor (oposição). 
Momento sagrado para o réu no processo. É a única oportunidade para contestar. Tem que aproveitar ao máximo, extrair dela o melhor possível.
Prazo para contestar. Quando começa? 
Depende!
Nunca é inferior a 15 dias (como no passado). E nunca é inferior a data de juntada dos autos (art. 231). Termo inicial da contestação está no incisos do art. 335;
Prazo é contado em dias úteis;
Art. 231 CPC Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio;
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça;
III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do chefe de secretaria;
IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por edital;
V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica;
VI - a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação se realizar em cumprimento de carta;
VII - a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico;
VIII - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do cartório ou da secretaria.
§ 1º Quando houver mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar corresponderá à última das datas a que se referem os incisos I a VI do caput.
§ 2º Havendo mais de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente.
§ 3º Quando o ato tiver de ser praticado diretamente pela parte ou por quem, de qualquer forma, participe do processo, sem a intermediação de representante judicial, o dia do começo do prazo para cumprimento da determinação judicial corresponderá à data em que se der a comunicação.
§ 4º Aplica-se o disposto no inciso II do caput à citação com hora certa.
Art 335 CPC O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data:
I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição;
II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso I;
III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos.
§ 1º No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6º, o termo inicial previsto no inciso II será, para cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência.
§ 2º Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso II, havendo litisconsórcio passivo e o autor desistir da ação em relação a réu ainda não citado, o prazo para resposta correrá da data de intimação da decisão que homologar a desistência.
PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO DA DEFESA + ÔNUS DA IMPUGNAÇÃO ESPECIFICADA
Art. 336.cpc Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.
Art. 341 cpc . Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se:
I – não for admissível, a seu respeito, a confissão;
II – a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato;
III – estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto.
Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial.
Para o réu, no pior dos casos, você tem uns 20 dias corridos para contestar. Além disso, esse réu precisa esgotar sua defesa na contestação, é o princípio da concentração da defesa; Réu não terá outra oportunidade para contestar. Se não tem outra oportunidade, precisa esgotar seus argumentos na contestação. Portanto, levado ai extremo, réu pode até apresentar uma defesa contraditória;
Ex. Réu é acusado de acidente de trânsito, passou no farol fechado. Réu pode argumentar que ele não estava no país na data do acidente. Mas, ainda que estivesse, testemunhas dizem que o farol estava aberto. E, ainda que farol estivesse fechado, o autor estava transitando de ré e contramão! Credibilidade dessa contestação pode até ter ficado lá embaixo, mas juiz poderá dar a chance a esse réu de provar aquilo que ele afirmou na contestação. É uma abertura que o sistema dá para minimizar o peso do princípio da concentração da defesa;
EXTRA. Conselho. Tanto para fazer uma inicial quanto para uma contestação, bom é trocar ideias com o cliente. Para se precaver, registre documentos, mande e-mails para o cliente. Vale até cliente assinar junto a inicial / contestação;
Ônus da impugnação especificada
Não vale uma impugnação genérica, isso pode levar à revelia, mesmo havendo contestação;
A defesa precisa ser específica, não vale ter alegações genéricas;
Réu precisa se manifestar de maneira precisa, precisa impugnar cada uma das alegações feitas pelo autor;
EXTRA. “Enquanto a inicial é a arte da síntese, a contestação é o paraíso da dialética; quanto mais abobrinha / conceitos jurídicos indeterminados, maiores as chances do meu cliente vencer”;
É através dessa contestação que se desenha, lá na frente, a fase probatória;
PRELIMINARES
Antes de discutir o mérito, incumbe ao réu discutir as preliminares;
Por que isso é importante? Se o juiz acolher uma dessas preliminares, ele não precisa nem analisar o mérito;
QUAIS SÃO AS PRELIMINARES?
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
I – inexistência ou nulidade da citação;
II – incompetência absoluta e relativa;
III – incorreção do valor da causa;
IV – inépcia da petição inicial;
V – perempção;
VI – litispendência;
VII – coisa julgada;
VIII – conexão;
IX – incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X – convenção de arbitragem;
XI – ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII – falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII – indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada.
§ 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
§ 3o Há litispendência quando se repete ação que está em curso.
§ 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado.
§ 5o Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo.
§ 6o A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral.
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a. Citação. Se a citação foi errada / inexistente, juiz vai reabrir prazo para a citação. Não precisa cancelar todo o processo;
b. Incompetência. Também é uma preliminar dilatória. Se acolhida pelo juiz, ele remete os autos para o juízo competente
EXTRA. Incompetência absoluta:em relação a matéria ou a pessoa (processo trabalhista na justiça civil ou União na Justiça Estadual). Incompetência relativa: em relação ao local, por exemplo;
c. Incorreção do valor da causa;
d. Inépcia da inicial;
e. Perempção. Perda do direito da ação por abandono do processo;
f. Litispendência. Ações idênticas em curso;
…
Ausência de legitimidade / interesse processual. Condições da ação. Interesse processual se desdobra em adequação e necessidade;
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Esse rol não é taxativo;
Há alegações em preliminar que estão sujeitas a preclusão (e outras não);
EXEMPLO. Incompetência absoluta não está sujeita a preclusão
EXEMPLO. Incompetência relativa. Partes maiores e capazes, tratando de direitos disponíveis elegem o foro de Campinas para tretas. Deu treta. O réu contesta e não faz a preliminar de incompetência relativa. O que aconteceu? Preclusão (perda de uma faculdade processual por deixar de exercer em momento oportuno);
O que não preclui? Matéria de ordem pública, condições de ação, pressupostos processuais;
No rol do art. 337, tem que saber o que preclui no momento da contestação e o que não;
EXTRA. Guardou a incompetência absoluta na manga? Alegou lá no fim do processo? Pode ser responsabilizado pelas custas e despesas do processo por motivos de retardamento
EXTRA FINAL DAS 23h07
Art. 338;
Válvula de escape para o autor. Autor, vendo na contestação que esse réu é ilegítimo, pode “trocar” de réu e escapar da ilegitimidade
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Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o responsável pelo prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da petição inicial para substituição do réu.
Parágrafo único. Realizada a substituição, o autor reembolsará as despesas e pagará os honorários ao procurador do réu excluído, que serão fixados entre três e cinco por cento do valor da causa ou, sendo este irrisório, nos termos do art. 85, § 8o.
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Entretanto, se réu alegou ilegitimidade, tem que indicar quem é o réu legítimo (se tem possibilidade de fazer essa indicação);
Esse é um ônus novo para o réu, que não havia no código anterior
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Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação.
§ 1o O autor, ao aceitar a indicação, procederá, no prazo de 15 (quinze) dias, à alteração da petição inicial para a substituição do réu, observando-se, ainda, o parágrafo único do art. 338.
§ 2o No prazo de 15 (quinze) dias, o autor pode optar por alterar a petição inicial para incluir, como litisconsorte passivo, o sujeito indicado pelo réu.
CONTESTAÇÃO
Se a petição inicial é a peça mais importante para o autor, a contestação é a peça mais importante para o réu; Se o réu, regularmente citado, deixar de contestar, esse réu será revel; Revelia é, simplesmente, ausência de contestação ─ apesar de também haver outras hipóteses, mas essa é a mais drástica. O réu revel tem contra si a presunção de veracidade dos fatos narrados pelo autor. O ônus da prova praticamente recai todo sobre o réu ─ cara vai ter que correr atrás, produzir provas e afins;
Quem alega tem que provar?
Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.
O chamado ônus da impugnação especificada. O réu não terá outra oportunidade para contestar. Ele precisa esgotar sua defesa na contestação ─ ainda que em regime subsidiário, mesmo que diga coisas contraditórias;
Ex:. Autor alega que réu invadiu sinal vermelho. Réu contesta dizendo que, de cara, nessa data, ele não estava no país, viajando, no entanto, ainda que estivesse dirigindo o veículo, vi que o semáforo estava aberto para mim e foi o que falei no BO; já constatei também, até com a CET, que aquele semáforo está com defeito #loco 
Sistema quer que seja assim. Colocar coisas contraditórias com algumas “almofadas”: “ainda que se admita”…
Réu não tem outra oportunidade para contestar, ele tem que usar todas as armas possíveis;
E pior: se ele deixa de impugnar determinados fatos na contestação, ocorre revelia, mesmo diante de um réu que contesta;
Ex:. Há uma petição inicial com 3 causas de pedir, 3 causas concomitantes. Réu tem que impugnar as 3 causas. Se “esquecer” de uma, vai ser reputado revel;
Há obrigação do réu de concentrar sua defesa e de se manifestar precisamente sobre todos os fatos narrados; Tem que impugnar, não pode ser evasivo; Postura do réu é praticamente decisivo para os rumos do processo dali para frente. Se ele foi contundente ao negar os fatos narrados, autor vai ter que provar suas acusações ─ e a partir daí que se desenha o objeto litigioso do processo;
DENTRO DA CONTESTAÇÃO
Preliminares Mérito Art. 337 Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
I - inexistência ou nulidade da citação;
II - incompetência absoluta e relativa;
III - incorreção do valor da causa;
IV - inépcia da petição inicial;
V - perempção;
VI - litispendência;
VII - coisa julgada;
VIII - conexão;
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X - convenção de arbitragem;
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
§ 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada.
§ 2º Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
§ 3º Há litispendência quando se repete ação que está em curso.
§ 4º Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado.
§ 5º Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo.
§ 6º A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral.
Antes de discutir o mérito, réu é incumbido de discutir diversas preliminares;
Ex: Hoje, causo do TSE. Herman Benjamin afastou as preliminares das defesas ─ que diziam que já estava prescrito, etc.;
Se acolhe uma das preliminares (art. 337), já pode julgar o pedido improcedente;
Ao analisar o mérito, aí sim, juiz define com as partes os ônus probatórios;
TÊM PRELIMINAR?
Diga ao autor sobre os preliminares: contraditório;
Ouviu o autor? Aí sim cabe ao juiz decidir se acolhe as preliminares ou se as rejeita;
Se a rejeição, aí sim analisa-se o mérito: análise do que o réu contestou;
Contestou tudo? Vai para fase instrutória do processo. 
Produção de provas necessárias para o processo;
Contestação
É no eixo da contestação que começamos o próximo semestre, comportamentos do réu, revelia, reconvenção, etc;
INSTAURAÇÃO DO PROCESSO
CITAÇÃO
No CPC: pelo Correio;
No JEC também. Além do aviso de recebimento, mão própria (ARMP ─ aviso de recebimento por mão própria). Em tese, entregue apenas para a própriapessoa;
EXTRA. Jurisprudência do JEC tem permitido entrega para a família;
Também vale entrega para porteiro ou responsável pelas correspondências na empresa
Art. 18 Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico.
Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial.
E se não localizo o réu de nenhum jeito?
No CPC, por edital
No JEC, citação por edital é proibida! Ou encontro a pessoa, ou largo. Ideia do princípio de celeridade ser incompatível com a ideia de citação por edital;
Réu é citado para comparecer a uma audiência ─ a não ser que seja exclusivamente de direito. Vai haver audiência de tentativa de reconciliação;
Réu apresenta a defesa na própria audiência;
Prazo de defesa não é menor do que de 05 dias ─ mas pode ser um prazo enorme;
SALVO QUE o juiz fixe um prazo para apresentação de defesa nessa citação;
E CONTA DIA ÚTIL OU CORRIDO? Em tese, deveria aplicar subsidiariamente o CPC (art. 219 do NCPC é dia útil). 
Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.
MAS o fórum permanente dos juízes dos JEC aprovou uma emenda (“ilegal”) dizendo que, em nome da celeridade, não deveria se permitir a contagem em dias úteis. Deveria ser mantida, apesar de não haver previsão legal, a contagem em dias corridos;
COMO É HOJE. A depender do JEC, o despacho especifica se dia útil ou dia corrido. Para não perder o prazo, conte em dias corridos ─ mais segurança para todo mundo;
REVELIA
Quando acontece?
Art. 20;
Ausência em qualquer uma das audiências provoca revelia. Tem que ir!
E se autor não vai a qualquer uma das audiências do juizado? Arquiva! (pode dar extinção sem julgamento de mérito com pagamento de custas se não tiver justificativa);
CITAÇÃO (VOLTANDO UM POUCO)
Diferenças citação, notificação, intimação;
NOTIFICAÇÃO. Não existe no CPC. Prática de ato futuro. Vai acontecer;
INTIMAÇÃO. Para fazer algum ato. Manifeste-se sobre uma prova. Algo que já aconteceu;
CITAÇÃO. Ato de integração do réu, 3°, etc. ao processo. Fundamental para haver validade do processo;
CITAÇÃO. ART 238
É ato de validade do processo. Sem, processo não é válido;
Art. 242. A citação será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do representante legal ou do procurador do réu, do executado ou do interessado.
§ 1o Na ausência do citando, a citação será feita na pessoa de seu mandatário, administrador, preposto ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados.
§ 2o O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou, na localidade onde estiver situado o imóvel, procurador com poderes para receber citação será citado na pessoa do administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis, que será considerado habilitado para representar o locador em juízo.
§ 3o A citação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autarquias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública responsável por sua representação judicial.
Art. 242. Citação é pessoal;
Mas e se estou citando uma empresa? Tem que ser só o representante legal? Ou posso simplesmente mandar uma carta e, uma vez que a empresa recebe a carta, já está valendo? VAI VALER A ENTREGA DA CARTA;
Art. 242. p. 1°. Com PJ, não precisa ser pessoal ─ mas, se eu quiser, posso citar pessoalmente a pessoa diretamente;
Art. 242. p. 2°. Locador saiu do país? Não avisou o locatário? O que fazer? Cito na pessoa de quem está recebendo o aluguel;
Art. 242. p. 3°. Pessoa pública. Advocacia Pública recebe. Vai para o procurador-geral (mesma coisa para União, mesma coisa para municípios). É o procurador-GERAL;
Se a pessoa é incapaz? Pais, tutor, etc.;
E se é em condomínio? Regra é a citação pelo correio. Mas não posso exigir que carteiro entrega a correspondência em mãos. O que acontece? Representante que recebe as correspondências pode receber a citação (vulgo, se você mora em condomínio, seu porteiro pode receber sua citação, ele é autorizado; se ele não te entregar a correspondência, se fudeu ─ na pior hipótese, você pode processar seu condomínio);
EXTRA. Citação em juizado especial. Existe presunção de que, se alguém da família recebeu, já está valendo;
EXTRA. Malandragem dos bancos. Mandou uma citação para o Itaú? Vem só visto de recebimento do AR, não vem com carimbo. O que você, advogado, faz? Manda oficial de justiça para depois lá na frente não dar nulidade;
EXTRA. Embora hoje a regra de citação é correio, em alguns casos, necessidade de oficial de justiça (ainda que isso significa demora);
QUAIS SÃO AS 5 MODALIDADES DE CITAÇÃO (art. 246)
1. POSTAL. Correio
2. ESCRIVÃO ou CHEFE DE SECRETARIA
3. EDITAL. Imprensa
4. MANDADO. Oficial de justiça, carta precatória, carta rogatória
5. ELETRÔNICO.
Art. 246. A citação será feita:
I – pelo correio;
II – por oficial de justiça;
III – pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório;
IV – por edital;
V – por meio eletrônico, conforme regulado em lei.
§ 1o Com exceção das microempresas e das empresas de pequeno porte, as empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetuadas preferencialmente por esse meio.
§ 2o O disposto no § 1o aplica-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às entidades da administração indireta.
§ 3o Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes serão citados pessoalmente, exceto quando tiver por objeto unidade autônoma de prédio em condomínio, caso em que tal citação é dispensada.
ESCRIVÃO ou CHEFE DE SECRETARIA
Caso em que o próprio réu comparece ao cartório;
Ele ficou sabendo por acaso que faz parte de um processo; percebeu estava com nome inscrito no Serasa;
Nesse ato de ir ao cartório, escrivão PODE fazer citação. Entrega para o réu a “contra-fé”;
CONTRA-FÉ. Cópia da inicial / petição inicial. Tem que ser entregue a parte contrária. Nos casos físicos, tinha que ir uma cópia do processo para cada um dos réus. No caso de processo eletrônico, você tem que pagar a impressão (mínimo é 15 reais, 0,15 por folha);
Nos casos de processo digital, parte precisa cadastrar uma senha lá no balcão. PROBLEMA. Só pode uma senha por processo. Se tem mais de uma parte, senhas vão se “cancelando”. #bosta;
Advogados tem uma senha geral para esse sistema do TJ, pode ver tudo (que não esteja em segredo de justiça);
POR OFICIAL DE JUSTIÇA
Oficial de justiça: auxiliar de justiça, vai até a casa da pessoa para citar, dar ciência da existência do processo;
Vai em casos específicos. Art. 247
Art. 247. A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país, exceto:
I – nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3o;
II – quando o citando for incapaz;
III – quando o citando for pessoa de direito público;
IV – quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência;
V – quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.
I. Ações que envolvem modificação do estado civil da pessoa ─ EXEMPLO. Pela lei, ação de divórcio tem que ser citada por oficial de justiça;
II. Incapaz. EXEMPLO. Pai entra com ação revisional de alimentos; o réu é a criança; tem que ser citado por oficial;
III. Estado. EXEMPLO. Viatura da polícia bateu no meu carro. Tenho que citar o procurador-geral. EXTRA. Lei prevê possibilidade de um cadastro para que pessoas de direito público ou empresas cadastrem um senha / e-mail específico para receber citações; quando o cadastro existe, citação é feita por meio eletrônico;
IV. Onde o Correio não vai. EXEMPLO. Fazenda no interior do Mato Grosso;
V. Quando há justificativa pelo autor. EXEMPLO. Sei que no Itaú eles sempre enrolam no AR do Correio, posso diretamentepedir para mandar Oficial;
TEM NA APOSTILA MODELOS DO MANDADO DO OFICIAL DE JUSTIÇA
REQUISITOS DO MANDADO DO OFICIAL. O QUE TEM QUE TER? ART. 250
Art. 250. O mandado que o oficial de justiça tiver de cumprir conterá:
I – os nomes do autor e do citando e seus respectivos domicílios ou residências;
II – a finalidade da citação, com todas as especificações constantes da petição inicial, bem como a menção do prazo para contestar, sob pena de revelia, ou para embargar a execução;
III – a aplicação de sanção para o caso de descumprimento da ordem, se houver;
IV – se for o caso, a intimação do citando para comparecer, acompanhado de advogado ou de defensor público, à audiência de conciliação ou de mediação, com a menção do dia, da hora e do lugar do comparecimento;
V – a cópia da petição inicial, do despacho ou da decisão que deferir tutela provisória;
VI – a assinatura do escrivão ou do chefe de secretaria e a declaração de que o subscreve por ordem do juiz.
I. Nomes. E se eu não tiver como saber contra quem estou entrando em litígio. EXEMPLO. Sou dono de um prédio no centro ocupado por uma galere que eu não sei quem são. Quando não puder individualizar o meu réu, determino citação por edital. Oficial vai até o lugar afixar edital / papel na parede do lugar. Em determinadas comarcas, juiz pede citação por rádio e/ou por carro de som #olhaApamonha
II. Finalidade. Pra que? Para contestar? Para embargar?
III. Tem sanção se descumprir uma ordem? Posso citar o réu juntamente com um pedido de liminar. EXEMPLO. Caso de planos de saúde, mandado citatório / ou / carta de citação já vem constando o que tem que ser feito e sua sanção caso não cumpra o determinado;
IV. Juiz já pode designar audiência de conciliação/mediação ─ o que é a regra;
V. Cópia, a contra-fé da inicial;
VI. Assinatura;
O QUE OFICIAL DE JUSTIÇA FAZ QUANDO ENCONTRA A PESSOA? SAI CORRENDO ATRÁS DOS MALANDRO?
Art. 251. Incumbe ao oficial de justiça procurar o citando e, onde o encontrar, citá-lo:
I – lendo-lhe o mandado e entregando-lhe a contrafé;
II – portando por fé se recebeu ou recusou a contrafé;
III – obtendo a nota de ciente ou certificando que o citando não a apôs no mandado.
Oficial lê o mandado, entrega e certifica se recebeu ou recusou;
Mas e se eu chego na casa do réu e não encontro ele?
Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar.
Se o oficial de justiça desconfiar que a pessoa está se ocultando, há a CITAÇÃO POR HORA CERTA;
Requisitos;
1. Ausência do réu;
2. Suspeita que o oficial de justiça tem que o réu está se ocultando ─ essa suspeita tem que ser especificada, tem que falar que já houve pelo menos dus idas anteriores e nada de ter encontrada a pessoa;
HORA CERTA. Oficial de justiça combina que volta do dia seguinte com hora certa. Se o réu não aparecer lá na hora certa, vai estar considerado citado (só tem que colher a assinatura de qualquer um, outra pessoa em casa, porteiro, um vizinho, etc.);
HORA CERTA é ato privativo e exclusivo do oficial de justiça. É ele que decide se vai citar por hora certa ou não;
EXTRA. Sistema Infojud. Pega toda rede de informações do réu ─ para tentar achar a pessoa;
RenaJud, BacenJud, InfoJud
A citação por edital demora para ser autorizada. Primeiro eu tenho que esgotar todos os meios oficiais para só então o juiz autorizar citação em edital;
CITAÇÃO POR EDITAL (ART. 256)
Art. 256. A citação por edital será feita:
I – quando desconhecido ou incerto o citando;
II – quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando;
III – nos casos expressos em lei.
§ 1o Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento de carta rogatória.
§ 2o No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será divulgada também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão.
§ 3o O réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua localização, inclusive mediante requisição pelo juízo de informações sobre seu endereço nos cadastros de órgãos públicos ou de concessionárias de serviços públicos.
──
I. Esse desconhecimento é subjetivo. Não sei quem é o réu;
II. Requisito objetivo. Sei quem é o réu, só não sei onde ele está. Judiciário me dá formas de procurar onde ele está. Se eu esgoto as possibilidades, aí sim, vale edital;
III. Casos expressos: recuperação judicial (na lei de recuperação judicial, empresa avisa a todos os credores, por meio de edital, que está em rec. judicial); caso de insolvência do réu (art. 1.052);
CASOS EM QUE SERÃO PUBLICADOS EDITAIS (ART. 259)
Art. 259. Serão publicados editais:
I – na ação de usucapião de imóvel;
II – na ação de recuperação ou substituição de título ao portador;
III – em qualquer ação em que seja necessária, por determinação legal, a provocação, para participação no processo, de interessados incertos ou desconhecidos.
──
I. Posso ter algum 3° interessado;
II. Meu cheque já circulou demais, não sei com quem está;
III. Terceiro interessado que seja desconhecido;
REQUISITOS DA CITAÇÃO POR EDITAL (ART. 257)
I. Autor tem que afirmar que precisa da citação por edital, já tentou de tudo / ou / que a lei determina citação por edital;
II. Edital tem que ser circulado. Não precisa necessariamente em jornal de grande circulação. Geralmente, juiz que determinar onde/como
DPC0316
Direito Processual Civil II – formação, extinção e suspensão do processo, petição inicial, resposta do réu, fase ordinatória e julgamento antecipado
Prof. Doutor Marcelo José Magalhães Bonizzi
19/04/2017
Aula 6
FASE POSTULATÓRIA DO PROCESSO + CITAÇÃO
FASE 1. FASE POSTULATÓRIA
Formação do processo
FASE 2. AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO / CONCILIAÇÃO
Fase obrigatória;
É quase uma forma de “contratualização” do processo;
Art. 190. Hipótese de colocar em contrato questões processuais
Migração de um sistema jurídico imposto / de soluções impostas para um sistema de soluções negociadas. Por isso, preservação e valorização da autonomia das partes
334
FASE 3. FASE DE SANEAMENTO
Juiz corrige / saneia questões procedimentais. Falta procuração do advogado? Falta pagar despesas do processo? Uma das partes é menor? Juiz corrige / resolve os problemas, se for possível. Se não for possível, processo é extinto sem julgamento de mérito;
FASE 4. FASE DE JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO
Depois da fase de saneamento;
É uma bifurcação;
Momento que juiz diz: “bom, sanadas as irregularidades, se é que haviam, hora de seguir em frente com o processo”;
Juiz responde a uma pergunta básica: para julgar, será necessário produzir provas?;
Se a resposta por sim (maioria dos casos), iremos para a FASE DE PRODUÇÃO DE PROVAS/ INSTRUTÓRIA;
Se for não, já há Julgamento em definitivo no Estado em que se encontra;
QUANDO NÃO PRECISA PRODUZIR PROVAS? Quando há revelia (EXTRA. Revel não é certeza que há condenação, mas dificulta a vida), quando a matéria é exclusivamente de direito (EXEMPLO. Validade de um contrato frente ao CDC). Esse é o caso que o juiz curte, porque é fácil e rápido ─ mas, não é assim que acontece na vida real, no geral, vai haver um fato, oras;
Esse tipo de caso: inicial -> contestação -> sentença
EXTRA. Mandado de segurança é procedimento especial, só tem prova documental;
FASE 5. FASE INSTRUTÓRIA
Geralmente, a parte mais longa;
Tem que ouvir autor, ouvir réu, ouvir testemunhas (que podem morar longe, que podem ter sumido), pode ter que produzir uma perícia / laudo;
No geral, aqui em SP, leva cerca de um ano e meio;
FASE 6. FASE DECISÓRIA
Vai rolar sentença;
FASE 7. FASE RECURSAL
Quem se sente prejudicado, pede recurso para tribunal superior;
––
ONDE ESTAMOS AGORA?
FASE POSTULATÓRIA
FORMAÇÃO DE UM PROCESSO. Art.312
LIVRO VI
DA FORMAÇÃO, DA SUSPENSÃO E DA EXTINÇÃO DO PROCESSO
TÍTULO I
DA FORMAÇÃO DO PROCESSO
Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado.
Ou pela internet (sistema Saj) ou em casos específicos (por exemplo, juizados especiais, vai sem advogado). No Estado de SP, praticamente todas as comarcas funcionam com sistema eletrônico;
A cada protocolo, nasce um processo;
No Estado de SP, cerca de 10 mil processos por dia;
QUANDO O PROCESSO É FORMADO? Com o protocolo da petição inicial ─ isso com relação ao autor;
E COM RELAÇÃO AO RÉU? Quando ele for devidamente citado (art. 240 CPC)
EM QUE MOMENTO UM RÉU SE TORNA PARTE DE UM PROCESSO?
Quando o processo é proposto ou a partir de que ele é citado?
QUANDO É CITADO, opera-se os efeitos da citação (art. 240);
MAS DESDE QUE O PROCESSO É CRIADO, o réu já é parte do processo;
Mesmo sem ter citado devidamente citado, ele já pode aparecer no processo, fazer sua contestação;
OCORREU A DISTRIBUIÇÃO DO PROCESSO
Vai cair aleatoriamente a um juízo;
Nesse momento, há a prevenção (art. 59 CPC)
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente.
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.
Juízo está prevento. Todas as ações que versarem sobre os mesmos fatos dessas mesmas partes, caem para esse juízo / juiz;
Também há prevenção para 2° grau (por exemplo, tive que pedir um agravo de instrumento para o tribunal logo de cara);
EXTRA Outras ações, pelas mesmas partes, mas que NÃO TEM conexão com a primeira ação pode cair com outros juízos. Se TEM conexão, será distribuída por dependência (isto é, vai cair com mesmo juízo porque a ação é conexa);
VER TAMBÉM
Art. 286. Serão distribuídas por dependência as causas de qualquer natureza:
I – quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já ajuizada;
II – quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda;
III – quando houver ajuizamento de ações nos termos do art. 55, § 3o, ao juízo prevento.
Parágrafo único. Havendo intervenção de terceiro, reconvenção ou outra hipótese de ampliação objetiva do processo, o juiz, de ofício, mandará proceder à respectiva anotação pelo distribuidor.
──
FIZ PETIÇÃO INICIAL. TÁ UMA DROGA, MEU CLIENTE QUER DESISTIR. POSSO?
Até antes da citação, pode! ─ mas as CUSTAS não serão devolvidas;
Citado o réu, só com a autorização desse réu é que será possível desistir desse processo;
Uma vez o processo em fase instrutória, nem com a anuência do réu;
EXTRA. Posso fazer um monte de inicial igual para ser distribuído para o juiz que eu quero e desistir das outras? ANTES podia, agora (há uns 10 anos), não mais;
──
SUSPENSÃO DO PROCESSO. O ART. 313 CPC
Ideia de “suspensão”, apesar de não importante para a prática, serve para a doutrina;
Todas as hipóteses de suspensão de processo acaba com a própria ideia da existência do processo
TÍTULO II
DA SUSPENSÃO DO PROCESSO
Art. 313. Suspende-se o processo:
I – pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador;
PERDA DA CAPACIDADE PROCESSUAL? Se alguém sofre de uma enfermidade mental; entra em coma; etc. Ler junto com o pár. 2°
II – pela convenção das partes;
III – pela arguição de impedimento ou de suspeição;
IV- pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas;
IRDR! Tem lá no art. 976 CPC. para resolver demandas repetitivas. IRDR, quando resolvido, será vinculante para todos os processos iguais. Valerá para o mesmo Estado. SÓ VALE PARA TRIBUNAIS ESTADUAIS. Não vale para Tribunal Superior;
INSTAURAÇÃO DO IRDR. Medida tomada pelo Tribunal Estadual. Quando há a instauração, todos os processos ficam SUSPENSOS;
EXTRA. Ná prática, TJ-SP ainda não decidiu nenhum IRDR. VEREMOS NO FUTURO como IRDRs e vinculações vão rolar;
V – quando a sentença de mérito:
a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de inexistência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo pendente;
PREJUDICIALIDADE EXTERNA AO PROCESSO. Maior causa de suspensão de processos. O que estou discutindo aqui, no meu processo, depende da resolução de um outro processo. O que acontece com meu processo? Suspende;
EXEMPLO. Estou discutindo uma cláusula do meu contrato (PROCESSO A). Mas há um outro processo (PROCESSO B) que discute se esse contrato todo é válido ou não. Preciso esperar a solução do processo B para avaliar o processo A. Processo A fica suspenso até a solução do processo B;
CRITÉRIOS DE PREJUDICIALIDADE. 1. Incompatibilidade jurídica/lógica (cumprir um contrato que é nulo); 2. Incompatibilidade prática (demolição de uma casa que não existe mais)
E O PRAZO? Ver no parágrafo 4°. Prazo máximo de suspensão: 1 ano ─ mas juiz pode suspender por mais tempo se ele quiser, questão jurisprudencial;
b) tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção de certa prova, requisitada a outro juízo;
SUSPENSÃO No caso de produção de prova em outro juízo. Pensar
VI – por motivo de força maior;
VII – quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fatos da navegação de competência do Tribunal Marítimo;
VIII – nos demais casos que este Código regula.
IX – pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada responsável pelo processo constituir a única patrona da causa; (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
X – quando o advogado responsável pelo processo constituir o único patrono da causa e tornar-se pai. (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
§ 1o Na hipótese do inciso I, o juiz suspenderá o processo, nos termos do art. 689.
§ 2o Não ajuizada ação de habilitação, ao tomar conhecimento da morte, o juiz determinará a suspensão do processo e observará o seguinte:
FALECEU O RÉU? Indicar espólio, herdeiro e/ou sucessor. Se não aparecer ninguém, autor vai fazer o processo caminhar forçosamente, vai citar alguém
I – falecido o réu, ordenará a intimação do autor para que promova a citação do respectivo espólio, de quem for o sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, no prazo que designar, de no mínimo 2 (dois) e no máximo 6 (seis) meses;
II – falecido o autor e sendo transmissível o direito em litígio, determinará a intimação de seu espólio, de quem for o sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, pelos meios de divulgação que reputar mais adequados, para que manifestem interesse na sucessão processual e promovam a respectiva habilitação no prazo designado, sob pena de extinção do processo sem resolução de mérito.
FALECEU O AUTOR? Indicar espólio, herdeiro e/ou sucessor. Tem que ver se alguém pode se movimentar e assumir direito do autor. Se não tem ninguém, processo será extinto ─ afinal, o réu não está nem aí, quer mais que acabe mesmo;
O QUE ACONTECE NA PRÁTICA? Se morreu, herdeiros pedem habilitação no processo;
HABILITAÇÃO. É sucessor? É maior e capaz? Juiz habilita;
SUSPENSÃO DO PROCESSO. A partir do momento em que o juiz TOMA CONHECIMENTO da morte de uma das partes. Volta até o momento em que parte estava viva;
§ 3o No caso de morte do procurador de qualquer das partes, ainda que iniciada a audiência de instrução e julgamento, o juiz determinará que a parte constitua novo mandatário, no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual extinguirá o processo sem resolução de mérito, se o autor não nomear novo mandatário, ou ordenará o prosseguimento do processo à revelia do réu, se falecido o procurador deste.
MORTE DO ADVOGADO.Se é do autor, juiz determina que precisa de um novo advogado em até 15 dias. Não aconteceu? Processo extinto;
ADVOGADO DO RÉU MORREU. Precisa de um novo. Se não tem, vai ser considerado revel;
§ 4o O prazo de suspensão do processo nunca poderá exceder 1 (um) ano nas hipóteses do inciso V e 6 (seis) meses naquela prevista no inciso II.
TEMPO DE SUSPENSÃO DO PROCESSO EM CASO DE MORTE;
EXTRA. Perguntinha cabreira. Partes podem combinar a suspensão do processo. QUAIS PARTES? Todas! Todos os litisconsortes tem que combinar que vai suspender (por até 6 meses, pár. 4°;
PEDIDO DE SUSPENSÃO. Por prazo de 6 meses ─ que pode ser repetido indefinidamente. Juiz não pode se opor a isso. Mas juiz pode tretar com essa parte de “repetir indefinidamente”, afinal, Código não fechou isso;
TRETA. Esse prazo máximo de suspensão de um ano é PROBLEMA! E no caso de PREJUDICIALIDADE? Se não deu tempo de resolver um outro processo que apresenta prejudicial? Jurisprudência atual diz que juiz, se quiser, pode continuar deixar suspenso por mais de um ano
§ 5o O juiz determinará o prosseguimento do processo assim que esgotados os prazos previstos no § 4o.
§ 6o No caso do inciso IX, o período de suspensão será de 30 (trinta) dias, contado a partir da data do parto ou da concessão da adoção, mediante apresentação de certidão de nascimento ou documento similar que comprove a realização do parto, ou de termo judicial que tenha concedido a adoção, desde que haja notificação ao cliente. (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
§ 7o No caso do inciso X, o período de suspensão será de 8 (oito) dias, contado a partir da data do parto ou da concessão da adoção, mediante apresentação de certidão de nascimento ou documento similar que comprove a realização do parto, ou de termo judicial que tenha concedido a adoção, desde que haja notificação ao cliente. (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
SUSPENSÃO DEPENDENDO DE JUSTIÇA CRIMINAL
Art. 315. Se o conhecimento do mérito depender de verificação da existência de fato delituoso, o juiz pode determinar a suspensão do processo até que se pronuncie a justiça criminal.
§ 1o Se a ação penal não for proposta no prazo de 3 (três) meses, contado da intimação do ato de suspensão, cessará o efeito desse, incumbindo ao juiz cível examinar incidentemente a questão prévia.
§ 2o Proposta a ação penal, o processo ficará suspenso pelo prazo máximo de 1 (um) ano, ao final do qual aplicar-se-á o disposto na parte final do § 1o.
SE DISCUSSÃO DO CIVIL ENVOLVE CRIMINAL, vale esperar criminal/penal terminar. AFINAL, a sentença penal faz coisa julgada na esfera civil! EXEMPLO. Caso de acidente de trânsito com morte. Réu está envolvido em processo penal. Se ele for condenado no processo penal, isso já gera dever civil de indenizar ─ se torna título executivo
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CRIS
CITAÇÃO
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE. Tem apostila!
COMUNICAÇÃO DOS ATOS
A partir do art. 236 (até 275);
COMUNICAÇÃO DE ATOS ENTRE JUÍZOS;
COMUNICAÇÃO DE ATOS ENTRE JUIZ E PARTES
ENTRE JUÍZOS (art. 236 e 237)
Por carta precatória: para citar um réu de outra comarca
Carta rogatória: para outros países (exemplo, citar um réu que está fora do país)
Carta de ordem: diferentes instâncias;
Carta arbitral: informa qualquer pedido de um árbitro, num processo de arbitragem, que precisa do poder do judiciário
COMUNICAÇÃO ENTRE JUIZ E PARTES
Citação. Vai dar ciência: ao réu (p. De conhecimento) ao executado (p. De execução) e ao interessado (em processo pendente). A partir dessa ciência, abre-se o prazo de defesa (por meio de uma contestação, embargos de execução, etc);
Intimação. Fato que já ocorreu. Intimo às partes a se manifestarem sobre um laudo pericial, por exemplo. Parte só vai praticar um ato com relação a algo que já aconteceu;
Notificação. NÃO EXISTE no CPC. Só em outras áreas que não civel. Existe em alguma legislação extravagante. É uma intimação. Avisa a parte que vai precisar praticar um ato futuro. EXEMPLO. Na justiça do trabalho, não se fala em citação; a reclamada é notificada de designação de audiência;
CITAÇÃO
Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual.
EXTRA. EXEMPLO. Sou dono de um imóvel com meu marido. Meu cunhado está no meu imóvel e não me paga o aluguel. Meu marido não quer processar o próprio irmão. Quero processar, mas preciso do cônjuge nesse caso. COMO FAZER? Marido pode ser incluído como réu no processo, é citado para fazer com que ele esteja no processo ─ só pra ele constar, já que ele tem que aparecer no processo de qualquer jeito;
CITAÇÃO é requisito de validade do processo;
Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido.
§ 1o O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução.
§ 2o Rejeitada a alegação de nulidade, tratando-se de processo de:
I – conhecimento, o réu será considerado revel;
II – execução, o feito terá seguimento.
CPC anterior era mais rigoroso. Só advogado da parte ir lá e fuçar no processo não significa que ela está citada. HOJE, novo CPC, se réu compareceu, fez manifestação? Já vale como citação
Mas e se o réu foi considerado revel. Já estou lá na fase recursal. Posso arguir nulidade de citação e apresentar, nessa fase, minha defesa? NÃO! Não faz sentido apresentar contestação que deveria ter sido apresentada na fase anterior. Nesse momento, só arguir nulidade de citação e pedir invalidade de todos os atos praticados até lá
EFEITOS DA CITAÇÃO
Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).
§ 1o A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação.
§ 2o Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências necessárias para viabilizar a citação, sob pena de não se aplicar o disposto no § 1o.
§ 3o A parte não será prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário.
§ 4o O efeito retroativo a que se refere o § 1o aplica-se à decadência e aos demais prazos extintivos previstos em lei.
1. Litispendência. EFEITO PROCESSUAL. É uma lide pendente. Tem que ter partes, pedido e causa de pedir. Identidade dos 3 eaden. Não posso ter dois processos idênticos (mesmo que fossem em comarcas diferentes).’
2. Tornar litigiosa a coisa. EFEITO PROCESSUAL. Se a coisa está pendente de litígio, não pode sumir com a coisa ─ se não, é um ATENTADO. EXEMPLO. Estou falando que minha conta de luz ficou muito mais cara de um mês para o outro. Quero uma perícia no meu relógio de luz. Esse equipamento NÃO PODE sumir;
3.Constitui em mora o devedor. EFEITO MATERIAL. Mora ex persona (não é a mora ex re). DIFERENÇA? Citação inicial, segundo STJ, somente se presta a constituir em mora nos casos em que a ação não se funda na mora do réu;
Não é a citação que constitui em mora, mora é quando já há o atraso ─ é requisito da ação a constituição da mora. Citação só constitui mora quando meu contrato não tem previsão para tal. Ver art. 474 CC
Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial.
4. Interrompe a prescrição. EFEITO MATERIAL.
CC Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
I – por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;
II – por protesto, nas condições do inciso antecedente;
III – por protesto cambial;
IV – pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;
V – por qualquer ato judicialque constitua em mora o devedor;
VI – por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper.
Interrupção perdura durante todo o processo, só volta a contar de novo após o trânsito em julgado;
Mas é só UMA VEZ;
Portanto, a depender de um caso em que a prescrição já seja iminente, vale mais a pena entrar logo com meu processo principal, que vai interromper a prescrição do meu caso, do que entrar com uma tutela cautelar (é difícil, não deu pra entender direito mesmo, scorr);
ATENÇÃO AO P. ÚNICO (mas não sei porque direito, não entendi)
PROVAS Art. 368 a 380 CPC 
TESTEMUNHAS
No máximo 3 para cada parte (diferente no processo civil comum que são 3 testemunhas cada fato);
Comparecerem independente de intimação ─ salvo se a parte pedir para que ela seja intimada;
Por que é importante pedir para intimar? Designei a audiência para um dia determinado. Minha testemunha não aparece. Perdi a prova! A audiência acontece do mesmo jeito. Mas se eu pedi para ela ser intimada, a audiência será remarcada ─ e a testemunha inclusive pode ser conduzida coercitivamente 
Tem que pedir intimação até 5 dias antes da audiência;
Intimação? É uma carta, AR enviado pelo Correio. Tem que ter a ciência dela. Testemunha intimada é obrigada a ir ─, mas ela não é obrigada a testemunhar;
PERÍCIA
Não cabe perícia no JEC! Cabe perícia no JEF;
No JEC, posso levar um expert / posso ouvir um perito, levar ele na audiência para ele explicar um fato. Mas não vou ter uma perícia / laudo;
Se precisar de perícia, acontece incompetência do JEC. Tem que distribuir na justiça civil comum;
EXTRA. No JEF tem que ter perícia;
INSPEÇÃO JUDICIAL
Quando o juiz, ele mesmo, vai até o local dos fatos para fazer alguma perícia;
EXEMPLO. Ele mesmo vai numa obra para verificar um determinado fato;
EXTRA. O juiz tem que avisar o advogado dizendo que vai no lugar ─ mas tudo de boas, informa, JEC é informal;
Vale! Vale também inspeção por serventuário de justiça ─ exemplo: um oficial de justiça, a serviço do juiz, vai lá ver;
 Marcela Fabiana e Silva Oliveira RA: 10002405 3ºano direito Noturno

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