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Aminoácidos: Estrutura e Funções

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BIOQUÍMICA
AMINOÁCIDOS
Os aminoácidos são as unidades formadoras de proteínas e possuem diversas outras funções. Por definição os aminoácidos são monômeros que se associam formando peptídeos e proteínas. Eles também possuem funções quando isolados. São 20 os aminoácidos naturais (são os únicos aminoácidos codificados pelo DNA) e alguns desses aminoácidos podem sofrer modificações depois de prontos, um exemplo é a prolina, ela pode virar hidroxiprolina, ela recebe uma hidroxila depois de pronta. 
Funções:
Construção de novos tecidos no corpo, como nos músculos, unhas ou órgãos;
Inibição do catabolismo, o que previne o uso de massa magra como fonte de energia;
Precursor da síntese hormonal e uma série de processos metabólicos corporais (tirosina, por exemplo, precursor pra síntese de hormônio da tireoide, a adrenalina e a noradrenalina);
Atuar como matéria prima na construção de proteínas no corpo (função estrutural).
Neurotransmissores no sistema nervoso central (glicina e glutamato);
Estrutura do aminoácido
Cada aminoácido apresenta um grupo carboxila, um grupo amino primário (exceto a prolina) e uma cadeia lateral que o distingue dos demais (o grupo R) ligando ao átomo de carbono alfa. 
Propriedades ópticas dos aminoácidos
O carbono alfa de cada aminoácido está ligado a quatro grupos químicos diferentes e portanto, é um átomo de carbono quiral, o opticamente ativo. A glicina é a exceção pois seu carbono alfa apresenta dois átomos de hidrogênio como substituintes e, assim, é opticamente inativa. Os aminoácidos que apresentam um centro assimétrico em seu carbono alfa podem existir em duas formas, designadas D e L, que são imagens especulares uma da outra, ou seja, são estereoisômeros.
O ácido carboxílico voltado para cima, a cadeia lateral embaixo e o grupamento amina do lado. Essa outra disposição é quando você avalia o posicionamento dos átomos no espaço.
Quando a hidroxila está na esquerda ela é L, e quando está na direita é D. 
Todos os aminoácidos que são sintetizados no nosso corpo que compõem as proteínas apresentam configuração L. Os D-aminoácidos estão presentes principalmente em microrganismos, mas também em antibióticos e em paredes celulares de plantas e bactérias. Isso é bom, pois assim você pode combater a bactéria sem combater suas próprias estruturas proteicas.
Tampão
O sistema de tampão é feito por um ácido fraco e sua base conjugada. Serve para atenuar uma modificação brusca de PH.
Exemplo: ácido acético e acetato
A medida que se tem a adição de hidroxilas o PH começa a subir, só que pela presença do ácido acético, ele vai começar a liberar seu H+ para impedir que essa oscilação de PH seja rápida demais. Os aminoácidos também podem atuar como tampões.
A região rosa é a região a qual eu tenho a maior adição de hidroxilas, com a menor variação do PH, ou seja, é a região ótima de tamponamento. Os aminoácidos também podem atuar como tampões, eles também desempenham papel de ácidos fracos e bases conjugadas. O ácido acético só tem uma região ótima de tamponamento, os aminoácidos podem ter duas ou até três regiões ótimas de tamponamento, então é como se ele fosse mais eficiente ainda.
Onde está essa propriedade de tampão do aminoácido? No grupamento ácido carboxílico e no grupamento amina. É por isso que eu posso representar esse grupo amina com a carga positiva e o grupamento ácido carboxílico com a carga negativa, porque eu estou considerando que o meu grupamento ácido carboxílico pode estar na forma protonada (COOH) ou desprotonada (COO-). A medida em que se perde o próton eu vou estar pronando o meio, se tampona o meio. Cada grupamento tem seu próprio pK, que representa o momento em que eu tenho concentrações iguais da forma protonada e desprotonada. Para a amina é o mesmo raciocínio, mas aqui a variação é entre NH3 e NH2.
Resumindo: os grupamentos funcionais ácido carboxílico e a amina vão servir para o aminoácido como tampões biológicos, ou seja, atuam como ácidos fracos liberando os seus hidrogênios.
Via de regra a gente tem quatro ligações diferentes para os carbonos centrais do aminoácido, acontece que, para o aminoácido GLICINA, a cadeia lateral R também é um hidrogênio, é o menor de todos os aminoácidos.
De acordo com a cadeia lateral é possível categorizar a natureza do aminoácido. Há cadeias que tem natureza apolar (de ácido graxo, com apenas carbonos e hidrogênios).
Curva de titulação da glicina com dois pontos ótimos de tamponamento. A medida que se adiciona hidroxilas o PH começa a subir, a medida que o PH sobe qual é a região que começa a ser desprotonada? Ácido carboxílico. No meu corpo, no PH de 7,4 qual é a forma predominante, protonada ou desprotonada? Predomínio de amina protonada e ácido carboxílico desprotonado. 
Quando eu tiver uma proteína sendo formada o grupamento lateral não vai estar envolvida na ligação para formar a proteína, o que vai determinar a solubilidade da proteína no meio vai ser o grupamento lateral. A carga final de um aminoácido estará sempre relacionada ao seu grupamento R porque a amina e a carboxila estarão envolvidas com a ligação peptídica (com exceção das terminais). 
Os aminoácidos se juntam para formar proteínas por meio de ligações peptídicas, junta o ácido carboxílico de um com a amina de outro, essa reação química ocorre com a liberação de água – é uma reação de condensação. Quando estão unidos os grupamentos ácido carboxílico e amina não podem atuar como tampões, mas se as cadeias laterais forem do tipo polar, as proteínas podem atuar como tampões, ou seja, elas podem liberar prótons ou receber prótons do meio. 
Aplicação desse conhecimento: ANEMIA FALCIFORME
Embora os aminoácidos estejam unidos alinhados, no final a cadeia se dobra. Os aminoácidos de dentro são apolares e as de fora são polares.
Doença caracterizada pela forma de foice dos eritrócitos. Resultante da substituição de um glutamato (grupo R polar) por uma valina (grupo R apolar) na posição 6 da subunidade β da hemoglobina. Se a proteína perde sua forma ela perde sua função.
Quando eu tenho substituições de aminoácidos dentro do mesmo grupo (não carregados, carregados positivamente, carregados negativamente), isso não compromete a função da proteína. 
PEPTÍDEOS 
Polímeros de aminoácidos unidos por ligações peptídicas.
“Tamanho e importância” de um peptídeo não são variáveis diretamente relacionadas”. 
O número de ligações peptídicas é o número de aminoácidos – 1.
Há uma porção aminoterminal e uma porção carboxiterminal. 
LIGAÇÕES DISSULFETO
A cadeia lateral da cisteína contém um grupo sulfidrila, componente importante do sítio ativo de muitas enzimas. Nas proteínas, os grupos (-SH) de duas cisteínas podem oxidar-se e formar uma ligação cruzada chamada de ponte dissulfeto.
A junção de duas cisteínas se oxida (liberando hidrogênio) e forma pontes dissulfeto. A insulina tem pontes dissulfeto. Ela é importante também pra abertura das imunoglobulinas. 
PROTEÍNAS
A complexidade da estrutura proteica é melhor analisada considerando-se a molécula em termos de 4 níveis de organização, denominados primário, secundário, terciário e quaternário.
Proteína é forma e função, se perder sua forma, perde sua função
Estrutura primária
É a sequência de aminoácidos em uma proteína. A compreensão da estrutura primária é importante porque algumas doenças (anemia falciforme, por exemplo), podem acontecer em função de uma sequência anormal de aminoácidos (substituição de um glutamato por uma valina, por exemplo, na anemia falciforme). Se as estruturas primárias normais e mutantes forem conhecidas, essas informações poderão ser utilizadas para diagnosticar ou estudar a doença. A partir do projeto genoma já foi possível mapear vários genes que são responsáveis por codificar diversas proteínas no corpo.
Clivagem de polipeptídio em fragmentos menores. É um método para identificar a sequência linear da proteína.
Existe um reagente que vai se ligar no aminoácido aminoterminal da proteína, quando ele se liga no aminoácido,a própria ligação do reagente gera uma instabilidade na ligação peptídica então os aminoácidos vizinhos se soltam com mais facilidade. Quando ele se solta é possível identificar ele. 
Alguns aminoácidos sofrem modificações pós traducionais. Ou seja, uma vez prontos a estrutura da proteína pode se modificar. O colágeno, por exemplo, os aminoácidos prolina e lisa, viram hidroxilisina e hidroxiprolina, é provocada com a ajuda do ácido ascórbico... essa modificação é pós traducional. 
Uma sequência proteica pode também ser deduzida da sequência nucleotídica de seu gene correspondente no DNA.
Na proteína pronta se esse aminiácido sofreu uma modificação póstraducional só será possível perceber na proteína pronta a partir do DNA. 
Estrutura secundária
O esqueleto polipeptídico não assume uma estrutura tridimensional aleatória. Geralmente formam arranjos regulares entre os aminoácidos próximos na sequência linear. 	
A estrutura de alfa hélice se da pela ligação de três ou quatro aminoácidos próximos na cadeia linear.
Tipos de estrutura secundárias mais comuns: hélice α, conformação (folha) β e volta β.
Quando um padrão regular não é observado, é chamado de indefinido ou espiral aleatória.
O que forma a estrutura secundária é a interação entre os aminoácidos próximos da cadeia peptídica. 
Hélice α 
Estrutura helicoidal com esqueleto polipeptídico central, espiralado e bem compacto com as cadeias laterais estendendo-se para fora do eixo central. A cada volta os aminoácidos estão interagindo por ligações de hidrogênio que estabiliza a estrutura.
As cadeias laterais dos aminoácidos se estendem pra fora da estrutura, quem faz as pontes de hidrogênio, são os hidrogênios e oxigênios envolvidos no grupamento amina e no grupamento do ácido carboxílico. Por não ser uma ligação covalente se rompe com mais facilidade. Uma variação brusca do PH no meio pode alterar a forma das proteínas, perdendo sua função. 
Exs. de aminoácidos “que quebram” a formação de α hélices: prolina e glicina. 
A glicina é incompatível com a alfa hélice pois sua cadeia lateral também é um hidrogênio. Pelo fato de ser um aminoácido muito pequeno na hora de fazer a volta ele quebra toda a sequência.
A prolina tem um cadeia fechada que não é um anel aromático e que tá envolvendo o grupamento amina, assim não consegue fazer a alfa hélice.
Folha β
As cadeias polipeptídicas estão dispostas na forma de zigue-zague. Neste arranjo as ligações de hidrogênio são formadas entre os segmentos adjacentes da cadeia polipeptídica.
Voltas β
As curvaturas β revertem a direção da cadeia polipeptídica auxiliando na formação da estrutura globular compacta. Normalmente contém resíduos carregados e são encontradas na superfície da molécula. Vai estar juntando duas estruturas secundárias. Ajudam a mudar a direção da cadeia. Geralmente quem faz a volta B são os aminoácidos que quebram a alfa hélice (glicina, prolina).
Resumindo a estrutura secundária: interação entre aminoácidos próximos da cadeia polipeptídica. Os padrões encontrados: alfa hélice, folha beta e volta beta. O que faz a estabilidade da alfa hélice e da folha beta são as ligações de hidrogênio entre os aminoácidos. A volta B tem como função ser um trecho conector, juntando estruturas secundárias (alfa hélice, etc)
Estrutura terciária
A estrutura primária de uma cadeia polipeptídica determina sua estrutura terciária, pois quando se determina a estrutura primária se imagina que ela determinará a estrutura final da proteína. Em proteínas globulares, cadeias laterais hidrofóbicas são posicionadas no interior, enquanto os grupos hidrofílicos geralmente são encontrados na superfície da molécula. A estrutura terciária nada mais é que o dobramento final da proteína com base na interação que os aminoácidos que estão inclusive distantes na cadeia polipeptídica. 
Domínio: uma parte da estrutura terciária que desempenha um papel fixo, exclusivo, chama-se de domínio. São as unidades funcionais fundamentais com estrutura tridimensional em um polipeptídeo. Cadeias com mais de 200 aas geralmente apresentam 2 ou mais domínios. Exemplo: domínio extracelular, domínio transmembrana, etc.
Interações que estabilizam a estrutura terciária:
Pontes dissulfeto
Interações hidrofóbicas
Ligações de hidrogênio
Interações iônicas
 
As setas representam a folha beta, porque mostra a direção da sequência da cadeia.
A desnaturação de uma proteína é quando você tem a perda da sua forma ativa, da sua conformação. O papel do ácido clorídrico no papel de digestão no nosso estômago é ajudar na desnaturação, ele não rompe as ligações peptídicas, apenas faz perder toda a estrutura secundária e terciária da proteína.
Dobramento proteico 
Desnaturação de proteínas: desdobramento e desorganização das estruturas secundárias e terciárias, sem que ocorra a hidrólise das ligações peptídicas. 
Algumas proteínas conseguem reassumir sua forma original, mas algumas não conseguem voltar a sua forma ativa. Exemplo: albumina não consegue voltar a sua forma ativa (ovo quando esquenta a clara).
O papel das chaperonas:
- Manter a proteína desdobrada até que sua síntese esteja terminada;
- Aumentar a velocidade dos estágios finais no processo de dobramento
- Proteger a proteína durante o dobramento para que as regiões expostas não formem interações infrutíferas, ou seja, ligações que comprometam a funcionalidade final da proteína.
Ex.: 200 a 460 kJ/mol são necessários para quebrar uma ligação covalente simples. Interações fracas podem ser rompidas com 4 a 30 kJ/mol. 
Estrutura quaternária
Duas ou mais cadeias de estruturas terciárias que interagem entre si através de interações fracas. Algumas proteínas contém duas ou mais cadeias polipeptídicas, ou subunidades, que podem ser idênticas ou diferentes. O arranjo destas subunidades proteicas em complexos tridimensionais constitui a estrutura quaternária.
Exemplo: hemoglobina tem estrutura quaternária
Proteína é forma e função e podem se classificar em dois grupos: proteínas fibrosas e proteínas globulares.
Proteínas fibrosas: é feita de um único tipo de estrutura secundária, geralmente alfa hélice. Exemplo: estrutura terciária simples. Possui o papel de conferir força e flexibilidade às estruturas as quais ocorrem. Estrutura secundária é repetitiva. São insolúveis em água pois há uma alta concentração de aminoácidos hidrofóbicos. Exemplos: alfa-queratina e colágeno. 
Colágeno: é uma hélice diferenciada, com estrutura secundária única. É encontrado nos tecidos conectivos como tendões, cartilagens, matriz orgânica dos ossos e córnea. Estrutura terciária: 3 polipeptídios (cadeias alfa) supertorcidos um sobre o outro. Gelatina com baixo valor nutricional, porém, rica em colágeno.
Geralmente o colágeno é formado por glicina-X-Y
Síndrome de Ehlers-Danlos: defeitos no colágeno. Se o individuo tem esse problema de colágeno, as estruturas que são normalmente mais contidas em função do colágeno, ganham mais flexibilidade.
Proteína globular: contém vários tipos de estruturas secundárias.
A diversidade estrutural reflete a diversidade funcional das proteínas globulares.
Exs.: enzimas, proteínas transportadoras, imunoglobulinas, proteínas reguladoras, motoras, etc.
Mioglobina: exemplo de proteína globular – estocagem e difusão de oxigênio por entre as células musculares. Em uma única cadeia polipeptídica contem um grupo ferro-protoporfirina (grupamento heme). O ferro 2+ tem uma ligação vaga para receber o O2.
Defeitos no dobramento: 
Amiloidoses: algumas proteínas aparentemente normais, após uma clivagem proteolítica anormal, podem assumir um estado conformacional específico, que leva a formação de grandes feixes de proteínas fibrilares, constituído de folhas β pregueadas.
Existe uma proteína no neurônio e eventualmente enzimas rompem o domínio extracelular. Essa parte que ficou solta pode se reorganizar de maneira diferente, a esse fragmento se da no nome de beta amiloide, que são de forma lipossolúvel e isso começa a se acumular nos neurônios, levandoa um processo degenerativo dos neurônios – fumo, estresse, falta de estímulo aos neurônios. 
Proteína Tau
Na forma saudável, ajuda na organização da estrutura microtubular. A proteína τ defeituosa, entretanto, parece bloquear as ações da sua forma equivalente normal; Acúmulo de emaranhados neurofibrilares no interior dos neurônios.
Ambos causam Alzheimer 
Doenças priônicas – MORTE POR DOBRAMENTO ERRADO.
Encefalopatias espongiforme transmissíveis.
Doenças relacionadas: doença da vaca louca, doença Creutzfeldt-Jakob, scrapie;
Deterioração progressiva do cérebro levando a perda de peso, comportamento errático, problemas de postura, equilíbrio e incoordenação, perda da capacidade cognitiva, morte. A chave para se tornar uma proteína infecciosa reside em alterações na conformação tridimensional da PrPC. Diversas hélices α presentes na forma não-infecciosa da PrPC são substituídas por folhas β na forma infecciosa.
AULA 5
 Glicosilação x glicação
Glicosilação: é o processo no qual, açúcares são adicionados em proteínas e lipídeos, através de uma reação enzimática. A partir de uma glicosilação surgem glicoproteínas. Onde estão presentes essas glicoproteínas? Na membrana plasmática da célula, outras que atuam como enzimas, anticorpos (imunoglobulinas), hormônios. 
Exemplos de glicoproteínas:
- colágenos
- mucinas
- transferrina
- imunoglobulinas
- algumas enzimas
- lectinas, selectinas
O reconhecimento do espermatozoide com o ovulo no momento da fecundação se dá através de glicoproteínas, a zona pelúcida é rica em glicoproteínas.
Em processos inflamatórios também estão presentes, os leucócitos, principalmente os neutrófilos possuem em sua superfície um tipo de glicoproteína chamada de selectina, quando há processo inflamatório acontecendo fora do vaso sanguíneo o endotélio vai expressar glicoproteínas que irão interagir com outras glicoproteínas dos leucócitos. 
Deficiência na produção de selectina – não combate as inflamações com eficiência. 
O padrão de glicosilação de proteínas depende mais das enzimas glicosiltransferases que da sequência de aminoácidos da proteína; Glicosiltransferase é uma enzima que transfere carboidrato. A presença dessas enzimas é que vai ditar qual a composição, qual o tipo de carboidrato a ser colocado e qual a quantidade - Objeto de estudo da glicômica. Estuda-se a glicômica para investigar doenças ligadas a glicosiltransferase, doenças relacionadas a erros inatos do metabolismo.
Biossíntese de glicoproteínas
O açúcar nucleotídeo é o envolvido nas reações de biossíntese de proteínas glicosiladas. Nucleotídeo (base nitrogenada + fosfato).
No processo de glicosilação sempre será necessário um nucleotídeo que vai se ligar ao açúcar. Primeiramente vai transferir o 1-fosfato e junta-lo no pirofosfato e essa glicose vai ser ligada ao nucleotídeo. A UDP se liga a galactose, que é um epímero da glicose – a UDP-galactose se une a proteína. ESSE PROCESSO OCORRE NO COMPLEXO DE GOLGI. 
Muitos hormônios peptídicos são glicoproteínas;
A exposição da galactose, do oligossacarídeo permite o reconhecimento pelos hepatócitos e destruição da glicoproteína.
Geralmente a galactose não é o último carboidrato na porção aminoterminal ou carboxiterminal, aparece outro carboidrato, geralmente GAG (glicoaminoglicanos).
No processo de destruição a galactose vai fazer a sinalização para o hepatócito destruir a proteína. 
A eritropoetina (EPO) é uma glicoproteína sintetizada pelo rim, mais especificamente pelas células adjacentes aos túbulos proximais renais (90%), e pelo fígado também, porém, em menor quantidade (10%). Apresenta como função a regulação da eritropoiese (produção de eritrócitos, também conhecidos como hemácias ou glóbulos vermelhos) no homem e em outros animais.
Esta glicoproteína era rotineiramente utilizada para melhorar o desempenho dos atletas, especialmente nas modalidades de fundo (ciclismo, atletismo e esqui, por exemplo), uma vez que eleva os níveis de eritrócitos sanguíneos, incrementando a troca de oxigênio, resultando, assim, no aumento da resistência ao exercício físico. No entanto, em 1987, o Comitê Olímpico Internacional proibiu a utilização dessa substância, posto que a administração de EPO em atletas de ponta pode levar ao aumento artificial de seu desempenho. Objetivando preservar a saúde do atleta e a ética esportiva, este comitê e outras federações esportivas atualmente apontam como doping o uso de EPO e seus análogos. Embora sua eficácia seja comprovada, esta não pode substituir de maneira alguma o sangue quando a transfusão sanguínea se faz necessária ou em determinados tratamentos como a leucemia e outros tipos de neoplasias, pois sua incumbência é apressar a produção de hemácias, mas não sua substituição. A EPO é amplamente utilizada no tratamento de diversos tipos de anemias, preparos de procedimentos cirúrgicos em que há grande perda sanguínea, reposição de níveis hematológicos, após cirurgias, terapêutica de afecções crônicas (como hepatite), tratamentos oncológicos, insuficiência renal crônica, doenças do sangue, neoplasias, programas de transfusão autóloga e cirurgias ortopedias.
Geralmente as glicoproteínas da membrana plasmática de uma célula tumoral, elas se apresentam muito mais ramificadas do que as glicoproteínas de uma célula normal – ajuda na metástase.
Glicoproteínas e doenças:
- Deficiência de adesão de leucócitos tipo II: síntese de uma selectina defeituosa, prejudicando a diapedese e dessa forma, sua imunidade. 
- Hemoglobinúria paroxística noturna: deficiência na produção da glicoproteína CD59, que ajudaria a proteger a hemácia, podendo ser facilmente destruída pelo sistema imunológico – hemólise – a hemoglobina vai para o plasma e ai se ela está no plasma, a medida que os rins filtram esse plasma a hemoglobina sai na urina. É considerada uma anemia hemolítica crônica.
- Artrite reumatoide: existe um tipo de anticorpo (de imunoglobulina) que leva o nome de IgG, que tem a galactose como carboidrato. Em alguns casos no lugar da galactose ocorre a ligação do ácido siálico na proteína. Existe uma proteína produzida pelo fígado chamada de proteína de ligação a manose, a proteína de Ligação à Manose (MBL) é um membro da família das colectinas humanas que atua como molécula de defesa e desempenha um papel importante na imunidade inata. A MBL se liga a carboidratos na superfície de microorganismos, desencadeando a fagocitose. Essa ligação também resulta na ativação do sistema complemento. Então ela se liga ao ácido sialico, chamando a atenção do sistema imune, gerando um ataque a determinada parte do corpo, nesse caso à capsula articular, onde tem o líquido sinovial, gerando uma resposta inflamatória. 
α-manosidose: A alfa-manosidose é uma doença autossómica recessiva causada por uma deficiência das isoenzimas lisossomáticas ácidas A e B da a-D-manosidase necessárias para o catabolismo das glicoproteínas. Na ausência destas enzimas verifica-se acumulação celular e excreção urinária de produtos da degradação parcial dos oligossacáridos."' – Como há deficiência nas enzimas lisossomáticas, a glicoproteína não será destruída e então se acumulará no sistema nervoso central, retardando o desenvolvimento da criança. Além de se acumular no sistema nervoso, as glicoproteínas se acumulará em vários outros lugares, mudando a aparência do indivíduo. Ocorre no individuo também visceromegalias. 
Vírus da influenza A: ele tem dois tipos de estruturas que interagem com glicoproteínas: hemaglutinina (16) e neuraminidase (9). A hemaglutinina é uma proteína que se situa na camada mais externa do vírus, o envelope. Ela reconhece um açúcar da nossa membrana celular, o ácido siálico, e é a responsável pelo reconhecimento e ligação do vírus a nossas células do sistema respiratório. A neuraminidase (NA) reconhece a mesma molécula que a hemaglutinina, o ácido siálico da membrana celular. Mas realiza sua função de maneira oposta, seu papel é ajudar o vírus a deixar a célula invadida. A neuraminidase é necessária para remover o ácidoda célula e permitir que o vírus recém sintetizado consiga brotar para invadir a próxima célula. Por isso, ela também se localiza no envelope do vírus, e é a segunda proteína mais comum, depois da hemaglutinina. Também é classificada de acordo com sua variedade, e são conhecidas 9, sendo que N1 e N2 são as mais frequentes em humanos. 
Vírus do HIV: A ligação da partícula viral à membrana celular, nomeadamente à molécula CD4, é proporcionada pela glicoproteína gp120 existente à superfície do envelope viral. A interacção inicial do gp120 com a molécula CD4, só por si, não é suficiente para se concretizar a entrada do vírus na célula. Esta ligação apenas promove uma mudança da estrutura da molécula gp120, de modo a expor o local de ligação ao co-receptor. Uma vez ligados (o co-receptor e o CD4) pela acção do gp120, a proteína viral transmembranar gp41 muda, também, de conformação de modo a facilitar a fusão membranar com a consequente entrada do vírus na célula. 
Glicação: é um processo não enzimático
Glicação é o processo de soma entre uma proteína e um carboidrato, tal qual a glicose, sem a ação controladora de uma enzima. É a principal causa de doenças clínicas vasculares em pacientes diabéticos. A glicação aumentada de proteínas no cristalino pode causar o desenvolvimento de catarata.
Em pessoas normais – glicose: 80mg/dL
Eventualmente a glicose pode interagir com proteínas do plasma de uma forma não enzimática: 
A cadeia aminoterminal da proteína interage com o carboidrato – Base de Schiff (processo reversível) -> reação de rearranjo -> derivados cetoamina (produtos finais de glicação avançada). 
Proteínas glicadas podem acontecer em vários tipos de proteínas diferentes. A albumina é um exemplo das que sofre processo de glicação. A hemoglobina também sofre o processo de glicação.
Vantagens no monitoramento da glicemia:
Frutosamina: equivale a hemoglobina glicada – conjunto de proteínas do sangue que sofre glicação.
Hemoglobina glicada é A HbA1c. 
HbA1a1 – hemoglobina ligada a frutose-1,6-bifosfato 
HbA1a2 – hemoglobina ligada a glicose-6-fosfato
Hb pré A1c – base de Shiff
A1c – glicose
Catarata pode acontecer em razão de glicação proteica.

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