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Resumo Farmaco Prova 2 Mikaely 83

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Farmacologia – Prova 2- FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTONOMO 
Resumo baseado nos slides e nas vídeo aulas do CANAL SERGIO ARAUJO – CURSO DE FARMACOLOGIA e ESCOLA CVI 
 SNP eferente- Sai do SNC para o SNP – de cima para baixo 
 SNP aferente – Sai do SNP para o SNC 
 SN somático controla o movimento dos músculos voluntários (neurônio sai do 
córtex motor para a medula, faz sinapse com o segundo neurônio que movimenta 
os músculos). SN autônomo Responsável pelos músculos involuntários – lisos, 
cardíacos e aumenta ou diminuem a secreção de glândulas exócrina 
 
 Sistema nervoso autônomo- contração dos nervos motores que conduzem 
Impulsos do SNC para a periferia 
 Realiza controle da digestão sistema cardiovascular 
 Tem dois tipos de neurônios: Pré ganglionar e pós ganglionar 
 
 
Pré ganglionar – Corpo celular 
dentro do SNC 
Pós ganglionar- corpo celular 
dentro do gânglio 
Gânglio – união entre um pre 
ganglionar e um pós ganglionar 
 
Características gerais do SN: 1) Alto nível de integração no cérebro 2) Capacidade de influenciar processos à distância 
3) Comunicação por transmissão química (neurotransmissores na fenda sináptica) 
* Fármacos que mimetizam ou bloqueiam a ação destes neurotransmissores modificam função do SNC ou função autonômica 
Simpático: Dilata a pupila, inibe a salivação, relaxa os brônquios, acelera os batimentos cardíacos, inibe a atividade do estomago 
e do pâncreas, estimula a liberação de glicose pelo fígado, estimula a produção de adrenalina e noradrenalina, relaxa a bexiga, 
promove a ejaculação 
Parassimpático: Contrai (inerva) a pupila, estimula a salivação, reduz os batimentos cardíacos, contrai os brônquios, estimula a 
atividade do estomago e do pâncreas, estimula a vesícula biliar, contrai a bexiga, promove a ereção. 
Simpático: toracolombar Parassimpático: craniossacral 
Sistema nervoso autônomo 
Fibras simpáticas eferentes 
• Pré-ganglionares – Curtas – Terminação em gânglios paravertebrais (lado da medula), pré-vertebrais (frente da medula) ou 
adrenais 
• Pós-ganglionares: terminação em tecido inervado 
Fibras parassimpáticas eferentes 
• Pré-ganglionares – Maioria apresenta terminação em células ganglionares distribuídas difusamente ou em rede na parede nos 
órgãos inervados – Algumas apresentam terminação em gânglios fora do tecido inervado (gânglios ciliar, pterigopalatino, 
submandibular, ótico, pélvicos) 
Fibras aferentes: bulbo e hipotálamo 
Sistema nervoso simpático está mais associado a fuga e luta. Vai promover assim uma série de alterações. Olhos: Midríase, 
dilatação pupilas, relaxamento musculo ciliar. Cardiovascular: Aumento da frequência cardíaca para levar mais sangue, aumento 
da contratilidade. Vasos sanguíneos: Dilatação – musculatura esquelética, constrição – pele, mucosas, vísceras. Pulmão: 
broncodilatação. Fígado: Glicogenolise, aumento da glicemia, e etc. 
Sistema nervoso parassimpático está mais associado a repouso e digestão. Vai promover também uma série de alterações. 
Olhos: miose, contração pupilar, contração do musculo ciliar. Coração: Abaixa a frequência cardíaca, redução da contratilidade. 
Pulmão: broncodilatação. Intestino: Aumento da motilidade, dilatação, aumento da secreção de glândulas 
Esses sistemas também podem ter ações semelhantes ou sinérgicas (um ajuda o outro). Órgão sexuais o SNS vai promover a ereção e o SNP 
a ejaculação, sendo assim uma ação sinérgica. 
 
 Divisão simpática: Pré ganglionar secreta acetilcolina que estimula a condução do impulso 
nervoso em receptores nicotínicos, localizados no neurônio pós ganglionar. 
 É uma divisão adrenérgica por que ao ser estimulado pela acetilcolina, o neurônio pós 
ganglionar expressa a noradrenalina que vai ser secretada promovendo a ligação do neurônio com a 
célula alvo (noradrenalina interage com receptores adrenérgicos do tipo alfa ou beta) 
???????? Eu acho q isso é quando a sinalização é direta 
 Leva a fibra nervosa pré ganglionar até a medula da glândula suprarrenal. O neurônios pós 
ganglionar não tem neurônio pós ganglionar. Neurônio secreta diretamente no órgão efetor acetil 
colina que vai interagir com receptores nicotínicos. O receptor acetilcolina produz adrenalina 
 
o Divisão parassimpática: Inicio idêntico a simpática, porem o neurônio pós ganglionar vai ser 
diferente 
 
 
 
o Neurônio pós ganglionar ao seu estimulado pela acetilcolina também produz acetilcolina. Fala 
então que é uma divisão colinérgica, apenas acetilcolina vai circular na entrada da fibra nervosa. 
Acetilcolina vai agir com os receptores muscarinicos. 
 
 
• Colinérgicos – Síntese e liberação de acetilcolina – Fibras eferentes parassimpáticas pré- ganglionares – Fibras parassimpáticas 
pós- ganglionares (maioria) – Fibras simpáticas pré-ganglionares 
• Noradrenérgicos ou adrenérgicos – Fibras simpáticas pós-ganglionares (maioria) 
Sinapse colinérgica: Acetilcolina captado por um neurônio pré ganglionar e através de transportadores que envolve. Acetilcolina 
é armazenada em vesículas sinápticas até o momento da sua liberação. A partir de despolarização de membrana, vai liberar a 
vesícula de acetilcolina, ou seja, vai liberar o neurotransmissor acetilcolina na fenda sináptica, depois disso ele pode se ligar a 
receptores nicotínicos ou receptores do tipo muscarinicos ou ser degradada. 
Receptores muscarinicos (metabotropicos) Ativa uma via de sinalização intracelular. São acoplados a proteína G. Liga na 
acetilcolina que desenvolve mecanismos de ação associado a proteína G. Podem ser de 5 tipos M1, M2, M3, M4, M5. 
M1, M3 e M5 são excitatórios. M2 e M4 são inibitórios 
M1, entérico neuronal. M3 glândulas vascularização. M5 SNC. 
Se o fármaco se liga em um receptor excitatório, pode promover a excitação do SNC (M5), Secreção gástrica (M3). Motilidade 
gastrointestinal, contração da musculatura lisa visceral, vasodilatação(M1) 
M2- Sistema cardiovascular (inibe as funções cardíacas) M4 SNC 
Se o fármaco se liga em um receptor inibitório pode ocorrer a inibição cardíaca (M2), inibição pré sináptica, inibição neuronal. 
Diminuem a liberação de mais acetilcolina. Os receptores M2, M4 estão associados a proteína GI (Inibitória). Inibem a 
adenilatociclase. Menor entrada de cálcio, mais potássio – Hiperpolarização. 
Mecanismo de ação dos agonistas muscarinicos 
1) M1, M3, M5: quando a acetilcolina se liga no receptor muscarinicos, promovem a 
liberação da subunidade da proteína alfa da Gs, que vai estimular a PLC 
(fosfolipase C) que vai agir sobre o pip2, vai quebrar o pip 2 dm ip3 que vai 
promover a abertura dos canais de cálcio. O aumento do cálcio vai liberar o DAG 
que vai ativar a PKC que com o cálcio vai promover a sua ativação e a fosforilação 
de enzimas que vão se disponíveis pelo mecanismo de ação dos fármacos 
 
 
2) M2, M4: Quando a acetilcolina se liga em receptores inibitorios que vai 
promover a liberação da subunidade alfa da Gi, porem ela vai inibir a 
AC(adenilatociclase), que vai reduzir o AMPc. Sem AMPc não tem ativação da 
PKA e também não tem a fosforilação das proteinas, causando 
hiperpolarização 
 
 
Receptores nicotínicos – são receptores do tipo canais iônicos. São proteínas que deixam entrar ou bloquear íons. Despolarizados 
ou hiperpolarizados. Formadas por 5 proteínas que se uniram para formar o canal iônico. São formados por dois tipos: NN e NM 
NN- encontrado no gânglio, na sinapse ganglionar. Formados pelas subunidades alfa2beta3 / alfa3beta2 
NM – encontrados no musculo esquelético. Formado por alfa2betagama. 
É preciso 2 acetilcolina para promover a abertura do canal iônico, promovendo a despolarização e promovendo
uma ação. 
SINAPSE ANDRENERGICA 
Noradrenalina – o precursor de noradrenalina, adrenalina, dopamina é a tirosina. Tirosina -> DOPA -> Dopamina -> Noradrenalina 
-> adrenalina. Dopamina precisa de um transmissor 
 
Caminho – Tirosina vai ser capturada, vai ser transformada em DOPA, DOPA se transforma em 
dopamina, que vai ser armazenada nas vesículas, vai precisar atravessar a membrana da vesícula 
através de um transportador Vmat. Dentro da fenda sináptica a dopamina se transforma em 
noradrenalina. Neurônio vai ser despolarizado, noradrenalina vai ser liberada e age em receptores 
adrenérgicos: Alfa 1, beta 1, beta 2. A noradrenalina também pode ser capturada e degradada dentro 
da célula. 
 
 
 
Noradrenalina se ligando aos receptores 
Alfa 1 – noradrenalina ao se ligar ao Alfa 1 promovem a liberação da proteína gq. Promovendo assim o IP3 DAG- Alfa 1 é 
excitatório. Encontrado m. liso vascular, m. liso geniturinário, contração do m.liso intestinal – relaxamento. Coração: Aumento 
da FC e força de contração 
Alfa2 – noradrenalina ao se ligar ao alfa 2 promove a ativação da GI (inibitória) AMPc Canais de cálcio – Inibitório. É 
encontrado principalmente em neurônio pré ganglionar. Células beta pâncreas, promovendo baixa secreção de insulina. 
Plaquetas. Baixa liberação de Neropitrefina 
B1, b2, b3 – Isoprotenol ao se ligar em receptores beta, estimula a ativação da proteína Gs AMPc – Excitatório 
B1: Coração: aumento da FC e força de contração. B2: M.liso relaxamento. B3: tecido adiposo – quebra de lipídios 
A destruição de noradrenalina pode ocorrer pelo neurônio pré ganglionar ou pós ganglionar, em ambos se tornarão compostos 
inativos. 
 Simpático Parassimpático 
Coração Aumento da FC, Condução – B1 Redução da FC, condução – M2 
Vasos sanguíneos Contração – alfa 1 e beta 2 Relaxamento – M3 
Brônquios Relaxamento – B2 Contração – M3 
Gastrointestinal Baixa motilidade – Alfa 2 e Beta 2 Aumento da motilidade – M3 
Glândulas salivares Aumento da secreção – Alfa 2 e Beta 1 Aumento da secreção – M3 
 
 
 
■ Receptores adrenérgicos 
1. ⍺-1: vasoconstrição, aumento da PA 
2. ⍺-2: inibição da liberação de NE, redução da PA 
3. β-1: aumento da FC e força de contração 
4. β-2: relaxamento da musculatura lisa brônquica, do útero e vasos sanguíneos 
5. β-3: adipócitos, lipólise 
Agonistas adrenérgicos – SNC – PRÉ GANGLIONAR – ACETILCOLINA – RECEP NICOTINICOS – NORADRENALINA - RECEPTOR 
Efeito nos receptores ou na sinalização – Imitação da resposta 
Agonista de ação direta – são fármacos que possuem efeito mimético (igual) a noradrenalina sob receptores adrenérgicos. 
Podem ser seletivos ou não seletivos 
Agonista de ação indireta – são fármacos que não possuem efeitos diretos nos receptores adrenérgicos, mas atuam na liberação 
e degradação da noradrenalina. Exemplos: Agentes de liberação, inibidor de captação, Inibidor na MAO (degrada a 
noradrenalina), inibidor da COMT (não vai ser ativada) 
Agonista de ação mista – Fármacos que possuem efeitos tanto diretos nos receptores adrenérgicos, como na liberação ou 
degradação de noradrenalina. 
Catecolaminas endógenas 
1) Adrenalina: ação em receptores alfa e beta-adrenérgicos 
• Asma (grave) – Promovem o bom relaxamento da musculatura lisa brônquica 
• Parada cardíaca – estimula o aumento da FC, estimula os tecidos de condução cardíaca 
• Associação com anestésicos locais – epinefrina + anestésico – promove vasoconstrição e redução do sangramento 
• Efeitos adversos: taquicardia (asma), HA, arritmias 
2) Noradrenalina: ação em receptores alfa > beta-adrenérgicos (age mais em receptores alfa do que beta) Alfa predomina na 
parede das vascu.... Promove vasodilatação. 
• Choque cardiogênico ou séptico 
3) Dopamina: ação em receptores dopaminérgicos e beta-adrenérgicos 
• Choque cardiogênico – Aumento da força de constrição 
 
Agentes sintéticos com atividade agonista – Vantagem – age sobre tipos específicos de receptores, diminuindo os efeitos 
adversos. 
1) Dobutamina (agonista beta1-seletivo) 
• Choque (aumento da frequência e contratilidade cardíacas) 
• Efeitos adversos: arritmias 
2) Isoproterenol (agonista beta não seletivo) 
• Choque (frequência e contratilidade cardíacas) 
• Asma (broncodilatação) 
• Efeitos adversos: arritmias, vasodilatação, isquemia cardíaca 
3) Agonistas beta2-seletivos (salbutamol, terbutalina, formoterol...) 
• Asma (broncodilatação) promove o relaxamento da musculatura 
 
• Efeitos adversos: tremores, taquicardia, hiperglicemia, tolerância (se aumenta a dosagem, perde a sensibilidade) 
4) Agonistas alfa-adrenérgicos 
• Fenilefrina (tópico): descongestionante, midríase 
• Metoxamina (sistêmico): hipotensão grave 
 
 
Agentes sintéticos com atividade antagonista 
1) Antagonistas alfa-adrenérgicos (vasodilatação, taquicardia reflexa) 
• Fenoxibenzamina (alfa1 e alfa2, irreversível): vasodilatação 
• Fentolamina (alfa1 e alfa2, competitivo): vasodilatação 
• Prazosina (alfa1 seletivo, competitivo): vasodilatação 
2) Antagonistas beta-adrenérgicos 
• Redução da frequência e força de contração cardíacas, aumento da resistência vascular periférica agudamente e redução 
cronicamente, broncoconstrição) 
• Tratamento da hipertensão e arritmias (propranolol, atenolol, metoprolol) 
• Tratamento do glaucoma (pindolol, colírio) 
 
Fármacos do sistema nervoso parassimpático 
1) Agonistas colinérgicos diretos 
• Ação sobre receptores colinérgicos 
• Betanecol, pilocarpina 
• Uso: retenção urinária, glaucoma 
2) Agonistas colinérgicos indiretos 
• Ação inibidora sobre acetilcolinesterase com prolongamento da atividade da ACH 
• Neostigmina, pirostigmina 
• Uso: atonia de bexiga ou intestino, miastenia gravis 
3) Antagonistas colinérgicos 
• Escopolamina, atroprina, ipratrópio 
• Efeitos: midríase, broncodilatação e redução da secreção brônquica, redução da motilidade gastrointestinal, retenção urinária, 
taquicardia, xerostomia, taquicardia 
• Uso: asma, hipermotilidade gastrointestinal, úlcera 
PERGUNTAS TESTE 2 – 83 
Relacionar função dos receptores adrenérgicos –A1, A2, B1, B2, B3 
Duas características comuns as fibras pré simpáticas e parassimpáticas 
Caso de um paciente que estava com baixa frequência cardíaca e vasodilatação, e tinha que falar qual o receptor que era 
indicado para melhorar o quadro e justificar o pq de usar tal receptor. 
 
 
Tratamento da Asma 
O que é a asma? “Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, na qual muitas células e elementos celulares têm 
Participação. A inflamação crônica está associada à hiperresponsividade das vias aéreas, que leva a episódios recorrentes de 
sibilos, dispneia, opressão torácica e tosse, particularmente à noite ou no início da manhã. Esses episódios são uma 
consequência da obstrução ao fluxo aéreo intrapulmonar generalizada e variável, reversível espontaneamente ou com 
tratamento” 
Estratégia – controlar essa parte inflamatória. Hiperresponsividade – broncoconstrição, mais responsiva q o normal 
Epidemiologia - • Condição crônica comum – Prevalência mundial estimada: 300 milhões – Prevalência brasileira estimada: 20 
milhões • Adultos e crianças • Morbimortalidade e gastos com saúde. Complicações se não for tratada. 
Fisiopatologia 
Organismo é desafiado por um estimulo alergênico. O organismo seria exporto a um 
estimulo anti IGM de natureza alergênica, os alergênicos se caracterizam pela produção 
ige, produção de ige ao estimulo. Primeiro momento, indivíduo se expõe ao estimulo e 
produz IGE, como ele já se apresentou uma vez, no segundo momento eu vou ter 
células de memória atuando, uma resposta de memória. Produz maior IGE de novo. A 
ige se
liga à superfície de mastócitos e basófilos, ela ligada se liga ao antígeno e estimula 
a desgranulação dos mastócitos, que vão produzir mediadores inflamatórios e vão 
determinar a inflamação das vias aéreas e a broncoconstrição. Existe também em 
resposta a reexposição antigênica com uma resposta do tipo TH2, que promove a 
ativação de mediadores inflamatórios e mantem o processo inflamatório, é mais tardia que vai ocasionar edema nas vias 
aéreas, broncoconstrição mais permanente e aumentar a secreção de muco. 
2. Hiperreatividade brônquica inespecífica 
• Sensibilidade exagerada das vias aéreas a estímulos que podem causar a broncoconstrição 
• Muitos pacientes não apresentam exacerbações desencadeadas por alegernos, mas sim por infecções virais (que não 
desencadeia produção de IGE) e estímulos não antigênicos (exercício, ar frio) 
• Mecanismo: resposta inflamatória. Mas também tem ativação de mediadores. Tanto o 1 quanto o 2 tem resposta inflamatória 
 
Bases fisiopatológicas do tratamento da asma 
Redução do broncoespasmo relacionado ao processo inflamatório • Redução da ligação IgE/mastócitos (anti-IgE) 
• Redução da de granulação de mastócitos (cromolin ou nedocromil, simpaticomiméticos, bloqueadores de canais de cálcio) 
• Bloqueio da ação de mediadores (anti-histamínicos, antagonistas do receptor de leucotrieno) 
• Inibição do efeito da Ach (antagonistas muscarínicos) Sistema parassimpático promove broncocontrição, então se eu inibí-lo 
vou ter broncodilatação. 
• Relaxamento direto da musculatura brônquica (simpaticomiméticos, metilxantinas). Agonista Beta 2 adrenérgicos 
Redução da hiper-reatividade brônquica- que causa broncoconstrição e inflamação sem relação com estimulo alergênico 
• Redução da exposição a alegernos não típicos 
• Anti-inflamatórios (GC) glicocorticoides 
Múltiplos mecanismos para o broncoespasmo: medicações com diferentes mecanismos de ação 
Farmacologia dos medicamentos utilizados no tratamento da asma 
Quais são as classes de medicamentos? 
1. Agentes simpaticomiméticos – promove broncodilatação 2. Metilxantinas(broncodilatação) 3. Anti-muscarínicos 4. 
Glicocorticoides 5. Cromolin e nedocromil – diminui a de granulação dos mastócitos 6. Antagonistas do receptor de leucotrienos 
(inibidores da ação de mediadores inflamatórios) 7. AC monoclonais anti-IgE 8. Outros: bloqueadores de canais de cálcio, 
doadores de NO 
 
1. Agentes simpaticomiméticos 
Efeitos farmacológicos - • Relaxamento da musculatura lisa das vias aéreas 
Mecanismo: nas vias aéreas, no musculo liso da parede brônquica existe um estado de 
contração desse musculo, que é chamado de tônus da musculatura brônquica, este tônus 
pode diminuir (broncodilataçao), ou aumentar (promovendo uma broncoconstrição) um 
dos fatores que promove relaxamento dessa musculatura, é o AMPc, então se a gente 
usar um agonista beta adrenérgico (especificadamente um BETA 2 ADRENERGICO), ele 
vai se ligar ao receptor beta dois na parede da célula muscular lisa brônquica, vai 
promover uma ativação da adenilatociclase, que aumenta a produção de ampc dentro 
da célula, ao aumentar vai haver um estimulo para a broncodilatação. Existe evidencias 
também que eles influenciam mediadores inflamatórios, mas o efeito principal é a 
promoção de broncodilatação. 
• Inibição da liberação de mediadores pelos mastócitos 
• Inibição do “vazamento” microvascular que promove também processo inflamatório 
• Aumento do transporte mucociliar – Aumento da motilidade ciliar e/ou – Efeitos favoráveis sobre a composição da secreção 
mucosa. Facilidade para eliminar secreção. 
Tipos 
• Não seletivos: epinefrina, efedrina, isoproterenol (atuam em mais de um 
receptor adrenérgico) 
• β2-seletivos (mais preferível) 
Tipos mais utilizados 
Agentes β2-seletivos: geração inicial 
• Albuterol, terbutalina, metaproterenol, pirbuterol - (primeira geração) 
• Vias: – Inalatória (inalador de dose medida ou nebulização, mais rápida) – Oral 
(albuterol e terbutalina) – SC (terbutalina) 
 • Início de ação em 5 min, pico em 30 min, duração de 3 a 4 horas 
Agentes β2-seletivos: nova geração 
• Salmeterol, formoterol • Maior potência (em doses menores, promovem uma broncodilatação) • Maior duração de ação 
(lipossolubilidade e permanência do medicamento próximo ao receptor β-adrenérgico – aumenta a permanência no tecido 
brônquico) 
Vias de administração 
• Oral • Subcutânea 
 • Inalatória – escolha – Efeitos locais acentuados – Toxicidade sistêmica minimizada – Técnicas de administração. Nebulização é 
via inalatória. Bombinha, 
Efeitos adversos: • Taquicardia / arritmias – consequência da chegada no coração, aumento da FC• Hipoxemia (alteração da 
relação ventilação / perfusão) • Aumento da morbidade e mortalidade (?). 
 
2. Metilxantinas 
• Teobromina • Cafeína • Teofilina • Aminofilina (teofilinaetilenodiamina). Todas com grupamentos metil. Promovem a 
broncodilatação. 
• Relaxamento da musculatura lisa das vias aéreas 
O AMPc promove broncodilatação, quem degrada esse ampc é 
fosfodiesterase(PDE), o transforma em AMP. Se usamos um inibidor dessa 
enzima, evita-se a degradação do ampc e aumenta a sua quantidade dentro 
da sua célula. O que promove a broncodilatação. Também há evidencias que 
elas 
Redução da liberação de mediadores inflamatórios pelos mastócitos (via 
inibição da PDE) 
Vias aéreas: PDE4 (inibidores seletivos?) Outros efeitos: aumentam liberação 
de catecolaminas, inibição dos receptores de adenosina. 
 
Efeitos farmacológicos: • Músculo liso (teofilina) • Músculo esquelético • Músculo cardíaco • SNC (cafeína) • Rins. A PDE está 
também nesses órgãos. Não tem uma ação muito direcionada. 
Sistema nervoso central • Excitação cortical: aumento do estado de alerta, “negação” de fadiga • Irritabilidade • Insônia • 
Estimulação medular e convulsões (doses elevadas). Ex: cafeína. 
Aparelho cardiovascular • Efeito cronotrópico positivo • Efeito inotrópico positivo • Vasoconstrição periférica • em doses 
elevadas Vasodilatação periférica e vasoconstrição cerebral (doses elevadas) • Redução da viscosidade sanguínea 
Aspectos práticos: teofilina/aminofilina: • Apresentação oral: combinação com sais para aumento da absorção • Apresentações 
de liberação prolongada: maior efetividade para sintomas noturnos • Idealmente: monitorização da concentração sérica 
(teofilina) • Farmacocinética: metabolismo hepático, excreção renal. Pacientes com problema renal e de excreção temos que 
mudar a dose. 
3. Anti-muscarínicos 
Origem • Datura stramonium (Índia) • Atropina • promove Bloqueio dos receptores muscarínicos pós-ganglionares (que tá 
presente no músculo brônquico • Broncodilatação 
• Relaxamento da musculatura lisa das vias aéreas 
Quem promove a broncoconstrição é a acetilcolina, então os fármacos bloqueiam a 
ação da acetilcolina e vão antagonizar a ação dos receptores muscarinicos lá na 
parede brônquica. 
 
 
 
 
 
 
Aspectos clínicos 
• Atropina e brometo de ipratrópio (derivado mais seletivo) 
 • Vias de administração – Intravenosa – Inalatória 
 • Brometo de ipratrópio não atravessa barreira hematoencefálica 
• Resposta variável (papel das vias parassimpáticas na broncoconstrição apresenta variação interindividual) – depende da 
importância do tônus para o paciente. 
• Acentua resposta aos agonistas beta-adrenérgicos durante exacerbações de asma Anti-muscarínicos 
 
Efeitos adversos 
- SNC (cefaleia e tontura) - Respiratórios (dispneia, tosse, rinite, infecção de vias aéreas superiores) - Digestivos e hepáticos 
(dispepsia, náuseas, xerostomia, alterações do paladar) - Renais e geniturinários (infecção do trato urinário, pq a acetilcolina 
promove contração, com o antimuscarineo, vou relaxar, prender aquela urina e desencadear infecção) - Neuromusculares e 
esqueléticos
(dor lombar) 
4. Glicocorticoides – efeito anti-inflamatório 
Tipos: inalatórios • Beclometasona • 
Budesonida • Flunisolida • Fluticasona • 
Triamcinolona • Ciclesonida • Mometasona 
Tanto pela via oral, inalatória, intravenosa 
Melhor é o inalatório. 
 
 
 
Mecanismo de ação: 
Repressão da expressão de genes que codificam proteínas pró- inflamatórias 
Redução da resposta inflamatória das vias aéreas 
Redução da hiper-reatividade brônquica 
O receptor de glicocorticoide é um receptor nuclear, localizado no citoplasma, quando 
eles se ligam ao corticoide, corticoide endógeno (cortisol), vão ser transloucados para 
o núcleo, e vão regular a expressão genica. Os genes que queremos regular são os 
inflamatórios. Reprimem genes que expressam proteínas pro-inflamatórias. Isso 
diminui a resposta inflamatória e a diminuição da hiper-reatividade crônica. 
 
Aspectos práticos / clínicos 
• Vias de administração – Oral / IV – crases graves / IM – 
Inalatória: uso durante 10 a 12 semanas, suspensão e reavaliação da necessidade de tratamento prolongado 
 • Efeitos favoráveis sobre todos os marcadores de controle da asma 
EFEITOS ADVERSOS – são muitos por que temos receptores de glicocorticoides espalhados por todo o corpo 
Exposição sistêmica: problemas Oculares (catarata, glaucoma) - Neurológicos – depressão ou psicose -Cardiovasculares, 
Neuromusculares e esqueléticos, Dermatológico, Endócrinos e metabólicos –diabetes e pressão, Imunossupressão: aumento de 
doenças infecciosas e neoplásicas 
Glicocorticoides inalatórios • Candidíase orofaríngea • Rouquidão • Osteoporose e catarata (uso prolongado) 
5. Cromolin e nedocromil 
Características gerais 
 • Interesse histórico: uso anterior mais frequente, porém reduzido com disponibilidade das terapias mais recentes • Asma 
induzida por exercícios e antígenos, efeitos moderados (uso profilático apenas) • Via inalatória 
Mecanismo de ação 
 • Alteração da função de canais de cloreto na membrana celular – inibição da ativação celular 
 • Nervos das vias aéreas: inibição da tosse • Mastócitos: inibição da resposta precoce aos antígenos 
 
Aspectos práticos / clínicos 
 • Uso profilático – Exercício – Exposição antigênica inevitável – AAS – Exposição ocupacional 
• Uso regular (asma persistente): redução da gravidade dos sintomas e da necessidade de medicamentos broncodilatadores 
 • Absorção sistêmica mínima, efeitos adversos raros – Irritação orofaríngea, tosse, xerostomia – Dermatite, miosite, 
gastroenterite – Infiltrado pulmonar, anafilaxia 
 
6. Antagonistas do receptor de leucotrienos – VER A FUNÇÃO NA IMAGEM 
 
Tipos 
• Antagonistas do receptor de leucotrieno (LTD4-R) – Zafirlucaste: 20 mg 
12/12h – Montelucaste: 10 mg/d 
• Inibidores da lipoxigenase – Zileuton: 600 mg 6/6h 
 
Aspectos práticos / clínicos 
 • Efetividade em reduzir frequência de exacerbações semelhante aos GC 
inalatórios 
 • Administração oral • Toxicidade – Zileuton: hepatotoxidade – Antagonistas 
do LTD4-R: rara 
 
7. AC monoclonais anti-IgE 
Aspectos gerais: 
• Técnicas em biologia molecular Anticorpos anti-IgE Anticorpos dirigidos contra a porção da IgE que se liga aos seus receptores 
nos mastócitos e outras células inflamatórias (FCe-R1 e –R2). 
 
Omalizumab • Anti-IgE Mab (anticorpo monoclonal anti-IgE) • Humanizado: substituição de diversas porções de suas sequências 
de aminoácidos por sequências semelhantes às dos humanos • Inibição da ligação da IgE ao seu receptor no mastócito – 
inibição da desgranulação do mastócito • Redução da gravidade da asma e da necessidade de tratamento com GC em pacientes 
com asma moderada a grave 
 
8. Outros: bloqueadores de canais de cálcio, doadores de NO 
Bloqueadores de canais de cálcio 
• Papel do movimento de cálcio intracelular na função celular anormal / fisiopatologia da asma 
• Nifedipina e verapamil • Via inalatória • Inibição da constrição das vias aéreas induzida por estímulos variados 
• Efetividade inferior à dos agonistas beta-adrenérgicos inalatórios 
 
Doadores de óxido nítrico 
• Papel do óxido nítrico na promoção de relaxamento da musculatura lisa respiratória 
• NO ou doadores de NO • Via inalatória • Papel no tratamento de exacerbação aguda • Aprovação para hipertensão pulmonar 
 
VER AULA DE SISTEMA NERVOSO AUTONOMO 
 
Hipertensão arterial e anti-hipertensivos 
 
! Doença cardiovascular mais frequente 
◦ Prevalência de até 30% ◦ Variável com idade, etnia, nível educacional...! 
 Elevação crônica da pressão arterial – lesão vascular ◦ Rins – insuficiência renal ◦ Coração – doença arterial coronariana, ICC 
◦ Cérebro – AVC, demência! Tratamento efetivo reduz morbimortalidade 
 
ETIOLOGIA – a causa é desconhecida, mas tem 2 classes 
! Hipertensão arterial primária vs secundária 
◦ Primária ou essencial: 85 a 90% dos casos, sem etiologia específica 
◦ Secundária: 10 a 15% dos casos, etiologia específica! Hipertensão arterial primária 
◦ Fatores genéticos (explicam até 30%) ◦ Estresse psicológico ◦ Fatores ambientais e dietéticos 
" Elevada ingestão de sódio " Baixa ingestão de cálcio e potássio 
 
O que regula a PA? 
Equação hidráulica PA = DC x RVP 
 
Debito cardíaco X resistência vascular periférica 
Debito cardíaco= FC, força de contração (anti-hipertensivos atuam nisso) 
RVP= tônus muscular (anti-hipertensivos atuam nisso) 
Se eu baixo a PA eu baixo a quantidade de sangue em barorreceptores que 
vão ativar o SNsimpatico 
Se eu aumento a FC, eu aumento o debito cardíaco 
O beta 1 promove a liberação de renina 
 
 
Tratamento da hipertensão não farmacológico 
! Cessação do tabagismo! Cessação do consumo de bebida alcoólica! Atividade física! Redução do peso corporal! Restrição de 
sal na dieta! Diminuição do estresse 
 
! Tratamento farmacológico 
◦ Fármacos com ação sobre 1 ou mais dos 4 sítios de controle da PA ◦ Classificação pelo mecanismo de ação 
 
FÁRMACOS SIMPATOLÍTICOS FÁRMACOS VASODILATADORES BLOQUEADORES DE CANAIS DE CÁLCIO DIURÉTICOS INIBIDORES 
DA ECA BLOQUEADORES DO RECEPTOR AT1 DE ANGIOTENSINA II 
 
Características dos anti-hipertensivos 
! Ser efetivo por via oral! Ser bem tolerado! Permitir administração em menor número possível de tomadas, preferencialmente 
em dose única diária! Ser iniciado com as menores doses efetivas, podendo ser aumentadas gradativamente se necessário! Não 
ser obtido por meio de manipulação (inexistência de informações adequadas de controle de qualidade, bioequivalência e 
interações! Ser considerado em associação para pacientes com hipertensão mais grave, que não respondem à monoterapia! Ser 
utilizado por período mínimo de 4 semanas, salvo em situações especiais, para aumento de dose, substituição da monoterapia 
ou mudança das associações em uso 
 
AGENTES DE AÇÃO CENTRAL 
São poucos usados por não serem tão efetivos 
Tipos: METILDOPA CLONIDINA GUANABENZ GUANFACINA MOXONIDINA RILMENIDINA 
 
METILDOPA– PODE SER UTILIZADO NA GESTAÇÃO 
! análogo da DOPA – inibição da DOPAdescarboxilase! “Falso neurotransmissor”: metabolizada a metilnoradrenalina! efeito 
agonista parcial. DOPA – vai ser convertida até a noradrenalina 
Inibe a enzima que converte DOPA em dopamina – baixando a RVP 
 
Ações: 
! Reduz a PA por reduzir a RVP! Pouco efeito sobre DC e FC! Inibe a secreção de renina (sem importância para ↓ PA) 
! Pouca hipotensão postural Uso clínico: Hipertensão arterial (gestantes) 
 
Efeitos adversos:! Sedação fraca, depressão ! Em longo prazo: “cansaço mental” persistente e diminuição da concentração ! 
Distúrbios do sono: pesadelos ! Cefaléia ! Disfunção erétil, diarréia, visão embaçada ! Bradicardia ! Anemia hemolítica 
(raramente) 
 
CLONIDINA 
! Agonista parcial α2-adrenérgico ! 
 Efeito periférico (células musculares lisas da parede vascular) ◦ Receptor α2 pós-sináptico: vasoconstrição 
! Efeito central (bulbo) ◦ Receptor α2 pré-sináptico
◦ Redução do tônus simpático ◦ Aumento do tônus parassimpático 
Diminuem a liberação de catecolaminas. Baixa o DC, pq abaixa FC, a contratilidade, o tônus venoso e a RVP. Tem certa 
seletividade. Utilizada por via oral. 
! Redução da PA - mecanismos ◦ ↓ do DC por ↓ da FC e relaxamento de vasos de capacitância ◦ ↓ RVP principalmente na 
posição ereta ! Manutenção do fluxo sanguíneo renal 
Farmacocinética: ! Boa absorção VO – altamente lipossolúvel, penetração no SNC ◦ Meia-vida de ± 12 h ◦ Doses iniciais baixas 
com elevação gradual ! Emplastros de liberação transdérmica (reduz a PA durante 7 dias) 
 
Efeitos adversos: ! Boca seca ! Sedação, depressão ◦ Contra-indicada em pacientes com depressão ! Disfunção sexual ! 
Bradicardia ! Dermatite de contato (emplastros) ! Crise hipertensiva na suspensão abrupta Interação medicamentosa: ! 
Interação com antidepressivos tricíclicos (bloqueadores α2 adrenérgicos) 
 
GUANABENZ E GUANFACINA 
! Agonistas alfa2-adrenergicos ! Sem vantagens em relação à clonidina 
Agonistas alfa2-adrenergicos recentes: ! Moxonidina, rilmenidina ! Modificações estruturais da clonidina ! Menos efeitos 
sedativos ! Menor afinidade por α2 
 
BLOQUEADORES DOS NEURONIOS ADRENERGICOS 
RESERPINA GUANETIDINA 
Tem uma ação mais periférica 
 
RESERPINA 
! Alcaloide extraído da raiz da planta indiana Rauwolfia serpentina 
 ! Um dos primeiros fármacos efetivos no tratamento da hipertensão ! Interesse histórico (pouco usado devido à elevada 
frequência de efeitos adversos) 
Interfere no transporte das catecolaminas nas vesículas. Baixa a resistência vascular periférica e DC = baixa PA 
Depleção de catecolaminas (“simpatoplegia”) ! ↓ RVP e DC - ↓ PA ! ↓ Secreção de renina ! Hipotensão postural leve ! Sedação, 
distúrbios do sono, depressão ! Diarréia ! Aumento da secreção ácida gástrica ◦ Contra-indicada em pacientes com úlcera 
péptica 
 
Guanetidina 
Captada pelo neurônio pré-sináptico, concentra-se na vesícula de NT e descola NE, causando sua depleção gradual 
Interfere também no armazenamento, mas fica dentro da vesícula e joga a catecolamina fora 
! Depleção de catecolaminas (“simpatoplegia”) ! Uso clínico limitado em razão dos efeitos adversos ! Efeitos adversos ◦ 
Hipotensão postural ◦ Disfunção sexual ◦ Diarreia ◦ Interação com outros medicamentos de ação central 
 
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES ADRENERGICOS 
Bloqueio dos receptores adrenérgicos nos órgãos efetores 
 
 
 
TIPOS 
! Antagonistas alfa-adrenérgicos ◦ Prazosin ◦ Terazosin ◦ Doxazosin 
! Antagonistas beta-adrenérgicos FINAL LOL ◦ Propranolol ◦ Atenolol e metoprolol ◦ Nadolol, carteolol, betaxolol, bisoprolol ◦ 
Pindolol, acebutolol, penbutolol ◦ Labetalol, carvedilol, nebivolol ◦ EsmoloL 
 
Antagonista alfa adrenérgico 
! Prazosin, terazosin, doxazosin ◦ Antagonistas alfa1 seletivos ! 
Efeitos clínicos ◦ Dilatação de arteríolas (vasos de resistência) e vênulas (vasos de capacitância), redução da PA ◦ Hipotensão 
postural (leve, costuma ocorrer na primeira dose) ◦ Taquicardia reflexa (redução da pressão arterial – ativação do SNAS, 
liberação de NE – ação de aumentar a FC) ◦ Retenção de sal e água (redução da pressão arterial – ativação do SNAS e do SRA – 
retenção renal de sal e água) 
◦ Relaxamento da musculatura lisa do trato urinário – tratamento de sintomas obstrutivos (hiperplasia de próstata) 
 
! Efeitos adversos ◦ Hipotensão postural de primeira dose (maior risco em pacientes com depleção de sal e água) ◦ Tontura ◦ 
Cefaleia ◦ Obstrução nasal ◦ Diarreia ◦ Disfunção sexual (ejaculatória) 
 
ANTAGONISTAS BETA-ADRENERGICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
! Melhora de arritmias (1ª opção de anti-hipertensivos em pacientes com HAS) ! Melhora da morbimortalidade ! Melhora dos 
sintomas de tireotoxicose ! Melhora de cefaleia (enxaqueca) 
 
! Bradicardia (receptores beta1 no coração) ! Vasoconstrição periférica (receptores beta2 na parede vascular) ! Broncoespasmo 
(receptores beta2 na musculatura brônquica) ! Depressão ! Insônia ! Astenia ! Disfunção sexual ! Intolerância à glicose, 
hipertrigliceridemia ! Na suspensão brusca pode ocorrer hiperatividade simpática que resulta em uma isquemia miocárdica 
 
 
0ANTAGONISTAS BETA ADRENERGICOS 
! Primeira geração (não seletivos, beta1 e beta2) 
Propranolol Nadolol Timolol Pindolol 
 
! Segunda geração (beta1 seletivos) 
Metoprolol Atenolol Esmolol Acebutolol Bisoprolol Betaxolol 
 
! Terceira geração (efeitos cardiovasculares adicionais) 
Labetalol – bloqueio beta e alfa 1-adrenérgico 
 Carvedilol – bloqueio beta e alfa1-adrenérgico, efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios 
Bucindolol – bloqueio beta adrenérgico e alfa1- adrenérgico fraco 
 Celiprolol – bloqueio beta-adrenérgico cardioseletivo 
Nebivolol – bloqueio beta-adrenérgico e vasodilatação mediada por NO 
 
 
Inibidores do sistema renina- angiotensina-aldesterona – é formado por um conjunto de moléculas que servem para aumentar 
ou diminuir a pressão arterial. Diminuição do sistema aumenta a pressão arterial e o aumento do sistema causa o aumento da 
PA. 
 
No nefron o funcionamento é regulado por 3 hormônios principais que garantem o mantimento do volume sanguíneo a partir 
da excreção e reabsorção. A angiotensina causa tensão nos vasos sanguíneos - é um potente vasoconstritor. A aldesterona 
reabsorve sódio e excreta potássio o que vai aumentar ou reestabelecer os volumes de sódio. O ADH evita a diurese, ou seja, 
evita a formação de muita agua na urina. Causa a retenção de liquido. A renina é uma enzima que ajuda na conversão de 
 
angiotensinogenio em angiotensina. Aldesterona age no tubo contorcido distal aumenta a concentração de sódio. Adh age no 
túbulo coletor, aumento a reabsorção de agua. Evita a agua ir para a urina. 
 
Mecanismo de ação: 
Com a baixa da pressão o rim, com o nefron precisa reagir. Existe no fígado o 
angiotensinogenio que é uma forma inativa da angiotensina. Ele fica 
inativado e precisará ser ativado. Quem o ativa é a renina – que é produzida 
no túbulo contorcido distal (Encosta na arteríola aferente para formar o 
aparelho justa glomerular) este aparelho é sensível ao sódio e produz a 
renina. Quando cai o volume sanguíneo, a arteríola aferente vai ter menos 
quantidade de sódio e este aparelho justa glomerular vai secretar renina, que 
vai ativar o angiotensinogenio que tá no fígado e vai converter em 
Angiotensina 1. Essa angiotensina 1 cai no sangue e quando chegar aos 
pulmões (não é bem o pulmão q vai produzir é o …), eles vão produzir a 
enzima ECA (enzima conversora de angiotensina), essa ECA converte 
angiotensina 1 em angiotensina 2. A angiotensina 2 é um potente 
vasoconstritor – causa uma vasoconstrição na arteríola eferente evitando 
que mais sangue seja filtrado, ou seja, evita que se perca mais volume 
sanguíneo, podendo ter mais perda de liquido. Com a baixa pressão de 
filtração glomerular, favorece a absorção de sódio pelo túbulo contorcido 
distal – com mais sódio para o sangue. A aldesterona vai aumentar o volume 
sanguíneo por que ela vai reter sódio e eliminar potássio. O adh vai agir no 
túbulo coletor – o adh é produzido na hipófise posterior – Quando baixar o 
volume sanguíneo, o hipotálamo capta isso e manda informação para a 
hipófise posterior que vai liberar ADH que vai agir no túbulo coletor fazendo 
com que a agua que estaria indo produzir a urina seja reabsorvida pelo 
interstício e posteriormente voltar para a corrente sanguínea. Vai ter mais 
sódio e agua no sangue e isso restabelece o volume sanguíneo e 
consequentemente aumento da pressão arterial. 
 
 
 
Caso haja o bloqueio essa ações estarão comprometidas. 
 
Inibidores da renina: 
! Ligação ao sítio ativo da renina e inibição de sua atividade enzimática 
(bloqueiam conversão de angiotensinogênio em angiotensina I) 
! Aliskireno (2007) – fármaco que faz isso. Receptor tipo um de angiotensina. 
! Efetividade semelhante a de outros
inibidores do sistema renina-angiotensina 
! Não deve ser combinado com outros inibidores do sistema renina-
angiotensina (hiperpotassemia). Se eu inibo tudo, eu não vou ter a ação da 
aldesterona que eliminava potássio, isso é perigoso por que pode causar 
arritmias fatais. 
 
Inibidores da enzima conversora de angiotensina 1 em angiotensina 2 (IECA) – 
! Quem são? ◦ Captopril ◦ Enalapril (pró-fármaco – precisa ser ativado para ser 
convertido em enalaprilato) ◦ Usados em pelo menos suas doses diárias. 
TERMINADOS EM PRIL 
 
 
Lisinopril ◦ Binazepril ◦ Fosinopril ◦ Moexipril ◦ Perindopril ◦ Quinapril ◦ Ramipril ◦ Trandolapril (Pró-fármacos Ativados por 
hidrólise hepática - Ação prolongada em relação ao captopril e enalapril) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mecanismo da IECA 
 
Inibe a geração de angiotensina 2, vou ter menos angiotensina 
2 para estimular a excreção de aldesterona e reabsorção renal 
de sódio e agua e menos angiotensina 2 para atuar nos 
receptores at1 e promover a vasoconstrição e aumento da 
resistência vascular periférica. 
Para diminuir a PA, o principal mecanismo de ação é inibir a 
vasoconstrição mediada pelo angiotensina 2 e inibir a 
produção de aldesterona e seus efeitos em aumentar a 
volemia. 
A enzima conversora de angiotensina 1 também tem atividade 
nas bradicininas, mas é uma ação de inativação. Vai converter 
a bradicinina em metabolitos que não tem atividade. A 
bradicinina ao ter a sua ação inibida vai se acumular e ajuda a 
aumentar produção de prostaglandinas. Tanto as bradicininas 
quanto as prostaglandinas tem ação vasodilatadora. O que 
também contribui para baixar a PA. Pacientes com asma não é 
ideal para isso. 
 
Efeitos adversos 
! Insuficiência renal aguda (pacientes com estenose da artéria renal). Pq a angiotensina 2 regula o fluxo sanguíneo normal. 
! Hiperpotassemia (redução da excreção renal de potássio) 
 
 
! Tosse, chiado, angioedema (aumento da síntese de bradicininas) 
! Alterações fetais NÃO SÃO USADOS NA GESTAÇÃO 
! Alterações do paladar ! Neutropenia (captopril) 
 ! Fenômenos alérgicos (mais comuns com captopril) ◦ Febre ◦ Rash cutâneo 
 
 
VANTAGENS DO IECA 
Diminui a PA 
! Efeito protetor renal independente do efeito anti-hipertensivo – regula a pressão de filtração q está sendo realizada no rim 
! Efeito cardioprotetor – angiotensina 2 pode atuar em receptores q causam hipertrofia 
 ! Não induzem disfunção sexual 
! Não alteram o metabolismo 
 ! Associação possível e segura com muitos anti-hipertensivos, com exceção dos inibidores da renina. 
 
Antagonistas dos receptores de angiotensina 2 (AT1) 
! Quem são? ◦ Losartana ◦ Candesartana ◦ Irbersartana ◦ Valsartana ◦ Telmisartana ◦ Olmesartana ◦ Eprosartana. TERMINADOS 
EM TANA. 
 
Mecanismo: 
Quando a angitensina 2 age nos receptores AT1. Ela vai promover vasoconstrição, uma 
pequena ativação do sistema parassimpático, crescimento celular – principalmente 
vascular e miocárdicas e retenção renal de sódio e agua. 
Se ela atuar no receptor AT2, ela vai ativar o contrário. O receptor at2 tem ação 
antagônicas ao receptor AT1. Então vai promover vasodilatação, inibição do crescimento 
celular e apoptose de algumas células que estão envolvidas no remodelamento vascular 
do miocárdio. Então um bloqueador do receptor de angiotensina 2 do receptor tipo 1, vai 
inibir a ligação dessa ativação da angiotensina 2 ao AT1. Se usar exclusivamente o 
bloqueador de tipo um, vai ter mais angiotensina 2 agindo no receptor AT2, tornando 
suas ações mais intensas, por que vai ser o único disponível. 
EFEITOS ADVERSOS DOS ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES DE ANGIOTENSINA 2 (AT1) 
! Insuficiência renal aguda (pacientes com estenose da artéria renal), não ocorre tosse pq não tenho síntese de bradicininas 
como na IECA. Portando a troca para esse tipo pode ser efetiva 
! Hiperpotassemia (redução da excreção renal de potássio) 
 ! Alterações fetais. 
VANTAGENS 
 
! Efeito protetor renal ! Efeito protetor cardíaco ! Inibição mais completa do SRA ! Não há aumento de cininas (tosse menos 
frequente) 
 
Diuréticos – medicamento que promove o aumento da excreção de agua. Aumenta a excreção renal de sódio. 
 
 
 
Esquema: rim – nefron. Capilares glomerulares recebem o sangue 
pela artéria renal para q ele seja filtrado, esse sangue também vai 
voltar grande parte com as substancias que não são filtradas, para 
a circulação sanguínea. O que é filtrado aparece na capsula de 
bronie?? E vai receber o nome de filtrado. Esse filtrado é 
composto por agua, e por substancias que são capazes de 
atravessar a membrana glomerular e a membrana das células que 
formam a capsula de Bronie. Esse filtrado tem agua, tem sais, 
cloreto de sódio, bicarbonato, ureia, e se o paciente tiver usando 
algum medicamento que é eliminado por filtração tbm pode estar 
presente nesse liquido. 
O que acontece com esse filtrado à medida que ele vai passando 
por essa estrutura tubular do nefron? Ele vai sofrendo 
modificações que são resultados tanto da absorção dessas células 
tubulares – as células tubulares vão absorver para botar de volta na corrente sanguínea – quanto ela vai secretar produtos que 
estavam na corrente sanguínea, não foram filtrados no glomérulo, mas que devem ser eliminados. Então o sistema é: filtrado, 
modificação desse filtrado, reabsorção ou secreção para o fluido tubular. Em cada região do nefron acontece coisas diferentes: 
nos túbulos contorcidos proximais do nefron, vai haver reabsorção de sódio e de agua, esse fluido continua a caminhar pelo 
nefron, passando por uma região chamada de alça de Henle, na alça no ramo descendente acontece reabsorção de agua e no 
ramo ascendente acontece reabsorção de sal também. Esse fluido vai passar pelo túbulo contorcido distal que reabsorve mais 
sódio e mais agua e lá no túbulo coletor, existe a reabsorção de mais sal. Sempre que há reabsorção de sal, estamos 
concentrando aqui no interstício sódio e acaba ajudando a movimentar a agua do liquido túbulo para o interstício e depois para 
o vaso sanguíneo. 
 
Diuréticos vão bloquear a volta do sódio que tá no filtrado para a célula tubular e da célula tubular para o sangue. Se ele não 
volta (fica no túbulo), o poder osmótico vai ser dentro do tubo, aí ele vai impedir a reabsorção de agua e ai o indivíduo vai 
excretar pela urina mais sódio e mais agua, diminui a volemia e consequentemente abaixa a PA. 
 
Resumão: glomérulo filtrando o liquido para a estrutura túbulo, túbulo contorcido, sódio 
sendo absorvido, alça de Henle, sódio sendo reabsorvido, túbulo contorcido distal e ducto 
coletor. 
Ponto de ação: 
1- Túbulo contorcido proximal 
 
 
 
 
Pontos de ação: 
1- Túbulo contorcido proximal – diminuição da reabsorção de sódio em nível do 
túbulo contorcido proximal – acetazolamida. Muito potente. 
2- Diuréticos osmóticos – agem na região mais distal do túbulo contorcido 
proximal e no ramo descendente da alça de Hellen. Bloqueiam a reabsorção de 
sódio, mantendo o sódio dentro do túbulo. 
3- Diuréticos de alça - ramo ascendente da alça 
4- Diuréticos que atuam no túbulo contorcido distal – Tiazidicos – 
5- Bloqueiam a ação da aldesterona – túbulo contorcido distal e coletor 
 
QUANTO MAIS PROXIMAL É O MECANISMO, MAIS INTENSO É O EFEITO PQ É NAS REGIOES MAIS PROXIMAIS DO NEFRON QUE 
OCORRE A MAIOR CARGA DE REABSORÇÃO DE SODIO. 
 
Aspectos gerais sobre os efeitos dos diuréticos – 
! Depleção de sódio e redução da volemia – redução do débito cardíaco. Curto prazo 
! Em longo prazo ◦ Normalização do débito cardíaco 
 
◦ Redução da resistência vascular periférica 
 ◦ Papel do sódio em aumentar a rigidez vascular e reatividade neural por alterar a troca sódio-cálcio e reduzir o cálcio 
intracelular 
 
 
Diuréticos de alça 
 
Agem na região expeça do ramo ascendente da alça de Henle. Ao promover uma 
inibição da reabsorção de
sódio, vai haver uma inibição da retenção de agua a curto 
prazo. E isso contribui para o efeito diurético e para o mecanismo hipotensor dos 
diuréticos de alça. 
Principais: 
! Furosemida e bumetanida ! 
Ação diurética potente ◦ Hipertensão grave ◦ eficientes em indivíduos que tem 
tendências de retenção: Insuficiência renal ◦ Insuficiência cardíaca ou cirrose 
 (retenção de sódio acentuada) 
Efeitos adversos: ! Ototoxicidade, hiperuricemia, hipomagnesemia, intolerância à 
glicose, reações alérgicas. 
 
 
Diuréticos tiazidicos 
 
Agem nos túbulos contorcidos distais, diminuindo a reabsorção renal de sódio. Sódio vai 
ficar dentro do túbulo, para ser excretado junto com a agua. 
Diuréticos: 
! Hidroclorotiazida, clortalidona, indapamida 
! Uso em doses baixas ◦ Manutenção da efetividade anti-hipertensiva em pacientes com 
função renal normal ◦ Minimização dos efeitos adversos ! 
 Efeitos adversos ◦ Dose-dependentes: hiperlipidemia, hipopotassemia, hiperglicemia, 
hiponatremia, hiperuricemia ◦ Não dose-dependentes: disfunção sexual, reações 
alérgicas, fadiga, alterações do sono 
 
 
 
 
Atuam na aldesterona. Vão bloquear a ação da aldesterona. São chamados de poupadores de 
potássio pq a ação da aldesterona é aumentar a excreção urinaria de potássio, se eu uso um 
diurético que bloqueia a ação da aldesterona eu diminui a excreção de potássio. Eles não 
causam hipotassemia, podem causar na verdade uma hipepotassemia. 
 
 
 
 
Mecanismo: 
1) Ou eles antagonizam diretamente os receptores da aldesterona – vão se ligar ao receptor de mineralocorticoides lá dentro do 
túbulo contorcido distal, impedindo a ligação da aldesterona. 
! Espironolactona ! Eplerenona 
* Efeito protetor cardíaco em pacientes com IC, pq interrompe o remodelamento cardíaco. 
 
2) Bloqueio dos canais de sódio abertos em resposta à ação da aldesterona. Aldesterona se liga ao receptor de 
mineralocorticoides, que é um receptor nuclear, e portanto ele vai aumentar a expressão de genes que codificam canais de 
sódio. A célula do túbulo contorcido distal, quando ela recebe a ação do aldesterona, ela vai produzir mais canais de sódio, 
colocar esses canais na membrana e com mais canais de sódio, essa célula vai reabsorver mais sódio. 
 ! Triantereno ! Amilorida 
ELES NÃO VAO ATUAR NO RECEPTOR DE ALDESTERONA COMO NO PRMIERO, MAS SIM NO ALVO DA ALDESTERONA, QUE É O 
CANAL DE SODIO. ENTRETANTO EFEITO FINAL VAI SER O MESMO – DIMINUIR A REABSORÇÃO DE AGUA E FAZER O POTASSIO 
DEIXAR DE SER EXCRETADO. 
 
 
 
 
Efeitos adversos 
 1) Espironolactona e eplerenona ! Hiperpotassemia ! Ginecomastia (espironolactona) em homens pq pode antagonizar o 
receptor de testosterona. Eplerenona não causa esse problema e pode ser usado em síndrome do ovário policístico. 
2) Triantereno e amilorida ! Hiperpotassemia ! Insuficiência renal (triantereno) ! Litíase urinária (triantereno) 
 
 
 
Bloqueadores dos canais de cálcio – sitio de ação – diminuem a entrada de cálcio nos dois tipos celulares que tão na via final de 
controle da PA – miocárdio e célula muscular lisa da parede vascular. 
 
Mecanismo de ação: 
Por estímulos variados, vai haver um aumento do influxo de cálcio para essa 
célula e por um mecanismo de sinalização que vai envolver formação de um 
complexo para a calmodulina, ativação de uma enzima chama quinase de 
miosina de cadeia leve, que vai se complexar com a aquitina, promovendo a 
contração dessa célula em questão. 
Então se eu to bloqueando o canal de cálcio, mesmo que a célula receba 
estímulos para se contrair, esse mecanismo, que é o final de qualquer estimulo, 
vai ser inibido. Então é por esse mecanismo, que os bloqueadores de canais de 
cálcio atuam na célula muscular lisa da parede arterial, promovendo 
vasodilatação. 
 
 
Tipos de bloqueadores de canais de cálcio – 
! Verapamil 
! Diltiazen 
! Diidropiridínicos: Nifedipina - Amlodipina – Felodipina - Isradipina - Nicardipina - Disoldipina - nitredipina 
 
Diferença entre os 3 é ação seletiva no coração ou no vaso sanguíneo; pq o canal de cálcio que tá lá no coração, não é 
exatamente igual ao canal de cálcio que tá lá na parede vascular. Dependendo do fármaco ele pode se ligar a um canal de cálcio, 
ou ao outro. 
 
Verapamil – é mais seletivo para o coração. 
Diidropiridimicos – mais seletivos para a circulação 
Diltiazen – intermediário – atua tanto no coração quando na circulação. 
O que determina esse seletividade é a diferença dos canais de cálcio expressos em cada um 
desses locais. 
Vasodilatação – diminui resistência vascular periférica – diminui PA 
Ação no miocárdio e no tecido de condução – diminuição da frequência cardíaca e da força de 
contração do miocárdio, diminuindo o debito cardíaco e portanto diminuição da PA 
 
 
Se eu querer tratar EXCLUSIVAMENTE a hipertensão eu uso diidropirimidicos, pq se eu atuo na resistência vascular periférica o 
efeito acaba sendo melhor. Mas se ele tiver uma arritmia, vai ser interessante o Diltiazen. O verapamil acaba sendo um 
hipotensor mais fraco que os diidropirimidicos, então ele é mais usados para arritmias, do que para hipertensão arterial. 
 
Uso clinico 
! Hipertensão arterial sistêmica 
! Arritmias (diltiazem e verapamil) 
 ! Angina – dor relacionada a isquemia do tecido muscular cardíaco. São indicados pq tem efeito dilatador coronariano que pode 
melhor o fluxo sanguíneo do miocárdio. 
 
Efeitos Adversos 
! Edema de membros inferiores (15-20%) ! Diidropiridimicos – vasodilatador. Pode causar pq vai ter uma enorme retenção de 
liquido. 
Hipotensão postural ! - não vai chegar nas vias? 
 Cefaléia ! Taquicardia reflexa ! Rubor facial ! 
 Verapamil e Diltiazem – bradicardia- diminuem a frequência cardíaca→ não devem ser administrados com bloqueadores beta-
adrenérgicos. 
 
 
Vasodilatadores (além dos bloqueadores de canais de cálcio) 
Assim como os bloqueadores de canais de cálcio, também vão promover vasodilatação coração vascular direta, mas essa ação é 
independente do bloqueio de canais de cálcio. Ação direta sobre o vaso. 
 
 
Quem são esses vasodilatadores gerais: 
Mecanismos de ação variados 
! aumentam a liberação de óxido nítrico (fármaco ou endotélio). Ou eles vão estimular a célula endotelial a produzir mais oxido 
nítrico ou eles vão mimetizar a ação do oxido nítrico. 
◦ Nitroprussiato de sódio (IV) 
◦ Hidralazina (oral) 
 
! Abertura de canais de K, diminuir a carga positiva e hiperpolarização da membrana da célula muscular lisa 
◦ Minoxidil (VO) 
◦ Diazóxido (parenteral) 
 
 ! Ativação de receptores dopaminérgicos – ativam na célula muscular lisa que quando ativados vão promover vasodilatação. 
◦ Fenoldopam (IV) 
 
Leito venoso – vasos de capacitância que vão promover o enchimento do coração, 
coração vai ejetar o sangue para o leito arterial, especialmente as artérias é que vão 
conferir a resistência vascular periférica. 
Esses vasodilatadores vão atuar em algum ponto desse sistema vascular. 
Eles podem dilatar o leito venoso ou o leito arterial. Especialmente o arteriolar. 
Todos os indicados acima, vão dilatar o leito arteriolar, os nitratos vão dilatar tanto o 
arteriolar quando o venoso. Se eu pensar em dilatar o sistema inteiro, eu vou usar os 
nitratos. 
 
 
 
 
! O que acontece em resposta à vasodilatação? 
◦ Ativação do SNAS 
◦ Ativação do SRA 
! Resultados ◦ Hipotensão postural não ocorre – depende da intensidade ◦ Disfunção sexual não ocorre ◦ Efeito anti-hipertensivo 
melhor quando combinados a outros agentes que se contrapõem aos mecanismos compensatórios cardiovasculares. 
 
1) Hidralazina – predominantemente atua no lado arteriolar, o que determina a resistência vascular periférica. 
! Uso: hipertensão arterial grave, em combinação para evitar o excesso de ativação simpática e o excesso de ativação do 
sistema renina angiotensina. (À medida que vai sendo utilizada
vai ocorrer desenvolvimento de taquifilaxia –perda do efeito) 
 ! Efeitos adversos ◦ Cefaleia, náuseas, anorexia, palpitações, sudorese, flushing ◦ Angina e arritmias em pacientes com doença 
cardíaca (ativação do SNAS) ◦ Síndrome semelhante a LES (reversível, sem envolvimento renal) ◦ Neuropatia periférica ◦ Febre 
 
2)Minoxidil - também atua do lado arteriolar 
! Dilatação arteriolar ! 
Uso: hipertensão arterial grave, em combinação com diuréticos e beta-bloqueadores ! 
Efeitos adversos ◦ Cefaleia, sudorese ◦ Angina e arritmias em pacientes com doença cardíaca (ativação do SNAS) – evitada pela 
associação com beta-bloqueadores ◦ Retenção hídrica e edema – evitados pela associação com diuréticos ◦ Hipertricose – 
 
3) Nitroprussiato de sódio – interfere na produção de oxido nítrico na parede vascular. 
Dilatação arteriolar e venosa (ativação da GC, diretamente ou via liberação de NO – aumento de GMPc – relaxamento da 
musculatura lisa vascular) 
! Uso: emergências hipertensivas, IC grave ! usado por via intravenosa 
Efeitos adversos ◦ Hipotensão ◦ Intoxicação por cianeto (acidose metabólica, arritmias, hipotensão, morte) " Liberação de 
cianeto na metabolização do nitroprussiato " Prevenção com tiossulfato de sódio ou hidroxicobalamina ◦ Acúmulo de tiocianato 
(resultante do metabolismo do cianeto) " Toxicidade muscular " Toxicidade neurológica. 
 
4) Diazóxido 
! Dilatação arteriolar ! 
Uso: emergências hipertensivas, pouco usado ! também por via intravenosa 
 
Efeitos adversos ◦ Hipotensão grave e suas consequências (IM) ◦ Angina (aumento da atividade do SNAS) ◦ Insuficiência cardíaca 
◦ Inibição da liberação de insulina 
 
 
5) fenoldopam 
! Dilatação arteriolar (agonista dos receptores dopaminérgicos D1) 
! Uso: emergências hipertensivas, hipertensão perioperatória ! 
Efeitos adversos ◦ Taquicardia reflexa ◦ Cefaleia ◦ Flushing ◦ Aumento da pressão intraocular 
 
Esses 5 últimos, são pouco usados. 
Para a escolha certa do medicamento, é valido considerar – no caso saudável – efeitos adversos ou guidelines. Que vão indicar 
de acordo com o nível de pressão que o paciente apresenta, ou seja, o quanto eu preciso reduzir aquela PA. E fármaco mais 
adequados para perfis de pacientes, por exemplo etnia e etc. 
 
Insuficiência cardíaca 
 
Aspectos clínicos da IC - D 
 
• Condição em que o débito cardíaco é inadequado para fornecer as 
Necessidades de oxigênio do organismo 
 
• Tipos principais 
1) Sistólica: Deficiência de contração. Enchimento diminuído – deficiência de sístole 
 Redução da contratilidade miocárdica, com redução do débito cardíaco 
Mais comum em pacientes mais jovens. 
 
2) Diastólica 
Enrijecimento do musculo cardíaco e relaxamento inadequado 
(Redução do enchimento ventricular determina redução do débito cardíaco) 
Mais comum em pacientes mais velhos 
Enrijecimento acontece principalmente como consequência da hipertensão arterial por um tempo prolongado e acontece 
também como consequência de uma cardiopatia por um mecanismo isquêmico – arteriosclerose? 
 
Possíveis causas: 
• Etiologia diversa 
• Curso clínico caracterizado por piora progressiva e episódios de descompensação aguda, com necessidade de hospitalização 
• DAC – 40% - Causa mais comum de IC é a cardiopatia isquêmica por doença arterial coronariana (se formam placas de gordura 
nas artérias coronarianas que levam sangue para o miocárdio, em consequência dessas placas existe uma diminuição do fluxo 
de sangue para o miocárdio e ele vai sofrer um dano isquêmico e em consequência desse dano, ele vai se tornar insuficiente) 
• Cardiomiopatia dilatada – 32% (idiopática(sem causa aparente),miocardites- infecção viral , DAC, doenças infiltrativas, HIV, 
doxorrubicina...) ventrículo vai se dilatar. 
• Valvulopatias – 12% - doença das válvulas cardíacas que com o tempo vai exigindo do coração adaptações que vão acabar 
tornando o coração insuficiente. Tipos: valvulopatias congênitas – indivíduo nasce com má formação. Edorcadite infecciosa – 
indivíduo nasce com uma infecção do endocárdio. Na cicatrização gera alteração anatômica, e estreitam a passam sanguínea. 
Febre reumática – lesa o endocárdio. V 
• HAS – 11% 
• outras – 5% 
 
Também pode-se dividir insuficiência cardíaca de acordo com o lado do coração que é acometido. Lado direito ou esquerdo. 
Pode ser então: insuficiência cardíaca direita sistólica ou diastólica e também pode ser uma insuficiência cardíaca esquerda 
sistólica ou diastólica. Ou uma insuficiência cardíaca bi ventricular que acaba sendo uma progressão principalmente da IC 
esquerda de natureza sistólica ou diastólica. 
 
 
Coração direito: é um pouco mais fino que o esquerdo por que tem pressões 
menores. 
Está chegando a veia cava e tá saindo a artéria pulmonar. Se esse coração falha 
significa que ele não tá mandando sangue para a frente. O para frente do coração 
direito seria o pulmão. Ele tá mandando sangue para o pulmão. Se ele não 
consegue bombear sangue para a artéria pulmonar, vai ficar parado e vai voltar 
para a veia cava e vai indo cada vez mais para atrás até todo o leito vascular que 
leva sangue para o coração direito. 
Congestão em todos os tecidos periféricos. 
 
 
Insuficiência cardíaca esquerda 
 
 
Oliguria – vai estar indo menos sangue para ser filtrado pelo rim e consequentemente diminuição então da urina. 
Nicturia – inversão do ritmo urinário. 
 
Insuficiência cardíaca direita 
 
 
Etapas avançadas: caquexia cardíaca 
 
Insuficiência cardíaca do lado esquerdo: Há dois tipos de insuficiência cardíaca do lado esquerdo: insuficiência 
sistólica e insuficiência diastólica. A insuficiência cardíaca sistólica ocorre quando as contrações da parede do músculo do 
ventrículo esquerdo não funcionam corretamente, comprometendo o bombeamento. Isso faz com que fração de ejeção fique 
abaixo da faixa normal e, com o tempo, o ventrículo se alargue. Insuficiência cardíaca diastólica ocorre quando a parede do 
ventrículo esquerdo não é capaz de descontrair normalmente, porque o músculo se tornou rígido. Quando isso acontece, o 
coração não se enche adequadamente, apesar da fração de ejeção geralmente permanecer dentro da faixa normal, o volume 
sistólico é reduzido. Independentemente do tipo de disfunção, a insuficiência cardíaca do lado esquerdo torna o coração 
incapaz de bombear sangue suficiente na circulação para atender as demandas do corpo e o aumento da pressão dentro do 
coração causa retorno do sangue para a circulação pulmonar, produzindo congestão nos pulmões. 
 
Insuficiência cardíaca do lado direito: Normalmente ocorre devido à insuficiência cardíaca do lado esquerdo. Quando o lado 
esquerdo do coração não funciona adequadamente, a pressão aumenta no lado direito. Com o passar do tempo isso causa 
danos e enfraquece o lado direito, que também perde poder de bombeamento. Isto acarreta retorno de sangue para o sistema 
circulatório que supre o resto do corpo, tendo como resultado a retenção de fluidos (edema) nos membros (principalmente, 
pernas, tornozelos e pés), interior do abdômen e ao redor do fígado. 
 
 
Se existe uma diminuição do debito cardíaco, vai diminuir a pressão de perfusão tecidual, diminuindo a pressão, vão ser 
ativados os vários receptores que vão desencadear o aumento da atividade simpática e uma liberação de renina – a liberação 
de renina acontece por redução do fluxo sanguíneo tecidual e pela própria descarga adrenérgica – descarga simpática. Se 
existe descarga simpática, lá no coração vai haver ativação dos receptores beta 1 adrenérgicos, e isso vai promover aumento 
da força de contração cardíaca e aumento da FC. Essas catecolaminas, liberadas por ativação do simpático vão aumentar 
também o tônus venoso. Aumentando o tônus venoso, vai haver um aumento do enchimento ventricular e isso vai 
determinar, juntamente com o aumento da força de contração e da FC, um aumento do debito
cardíaco. 
 
Tratamento da insuficiência cardíaca 
• Base do tratamento: influenciar mecanismos que regulam o desempenho cardíaco e os mecanismos compensatórios à 
redução do débito cardíaco 
• Desempenho cardíaco – debito cardíaco 
 
1) Pré-carga: volume que chega ao coração (pressão de enchimento cardíaco) • Volemia (resultado do sistema RAA) • Tônus 
venoso 
 2) Pós-carga: resistência contra a qual o coração bombeia o sangue • Impedância aórtica-resistência da aorta • Resistência 
vascular periférica. Determinado pela atividade vasoconstritora da angiotensina 2 e da pela atividade vasoconstritora da 
catecolaminas. Aumentando a pós carga, eu aumento a força de contração, a resistência vascular e pressão de perfusão 
tecidual. 
3) Contratilidade: força contrátil do coração. Saúde do miocárdio 
 4) Frequência cardíaca 
 
Efeitos compensatórios são benéficos no primeiro momento e em longo prazo são maléficos. Já que criam um ciclo de piora 
progressiva da função cardíaca e eles precisam ser eliminados para que o coração suporte por mais tempo a sua força 
contrátil. 
O remodelamento é caracterizado por alterações estruturais que vão em última análise acabar com o miocárdio. Vão 
promover apoptose dos miocitos e vai fazer com que o coração entre em falência completa. 
 
Tratamento da insuficiência cardíaca 
Objetivos do tratamento: 
 • Redução dos sintomas de IC e retardo de sua progressão 
• Manejo dos episódios agudos de descompensação 
 
Insuficiência cardíaca esquerda: predominantemente congestão pulmonar 
Insuficiência cardíaca direita: insuficiência de ambos os ventrículos 
 
Tratar episódio agudo: melhorar a função contrátil do coração na maioria das vezes 
Tratar cronicamente a IC: diminuir o trabalho, o remodelamento do coração para q ele aguente por mais tempo. 
 
Medicamentos vão acabar promovendo compensação sem haver remodelamento ou melhora e prolonga a vida do individuo 
 
Tratamento farmacológico 
 • Digitais, outros inotrópicos e agonistas beta-adrenérgicos 
 • Diuréticos 
• IECA, antagonistas dos receptores de angiotensina II 
• Vasodilatadores 
• Bloqueadores beta-adrenérgicos 
 
Inotrópicos – aumentar a força de contração do coração 
 
1. Digitais 
Digitais ou glicosídeos cardíacos 
• Aspectos gerais – Origem em plantas – 
 Protótipo: digoxina. Usado no tratamento de casos mais graves de IC E cronicamente. 
• Farmacocinética – Administração oral – Distribuição tecidual ampla – Pequena parte metabolizada – Excreção renal – 
Meia-vida de 36 a 40 horas. Importante se preocupar com a toxidade 
 
Mecanismo de ação: 
 
Atuam de mais de uma maneira, mas o principal é a inibição da bomba de sódio e potássio na membrana da 
célula muscular cardíaca. Como a bomba de sódio e potássio tá presente em vários outros tecidos e os digitais 
tem uma distribuição tecidual ampla, isso explica o pq dos efeitos adversos relacionados a vários outros tecidos. 
A bomba de sódio e potássio é essencial para a fisiologia, então se vc tá inibindo tudo quanto é canto, o paciente 
vai fatalmente ter algum problema. Portanto esse mecanismo de ação é interessante do ponto de vista de 
melhor a função de contração, mas pode desencadear efeitos adversos. 
Bomba de sódio e potássio, bombeia o potássio para o intracelular contra o gradiente de 
concentração e bombeia o sódio para o extracelular também contra o gradiente. Se houver 
uma diminuição da ação dessa bomba, o sódio dentro da célula cardíaca vai aumentar pq 
vai ficar dentro da célula, gradiente vai deixar de existir e ele vai entrar por um 
transportador que ao mesmo tempo que joga o sódio para dentro, joga o cálcio fora. Se eu 
deixo de fazer isso, cálcio intracelular aumenta e ele tá implicado na contratilidade cardíaca. 
O mecanismo final de ação então é aumentar a disponibilidade de cálcio dentro da célula 
do miocárdio que vai sinalizar para o aumento da força de contração cardíaca. Mas isso 
pode ter a consequência da entrada de outros íons para dentro da célula do miocárdio, 
fazendo efeitos adversos. 
Farmacodinâmica e efeitos 
• Inibição da Na/K-ATPase na membrana do miócito cardíaco • Efeito em outros tecidos 
• Efeitos cardíacos mecânicos – Redução do transporte de cálcio para o extracelular – Aumento da força de contração 
• Efeitos cardíacos elétricos – Redução da condutância do potássio – Efeito semelhantes parassimpaticomomético (doses baixas) 
e simpaticomimético (doses elevadas) – redução da FC vs. Arritmias. Relacionado a modificação da permeabilidade da célula 
miocárdica ao potássio, também por consequência da inibição da bomba de sódio e potássio. 
Se eu dou uma dose baixa, a frequência cardíaca diminui. Em doses mais elevadas a frequência cardíaca aumenta. 
 
Farmacodinâmica e efeitos 
• Efeitos digestivos – Náuseas e vômitos – Anorexia – Diarreia – 
Efeitos diretos e indiretos (via central) 
• Efeitos centrais – Desorientação – Alucinações – Distúrbios visuais – Alterações da percepção de cor 
• Ginecomastia (raro) 
 
Farmacodinâmica e efeitos 
• Interação com potássio 
– Direta: competição entre digitais e potássio pela ligação à Na/K-ATPase (bomba de sódio e potássio) (hiperpotassemia 
compromete ação dos digitais, hipopotassemia facilita ação dos digitais) 
 – Indireta: hiperpotassemia reduz automaticidade anormal do coração (hiperpotassemia reduz os efeitos dos digitais) 
 • Interação com cálcio: cálcio facilita o efeito dos digitais 
• Interação com magnésio: magnésio dificulta efeito dos digitais 
 
• Indicações 
– Falha do tratamento com diuréticos + IECA – IC + fibrilação atrial 
• Outras indicações clínicas – Arritmias atriais (efeitos parassimpáticos cardiosseletivos) 
• Janela terapêutica estreita – Monitorização da concentração sérica 
 
Intoxicação digitálica - se manifesta na maioria por meio de arritmias. 
 • Sintomas digestivos e centrais 
• Hiperpotassemia (perda do potássio IC pela inibição da bomba de sódio e potássio) 
• Alterações eletrocardiográficas – bigeminismo – arritmia 4 
• Tratamento – Introdução de marca-passo – Anticorpos anti-digitais 
 
2. Inibidores da fosfodiesterase- - outra forma de aumentar a força de contração 
 
 
Mecanismo: quando as catecolaminas se ligam ao receptor beta 1, elas vão sinalizar via 
adenilato cilclase, aumentando produção do AMPc, AMPc, ativa a proteína quinase A, que por 
sua vez vai melhor a sinalização do cálcio e promover contratilidade das fibras musculares 
cardíacas. Quem degrada o AMPc, é a fosfodiesterase, então se eu a inibo, aumentará a 
sinalização pelas catecolaminas, consequentemente a contração do musculo cardíaco. 
São fármacos chamados de inotrópicos por que tão melhorando a contratilidade do coração. 
Mecanismo resumo: aumento da força de contração, quando se trata do miocárdio e fora do 
miocárdio, na parede vascular, eles terão um efeito de vasodilatação. 
 
 
 
• Mecanismo de ação. São pouco usados. 
– Aumento da força de contração – Vasodilatação 
• Agentes – Inamrinona (ou amrinona), milrinona e levosimendan 
• Administração por via parenteral 
• Uso clínico – IC aguda – Descompensação de IC crônica 
 • Efeitos adversos 
 – Inanrinona: náuseas, vômitos, arritmias, trombocitopenia, toxicidade hepática 
 – Milrinona: menor toxicidade medular e hepática, arritmias 
 
3. Agonistas beta-adrenérgicos – também inotrópico 
Se ligarão ao receptor beta 1 adrenérgico e ativar o receptor. Ao ativar o receptor, toda 
a via de sinalização das catecolaminas, serão ativadas, e o resultado final é o aumento da 
força de contração do coração. 
Fármacos: 
• Dobutamina e dopamina 
– Dopamina: aumento do DC e da RVP pq ela se liga de uma maneira não seletiva aos 
receptores beta adrenérgicos– atua tanto no coração quando na circulação. 
– Dobutamina: aumento do DC – é beta 1 seletiva então vai preferencialmente atuar no 
coração. 
• Administração parenteral,
taquifilaxia se usado por um período prolongado. Meia vida 
curta. 
 • Indicações – IC aguda – Descompensação de IC crônica 
• Efeitos adversos – Taquicardia – Angina – por que vai aumentar o trabalho do coração 
e o miocárdio vai precisar de mais nutrientes e de mais oxigênio. 
 
4. Diuréticos – usado tanto para aguda quanto crônica 
 
Agindo lá no nefron, e basicamente reduzindo a reabsorção tubular de sódio e 
consequentemente agua, eles vão diminuir a volemia e consequentemente diminuir o 
enchimento ventricular – retorno venoso para o coração, e reduzir a pré-carga. Isso 
também pode ser melhora ou conseguida com a restrição de sódio na dieta. 
• Redução da volemia, pressão venosa e pré-carga cardíaca – com a restrição da volemia, 
esperamos basicamente, reduzir os sintomas congestivos e melhorar um pouco a força de 
contração do coração, afinal vai receber menos trabalho, menos pré carga. 
– restrição dietética de sódio ou diuréticos Melhora dos sintomas congestivos 
 
 
• Tiazídicos – IC leve 
• De alça – IC moderada a grave 
• Possibilidade de hipopotassemia – aumento da excreção de potássio, o que pode ser perigoso no paciente q tá usando digital. 
 – Riscos no paciente usando digitais – Suplementação de potássio ou IECA ou diurético poupador de potássio 
Antagonistas do receptor de aldesterona 
• Espironolactona e eplerenona vão antagonizar o receptor de mineralocorticoide que tá implicado na reabsorção de sódio e agua 
e no remodelamento do coração. 
• Oposição aos efeitos da aldesterona em determinar fibrose miocárdica e vascular 
• Considerar em todos os pacientes com IC moderada a grave, pois melhora o curso da doença do paciente. Evita a progressão. 
 
5. Inibidores do sistema RAA 
Renina vai converter angiotensinogenio em angiotensina 1, a ECA, vai converter 
a 1 em 2 e após vai ativar nos receptores tipo 1 de angiotensina e ai pela 
sinalização desses receptores vai haver aumento da produção da aldesterona e 
aumento da retenção renal de sódio e agua, vaso contrição tanto direta, quanto 
pela atividade simpática e remodelamento. Hiperplasia e hipertrofia. Se eu 
bloqueio a ação desses sistema, bloqueia-se o efeito da aldesterona e 
consequentemente vai melhorar a pré carga e os sintomas congestivos do 
paciente. Se bloqueia a vasoconstrição, diminui a pôs carga, consequentemente, 
o trabalho contra o qual o coração vai ter que bombear, e se diminui os processos 
mediados pela angiotensina 2. Vai haver diminuição do remodelamento do 
coração, e dos vasos sanguíneos e melhora do prognóstico do paciente. 
 
 
 
Inibidores do sistema RAA 
• Efeitos – Redução da pré-carga – Redução da pós-carga – Redução da progressão da IC 
• entre os 3 tipos de inibidores do sistema, o IECA: primeira escolha em pacientes com IC esquerda e sem edema – Superiores aos 
vasodilatadores, pq eu interfiro no remodelamento– Associados os diuréticos em casos mais graves 
• Antagonistas de angiotensina II: pacientes que não toleram IECA 
São vasodilatadores tbm, mas tem a função de antiremodelamento que os puros não tem 
 
 
6. Vasodilatadores 
 
 
Se eles vasodilatarem o leiro arterial, eles vão diminuir a pôs carga para o coração, se 
eles vasodilatarem no leito venoso, eles vão diminuir a pré carga. Se dilatarem os dois 
leitos, vão diminuir a pré e a pôs carga. NÃO HÁ MODIFICAÇÃO DO 
REMODELAMENTO. 
 
Arterial Redução da pós-carga e melhora desempenho cardíaco 
Venosa Redução da pré-carga e melhora dos sintomas congestivos 
 
 
 
 
 
Vasodilatadores 
• Nitratos – Dilatação venosa e arterial – Melhora da congestão pulmonar (redução da pré-carga do ventrículo esquerdo) 
• Hidralazina – Dilatação arteriolar – Melhora do débito cardíaco (redução da pós-carga do ventrículo esquerdo) 
• Combinação hidralazina e nitrato – redução do remodelamento cardíaco e melhora da sobrevida. Não se sabe pq.mas esse 
remodelamento é inferior aos outros fármacos q fazem isso. 
• Agentes experimentais – Análogos do peptídeo natriurético cerebral (nesiritida): IC aguda, dilatação arterial e venosa, diurese 
– Análogos do peptídeo natriurético atrial (carperitida, ularitida) 
 
7. Beta-bloqueadores (antagonistas beta-adrenérgicos) 
Beta-bloqueadores 
• Tipos específicos – Bisoprolol – Carvedilol – Metoprolol – Nebivolol – geração mais recente, que tem efeito extra bloqueios 
simples dos receptores beta 1. 
• Uso cauteloso: potencial de precipitação de IC aguda – Baixas doses de início 
• Possíveis mecanismos – Atenuação dos efeitos deletérios da ativação do SNAS (incluindo apoptose dos miócitos) – Redução da 
FC, diminui o trabalho cardíaco – Redução do remodelamento cardíaco. 
Diminui os efeitos nocivos da ativação adrenérgica compensatória. Deixa de causar apoptose nos miocitos. 
 
Aspectos gerais dos fármacos 
• Fármacos com potencial de modificar sobrevida (prolongar vida) – Inibidores da ECA – Antagonistas dos receptores de AII – 
Beta-bloqueadores (alguns) – Antagonistas do receptor de aldesterona – Nitrato + hidralazina 
• Fármacos úteis nos episódios de descompensação aguda – Inotrópicos 
TRATAMENTO DAS DISLIPIDEMIAS 
• O que são? – “alterações da concentração circulante de lipídeos” 
• Como encontramos os lipídeos na circulação? – Livres – Lipoproteínas 
Região central hidrofóbica (EC, TG) Superfície (colesterol não esterificado, fosfolipídeos, apoproteínas) 
 
 
As lipoproteínas são responsáveis por fazer o transporte de lipídios de gordura na 
nossa corrente sanguínea. Quanto maior o volume, menos densas elas serão. 
Quanto maior a lipoproteína, menor sua densidade e maior a quantidade de 
triglicerídeos. 
Existem 5 tipos: quilomitros, VLDL, ILDL, LDL, HDL. 
LDL é conhecido como o mau colesterol Hdl – bom colesterol 
Existem quatro tipos de lipoproteínas (HDL, LDL, VLDL, IDL); HDL (Lipoproteínas de 
densidade alta) é responsável por 20 a 25% do colesterol sérico e apresenta uma 
relação indireta com risco coronariano, ou seja, é um fator de proteção, sendo 
conhecido como “bom colesterol”. LDL (Lipoproteínas de densidade baixa) cerca de 
70 a 76% do colesterol sérico que está ligado a LDL, conhecido como “mau colesterol”, em níveis altos de LDL no sangue, este 
vai progressivamente injetando seu colesterol nas paredes das artérias, produzindo e aumentando progressivamente as placas 
de aterosclerose que acabaram por provocar obstrução progressiva das artérias. VLDL (Lipoproteínas de densidade muito baixa) 
responsável pelo transporte do colesterol e triglicerídeos. IDL (Lipoproteína de densidade intermediária). Os quilomícrons são 
partículas de gorduras provenientes da alimentação, ou seja, da absorção intestinal de gorduras que contêm 90% dos 
triglicerídeos provenientes da dieta e menos de 5% do colesterol sérico. 
Metabolismo: 
 Via exógena as gorduras ingeridas são transformadas em quilomícrons no 
intestino e entram em circulação pelos linfáticos. Ao deixar os intestinos, os 
quilomícrons adquirem apo proteínaCII, desencadeando a ação na lípase 
lipoproteica nos capilares. Triglicerídeos são liberados degradados em ácido 
graxos livres e glicerol. Os quilomícrons remanescente são removidos pelo 
fígado. O colesterol dos ácidos biliares provem das gorduras para ser 
absorvido pelo intestino. 
A via endógena são transporte de triglicerídeos e algum colesterol por VLDL, 
sintetizada pelo fígado, ácidos graxos livres das VLDL são depositados no 
tecido adiposo e muscular após lipólise pela lipoproteína lípase. As IDL 
resultantes seguem duas vias, a maior parte é captada pelos hepatócitos. As 
restantes perdem triglicerídeos e também apo proteína E, e tornam-se LDL 
que é a maior transportadora do colesterol. As LDL entram no hepatócito ou 
nas células extra-hepáticas. A capa proteica é removida, e o éster de colesterol 
é hidrolisado e liberado como colesterol livre. O colesterol é

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