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Ética na Reprodução Assistida



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Ética na Saúde
Profª. Beatriz Acampora
Aula 5
Ética e reprodução assistida
Ética e Reprodução Humana
O uso da tecnologia
Sempre que a tecnologia avança, seja em que campo for, ela traz consigo outros fatores paralelos à evolução do conhecimento.
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Ética e Reprodução Humana
A tecnologia é perigosa ou o uso que se 
faz dela pode ser perigoso?
Assim como o laser pode ser usado para curar, pode também ser utilizado para fins bélicos.
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Ética e Reprodução Humana
Vídeo sobre células tronco
https://www.youtube.com/watch?v=QyFIT4Coqqc
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Ética e Reprodução Humana
Não podemos confundir a tecnologia em si, com o uso que se fará dela. 
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Ética e Reprodução Humana
Os frequentes avanços tecnológicos na área da saúde:
têm propiciado imensos benefícios para a sociedade
têm também feito surgir novos problemas e questões éticas a serem discutidas e consideradas. 
novas questões que surgem a partir de novas possibilidades de intervenção do homem sobre os fatos. 
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Ética e Reprodução Humana
As tecnologias estão envolvidas em várias questões que a bioética trata, como transplantes, eutanásia, distanásia, aborto e também na fertilização e reprodução assistida.
Estes procedimentos levantam não apenas questões éticas individuais, relativas aos direitos da pessoa e ao modo como pretendem se beneficiar destas tecnologias.
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Ética e Reprodução Humana
Estes procedimentos nos incitam às questões relativas à saúde coletiva;
Estas tecnologias vêm associadas a novos instrumentos de diagnóstico e tratamento; 
Implicam em princípios de justiça e alocação de recursos na área de saúde que, normalmente são escassos e caros.					
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Ética e Reprodução Humana
Vídeo sobre Ética em Reprodução assistida:
https://www.youtube.com/watch?v=XKO1OJjo-_4
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Ética e Reprodução Humana
Reprodução assistida
O conjunto de técnicas para tratamento da infertilidade conjugal que envolvem a manipulação em laboratório de pelo menos um dos gametas: espermatozoides ou óvulos. 
As técnicas amplamente utilizadas são a inseminação intrauterina (IIU), a fertilização in vitro (FIV) e a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI).
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Ética e Reprodução Humana
Questões éticas
O objetivo da reprodução é a geração da vida. 
O que pode ser considerado “vida humana”? 
Em que momento a vida biológica deve ser reconhecida como pessoa? 
A escolha da cor dos olhos, da pele, do sexo da criança, é ética?
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Documento (Donum Vitae) – Igreja Católica
Datado de 1987.
Estabelece que, pela perspectiva da Igreja, o início da vida humana se dá no momento em que ocorre a fecundação. 
Em 2008 - publica outro documento sobre aspectos de Bioética ligados à dignidade humana.
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O documento de 2008:
Considera como lícitas as tecnologias de fertilização que auxiliam os casais a procriarem desde que estas respeitem a preservação do ato procriativo em si.
considera moralmente ilícitas as tecnologias que dissociam a procriação do ato sexual como a criogenia ou a fecundação “in vitro”. 
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Critérios sobre o início da vida humana:
início dos batimentos cardíacos (3 a 4 semanas);
surgimento da atividade do tronco cerebral (8 semanas); 
início da atividade neocortical (12 semanas)
surgimento dos movimentos respiratórios (20 semanas)
aparecimento do ritmo sono-vigília (28 semanas)
a partir do surgimento da consciência e do “comportamento moral” (18 a 24 meses pós-parto).
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Bebê de proveta
É um bebê proveniente de uma inseminação artificial ou fertilização in vitro. Ocorre a partir de uma fecundação gerada em laboratório.
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Primeiro bebê de proveta brasileiro nasceu em 7 de outubro de 1984
Mãe da menina já tinha cinco filhos quando resolveu tentar a fertilização 'in vitro’.
1º bebê de proveta do mundo
O nascimento de Louise Brown, através de fertilização “In Vitro” (FIV), realizada em 1978, foi um marco no desenvolvimento das tecnologias de reprodução assistida.
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Neste tipo de fertilização, a fecundação do óvulo pelo espermatozoide ocorre fora do corpo da mulher e, em seguida é reimplantado para que a gestação prossiga. 
Inglaterra – 1981 - foi instituído um comitê de investigação sobre fertilização humana e embriologia (Committee of Inquiry into Human Fertilization and Embriology).
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Objetivo é desenvolver um relatório sobre as implicações éticas, sociais e legais provenientes da utilização desta nova biotecnologia. 
O resultado deste comitê foi a publicação, três anos após sua instalação, do chamado Relatório Warnock, que influenciou aspectos da Bioética e do Biodireito atuais .
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O Conselho Federal de Medicina brasileiro, em 1992, fundamentado no Relatório Warnock, instituiu com a Resolução CFM 1358/92, as Normas Éticas para Utilização das Técnicas de Reprodução Assistida. 
A Resolução CFM 1957/2010 revogou a anterior (após 18 anos) alterando alguns poucos aspectos, dentre os principais a substituição do termo “pré-embriões” por “embriões”.
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Além disso, incluiu um item que afirma que:
“Não constitui ilícito ético a reprodução assistida post mortem desde que haja autorização prévia específica do (a) falecido (a) para o uso do material biológico criopreservado, de acordo com a legislação vigente”.
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Existem aspectos éticos vinculados a(o): 
Consentimento informado
Seleção de sexo da criança
Doação de espermatozoides, óvulos, embriões 
Seleção dos embriões com bases na evidência da Possibilidade de doenças congênitas
Maternidade substitutiva
Clonagem
Criopreservação de embriões
Dentre outros. 
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A Resolução CFM 1957/10 instituiu que a doação deve preservar o anonimato entre receptores e doadores.
O argumento principal do anonimato é de que este procedimento evitaria problemas futuros relativos às situações emocionais e legais com repercussões no desenvolvimento psicológico da criança. Esta perspectiva, no entanto, também não é consensual. 
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Enquanto alguns especialistas acreditam que o anonimato permite aos pais criar seus filhos exclusivamente em função de suas influencias socioculturais, outros discordam e afirmam que o desconhecimento da origem genética interfere na completa percepção de sua identidade pessoal. 
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Outra questão associada à reprodução assistida envolve a possibilidade de gestação em casais homossexuais femininos. 
A legislação autoriza que mulheres utilizem sêmen doado para gestação independente da existência de vínculo familiar formal. Há, no entanto, intenso debate ético neste aspecto, que envolve o conceito de família, a admissão do casamento entre homossexuais e a equivalência de procedimentos para adoção e fertilização.
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Questões éticas envolvidas:
Até onde deve ir a intervenção do Estado em doações de gametas (espermatozoides e óvulos)? 
É moralmente ética a seleção de características físicas das crianças por parte dos futuros pais adotivos ou fertilizados? 
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A atual RESOLUÇÃO CFM nº 2.121/2015 toma decisões baseado em algumas considerações, dentre elas:
a infertilidade humana como um problema de saúde, com implicações médicas e psicológicas, e a legitimidade do anseio de superá-la; 
que o avanço do conhecimento científico já permite solucionar vários casos de problemas de reprodução humana;
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O Supremo Tribunal Federal, na sessão de julgamento de 5 de maio de 2011, reconheceu e qualificou como entidade familiar a união estável homoafetiva.
São princípios gerais dispostas 
na Resolução nº 2.121/2015:
Astécnicas de reprodução assistida (RA) têm o papel de auxiliar na resolução dos problemas de reprodução humana, facilitando o processo de procriação. 
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As técnicas de RA podem ser utilizadas desde que exista probabilidade de sucesso e não se incorra em risco grave de saúde para o(a) paciente ou o possível descendente, sendo a idade máxima das candidatas à gestação de RA de 50 anos. 
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As exceções ao limite de 50 anos para participação do procedimento serão determinadas, com fundamentos técnicos e científicos, pelo médico responsável e após esclarecimento quanto aos riscos envolvidos.
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O consentimento livre e esclarecido informado será obrigatório para todos os pacientes submetidos às técnicas de reprodução assistida.
As técnicas de RA não podem ser aplicadas com a intenção de selecionar o sexo (presença ou ausência de cromossomo Y) ou qualquer outra característica biológica do futuro filho, exceto quando se trate de evitar doenças do filho que venha a nascer.
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SOBRE A GESTAÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO 
(DOAÇÃO TEMPORÁRIA DO ÚTERO) 
Deve existir um problema médico que impeça ou contraindique a gestação na doadora genética ou em caso de união homoafetiva. 
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As doadoras temporárias do útero devem pertencer à família de um dos parceiros em parentesco consanguíneo até o quarto grau (primeiro grau – mãe; segundo grau – irmã/avó; terceiro grau – tia; quarto grau – prima). Demais casos estão sujeitos à autorização judicial. 
A doação temporária do útero não poderá ter caráter lucrativo ou comercial. 
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Beatriz Acampora e Silva de Oliveira
Dra. Saúde Pública (UA-PY), Mestre em Cognição e Linguagem pela UENF/RJ (2006), Pós-graduada em Arteterapia em Educação e Saúde - FAMESC / ISEC (2013), Pós-graduada em Hipnose Clínica, Organizacional e Hospitalar SPEI - IBHA (2010), Pós-graduada em Psicologia Humanista Existencial pela UNESA (2006), Pós-graduada em Cultura, Comunicação e Linguagem pela FAFIC (1998), Graduada em Psicologia pela UNESA (2005), Graduada em Comunicação Social - Jornalismo - FAFIC (1996). Professora da área de saúde da Universidade Estácio de Sá desde 2006. Diretora do ISEC. Autora de vários livros pela Amazon e Wak Editora.
Link Lattes: http://lattes.cnpq.br/8083783572894169
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Obrigada!