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2-Dos Princípios Fundamentais

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CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES - TRIBUNAIS E MP 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
Aula 3 - Princípios Fundamentais: 
Olá Pessoal tudo certo? Como vão os estudos? 
Hoje veremos os "princípios fundamentais" da República Federativa do Brasil. 
Os princípios básicos onde se apoiam todas as normas da Constituição, já que 
definem a estrutura política do Estado. 
Vamos nessa: 
Princípios Fundamentais: 
Primeiro, vamos entender um pouco melhor o que seriam esses "Princípios 
Fundamentais": 
• Conceito: São os princípios básicos da estruturação e organização do 
Estado e do seu Poder Político. 
• Na Constituição: Vão do art. 1° ao 4°. 
• Sinônimos: Princípios político-constitucionais (pois organizam o Estado - os 
que decorrem deles são os jurídico-constitucionais), -Tudo que for 
relacionado ao termo "político" estará dando idéia de "organização"- são 
também chamados de normas-síntese, normas-matriz (pois sintetizam e 
servem de origem para diversos desdobramentos ao longo da Constituição). 
• Princípios Fundamentais X Princípios Gerais do Direito: Não se pode 
confundir os princípios fundamentais com os princípios gerais do direito 
constitucional. Enquanto aqueles estão positivados na Constituição, estes 
formam um estudo teórico, são aplicáveis a vários ordenamentos. 
Cobrança do tema: 
A cobrança dos princípios fundamentais pode se dar de duas formas: 
literalidade ou cobrança de doutrina/jurisprudência. 
Cobrança de literalidade: 
Todas as bancas cobram a literalidade dos art. 1a ao 4° da Constituição e não 
raramente tentam confundir o candidato com os nomes que ali aparecem. 
Assim, existem 4 coisa que devem estar completamente decoradas: 
(POR FAVOR!!! Esqueça seu telefone, seu endereço, mas não esqueça 
da literalidade destes artigos) 
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FUNDAMENTOS (art. 1°): 
(So-Ci-Di-Val-Plu) 
• soberania; 
• cidadania; 
• dignidade da pessoa humana; 
• valores sociais do trabalho e da livre 
iniciativa; 
• pluralismo político. 
OBJETIVOS 
FUNDAMENTAIS (art. 
3°): 
• Construir uma sociedade livre, justa 
e SOLIDÁRIA; 
• Garantir o desenvolvimento nacional; 
• ERRADICAR a pobreza e a 
marginalização e REDUZIR as 
desigualdades sociais e regionais; e 
• Promover o bem de todos, sem 
preconceitos de origem, raça, sexo, 
cor, idade e quaisquer outras formas 
de discriminação. 
PRINCÍPIOS QUE REGEM 
AS RELAÇÕES INTER-
NACIONAIS (art. 4°): 
(in-pre-auto-não-igual-
defe-so-re-co-co) 
• independência nacional; 
• prevalência dos direitos humanos; 
• autodeterminação dos povos; 
• não intervenção; 
• igualdade entre os Estados; 
• defesa da paz; 
• solução pacífica dos conflitos; 
• repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
• cooperação entre os povos para o 
progresso da humanidade; 
• concessão de asilo político. 
OBJETIVO DO BRASIL 
NO PLANO 
INTERNACIONAL(art. 4°, 
§único): 
• Buscar a integração política, 
econômica, social e cultural entre 
os povos da AMERICA LATINA, 
visando formar uma sociedade 
LATINO-AMERICANA de nações. 
Não esqueçam também a literalidade do caput do art. 1° e seu parágrafo único 
e do art. 2°: 
Art. 1° A República Federativa do Brasil, formada pela 
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito 
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Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito 
(...). 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o 
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, 
nos termos desta Constituição. 
Art. 2° São Poderes da União, independentes e harmônicos 
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
Mais tarde, veremos os desdobramentos dessas coisas, ok? Agora, trate de 
ficar repetindo isso tudo para você mesmo, até decorar cada palavrinha. 
Para te ajudar nessa tarefa árdua, vamos ver questões que deixarão essa 
decoreba mais agradável: 
• Questões da FCC: 
1. (FCC/Ass. Legislativo - ALESP/2010) Constitui um dos fundamentos 
da República Federativa do Brasil, de acordo com a Constituição Federal de 
1988, 
a) a garantia do desenvolvimento nacional. 
b) a não intervenção. 
c) a defesa da paz. 
d) a igualdade entre os Estados. 
e) o pluralismo político. 
Comentários: 
A letra A traz um dos "objetivos fundamentais" da República Federativa do 
Brasil (art. 3°). 
As letras b, c e d trazem princípios que regem as relações internacionais (art. 
4°) e não objetivos fundamentais. 
A letra E é a única que traz corretamente um fundamento (art. 1°). 
Gabarito: Letra E. 
2. (FCC/Ag. Técnico Legislativo - ALESP/2010) Ao tratar dos princípios 
fundamentais do Estado brasileiro, a Constituição Federal estabelece que: 
a) são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o 
Executivo, o Judiciário e o Ministério Público. 
b) constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil erradicar 
as desigualdades econômicas, sociais e culturais. 
c) a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política e 
cultural dos povos da América Latina, da Europa e da África, visando à 
formação de uma comunidade de nações. 
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d) todo o poder emana do povo, que o exerce diretamente conforme determina 
a legislação eleitoral. 
e) a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais 
pelo princípio da não intervenção. 
Comentários: 
A letra A erra, pois o Ministério Público, embora seja considerado "na prática" 
um quarto poder, não é formalmente um dos Poderes do Estado. A 
Constituição adota à clássica teoria de Montesquieu que divide as funções do 
poder político em 3: Legislativa, Executiva e Jurisdicional. 
Letra B - Pegadinha clássica - O que se quer erradicar é a pobreza e a 
marginalização. Se quer apenas "reduzir" as desigualdades. Não se pode 
vislumbrar um país sem desigualdades, isso é mais que utopia. O que se busca 
é que as desigualdades sejam "mínimas", "reduzidas". 
Letra C - Europa e África??? Viajou! O correto seria apenas "América Latina", 
nos termos do parágrafo único do art. 4°. 
Letra D - O correto seria "que o exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente, nos termos desta Constituição". 
Letra E - Aí sim... a FCC foi colocando um monte de casca de banana, e deixou 
a resposta certa lá na última! 
Gabarito: Letra E. 
3. (FCC/Técnico do TRT 7°/2009) Segundo a Constituição Federal, a 
República Federativa do Brasil é formada: 
a) pelos cidadãos dos quais emana o poder exercido por meio de 
representantes eleitos. 
b) pelo conjunto de cidadãos aos quais são garantidos os direitos 
fundamentais. 
c) pela união dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. 
d) pela integração econômica, política e social de todos os Estados. 
e) pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal. 
Comentários: 
Essa questão explora a simples literalidade do art. 1° da Constituição. 
Gabarito: letra E! 
4. (FCC/Técnico-TCE-GO/2009) Considere as seguintes afirmações 
sobre os princípios fundamentais da Constituição da República: 
I. A República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos 
Estados, Municípios e Distrito Federal. 
II. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes ou 
diretamente, nos termos da Constituição. 
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III. Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil,dentre outros, a construção de uma sociedade livre, justa e solidária e a 
garantia do desenvolvimento nacional. 
Está correto o que se afirma em 
a) I, apenas. 
b) II, apenas. 
c) III, apenas. 
d) I e II, apenas. 
e) I, II e III. 
Comentários: 
A questão pediu "princípios fundamentais", então, estará correta qualquer 
coisa que estiver do art. 1° ao 4° da Constituição, vamos ver: 
I- Correto. Literalidade do Caput do art. 1°. 
II- Correto. Literalidade do parágrafo único do art. 1° 
III- Correto. Literalidade do art. 3°, I e II. 
Gabarito: Letra E. 
5. (FCC/Técnico-TRT 15a/2009) Sobre os princípios fundamentais da 
República Federativa do Brasil, é correto afirmar que 
a) foi acolhido, além de outros, o princípio da intervenção para os conscritos. 
b) dentre seus objetivos está o de reduzir as desigualdades regionais. 
c) um dos seus fundamentos é a vedação ao pluralismo político. 
d) o Brasil rege-se nas suas relações internacionais, pela dependência 
nacional. 
e) a política internacional brasileira veda a integração política que vise à 
formação de uma comunidade latino-americana de nações. 
Comentários: 
Mais uma vez, buscaremos qualquer coisa que esteja do art. 1° ao 4° da 
Constituição: 
Letra A - Não existe isso... conscrito é aquela pessoa que está no serviço 
militar obrigatório, não há lógica alguma na afirmação. 
Letra B - Correto. Art. 3°, III. 
Letra C - Errado. O pluralismo não é vedado, ele é garantido! 
Letra D - O correto seria "independência". 
Letra E - Errado. O Brasil deve buscar esta integração (CF, art. 4 parágrafo 
único) 
Gabarito: Letra B 
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6. (FCC/TRT 18a/2009) Quanto aos Princípios Fundamentais, considere: 
I. A República Federativa do Brasil, formada pela união dissolúvel dos Estados 
e dos Municípios, constitui-se em Estado Democrático de Direito. 
II. São Poderes da União, dependentes entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário. 
III. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes 
eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição da República Federativa do 
Brasil. 
IV. A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais 
pelo princípio da concessão de asilo político. 
Está INCORRETO o que consta APENAS em 
a) I e IV. 
b) I e II. 
c) III e IV. 
d) II e III. 
e) II e IV. 
Comentários: 
I - Errado. A união é indissolúvel. 
II- Errado. Eles são independentes. 
III- Correto. CF, art. 2°. 
IV- Correto. CF, art. 4°, XI. 
Gabarito: Letra B. 
7. (FCC/AJAA-TRT 18a/2008) Quanto aos Princípios Fundamentais, é 
correto afirmar que a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações 
internacionais, dentre outros, pelo princípio da 
a) exclusiva proteção dos bens jurídicos. 
b) não cumulatividade. 
c) prevalência dos direitos humanos. 
d) uniformidade geográfica. 
e) reserva legal. 
Comentários: 
Agora, a questão pede exclusivamente os princípios do art. 4°. 
O único correto é a letra C, segundo o art. 4°, II. 
Gabarito: Letra C. 
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8. (FCC/Prociurador-Recife/2008) NÃO figuram entre os princípios 
pelos quais estabelece a Constituição que a República Federativa do Brasil se 
rege, em suas relações internacionais, 
a) a independência nacional e a autodeterminação dos povos. 
b) a não-intervenção e a defesa da paz. 
c) a igualdade entre os Estados e a solução pacífica dos conflitos. 
d) o repúdio ao terrorismo e ao racismo. 
e) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. 
Comentários: 
Mais uma vez, só valem os do art. 4°. 
A letra A, B, C, e D estão corretas, porém a letra E trouxe um fundamento 
(art. 1°) e não um princípio que rege as relações internacionais. 
Gabarito: Letra E. 
9. (FCC/TRE-SE/2008) A República Federativa do Brasil constitui-se em 
Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos, entre outros, 
a) a livre manifestação do pensamento, o combate à tortura e o repúdio ao 
terrorismo. 
b) o desenvolvimento nacional, a defesa da paz e a solução pacífica dos 
conflitos. 
c) a soberania, a cidadania e a dignidade da pessoa humana. 
d) a liberdade de expressão, a liberdade de crença e a igualdade perante a Lei. 
e) a propriedade, a economia e a tributação. 
Comentários: 
Agora só valem os do art. 1°. O famoso "So-Ci-Di-Val-Plu". 
A questão, na letra C, trouxe o "So", o "Ci" e o "Di". Por isso, essa é a 
alternativa correta. 
Gabarito: Letra C. 
10. (FCC/AJAA-TRF 5/2008) Nas suas relações internacionais, a República 
Federativa do Brasil rege-se, dentre outros, pelo princípio da 
a) dependência nacional e do pluralismo político. 
b) intervenção e da cidadania. 
c) autodeterminação dos povos. 
d) solução bélica dos conflitos e da soberania. 
e) vedação de asilo político. 
Comentários: 
A única correta é a letra C. Não é mesmo? vejamos: 
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Letra A - seria independência. E o pluralismo político é um fundamento. 
Letra B - O certo seria "não-intervenção", e a cidadania é um fundamento. 
Letra C - Correto. 
Letra D - O certo seria solução pacífica e não bélica. 
Letra E - Errado. O correto seria "concessão" de asilo político. 
Gabarito: Letra C. 
11. (FCC/TRE-SE/2007) Analise as afirmativas abaixo. 
I. Construção de uma sociedade livre, justa e solidária. 
II. Garantia do desenvolvimento nacional. 
III. Garantia dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. 
IV. Erradicação a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais 
e regionais. 
V. Promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, 
idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
De acordo com a Constituição Federal do Brasil de 1988 são considerados 
objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil os indicados APENAS 
em: 
a) I, II, III e IV. 
b) I, II, IV e V. 
c) I, III, IV e V. 
d) II, III, IV e V. 
e) I, III, IV e V. 
Comentários: 
Os objetivos fundamentais são os do art. 3°, temos que analisar a questão 
pensando somente naquilo que está no art. 3°. Então vejamos: 
I - Correto. CF, art. 3°, I. 
II - Correto. CF, art. 3°, II. 
III- Errado. Esses são fundamentos, presentes no art. 1°, então, não vale! 
IV- Correto. CF, art. 3°, III. 
V - Correto. CF, art. 3°, IV. 
Gabarito: Letra B. 
12. (FCC/TRE-PB/2007) Quanto aos princípios que regem a República 
Federativa do Brasil é INCORRETO afirmar que: 
a) são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o 
Executivo e o Judiciário. 
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b) nas suas relações internacionais o Brasil rege-se, dentre outros, pelos 
princípios da intervenção e determinação dos povos. 
c) todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos 
ou diretamente, nos termos da Constituição Federal. 
d) o Brasil é formado pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do 
Distrito Federal, constituindo-se em Estado Democrático. 
e) constituem objetivos fundamentais, dentre outros, garantir o 
desenvolvimento nacional. 
Comentários: 
Letra A - Correto. CF, art. 2°. 
Letra B - Errado. O correto seria "não-intervenção" e "autodeterminação dos 
povos". 
Letra C - Correto. CF, art. 1°, p. único. 
Letra D - Correto. CF. art. 1°. 
Letra E - Correto. CF, art. 3°, II. 
Gabarito: Letra B. 
• Questões do CESPE:13. (CESPE/TRT-17a/2009) A República Federativa do Brasil é formada 
pela união indissolúvel dos estados, dos municípios, do Distrito Federal e dos 
territórios. 
Comentários: 
Não se pode incluir os territórios, apenas os estados, municípios e DF (CF, art. 
1°). 
Gabarito: Errado. 
14. (CESPE/TRT-17a/2009) De acordo com a Constituição Federal de 
1988 (CF), todo o poder emana do povo, que o exerce exclusivamente por 
meio de representantes eleitos diretamente. 
Comentários: 
Está disposto no parágrafo único do art. 1°: Todo o poder emana do povo, que 
o exerce por meio de representantes eleitos "ou" diretamente, nos 
termos da Constituição, traduzindo a chamada democracia mista ou semi-
direta. 
Gabarito: Errado. 
15. (CESPE/Técnico Administrativo - ANEEL/2010) Os valores sociais 
do trabalho e da livre iniciativa, a construção de uma sociedade livre justa e 
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solidária e a garantia do desenvolvimento nacional constituem fundamentos da 
República Federativa do Brasil. 
Comentários: 
Falou em "fundamentos" deve falar apenas dos que estão no art.1°. Ali no art. 
1°, no famoso so-ci-di-val-plu, encontramos os valores sociais do trabalho e da 
livre iniciativa, porém não se pode encontrar a construção de uma sociedade 
livre justa e solidária e a garantia do desenvolvimento nacional, já que estes 
são objetivos fundamentais e não fundamentos. 
Gabarito: Errado. 
16. (CESPE/Agente Administrativo - AGU/2010) Entre os princípios 
fundamentais do Estado brasileiro, incluem-se a dignidade da pessoa humana, 
a construção de uma sociedade livre, justa e solidária e a concessão de asilo 
político. Além disso, a República Federativa do Brasil buscará a integração 
econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à 
formação de uma comunidade latino-americana de nações. 
Comentários: 
Agora a questão não fala em fundamentos, objetivos ou princípios de plano 
internacional. A questão se limita a dizer "princípios fundamentais", então, vale 
tudo que esteja do art. 1° ao 4°. Vejamos: 
1- a dignidade da pessoa humana- Ok! É um fundamento do art. 1°. 
2- a construção de uma sociedade livre, justa e solidária -Ok. É um 
objetivo fundamental do art. 3°. 
3- a concessão de asilo político - Ok. É um princípio das relações 
internacionais. 
4- a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, 
política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à 
formação de uma comunidade latino-americana de nações - Perfeito, é o 
objetivo no plano internacional do art. 4° p. único. 
Gabarito: Correto. 
17. (CESPE/TRT-17a/2009) Constitui princípio que rege a República 
Federativa do Brasil em suas relações internacionais a concessão de asilo 
político, vedada a extradição. 
Comentários: 
Não é vedada a extradição, embora a concessão de asilo político realmente 
seja um princípio que rege a República Federativa do Brasil em suas relações 
internacionais. 
Gabarito: Errado 
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18. (CESPE/ABIN/2008) Constitui objetivo fundamental da República 
Federativa do Brasil a promoção do bem de todos, sem preconceitos de 
origem, raça, sexo, cor, idade ou quaisquer outras formas de discriminação. 
Dessa forma, contraria a CF a exigência, contida em editais de concursos 
públicos, sem o devido amparo legal, de limite de idade mínima ou máxima 
para inscrição. 
Comentários: 
É uma meta encontrada no art. 3°, IV da Constituição Federal. 
Gabarito: Correto. 
19. (CESPE/Assessor-TCE-RN/2009) De acordo com a CF, são 
fundamentos da República Federativa do Brasil a soberania, a dignidade da 
pessoa humana e a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, 
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
Comentários: 
Os fundamentos estão no art. 1°, e a promoção do bem de todos, sem 
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de 
discriminação, está no art. 3°, como sendo um objetivo fundamental. 
Gabarito: Errado. 
20. (CESPE/Assessor-TCE-RN/2009) Entre os objetivos da República 
Federativa do Brasil, destaca-se a valorização social do trabalho e da livre 
iniciativa, pois, por meio do trabalho, o homem garante sua subsistência e o 
consequente crescimento do país. 
Comentários: 
A questão faz um floreio só pra confundir o candidato... isso é muito comum!!! 
Ahhh, se houver uma valorização social do trabalho e da livre iniciativa o 
homem garante sua subsistência e o consequentemente o crescimento do país. 
Tudo baboseira... O que importa é que a valorização social do trabalho e da 
livre iniciativa é um FUNDAMENTO (So-Ci-Di-VAL-PLU), e não um objetivo. 
Gabarito: Errado. 
21. (CESPE/Assessor-TCE-RN/2009) Constituem princípios que regem a 
República Federativa do Brasil em suas relações internacionais, entre outros, a 
prevalência dos direitos humanos, da garantia do desenvolvimento nacional e 
da autodeterminação dos povos. 
Comentários: 
Realmente a prevalência dos direitos humanos e da autodeterminação dos 
povos estão no art. 4°, elencados como princípios das relações internacionais. 
Porém, a garantia do desenvolvimento nacional é um objetivo fundamental do 
art. 3° 
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Gabarito: Errado. 
Cobrança Doutrinária e Jurisprudencial: 
Agora vamos ir um pouco mais fundo nesse buraco. ' 
Já falamos que os princípios fundamentais são as normas-síntese, ou seja, 
aquele pontinho de onde deriva quase tudo que está por vir no ordenamento 
jurídico. 
Imagine você o quanto de coisa implícita não está presente nestes 4 artigos? É 
muita coisa... mas, vamos devagarzinho que tudo será resolvido, não é 
nenhuma loucura não! 
Primeiro, vamos analisar o que diz o art. 1° da CF: 
A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, 
constitui-se em Estado Democrático de Direito (...). 
Veja que ela traz palavras que nos remetem à "República", "Federação", 
"Democracia"... 
Então, temos os seguintes institutos da organização do Estado: 
Forma de Governo: República 
Forma de Estado: Federação 
Regime de Governo ou 
Político: 
Democracia (mista ou semi-
direta) 
Sistema de Governo: Presidencialismo (art. 84 da CF) 
Pulo do Gato: 
A forma está no nome "República Federativa" ou seja, forma de governo 
República / forma de Estado = Federação. 
E o que quer dizer uma "Forma de governo", uma "Forma de Estado" ou um 
"Sistema de governo"??? 
Vamos lá: 
É maneira como se dá a instituição 
do poder na sociedade e como se 
dá a relação entre governantes e 
governados. Quem deve exercer o 
poder e como este se exerce. 
12 
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Basicamente são as repúblicas (todos exercem o poder) e as monarquias 
(só um exerce o poder). 
Características da Monarquia: 
1- Vitaliciedade - O governante terá o governo em suas mãos por toda a sua 
vida. Não há temporariedade. 
2- Hereditariedade - Não há eletividade. O governo é passado de pai para 
filho, como herança. 
Características da República: 
A coisa é do povo. Embora, o povo escolha representantes para a gestão de 
"sua coisa", estes representantes não se apoderam da coisa pública. Assim, é 
essencial que tenhamos em uma república: 
1- Temporariedade dos mandados: Pois assim, nenhum representante 
tomará para si a feição do poder, permanecendo ilimitadamente no cargo. 
Haverá uma rotatividade dos cargospúblicos para que diversas pessoas, com 
pluralidade de opiniões e idéias possam representar a sociedade. 
2- Eletividade dos cargos políticos: Os cargos políticos só serão legítimos 
se providos pro eleições, de acordo com a vontade do povo. 
3 - Transparência na gestão pública, através de prestação de contas, 
levando a uma responsabilidade dos governantes: Os representantes não 
podem se apoderar do patrimônio que é de todos, nem geri-los como bem 
entenderem. Devem promover uma gestão que esteja alinhada com a 
finalidade do bem comum. 
Observações: 
1- O art. 2° dos ADCT dispõe: "no dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado 
definirá, através de plebiscito, a forma (república ou monarquia constitucional) 
e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que devem vi-
gorar no País". O plebiscito aconteceu e definiu através do voto popular que o 
Brasil seria uma república presidencialista. 
2- A forma de governo republicana não está presente entre as chamadas 
"cláusulas pétreas" (vide CF, art. 60, §4°), ou seja, não está presente naquela 
relação das disposições que não podem ser abolidas (ou reduzidas) de nossa 
Constituição. 
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3- Embora não seja uma cláusula pétrea, a forma republicana é um princípio 
constitucional sensível (CF, art. 34, VII), ou seja, um princípio que se não for 
observado poderá ensejar em uma intervenção federal. 
22. (FCC/DPE-SP/2009) O princípio republicano, que traduz a maneira 
como se dá a instituição do poder na sociedade e a relação entre governantes 
e governados, mantém-se na ordem constitucional mas hoje não mais 
protegido formalmente contra emenda constitucional. 
Comentários: 
Está correta, pois definiu-se corretamente o que seria a "forma de governo" -
no Brasil, a "república" - e corretamente asseverou que esta forma de governo 
não é mais uma cláusula pétrea, ou seja, é algo que não está protegido contra 
emendas constitucionais (vide CF, art. 60 §4°). Lembrando que, no entanto, a 
república continua sendo um princípio constitucional sensível (CF, art. 34, VII) 
ou seja, um princípio que se não observado pelos entes da Federação, poderá 
ensejar uma "intervenção federal" da União no Estado ou Distrito Federal que 
esteja ofendendo tal princípio. 
Gabarito: Correto. 
23. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) A República é uma forma de Estado. 
Comentários: 
Doutrinariamente, classifica-se como "forma de governo". 
Gabarito: Errado. 
24. (FGV/Fiscal-SEFAZ-RJ/2008) O Brasil é uma república, a indicar o 
governo como: 
a) sistema. 
b) forma. 
c) regime. 
d) paradigma. 
e) modelo. 
Comentários: 
Mais uma vez o pulo do gato, vamos fixar: falou em forma, lembrou-se de 
"república federativa". Se o Brasil é um Estado Federal, é porque sua forma de 
Estado é a federação. Sobrou a forma de governo republicana. 
Gabarito: Letra B. 
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O Brasil adota como forma de Estado a federação, ou seja, o modo de 
distribuição geográfica do poder político se dá com a formação de entidades 
autônomas (vide art. 18). Essa autonomia se manifesta através de três ou 
quatro facetas (dependendo do doutrinador): 
Autogoverno: 
capacidade de os entes escolherem 
seus governantes sem interferência 
de outros entes; 
Auto-organização: 
capacidade de instituírem suas 
próprias constituições (no caso dos 
estados) ou leis orgânicas (no caso 
dos municípios e do DF); 
Autolegislação: 
capacidade de elaborarem suas 
próprias leis através de um 
processo legislativo próprio, 
embora devam seguir as diretrizes 
do processo em âmbito federal; 
Autoadministração: 
capacidade de se administrarem de 
forma independente, tomando suas 
próprias decisões executivas e 
legislativas. 
Observações: 
1- Para alguns doutrinadores não haveria a separação entre auto-organização 
e autolegislação. 
2- Estamos falando de autonomia, não de soberania. A soberania, que a 
Constituição adota em seu art. 1°, I, como um fundamento da República 
Federativa do Brasil (definida como o poder supremo que o Estado brasileiro 
possui nos limites do seu território, não se sujeitando a nenhum outro poder 
de igual ou superior magnitude e tornando-se um país independente de 
qualquer outro no âmbito internacional) irá se manifestar apenas na pessoa da 
República Federativa do Brasil, entendida como a união de todos os entes 
internos, representando todo o povo brasileiro, povo este que é o verdadeiro 
titular da soberania. 
3- Nem mesmo o ente federativo "União" possui soberania, a União possui 
apenas autonomia tal como os Estados, Distrito Federal e Municípios. A 
República Federativa do Brasil é única soberana e que se manifesta 
internacionalmente como pessoa jurídica de direito internacional. 
Estados simples X Estados complexos: Um Estado pode se desenhar 
territorialmente como o reconhecimento ou não de autonomias regionais. 
Quando houver repartições regionais dotadas de autonomia, estaremos diante 
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de um Estado complexo ou composto. Quando não houver autonomias 
regionais com poder de se auto-organizarem, estaremos diante de um estado 
simples ou unitário. 
Os estados complexos são basicamente as federações e as confederações 
(embora existam outros tipos menos comuns como a União real ou União 
Pessoal). 
Estados simples centralizados, desconcentrados e descentralizados: Os 
estados, ainda que sejam simples, podem ser divididos em: 
o Centralizados ou puros - é aquele Estado onde todo o Poder 
Executivo, Legislativo e Judiciário encontra-se centralizado em uma única 
esfera, e não há qualquer delegação de funções ou atribuições às 
autoridades regionais. 
o Desconcentrados - Embora seja formado também por uma única 
esfera de Poder, centralizada, existe a presença de autoridades locais, que 
exercem poderes em nome do governo central, facilitando a resolução de 
conflitos e aproximando o poder central da população. 
o Descentralizados - Existe uma maior autonomia das regiões que 
serão inclusive dotadas de personalidade jurídica, não havendo, no 
entanto, a autonomia para legislar. 
Federação x Confederação: Em uma federação temos um Estado fracionado 
em unidades autônomas. Nas confederações as unidades não são 
simplesmente autônomas, elas são soberanas. Assim, a federação é uma união 
indissolúvel, ou seja, os entes não têm o direito de secessão. Já nas 
confederações, os Estados podem se separar do bloco. 
Características da nossa federação: 
1. Indissolubilidade: Pelo fato de os entes não possuírem o direito de 
secessão. 
2. Cláusula Pétrea Expressa: A Constituição expressamente protegeu a 
forma federativa de estado como uma cláusula pétrea (CF, art. 60§4°), 
impedindo assim que uma emenda constitucional possa vir a dissolver a 
federação ou ofender o pacto federativo (autonomia dos entes federados); 
3. Federação por segregação, ou movimento centrífugo: 
diferentemente do EUA, onde haviam vários Estados que se "agregaram" 
(movimento centrípeto) para formar o país, no Brasil tinha-se apenas um 
Estado que se desmembrou em outros. 
4. Federalismo de 3° grau: até a promulgação da Constituição 
Brasileira de 1988, os Municípios não possuíam autonomia, tínhamos, então, 
um federalismo de 2° grau, formado apenas pelas esferas federal e estadual. 
Após a promulgação da Constituição vigente, o país passou a ter um 
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federalismo de 3° grau, reconhecendo os Municípioscomo autônomos e, 
assim, adotando uma espécie bem peculiar de federação. 
5. Federalismo cooperativo: existe uma repartição de competências de 
forma que cada ente federativo irá contribuir para a finalidade do Estado, 
havendo a previsão de competências que são comuns a todos, além de 
colaborações técnicas e financeiras para a prestação de alguns serviços 
públicos, e repartição das receitas tributárias. 
25. (FCC/TCE-CE/2006) Confederação é a união permanente de dois ou 
mais Estados-membros, os quais, conservando sua autonomia político-
administrativa, abrem mão de sua soberania, em favor do Estado Federal. 
Comentários: 
Os Estados que formam uma confederação, diferentemente dos que formam 
uma federação, são soberanos. Eles possuem o direito de secessão, ou seja, 
de se separar do bloco. A união deles acontece para que se aumente a força 
representativa internacional. 
Gabarito: Errado. 
26. (FCC/TCE-CE/2006) Estado simples é aquele formado por mais de um 
Estado com alguns ou vários poderes públicos internos funcionando ao mesmo 
tempo. 
Comentários: 
O Estado simples é aquele unitário, onde não existe descentralizções do poder 
político. Assim, erra o enunciado ao falar em "formado por mais de um Estado" 
e "vários poderes públicos internos". Essas característica seria na verdade 
referentes a Estados complexos (federações e confederações) e não a Estados 
Unitários. 
Gabarito: Errado. 
27. (CESPE/MPS/2010) O Estado federado nos moldes do brasileiro é 
caracterizado pelo modelo de descentralização política, a partir da repartição 
constitucional de competências entre entidades federadas autônomas que o 
integram, em um vínculo indissolúvel, formando uma unidade. 
Comentários: 
O Estado federal brasileiro realmente possui uma descentralização política o 
que forma 4 espécies de entidades (União, Estados, Municípios e DF) todas 
autônomas. Cada um delas tem a sua competência constitucionalmente 
atribuída e se reúnem para criar um vínculo que não pode ser dissolvido, como 
é típico das federações. 
Gabarito: Correto. 
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28. (CESPE/Analista-SERPRO/2008) A federação é uma forma de 
governo na qual há uma nítida separação de competências entre as esferas 
estaduais, dotadas de autonomia, e o poder público central, denominado 
União. 
Comentários: 
Segundo a doutrina, trata-se de forma de Estado e não forma de governo. 
Gabarito: Errado. 
29. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A federação é o sistema de 
governo cujo objetivo é manter reunidas autonomias regionais. 
Comentários: 
Trata-se do conceito de "forma de estado" e não de "sistema de governo". 
Sistema de governo é "presidencialismo" ou "parlamentarismo". 
Gabarito: Errado. 
30. (CESPE/MMA/2009) O modelo de federalismo brasileiro é do tipo 
segregador. 
Comentários: 
Em países como os Estados Unidos tivemos o que se chama de federalismo de 
agregação, ou seja, os entes, antes fracionados, se uniram para formar um 
único país. Já no Brasil foi o contrário, tinha-se somente um único ente que se 
descentralizou formando outros, daí ser chamado de federalismo por 
segregação. 
Gabarito: Correto. 
31. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O federalismo brasileiro, quanto à 
sua origem, é um federalismo por agregação. 
Comentários: 
Como vimos, diferentemente dos EUA, onde vários estados se agregaram e 
formaram um país, no Brasil, foi um só território que foi desmembrado. Assim, 
o federalismo brasileiro é por segregação. 
Gabarito: Errado. 
32. (CESPE/PGE-AL/2008) Doutrinariamente, entende-se que a formação 
da Federação brasileira se deu por meio de movimento centrípeto (por 
agregação), ou seja, os estados soberanos cederam parcela de sua soberania 
para a formação de um poder central. Isso explica o grande plexo de 
competências conferidas aos estados-membros brasileiros pela CF se 
comparados à pequena parcela de competências da União. 
Comentários: 
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Como vimos, no Brasil, temos uma federação por segregação, ou movimento 
centrífugo. Diferentemente do EUA, onde haviam vários Estados que se 
"agregaram" (movimento centrípeto) para formar o país, no Brasil tinha-se 
apenas um Estado que se desmembrou em outros. 
Gabarito: Errado. 
33. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Existia no Brasil um federalismo de 
segundo grau até a promulgação da CF, após a qual o país passou a ter um 
federalismo de terceiro grau. 
Comentários: 
Era de segundo grau pois previa a autonomia apenas da União e de Estados. 
Agora, temos um de 3° grau prevendo a autonomia dos Municípios. 
Gabarito: Correto. 
34. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Uma das características comuns à 
federação e à confederação é o fato de ambas serem indissolúveis. 
Comentários: 
Diferentemente do que ocorre nas federações, nas confederações, os Estados 
se agregam para aumentar a sua força política internacional, mas não abdicam 
de sua soberania, podendo se separar do bloco no momento em que julgarem 
necessário. 
Gabarito: Errado. 
35. (CESPE/ABIN/2008) O direito de secessão somente pode ocorrer por 
meio de emenda à CF, discutida e votada em cada Casa do Congresso 
Nacional, em dois turnos, sendo ela considerada aprovada se obtiver, em 
ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. 
Comentários: 
É proibido o direito de secessão, já que a Constituição estabelece no art. 1° 
que a República Federativa do Brasil é uma união indissolúvel. 
Gabarito: Errado. 
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A democracia mista ou semi-direta foi eleita como o regime político 
brasileiro (vide preâmbulo e art. 1°), assim, quem é responsável por reger a 
política brasileira é o povo, o detentor do poder, que direciona as ações do 
governo de duas formas: 
1- Diretamente, através do uso do plebiscito, referendo e da iniciativa 
popular, ou 
2- Indiretamente, através dos representantes eleitos pelo próprio povo. 
36. (FCC/TCE-CE/2006) Democracia semidireta é aquela que se 
caracteriza pela eleição de representantes do povo, por meio do voto, dotada 
de mecanismos de participação popular direta, como o plebiscito, o referendo e 
a iniciativa popular. 
Comentários: 
A democracia mista ou semi-direta é o regime político adotado pelo Brasil e 
caracteriza-se justamente pelo fato de os governantes serem eleitos para 
representar o povo, e em nome dele exercerem o Poder. Porém, o povo 
resguarda uma parcela do exercício que se dará através de: 
• Plebiscito (Consulta popular antes de se fazer algo); 
• Referendo (Consulta popular para ratificar ou não algo que já foi feito); e 
• Iniciativa Popular (Propositura de leis ordinárias e complementares 
através da iniciativa dos próprios cidadãos que subscrevem o projeto de 
lei). 
Gabarito: Correto. 
37. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) A soberania popular é 
exercida, em regra, por meio da democracia representativa. A Constituição 
Federal brasileira consagra, também, a democracia participativa ao prever 
instrumentos de participação intensa e efetiva do cidadão nas decisões 
governamentais. 
Comentários: 
A soberania popular no Brasil é exercida pela democracia mista ou semi-direta, 
ou seja, em regra temos a representação (governantes legitimamente eleitos 
pelo povo para tomarem as decisões políticas), porém, essa democracia 
representativa se funde com instrumentos da democracia direta como o 
referendo, o plebiscito e a iniciativa popular, onde o povo poderá diretamente 
tomar decisões de ordem política. 
Gabarito: Correto. 
20 
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Existem basicamente dois sistemas de governo: o presidencialismo e o 
parlamentarismo. 
No Presidencialismo, o Poder Executivo tem uma grande independência em 
relação ao Legislativo. No parlamentarismo ocorre uma maior dependência 
entre estes poderes já que eles atuam em colaboração. 
Chefe de Estado 
É o membro do Poder Executivo 
que exerce o papel de 
representante do Estado, 
principalmente no âmbito 
externo, mas também como 
representante moral perante o 
povo, no âmbito interno. 
Chefe de Governo 
É o membro do Poder Executivo 
responsável por chefiar o 
governo, ou seja, a direção das 
políticas públicas em âmbito 
interno. 
No presidencialismo, temos a unicidade da chefia. O Presidente tem em suas 
mãos tanto a chefia de Estado quanto a chefia de governo. No 
parlamentarismo, temos uma dualidade de chefia. Existe uma pessoa como o 
chefe de Estado e outra como chefe de governo 
Sistema diretorial de governo (governo de assembléia): 
Deixando de lado o Presidencialismo e o Parlamentarismo, é importante ainda 
citarmos o chamado sistema de governo diretorial. No sistema diretorial, ou 
"governo de Assembléia", existe um diretório (órgão colegiado) formado por 
membros do parlamento, e é este diretório que irá exercer o poder. Desta 
forma, praticamente inexiste o Poder Executivo, já que ele está 
completamente subordinado ao Parlamento que inclusive é responsável por 
eleger os membros daquele Poder. 
Monarquia Parlamentarista e Monarquia Presidencialista: 
O presidencialismo é um sistema político típico das repúblicas, porém nada 
obsta que haja (excepcionalmente) uma monarquia presidencialista. 
A distinção básica entre o presidencialismo e o parlamentarismo está na 
unicidade da chefia naquele e na dualidade de chefia que ocorre neste. 
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Nas monarquias atuais típicas - monarquias parlamentaristas - temos o rei 
como chefe de Estado, porém o governo fica nas mãos do parlamento através 
do primeiro-ministro. 
Em uma monarquia presidencialista, teríamos a unicidade de chefia nas mãos 
do Monarca, que seria não só chefe de Estado, mas também seria o líder do 
governo. Essas monarquias têm a tendência de se tornarem absolutistas, por 
isso são evitadas. 
Muita dúvida é gerada pelo fato de na Espanha termos o "rei" e o "presidente". 
Acontece que a Espanha é uma monarquia parlamentarista, o nome 
"presidente" nada mais é do que denominação dada ao primeiro-ministro 
daquele país. 
38. (FCC/TCE-CE/2006) Parlamentarismo é a forma de governo em que há 
profunda independência entre os Poderes Legislativo e Executivo, que são 
exercidos por pessoas diferentes, podendo o Primeiro-Ministro indicado pelo 
Chefe do Executivo, ser destituído por decisão da maioria do Legislativo, 
através da aprovação de moção de desconfiança. 
Comentários: 
Parlamentarismo é sistema de governo e não forma de governo, esta seria 
Monarquia ou República. 
Gabarito: Errado. 
39. (FCC/TCE-CE/2006) Sistema diretorial de governo, é aquele no qual 
existe total subordinação do Poder Legislativo ao Executivo, que concentra, em 
sua totalidade, o poder político estatal, sendo que o colegiado de governantes 
é indicado pelo Chefe do Executivo, para exercício do mandato com prazo 
indeterminado. 
Comentários: 
No sistema diretorial, ou "governo de Assembléia", existe um diretório (órgão 
colegiado) formado por membros do parlamento, e é este diretório que irá 
exercer o poder. Desta forma, praticamente inexiste o Poder Executivo, já que 
ele está completamente subordinado ao Parlamento que inclusive é 
responsável por eleger os membros daquele Poder. Assim, a questão 
encontrasse completamente às avessas. 
Gabarito: Errado. 
40. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A CF adota o presidencialismo como forma 
de Estado, já que reconhece a junção das funções de chefe de Estado e chefe 
de governo na figura do presidente da República. 
Comentários: 
A forma de Estado é a federação. o Presidencialismo seria o sistema de 
governo brasileiro. 
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Gabarito: Errado. 
Estado Democrático de Direito: 
O Estado democrático de direito é a fase atual da evolução dos Estados. 
Primeiramente, com a Revolução Francesa instala-se o que chamamos de 
"Estado de Direito" ou "Estado Liberal de Direito". O Estado é de direito pois se 
submete aos comandos da lei. 
O Estado Liberal de Direito era um Estado "individualista", ou seja, 
preocupava-se com as liberdades individuais. O conceito de liberdade e 
igualdade, neste tipo de Estado, porém, era deturpado, pois o indivíduo era 
visto como um ser abstrato, "ideal", ignoravam-se as disparidades reais e 
diferenças econômicas, sociais e culturais entre eles. Desta forma, o Estado 
Liberal de Direito cometeu diversas injustiças, pois preocupava-se apenas com 
a formalidade das liberdades, as declarações eram generalistas e abstratas. 
Surge então um Estado Social de Direito, ou Estado Material de Direito. Agora, 
preocupa-se não somente com a formalidade das liberdades, mas também em 
dotar os indivíduos de reais condições para exercê-las e realizar uma justiça 
social. Este Estado tentava compatibilizar o sistema capitalista com o Estado 
do bem-estar social (Welfare State). 
Acontece que tanto o Estado Liberal de Direito quanto o Estado Social de 
Direito nem sempre eram caracterizados com um "Estado Democrático", ou 
seja, aquele Estado fundado na Soberania Popular e que teria o povo como 
regente dos rumos do país. Inclusive, o Estado Social de Direito recebia críticas 
de que se estaria usando a política do bem-estar social para encobrir uma 
exploração capitalista ainda mais cruel. 
Assim temos o surgimento do Estado Democrático de Direito. 
O Estado de Direito se funda no princípio basilar da "legalidade". O Estado 
Democrático de Direto continua a ter a "legalidade" como base, mas esta 
legalidade não serve apenas para limitar o poder do Estado, mas serve de 
instrumento de transformação da sociedade devendo estar apoiada na 
soberania popular, no pluralismo de idéias, no respeito aos direitos 
fundamentais e na realização da justiça social (democracia social, 
econômica, cultural e política). 
J. Afonso da Silva, então, nos ensina que o termo "Estado Democrático de 
Direito" é mais que a mera junção formal do "Estado de Direito" com "Estado 
Democrático". Podemos inferir que estamos diante de um Estado pautado na 
justiça social, e cujas leis refletem a finalidade de alcançar o bem comum. 
De acordo com o referido autor, teríamos os seguintes "princípios" do Estado 
Democrático de Direito e a sua tarefas fundamental: 
a) Princípio da Constitucionalidade - A Constituição rígida é a norma 
superior e legitimada pela vontade popular, devendo ser respeitada. 
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b) Princípio democrático - A democracia deve ser representativa e 
participativa (democracia mista), além de pluralista com respeito as 
minorias. 
c) Sistema de direitos fundamentais. 
d) Princípio da Justiça Social. 
e) Princípio da igualdade - que deve ser a busca pela igualdade material 
(tratar de forma desigual os desiguais na medida de suas desigualdades) e 
não apenas uma igualdade formal. 
f) Princípio da divisão dos poderes. 
g) Princípio da legalidade 
h) Princípio da Segurança Jurídica. 
Alexandre de Moraes ainda adverte que não se consegue conceituar um 
verdadeiro Estado democrático de direito sem a existência de um Poder 
Judiciário autônomo eindependente, para que exerça sua função de guardião 
das leis e garantidor da ordem na estrutura governamental republicana. 
Lembrem-se ainda que a Constituição adotou expressamente como os 
fundamentos do Estado Democrático de Direito no qual se constitui a 
República Federativa do Brasil: 
• a soberania; 
• a cidadania; 
• a dignidade da pessoa humana; 
• os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
• o pluralismo político. 
Vamos resolver as questões: 
41. (CESPE/Analista Judiciário - TJRJ/2008) A expressão "Estado 
Democrático de Direito", contida no art. 1.° da CF, representa a necessidade 
de se providenciar mecanismos de apuração e de efetivação da vontade do 
povo nas decisões políticas fundamentais do Estado, conciliando uma 
democracia representativa, pluralista e livre, com uma democracia 
participativa efetiva. 
Comentários: 
Exatamente... 
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Gabarito: Correto. 
42. (ESAF/AFT/2006) A concretização do Estado Democrático de Direito 
como um Estado de Justiça material contempla a efetiva implementação de um 
processo de incorporação de todo o povo brasileiro nos mecanismos de 
controle das decisões. 
Comentários: 
Estado de justiça material é aquela superação do generalismo e formalismo do 
Estado de Direito a qual se une a efetiva democracia com todo o povo 
participando da regência política. 
Gabarito: Correto. 
43. (ESAF/Técnico da Receita Federal/2006) Segundo a doutrina, não 
se constitui em um princípio do Estado Democrático de Direito o princípio da 
constitucionalidade, o qual estaria ligado apenas à noção de rigidez 
constitucional. 
Comentários: 
Nós vimos que o princípio da Constitucionalidade é um princípio do Estado 
Democrático de Direito. 
Gabarito: Errado. 
44. (ESAF/Auditor da Receita Federal/2006) Segundo a doutrina, o 
princípio do Estado Democrático de Direito resulta da reunião formal dos 
elementos que integram o princípio do Estado Democrático e o princípio do 
Estado de Direito. 
Comentários: 
Vimos que de acordo com José Afonso da Silva o termo "Estado Democrático 
de Direito" é mais que a mera junção formal do "Estado de Direito" com 
"Estado Democrático", o que nos leva a um Estado pautado na justiça social, e 
cujas leis refletem a finalidade de alcançar o bem comum. 
Gabarito: Errado. 
45. (FESAG/Analista do TRE-ES/2005) Um dos pilares do Estado 
Democrático de Direito é a divisão das funções estatais, consagrada pela 
doutrina constitucional sob a denominação "Princípio da Separação dos 
Poderes". Nesse sentido, a Independência dos Poderes importa que, entre 
outras características, a investidura e a permanência das pessoas num dos 
órgãos do governo não dependam da confiança e nem da vontade dos outros. 
Comentários: 
Exatamente! Lembramos que a questão está falando da "regra", já que 
existem exceções sobre a questão da nomeação de membros dos poderes, 
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como a nomeação dos ministros do STF serem feitas pelo Presidente da 
República após aprovação do Senado Federal. 
Gabarito: Correto. 
46. (OAB/OAB-MG/2005) São características essenciais do paradigma 
"Estado Democrático de Direito", EXCETO: 
a) vinculação dos atos estatais à Constituição. 
b) consolidação do Estado Mínimo. 
c) vinculação do legislador à Constituição. 
d) afirmação do princípio da soberania popular. 
Comentários: 
O erro está somente na letra B, já que Estado Mínimo (Estado que se preocupa 
em prover somente os serviços essenciais como segurança pública e etc.) não 
tem nada haver com Estado Democrático de Direito. 
Gabarito: Letra B. 
47. (ESAF/Técnico MPU/2004) Como decorrência da adoção do princípio 
do Estado Democrático de Direito, temos o princípio da independência do juiz, 
cujo conteúdo relaciona-se, entre outros aspectos, com a previsão 
constitucional de garantias relativas ao exercício da magistratura. 
Comentários: 
Vimos que não se consegue um verdadeiro Estado democrático de direito sem 
a existência de um Poder Judiciário autônomo e independente, para que exerça 
sua função de guardião das leis e garantidor da ordem na estrutura 
governamental republicana. Assim, as garantias da magistratura se fundam no 
Estado Democrático de Direito e na Soberania Popular. 
Gabarito: Correto. 
48. (CESPE/Delegado - PF/1997) No Estado democrático de direito, a lei 
tem não só o papel de limitar a ação estatal como também a função de 
transformação da sociedade 
Comentários: 
Exatamente, é a superação do conceito de legalidade do Estado de Direito. No 
Estado Democrático de Direto continuamos a ter a "legalidade" como base, 
mas esta legalidade não serve apenas para limitar o poder do Estado, mas 
serve de instrumento de transformação da sociedade. 
Gabarito: Correto. 
49. (MPE-RS/MPE-RS/2009) O direito do Estado Democrático de Direito 
assume uma característica nitidamente transformadora da sociedade. 
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Comentários: 
Isso aí. 
Gabarito: Correto. 
Tripartição funcional do poder: 
São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o 
Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
1- Esta é uma cláusula pétrea, não pode ser abolida (ou reduzida) de nossa 
Constituição. 
2- Este artigo mostra que ao mesmo tempo em que os Poderes são indepen-
dentes, são também harmônicos entre si, o que forma o chamado "sistema de 
freios e contrapesos" (check and balances), onde um Poder vai sempre atuar 
de forma a impedir o exercício arbitrário na atuação do outro. 
Exemplos de "freios e contrapesos" são vários na Constituição: o poder de 
veto exercido pelo Presidente aos projetos de lei, a necessidade de 
aprovação do Senado para que o Presidente possa nomear certas 
autoridades (elencadas pela Constituição) , o controle que o Judiciário 
exerce sobre atos públicos que violem os dispositivos da Constituição ou das 
leis, entre outros. 
3- Decorrente do sistema de freios e contrapesos, tem-se também a formação, 
em cada Poder, das funções típicas e atípicas. As típicas seriam aquelas 
precípuas de cada um; as atípicas seriam as funções que seriam precípuas de 
outro Poder. 
Poder Função típica Função Atípica 
Executivo Administrar Julgar e Legislar 
Legislativo 
Legislar e fiscalizar através do 
controle externo 
Julgar e 
Administrar 
Judiciário Julgar 
Legislar e 
Administrar 
Embora a Constituição tenha elencado 3 Poderes do Estado, seguindo a famosa 
teoria da "separação dos poderes" de Montesquieu, atualmente o uso do termo 
"separação dos poderes" ou "divisão dos poderes" é alvo de críticas. O Poder 
do Estado para a doutrina majoritária é apenas um (unicidade do poder 
político), e assim como a sua soberania, é indelegável (o interesse do povo não 
pode ser usurpado) e imprescritível (não se acaba com o tempo). Desta forma, 
o que se separa ou se divide não é o Poder do Estado (Poder Político) e sim as 
funções deste Poder, daí termos a aplicação da expressão "tripartição funcional 
do Poder" (ou "distinção das funções do poder") .O Poder a que nos referimos, 
é o Poder Político, que continua uno, porém, exercido através das funções 
executiva, legislativa e judiciária. Lembrando que o titular deste Poder é o 
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povo, e os agentes ao exercerem cada uma destas funções devem agir em 
nome do povo. É oportuno que relembremos agora as características do Poder 
Político: 
• Unicidade -Ele é apenas um, indivisível. Impede-se, assim, que haja 
conflitos ou fracionamentos criando interesses diversos daquele que é o 
real interesse do povo. 
• Titularidade do Povo - "Todo o poder emana do povo" - O povo é o 
titular da soberania e são os seus interesses que irão prevalecer. 
• Imprescritibilidade - Este poder é permanente, não se acaba com o 
tempo. 
• Indelegabilidade - O povo não pode abrir mão de seu poder. Embora 
haja representantes, estes sempre agem em nome do seu povo. 
1 Tese que não é majoritariamente aceita. 
2 Como também entende José Luiz Quadros Magalhães, em MAGALHÃES, José Luiz Quadros 
de. A teoria da separação de poderes. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 489, 8 nov. 2004. 
Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/5896>. Acesso em: 11 abr. 2011. 
3 Como também faz José Afonso da Silva - Curso de Direito Constitucional Positivo. 33a Ed., 
pg. 645. 
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Peculiaridades das funções do Poder no sistema atual: 
Embora a Constituição Federal tenha adotado o poder político com suas 
funções distribuídas por "três Poderes", a realidade se mostra mais complexa. 
A existência no Brasil do Ministério Público e dos Tribunais de Contas, por si, já 
é suficiente para relativizar esta tripartição. Embora, não seja um consenso, 
nem nos parece viável, a existência de um "quarto poder"1, achamos correto, 
ao menos, aceitar a existência de uma "quarta função do poder político", 
assim, tais órgãos (MP e Tribunal de Contas) poderiam estar enquadrados em 
uma chamada "função fiscalizatória"2. 
A função legislativa, poderia ainda estar dividida em espécies: legislativa 
constitucional, legislativa ordinária e a normativa infralegal. 
Na função executiva, poderíamos ainda distinguir3 a "função administrativa 
propiramente dita" que é basicamente a gestão da máquina pública, da 
"função de governo" que seria a função política, exercendo o direcionamento 
das políticas públicas e funções co-legislativas (sanção, promulgação e 
publicação das leis). 
Jurisprudência: 
• Segundo o STF, os mecanismos de freios e contrapesos estão 
previstos na Constituição Federal, sendo vedado à Constituição 
Estadual inovar criando novas hipóteses de interferências de um poder 
em outro (ADI 3046). 
• Também se configura inconstitucional novas exigências de 
aprovações, como, por exemplo, a não observância do prazo de 15 
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dias - art. 83, CF - para a necessidade de licença pela Assembléia 
Legislativa para que o Governador ou Vice venha se ausentar do país 
(ADI 738). 
• Ofende o princípio da independência e harmonia entre os poderes, 
sendo assim, inconstitucional a norma que subordina convênios, 
acordos, contratos e atos de Secretários de Estado à aprovação da 
Assembléia Legislativa (ADI 676). 
50. (FCC/TJAA-TRT-SP/2008) A função do Vice-Presidente da República 
de substituir o Presidente da Republica impedido do exercício do cargo é 
classificada como 
a) típica de ordem constitucional. 
b) atípica de ordem legal. 
c) objetiva de ordem legal. 
d) objetiva de ordem mandamental. 
e) analítica de ordem mandamental. 
Comentários: 
As funções podem ser típicas ou atípicas. A função do Vice-presidente de 
substituir o Presidente da República é uma função básica dele, inclusive é a 
sua principal função. Logo, trata-se de uma função típica, pois não é 
excepcional, e isso decorre diretamente de mandamento constitucional. Logo, 
é uma função típica de ordem constitucional. 
Gabarito: Letra A. 
51. (FCC/Defensor Público/2006) A teoria dos checks and balances prevê 
que a cada função foi dado o poder para exercer um grau de controle direto 
sobre as outras, mediante a autorização para o exercício de uma parte, 
embora limitada, das outras funções (Certo/Errado). 
Comentários: 
O art. 2° da Constituição nos mostra que ao mesmo tempo em que os 
Poderes são independentes, são também harmônicos entre si, o que forma o 
chamado "sistema de freios e contrapesos" (check and balances), onde um 
Poder vai sempre atuar de forma a impedir o exercício arbitrário na atuação 
do outro. 
Decorrente disso, tem-se também a formação, em cada Poder, das funções 
típicas e atípicas. As típicas seriam aquelas precípuas de cada um: legislar (e 
também promover a fiscalização orçamentária), administrar ou julgar. As 
atípicas seriam as funções que seriam precípuas de outro Poder. 
Gabarito: Correto. 
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52. (FCC/AJAJ-TRT3a/2005 - Adaptada) O princípio da independência e 
harmonia entre os Poderes figura entre os princípios constitucionais 
fundamentais, tendo merecido um tratamento segundo o qual: 
a) nenhum dos Poderes poderá exercer funções típicas dos demais. 
b) a separação dos Poderes goza da garantia reforçada de ser uma cláusula 
pétrea da Constituição. 
c) não será obrigatório que nenhum Poder preste contas de seus atos a outro 
dos Poderes. 
d) a nomeação de membros de um dos Poderes não poderá depender da 
aprovação de outro Poder. 
Comentários: 
O correto seria a letra B, já que: 
Letra A - Existe essa possibilidade. 
Letra B - Correto! 
Letra C - Existe esse controle de um Poder sobre o outro. 
Letra D - Existem casos onde o Senado deve aprovar a nomeação feita pelo 
Presidente. Ex. Procurador Geral da República, Presidente do Banco Central, 
Ministros do STF, etc. 
Gabarito: Letra B. 
53. (CESPE/PGE-AL/2008) O poder soberano é uno e indivisível e emana 
do povo. A separação dos poderes determina apenas a divisão de tarefas 
estatais, de atividades entre distintos órgãos autônomos. Essa divisão, 
contudo, não é estanque, pois há órgãos de determinado poder que executam 
atividades típicas de outro. 
Comentários: 
Vamos analisar a questão: 
O poder soberano é uno e indivisível e emana do povo. 
Perfeito! 
A separação dos poderes determina apenas a divisão de tarefas 
estatais, de atividades entre distintos órgãos autônomos. 
Perfeito! A separação é apenas funcional. 
Essa divisão, contudo, não é estanque, pois há órgãos de determinado 
poder que executam atividades típicas de outro. 
Perfeito novamente. 
Gabarito: Correto. 
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54. (CESPE/PGE-AL/2008) Para a moderna doutrina constitucional, cada 
um dos poderes constituídos exerce uma função típica e exclusiva, afastando o 
exercício por um poder de função típica de outro. 
Comentários: 
Como vimos, os órgãos sejam eles do Legislativo, Executivo ou Judiciário, 
fazem parte de um Poder que nos termos do art. 2° da Constituição é 
independente, mas, que também é harmônico com os demais, isto implica o 
exercício de funções atípicas, como a possibilidade de o Executivo legislar, ou 
do Legislativo julgar, o que impede que se fale em exclusividade do exercício 
da função. 
Gabarito: Errado. 
55. (CESPE/PGE-AL/2008) A cada um dos poderes foi conferida uma 
parcela da autoridade soberana do Estado. Para a convivência harmônica entre 
esses poderes existe o mecanismo de controles recíprocos (checks and 
balances). Esse mecanismo, contudo, não chega ao ponto de autorizar a 
instauração de processo administrativo disciplinar por órgão representante de 
um poder para apurar a responsabilidade de ato praticado por agente público 
de outro poder. 
Comentários: 
Um poder sempre atua controlando o exercício arbitrário de outro. Porém, 
existem atos chamados "interna corporis" (que dizem respeito a assuntos 
internos) nos quais é vedada a intromissão de um outro poder. 
Gabarito: Correto. 
56. (ESAF/AFC-STN/2005) A função executiva, umadas funções do poder 
político, pode ser dividida em função administrativa e função de governo, 
sendo que esta última comporta atribuições políticas, mas não comporta 
atribuições co-legislativas. 
Comentários: 
Entendemos que a função executiva se divide na "função administrativa" e na 
"função de governo". A função administrativa é basicamente a gestão da 
máquina pública enquanto a função de goveno seria a função política, 
exercendo o direcionamento das políticas públicas além das funções co-
legislativas (sanção, promulgação e publicação das leis). 
Gabarito: Errado. 
OUTRAS QUESTÕES SOBRE PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS: 
57. (FCC/DPU-SP/2009) Em relação aos objetivos fundamentais da 
República Federativa do Brasil previstos no artigo 3o da Constituição Federal, 
considere as seguintes afirmações: 
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I. São reveladores de uma axiologia, uma antevisão de um projeto de 
sociedade mais justa esposado pelo constituinte. 
II. Vem enunciados em forma de ação verbal (construir, erradicar, reduzir, 
promover), que implicam a necessidade de um comportamento ativo pelos que 
se acham obrigados à sua realização. 
III. Como possuem enunciado principialista e generalista não possuem valor 
normativo, daí porque o estado brasileiro descumpre-os sistematicamente. 
IV. O repúdio ao terrorismo e racismo está dentre os objetivos mais 
importantes, pois respalda outra normaregra objetiva que é a dignidade da 
pessoa humana. 
V. Além de outras normas constitucionais, encontramos vários instrumentos e 
disposições para efetivação dos objetivos nos títulos que tratam da ordem 
econômica e da ordem social. 
Estão corretas SOMENTE 
a) I, II e IV. 
b) I, II e V. 
c) I, IV e V. 
d) II, III e IV. 
e) III, IV e V. 
Comentários: 
I- Correto. Obeservando o rol de objetivos constantes do art. 3° da 
Constituição vemos claramente que o constituinte estava preocupado em 
formar uma sociedade menos desigual, sem preconceitos, enfim, mais justa. 
Axiologia é tudo o que se refere a princípios, valores e etc... 
II- Correto. São aquilo que a doutrina chama de "normas programáticas", são 
normas que direcionam a atuação do Estado. Por si só, não são capazes de 
produzir efeitos no campo prático, mas traçam diretrizes para balizar a 
conduta dos poderes públicos. 
III- Errado. Tudo aquilo que está positivado no corpo da Constituição possui 
valor normativo, exceção se faz somente ao preâmbulo, que segundo a 
jurisprudência do STF é despido de força normativa. Assim, embora seus 
enunciados sejam realmente principialistas e generalistas, não se pode dizer 
que estão ausentes de força normativa, já que, qualquer ação em sentido 
contrário ao que ali está, será tida como inconstitucional. 
IV- Errado. A dignidade da pessoa humana não é uma norma-regra, e sim uma 
norma princípio. 
V- Correto. A Constituição brasileira é uma constituição analítica. Em seus 
artigos iniciais (princípios fundamentais), ela traça diretrizes generalistas a 
serem alcançadas, verdadeiros princípios a serem observados. Ao longo do 
texto constitucional, ela traz outros princípios e regras que, na verdade, são, 
muitas vezes, desdobramentos dos princípios fundamentais. Estes 
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desdobramentos ao ao serem observados irão servir para concretizar os 
princípios fundamentais. 
Gabarito: Letra B. 
58. (FCC/DPE-SP/2009) Assinale a afirmativa correta. 
a) Nosso federalismo prevê a atuação do poder constituinte derivado 
decorrente, por meio de instituições que correspondam à idéia centralizadora 
de afirmação do estado que atua em bloco único. 
b) A teoria da 'tripartição de poderes' confirma o princípio da indelegabilidade 
de atribuições, por isso qualquer exceção, mesmo advinda do poder 
constitucional originário, deve ser considerada inconstitucional. 
c) O princípio do pluralismo político refere-se à ideologia unitária da 
preferência político-partidária, já que nesse terreno é imperativa a aplicação da 
reserva da constituição. 
d) Nas relações internacionais aplica-se o princípio constitucional da 
intervenção, com repúdio ao terrorismo e defesa da paz, além da solução 
pacífica dos conflitos. 
e) O princípio republicano, que traduz a maneira como se dá a instituição do 
poder na sociedade e a relação entre governantes e governados, mantém-se 
na ordem constitucional mas hoje não mais protegido formalmente contra 
emenda constitucional. 
Comentários: 
Letra A - Errada. Realmente nosso federalismo prevê a atuação do poder 
constituinte derivado decorrente, que é o poder que os Estados membros 
possuem para elaborar as suas constituições. Isso reflete justamente uma 
idéia "descentralizadora" das atuações em não uma idéia centralizadora, já que 
os Estados estarão dotados de autonomia própria. 
Letra B - Errado. Mais uma vez: os "poderes" (Legislativo, Executivo, e 
Judiciário) são independentes, porém, são harmônicos entre si. Desta forma, 
cada um deles possui certas atribuições típicas (essenciais), mas também 
algumas consideradas atípicas (que são essenciais aos outros). Isto não fere o 
conceito de tripartição funcional do poder. 
Letra C - Errada. Questão absurda. Se estamos falando de "pluralismo 
político" estamos diante de uma ideologia "plural", diversificada, variada, e não 
uma ideologia unitária. 
Letra D - Errada. O correto seria "não-intervenção". 
Letra E - Está correta a letra E, pois definiu-se corretamente o que seria a 
"forma de governo" - no Brasil, a "república" - e corretamente asseverou que 
esta forma de governo não é mais uma cláusula pétrea, ou seja, é algo que 
não está protegido contra emendas constitucionais (vide CF, art. 60 §4°). 
Lembrando que, no entanto, a república continua sendo um princípio 
constitucional sensível (CF, art. 34, VII) ou seja, um princípio que se não 
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observado pelos entes da Federação, poderá ensejar uma "intervenção federal" 
da União no Estado ou Distrito Federal que esteja ofendendo tal princípio. 
Gabarito: Letra E. 
59. (CESPE/Analista Judiciário - TJRJ/2008) Acerca dos princípios 
fundamentais da CF, julgue os itens a seguir. 
I A República é uma forma de Estado. 
II A federação é uma forma de governo. 
III A República Federativa do Brasil admite o direito de secessão, desde que 
esta se faça por meio de emenda à CF, com três quintos, no mínimo, de 
aprovação em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos. 
IV São poderes da União, dos estados e do DF, independentes e harmônicos, o 
Legislativo, o Judiciário e o Executivo. 
V A expressão "Estado Democrático de Direito", contida no art. 1.° da CF, 
representa a necessidade de se providenciar mecanismos de apuração e de 
efetivação da vontade do povo nas decisões políticas fundamentais do Estado, 
conciliando uma democracia representativa, pluralista e livre, com uma 
democracia participativa efetiva. 
A quantidade de itens certos é igual a 
a) 1. 
b) 2. 
c) 3. 
d) 4. 
e) 5. 
Comentários: 
Vamos agora comentar cada item: 
I - Errado. República é forma de GOVERNO. 
II - Errado. A federação é a forma como se desenha o ESTADO, seu território. 
III - Errado. Nas federações é diferente do que ocorre nas confederações. As 
federações são indissolúveis, já que os integrantes são despidos de soberania. 
Assim, não há o que se falar em "direito de secessão" (direito de se separar) 
em federações. 
Nossa constituição é expressa neste ponto, logo no caput do art. 1: A 
República Federativa do Brasil, FORMADA PELA UNIÃOINDISSOLÚVEL... 
IV - Errado. Segundo o art. 2° da Constituição Federal, o Legislativo, o 
Executivo e o Judiciário são poderes DA UNIÂO! 
Salientamos ainda que o DF não possui Poder Judiciário próprio, este é 
mantido pela União. A questão tinha a intenção, tão somente, de extrair do 
candidato o conhecimento sobre a literalidade do art. 2°. 
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V - Correto. é a única alternativa correta. Conforme vimos, o "Estado 
democrático de direito", é aquele pautado na justiça, e cujas leis refletem a 
finalidade de alcançar o bem comum. Assim, as decisões políticas devem 
refletir efetivamente a vontade do povo. A lei deve refletir a justiça social. 
Gabarito: Letra A. 
Pronto Pessoal!!! Hoje ficaremos por aqui. 
Em caso de dúvidas, não deixem de me procurar pelo Fórum, ok?! 
Grande abraço e excelentes estudos. 
Vítor Cruz 
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