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Western Blotting Prof. Moacyr Rêgo moacyr.rego@gmail.com Plano de Aula • Histórico • Aplicações • Eletroforese • Transferência • Bloqueio • Anticorpo Primário – 1 ou 2 etapas • Anticorpo Secundário • Revelação/Detecção • Análise Etapa 1 5x106 células em placas de 6 poços Cultivo de células Extração de proteínas (tampão de lise Tris + PMSF + SDS) Quantificaçã o de proteínas (Kit Pierce BCA) Etapa 2 Eletrofores e em gel SDS-PAGE 10% Etapa 3 Etapa 5 Transferên cia para membrana de PVDF Bloqueio (leite desnatado + PBS1x + Tween20) e incubação com anticorpos primários Incubação com anticorpos secundários anti-mouse ou anti- rabbit (1;100) Revelação por solução DAB + H2O2 Análise: captura da imagem (AlphaImager Mini) e densitometria das bandas (ImageJ) Etapa 7 Etapa 8 Etapa 9 Etapa 10 Overnigh t 2h Etapa 4 2h 1h 2h-4 1h 1h 1h Histórico • O nome Western Blotting é um trocadilho do nome Southern Blotting, uma técnica para detecção de DNA desenvolvida anteriormente por Edwin Southern • Northern blot -James Alwine e George Stark • Laemmli foi o idealizador da técnica quando a utilizou com a finalidade de determinar a mobilidade das proteínas em gel submetido à corrente elétrica. • Western blot para Proteinas. Desenvolvido por George Stark utilizando anticorpos para localização de proteínas Histórico Western Southern Northern Objeto de estudo Proteína DNA RNA Eletroforese Vertical Horizontal Horizontal Obtenção das amostras Mecânica e/ou soluções Mecânica e/ou soluções Mecânica e/ou soluções Tipo de gel Acrilamida Agarose Agarose Preparação das amostras Desnaturação por B- mercaptoetanol Enzimas de restrição Desnaturação por formaldeído Tipo de suporte de transferência PVDF ou nitrocelulose Nylon ou nitrocelulose Nitrocelulose Tratamento do gel Não Sim. HCl e solução alcalina Sim. Folmaldeído Incubação Tampão Ac Primário Ac Secundário Enzima + Substrato Tampão + DNA radiomarcado Tampão + RNA radiomarcado Detecção Colorimétrico Quimioluminescência Fluorescência Auto-radiografia Auto-radiografia Conceito e Aplicação • Tecnica analitica usada na detecção de proteinas específicas – Tecido, Homogeinato, Extrato • Utilizado para imunodetecção de proteínas após a separação destas por eletroforese em gel e transferência para membrana adsorvente • Não é uma técnica de screning – Técnica de confirmação • Teste suplementar confirma • um ensaio imunoenzimático – ELISA - Confirmar resultado de HIV - Encefalopatia espongiforme bovina - Confirmar formas de doença de Lyme - Confirmação de hepatite B. Conceito e Aplicação Conceito e Aplicação • Também conhecido como – Protein blotting – immunoblotting, • Permite detectar • caracterizar • Quantificar • múltiplas proteínas • Principalmente aquelas que estão em baixas quantidades em determinada amostra Vantagens X Desvantagens • Vantagens • Alta sensibilidade • Alta especificidade • Reconhecimento de antígeno individuais • Realização de perfil de reconhecimento de antígenos • Cinética de expressão de proteínas celulares • Desvantagens • Custo médio a alto • Procedimento longo • Grandes chances de erro em diversos pontos • Problemas de segurança/biossegurança dependendo do sistema de revelação Etapas do Protocolo • Preparação/solubilização das amostras • Execução da eletroforese em gel • Transferência das proteínas separadas do gel para uma membrana adsorvente • Bloqueio de ligações inespecíficas • Adição de anticorpo específico • Detecção da reação • Geração e análise de imagens Preparação das amostras: Tipos de extração • Homogeneização mecânica – Homogenizador – Fácil de limpar e esterilizar – Ossos e cartilagens • Homogeneização ultrassônica – Sonicador – Pequenos pedaços de tecidos – Sangue, fígado e cérebro • Por pressão: – Microrganismos em suspensão • lise por detergentes: – Triton X-100 – Tween 80 – Nonidet P-40 (NP 40) – Saponinas. Centrifugação/Lavagem/Tampão +Inibidores/Lavagem/Tampõa+inibidores/L +C Extração de Proteínas • Amostras podem ser obtidas de tecidos, • cultura celular, bactéria, virus e amostras ambientais • Na maioria dos casos as amostras são sólidas • Inicialmente pode ser feito uma quebra mecânica usando pistilo ou homogeinizador ou sonicação • Uma combinação de técnicas bioquímicas e mecânicas podem ser usadas incluindo vários tipos de filtração e centrifugação • Para facilitar a lise das células e solubilizar as proteínas pode ser usado detergente, sal e tampões • Para previnir a digestão de amostras pelas próprias enzimas usar inibidores de fosfatases/glicosidades/proteases • Para evitar desnaturação o preparo do tecido e frquentemente feito em baixas temperaturas Quantificação de Proteínas • Para retirar uma alíquota do total de extrato, é necessário fazer uma quantificação. • Utiliza-se como padrão uma curva de BSA (5mg/mL) obtida por diluição seriada (7 pontos) • Dilui-se as amostras a serem quantificadas (FD=2) • Utiliza-se kit de quantificação • Obtem-se a quantidade de proteína (µg/µL) a partir da comparação da absorbância das amostras com o padrão de albumina Preparação das amostras: Tampão de amostra • Na solução de tratamento da amostra podem ser utilizados: – Agentes dissociantes (Uréia, EDTA) – Redutores (2-mercaptoetanol, ditiotreirol) – Detergentes aniônicos (SDS, desoxicolato de sódio) – Detergentes não-aniônicos são utilizados (Tween e Triton) – Necessidade de diluição do tampão de amostra Para que? – ligações dissulfido/hidrogênio – forças de Van derWaals – ligações iônicas – interações hidrofóbicas • diminuir a heterogeneidade da amostra o máximo possível Obtenção de resultados de alta qualidade Eletroforese em Gel de Acrilamida • As proteínas de uma amostra são separadas usando um gel • Empilhamento e corrida • A separação das proteínas pode ser feita por ponto isoelétrico, massa molecular, carga elétrica ou uma combinação desses fatores. • Mais comum gel: SDS-PAGE (SDS polyacrylamide gel electrophoresis) • Manter os peptídeos em um estado de desnaturação permite a separação das proteínas por massa molecular • O SDS é um detergente aniônico forma uma camada de cargas negativas, o qual as proteínas passam a ter uma carga intrínseca migrando para o eletrodo positivo. Desta forma, as proteínas podem ser separadas pelos seus pesos moleculares. Eletroforese em Gel de Acrilamida • Quanto maior a concentração de acrilamida melhor a resolução do gel para proteínas de baixo peso molecular • Quanto menor a concentração da acrilamida melhor a resolução de proteínas de alto peso molecular • Uma lane é reservada para um marcador de peso molecular – Misturas de proteinas com peso molecular definida – cores diferentes • Quando a voltagem é aplicada no gel as proteínas migram pelo gel em velocidade diferente • Pode ser feito também um gel bidimensional 5% 7,5% 10% 12% 200-60KDa 36-94KDa 16-70KDa 12-45KDa Eletroforese em Gel de Acrilamida Transferênciade Proteínas • No sentido de tornar as proteínas acessíveis aos anticorpos elas são movidas do gel para a membrana - Nitrocelulose - Polivinilideno difluorido (PVDF). - Membrana + Gel + Papel filtro • A PILHA é colocada em solução tampão – move-se do gel para membrana por capilaridade levando consigo as proteínas Transferência de Proteínas • Outro método é o eletrobloting que usa corrente elétrica para transferir as proteínas do gel para membrana • Molhada • Semi-seca Transferência de Proteínas • A interação da proteína coma membrana é baseada em carga e hidrofobicidade • Uma das maiores diferenças entre a membrana de nitrocelulose e PVDF esta relacionada com a capacidade de "stripping" – Reutilização da membrana • PVDF é mais grossa/resistente e pode ser mais reutilizada • Outra diferença entre as membrana de nitrocelulose, e PVDF é a necessidade da ultima precisar ser ativada em etanol, isopropanol ou metanol antes de uso Qualidade Transferência de Proteínas • A interação da proteína coma membrana é A uniformidade e a efetividade da transferência da proteína do gel a membrana pode ser observada através da membrana com coomassie ou ponceau • Ponceau S é o mais usado dos 2 pela maior sensibilidade e solubilidade em água tornando mas fácil a subsequente remoção do ponceau e subsequente marcação na membrana Bloqueio PBS/MOLICO • Etapa necessária para previnir a interação entre a membrana e anticorpo utilizado para detectar a proteína alvo já que a o anticorpo é uma proteína • Bloqueio de sítios não específicos é atingido colocando a membrana em uma solução diluída de proteínas Tipicamente BSA e leite desnatado. • A proteína na solução diluida ataca membrana em todos os locais onde as proteínas alvo não foram transferidas • Isso reduz o ruido no produto final do WB tornando os resultados mais claros e eliminando falto positivos Incubação com anticorpos • Anticorpos (monoclonais ou policlonais) são utilizados para detectar uma proteína (antígeno ou epítopo) específica. • Posteriormente, esta reação antígeno/ anticorpo primário será exposta a um anticorpo secundário direcionado à porções espécie-específicas do anticorpo primário. • Normalmente, o anticorpo secundário está ligado à uma enzima reveladora - HRP que gera uma mudança de coloração ou um sinal fotométrico • Atenção com o fator de diluição dos Acs Detecção em duas etapas • Anticorpo primário (Anticorpos são gerados quando uma espécie hospedeira ou células imunes cultivadas são expostas a uma proteína de interesse ou parte dela). • Uma solução de anticorpo primário (0.5 and 5 micrograms/mL) é incubado com a membrana sobre uma gentil agitação de 30min a overnight em temperaturas diferentes • A solução é composta pela solução de bloqueio • Lavar para remover o excesso do primário • Secundário - a membrana é exposta a outro anticorpo dirigido para a porção específica do anticorpo primário • comumente conjugado a biotina ou a uma enzima reporter (FA/HRP). • Mais comumenta ainda usa-se um anticorpo secundário conjugado a peroxidase –cliva agente quimiluminescente para produzir luminescencia proporcional a quantidade de proteínas Detecção • Tipos de detecção: – Radioativo: ionização + autorradiografia = alto custo + riscos à saúde – Imunoenzimática: colorimétrico/quimioluminescência/fluorescência • Colorimétrico: – Ac Sec. + enzima (HRP ou Fosfatase Alcalina – FA) – Substrato da enzima (Diaminobenzidina - DAB) • Quimioluminescência: – Ac Sec. + enzima (HRP) – Substrato da enzima (Luminol) • Fluorescência – Ac Sec + fluorocromo • Revelação de uma etapa • Permite que o processo ocorra mais rápido e com gasto de menos consumíveis • Se usa o de 2 etapas por causa da facilidade em fazer os anticorpos de forma separada. – Combinação maior de anticorpos Detecção • Detecção coloriétrica • DAB + enzima reporter = converte em corante insolúvel • Cor diferente que precipita perto da enzima e marca a membrana • Níveis de proteínas podem ser avaliados por densitometria. • Quimiluminescencia • Substrato luminesce quando em contato com a enzima do secundário • A luz é detectada por um filme fotográfico e mais reccentemente por cameras CCD Imagem analisada por densitometria • Fluorescência • Marcador fluorescente é excitados por luz e a emissão da excitação é detectada por um fotosensor ou camara CCD • Metodo de detecção mais específico - quantitativo Detecção • A fluorescência/Luminescência ou coloração de banda é detectada por um filme fotográfico ou câmeras especiais que capturam uma imagem digitalizada do WB. • A imagem é analisada por densitometria, a qual avalia a quantidade de proteína colorida e quantifica os resultados em termos de intensidade óptica • Utiliza-se aparelho chamado fotodocumentador Detecção Detecção Problemas a) Background b) Bandas inespecíficas c) Sinal fraco d) Sinais dispersos e) Bandas fantasma
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