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AULA 2 ASPECTOS PROFISSIONAIS

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ASPECTOS PROFISSIONAIS, LEGISLAÇÃO E 
POSTURA PROFISSIONAL 
José Ruprechet Gomes Júnior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
2 ASPECTOS PROFISSIONAIS DO ESTETICISTA 
 
Quais são as suas limitações para lidar com a diversidade? Quais valores você, 
profissional esteticista, emprega para as diferenças entre as raças, padrões de beleza 
ou comportamento diversificado de gênero? 
 
Estaria disposto a despir-se do preconceito e trabalhar com os mais diversos públicos 
com altruísmo, profissionalismo e senso de equidade? 
 
Tratar um cliente que procura procedimentos estéticos pode levar você a conhecer 
mundos muito distantes da sua realidade e forçar o profissional a sair da zona de 
conforto e ampliar o seu conhecimento para os mais diversos “mundos”. 
 
Neste módulo apresentaremos e problematizaremos a competência, responsabilidade, 
criatividade, solidariedade e diversidade. 
 
Lidar com o ser humano é uma descoberta diária ao mundo da informação, da 
transmutação, da crença e da investigação. 
 
2.1 O Profissional Esteticista: Competências 
 
O profissional esteticista é o responsável direto pela atenção e respeito aos anseios de cada 
cliente, observando suas particularidades, os aspectos psicológicos e suas variáveis. 
 
Segundo Ifould et al (2015), o esteticista, ou profissional da beleza, tem como função atender e 
cuidar de seus clientes embasado em sólida formação técnica e teórica, com domínio total de 
todos os setores que compõem o universo da estética e da cosmetologia. Deve prestar serviços 
de qualidade ao público, com o objetivo de melhorar e manter a aparência e as funções 
naturais da pele, proporcionando relaxamento e bem-estar, em harmonia com o corpo e com 
a mente. 
 
 
 
 
12 
 
O cuidado com o cliente é uma parte essencial da função do profissional de beleza, desde o 
momento do primeiro contato até o final do tratamento, com foco na perfeição e eficiência 
sem cometer excessos. Para atender aos clientes de forma eficiente e profissional, Silva et al 
(2014) e Ifould et al (2015) apresentam as seguintes orientações como princípios de 
competência: 
 Conhecer o código de ética e aplicá-lo; 
 Dominar as técnicas de tratamentos e o manuseio dos equipamentos que são 
utilizados em estética; 
 Observar atentamente as situações ao seu redor e, com sabedoria, tentar 
contorná-las; 
 Se seu cliente não estiver bem, aparentando estresse e agitação, talvez seja o 
caso de conversar com ele. Há situações em que o melhor mesmo é silenciar; 
 Ouvir atentamente o que seu cliente diz e as angústias que o cercam; 
 Aconselhar o cliente; 
 Conversar de forma apropriada com o seu cliente; 
 Dar atenção individualizada durante o tratamento; 
 Assegurar o conforto e a privacidade do cliente; 
 Proteger a roupa e a linha do couro cabeludo do cliente durante o tratamento; 
 Assegurar a segurança dos bens do cliente; 
 Desenvolver a empatia. 
 
Silva et al (2014) considera que cada cliente é diferente entre si, e é preciso encontrar uma 
forma personalizada e única de tratar cada um deles, levando-os a confiar em nós, 
promovendo uma proximidade maior. 
 
Diante de um questionamento contrário, estando você correto, use de bom senso, 
cordialidade, profissionalismo e educação para contrapor. Seja seguro em sua argumentação, 
expondo de maneira clara e sincera a conduta que preferiu adotar. O cliente tem total direito a 
todas as informações que envolvem o seu procedimento, e perguntar é natural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
2.2 Relação do Profissional com o Cliente: Ética Responsável 
 
Para estabelecer uma parceria segura e de confiança entre o profissional esteticista e o cliente, 
exige-se, por parte do profissional esteticista, um comportamento responsável, que transmita 
seriedade, conhecimento e respeito. 
 
Para Silva et al (2014), uma maneira de alcançar a ética na estética, por exemplo, é ter uma 
detalhada e correta ficha de anamnese (aquela que traz uma avaliação minuciosa sobre o 
cliente, contendo suas queixas, suas patologias, seu comportamento diário em relação à sua 
alimentação e saúde geral, se toma algum medicamento, possíveis cirurgias realizadas, 
histórico familiar e, por fim, o que espera de você), com base na qual se pode definir como 
serão: o tratamento, a conduta e os procedimentos possíveis de serem realizados para levar 
aos objetivos propostos e satisfazer aos anseios do cliente. 
 
Estabelecer o que é esperado, tanto pelo cliente quanto pelo esteticista, funciona como um 
acordo, um combinado entre as partes para a objetivação do que se pretende com o 
tratamento. 
 
Não tente se tornar íntimo do seu cliente; isso acontecerá naturalmente, com o passar do 
tempo. Seja discreto, não comente sobre o cliente com outra pessoa nem discuta o caso dele 
de forma a constrangê-lo. Não o exponha, pois, se o fizer, há sempre o risco de, mesmo sem 
querer, você baixar a autoestima dele. 
 
Sobre a possibilidade de algum procedimento não sair como o esperado, Silva et al (2014) 
orienta que se errar em algum procedimento, mantenha a calma, assim transmitirá confiança, 
conhecimento e domínio da situação. Certamente, conseguirá contornar o fato. Não fuja do 
problema, assuma o que fez e tente resolver da melhor maneira possível. 
 
No ramo da estética, infelizmente é comum clínicas reaproveitarem material descartável, 
informar que um produto tem uma característica que não tem e que traz um benefício que não 
traz, só para não investir em outro produto de melhor qualidade; fazer um protocolo 
(tratamento a ser seguido) que não alcançará o resultado esperado ou por falta de 
conhecimento por parte do profissional ou por utilizar produtos de baixa qualidade ou ainda 
por diagnóstico incorreto; utilizar aparelhos em mau estado de conservação, desregulados, que 
podem não só deixar de beneficiar, mas, ainda, prejudicar o cliente. 
 
 
 
 
14 
 
Durante a primeira consulta com o seu cliente, observe atentamente sobre as 
expectativas apresentadas por ele. Há muita diferença entre expectativas reais e 
expectativas imaginárias. Segundo Ifould (2015), uma parte importante da consulta é 
garantir que o cliente tenha expectativas realistas sobre os tratamentos e os produtos. 
O cliente pode ter expectativas não realistas sobre o que pode ser alcançado ou sobre 
como deveria estar cuidando de si mesmo. É parte do trabalho do profissional produzir 
resultados reais, seja melhorando a rotina de cuidados do cliente em casa, seja 
alterando a sua visão sobre os benefícios de se receber bons cuidados na estética. Caso 
as expectativas do cliente não sejam realistas, você deve educadamente oferecer 
sugestões alternativas e dar o maior número de explicações possível. 
 
2.3 Ética Criativa e o Senso Comum 
 
Estar a um passo do concorrente fará toda a diferença entre o sucesso e o fracasso de 
qualquer profissional ou negócio. O sucesso passa pela sua aparência e pelo trato com os 
clientes; então, tenha cuidado com a forma de se expressar, ou seja, com as palavras, com o 
gestual e com a postura. 
 
Fale em um tom ameno, tendo em mente que você e seu espaço devem trazer paz e 
aconchego a seu cliente. Trabalhe com clareza, competência, compromisso, educação, 
sinceridade, perseverança e conhecimento para chegar ao resultado esperado. 
 
Saiba também “ler as entrelinhas”, ou seja, informações valiosas que você consegue tirar de 
conversas aparentemente banais, sem intenção nenhuma. Desenvolva o que chamamos de 
feeling, ou seja, o sentimento que lhe “dirá” qual é a maneira mais adequada para lidar com 
determinada situação. 
 
Use de sua criatividade, sempre trazendo uma novidade a cada sessão. Encontrar a mesma 
coisa traz desânimo, desmotiva o cliente. Entre com umnovo creme, uma massagem 
diferente, alterne aparelhos e procedimentos. Isso mostrará ao seu cliente não só mais 
conhecimento, como também preocupação e esforço para alcançar o resultado esperado. 
 
 
 
 
 
 
15 
 
2.4 Responsabilidade Solidária 
 
Ao empenhar-se e empregar-se de responsabilidade, observamo-nos como agentes que 
atendem a uma determinada necessidade e por ela se empenha no propósito de realizá-la. 
Ampliando, porém para o cenário de responsabilidade solidária, o envolvimento se estende a 
uma esfera maior, porque ultrapassa paredes, valores financeiros e reconhecimento da mídia. 
 
A solidariedade é o parâmetro mais profundo que define a individualidade humana, como o 
resultado criativo da relação com outras individualidades. A realização desta identidade é 
estimulada pela prática da solidariedade. Ou seja, o humano solidário tende a se realizar como 
pessoa. 
 
O ato mesmo de produzir ou produzir-se enquanto trabalhador envolve inúmeros aspectos 
que transcendem as problematizações de caráter técnico e econômico. O ato de produzir 
implica múltiplos saberes e sensibilidade nem sempre visíveis ao discurso técnico-econômico. 
Neste sentido, percebe-se que as estratégias de cisão entre pensar e agir somente fazem 
sentidos se impregnadas da ideia de que somente alguns privilegiados são capazes de pensar, 
enquanto outros somente são capazes de executar, segundo Foucault (2000 apud Tittoni, 
2004). 
 
O processo de reinventar cenários de empregabilidade e ampliar saberes e ações no campo 
social e econômico ressalta as estratégias produzidas no campo da economia solidária de 
modo a pensar na sua potencialidade enquanto produtora de modos de viver e de trabalhar 
solidários, cooperativos e autogestionados. A busca de alternativas de geração de renda dá-se 
na mesma medida em que se visibiliza a possibilidade de reinventar modos de trabalhar, que 
produzam processos calcados nas éticas que instigam a solidariedade e a cooperação. 
 
Observando o ponto de vista de Almeida (2007), se concordarmos com este conceito de 
solidariedade como vínculo de responsabilidade recíproca, já teremos saído do uso vago desta 
expressão pelo senso comum, pelos políticos e por todos os que falam de solidariedade para 
vender algum produto ou ideia. 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
2.5 Relação do Esteticista com o Gênero 
 
A estética é o ramo do estudo que trata da saúde, beleza e bem-estar. Para algumas escolas 
ainda é uma tarefa subjetiva, mas para quem executa a estética, trata-se de uma vocação que 
ultrapassa a meta do belo, sendo a busca árdua pelo verdadeiro bem-estar e harmonia com a 
essência da vida. 
 
O profissional de estética tem por missão transmitir autoestima, reencontro com o “eu” e a 
aceitação da imagem. 
 
Tratar todos os gêneros em todas as esferas que é de competência do profissional esteticista 
agrega valor, quebra paradigmas e valoriza progressivamente e socialmente a profissão. 
 
O negro 
Conforme Gomes (2002, apud Marcuzzo, Pich, Dittrich, 2012), a experiência com o 
corpo negro e o cabelo crespo não se reduz ao espaço da família, das amizades, da 
militância ou dos relacionamentos amorosos, o corpo pode ser considerado como um 
suporte da identidade negra e o cabelo crespo como um forte ícone identitário. 
 
O papel desempenhado pela dupla cabelo e cor da pele na construção da identidade 
negra, na maneira como o negro se vê e é visto pelo outro, até mesmo para aquele 
que consegue algum tipo de ascensão social, está presente nos diversos espaços e 
relações nos quais os negros se socializam e se educam: a família, as amizades, as 
relações afetivo-sexuais, o trabalho e a escola. Para esse sujeito, o cabelo carrega uma 
forte marca identitária e, em algumas situações, é visto como marca de inferioridade 
(Gomes, 2002). É preciso compreender a complexidade na qual a construção da 
identidade negra está inserida, sobretudo quando levamos em consideração a 
corporeidade e a estética. Somos sujeitos corpóreos e usamos o nosso corpo como 
linguagem, como forma de comunicação. 
 
 
 
 
17 
 
O corpo é uma linguagem, e a cultura escolheu algumas de suas partes como principais 
veículos de comunicação. O cabelo é uma delas. O cabelo é um dos elementos mais 
visíveis e destacados do corpo. Em todo e qualquer grupo étnico ele é tratado e 
manipulado, todavia a sua simbologia difere de cultura para cultura. Esse caráter 
universal e particular do cabelo atesta a sua importância como símbolo identitário. O 
entendimento da simbologia do corpo negro e dos sentidos da manipulação de suas 
diferentes partes, entre elas, o cabelo, pode ser um dos caminhos para a compreensão 
da identidade negra em nossa sociedade. 
 
Destacar a existência de uma positividade nas práticas do negro diante do cabelo, 
hoje, quer seja trançando, implantando ou alisando-o, pode ser um interessante 
exercício intelectual que nos afasta das análises que primam pelo olhar da introjeção 
do branqueamento. 
 
Na realidade, o que pode parecer uma simples opinião ou um mero julgamento 
estético, revela a existência de uma tensão racial, fruto do racismo ambíguo e do ideal 
do branqueamento desenvolvidos no Brasil. Essas questões deveriam ser consideradas 
com mais seriedade. 
 
O obeso 
Nas últimas décadas, o percentual de indivíduos que apresentam excesso de peso vem 
crescendo acelerada e assustadoramente. Tal crescimento, no entanto, não parece ser 
causado somente por excessiva ingestão calórica. Fatores emocionais, psicológicos, genéticos, 
nutricionais e ambientais, além da falta de atividade física, são importantes indicadores para a 
casualidade do quadro. Todo um sistema de vida inadequado favorece o desenvolvimento da 
obesidade (Bankoff; Barros, 2006, p. 171). 
 
A imagem corporal não é apenas uma construção cognitiva, mas também reflexo de desejos, 
emoções e interação com os outros, caracterizada em três dimensões que se relacionam entre 
si: a base fisiológica, a estrutura libidinal e a dimensão sociológica, Schilder (1999, apud 
Marcuzzo, Pich, Dittrich, 2012). 
 
Dimensão fisiológica: o desenvolvimento do esquema corporal dos indivíduos obesos poderá 
intervir na capacidade de percepção de seu corpo bem como na noção espacial, haja vista o 
 
 
 
18 
 
não reconhecimento de seu tamanho corporal aliado aos aspectos emocionais inerentes à 
constituição da imagem corporal, Schilder (1999, apud Marcuzzo, Pich, Dittrich, 2012). 
 
Além do vestuário, o indivíduo obeso também enfrenta dificuldades na acessibilidade e 
usabilidade de produtos que são desenvolvidos para a faixa média da população, de acordo 
com padrões de planejamento e urbanismo de estruturas comuns, Menezes, Paschoarelli 
(2009, apud Marcuzzo, Pich, Dittrich, 2012). 
 
Dimensão libidinal: Um dos aspectos centrais da estrutura libidinal são as zonas erógenas, que 
constituem o centro da imagem corporal e determinam pontos no corpo para onde são 
dirigidas as emoções e o desejo. Por meio da identificação destes pontos no modelo postural, 
o indivíduo tem contato mais íntimo consigo e com o mundo, preenchendo funções em sua 
vida, Schilder (1999, apud, Marcuzzo, Pich, Dittrich, 2012). 
 
De maneira geral, nota-se que os indivíduos obesos têm dificuldade não só em se relacionarem 
consigo mesmos, como também não conseguem interagir com suas zonas erógenas. Salienta-
se que uma característica importante e comum entre os obesos é que estes apresentam 
sentimentos conflituosos em relação ao seu corpo, os quais se manifestam na forma de um 
receio explícito de se olharem no espelho, devido à insatisfação corporal (Marcuzzo, Pich, 
Dittrich, 2012). 
 
Dimensão sociológica: O “eu” é uma estrutura social que se desenvolve inteiramentenuma 
experiência de comunicação. Num contexto existencial, a imagem corporal é como a revelação 
de uma identidade, de um sujeito na história e de suas relações concretas, Giordani (2006, 
apud Marcuzzo, Pich, Dittrich, 2012). 
 
Para Morais et al (2002, apud Marcuzzo, Pich, Dittrich, 2012), a pessoa com obesidade não 
sofre tanto a dor física, mas a dor pelo desejo de um corpo magro. Ela sente que seu corpo é 
grotesco e sofre por ser vista pelos demais com hostilidade. Assim, os obesos reduzem suas 
experiências corporais por conta de suas dificuldades nos relacionamentos interpessoais e a 
interação social. 
 
O transexual 
Logo após a Segunda Guerra Mundial, em 1949, o psiquiatra inglês David Oliver Couldwell 
publica na famosa revista Sexology, o artigo Psychopathia Transexualis. Nesse artigo, pela 
primeira vez é feita uma referência à palavra transexual, para identificar o indivíduo que 
demanda uma mudança de sexo. 
 
 
 
19 
 
 
Os verdadeiros transexuais têm o sentimento de pertencer a outro sexo, eles querem ser e 
funcionar como o outro sexo, e não somente parecer com o outro sexo. Para eles os órgãos 
sexuais primários (testículos) e os secundários (pênis e outros) são deformidades que devem 
ser modificadas pelo bisturi do cirurgião. Cecarelli (2008 apud Araújo, 2010). 
 
A identidade sexual, portanto, passa a ser resultado do papel de gênero. O caráter social e as 
aquisições culturais são valorizados para esclarecer a identidade sexual das pessoas, e o 
resultado é uma clara distinção entre sexo biológico e gênero psicossocial. É uma visão que tira 
da transexualidade o atributo patológico, visto que as condutas transexuais não podem ser 
consideradas anômalas ou antissociais, pois essas pessoas têm consciência de seu papel. 
(ARAÚJO, 2010, p. 34) 
Conclusão 
 
A atuação do esteticista está muito além da palpação, aplicação de técnicas terapêuticas ou 
manuseio de dermocosméticos e aparelhos. 
 
Diariamente teremos o recurso humano em nossas mãos, e quando citamos recurso humano 
estamos falando das mais diversas classes sociais, dos mais diversos nichos, dos mais variados 
públicos com crenças, valores e caráter. Não caberá ao profissional esteticista o julgamento, 
mas o cumprimento de sua missão, que é promover o bem-estar. 
 
O olho no olho, o zelo pela integridade do seu cliente, o respeito, a aproximação determinará 
o seu verdadeiro valor e ascensão enquanto profissional. 
 
Abster-se do olhar preconceituoso, abster-se do apego ao padrão, abster-se do seu “eu”, atuar 
de maneira profissional certamente o tornará um agente de transformações por uma 
sociedade mais igualitária e humana. 
 
Esteja preparado, atualizado e receba a todos com o mais sincero sorriso. Execute a sua missão 
e transforme-se! 
 
 
	Os novos cenários de ralações trabalhistas, a atuação de profissionais cada vez mais empreendedores e a possibilidade de explorar novos mercados contribuem para o aparecimento de novas realidades, como o surgimento de novos empresários e o acirramento...
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	Compreender e estudar as leis que regulam as ações profissionais asseguram um futuro promissor e o enriquecimento da sociedade; filiar-se a associação de classe fortalece a cadeia de suprimentos de profissionais legalizados e capacitados para atender ...
	Neste módulo abordaremos a prática do profissional esteticista, o código de ética, modelos trabalhistas e empreendedorismo.
	1.1 Ética e a prática profissional de estética
	1.2 O código de ética em discussão
	1.3 O profissional e a CBO
	1.4 Lei 13.643/2018 – Regulamentação da profissão
	1.5 Empreendedorismo na estética
	2.1 O Profissional Esteticista: Competências
	2.2 Relação do Profissional com o Cliente: Ética Responsável
	2.3 Ética Criativa e o Senso Comum
	2.4 Responsabilidade Solidária
	2.5 Relação do Esteticista com o Gênero
	O negro
	O obeso
	O transexual
	Conclusão

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