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1 
 
Serviço Público Federal 
Universidade Federal da Bahia 
Maternidade Climério de Oliveira 
Fundada em 30 de Outubro de 1910 
 
PROGRAMA ATENAS 
Programa de Atenção ao Abortamento em Salvador 
 
”Mirem-se no exemplo 
Daquelas mulheres de Atenas: 
Geram pros seus maridos 
Os novos filhos de Atenas 
(...)As jovens viúvas marcadas 
E as gestantes abandonadas 
Não fazem cenas 
Vestem-se de negro, se encolhem 
Se conformam e se recolhem 
Às suas novenas, serenas 
Mirem-se no exemplo 
Daquelas mulheres de Atenas 
Secam por seus maridos 
Orgulho e raça de Atenas” 
Chico Buarque de Hollanda, Mulheres de Atenas 
 
 
 
PROGRAMA DE ATENÇÃO EXTRA HOSPITALAR ÀS PACIENTES EM 
SITUAÇÃO DE ABORTAMENTO 
 
Salvador, Ba 
2015 
2 
 
MATERNIDADE CLIMÉRIO DE OLIVEIRA 
 
 
PROGRAMA DE ATENÇÃO EXTRA HOSPITALAR ÀS PACIENTES EM 
SITUAÇÃO DE ABORTAMENTO 
 
PROGRAMA ATENAS 
Programa de Atenção ao Abortamento em Salvador 
 
 
Gerente de Atenção à Saúde: Dr Paulo Roberto Tavares Gomes Filho 
Coordenador Geral: Dr Adriana Monteiro dos Santos Lopes 
Vice-coordenador: Dr Caio Nogueira Lessa 
Coordenador de Enfermagem: Enfa Sara Paiva Bitencourt da Silva 
e Enfa Marinalva Moreira Santos 
Membros Enfa Ana Gabriela Lima Bispo de Victa 
Psicologa: Janaína de Azevedo L. Rego 
Psicologa: Priscila Veloso 
Assistente Social: Gilmara e Geisa 
 
 
 
Salvador, Ba 
2015 
3 
 
ÍNDICE 
Título 
Resumo 
 
Introdução 05 
Objetivo Geral/Específicos 07 
Metodologia 08 
Critérios de Elegibilidade/Exclusão 09 
Fluxo extra hospitalar 
Avaliação da enfermagem na ACCR 
Avaliação médica na emergência 
Avaliação multiprofissional ambulatorial 
Avaliação para esvaziamento eletivo 
Medicamentos utilizados e ofertados na maternidade 
Detalhes da realização dos exames 
12 
14 
15 
16 
17 
18 
19 
Finalização e Conclusões 20 
ANEXO 1 
Fluxograma dos critérios de inclusão/exclusão 
Impressos 
Abertura de prontuário e montagem 
 
 
 
 
 
22 
24 
26 
34 
 
 
 
4 
 
RESUMO DO PROJETO 
PROGRAMA DE ATENÇÃO EXTRA HOSPITALAR ÀS PACIENTES EM 
SITUAÇÃO DE ABORTAMENTO 
PROGRAMA ATENAS 
 Público-alvo: mulheres em situação de abortamento precoce (< 12 semanas de 
gestação) sem comorbidades. 
 Onde: pacientes atendidas por demanda espontânea nas Maternidades públicas de 
Salvador-Bahia. 
 Objetivo: re-estabelecer autonomia do paciente sobre seu tratamento, aguardar 
esvaziamento uterino fisiológico após perda gestacional precoce; seguir diretrizes 
ministeriais de desospitalizar, humanizar, acolher, garantir direitos sexuais e 
reprodutivos, planejamento familiar; reduzir violência psicológica, física, social e 
moral às pacientes vítimas de abortamento; sensibilizar profissionais de saúde e 
sociedade sobre o tema. 
 Como: oferecer às pacientes que chegam até a emergência obstétrica em situação de 
abortamento, atendimento multiprofissional, embasado cientificamente e corroborado 
por políticas e programas nacionais de saúde através de outra forma de assistência 
mais fisiológica e menos invasiva pelo acompanhamento telefônico e presencial do 
processo natural de perda gestacional precoce. 
 Programas e diretrizes ministeriais diretamente envolvidos: Rede Cegonha, 
HumanizaSUS, Política Nacional de incentivo à desospitalização, Programa de 
Atenção Humanizada ao Abortamento, Programa de Atenção à Saúde da 
Mulher; Política de combate a violência contra a mulher; Política de combate à 
mortalidade materna. 
 Status atual: em atividade desde outubro de 2014 já como programa institucional da 
Maternidade Climério de Oliveira, tendo assistido extra hospitalar 200 pacientes até 
outubro 2015. Já com protocolos assistenciais multiprofissionais prontos, fichas de 
acompanhamento, termo de consentimento livre e esclarecido para pacientes. 
 
 
 
 
5 
 
 
INTRODUÇÃO 
 Vivemos momento importante dentro do atendimento à mulher no período 
gravídico-puerperal, em que se discute cada vez mais os direitos sexuais e reprodutivos da 
mulher, com retomada do poder de escolha e autonomia do paciente à qual 
tratamento/acompanhamento deseja receber, de acordo com as possibilidades cientificamente 
aceitas e disponíveis nos serviços de saúde. 
 O Governo Federal atento às questões da saúde da mulher em toda sua amplitude e 
necessidades, tem promovido diversos programas de atenção especializada focadas na 
humanização, desospitalização e, com a Rede Cegonha, assim como com os protocolos de 
assistência à paciente em situação de abortamento, trazendo a proposta de atendimento 
integral, diferenciado e humanizado à mulher nas fases mais críticas e importantes de suas 
vidas. 
 Dentro da proposta de melhorar a assistência às mulheres em situação de abortamento, 
tendo como norteador de nossas ações a necessidade de redução da mortalidade materna, 
enfrentamento da violência contra mulher, garantia dos direitos sexuais e reprodutivos, 
planejamento familiar, acolhimento com escuta qualificada dos problemas e necessidades das 
mulheres em situação de abortamento, idealizamos o projeto de atenção extra hospitalar para 
esse público. Tendo programas como Rede Cegonha, Programa Humaniza-SUS, política 
ministerial de incentivo à desospitalização, Aborto Seguro da Organização Mundial de Saúde 
e Programa de Atenção Humanizada ao Abortamento do Ministério da Saúde, assim como 
evidencias científicas atuais, construímos e implantamos em nossa Maternidade o 
Projeto/Programa de Atenção Extra Hospitalar às Pacientes em Situação de Abortamento. 
O programa visa o atendimento humanizado, individualizado de pacientes com perdas 
gestacionais precoces, resgatando o acompanhamento multidisciplinar e respeitando o ciclo 
fisiológico inerente ao período analisado. Oferecemos mais uma oportunidade de tratamento 
preconizados pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde, assim como já 
descrito na literatura atual. Objetivamos diminuir as intervenções cirúrgicas e 
medicamentosas, oferecer apoio psicológico, médico, de assistência social e enfermagem para 
garantir os direitos sexuais e reprodutivos das pacientes, possibilitando de forma informada e 
esclarecida, o acompanhamento expectante do processo natural do abortamento precoce. 
Além da questão assistencial em si, visamos ampla conscientização e discussão sobre o tema, 
6 
 
melhora do preconceito e sofrimento psicológico à que essas mulheres são submetidas nos 
moldes atuais de assistência oferecida pela maioria das maternidades brasileiras. 
 Adotamos critérios de inclusão e exclusão no projeto, dentro do que é cientificamente 
aceito, utilizando de instrumentos de acompanhamento já estabelecidos em outros modelos 
institucionais, prezando pelo não malefício e pelo maior benefício que possamos oferecer às 
pacientes por nós atendidas, nesta Maternidade Climério de Oliveira. 
 Abaixo seguirão o percurso da paciente dentro da instituição, papel de cada 
profissional envolvido, medicamentos e intervenções possíveis e previsão de dúvidas para 
esclarecimento de todos os profissionais direta ou indiretamente envolvidos na execução e 
elaboração deste projeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
OBJETIVOS GERAIS 
 Prestar atendimento acolhedor, humanizado, diferenciado e individualizado, 
respeitando a autonomia de escolha da mulher, oferecendo acompanhamento 
expectante multidisciplinar depacientes em situação de abortamento precoce 
(abortamento menor 12 semanas de gestação), sem comorbidades e que assim 
o deseje 
 Reduzir a hospitalização desnecessária, uso de medicamentos e complicações 
cirúrgicas inerentes ao procedimento em si 
 Garantia dos direitos sexuais, reprodutivos e de planejamento familiar das 
mulheres 
 Abrir discussão sobre o tema abortamento: combater o preconceito e violência 
física, psicológica e social sofrida por essas mulheres, através da informação e 
empoderamento em suas escolhas; sensibilização dos profissionais de saúde, 
familiares dos pacientes e toda sociedade 
 Desmistificar condutas arraigadas ao modelo de atenção à saúde 
hospitalocêntrica e, seguindo modelo atual de desospitalização e humanização, 
oferecer outra opção de tratamento baseado em evidencias científicas 
amplamente pesquisadas 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 Reduzir intervenções e complicações cirúrgicas e uso de medicamentos 
desnecessários 
 Reestabelecer a autonomia de escolha do paciente sobre qual tratamento deseja 
submeter-se 
 Redução de internamentos desnecessários, liberando leitos e cuidados 
hospitalares para quem realmente precisa 
 Discutir e sensibilizar população e profissionais da saúde sobre tema envolto 
em preconceitos e mitos 
 
 
 
8 
 
METODOLOGIA 
 
 Criação de protocolo de assistência multidisciplinar, percurso institucional da 
paciente, baseado em evidencias científicas, protocolos e normas técnicas do 
Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde e de protocolos de outros 
serviços internacionais 
 Reuniões, sessões cientificas, encaminhamento de normas e fluxos do projeto 
aos profissionais da maternidade, pacientes candidatas a participar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE PARA PARTICIPAÇÃO DO PROGRAMA DE 
ATENÇÃO ÀS VITIMAS DE ABORTAMENTO 
Paciente que se dirija espontaneamente à emergência da Maternidade, com gravidez 
inicial (menor que 12 semanas), queixa de cólicas, sangramento genital ou dor abdominal, 
após acolhimento e classificação de risco pela enfermagem, atendimento médico, seguindo 
protocolo assistencial desta casa, definindo diagnóstico, conduta e plano terapêutico 
individualizado, será eleita para tratamento intra ou extra hospitalar. Às pacientes eleitas ao 
acompanhamento extra hospitalar serão dadas a opção extra e intra hospitalar, ficando para a 
mesma, após esclarecimento das dúvidas, a decisão por um ou outro acompanhamento. 
 
Camayo FJA, Martins LAB, Cavalli, FEMINA | Janeiro 2011 | 
vol 39 | nº 1 Perda gestacional retida: tratamento baseado em 
evidência 
10 
 
 Camayo FJA, Martins LAB, Cavalli, FEMINA | Janeiro 2011 | vol 39 | nº 1 Perda gestacional retida: tratamento baseado em 
evidência 
Para fazer parte do acompanhamento ambulatorial do programa, a paciente deverá 
encaixar-se dentro dos parâmetros abaixo definidos: 
 
PACIENTES ELEGÍVEIS A PARTICIPAR: 
 
-Idade gestacional menor do que 12 semanas 
-Primeiro ou segundo episódio de abortamento espontâneo, não molar, não ectópico, não 
infectado. 
-Estar no curso de uma perda gestacional espontânea, inevitável, inviável, incompleta, 
retida (anembrionado ou BCF ausentes) ou medicamentosa domiciliar, menor que 12 
semanas de gestação 
-Estabilidade hemodinâmica (FC<120bpm, TA ≥ 90x60mmHg, PAM> 100mmHg, 
hematócrito maior que 30% e/ou hemoglobina maior que 9,0) 
-Sem sangramento vaginal, ou com sangramento discreto (menor que ++/4 ou < 500ml) 
-Possuir telefone próprio 
11 
 
-Domiciliada em Salvador-ba 
-Ser alfabetizada 
-Falar português fluentemente 
-Aceitar participar de acompanhamento multidisciplinar domiciliar 
 
PACIENTES INELEGÍVEIS: 
 
-Aborto molar, ectópico (tubário, ovariano, cervical, abdominal), infectado, habitual (> 
03 episódios), hemorrágico, manipulado 
-Beta-HCG colhido na admissão > 40.000 mUI/mL 
-Instabilidade hemodinâmica (FC>120bpm, TA< 90x60, hemorragia genital com perda 
maior que 500ml, sudorese, pele fria, alteração do estado mental, hematocrito menor 
que 30% e/ou hemoglobina menor que 10,0) 
-Aborto infectado (febre com Temperatura > 37,8ºC, dor à mobilização de colo uterino, 
odor fétido ao toque vaginal, sinais de desidratação, sepse, leucograma elevado e com 
desvio à esquerda) 
-Doenças coexistentes como coagulopatias, cardiopatias, pneumopatias e quaisquer 
outras patologias crônico-degenerativas que requeiram cuidados hospitalares 
-Desejo da paciente por resolução imediata 
-Estrangeiros que não falem fluentemente português 
 
Pacientes classificadas como inelegíveis deverão ser internas e procederem à rotina 
habitual de esvaziamento uterino cirúrgico, preferencialmente por AMIU, segundo diretrizes 
do Ministério da Saúde. 
 
 
12 
 
FLUXO EXTRA HOSPITALAR (AMBULATORIAL) DAS PACIENTES 
SELECIONADAS 
 
Após acolhimento com classificação de risco e avaliação médica na emergência do 
Centro Obstétrico e eleição da paciente para cuidados extra-hospitalares e expectantes, será 
entregue à mesma, termo de consentimento livre e esclarecido com orientações domiciliares, 
receita e analgésicos fornecidos pela maternidade; paciente retornará à recepção da 
emergência onde terá anotados seus telefones e endereço, para contato telefônico em 24 a 72 
horas. Diariamente (de segunda e sexta-feira, das 8:00h às 17:00h) a enfermeira responsável 
pelas marcações/contato telefônico acessarão livro de cadastro das pacientes da emergência, 
farão contato telefônico com as pacientes e confirmarão data de retorno multidisciplinar 
(médico, enfermeiro , SS e psicólogo) em 07 dias do contato inicial com a instituição. 
Psicologia, Enfermagem, (Assist. Social) farão contato telefônico a cada 48 a 72 horas com as 
pacientes, de modo alternado e de acordo com a necessidade de cada mulher, utilizando-se de 
protocolos e perguntas predefinidas para acompanhamento das mesmas. Importante ressaltar 
que o acompanhamento ambulatorial e expectante poderá ser interrompido a qualquer 
momento pela paciente se ela assim o desejar. 
Na primeira consulta de 07 dias, serão prestados esclarecimentos e o oferecimento das 
modalidades (após informação exaustiva dos prós e contras de cada conduta, vide Anexo 1) a 
opção por acompanhamento apenas expectante, farmacológico ou cirúrgico, sempre dando 
preferência à opção menos invasiva e mais fisiológica possível. 
Após a primeira consulta ambulatorial de 07 dias, orientações médicas e 
esclarecimento de dúvidas, nova consulta será marcada em 30 dias, quando a paciente 
retornará, também via ambulatorial, para avaliação médica, ultrassonografica, de 
enfermagem, psicológica e de assistência social. 
Tendo havido expulsão de conteúdo uterino, paciente receberá primeiras orientações 
sobre planejamento familiar e será encaminhada ao planejamento familiar do Município. 
Não tendo havido expulsão do conteúdo, serão ofertados à paciente duas modalidades 
de tratamento: 
 
 
13 
 
-Farmacológico ou cirúrgico 
Optando pelo acompanhamento farmacológico, serão administrados no ambulatório 
600mg de misoprostol vaginal, entregues receita, termo de consentimento livre e esclarecido, 
medicamentos analgésicos e novas orientações (por escrito) com data de retorno. Nova 
avaliação com consulta médica e ultrassonografia ambulatoriais serão realizadas em 01 
semana. Se expulsão completa, encaminhada para acompanhamento ginecológico e de 
planejamento familiar de rotina. Se esvaziamento ausente ou incompleto, poderá ser tentada 
nova dose de misoprostol ou encaminhada ao Centro Obstétrico para esvaziamento eletivo poraspiração manual intra-uterina (AMIU) ou curetagem uterina, de acordo com sua escolha. 
Optando por esvaziamento cirúrgico, paciente será encaminhada eletivamente ao 
Centro Obstétrico na manhã seguinte (ou no mesmo momento) ao atendimento da emergência 
para internação e esvaziamento uterino por aspiração manual intrauterina (após preparo com 
misoprostol vaginal), com alta programada para, no máximo, 08 horas da admissão. Revisão 
em 07 dias após esvaziamento, também no ambulatório. 
Outras opções no atendimento inicial na emergência/ambulatório: 
-Na emergência: 
Paciente com abortamento incompleto, sangramento moderado e bom estado geral, 
sem sinais de infecção poderá ser conduzida com uso de maleato de metilergometrina, 
0,125mg, 01 a 02 comprimidos, via oral, de 8 em 8 horas, ou maleato de ergometrina 
0,2mg, 01 a 02 comprimidos via oral, de 6 em 6 horas por 03 dias ou ainda maleato de 
ergometrina 01 ampola intramuscular, dias 1, 2 3 (03 dias consecutivos) ou ainda, uma dose 
intramuscular de maleato de ergometrina, dose única e liberar com receita de comprimidos 
para casa; e analgésicos e antiinflamatórios, por três dias, cedidos pela maternidade. 
Preferencialmente não utilizar nenhuma medicação. Apenas estará disponível na unidade mais 
uma arma no arsenal terapêutico a ser conduzido pelo médico que assistiu à paciente. Paciente 
será revista em 07 dias no ambulatório para exame médico, de laboratório e de imagem. 
No ambulatório: 
Respeitando a autonomia da paciente e após esclarecimento de dúvidas, indicações e 
contra-indicações, a paciente na primeira consulta de 07 dias poderá optar por 03 caminhos 
possíveis: esvaziamento espontâneo (que deve ser estimulado e desmistificado), esvaziamento 
farmacológico com misoprostol ou esvaziamento uterino cirúrgico. Deve ser explicado à 
14 
 
paciente e adaptado ao seu desejo e realidade- cada tipo de tratamento, e, se possível, 
envolver familiar próximo/cônjuge numa rede de apoio para que a mulher possa passar mais 
tranquila pelo período de espera da completude do abortamento. 
 
Profissionais diretamente envolvidos a serem sensibilizados: 
- plantonistas médicos, residentes médicos, internos, enfermeiros, técnicos de 
enfermagem e recepcionistas do centro obstétrico. 
-médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, psicólogos do 
ambulatório 
 
AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM NO ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO 
DE RISCO 
 
 Paciente com queixa de sangramento genital e cólicas, com idade gestacional 
menor que 12 semanas ou com exame de ultrassonografia demonstrando 
abortamento incompleto, retido, anembrionado, ovo cego, inevitável serão 
classificadas em amarelo e intercaladas com as gestantes para atendimento 
preferencial evitando-se espera superior à sugerida pela estratificação habitual 
da classificação de risco sugerida pelo Ministério da Saúde. 
A intenção do atendimento priorizado não é apenas diminuir o tempo de espera, para 
que mais precocemente se dê o diagnóstico e conduta para essas pacientes, mas também 
quebrar uma cultura arraigada de sofrimento e violência física e psicológica, causada pela 
longa espera em ambiente com mulheres outras gestantes e seus acompanhantes, evitar “os 
olhos do preconceito e pre-julgamento” a respeito da história pessoal daquela mulher que está 
vítima de perda gestacional. A longa espera da classificação “verde” é vista por muitos 
profissionais como justa, porém expõe essas pacientes já combalidas emocionalmente ao 
julgo da sociedade que na maioria das vezes, por questões morais, religiosas ou pessoais lança 
olhares e comentários jocosos desnecessários que só ampliam a desigualdade à que são 
deixadas essas mulheres. O Serviço de saúde deve ser equânime, orientado pelas necessidades 
individuais de cada pessoa e dando a cada paciente o que ele necessita para melhoria de sua 
15 
 
saúde. Acelerar o atendimento, dando desde pronto resposta e orientação trará a essa paciente 
a confiança de que está sendo verdadeiramente escutada e acolhida pelo sistema de saúde, 
aumentando a adesão aos métodos menos invasivos e tão culturalmente difundidos nas 
últimas décadas. 
 Sinalizar na ficha de emergência (com etiqueta colorida ou mesmo marca texto 
colorido) e entregar folder explicativo do projeto às pacientes possíveis 
candidatas, anexar pedidos de exames do protocolo, solicitar celeridade do 
laboratório, Bioimagem e farmácia quanto à realização dos passos do projeto 
A sinalização desde o início do atendimento faz com que o percurso da paciente dentro 
da instituição seja mais célere, mais respeitoso, diminuindo sua permanência dentro da 
unidade e liberando recursos para pacientes que realmente necessitem de internação. 
OBS- Não existindo o acolhimento com classificação de risco por motivos superiores, 
a paciente seguirá fluxo normal de atendimento do centro obstétrico, tendo sua primeira 
avaliação realizada por graduandos, residentes e médicos plantonistas. Após avaliação inicial 
e eleição para acompanhamento extra hospitalar, fluxo seguirá como habitual, passando a 
paciente para marcação de retorno na recepção do centro obstétrico. 
 
AVALIAÇÃO MÉDICA NA EMERGÊNCIA 
 
A avaliação médica na emergência visa afastar situações de risco envolvidas com os 
processos de abortamento, como hemorragias, infecções, possibilidade de instrumentalização 
voluntária do aborto pela paciente através da avaliação da história, exame clinico, físico, 
laboratorial e de imagem. 
Fluxo a ser seguido está abaixo relacionado: 
Após acolhimento com classificação de risco, paciente deverá ser avaliada pela 
equipe médica de plantão onde será eleita para acompanhamento intra ou extra hospitalar. 
Queixa principal, anamnese e exame físico completo devem ser colhidos e 
devidamente registrados em ficha de emergência própria da maternidade 
Solicitar: 
16 
 
 USG transvaginal (com medida da espessura endometrial nos casos de 
abortamento incompleto). Obs. Também poderá ser realizada em caráter de 
urgência pelo plantonista do centro obstétrico e impressão diagnóstica anotado 
de próprio punho na ficha de emergência 
 Hematócrito/hemoglobina, tipagem sanguínea (se a paciente não o trouxer 
consigo) e leucograma (se sinais de infecção, como temperatura corporal > 
37,8ºC, dor à mobilização de colo uterino, odor fétido em material de toque 
vaginal, se perda gestacional manipulada); 
 Beta-HCG quantitativo (para avaliação no ambulatório de risco para gestação 
molar), 
 VDRL e teste rápido HIV. 
Avaliar se acompanhamento intra (conduta cirúrgica) ou extra hospitalar 
(expectante), de acordo com critérios de elegibilidade/exclusão do projeto e/ou desejo da 
paciente 
Se acompanhamento extra hospitalar, ler e explicar o termo de consentimento livre e 
esclarecido (que conterá também possíveis intercorrências e como paciente poderá proceder, 
além de telefone para contato com maternidade e responsáveis pelo acompanhamento 
expectante telefônico); 
Receita e dispensação de analgésicos, aplicação de imunoglobulina anti-D, 300mg, 
intramuscular, dose única (se Rh negativo); 
Retorno à recepção e ACCR do centro obstétrico para registro do endereço e 
telefone de contato em livro especifico do programa. 
AVALIAÇÃO MULTIPROFISSIONAL NO RETORNO AMBULATORIAL 
 
Paciente retornará em 07 dias para avaliação multiprofissional inicial, reafirmação das 
condutas, esclarecimento de dúvidas, no ambulatório. Na ocasião da primeira consulta 
multiprofissional ambulatorial novo retorno já será agendado com 30 dias após o primeiro 
contato com a maternidade (ou antes, se assim o desejar) para avaliação multiprofissional, 
laboratorial e de exames de imagem.17 
 
Na avaliação multiprofissional de 30 dias: 
-Realização de ultrassonografia transvaginal com doppler e avaliação da espessura 
endometrial, hemograma completo, coagulograma. 
-Avaliar estado geral da paciente 
-Queixa principal, anamnese e exame físico 
-Avaliar se houve ou não expulsão do conteúdo uterino no decorrer dos 30 dias e 
definir se conduta farmacológica ou cirúrgica 
-Se esvaziamento farmacológico: 
Receita em duas vias (carbonada) de misoprostol 200mg, 03 comprimidos, via vaginal, 
de aplicação no ambulatório ou no centro obstétrico; receita ( para dispensação na 
maternidade) de escopolamina, 01 comprimido, via oral de 6 em 6 horas (15 uni); diclofenaco 
sódico 50mg, 01 comprimido, via oral, de 8 em 8 horas (10 uni) e codeína + paracetamol, 01 
comprimido, de 6 em 6 horas, se dor intensa(08 uni). Marcar retorno em uma semana para 
nova consulta médica e ultrassonográfica. 
-Se esvaziamento por AMIU /curetagem uterina: 
Encaminhar a paciente (com relatório especifico e acompanhada de funcionária do 
ambulatório) ao acolhimento com classificação de risco (ACCR) do centro obstétrico, onde a 
paciente será avaliada e encaminhada para internamento, maturação do colo, 
AMIU/curetagem e alta (em cerca de 6 a 8 horas). Na alta, orientada a retornar para 
ambulatório para revisão em 01 semana. 
- Retorno ao planejamento familiar do município, se esvaziamento completo em 30 
dias de acompanhamento, após esvaziamento farmacológico ou por AMIU. 
 
 
 
 
 
18 
 
AVALIAÇÃO MÉDICA NO RETORNO PARA ESVAZIAMENTO UTERINO 
ELETIVO, NA EMERGENCIA OBSTÉTRICA 
 
Quando? 
- Desejo da paciente a qualquer tempo do acompanhamento 
- Se não esvaziamento espontâneo após 30 dias, ou falha da tentativa farmacológica 
-Se sangramento ou dor importantes e incapacitantes para paciente 
Como? 
-Optando pelo esvaziamento cirúrgico, médico do ambulatório encaminhará a paciente 
ao centro obstétrico para procedimento preferencialmente por AMIU. 
- Deverá ser priorizada a realização de aspiração manual intrauterina com seringa de 
Karma após preparação do colo, segundo protocolo do Ministério da Saúde (400mg de 
misoprostol via vaginal e aspiração manual intrauterina após 3 a 4 horas da medicação, com 
alta em no máximo 6 horas após o procedimento, orientação de retorno em ambulatório para 
revisão após 7 dias da alta). 
 
 
MEDICAMENTOS A SEREM UTILIZADOS E OFERTADOS PELA 
MATERNIDADE, ATRAVÉS DO PROFISSIONAL MÉDICO DO 
AMBULATÓRIO/CENTRO OBSTÉTRICO 
 
 Misoprostol 200mg 600mg, se abortamento farmacológico, em dose única 
vaginal, a ser aplicado no ambulatório (ou centro obstétrico) 
 Misoprostol 200mg 400mg, se preparo do colo para AMIU eletivo; 
procedimento a ser realizado 03 a 04 horas após aplicação do medicamento 
Observação importante: O misoprostol, sendo medicamento de dispensação 
controlada, será administrado exclusivamente pelo médico plantonista ou do 
ambulatório, mediante emissão de receita carbonada em duas vias, contendo 
nome e número de prontuário da paciente, com controle de aplicação do 
19 
 
mesmo, mediante devolução do blister utilizado à farmácia. O medicamento 
não será dispensado livremente à paciente de forma nenhuma, nem sob 
prescrição médica. 
 Maleato de ergometrina 0,2 mg, IM, dose única ou em 03 dias consecutivos 
 Escopolamina e dipirona ou escopolamina apenas (para alérgicas a dipirona); 
01 comprimido, via oral, de 6 em 6 horas, por 03 dias. Total de 12 
comprimidos a serem fornecidos de cada (após o primeiro contato com na 
emergência e no caso de abortamento farmacológico) 
 Diclofenaco sódico, 50mg, via oral, de 8 em 8 horas, por 03 dias; total de 09 
comprimidos (no caso de abortamento farmacológico) 
 Imunoglobulina anti-D, 300mg, IM dose única, no primeiro atendimento, se 
paciente Rh negativo 
 Codeína+ paracetamol, 30mg, via oral, de 6 em 6 horas, se dor intensa, ou se 
alérgica a AINEs; total de 08 comprimidos (no caso de abortamento 
farmacológico) 
 A paciente receberá receita e medicamentos analgésicos (escopolamina e 
dipirona, diclofenaco sódico) ao sair da maternidade no primeiro contato 
(atendimento de emergência inicial) e no seguimento de 30 dias se for 
necessário esvaziamento farmacológico (escopolamina+ diclofenaco+ codeína 
com paracetamol). 
 Sempre que a paciente for Rh negativo, administrar, no primeiro contato com a 
instituição, imunoglobulina anti-D, 300mg, intramuscular, dose única. 
 
DETALHES DA REALIZAÇÃO DE EXAMES COMPLEMENTARES 
O que eu devo saber? 
Na admissão: 
Laboratório hemograma completo, tipagem sanguínea, Beta-HCG quantitativo, VDRL e 
teste rápido HIV (sinalizar no motivo da solicitação “Projeto abortamento” para que o exame 
siga fluxo mais célere) 
Bioimagem Ultrassonografia transvaginal solicitar espessura endometrial (sinalizar no 
motivo da solicitação “Projeto abortamento” avaliação inicial, com espessura endometrial) 
20 
 
 
Na consulta ambulatorial de 30 dias: 
Laboratório hemograma completo, coagulograma, Beta-HCG quantitativo (se não 
esvaziamento completo/persistência do conteúdo uterino, se Beta-HCG inicial >40.000) 
Bioimagem ultrassonografia transvaginal com Doppler com medida de espessura 
endometrial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
FINALIZAÇÃO E ALTA DO PROJETO 
Após avaliação de trinta dias do início do acompanhamento paciente será avaliada por 
equipe multiprofissional, exames laboratoriais (hemograma, coagulograma e beta-HCG 
quantitativo) e de imagem (ultrassonografia transvaginal com doppler) para evolução e 
acompanhamento do processo abortivo. 
Tendo evoluído com esvaziamento uterino completo, paciente será encaminhada, já 
com orientação inicial, ao planejamento familiar do município e assim considerada de alta do 
projeto. 
Não evoluindo com abortamento, serão oferecidos o tratamento medicamentoso com 
misoprostol (dose única, vaginal de 600mg) a ser administrado no ambulatório e retorno em 
uma semana para nova avaliação com ultrassonografia e consulta multiprofissional; ou então, 
esvaziamento cirúrgico (preferencialmente com AMIU) se a paciente assim o desejar. Às que 
optam por esvaziamento farmacológico, terão retorno multiprofissional e ultrassonográfico 
em uma semana; esvaziamento completo encaminhada ao planejamento municipal; não 
esvaziamento uterino encaminhada para esvaziamento cirúrgico no centro obstétrico. 
Outro critério de finalização e alta do projeto é aplicado às pacientes que não 
comparecerem a três consultas multiprofissionais consecutivamente remarcadas, ou que não 
atendam aos telefonemas por 10 dias consecutivos (dias úteis). 
 
 
CONCLUSÃO 
Vale a pena ressaltar a importância desse projeto no âmbito da saúde pública baiana, 
na mudança de paradigmas e na oferta de maior qualidade na assistência às mulheres em 
situação de abortamento. A conduta expectante, seguindo fluxo habitual da história das perdas 
gestacionais precoces possibilitará a redução das intervenções desnecessárias, com menos 
internamentos, menor uso de recursos medicamentosos e maior qualidade de assistência às 
essas pacientes. Esse é apenas o ponto de partida na melhoria da qualidade de assistência às 
pacientes em situação de abortamento, ressaltando que esta maternidade já está em 
planejamento do atendimento integrado, qualificado e sensibilizado a esse público. 
 
22 
 
ANEXO 1 
Quais informações oferecer à paciente a respeito da conduta a ser adotada? 
 À paciente deve ser oferecido todas as informações assim como encorajamento às 
condutas mais conservadoras, visando a diminuição de morbimortalidadeocasionadas pelas 
condutas cirúrgicas. 
 Explicar a conduta conservadora apenas expectante tem como vantagem a diminuição 
dos riscos cirúrgicos inerentes à exposição anestésica, de perfuração uterina e formação de 
sinéquias com futura dificuldade para novas gestações; ser este um processo mais fisiológico, 
com baixos riscos de infecção ou hemorragia, ao contrário do que se é difundido; possuir 
como vantagem o não internamento, não absenteísmo e manutenção da rotina normal da 
paciente; ter como desvantagem o tempo de espera mais longo (cerca de 30 a 40 dias, 
podendo chegar a 60 dias), risco de intervenção farmacológica/cirúrgica na não ocorrência do 
esvaziamento espontâneo. 
 Conduta expectante farmacológica com uso de misoprostol vaginal em dose única 
possui como vantagem a diminuição do tempo de espera para esvaziamento não cirúrgico (de 
7 a 15 dias com taxas de esvaziamento superiores a 90% com dose única de misoprostol), 
baixo risco de infecção; possui como desvantagens o sangramento por vezes hemorrágico, 
dor, sintomas de efeitos colaterais como diarréia, vômitos, episódio febril (todos contornáveis 
com medicações orais em casa, repouso e informação). 
 Conduta cirúrgica tem como vantagem a rápida resolução do abortamento, com 
mesmos índices de infecção e hemorragia que os outros métodos; possuir como desvantagens 
o internamento hospitalar médio de 48 horas (média das maternidades publicas baianas), uso 
de múltiplas doses de misoprostol e seus efeitos colaterais, risco anestésico, risco de 
perfuração uterina e sinéquias. 
 Oferecer todas as informações e dar segurança à paciente a respeito da conduta 
expectante que é segura, eficaz e possível, oferecendo em seguida a farmacológica com 
misoprostol (aceita pela maioria das pacientes que desejam resolução mais rápida, mas não 
querem internar-se) e por último o esvaziamento uterino cirúrgico por AMIU ou curetagem a 
depender da experiência ou disponibilidade do serviço. Respeitando a autonomia da paciente, 
encaminhar a conduta por ela escolhida juntamente com o aconselhamento e orientação 
médica mais pertinente a cada caso. 
23 
 
RESUMO ESQUEMÁTICO DAS COMPLICAÇÕES MAIS COMUNS 
TIPO DE 
ACOMPANHAMENTO 
DOR SANGRAMENTO INFECÇÃO PERFURAÇÃO 
UTERINA 
TEMPO DE 
ACOMPANHAMENTO 
EXPECTANTE ++ +++ + - ++++ 
FARMACOLÓGICO ++++ +++ + + ++ 
CIRURGICO +++ + + ++ + 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
 
 
FLUXOGRAMA DE CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE PARA 
PARTICIPAÇÃO DA ATENÇÃO EXTRA HOSPITALAR 
 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
CARTAZ EXPLICATIVO AFIXADO NO CENTRO OBSTÉTRICO PARA CONSULTA 
RÁPIDA DOS PROFISSIONAIS 
 
PROGRAMA DE ATENÇÃO EXTRA HOSPITALAR ÀS PACIENTES EM SITUAÇÃO DE 
ABORTAMENTO 
ELEGÍVEIS 
-Primeiro ou segundo episódio de abortamento espontâneo, não molar, não ectópico, não infectado. 
-Estar no curso de uma perda gestacional espontânea, inevitável, inviável, incompleta, retida 
(anembrionado ou BCF ausentes) ou medicamentosa domiciliar, menor que 12 semanas de 
gestação 
-Estabilidade hemodinâmica (FC<120bpm, TA ≥ 90x60mmHg, PAM> 100mmHg, hematócrito maior 
que 30% 
-Sem sangramento vaginal, ou com sangramento discreto (menor que ++/4 ou < 500ml) 
-Aceitar participar de acompanhamento multidisciplinar domiciliar 
INELEGÍVEIS 
-Aborto molar, ectópico (tubário, ovariano, cervical, abdominal), infectado, habitual (> 03 
episódios) 
-Instabilidade hemodinâmica (FC>120bpm, TA< 90x60, hemorragia genital com perda maior que 
500ml, sudorese, pele fria, alteração do estado mental, hematocrito menor que 30% e/ou 
hemoglobina 
-Aborto infectado (febre com Temperatura > 37,8oC, dor à mobilização de colo uterino, odor fétido 
ao toque vaginal, sinais de desidratação, sepse, leucograma elevado e com desvio à esquerda) 
-Doenças coexistentes como coagulopatias, cardiopatias, pneumopatias e quaisquer outras 
patologias crônico-degenerativas que requeiram cuidados hospitalares 
 
SOLICITAR HEMOGRAMA COMPLETO, TIPAGEM SANGUÍNEA, VDRL E HIV TESTE RÁRIDO E 
BETA-HCG QUANTITATIVO-Sempre identificar como “Projeto Abortamento” no motivo da solicitação 
para que o laboratório seja ágil. 
 
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL 
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA 
MATERNIDADE CLIMÉRIO DE OLIVEIRA 
Fundada em 30 de Outubro de 1910 
 
27 
 
FOLDER INFORMATIVO ENTREGUE AOS PACIENTES ANTES DO ATENDIMENTO 
MÉDICO/ENFERMAGEM DE EMERGENCIA 
 
Você sabia que nem toda paciente vítima de aborto precisa de internamento 
para curetagem? 
Saiba mais: 
 Pacientes com diagnóstico de “aborto retido”, “ausência de atividade cardíaca”, 
“abortamento incompleto”, gestação anembrionada” podem ser candidatas a 
aguardar o processo natural de expulsão do material uterino, sem necessidade de 
curetagem uterina ou internamento! 
 Acompanhamento diferenciado com médicos, enfermeiras, psicólogos e assistentes 
sociais e exames no ambulatório 
 Mas fique atenta! Se tiver febre, odor vaginal, mais de dois abortamentos prévios ou 
outras doenças, converse com o médico, ele lhe orientará da melhor forma. 
 Conte sua história e tire suas dúvidas com as enfermeiras e médicos do plantão. 
 Programa de atenção extra hospitalar às pacientes em situação de abortamento – 
Uma iniciativa da Maternidade Climério de Oliveira 
 
“Humanizando o atendimento às mulheres vítimas do aborto.” 
 
 
 
 
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL 
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA 
MATERNIDADE CLIMÉRIO DE OLIVEIRA 
Fundada em 30 de Outubro de 1910 
 
28 
 
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA PARTICIPAÇÃO DO 
PROGRAMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 De 48h a 72h a MCO – enfermeiro / 
psicólogo fará contato com a Senhora 
para informar data da consulta de 
retorno `Maternidade ( com 30 
dias) para consulta ambulatorial; 
 Durante o período em que estiver em 
acompanhamento pela equipe MCO, 
se tiver alguma dúvida e necessidade 
de orientação, pode ligar para o 
número tel: 3283-9216 de segunda à 
sexta feira pela □ Manhã (das 08h 
às 12h ) ou □ Tarde (das 13h 
às16h ), que estaremos à sua 
disposição para esclarecimento; 
 
 Em caso de necessidade em que 
ocorra sangramento vaginal intenso, 
febre, dor insuportável, vômito ou 
elimine algum material vaginal, 
compareça imediatamente, a 
qualquer momento (hora) na 
Emergência / CO – MCO; 
 É importante manter o repouso 
sexual! 
 
 
 De 48h a 72h a MCO – enfermeiro / 
psicólogo fará contato com a Senhora 
para informar data da consulta de 
retorno `Maternidade ( com 30 dias) 
para consulta ambulatorial; 
 Durante o período em que estiver em 
acompanhamento pela equipe MCO, 
se tiver alguma dúvida e necessidade 
de orientação, pode ligar para o 
número tel: 3283-9216 de segunda à 
sexta feira pela □ Manhã (das 08h 
às 12h ) ou □ Tarde (das 13h 
às16h ), que estaremos à sua 
disposição para esclarecimento; 
 
 Em caso de necessidade em que 
ocorra sangramento vaginal intenso, 
febre, dor insuportável, vômito ou 
elimine algum material vaginal, 
compareça imediatamente, a 
qualquer momento (hora) na 
Emergência / CO – MCO; 
 É importante manter o repouso 
sexual! 
 
 
Ser v i ço Pú b l i co Fed e ra l 
Un iv ers id ad e Fed e ra l d a Bah i a 
M a t er n i d a d e C l im ér io d e O l i v e i ra 
F u n d a d a em 3 0 d e O u t u b ro d e 1 9 1 0 
Ser v i ço Pú b l i co Fed e ra l 
Un iv ers idad e Fed e ra l d a Bah i a 
M a t er n i d a d e C l im ér io d e O l i v e i ra 
F u n d a d a em 3 0 d e O u t u b ro d e 1 9 1 0 
Programa abortamento _ Formulário de orientação 
(após ingresso) 
 
Programa abortamento _ Formulário de 
orientação (após ingresso) 
 
29 
 
 VIA PRONTUÁRIO VIA PACIENTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maternidade Climério de Oliveira 
Rua do Limoeiro, Nº137; Nazaré – Salvador – Ba. Cep.: 40055150 
Contatos: (71) 3283 -9211 e 3283-9217 (Fax); (71) 3283-9215. 
E-mails: diretoria@mco.ufba.br; secadm@mco.ufba.br; 
ouvidoria@mco.ufba.br/3283-9200 
 
Maternidade Climério de Oliveira 
Rua do Limoeiro, Nº137; Nazaré – Salvador – Ba. Cep.: 40055150 
Contatos: (71) 3283 -9211 e 3283-9217 (Fax); (71) 3283-9215. 
E-mails: diretoria@mco.ufba.br; secadm@mco.ufba.br; 
ouvidoria@mco.ufba.br/3283-9200 
 Eu ................................................... 
estou ciente da minha participação no Programa de 
Atenção Extra Hospitalar às pacientes em Situação de 
Abortamento, onde serei acompanhada por equipe 
multidisciplinar composta por diversos profissionais entre 
médicos, enfermeiras, psicólogos e assistentes sociais. 
Estou ciente que este acompanhamento 
assistencial extra hospitalar tem por objetivo oferecer 
tratamento já preconizado pelo Ministério da Saúde e 
Organização Mundial de Saúde, com redução do número 
de cirurgias e uso de medicamentos de forma 
desnecessária. Consiste em aguardar a expulsão natural 
do abortamento sem uso de remédios, aspirações ou 
curetagens, sob vigilância e monitoramento (telefônico 
e/ou presencial) de equipe multidisciplinar por, em média, 
30 a 40 dias até a resolução completa da perda. Também 
fui informada da necessidade de realização de exames de 
sangue e ultrassonografias que sejam necessários para 
esclarecimento diagnóstico; bem como recebi receita e 
medicamentos para alívio da dor. Estou ciente que poderei 
ser submetida ao esvaziamento uterino medicamentoso ou 
cirúrgico para resolução do meu problema, se não houver 
expulsão natural, dentro do prazo de observação. 
Confirmo que recebi explicações, li e compreendo 
e concordo com tudo o que foi me esclarecido e tive a 
oportunidade de fazer perguntas que foram respondidas 
satisfatoriamente. 
Salvador-Ba, 
ASS Usuária: 
Plantonista: 
 
 
Eu ................................................... 
estou ciente da minha participação no Programa de 
Atenção Extra Hospitalar às pacientes em Situação de 
Abortamento, onde serei acompanhada por equipe 
multidisciplinar composta por diversos profissionais entre 
médicos, enfermeiras, psicólogos e assistentes sociais. 
Estou ciente que este acompanhamento 
assistencial extra hospitalar tem por objetivo oferecer 
tratamento já preconizado pelo Ministério da Saúde e 
Organização Mundial de Saúde, com redução do número 
de cirurgias e uso de medicamentos de forma 
desnecessária. Consiste em aguardar a expulsão natural 
do abortamento sem uso de remédios, aspirações ou 
curetagens, sob vigilância e monitoramento (telefônico 
e/ou presencial) de equipe multidisciplinar por, em 
média, 30 a 40 dias até a resolução completa da perda. 
Também fui informada da necessidade de realização de 
exames de sangue e ultrassonografias que sejam 
necessários para esclarecimento diagnóstico; bem como 
recebi receita e medicamentos para alívio da dor. Estou 
ciente que poderei ser submetida ao esvaziamento 
uterino medicamentoso ou cirúrgico para resolução do 
meu problema, se não houver expulsão natural, dentro 
do prazo de observação. 
Confirmo que recebi explicações, li e 
compreendo e concordo com tudo o que foi me 
esclarecido e tive a oportunidade de fazer perguntas que 
foram respondidas satisfatoriamente. 
Salvador-Ba, 
ASS Usuária: 
Plantonista: 
Ser v i ço Pú b l i co Fed e ra l 
Un iv ers id ad e Fed e ra l d a Bah i a 
M a t er n i d a d e C l im ér io d e O l i v e i ra 
F u n d a d a em 3 0 d e O u t u b ro d e 1 9 1 0 
Ser v i ço Pú b l i co Fed e ra l 
Un iv ers id ad e Fed e ra l d a Bah i a 
M a t er n i d a d e C l im ér io d e O l i v e i ra 
F u n d a d a em 3 0 d e O u t u b ro d e 1 9 1 0 
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E 
ESCLARECIDO 
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E 
ESCLARECIDO 
 
30 
 
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA USO DE 
MISOPROSTOL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 De 48h a 72h a MCO – enfermeiro / 
psicólogo fará contato com a Senhora 
para informar data da consulta de 
retorno à Maternidade ( com 07 dias) 
para consulta ambulatorial; 
 Durante o período em que estiver em 
acompanhamento pela equipe MCO, se 
tiver alguma dúvida e necessidade de 
orientação, pode ligar para o número 
tel: 3283-9216 de segunda à sexta feira 
pela □ Manhã (das 08h às 12h ) 
ou □ Tarde (das 13h às16h ), que 
estaremos à sua disposição para 
esclarecimento; 
 
 Em caso de necessidade em que 
ocorra sangramento vaginal intenso, 
febre, dor insuportável, vômito ou 
elimine algum material vaginal, 
compareça imediatamente, a qualquer 
momento (hora) na Emergência / CO – 
MCO; 
 É importante manter o repouso sexual 
 
 
 De 48h a 72h a MCO – enfermeiro / 
psicólogo fará contato com a Senhora 
para informar data da consulta de 
retorno à Maternidade ( com 07 dias) 
para consulta ambulatorial; 
 Durante o período em que estiver em 
acompanhamento pela equipe MCO, se 
tiver alguma dúvida e necessidade de 
orientação, pode ligar para o número 
tel: 3283-9216 de segunda à sexta feira 
pela □ Manhã (das 08h às 12h ) 
ou □ Tarde (das 13h às16h ), que 
estaremos à sua disposição para 
esclarecimento; 
 
 Em caso de necessidade em que 
ocorra sangramento vaginal intenso, 
febre, dor insuportável, vômito ou 
elimine algum material vaginal, 
compareça imediatamente, a qualquer 
momento (hora) na Emergência / CO – 
MCO; 
 É importante manter o repouso sexual 
 
 
Ser v i ço Pú b l i co Fed e ra l 
Un iv ers id ad e Fed e ra l d a Bah i a 
M a t er n i d a d e C l im ér io d e O l i v e i ra 
F u n d a d a em 3 0 d e O u t u b ro d e 1 9 1 0 
Ser v i ço Pú b l i co Fed e ra l 
Un iv ers id ad e Fed e ra l d a Bah i a 
M a t er n i d a d e C l im ér io d e O l i v e i ra 
F u n d a d a em 3 0 d e O u t u b ro d e 1 9 1 0 
Programa abortamento _ Formulário de orientação 
(após ingresso) 
 
Programa abortamento _ Formulário de orientação 
(após ingresso) 
 
Maternidade Climério de Oliveira 
Rua do Limoeiro, Nº137; Nazaré – Salvador – Ba. Cep.: 40055150 
Contatos: (71) 3283 -9211 e 3283-9217 (Fax); (71) 3283-9215. 
E-mails: diretoria@mco.ufba.br; secadm@mco.ufba.br; 
ouvidoria@mco.ufba.br/3283-9200 
 
Maternidade Climério de Oliveira 
Rua do Limoeiro, Nº137; Nazaré – Salvador – Ba. Cep.: 40055150 
Contatos: (71) 3283 -9211 e 3283-9217 (Fax); (71) 3283-9215. 
E-mails: diretoria@mco.ufba.br; secadm@mco.ufba.br; 
ouvidoria@mco.ufba.br/3283-920031 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eu ................................................... 
acompanhada ambulatorialmente no Programa 
de Atenção Extra Hospitalar às Pacientes em 
Situação de Abortamento, após avaliação 
médica que constatou o não esvaziamento 
espontâneo (natural) da perda gestacional, 
estou ciente e concordante com a aplicação de 
medicação (misoprostol) via vaginal para a 
tentativa de expulsão do conteúdo uterino por 
meio não cirúrgico. Fui informada e estou ciente 
que a aplicação do medicamento poderá me 
causar dor pélvica, sangramento genital 
aumentado, até dois episódios de febre, náusea 
e que, em caso de qualquer complicação ou 
mal-estar mais intenso, eu deverei retornar à 
Maternidade Climério de Oliveira 
imediatamente. 
Salvador-Ba, 
 
ASS Usuária: 
Testemunha: 
 
 
Eu ................................................... 
acompanhada ambulatorialmente no Programa 
de Atenção Extra Hospitalar às Pacientes em 
Situação de Abortamento, após avaliação 
médica que constatou o não esvaziamento 
espontâneo (natural) da perda gestacional, 
estou ciente e concordante com a aplicação de 
medicação (misoprostol) via vaginal para a 
tentativa de expulsão do conteúdo uterino por 
meio não cirúrgico. Fui informada e estou ciente 
que a aplicação do medicamento poderá me 
causar dor pélvica, sangramento genital 
aumentado, até dois episódios de febre, náusea 
e que, em caso de qualquer complicação ou 
mal-estar mais intenso, eu deverei retornar à 
Maternidade Climério de Oliveira 
imediatamente. 
Salvador-Ba, 
ASS Usuária: 
Testemunha: 
 
 
Ser v i ço Pú b l i co Fed e ra l 
Un iv ers id ad e Fed e ra l d a Bah i a 
M a t er n i d a d e C l im ér io d e O l i v e i ra 
F u n d a d a em 3 0 d e O u t u b ro d e 1 9 1 0 
Ser v i ço Pú b l i co Fed e ra l 
Un iv ers id ad e Fed e ra l d a Bah i a 
M a t er n i d a d e C l im ér io d e O l i v e i ra 
F u n d a d a em 3 0 d e O u t u b ro d e 1 9 1 0 
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E 
ESCLARECIDO 
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E 
ESCLARECIDO 
 
32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eu ................................................... 
acompanhada ambulatorialmente no Programa 
de Atenção Extra Hospitalar às Pacientes em 
Situação de Abortamento, após avaliação 
médica que constatou o não esvaziamento 
espontâneo (natural) da perda gestacional, 
estou ciente e concordante com a realização de 
aspiração manual intrauterina (AMIU), 
procedimento cirúrgico, sob sedação geral, 
para esvaziamento do conteúdo uterino. Fui 
informada e estou ciente que a utilização foi 
indicada pelo não esvaziamento 
espontâneo/medicamentoso e que ele se faz 
necessário para evitar complicações como 
hemorragias infecções, mas que possui riscos 
inerentes ao procedimento como perfuração 
uterina, infecção, aderências e sinéquias, 
internamento hospitalar superior a 48 horas e 
complicações anestésicas. Após o procedimento, 
acontecendo sangramento genital aumentado, 
febre, dor pélvica intensa ou qualquer outra 
complicação ou mal-estar mais intenso, eu 
deverei retornar à Maternidade Climério de 
Oliveira imediatamente. 
Salvador-Ba, 
ASS Usuária: 
Testemunha: 
: 
 
 
 
Eu ................................................... 
acompanhada ambulatorialmente no Programa 
de Atenção Extra Hospitalar às Pacientes em 
Situação de Abortamento, após avaliação 
médica que constatou o não esvaziamento 
espontâneo (natural) da perda gestacional, 
estou ciente e concordante com a realização de 
aspiração manual intrauterina (AMIU), 
procedimento cirúrgico, sob sedação geral, 
para esvaziamento do conteúdo uterino. Fui 
informada e estou ciente que a utilização foi 
indicada pelo não esvaziamento 
espontâneo/medicamentoso e que ele se faz 
necessário para evitar complicações como 
hemorragias infecções, mas que possui riscos 
inerentes ao procedimento como perfuração 
uterina, infecção, aderências e sinéquias, 
internamento hospitalar superior a 48 horas e 
complicações anestésicas. Após o procedimento, 
acontecendo sangramento genital aumentado, 
febre, dor pélvica intensa ou qualquer outra 
complicação ou mal-estar mais intenso, eu 
deverei retornar à Maternidade Climério de 
Oliveira imediatamente. 
Salvador-Ba, 
ASS Usuária: 
Testemunha: 
 
 
 
 
Ser v i ço Pú b l i co Fed e ra l 
Un iv ers id ad e Fed e ra l d a Bah i a 
M a t er n i d a d e C l im ér io d e O l i v e i ra 
F u n d a d a em 3 0 d e O u t u b ro d e 1 9 1 0 
Ser v i ço Pú b l i co Fed e ra l 
Un iv ers id ad e Fed e ra l d a Bah i a 
M a t er n i d a d e C l im ér io d e O l i v e i ra 
F u n d a d a em 3 0 d e O u t u b ro d e 1 9 1 0 
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E 
ESCLARECIDO 
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E 
ESCLARECIDO 
 
33 
 
PRIMEIRO CONTATO DE ENFERMAGEM OU PSICOLOGIA APÓS ADMISSÃO MA 
EMERGENCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 – IDENTIFICAÇÃO DA USUÁRIA Cadastro / Prontuário:________________ 
SD/CID_______________________________________ 
Nome:________________________________________________________________________________________ 
 Tel (fixo e cel): ____________________ Data exame (ingresso no projeto): / / 
Data Nascimento: / / Cor: _________________ Civil: ____________________________ 
Grau de instrução: _______________________________Religião:_________________________ 
Endereço:________________________________________________________________________ 
Distrito Sanitário:___________________________________________________________________ 
 
 
ROTEIRO DE CONVERSAÇÃO- 1º CONTATO 
DATA: / / HORÁRIO: 
PROFISSIONAL: 
Estamos ligando da Maternidade Climério de Oliveira, gostaria de falar com D. ................................................... 
Meu nome é ........................, sou □ Enfermeiro □ Psicólogo, queremos saber como a Srª está, registrar algumas 
dados para melhor acompanhá-la e orientá-la. Esta ligação vai durar + 10 minutos. 
Pode falar agora? □ Sim □ Não 
Qual o melhor horário para ligarmos? □ Manhã (das h às h ) □ Tarde (das h às h ) 
A Srª trabalha fora ? □ Sim □ Não Qual a ocupação / atividade?______________________ 
Vai precisar de atestado médico? □ Sim □ Não 
Orientação: 
 Durante o período em que estiver em acompanhamento pela equipe MCO, se tiver alguma dúvida e 
necessidade de orientação, pode ligar para o número .......................................................de segundaà sexta 
feira pela □ Manhã (das h, às h ) ou □ Tarde (das h às h ), que estaremos à 
sua disposição para esclarecimento; 
 Caso ocorra sangramento intenso, dor insuportável, vômito ou elimine algum material vaginal, compareça 
imediatamente Na Emergência / CO – MCO.; 
 É importante manter o repouso sexual. Teve relação sexual nesse período? □ Sim □ Não 
 Quantas vezes___________________ Sentiu dor durante a relação: □ Sim □ Não 
 Usou preservativo: □ Sim □ Não 
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2 - ROTEIRO DE CONVERSAÇÃO 
 
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ABERTURA DE PRONTUÁRIO 
 Após elegibilidade para participação no projeto, ficha de 
emergência e exames da paciente ficam anexados em livro 
protocolo no Centro Obstétrico onde serão recolhidos no dia 
seguinte pelas enfermeiras do ambulatório, levado à sala de 
montagem e armazenamento deste prontuário. O prontuário é 
composto, nesta ordem: 
 Ficha de monitoramento de consultas e telefonemas 
 Roteiro de conversação- 1º contato com a usuária 
 Ficha de entrevista de Enfermagem/Psicologia/Serviço 
Social 
 Termo de consentimento livre e esclarecido para 
participação no Programa 
 Ficha de acolhimento e classificação de risco da 
emergência 
 Ficha de avaliação médica da emergência 
 Exames laboratoriais, Ultrassonografia transvaginal, folha 
de prescrição de emergência 
 Ficha de atendimento médico ambulatorial 
 Questionário de satisfação do usuário 
 
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O prontuário é multidisciplinar e as informações são acessadas 
pelos profissionais responsáveis pelo acompanhamento telefônico e 
presencial, com comunicação por escrito entre os profissionais no 
próprio prontuário através da ficha de monitoramento afixada na 
capa. Assim podemos rapidamente saber como está a paciente, 
condutas tomadas por cada profissional, retornos, realização de 
exames e intercorrências. 
Na alta da paciente todo prontuário é revisado pelo 
coordenador médico e de enfermagem responsáveis pelo programa, 
dados referentes ao acompanhamento para produção do perfil 
epidemiológico das pacientes são devidamente transcritos em 
planilhas, o prontuário é então arquivado, ainda em sala própria do 
programa, e cópia da ficha de atendimento médico ambulatorial 
copiada e enviada ao arquivo geral da maternidade (SAME) em 
prontuário o qual a paciente poderá continuar sendo acompanhada 
por outros profissionais após a alta do programa, se assim o desejar. 
 
 
 
 
 
 
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