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TEMA 1 necrose

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TEMA 1
NECROSE ASSÉPTICA DA CABEÇA FEMORAL NO ADULTO
A necrose da cabeça femoral também é conhecida por outros nomes, como osteonecrose, necrose asséptica ou necrose avascular da cabeça femoral. afeta principalmente adultos jovens na faixa etária de 30 a 50 anos com prevalência sobre o sexo masculino. A doença tem etiologia multifatorial e mostra-se como resultado de uma série de eventos que levam a danos direto aos vasos, elevação da pressão intra-óssea e lesão direta das células. O resultado é a interrupção do suprimento sanguíneo e morte das células ósseas da cabeça femoral. A cabeça femoral enfraquecida acaba por colapsar e deformar na maioria dos pacientes com necrose em mais de 50% da cabeça femoral. O uso de corticosteroides e o alcoolismo têm sido apontados como os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença. 
DIAGNÓSTICO
O exame radiográfico mostra-se com baixa sensibilidade na fase precoce, apresentando melhor especificidade somente em fases tardias. A ressonância magnética é o exame mais sensível (melhor relação custo benefício) para se identificar um caso de necrose da cabeça femoral, especialmente nos estágios iniciais da doença. Outro exame que auxilia o diagnóstico é a cintilografia óssea, sendo pouco específico.
SINAIS E SINTOMAS
Dor em repouso que se agrava com o movimento
Marcha claudicante (mancar)
Rigidez articular com restrição da rotação interna e flexão
Irradiação da dor para o joelho.
Dor latejante na virilha ou região glútea
CAUSAS
Uso de corticoesteróides (corticóide ou glicocorticóides)
Álcool 
Lesões traumáticas
Transplante de rim, medula óssea ou outros.
Infecção por HIV
Radiação, Anemia falciforme
Doença de Gaucher
AVALIAÇÃO
Depois da anamnese, o médico examinará o quadril para descobrir quais movimentos específicos causam dor.  O aumento da dor durante certos movimentos pode ser um sinal de osteonecrose. Sempre deve-se suspeitar de osteonecrose, especialmente quando uma dor intensa surge no quadril (na virilha especialmente) sem traumatismo prévio.
TRATAMENTO
A estratégia de tratamento depende muito do grau, do volume e da localização da osteonecrose na cabeça femoral.
Tratamento não cirúrgico
O tratamento conservador inicia-se com a prevenção e afastamento ou diminuição de todos os fatores de risco. O controle dos sintomas que inclui a proteção da descarga de peso, uso de anti-inflamatórios não hormonais, analgésicos e fisioterapia, além da observação sistemática desse quadril.
ANALGESIA (Aliviar o quadro álgico)
TENS:
Dor aguda: (recrutamento de fibras de grande diâmetro, as sensações são parestesia sem contração).
F= Alta (>80Hz)
T= Estreito 80 -100 Ms
I= Sensorial (eletrodo, paralelo a dor)
Dor crônica: (Liberação de endorfinas e estimula as fibras motoras.)
F= Baixa (<20 Hz)
T= Largo >250 Ms
I= Motora (eletrodo, no ventre muscular)
US (Ultrassom):
Modo pulsátil: Fase aguda (provoca efeito mecânico)
Frequência: 1MHz (Tecidos profundos)
Subfrequência: 48Hz (tendões e ligamentos)
Fase Crônica: 1,1 - 2,0 W/cm² (utiliza-se no máximo 1,5 W /c m²)
Tempo: Depende da área tratada, varia de 1 a 1,5 mi n/ERA.
TRAÇÃO 
Melhorar a compressão articular do quadril.
MELHORAR MOBILIDADE
Alongamentos passivos (flexores do quadril)
Liberação Miofascial (Músculo glúteo médio, máx, Iliopsoas, Quadríceps, TFL)
FNP (Facilitação neuromuscular proprioceptiva)
Correção de deambulação (treinos de marcha)
Melhora postural 
Cirurgias que preservam o quadril natural
São cirurgias indicadas nos estágios iniciais da doença, geralmente antes que a cabeça femoral esteja deformada ou já exista artrose (desgaste da cartilagem). Estas cirurgias objetivam a cura da necrose da cabeça femoral ou a retardar a evolução da doença. Os procedimentos a seguir são exemplos destas cirurgias:
Descompressão da cabeça femoral;
Enxerto ósseo com abertura da articulação;
Enxerto ostecondral;
Enxerto ósseo vascularizado;
Osteotomia
Artroplastia do quadril (prótese de quadril)
É uma alternativa para os pacientes em estágios mais avançados ou que não responderam a outras formas de tratamento. Este procedimento envolve a substituição da cartilagem e do osso danificado com implantes artificiais. A substituição total do quadril é um procedimento com um alto índice de sucesso na redução da dor e restauração da função em 90 a 95% dos pacientes. Considera-se uma das cirurgias mais bem-sucedidas em toda a história da medicina.

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