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1 Prof. Dr. Marcos Sousa 1 Mutações cromossômicas Prof. Dr. Marcos Sousa 2 Mutações São alterações ou modificações permanentes em genes ou cromossomos, que podem acarretar variação hereditária. As mutações podem ser gênicas quando alteram a estrutura do DNA ou cromossômicas quando alteram o número ou a estrutura dos cromossomos. Prof. Dr. Marcos Sousa 3 Mutações Cromossômicas Também chamadas de aberrações cromossômicas, são alterações na estrutura ou no número de cromossomos normal da espécie. Importante fator evolutivo em diversas espécies. Interesse comercial especialmente em plantas. Em humanos podem provocar anomalias e malformações ou até a inviabilidade do indivíduo. Prof. Dr. Marcos Sousa 4 Mutações numéricas Afetam o número cromossômico Mutações estruturais Afetam a estrutura cromossomal Mutações cromossômicas Prof. Dr. Marcos Sousa 5 Mutações Cromossômicas Numéricas Provocam alterações no número típico de cromossomos da espécie (cariótipo). Euploidias quando altera número do conjunto de cromossomos em múltiplos exatos. Aneuploidias (Somias) quando acrescentam ou perdem um ou poucos cromossomos. Prof. Dr. Marcos Sousa 6 Euploidias Monoploidias (n) quando há apenas um conjunto de cromomosomos. Triploidias (3n) quando há três conjuntos de cromomosomos. Poliploidias (4n, 5n, ...) quando há quatro ou mais conjunto de cromomosomos. 2 Prof. Dr. Marcos Sousa 7 Monoploidia (haploidia) Perda de um conjunto completo de cromossomos Prof. Dr. Marcos Sousa 8 Complemento normal (diplóide) 2n = 2x Prof. Dr. Marcos Sousa 9 Triploidia - 3x Prof. Dr. Marcos Sousa 10 Tetraploidia - 4x Prof. Dr. Marcos Sousa 11 Animais raramente sobrevivem. Ocorrem ocasionalmente em humanos. Exceção – em abelhas e vespas. Onde os machos são haploides (n), que se desenvolvem a partir de ovos não fertilizados. Plantas – sobrevivem mais frequentemente, especialmente em poliploidia. Poliploidia Ocorre quando a célula ou o organismo possui mais do que o conjunto normal de cromossomos. Prof. Dr. Marcos Sousa 12 3 Prof. Dr. Marcos Sousa 13 Autopoliploidia e Alopoliploidia Prof. Dr. Marcos Sousa 14 Autopoliploidia e Alopoliploidia AB anfidiplóide (estéril) AA BB AAAA Autopoliplóide (fértil) AABB anfitetraplóide (fértil) Prof. Dr. Marcos Sousa 15 Autotriplóide natural Prof. Dr. Marcos Sousa 16 Autotriplóide Artificial Prof. Dr. Marcos Sousa 17 2n Autoploidia 4n Autotetraplóide Artificial Prof. Dr. Marcos Sousa 18 Autooctaplóide 4 Prof. Dr. Marcos Sousa 19 Os Alopoliplóides surgem pela duplicação dos cromossomos após um cruzamento interespecífico. Ocorrem freqüentemente na natureza. Exemplos: algodão sul-americano (alotetraplóide 2n = 26, com genoma de uma espécie asiática (Gossipium herbaceum) com uma americana do Peru (G. raimondi) Triticum aestivum tem o genoma AABBDD. É um alohexaplóide (2n = 6x = 42) derivado do cruzamento das espécies T. monococcum (genoma A), Aegilops speltoides (genoma B) e Aegilopsaquarrosa (genoma D); Raphanobrassica tem o genoma de rabanete (Raphanus sativus , 2n = 18) e Brassica oleracea repolho (2n = 18); Triticales: Triticum aestivum (genoma ABD) com Secale cereale (genoma R) seguido de poliploidização, dando AABBDDRR (menos promissor) Triticum durum (genoma AABB) com Secale cereale (genoma RR) dando AABBRR (mais promissor) Prof. Dr. Marcos Sousa 20 Alopoliplóides Contém genomas duplicados de um híbrido mais ou menos estéri l; reúne, em suas células, genomas de diferentes espécies. A. Trigo (Triticum aestivum); B. Centeio (Secale cereale); C. Triticale (Triticale). Raphanos = rabanete Brasssica = repolho Prof. Dr. Marcos Sousa 21 Aneuploidia Estado anormal onde um, dois ou alguns cromossomos são perdidos ou adicionados ao complemento cromossômico normal Ocorre pela não – disjunção 1ª ou 2ª divisão meiótica Prof. Dr. Marcos Sousa 22 Prof. Dr. Marcos Sousa 23 Aneuploidias Nulissomia (2n-2) perda de um par inteiro de cromossomos. Monossomia (2n-1) um cromossomo a menos no cariótipo. Trissomia (2n+1) um cromossomo a mais no cariótipo. Prof. Dr. Marcos Sousa 24 Nulissomia 2n -2 Perda de um par de cromossomos homólogos 5 Trissomia Monossomia Prof. Dr. Marcos Sousa 26 Frequencia de aneuploidias Cerca de 5 a 10% de todos os óvulos fecundados resultam em um zigoto com anormalidades no número de cromossomos Aproximadamente 50% de todos os abortos espontâneos são devidos a alterações no número de cromossomos. Dentre as alterações no número que permite uma sobrevivência estão as trissomias dos pares 21,18 e 13 e anormalidades nos cromossomos sexuais. As trissomias e monossomias do restante de cromossomos autossômicos é letal, sendo encontrados em embriões e fetos abortados naturalmente. Nestes fetos foram encontrados todas as trissomias com exceção da trissomia do par 1. Prof. Dr. Marcos Sousa 27 Autossômicas: Trissomia do 21 Trissomia do 13 Trissomia do 18 Sexuais Turner Klinefelter Triplo X DuploY Cromossopatias Prof. Dr. Marcos Sousa 28 Cariótipo: 47,XX ou XY, +21 Descoberta por John Langdon Down em 1866 95% dos casos é por não disjunção e outros 5% por translocação Correlação com a idade materna (não disjunção) Novos casos podem ser vistos como novas mutações Trissomia do 21 Prof. Dr. Marcos Sousa 29 Cariótipo Prof. Dr. Marcos Sousa 30 6 Prof. Dr. Marcos Sousa 31 Cariótipo: 47, XX ou XY, +18 Segunda trissomia mais comum Acontecem por trissomia livre e por translocações Maior freqüência no sexo feminino (3F:1M) Ligado a idade materna (não disjunção) Trissomia do 18 (Edwards) Prof. Dr. Marcos Sousa 32 Cariótipo Prof. Dr. Marcos Sousa 33 Retardo mental Defeitos cardíacos congênitos defeito no septo ventricular (mais comum) Hérnia diafragmática Espinha bífida Diagnóstico Prof. Dr. Marcos Sousa 34 50% das crianças morrem no primeiro mês de vida 10% das crianças vivem até os 12 meses 90% dos casos resultam de um cromossomo extra vindo da mãe Estatística Prof. Dr. Marcos Sousa 35 Trissomia do 13 (Patau) Cariótipo: 47,XX ou XY, +13 80% dos casos é por trissomia 20% dos casos é por translocação Leve preferência pelo sexo feminino Aumento de incidência com o aumento da idade materna (não disjunção) Prof. Dr. Marcos Sousa 36 Cariótipo 7 Prof. Dr. Marcos Sousa 37 Cariótipo: 45, XO Descoberto por Henry Turner em 1938 77% por não disjunção da meiose paternal geralmente é X paterno que está ausente 23% por não disjunção da meiose maternal Afeta pessoas do sexo feminino Síndrome de Turner Prof. Dr. Marcos Sousa 38 Cariótipo Prof. Dr. Marcos Sousa 39 Prof. Dr. Marcos Sousa 40 Cariótipo: 47, XXY Descrita por Harry Klinefelter 60% dos casos origina-se da não disjunção da meiose materna 40% dos casos origina-se da não disjunção da meiose paterna Afeta o sexo masculino Klinefelter Prof. Dr. Marcos Sousa 41 cariótipo Prof. Dr. Marcos Sousa 42 Diagnóstico Mais altos do que a média Braços e pernas longos Ginecomastia (desenvolvimento da mama) Ausência de pelos no corpo Ausência de barba 8 Prof. Dr. Marcos Sousa 43 Tetrassomia 2n+ 2 Ganho de 2 cromossomos homólogos extra Prof. Dr. Marcos Sousa 44 Prof. Dr. Marcos Sousa 45 Mutações Cromossômicas Estruturais Provocam alterações na estrutura dos cromossomos, podendo ocasionar a perda de genes, a leitura duplicada ou erros na leitura de um ou mais genes. Resultam de quebra cromossômica seguida de reconstituição em uma combinação anormal. Prof. Dr. Marcos Sousa 46 Tipos de variações estruturais A quantidade genética total de um ou mais cromossomos pode ser aumentada ou diminuída Deficiência ou deleção, Duplicação O material genético de um ou mais cromossomos pode ser rearranjado sem afetar a quantidade total. Inversão, Translocação simples, Translocação recíproca Prof. Dr. Marcos Sousa 47 Bandamento G Prof. Dr. Marcos Sousa 48 Deficiência ou deleção quando ocorre a perda de um segmento do cromossomo, com conseqüente perda de genes. A B D E A CD E Terminal Intersticial 9 Prof. Dr. Marcos Sousa 49 Prof. Dr. Marcos Sousa 50 Deleção Depende da quantidade e tipo de material genético perdido. Normalmente causam danos. Deleções estão associadas ao câncer. Microdeleções do cromossomo y podem ser uma das causas da infertilidade masculina. Microdeleções podem estar relacionadas ao retardo mental em crianças. Prof. Dr. Marcos Sousa 51 Dr. Lejeune na França, em 1963 Malformação da laringe choro muito similar ao de um pequeno gato em sofrimento Deleção parcial do braço curto do cromossomo 5 ( Síndrome do 5p-) Nascimento de 1 em 50.000 crianças no mundo Síndrome do Miado do Gato Prof. Dr. Marcos Sousa 52 Quando crianças são magros e baixos. Têm como características faciais: queixo pequeno, nariz longo, alguns são estrábicos Atrasados em relação ao desenvolvimento motor, da fala e do controle fisiológicos Algumas crianças mais velhas têm freqüentemente os dentes projetados para frente apesar dos tamanhos normais, porque tem cabeça e maxilar pequeno Alguns desenvolvem escoliose Prof. Dr. Marcos Sousa 53 Duplicação Repetição de um segmento cromossômico, causando um aumento do número de genes. O dano depende do tamanho do fragmento duplicado. As microduplicações, em geral, não são danosas uma vez que as deficiências geralmente são mais prejudiciais que segmentos cromossômicos em excesso. Vantagem evolutiva Prof. Dr. Marcos Sousa 54 10 Prof. Dr. Marcos Sousa 55 Prof. Dr. Marcos Sousa 56 Prof. Dr. Marcos Sousa 57 Prof. Dr. Marcos Sousa 58 Quando o cromossomo se quebra em três partes e a parte central se une ao contrário. Cerca de 2% da população mundial possui inversões, que podem gerar filhos com defeitos graves. A maioria das inversões não tem efeito fenotípico, salvo de ocorrer dentro de um gene vital. Ex. Hemofilia A, inversão no cromossomo X, inativa fator VIII de coagulação. Pode envolver ou não o centrômero. Inversão Prof. Dr. Marcos Sousa 59 Prof. Dr. Marcos Sousa 60 11 Prof. Dr. Marcos Sousa 61 Translocação Translocação simples: Quando um segmento de um cromossomo se quebra e se liga a outro cromossomo (não homólogo). Associado a fenótipos anormais ou letalidade. Translocação recíproca: Há uma troca mútua de segmentos entre os cromossomos. Prof. Dr. Marcos Sousa 62 CromossomoFiladélfia : translocação não recíproca Entre cromossomos 9 e 22 Braço q do 22 é translocado para o cromossomo 9 Cromossomo 22 (Filadélfia) fica com uma deleção em seu braço longo Encontrado em leucócitos de indivíduos com leucemia mielóide crônica A experiência com os transplantes de medula- óssea, nos anos 1990, mudou o prognóstico da doença Translocação simples Prof. Dr. Marcos Sousa 63 Prof. Dr. Marcos Sousa 64 Prof. Dr. Marcos Sousa 65 Troca de braços cromossômicos inteiros entre dois cromossomos acrocêntricos No zigoto a partir de um gameta normal 45 cromossomos: sem alterações fenotípicas detectáveis clinicamente ( balanceada) 46 cromossomos: normal 46 cromossomos: Síndrome de Down ( dois cromossomos 21 livres mais um segmento 21 no cromossomo translocado) 45 cromossomos: monossomia do 21 e 14 inviável 46 cromossomos : trissomia do 14 abortos espontâneos Translocação Robertsoniana Prof. Dr. Marcos Sousa 66 Translocação balanceada e não balanceada 12 Prof. Dr. Marcos Sousa 67 Divisão do centrômero é transversal e não longitudinal 46,X,i(Xq) Cariótipo: um dos cromossomos X proveio da duplicação do seu braço longo (q) com monossomia do seu braço curto Fenótipo semelhante ao da Síndrome de Turner Isocromossomos Prof. Dr. Marcos Sousa 68 Ocorre quando há separação errada das cromátides Isocromossomos Prof. Dr. Marcos Sousa 69 Extremidades cromossômicas sem telômeros se unem formando um anel XXr 46 Cariótipo: um dos cromossomos X está em forma de anel Fenótipo semelhante ao da Síndrome de Turner Cromossomos em anel Prof. Dr. Marcos Sousa 70 Cromossomos com o telômero danificado podem se unir formando um anel Cromossomos em anel
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