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Relacionamento interpessoal e Marketing IPEMIG (2)

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Relacionamento Interpessoal e 
Marketing Pessoal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE / MG 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
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Sumário 
Estilos pessoais ................................................................................................ 4 
Os Três Tipos de Pessoas ............................................................................ 4 
Competência Interpessoal ............................................................................. 7 
Competências Sócio Emocionais .................................................................. 8 
Competência Interpessoal ........................................................................... 11 
Inteligência Emocional ................................................................................. 13 
Ampliação da autoconsciência .................................................................... 15 
Sistema Emocional ...................................................................................... 18 
Dissonância Cognitiva e Situações problemáticas ...................................... 20 
Motivação ....................................................................................................... 22 
Retrocessos / Interação com outras pessoas. ............................................. 24 
Interagindo socialmente .............................................................................. 26 
Destreza Interpessoal .................................................................................. 28 
Ajudando Outras Pessoas ........................................................................... 30 
Vínculos e Metas ............................................................................................ 32 
A Doença do CEO ....................................................................................... 32 
O Poder das Relações Humanas ................................................................ 36 
Formas de Poder ......................................................................................... 37 
A Crítica ....................................................................................................... 38 
Do Bullying ao Assédio Moral ...................................................................... 40 
A Economia Emocional ............................................................................... 42 
Instinto Altruísta ........................................................................................... 44 
Conexões Saudáveis ................................................................................... 46 
Consequência Social ................................................................................... 48 
Marketing pessoal ........................................................................................... 49 
4.1 Autoconhecimento e Planejamento ....................................................... 51 
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Autoconhecimento ....................................................................................... 53 
Planejamento............................................................................................... 56 
Principais Categorias Relacionadas ao Marketing Pessoal ......................... 57 
Planejamento de Carreira ............................................................................ 61 
Estilos de Carreiras ..................................................................................... 64 
Referências ..................................................................................................... 67 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
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ESTILOS PESSOAIS 
 
Como alguns profissionais se destacam mais do que outros dentro das 
mesmas condições de trabalho? Essa, e outras questões acerca das variações de 
comportamento e produtividade sempre foram pontos de partida para estudos e 
análises sobre os talentos humanos. Desde a Escola Humanista, tem-se observado 
e desenvolvido um vasto corpo de conhecimento sobre o comportamento do 
indivíduo para o trabalho. 
A partir dos avanços dos estudos de psicologia, principalmente, pode-se 
compreender melhor como cada indivíduo assimila e reage ao ambiente de trabalho, 
proporcionando uma riqueza muito grande de soluções, de resultados e de situações 
de conflito, porque não dizer, para os gestores dessa área. 
Muito antes de uma simples abordagem gerencial de quadro de pessoal, esse 
nosso conteúdo traz uma consistente abordagem sobre nosso próprio 
comportamento e modelos de desempenho aos quais possamos reconhecer e 
desenvolver. 
Nessa nossa primeira abordagem do tema Relacionamento Interpessoal e 
Marketing pessoal vamos conhecer os Estilos Pessoais de comportamento. 
Acompanhem. 
 
Os Três Tipos de Pessoas 
Antes de aprofundarmos nesse conteúdo que tal lermos um pequeno texto. 
Conhece-te a Ti Mesmo 
Pedro Menezes - Professor de Filosofia. 
https://www.todamateria.com.br/conhece-te-a-ti-mesmo/ 
 
 
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http://artecult.com/conhece-te-a-ti-mesmo/ 
Um dos aforismos mais famosos da história, “conhece-te a ti mesmo”, 
encontrava-se no pórtico de entrada do templo do deus Apolo, na cidade de Delfos 
na Grécia, no século IV a. C. 
Lembre que um aforismo é um pensamento expresso de maneira breve. 
Essa frase foi atribuída a várias figuras gregas e não possui ao certo um 
autor. É possível que tenha como origem um dito popular grego. 
De qualquer forma, a frase foi compreendida como um oráculo (mensagem do 
deus) de Apolo para todas as pessoas. 
Sendo assim, a grande tarefa da humanidade, segundo o deus Apolo, seria 
buscar o conhecimento de si e, a partir daí, conhecer a verdade sobre o mundo. 
Segundo Santos (2009). Existem basicamente três tipos de indivíduos para a 
psicologia moderna. Esses comportamentos aqui apresentados não são 
determinantes ou absolutos. Podem variar de pessoa a pessoa, dependendo das 
situações, mas, contudo, ocorre um processo de concentração, ou seja, há pessoas 
que reagem dentro dessas características por um tempo maior ou com maior 
frequência. Vejamos. 
 Autoconscientes: São pessoas que percebem 
muito bem e rapidamente suas reações aos estímulos. 
Se estão com raiva, sabem exatamente por qual motivo 
e reagem da maneira adequada. Se estão tristes, da 
mesma maneira, percebem a fonte desse sentimento e 
de como não o deixar dominar seu estado natural. É 
uma característica um tanto nata, mas principalmente 
https://balcaodeempregos.wordpre
ss.com/2018/08/03/ 
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pode e deve ser desenvolvida nas pessoas. 
 
 
Mergulhadas: É uma pessoa que vive sendo 
conduzida pelas suas reações, principalmente as 
emocionais, que determinam como vão reagir aos 
estímulos externos. Se estão felizes vão interagir 
melhor com as pessoas, se estão tristes, não 
importa se ocorram situações favoráveis, vão 
responder com amargor aos estímulos. Essa predominância de comportamento, 
sugere uma pessoa dominada pelas suas emoções. 
 
Resignadas: É uma pessoa que percebe 
claramente seus momentos e seus estados de espírito. 
Mas, ao mesmo tempo, não possui uma diretriz de 
solução ou de reparação de estados mais negativos, por 
exemplo, passando a manter grandes períodos de 
frustração e de desilusão, sem desenvolver um interesse 
nessa modificação. Muitas vezes, esse indivíduo ainda 
não sabe como proceder nesses momentos de dificuldade. 
Você sabia: Nas abordagens Clássicas da Administração, não se percebia o 
trabalhador como um indivíduo autônomo, que possuísse reações emocionais. 
Apenas ergonomia e orientação para realização de tarefas simples e repetitivas. 
Apenas anos mais tarde, com os avanços da psicologia e psicanálise é que foi 
possível constatar que indivíduos
e grupos de trabalho possuíam sim carga 
emocional para relacionarem-se entre si, com preferências, gostos e atitudes, ou 
seja, uma personalidade. 
Esse tipo de abordagem inicial serve para conduzir processos de seleção e 
de capacitação internos. Não que sejam determinantes para que determinados 
colaboradores tenham êxito nas suas atividades. Não há uma correlação direta entre 
 https://administradores.com.br/artigos/ 
https://amenteemaravilhosa.com.br/ 
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o sucesso e as pessoas autoconscientes. Embora isso possa ajuda-las em seu 
aperfeiçoamento profissional. 
 
Em uma situação possível de ocorrer em uma organização, em uma equipe 
de trabalho, pessoas diferentes podem reagir de forma distinta a uma mesma 
situação de trabalho. Prazos, demandas, estresse, ambição, compromissos, ou 
senso de responsabilidade são estímulos que são suficientes para que os diferentes 
tipos de personalidade sejam testados, por assim dizer. Caso uma organização 
possua um departamento de RH (Recursos Humanos) desenvolvido, esse conteúdo 
passa a fazer parte de uma rotina de constate avaliação e apoio. 
Agora que você conhece os três tipos básicos de Estilos Pessoais, vamos 
aprofundar um pouco mais para conhecer o que são competências pessoais e o que 
são competências interpessoais. Acompanhem. 
 
Competência Interpessoal 
Primeiramente, vamos descrever o que venha a ser uma competência 
pessoal para o mercado de trabalho, para, a partir daí, aprofundarmos ainda mais 
nesse novo campo do conhecimento que nos apresenta as competências sócio 
emocionais e interpessoais. 
De acordo com Chiavenato (2014), uma competência é a combinação ideal 
entre os conhecimentos necessários a uma pessoa para desempenhar uma 
determinada atividade ou função, suas habilidades em empregar esses 
conhecimentos, o que poderá ser consolidado pela própria experiência, e também 
suas atitudes pessoais e preferências que estão relacionadas com questões 
comportamentais, de valores e de motivação. 
Desse arranjo de características pessoais que podem e devem ser 
aprimoradas, temos a formação da sigla C.H.A. que concentra essa abordagem de 
competência. 
Porém, como o próprio autor indica, o peso das características de Atitude 
pode ser muito decisivo para o êxito geral de um colaborador na execução das suas 
atividades. O que sugere que se uma pessoa possuir muito conhecimento, elevada 
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habilidade ela poderá por tudo a perder se não tiver a atitude ideal. Ou ainda, ela 
poderá não ter todos os conhecimentos necessários e nem uma habilidade 
desenvolvida, mas se demonstrar uma atitude positiva, ela poderá buscar 
aperfeiçoamento nessas outras duas dimensões necessárias. 
Não por um acaso, os conteúdos sobre os estilos de personalidade, vistos no 
item anterior, podem ser concentrados aqui dentro do termo atitude, uma vez que 
esse tipo de manifestação da personalidade individual é um tema diretamente 
relacionado com esses estilos descritos. 
Além disso, outros temas sobre comportamento, índole, personalidade e 
crenças podem ser verificados mais próximos dessa dimensão da atitude. É o que 
veremos agora com a apresentação das competências sócio emocionais e depois, 
abordaremos as competências interpessoais. Acompanhe. 
 
Competências Sócio Emocionais 
Ganhando ultimamente grande impacto na formação de indivíduos cada vez 
mais conscientes, definiu-se um corpo de conhecimento para ser estimulado desde 
a infância até a fase adulta, sobretudo dentro do período escolar, as competências 
sócias emocionais contribuem para que a pessoa saiba lidar com suas emoções, 
com o outro e com os grupos aos quais pertença. 
 
ncurtador.com.br/PWZ23 
Imagine um profissional que tenha grande habilidade, um conhecimento vasto 
sobre determinada área e uma sólida experiência, contudo não saiba se relacionar 
com outras pessoas no ambiente de trabalho, seja menosprezando, ofendendo, 
assediando ou ainda sendo preconceituoso. 
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Tais comportamentos hoje em dia vedados em grandes corporações são alvo 
de programas internos de conscientização, de adequação e disciplina operacional. 
Tudo isso, para que haja um ambiente de trabalho mais harmonioso, produtivo e 
equilibrado. Sem qualquer mágoa, perseguição, rancores ou outro tipo de 
manifestação negativa de descontrole de emoções. 
Dessa forma, as competências sócias emocionais estão diretamente 
relacionadas com a habilidade da pessoa em ter emoções, reconhece-las, direcioná-
las e pensando de forma mais adequada para agir com precisão e leveza. Vamos 
conhecer quais são? 
Empatia: Capacidade da pessoa em se colocar no lugar do outro. 
Senso de Responsabilidade: Percepção das consequências e reações das 
outras pessoas frente a decisões e tarefas. 
Autoestima: Percepção de si como pessoa plena e capaz, com amor próprio 
desenvolvido e valorização da própria essência. 
Criatividade: habilidade expor a imaginação e de propor novidades, soluções 
e inovações para problemas simples ou complexos nas suas áreas de interesse. 
Comunicação: Compreender e principalmente se fazer compreendido, seja 
verbalmente, por expressões e gestos e com clareza, organizar ideias e 
pensamentos para seus interlocutores. 
Autonomia: viver sem dependência de outra pessoa, sabendo interagir com 
o dia a dia numa sociedade, tomando decisões por conta própria. 
Felicidade: Ser uma pessoa plena e integral, mesmo com dificuldades, 
questões de saúde e de privações desafiadoras. 
Paciência: uma das competências mais exigidas e necessárias para 
ambientes de alta interação social. Com diferentes personalidades, diferentes 
formações e culturas. 
Organização: Senso de preparação e de manutenção de materiais, objetos e 
informações. Isso auxilia no desempenho superior de profissionais. 
Sociabilidade: habilidade de relacionamento de contatos e interação com as 
pessoas, cumprindo papéis e convívio harmonioso. 
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Ética: senso de bem comum, uso de valores e critérios de decisão para 
ações que favoreçam a todos. 
Existem modelos de apresentação desse corpo de conhecimento com 
variações de mais ou menos temas. O que se justifica pelo desdobramento de 
alguns desses para diferentes áreas. Tais como religiosidade, mercado de trabalho, 
ações culturais, altruísmo, pesquisas, educação entre outros. 
Contudo, existe uma reorganização desses temas em torno de 5 grandes 
grupos de competências apresentado na figura 01. 
 
Figura 01 – Cinco Grupos de Competências Essenciais para o Indivíduo. 
 
Adaptado de https://www.psicoedu.com.br/2017/05/ 
 
Hoje em dia esse corpo de conhecimento é muito utilizado nos processos 
seletivos, como mencionado, e, servem como elemento para escolha final de 
candidatos, uma vez que estes podem ter formação e experiências muito próximas. 
Um mapeamento de competências é feito por meio do cruzamento de duas 
posições nos eixos X e Y. No Eixo de X, tem-se o PESO que uma determinada 
competência pode ter. Maior ou menor, arbitrariamente pode-se atribuir menor peso 
para formação acadêmica, embora necessária, do que a quantidade de anos de 
Auto 
Conhecimento
Consciência Social
Tomada de Decisão 
Responsável
Habilidades Sociais
Auto Controle
Con
tagem 
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experiências e sua variedade, por exemplo. E no eixo de Y, tem-se uma gradação 
de quais competências são mais “valiosas” do que outras. Percebam que as 
competências sócias emocionais, mapeadas e reconhecidas, possuem maior valor e 
peso do que todas as demais. Ou seja, se houvesse dois candidatos “empatados” 
nos quesitos acadêmicos, técnicas gerais, tais como contabilidade, financeiro ou 
produção; técnicas específicas para funções diretamente ligadas ao cargo, as 
competências
individuais sócio emocionais e aquelas que estejam ligadas ao 
relacionamento interpessoal. 
 
Competência Interpessoal 
A partir de componentes estruturantes de relacionamento de um indivíduo 
consigo, representados pelos conceitos de auto percepção, autoconscientização, 
auto aceitação. Com isso, um indivíduo possui melhores competências pessoais 
para se relacionar com o outro e lidar com situações de conflito de forma mais 
equilibrada. 
Com essa base de percepção desenvolvida e aguçada, parte-se para uma 
outra dimensão de relacionamento e de interação que requer os elementos já 
apresentados aqui sobre competências sócio emocionais. Dessa forma, de posse de 
uma percepção aguçada e de um corpo de competências bem desenvolvidas, um 
individuo, propriamente em um ambiente profissional, estaria mais apto a lidar com 
as situações de relacionamento interpessoais, exercitando o que Moscovici (2008) 
apresenta como o relacionamento eu-tu. 
Tais competências podem se apresentar como fundamentais para as 
organizações, pela necessidade de evitar conflitos, desgastes, polarização política e 
perda de sinergia entre equipes de trabalho, por exemplo. Dessa forma, podemos 
observar que a qualidade de uma entrega de resultado, o seu tempo de efetivação e 
o grau de satisfação pessoal e de uma equipe podem ser afetados se os envolvidos 
dessa equipe funcional tiverem níveis ideias ou mesmo elevados de competências 
interpessoais. 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
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Figura 02 – Estruturação Competências Interpessoais 
 
Fonte: Adaptado de Moscovici (2008). 
 
Em outro sentido, além dessa natureza horizontal de necessidade do 
emprego das competências interpessoais, temos os campos das relações de 
hierarquia, representados pelas funções gerenciais. 
Os cargos-chave de desempenho que coordenam, controlam, estimulam e 
motivam equipes de trabalho precisam de uma forte carga de competências 
interpessoais, por lidarem constantemente com pressões corporativas e situações 
de estresse vivenciadas nas operações das organizações. Sem tais componentes, 
um gerente perderia facilmente as vantagens da sua habilidade técnica frente a uma 
incapacidade de se relacionar com o outro, sejam seus subordinados, sejam seus 
superiores. 
Por isso, tais competências são fundamentais nessas relações verticais 
dentro de uma organização, torando-se elementos a serem requeridos, 
desenvolvidos e utilizados na formação gerencial. Não sendo inatos, eles podem e 
devem ser ampliados por meio de técnicas de capacitação, que podem ter 
programas estruturados para o seu desenvolvimento. 
Competências 
Interpessoais
Competências 
Pessoais 
Competências 
Sócioemocionais
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Inteligência Emocional 
Desde que Howard Gardner apresentou ao mundo científico a sua teoria das 
Inteligências Múltiplas, os campos do conhecimento da educação e do mundo dos 
negócios nunca mais foi o mesmo. 
Anteriormente, acreditava-se apenas em uma capacidade intelectual voltada 
para o raciocínio matemático, lógico e abstrato como única forma de inteligência. Os 
testes de coeficiente intelectual ou QI, privilegiavam apenas os chamados de 
“gênios” por terem elevada pontuação apenas nesse tipo específico de inteligência. 
Poderiam ser considerados gênios, mas não conseguiam se relacionar 
socialmente, não sabiam lidar com suas próprias emoções, não se colocavam no 
lugar do outro, entre outros exemplos que sua capacidade mensurada superior 
parecia hipertrofiada em um sentido apenas. 
Ao contrário, Gardner propôs um modelo de abordagem sobre inteligências 
que contemplava mais dimensões, tornando assim o ser humano um ente mais 
equilibrado se caso tivesse algumas dessas inteligências. Vejamos. 
Figura 03 – Inteligências Múltiplas 
 
encurtador.com.br/pxA37 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
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De acordo com essa abordagem, não apenas um indivíduo poderá ser 
considerado inteligente se apenas possuir a suas inteligências lógicas matemática 
desenvolvida, como outros indivíduos podem ser considerados igualmente 
inteligentes se, por exemplo, souberem tocar um instrumento musical, souberem 
dançar, saberem se expressar por meio da escrita ou falar várias línguas. 
Notem que nesse modelo apresentado podemos ver as inteligências 
intrapessoais (autoconhecimento) e interpessoais como campos a serem 
desenvolvidos. 
Outro ponto fundamental da teoria de Gardner é que um indivíduo não apenas 
nasce com algum tipo de pré-disposição para algumas dessas formas de 
inteligência. Ele também pode aprimorar cada campo desses. Ou seja, podemos 
aprender a ser mais inteligentes. Se não temos inteligência musical, anos de 
dedicação e aprendizado, pode nos tornar capazes de tocar piano por exemplo. 
Ou seja, nascemos com uma carga potencial de capacidade e esta pode ser 
exercitada ao ponto de se transformar em uma competência plena. 
Aproveitando essa prévia concepção de inteligências múltiplas e de 
possibilidade do seu aprendizado Daniel Goleman (1996) apresentou sua 
reorganização dos temas sobre autoconhecimento e de inteligências sócio 
emocionais e um corpo de conhecimento chamado de Inteligência Emocional. 
Refere-se basicamente a uma habilidade consistente de um indivíduo em 
reagir a estímulos extremos de forma proporcional e equilibrada. Seus estudos 
mostraram que nosso cérebro possui “camadas” evolutivas passando desde a parte 
do cérebro mais ancestral, herdada dos animais, que é a nossa parte mais instintiva 
e utilizada, até o córtex cerebral que é a camada mais superior e desenvolvida. 
O autor fala que a visão dispara o senso de proteção e o instinto de 
sobrevivência que são primeiramente acessados frente a obstáculos, pessoas e 
situações. Contudo, as reações possíveis dessa interação mais emocional do que 
racional, perfaz com que tenhamos ira, raiva, violência, gritos, entre outras reações 
extremas. O que ele propõe e sugere, basicamente, é que troquemos as reações 
baseadas no nosso cérebro animal, para utilizarmos nossa parte mais racional e 
desenvolvida. 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
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Assim, ele conseguiu apresentar uma possibilidade de autocontrole e de 
autoconhecimento capaz de melhorar as relações interpessoais. Sendo esse tema, 
um dos componentes observáveis dentro das relações interpessoais. Com a 
expressão: reagir com a pessoa certa; da forma ideal e proporcional; no momento 
adequado, representariam uma Inteligência Emocional desenvolvida e plena. 
 
Ampliação da autoconsciência 
Nessa seção, vamos reconhecer a autoconsciência como elemento essencial 
ao autocontrole e ao relacionamento interpessoal, nosso tema principal. E 
apresentar abordagens de como podemos melhorar esse aspecto muito importante 
para as nossas relações de trabalho e sociais. 
Para acessar estágios de autoconsciência e de autocontrole, primeiramente, 
não existe um corpo único de abordagem, ou um modelo unificado que pode ser 
apresentado a todas as pessoas, esperando-se que reajam da mesma maneira, 
obtendo os mesmos resultados. Contudo, pode-se desenvolver um mix de técnicas 
que auxiliem na busca por esses estágios de conhecimento. 
Autores diversos defendem suas técnicas, e alguns profissionais de coaching 
fazem indicação de compostos diversos. Vamos fazer um apanhado geral dessas 
técnicas, no intuito de demonstrar sua ampla variedade, sem, contudo, indicar qual é 
a mais adequada ou precisa. 
 
ABC (Activating Event; Belief; Consequences) ou Evento de ativação; 
credo e consequências: Uma pessoa exposta a uma experiência, positiva ou 
negativa, deve recortar esse objeto que disparou um diálogo interno (A); remontar e 
reorganizar suas crenças depois desse diálogo (B) e de como foram suas reações 
depois desse evento (C). Esse tipo de abordagem sugere uma rápida introspecção e 
pode ser aperfeiçoado com o tempo.
Maybe? (Será?) A partir de uma listagem de certezas que uma pessoa 
conseguir definir sobre suas preferências, comportamento ou paradigmas, o autor 
James Altucher sugere um emprego de “?” ponto de interrogação ao final de cada 
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frase, pois isso irá sugerir um questionamento que nunca foi feito, libertando o 
indivíduo de antigos sistemas de cognição. 
 
Contação de Histórias: Essa técnica consiste em um primeiro momento 
escrever um enredo sobre si mesmo, com uma história de vida o mais próximo 
possível da realidade e não da ficção. Depois dela pronta, o autor deve recitar em 
voz alta essa história na terceira pessoa, ele ou ela, para testar o seu nexo e o seu 
poder de conscientização sobre esse “personagem” tão próximo e desconhecido. 
Hemisférios: consiste em mapear os pensamentos que utilizamos para 
relacionarmos com o ambiente. Nele podemos inicialmente separar entre “próprios” 
e “externos”. Ou seja, aqueles que seriam 100% seus, de sua autoria e outros que já 
existiam ou foram ouvidos ao longo das suas relações. Isso contribui para vermos a 
carga de paradigmas que utilizamos diariamente para nos relacionarmos. Depois 
disso, esses pensamentos ainda podem ser divididos entre “BOM” e “RUIM”, 
perfazendo então quatro quadrantes. Podem ser próprios, bons ou ruins. E podem 
ser de terceiros, também bons e ruins. 
Figura 04 – Técnica de Hemisférios do Pensamento. 
 
Fonte: Adaptado de Pecotche (2016). 
 
Bons 
Pensamentos
Bons 
Conselhos
Maus 
Pensamentos
Más 
Influências
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Vamos agora verificar um modelo de aprendizado de competências baseado 
em uma Educação de Laboratório. Esse modelo foi proposto por Moscovici (2008) e 
apresenta uma estrutura que depende de um roteiro de experiências reais 
vivenciadas pelo indivíduo. Sendo experimental e empírico, sua estrutura requer um 
acompanhamento de um tutor que deve propor e acompanhar as etapas 
necessárias conforme a figura 06. 
Figura 05 – Educação de Laboratório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aprender a 
Aprender 
 Conhecimentos 
 Sensibilização 
 Diagnose 
 
Aprender a 
Ajudar 
Atitude e 
Indagação 
Conscientização 
Opção 
 Feedback 
 Colaboração 
Colaboração 
Eficiente em 
Grupo 
Mudança 
Competência 
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No modelo proposto, há um circuito de atividades que um treinando deve 
percorrer, seja em processos simulados, seja em oficinas de trabalho 
acompanhadas, tais como podem ocorrer em capacitações. 
A sequência proposta envolve a primeira etapa de Aprender a Aprender, que 
é a exposição aos temas e conteúdos selecionados para cada rodada de laboratório, 
como, por exemplo, a empatia ou a pro atividade. 
Paralelamente a essa atividade, o tutor do processo, representada a ação 
pelas caixas em alaranjado, irá desempenhar as ações de ampliação da consciência 
após cada fase do treinando. Assim, quando se chegar ao término do processo, tem-
se um aumento da Competência Interpessoal com uma aplicação prática junto ao 
grupo de trabalho, embasada pela decisão de mudar um estilo de comportamento. 
 
Sistema Emocional 
Aproveitando essa abordagem de Goleman sobre Inteligência Emocional, 
vamos apresentar em outra perspectiva do autor aqui o Sistema Emocional, 
componente muito útil para se compreender ou ainda, prever as reações que podem 
ocorrer entre colaboradores, ou entre superiores e subordinados (GOLEMAN, 1997). 
Muito longe de fazer um esgotamento do assunto, tratando de forma 
aprofundada como seria no campo da psicologia, esse tema aqui será tratado de 
forma consistente, porém limitada. 
Também chamado de Sistema Límbico, existem áreas do nosso cérebro 
responsável pelas diversas reações emocionais aos estímulos que ocorrem em 
nosso meio que nos afetam direta ou indiretamente. Fato é que essa estrutura nos 
ajudou a sobreviver e evoluir, pois as emoções estão muito relacionadas aos 
instintos e são maneiras recorrentes de se relacionar com o meio, seja o medo, a 
vontade, o acasalamento, o pertencimento, a saudade, entre outros exemplos. Ou 
seja, há uma área específica em nosso cérebro que organiza nossas reações para 
as emoções, comportamentos sexuais, aprendizagem, memória, motivação e 
algumas respostas homeostáticas. 
 
 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
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Figura 06 – O Sistema Límbico 
 
Fonte: encurtador.com.br/JQRUW 
 
São componentes do Sistema Límbico: 
 Amídalas cerebelosas; 
 Hipocampo; 
 Giro cingulado; 
 Hipotálamo; 
 Tálamo; 
 Área pré-frontal; 
 Área tegumental visceral. 
O que se sabe é que existe entre os neurônios interligados e responsáveis 
pelas respostas um tipo diferenciado de substância química, chamada de 
neurotransmissor. Eles agem favorecendo as conexões entre os neurônios e suas 
cargas elétricas que armazenam imagens, fatos, datas, pessoas, sensações, entre 
outros elementos, seja de maneira superficial e temporária, seja de maneira 
permanente. Normalmente, quando ocorre um fato emocionalmente forte, essa 
mensagem é memorizada pelo sistema límbico de forma permanente. 
Com essa potencialidade e característica pode-se antecipar a necessidade 
que há do acesso e uso do sistema límbico para a educação e para o ambiente de 
trabalho. Momentos em que um capacitando requer de aprender sobre temas, 
técnicas e atividades de forma consistente e duradoura. 
 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
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Dissonância Cognitiva e Situações problemáticas 
Eu Odeio Te Amar 
...E eu não tenho força pra poder me refazer 
Do seu olhar não sei me defender 
(Tanta gente no mundo pra eu querer 
E eu quero essa que eu não posso ter) 
eu odeio te amar, 'tá puxado pra mim 
É horrível esperar sua vontade de mim 
(Eu odeio te amar, eu preciso fugir 
Não existe aceitar, aguentar, isso aqui)... 
 
Fonte: LyricFind 
Compositores: Daniel Augusto Amaral Silva / Thiago Andre Barbosa 
Letra de Eu Odeio Te Amar © Som Livre, Deck Produções Artísticas Ltda. 
 
Esse trecho de canção que foi interpretada pelo cantor Thiaguinho reflete uma 
espécie de estado mental muito comum quando um indivíduo começa seu processo 
de autoconhecimento e autocontrole. 
A Dissonância Cognitiva indica estados mentais de conflitos internos que 
promovem uma intensa e grave disputa interna entre o pensamento e a ação; entre 
o interesse e o desejo; entre o real e o ideal. Um indivíduo nesse estado sabe 
conscientemente sobre determinados problemas que o cercam, mas promove: (i) ou 
a inércia; (ii) ou a manutenção desses mesmos problemas. 
Nessa contradição entre suas convicções e atitudes, ou sobre situações que o 
cercam que são interpretadas de forma parcial ou insipiente, ocorrem 
inconsistências de comportamento que desgastam mentalmente e emocionalmente. 
Isso pode ocorrer no trabalho, quando um funcionário não tem prazer naquilo 
que faz. Pode ocorrer no consumo, quando se compra algo que não atende a uma 
necessidade. Nas relações que as pessoas mantêm por aparência, entre outros 
exemplos de conflitos entre a consciência e as atitudes. 
https://www.lyricfind.com/
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
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Ainda assim, tem-se a possibilidade de classificação das relações pessoais 
entre três características, ou graus de dissonância. 
a) Relações Consonantes: aquelas que estão alinhadas entre os 
interesses, as crenças e as ações. 
 
b) Relações Indiferentes: quando as ações são distintas e não 
necessariamente contrárias. 
 
c) Relações Dissonantes: são as ações que divergem das crenças 
pessoais. 
 
 
encurtador.com.br/bjOY0 
Para lidar com eventuais relações de dissonância cognitiva, um indivíduo 
tenderá a uma solução que pode envolver três níveis de energia distintos. Sendo o 
Convívio Permanente uma situação de desgaste
constante, cuja solução paliativa 
não demanda muita energia por parte do indivíduo. Temos também a Mudança de 
Ambiente, com um pouco mais de energia, procura-se uma fuga de rotinas de 
conflito, tais como viagens, mudança de emprego, mudança de endereço, etc. E por 
último, uma Mudança de Atitude, que requer do individuo uma elevada dose de 
energia e concentração. 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
22 
 
Estes foram os temas estruturais da compreensão acerca dos 
relacionamentos interpessoais. Na próxima unidade veremos algumas das principais 
abordagens sobre essa dinâmica e, consequentemente, temas sobre a 
complexidade desses relacionamentos. Acompanhem! 
 
MOTIVAÇÃO 
Grande Exército Francês de Napoleão Bonaparte 
 
Estamos no ano de 1810, as Guerras Napoleônicas varriam o continente 
europeu impondo às vencidas duras lições de guerra, de política, de administração, 
de logística e porque não dizer: de motivação. 
As tropas regulares da França, cerca de 610 mil combatentes e 1.420 
canhões, eram compostas por soldados engajados na causa republicana, sua pátria 
e por isso possuíam uma pequena vantagem sobre os demais exércitos que lutavam 
por reis e seus senhores. 
Napoleão Bonaparte, como ninguém, soube aproveitar esse potencial e, 
mesmo assim, durante várias de suas batalhas conseguia realizar algo que ele tinha 
potencial para aplicar com facilidade: incendiar seus comandados! 
Mesmo com situações de desvantagem numérica, o exército francês (Grande 
Armée) conseguia manter linhas e posições, graças ao poder de influenciar desse 
notável e sangrento estadista. 
encurtador.com.br/iyPTW 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
23 
 
Estaríamos nós preparados para grandes “batalhas” da vida moderna, tão 
motivados à vitória quanto a um soldado napoleônico no início do século XIX? É o 
que essa seção procurará apresentar. Vamos nessa direção! 
A motivação é um importante tema de Direção para a gestão e está 
relacionada com tópicos de liderança. Afinal uma das premissas de um líder é 
influenciar deliberadamente no comportamento de um grupo de pessoas, seja para 
metas, ou comportamento e principalmente, para um desempenho superior. 
Sua definição passa pela percepção de um nível de energia e predisposição 
ao trabalho que cada indivíduo possui em determinado momento. Níveis elevados 
de energia sugerem que uma pessoa estaria mais motivada do que o seu normal, 
possuindo elementos de persistência e intensidade como fatores favoráveis ao 
seu desempenho. 
Na figura 07 temos a representação de um Ciclo Motivacional. Nele é possível 
vermos etapas que uma pessoa poderá percorrer para a execução de uma 
atividade, ou tarefa de trabalho. 
 
Figura 07 – Clico Motivacional 
 
 
 
 
Fonte: Chiavenato (2014). 
 
Esse ciclo se inicia com uma verificação de privação, de deficiência à qual um 
indivíduo deverá procurar externamente uma solução a uma Necessidade não 
Atendida. Desse pequeno ou grande desequilíbrio vêm estágios de Tensão que 
podem desencadear várias reações contrárias se demorar, ou não forem 
canalizadas soluções viáveis. Dessa potencialidade surge então o Impulso que é a 
energia liberada pelo indivíduo para a solução possível. Em outro momento, pode-se 
necessitar do Comprometimento para a Meta, pois algumas soluções requerem 
Necessida
de Não 
Atendida 
Tensão Impulso 
Comprometimento 
para a Meta 
Satisfação 
Redução 
da 
Tensão 
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24 
 
tempo e persistência para sua consecução. Uma vez sanada a necessidade, tem-se 
a etapa da Satisfação e a posterior Redução da Tensão. 
A energia necessária a cada resolução proposta varia de pessoa a pessoa e 
ela está concentrada nas etapas de Impulso e de Comprometimento para a Meta. 
Há pessoas que possuem naturalmente, ou desenvolveram uma sensibilidade 
para o emprego desse ciclo. Porém, a atuação de um líder, coach ou superior 
imediato canaliza e dinamiza esse ciclo para que os objetivos das organizações 
sejam atingidos com qualidade e agilidade. 
Sendo um ciclo, esse processo não se encerra. Ele se repete de tempos em 
tempos para uma mesma atividade, ou cede lugar a outras tarefas que se sobrepõe, 
tais como: compra de produtos para nossa dispensa; abastecimento do carro; envio 
de currículos; limpeza da casa; atendimento a clientes; construção de casas, entre 
outras atividades. 
 
Retrocessos / Interação com outras pessoas. 
Dizem que a vitória possui um “gosto” doce e que o fracasso então tenderia a 
ter um “gosto” amargo! Esse tipo de analogia entre sabores e situações vivenciadas 
ao longo de uma trajetória de vida são muito uteis para tentar ilustrar como as 
nossas atitudes refletem estímulos negativos advindos do ambiente. 
 
encurtador.com.br/fIOUV 
 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
25 
 
Da mesma forma com que nos reagimos positivamente com estímulos que 
são favoráveis aos nossos anseios, tais como: aumentos de salário, promoções, 
reconhecimentos, conquistas emocionais, ou outra situação cuja necessidade tenha 
sido atendida ou mesmo superada; agimos com a mesma intensidade para outras 
situações e momentos quando recebemos um input negativo, totalmente contrário 
ao que esperávamos, como também, não achávamos que merecíamos, tais como: 
cancelamentos de propostas, despesas inesperadas, demissões, rompimento de 
relacionamentos, mortes, entre outros. 
Tais situações são chamadas de retrocessos e exigem uma capacidade 
superior de compreensão de programação das emoções por parte de um indivíduo, 
pois são potenciais fontes para traumas, recalques, crises nervosas, ou qualquer 
outra reação orgânica e mental frente a quadros negativos de estímulos. 
Aprofundando nessas situações de retrocesso, que como apresentado, 
podem variar de indivíduo para indivíduo, por uma pré-condição, ou capacidade 
pessoal em lidar com os reveses da vida. Algumas pessoas se valem de sistemas 
emocionais mais preparados e robustos, que possuam elevadas cargas de 
otimismo, de fé ou de resignação. Até mesmo habilidades de resiliência frente aos 
problemas. 
Ou ainda, podem se valer de aprendizado para lidar com tais situações. 
Experiências negativas do passado podem elevar a capacidade de uma pessoa em 
reagir de forma adequada frente a novos problemas que surjam. 
Você certamente já reclamou ou ouviu pessoas reclamarem, dizendo que 
estão cansadas e estressadas. Parte de nossas rotinas pós-modernas incluem a 
chamada "correria do dia a dia". Mas e quando o cansaço é tão grande que se torna 
capaz de paralisar a pessoa e impedi-la de trabalhar? É isso que acontece com 
quem tem a chamada síndrome de "burnout", que tem atingido jovens com idade 
entre 20 e 30 anos (a geração Millennial ou geração Y) cada vez mais. A Síndrome 
de Burnout é um termo psicológico que refere à exaustão prolongada e a diminuição 
do interesse em trabalhar, considerada um grande problema no mundo profissional 
da atualidade. Esse termo é usado quando o motivo primário do esgotamento está 
correlacionado com a atividade/ambiente profissional. Já o estresse pode aparecer 
em vários contextos. 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
26 
 
Vamos apresentar agora as 4 formas de reações mais comuns aos 
retrocessos profissionais. Acompanhem. 
Raiva: é uma predisposição à violência, em estados coléricos de sequestro 
emocional, que leva ao indivíduo estar preparado para utilizar sua força, mesmo que 
se manifeste verbalmente, por meio de ofensas, desejos negativos ou gritos. 
Depressão: representa um esgotamento motivacional intenso, graças a um 
estado geral de desânimo, melancolia e tristeza. Uma pessoa que sofre com 
situações como essa, normalmente estagnam seus pensamentos em torno de 
grandes dores e quimicamente seu organismo responde com um metabolismo 
insalubre. 
Ansiedade: comandada por um estágio mental de insegurança, de
nervosismo ou de ameaça, ocorre uma afetação nas funções corporais com 
descargas intensas de adrenalina e desequilibram completamente as funções 
biológicas normais, refletindo de volta na forma de pensar e imaginar a realidade. 
Medo: o medo isoladamente pode contribuir para momentos de desconforto 
corporal, tais como taquicardia, má digestão, espasmos musculares entre outras 
consequências. Pode ser isolado, em momentos específicos, quando uma pessoa 
manifesta um medo qualificado para: escuro, altura, animas, situações, o que indica 
que a pessoa conhece a sua causa, ou ainda, um medo constante e desconhecido, 
o que leva a quadros de ansiedade, como apresentado. 
 
Interagindo socialmente 
O ser humano é um ser gregário. Ou seja, desde a pré-história a 
sobrevivência foi garantida àqueles que sabiam ou preferiam pertencer a pequenos 
grupos sociais. Esses genes e essa preferência nos trouxeram aos dias de hoje com 
uma infinidade de possibilidades de relacionamentos, ou de relações com nossos 
semelhantes. 
 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
27 
 
 
encurtador.com.br/hjpy2 
Desde as relações mais próximas de vínculos afetivos e familiares, tais como 
as relações filiais, as de parentesco, as fraternas e as de vizinhança. Até as mais 
complexas, como as relações profissionais, legais ou políticas. 
Além disso, temos uma gama de relações entre entidades e empresas que 
tornam nosso dia a dia repleto de possibilidades de contatos positivos, como 
também uma chance para termos atritos e conflitos com outras pessoas e grupos. 
Para refletir 
 Somos seres autossuficientes? 
 Por que o número de solteiros e de pessoas que moram sozinhas 
aumentou recentemente? 
 A tecnologia tem favorecido termos contatos significativos com as 
outras pessoas? 
 As relações profissionais melhoraram nesse século XXI? 
Não podemos ter os melhores relacionamentos possíveis, mas podemos 
utilizar técnicas que nos aproximam de uma otimização dessas relações. Saber 
obter o melhor de cada pessoa, contato ou agenda e poder retribuir com 
cordialidade, contribuindo para que essas pessoas que interagem conosco recebam 
proporcionalmente atenção nossa é uma tarefa complexa e que exige, além de uma 
predisposição, algum tipo de experiência positiva aplicada. 
Para isso, podemos utilizar um pequeno roteiro, observem: 
 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
28 
 
Traçar pequenas metas para cada relacionamento: Algumas pessoas 
simplesmente não podem atender a todas nossas expectativas, enquanto outras 
possuem talentos que ainda não acessamos. 
 
Ter motivação constante: relacionamentos positivos não são sempre 
energizados, há momentos de distanciamento, de queda que contato, de falta de 
interesses. O mais importante é sempre se esforçar para manter os vínculos com as 
pessoas que podem contribuir conosco. 
 
Ter gratidão formal e explícita, pois o saber agradecer e principalmente 
retribuir torna os relacionamentos interpessoais saudáveis e duradouros. 
 
Destreza Interpessoal 
O que leva algumas a serem carismáticas? O que certas personalidades 
possuem que são tidas como magnéticas? Esse tipo de indagação expõe um 
importante elemento para o êxito nas relações interpessoais que iremos apresentar 
aqui. 
Há de fato algumas habilidades que, sendo agrupadas, favorecem com que 
você obtenha resultados favoráveis nas relações com outras pessoas. Sejam 
relacionamentos, atendimentos, ajudar mútua, entendimentos, vendas ou liderança, 
por exemplo. 
Vamos acompanhar mais esse tópico, que ao final, você identificará os 
componentes da destreza interpessoal e poderá incorporar tais conceitos no seu dia 
a dia pessoal ou profissional. 
Para que as destrezas Interpessoais possuam um campo para ser aplicada, 
vamos considerar inicialmente dimensões básicas de um relacionamento salutar 
entre duas ou mais pessoas. Observe a figura 08. 
 
 
 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
29 
 
Figura 08 – As bases para um relacionamento salutar. 
 
Fonte: adaptado de encurtador.com.br/ioqLR 
 
Em relação à cooperação, espera-se que um relacionamento interpessoal 
possa ser um instrumento de trocas constantes entre duas ou mais pessoas para 
que estas interajam e se auxiliem mutuamente. Relações desequilibradas e 
distorcidas são sufocantes e indesejadas. O ideal é que ambos possam contribuir 
com o outro dentro das suas habilidades e disposição com elementos que 
porventura sejam deficientes na outra pessoa. 
Quanto ao componente de interatividade, um relacionamento é desenvolvido 
e pleno, quando as partes possuem uma comunicação positiva e assertiva entre 
ambas. Que haja compreensão, entendimento e troca de experiências e informações 
que demonstrem um alinhamento de propósitos e interesses comuns. Afinal, não é 
desgastante a tentativa de interação com pessoas que possuem pontos de vistas 
muito diferentes, percepções distorcidas da realidade e interesses completamente 
diversos? 
Dessa forma chegamos ao terceiro e fundamental componente: o tempo em 
que tais relacionamentos interpessoais se desenrolam. O ideal é que sejam espaços 
de tempo mais dilatados, pois já sendo cumpridas as primeiras duas dimensões, que 
possam ser renovados os momentos de interatividade positiva. 
 
Cooperação
Interatividade
Durabilidade
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
30 
 
Por isso podemos identificar que relações interpessoais que perduram no 
tempo, com sua durabilidade, também possuem melhores oportunidades para uma 
demonstração das demais dimensões como aspecto de reforço. 
 
Ajudando Outras Pessoas 
Normalmente, gostamos de ser ajudados por outras pessoas. Desde simples 
tarefas até mesmo grandes favores pessoais. Contudo, já de posse de temas e 
conceitos sobre relacionamentos interpessoais, sabemos que deva haver um 
equilíbrio entre os pares para que os relacionamentos pessoais, profissionais ou 
sociais possam ser balanceados. 
 
 
Fonte: encurtador.com.br/bxLM5 
Nesse tópico vamos aprofundar sobre como podemos ajudar melhor outras 
pessoas e de como podemos monitorar os eventos em que somos ajudados. Mas 
primeiramente, partimos do pressuposto que exista uma necessidade a ser suprida e 
ao mesmo tempo, não existam as condições pessoais ou circunstâncias necessárias 
para tal. 
Para que o processo de ajuda ocorra com mais plenitude podemos observar 
um pequeno roteiro de análise. Tal roteiro pode ser aplica de forma antecipada para 
verificar se há condições mínimas necessárias para uma interação de ajuda mútua 
mais eficaz. São eles: 
 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
31 
 
a) Limites Pessoais: passando pelo autoconhecimento, é muito 
importante que a pessoa disposta a ajudar reconheça potenciais e deficiências que 
podem contribuir ou obstruir uma ajuda eficaz. 
 
b) Objetivos do relacionamento: misturar interesses, limites ou 
opções pessoais para ajudar não é uma maneira ideal de lidar com as necessidades 
dos outros. Há relações interpessoais que são apenas superficiais e cordiais e 
outras mais profundas e duradouras. Os níveis de auxílio tendem a ser diferentes 
nesses dois casos. 
 
c) Conhecer a outra parte: Tentar ajudar da forma que nós achamos 
ideal nem sempre é receita para o sucesso. É muito importante que se tenha mais 
informações sobre como podemos ajudar melhor as demais pessoas. Pense sempre 
sobre a máxima: peixe ou ensinar a pescar? 
 
d) Confiança: a outra parte precisa desenvolver um senso de 
confiança em você que ajuda. Sem essa imagem positiva, o processo de ajuda pode 
se perder e não acontecer propriamente. 
 
e) Comunicação eficaz: antes, durante e depois a comunicação deve 
acompanhar as ações, pois é uma atividade dinâmica que envolve percepções, 
emoções e crenças. Nada pode estar subentendido ou óbvio demais para não ser 
falado ou explicado. 
 
f) Metas da interação: A ajuda a outra
pessoa possui data, horário e 
porque, para não ficar indefinida e incompleta. Se o propósito identificado nas 
necessidades apresentadas foi alcançado, termina aí o processo como um todo. 
Senão cria-se uma dependência, o que não é salutar para ambas as partes. 
 
Até aqui já verificamos os principais temas e conceitos acerca dos 
relacionamentos interpessoais de uma maneira geral. Espero que estejam gostando. 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
32 
 
Na próxima unidade, veremos como os relacionamentos profissionais podem ser 
melhor compreendidos e conduzido por meio de um aprofundamento na 
complexidade de situações de conflitos interpessoais. Acompanhem! 
 
VÍNCULOS E METAS 
A Doença do CEO 
 
“Por falar em reinar do alto de um pedestal e desejar ser considerado perfeito, 
você não se surpreenderá ao saber que isso é muitas vezes chamado “doença do 
CEO”. Lee Iacocca foi um caso grave dessa enfermidade. 
Depois do sucesso inicial como chefão da Chrysler Motors, Iacocca se 
assemelhava muito aos meninos de quatro anos com mindset fixo. Continuou a 
produzir repetidamente os mesmos modelos de carros, com modificações apenas 
superficiais. Infelizmente, eram modelos que ninguém queria mais. Enquanto isso, 
as firmas japonesas estavam repensando completamente qual deveria ser a 
aparência dos automóveis e como deveriam funcionar. Sabemos o resultado disso: 
os carros japoneses rapidamente conquistaram o mercado. 
Os CEOs se veem constantemente diante dessa escolha. Deveriam olhar de 
frente suas deficiências ou criar um mundo em que não tenham nenhuma? Lee 
Iacocca escolheu a segunda opção. Cercou-se de adoradores, exilou os críticos e 
rapidamente perdeu o contato com o rumo que seu campo de atividade iria seguir. 
Tornou-se uma pessoa que já não aprendia. Nem todos, porém, pegam a doença 
dos CEOs. Muitos grandes líderes enfrentam regularmente suas deficiências. Ao 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
33 
 
refletir sobre seu extraordinário desempenho na Kimberly-Clark, Darwin Smith 
declarou: “Nunca deixei de tentar estar à altura de meu cargo”. 
Esses homens, assim como os estudantes de Hong Kong com mindset de 
crescimento, jamais deixaram de seguir o curso suplementar. Os CEOs enfrentam 
outro dilema. Podem preferir estratégias de curto prazo que aumentem o valor das 
ações da firma e façam com que pareçam heróis. Ou podem trabalhar em busca de 
aperfeiçoamento de longo prazo, arriscando-se à desaprovação de Wall Street ao 
lançar as bases para a saúde e o crescimento da empresa num prazo mais longo. 
Albert Dunlap, que confessava possuir mindset fixo, foi levado à firma Sunbeam para 
reorganizá-la. Preferiu a estratégia de curto prazo: aparecer como um herói para a 
Bolsa de Valores. As ações se valorizaram, mas a firma se esfacelou. Lou Gerstner, 
que afirmava ter mindset de crescimento, foi chamado para reformular a IBM. Ao 
dedicar-se à imensa tarefa de mudar a cultura e as políticas da empresa, os preços 
das ações estagnaram, e Wall Street torceu o nariz. Ele foi considerado um 
fracasso. Poucos anos depois, no entanto, a IBM voltou à liderança em seu campo 
de atividade. 
No mindset de crescimento, as pessoas não apenas buscam o desafio, mas 
prosperam com ele. Quanto maior o desafio, mais elas se desenvolvem. E em 
nenhum lugar isso pode ser visto com mais clareza do que no mundo dos esportes. 
Você pode observar as pessoas se desenvolverem e crescerem. ” 
Possivelmente os relacionamentos aos quais nos sujeitamos no dia a dia 
pessoal e profissional possuam ponderações acerca da natureza e quantidade de 
vínculos. 
Há interações que possuem alto grau de envolvimento e, por isso, demandam 
de nós um esforço maior, com um risco de desgaste e estresse, ou em outro ponto, 
com uma maior possibilidade de prazer e sucesso. 
Quanto mais profundos, duradouros forem nossos vínculos a um 
relacionamento interpessoal, sugerindo uma natureza de personalismo ou elevada 
carga emocional, tais como os relacionamentos afetivos, ou aqueles profissionais 
que estão diretamente relacionados com um grande número de habilidades e de 
competências. 
 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
34 
 
Por exemplo, um profissional, tido como mestre em sua arte, expõe ao crivo 
de outras pessoas toda sua competência, muitas vezes não tolerando quaisquer 
críticas ou alterações em suas propostas. 
 
 
Fonte: encurtador.com.br/pJP49 
Em outra dimensão, quanto mais vínculos existirem para situações de 
interação interpessoal, mais críticas serão, pois trazem uma carga e bagagem 
superiores aos que normalmente podem ser atribuídas. Tais como uma corrida de 
taxi, quando for para chegar a tempo para uma reunião, voo ou nascimento de um 
filho. Além das questões de segurança, de conforto e comodidade desse serviço de 
transporte, se somam as questões pessoais, afetivas, promessas feitas, imagem e 
medo de falhar, por exemplo. 
Dessa forma, os vínculos se apresentam como componentes críticos para 
uma avaliação da qualidade dos contatos e das relações interpessoais. Por 
intermédio deles é que podemos compreender as ações e reações das pessoas 
dentro de sistemas de desempenho. 
Assim, podemos chegar ao ponto de compreender como duas ou mais 
pessoas se vinculam enquanto interagem entre si. Podendo reconhecer situações de 
inferioridade, de dependência, de medo, de aversão, em um sentido de vínculos 
negativos. Ou de confiança, de aceitação, de mutualismo, ou de companheirismo, 
em função de vínculos positivos. 
Os vínculos podem ser desenvolvidos e ampliados ao longo do tempo de 
duração de um relacionamento interpessoal. Como por exemplo, há casos que os 
subordinados já reconhecem as reações dos seus superiores frente aos estímulos 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
35 
 
do ambiente. Isso é possível, pois os vínculos estão desenvolvidos e sendo 
utilizados para uma melhor interação humana entre esses personagens. 
 
Metas de Relacionamentos e Metas Pessoais 
Um termo muito utilizado, mas pouco compreendido no campo das relações 
de pessoais é a Meta. Ela tanto pode representar interesses futuros de 
relacionamentos, quanto a elementos a serem adquiridos ou situações a serem 
vivenciadas. 
Em nosso contexto de relacionamento interpessoal as metas vão ganhar um 
contorno mais nítido, pois vamos associar a sua concepção com os conteúdos de 
vínculos apresentados anteriormente. 
Assim, temos que um funcionário, pessoa, supervisor que pretenda aprimorar 
seus relacionamentos interpessoais poderá utilizar como roteiro o Quadro 1 aqui 
apresentado. 
 
Quadro 01 – Metas orientadas por vínculos. 
Reduzir o número de 
vínculos negativos 
Contatos conflitosos e 
problemas de 
relacionamento insolúveis 
Evitar contato ou reduzir 
tempo gasto em contatos 
desgastantes. 
Aumentar o número de 
vínculos positivos 
Contatos iniciais 
potenciais e interesses 
comuns. 
Aumentar o número de 
interações pessoais. 
Aumentar a frequência 
das interações pessoais. 
Melhorar situações de 
interação pessoal 
Contatos equilibrados e 
proveitosos. 
Dar novos significados e 
melhorar os vínculos 
atuais utilizados. 
Fonte: adaptado de Robbins (2002). 
 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
36 
 
De forma genérica uma pessoa poderá escolher de forma consciente qual 
meta ela pretende desenvolver para atingir seus objetivos pessoais e profissionais 
por intermédio dessas possibilidades acima descritas. 
Em outro aspecto, um líder de equipe ou profissional de mentoria profissional 
poderá auxiliar e direcionar as escolhas conscientes dos seus assistidos, como 
forma de melhorar a satisfação pessoal no trabalho, e, consequentemente, melhorar 
o desempenho profissional, tanto do indivíduo, quanto da equipe como um todo. 
 
O Poder das Relações Humanas 
As relações humanas possuem poder um ambíguo. De um lado está o poder
destrutivo ou poder negativo, o que depende a força e intenção dos seus 
protagonistas, capazes de inferiorizar, de controlar ou de punir as pessoas, entre 
outros exemplos. Ou ainda, podemos acabar com suas esperanças e anseios, 
apresentado um quadro de traumas, rancores e recalques. De outro, temos o poder 
construtivo, ou o poder positivo. Podemos ajudar uma pessoa a construir seu sonho, 
edificando sua personalidade e criando um talento. 
 
 
Fonte: encurtador.com.br/evwK2 
Nessa seção vamos tratar do poder que algumas relações possuem para o 
equilíbrio e a satisfação pessoal nas relações interpessoais. 
Você provavelmente poderá rapidamente se lembrar de pessoas que foram 
ou que são importantes na sua vida, pois deixaram impressões, ensinamentos, 
palavras, momentos de alegria, que poderão serem lembrados por muitos anos. 
Sejam amigos, pais, parentes, vizinhos, colegas de trabalho ou companheiros de 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
37 
 
relacionamento, pessoas marcam nossa existência aqui com significativa emoção 
que poderá mostrar que vale a pena a vida. 
Contudo, esses mesmos personagens poderão manifestar desequilíbrios tais, 
que sua dor interna contagia nossas expectativas, levando a quadros de desolação, 
tristeza e desencanto com essa mesma vida que deveria ser simples e leve. 
Ou seja, as relações humanas podem ser compreendidas como interações 
em que os poderes pessoais são exercidos quando são desequilibradas. Aquelas 
em que uma das pessoas esteja em condições perceptivelmente inferiores aos do 
seu interlocutor. 
 
Formas de Poder 
As pessoas podem interagir exercendo sua forma de poder por sobre as 
outras pessoas. Quando não se colocam lado a lado, como pessoas iguais, elas são 
compelidas por situações e contextos a interferirem intencionalmente na vontade ou 
forma de pensamento das suas relações. 
 
 
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/438538082455395480/ 
Seja qualquer papel social envolvido, as pessoas podem utilizar cinco tipos de 
poder para exercer sua vontade sobre outras pessoas. Seja um emprego positivo, 
ou ainda negativo. Vejamos. 
 
Poder da Posição: Esse poder é marcado pela condição social e econômica 
de uma pessoa. Sua representação e sua imagem perante outras pessoas. 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
38 
 
 
Poder da Personalidade: algumas pessoas são carismáticas, são animadas 
e possuem capacidade superior de se conectarem e de comunicarem com outras. 
 
Poder do Conhecimento: vivemos hoje na Era do Conhecimento e, por isso, 
pessoas com notório saber, ou especialistas conseguem conduzir o interesse e as 
opiniões de outras pessoas. 
 
Poder do Posto: é o poder que advém do cargo que uma pessoa ocupe em 
uma hierarquia. Seja no poder público, no poder simbólico (religiões) ou dentro das 
empresas. 
 
Poder da Moral: os valores, a crença a temperança e as atitudes de outras 
pessoas também são formas delas se sobreporem às demais, seja de forma positiva 
ou negativa. 
 
A Crítica 
Em uma situação extrema dentro de uma relação interpessoal é o momento 
de um feedback. Normalmente é um momento muito rico em aprendizado e 
crescimento pessoal, mas que por várias razões ele não é muito bem aproveitado. 
Seja por falta de preparo da pessoa, que deve efetuar esse feedback, por causa do 
seu posto, ou de outra forma de poder que exerça. Sejam por razões pessoais da 
pessoa que recebe essa crítica sobre seu trabalho, atividade ou características. 
 
 
Fonte: https://www.jrmcoaching.com.br/blog/pare-de-julgar-as-pessoas/ 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
39 
 
Após essa seção, você será capaz de reconhecer a importância de um 
feedback (retorno) e de possíveis falhas que devem ser evitadas para um melhor 
aproveitamento desse momento. Acompanhe. 
Primeiramente vamos apresentar a origem da palavra Crítica. Sua etimologia 
vem do verbo grego Krinein que se refere “separar para distinguir”. Ou seja, a 
própria atividade da crítica é para “desconstruir” e separar em partes menores e 
compreendidas para se poder emitir qualquer opinião com embasamento e 
conhecimento de causa. 
No campo profissional, encontramos o momento da apresentação de uma 
crítica que procurará expor os resultados ou a própria pessoa a detalhes que dentro 
de um conjunto poderiam passar despercebidos. Esse esforço serve para que haja 
reconhecimento dessas características indesejáveis para que elas possam ser 
corrigidas e mitigadas. 
Contudo, como esse esforço é para o crescimento da pessoa e dos seus 
resultados funcionais. Ela é tida como positiva e favorável, desde que alguns 
cuidados abaixo possam ser observados. 
 
Quadro 2 – Efetuando feed-backs positivos. 
Selecionar o objetivo e 
permanecer dentro dos seus 
limites, não trazendo outro 
assunto ou fato não pertinente. 
Utilizar um tema inicial para 
extrapolar a crítica, levando o 
assunto para outras áreas e 
renovando antigos fatos. 
Os feedbacks devem ser dados 
sempre em condição privada. 
Na frente de outras pessoas, 
com exposição pública dos 
assuntos. 
Preocupar-se com o momento da 
pessoa que irá receber e 
adequar muito a linguagem 
utilizada. 
Humilhar e menosprezar o 
receptor durante o retorno, 
desestabilizando sua postura e 
conduta. 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
40 
 
Não elevar a voz, não fazer 
gestos exagerados, não utilizar 
palavras vagas e expressões 
dúbias. 
Ter a chance de se impor, de 
constranger o seu interlocutor 
com uma carga de emoções, tais 
como indignação, revolta, raiva 
ou rancor. 
Para cada ponto considerado 
inadequado, apresentar uma 
característica positiva 
relacionada. 
“Tocar o dedo na ferida” 
apresentando e exagerando 
apenas nos aspectos negativos. 
Fonte: Adaptado Robbins (2002). 
 
Além disso, há também questões pessoais, que levam a pessoa que recebe 
uma crítica, a terem reações emocionais negativas. Seja por despreparo de pessoas 
que anteriormente fizeram isso, sejam por vaidade ou orgulho. Poucas pessoas tem 
a humildade necessária para reconhecer pontos a serem melhorados. Infelizmente. 
 
Do Bullying ao Assédio Moral 
Uma das recentes preocupações no campo da educação de crianças e jovens 
é a prática de perseguições morais classificadas hoje em dia como bulllying. Essa 
perseguição sistemática e frequente, com ofensas pessoais, psicológicas e morais, 
feitas por um grupo de pessoas, ou isoladamente a outra pessoa mais fragilizada 
pode chegar até as agressões físicas. 
 
Para saber Mais: 
O QUE É BULLYING? 
Bullying é uma palavra que se originou na língua inglesa. “Bully” significa 
“valentão”, e o sufixo “ing” representa uma ação contínua. A palavra bullying designa 
um quadro de agressões contínuas, repetitivas, com características 
de perseguição do agressor contra a vítima, não podendo caracterizar uma 
agressão isolada, resultante de uma briga. 
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As agressões podem ser de ordem verbal, física e psicológica, comumente 
acontecendo as três ao mesmo tempo. As vítimas são intimidadas, expostas e 
ridicularizadas. São chamadas por apelidos vexatórios e sofrem variados quadros de 
agressão com base em suas características físicas, seus hábitos, sua sexualidade e 
sua maneira de ser. 
Esse tipo de conduta negativa e desagradável possui causas reconhecidas 
para os que praticam, mas também possui graves consequências para aqueles que 
são vítimas desse tipo de comportamento. 
Sendo um tipo de atividade mais comum no meio escolar, mas que também 
pode ocorrer dentro de casa ou nos grupos de vizinhança de crianças e jovens, essa 
prática deve ser alvo de constantes monitoramentos e intervenções para que não 
cresça e avance para estágios mais violentos. 
Tudo isso, porque é exatamente nessa fase que a personalidade está sendo 
formada ou iniciando sua manifestação e medos, traumas e rancores
poderão 
acarretar problemas pessoais difíceis de serem solucionados do ponto de vista 
psicológico, para esse indivíduo quando chegar na fase adulta. 
Já o assédio moral, esse está mais relacionado com uma interação desigual 
e desequilibrada entre adultos, cujo ente assediado se sente vítima de uma pressão 
psicológica superior às situações de conflito. 
 
 
Fonte: https://www.contabeis.com.br/noticias/38729/ 
 
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Seja por ameaças verbais, chantagem, críticas pessoais, ofensas, 
xingamentos ou outro tipo de exposição vexatória e temerária por parte de um ente 
assediador, esse tipo de interação interpessoal negativa está muito presente no 
campo profissional, exercida por superiores despreparados ou desequilibrados. 
Ao que parece, nessas duas práticas citadas, que são análogas entre si, 
mudando apenas o contexto em que são verificadas. Porém, ambas são muito 
nocivas para o bem-estar do indivíduo, pois causam reações psicológicas 
irreversíveis em alguns casos. 
 
A Economia Emocional 
Algumas coisas nos parecem valiosas apenas no exato momento em que são 
perdidas. Situações passageiras, momentos felizes, realizações por menores que 
sejam, possivelmente não voltem mais. Pessoas importantes, cargos profissionais, 
ou relacionamentos podem ser menosprezados enquanto presentes e constantes, 
mas no instante em que não podemos mais ter acesso a isso, possivelmente 
podemos dar créditos e valor para tais. Tudo isso afeta diretamente nossa 
capacidade de refletir sobre o que possui valor em nossa vida e, ao mesmo tempo, 
dificulta nossa relação com o que possui valor econômico. 
 
Fonte: encurtador.com.br/cdsPT 
 
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Mas de outra forma, temos também a chance de sermos gratos, de 
demonstrar apreço e valor por coisas importantes e fundamentais que possam nos 
cercar. Utilizar valores como o bom senso, a capacidade de agradecer, de saber 
ouvir, de respeitar, de apoiar, ou outros temas que demonstrem uma inteligência 
emocional superior e aplicada aos nossos semelhantes. 
Assim, a economia emocional passa por uma questão de comportamento 
das pessoas que reflete rapidamente nas suas decisões de buscar, manter e 
despojar bens e valores financeiros. Há associações claras que pessoas 
desequilibradas emocionalmente possuem reflexos negativos na sua conduta e 
relações com bens de valor. 
De outra forma como no campo das relações financeiras e econômicas, 
produzir em abundância, trocar sentimentos positivos e sinceros, acumular riquezas 
da alma e investir em relacionamentos saudáveis são temas para uma apropriação 
muito difundida atualmente. 
Possivelmente não podemos ter desenvolvidas todas as características 
necessárias para articular uma economia emocional plena. Porém com a prática 
diária de suas três bases de sustentação, podemos aprimorar no dia a dia tal 
conceito. 
Seria muito complexa uma verificação dessa articulação da inteligência 
emocional em função de relacionamentos alinhados à econômica emocional sem 
uma verificação de: (i) saber ouvir; (ii) empatia e (iii) assertividade. 
Saber ouvir: além de prestar a atenção à pessoa com quem estamos falando 
o saber ouvir envolve uma captura completa de gestos, sons, palavras, emoções 
que são apresentadas para nós. Sabe ouvir melhor que primeiro registra, para 
depois apresentar qualquer resposta. 
Empatia: a habilidade de se colocar no lugar de outra pessoa sem qualquer 
intuito negativo é fundamental para equilíbrio nas relações interpessoais. 
Assertividade: muito antes de ser equivocadamente relacionada com a 
capacidade de “acertar” é a habilidade pessoal de ser coerente, de dizer o que 
pensa e quer com franqueza e habilidade. 
 
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Instinto Altruísta 
Por que hoje em dia ajudar a uma pessoa é sinal de fragilidade? Por que 
algumas pessoas não consideram atividades sociais e de cunho filantrópico com 
sendo uma atividade necessária para si e para suas famílias? 
Nesse pequeno contexto, em que estamos verificando uma modificação de 
mentalidade em favor do benefício de todos, temos a consolidação do 
comportamento altruísta como sendo um comportamento esperado e desenvolvido 
para esse século. 
 
 
Fonte: https://www.cm-moimenta.pt/frontoffice/pages/38?news_id=739 
 
Desde o Iluminismo, doutrina filosófica que contribuiu para emancipação do 
intelecto humano, a ajuda ao próximo em um instinto altruísta passou a ser 
considerada uma virtude. Muito relacionado com a Ética dos filósofos gregos, o 
Altruísmo assegura que haja uma busca por equilíbrio nas relações interpessoais 
muito além de um simples ato de caridade, pois, procura reestabelecer pré-
condições de igualdade entre os seres, com dignidade e respeito. 
Parece ser inata ao ser humano uma interação social de ajuda mútua, de 
complementaridade das ações, buscando sempre superar obstáculos e perigos 
comuns a todos. 
A sinergia de equipe é obtida com a participação e envolvimento de todos em 
um compromisso de “doar” aos nossos pares e semelhantes, muito da nossa 
capacidade e energia. 
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Dessa forma, hoje, no campo do trabalho e das atividades humanas, ganha 
melhores condições, aqueles indivíduos que conseguem contribuir com o 
desempenho dos seus colegas de equipe, praticando o verbo cooperar ou invés da 
ação de competir. 
Para saber mais: 
Fundamentos Naturais da Bondade: A evolução do altruísmo 
Marina Prieto Afonso Lencastre 
A cooperação é um fenómeno corrente no mundo animal que só 
recentemente encontrou uma explicação biológica satisfatória. Contradizendo 
aparentemente a ideia darwiniana de competição egoísta por recursos alimentares e 
sexuais, a cooperação e o «altruísmo» biológico, genericamente definido como o 
sacrifício de um animal em favor de outros, coloca um sério dilema à biologia: como 
pode ser evolutivamente adaptativo sacrificar-se em favor de outros e assim correr o 
risco de condenar o seu próprio potencial reprodutivo? O trabalho moderno sobre 
cooperação e “altruísmo» resolveu esta questão através da introdução em 1963 por 
W.D.Hamilton do conceito de vantagem inclusiva. 
Este autor, que está na origem não só da investigação contemporânea sobre 
cooperação e “altruísmo», como também da ecologia comportamental e da 
sociobiologia, argumentava que os comportamentos cooperativos e altruístas tinham 
evoluído com mais probabilidade entre animais aparentados do que entre animais 
sem parentesco. Os parentes partilham mais genes semelhantes do que os não 
aparentados, o que significa que uma ação beneficiando um parente reverte a favor 
do altruísta, na medida em que as chances de reprodução dos genes comuns foram 
aumentadas pelo ato altruísta. Assim, o “altruísmo» biológico consiste num egoísmo 
genético. 
A teoria de Hamilton baseia-se numa modelo matemático complexo que prevê 
que a cooperação deverá ser mais frequente entre animais aparentados do que 
entre os não aparentados, e que o grau de “altruísmo» dependerá do grau de 
parentesco genético. A sua teoria, associada ao trabalho de E.O.Wilson sobre os 
insectos sociais, forneceram um contexto muito favorável para o desenvolvimento da 
sociobiologia e das suas hipóteses sobre a origem filogenética do “altruísmo». 
 
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Conexões Saudáveis 
Dentro de uma relação interpessoal nem sempre tempo o absoluto controle 
de nossas emoções. Há momentos em que ocorrem perdas eficácia na 
comunicação, em discussões paralelas e improdutivas, ou em ressurgimento de 
antigas situações que pareciam superadas. 
Momentos assim podem ser desencadeados por diversos motivos e não 
possuem uma solução unificada e, com certeza, unilateral. Ou seja, que dependa 
apenas uma das pessoas dentro dessa situação de conflito.
Fonte: http://www.infinitypiracicaba.com.br/treinamentos-funcionais 
Nessa seção, vamos tratar de temas que podem favorecer uma busca por 
relações mais harmoniosas, consideradas aqui como conexões saudáveis. 
Uma conexão saudável sugere que uma ou mais pessoas estão alinhadas 
com o proposito de vida de cada um, compartilhando os mesmos mapas mentais e 
reconhecendo os valores e deficiências pessoais para cada situação adversa. 
Nem sempre estamos motivados, dispostos ou com tempo suficiente para 
atuar com plenitude em nosso ambiente profissional e social. Mas a ajuda mútua, o 
apoio e a comunicação eficaz, contribuem para que as interações imperfeitas sejam 
atenuadas ou então corrigidas. 
Porém, um grande desafio dessas relações está justamente na tentativa de 
regulação ou de controle das emoções das outras pessoas envolvidas. Existem 
dezenas de indicações sobre como nós podemos reconhecer e controlar nossas 
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emoções. Porém, quando se trata das demais pessoas essa tarefa parece 
complexa. 
Dessa forma indica-se que um líder, coordenador ou gerente consegue 
controlar vários componentes do seu trabalho, porém ele não consegue controlar o 
humor dos seus subordinados. Poderá até interferir, positivamente ou 
negativamente, porém determinar o estado de espírito da sua equipe é uma tarefa 
improvável de execução. 
Veja alguns temas para reequilíbrio de conexões de trabalho desequilibradas: 
Analise o estado emocional: o que pessoas sentem, refletem no seu 
desempenho de trabalho. Há causas emocionais para estados de silêncio, de 
abatimento, de cansaço ou de exaltação. 
 
Aguçar os sentidos: possivelmente alguns sinais de desequilíbrio sejam 
sutis demais para serem captados em um primeiro momento. 
 
Acredite na intuição: a experiência é importante, porém há sugestões sobre 
causas e reações que são percebidas num primeiro momento. 
 
Despressurização: retire a pessoa de situações de conflito, afastando 
agenda, problemas e fontes de desconforto. Isso ajuda a pensar com mais clareza 
em soluções. 
 
Ofereça Pequenas Recompensas: para que ocorra o equilíbrio, 
possivelmente horas de folga, cafés, almoços, reconhecimentos, agradecimentos 
são uteis para encorajamento das pessoas num ambiente de trabalho. 
 
Reorganize os Assuntos: mudar o tom, a fala ou os assuntos pode contribuir 
para redução de conflitos ou evitar que cresçam. Inverter uma agenda pode 
favorecer a calma e a confiança. 
 
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Consequência Social 
Ninguém está isolado em seu próprio continente de emoções e reações. 
Estamos interligados, sejam em relações conscientes e intencionais com algumas 
pessoas, que representam papeis fundamentais em nossa vida, como também a 
outras, um tanto desconhecidas, mas que também afetam nosso dia a dia. 
Por causa disso, nossas reações a fatos, clima, situações e estímulos do 
ambiente que nos cerca poderá afetar, da mesma forma, as pessoas que estão 
próximas a nós, nessa caminhada diária, como também outras que também não 
conhecemos ou nos relacionamos intencionalmente. 
Para as ações positivas ou negativas dos indivíduos em meio ao tecido social, 
ocorrem consequências sociais favoráveis ou adversas, o que depende da 
frequência e intensidade com que ocorrem tais interações. 
Dessa forma, para uma interação interpessoal consciente é necessário que 
pelo menos um dos atores possua a percepção das consequências dos seus atos 
para com as demais pessoas. 
Uma pequena técnica, reconhecida e atribuída à ética de Sócrates (sem 
correspondente textual), é o uso de filtros para pautar o comportamento ideal de 
uma pessoa. Sucessivamente, um agente poderá de forma antecipada, perceber as 
consequências de seu ato, aplicando esses crivos de razão. Vejamos. 
 
Figura 9 – Os crivos da Razão 
 
Fonte: adaptado de http://www.filosofia.seed.pr.gov.br/ 
Na figura acima, para que algo seja aceitável de se propor ou fazer deverá 
simultaneamente receber “SIM” como respostas para esses três questionamentos. 
Vai me 
Ajudar?
Vai ajudar a 
outras 
Pessoas?
É ético?
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Algo deverá ser afastado ou abortado se por acaso, não for bom para uma pessoa, 
não promover o bem de outra pessoa ou ao mesmo tempo ser alguma coisa 
antiética. 
Com essa seção encerramos a terceira unidade do nosso conteúdo. Espero 
que estejam gostando e verificando rapidamente a sua aplicabilidade para seu 
campo profissional e formação. Acompanhe agora a nossa quarta unidade que 
aprofundará em temas e conceitos mais relacionados com a apresentação e 
divulgação de uma mentalidade profissional melhor e mais equilibrada. Acompanhe! 
 
MARKETING PESSOAL 
Quando vemos uma cena de sepultamento em um filme norte americano, 
normalmente os personagens, todos, estão trajando roupas escuras e pretas. 
Quando vemos um palhaço no picadeiro ele está com roupas coloridas e alegres. 
Não poderíamos acreditar em um advogado que estivesse trajando roupas casuais 
em seu trabalho. Ou um médico que não se apresentasse com seu jaleco branco. 
Qual é a relação entre a imagem profissional e alguns indícios de qualidade? 
Como se pode influenciar pessoas a aceitar uma ideia, por meio da comunicação e 
da persuasão? Será que a gente “compra” uma celebridade? Esses temas serão 
aqui tratados dentro dessa unidade final do nosso conteúdo. Aproveitem! 
 
A EMBALAGEM DE CINDERELLA 
 
Fonte: encurtador.com.br/dhsBO 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E MARKETING PESSOAL 
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 “Quando já não havia ninguém em casa, a Gata Borralheira foi junto ao 
túmulo da mãe, debaixo da oliveira, e gritou: 
 
- Arvorezinha. Toca a abanar e a sacudir. Atira ouro e prata para eu me vestir. 
 
A pomba que lhe tinha oferecido ajuda, apareceu sobre um ramo e, estendendo as 
asas, transformou os seus farrapos num lindíssimo vestido de baile e os seus 
tamancos em luxuosos sapatos bordados a ouro e prata. 
 
Quando entrou no salão de baile, todos os presentes se admiraram perante tamanha 
beleza. Mas as mais surpreendidas foram as duas filhas da madrasta que estavam 
convencidas que seriam as mais belas da festa. Porém, nem elas, nem a madrasta 
ou o pai reconheceram a Gata Borralheira. 
 
O príncipe ficou fascinado ao vê-la. Tomou-a pela mão e os dois começaram o baile. 
Durante toda a noite esteve ao seu lado e não permitiu que mais ninguém dançasse 
com ela. ” 
Fonte: https://www.grimmstories.com/pt/grimm_contos/a_gata_borralheira_cinderela 
 
Se a aparência externa fosse exatamente como é a essência de tudo, a 
ciência nos seria desnecessária. Há pessoas com dons maravilhosos, verdadeiros 
talentos enterrados à espera de uma simples devolução sem o devido emprego ou 
uso. 
Muito antes de trazer uma imagem falsa do que o era, a personagem dessa 
história precisava ir ao encontro do seu destino. Uma força interior a impulsionava 
ao seu futuro, muito mais do que uma simples questão de justiça. Mas ela precisava 
aparentar isso. Se apresentar como pronta. Estar adequada à situação. 
Não eram apenas suas roupas, era uma simples manifestação do seu interior 
que externava sua condição interna de merecedora e capaz. 
Para compreender melhor, não apenas esse fenômeno de adequação de 
imagem pessoal, mas elementos que ocorrem diariamente com profissionais e seus 
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ofícios, vamos aprofundar no que seja Marketing Pessoal, que segundo Vaz 
(2003), é uma técnica de associar ao desempenho profissional, técnicas 
institucionais para apresentação aos diversos públicos de contato e interação. 
Nessa unidade veremos como os conceitos e técnicas de marketing podem 
favorecer a evidência de competências pessoais para atividades de interação social 
e êxito nas relações interpessoais. Acompanhe! 
 
4.1 Autoconhecimento e Planejamento 
Primeiramente

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