atividades da aula de didática

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
POLO DE DOURADOS
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NOMES RA 
DESAFIO PROFISSIONAL
Dourados - MS
2018
UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
POLO DE DOURADOS
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NOMES RA 
DESAFIO PROFISSIONAL
Atividades apresentado ao Curso de Ciências Contábeis – 3ª série - do Centro de Educação a Distância – CEAD da Universidade Anhanguera UNIDERP como requisito obrigatório para cumprimento das disciplinas norteadoras: Didática do Ensino de Ciências; Educação Inclusiva; Didática do Ensino da Matemática; Educação em Ambientes não Escolares; Projeto de Extensão a Comunidade; Fundamentos Filosóficos da Educação; Psicologia da Educação
Tutor:
Dourados - MS
2018
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	 03
2 DESENVOLVIMENTO	 04
2.1 Passo 1	 04
2.2 Passo 2	 05
2.3 Passo 3	 13
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS	 19
4 REFERENCIAS	 20
1 INTRODUÇÃO 
Atividades das Disciplinas norteadoras: didática do ensino de ciências; Educação inclusiva; didática do ensino da matemática; Educação em ambientes não escolares; projeto de Extensão à comunidade; fundamentos filosóficos da Educação; psicologia da educação que teve como objetivo reconhecer a importância da interdisciplinaridade e da diversidade nos processos de desenvolvimento e aprendizagem para a melhoria do ensino e do desenvolvimento coletivo e individual dos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental.
Para o desenvolvimento do objetivo foi sugerido uma situação problema, onde uma professora assumiu uma sala de aula bastante heterogenia e que os alunos apresentavam deficiência de aprendizagem e ela também observou que na turma havia dois alunos com necessidades especiais, que era bastante interligado com os colegas.
Para solucionar essas dificuldades a professora Ana se embasou nos seus conhecimentos teóricos do período de graduação, pois somente assim, conseguiria compreender as formas de organizar o trabalho com seus alunos de maneira que envolvesse todos eles e que pudesse também reparar a defasagem no ensino dos conteúdos que os alunos apresentavam em virtude de uma ausência de professores na turma.
E como a professora não possuía prática escolar Ela considera que o aprofundamento teórico é essencial para uma ação reflexiva, de qualidade superior, sendo necessários muitos cuidados para não cair em nenhum dos extremos: o praticismo e o teoricismo. 
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Passo 1
Neste primeiro passo, você, juntamente com a professora Ana, deve criar um mapeamento da turma e suas condições de aprendizagem, estabelecendo o número de alunos que participarão do projeto. Devem, ainda, buscar informações sobre as relações da escola com a comunidade do entorno, sobre o papel da escola na sociedade local, além das propostas de parcerias com as famílias e as possibilidades de atuação com deficientes visuais. Procure entender um pouco mais sobre as características da deficiência visual e sobre as capacidades desses alunos no processo de aprendizagem. O conhecimento sobre algumas instituições não escolares que atendam essas crianças e as atividades realizadas por elas pode auxiliar os trabalhos em sala de aula.
Mapeamento da turma
	Coordenadores do projeto (nome das duas professoras):
Professora Ana e professora Roberta
	Descrição do perfil da aprendizagem dos alunos (apresentação das dificuldades de aprendizagem: os alunos de modo geral apresentavam dificuldades na disciplina de matemática e na disciplina de ciências eles não dominam os seguintes assuntos Origem dos números; Numeração romana; Sistema de numeração decimal (comparar com outros sistemas); Números pares e ímpares; Ordem crescente e decrescente; Antecessor e sucessor; Valor posicional; Ideia de número e numeral; Leitura e escrita de numerais; Composição e decomposição de números; Números ordinais; Operações fundamentais: adição, subtração, multiplicação e divisão; Prova real; Expressões numéricas; Sentenças matemáticas; Situações problema envolvendo as 4 operações; Dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, sêxtuplo; Múltiplos e divisores; Sistema monetário brasileiro – Real e centavos de real; Formas de uso do dinheiro; Números irracionais; Frações – noção, problemas, adição, subtração, multiplicação e divisão; Porcentagem; Sistema de medidas: Medidas de tempo, de comprimento, de massa, de capacidade, de superfície, de áreas; Geometria: noções fundamentais – retas, semi-retas, linhas abertas e fechadas, tipos de triângulo, quadrilátero, circunferência, o círculo, sólidos geométricos, gráficos e interpretação de dados. Universo e Sistema Solar; Planeta Terra; Solo, ar e água; Meio ambiente e preservação ambiental; Poluição; Corpo humano e seus sistemas.
	Número de alunos: 
Meninos: 18 Meninas: 16
	Descrição do perfil da turma em relação às características sociais e econômicas: os alunos pertencem à classe média, onde 80% possuem famílias nucleares e não foi informado desemprego entre os pais e/ou mães. Não dividem moradia com outros parentes ou amigos. Moram em casas com infra estrutura básica completa (água tratada da rede pública, energia, esgoto, capitação de águas pluviais, asfalto) Participam de festividades e passeios com os pais e amigos. Os pais possuem meios de locomoção. Frequentam cinema e, de modo geral eles não gostam de ler livros e preferem ficar nas redes sociais ou jogando no aparelho de celular
	Descrição do envolvimento familiar na aprendizagem dos alunos: os pais são pouco participativos, pois todos trabalham e a noite tem outros afazeres ou compromissos sociais e, assim, dispõem de pouco tempo para auxiliarem seus filhos. Normalmente eles realizam as tarefas sozinhos. 
2.2 Passo 2
No segundo passo, você deve fazer um levantamento nos documentos oficiais do governo e da escola para identificar os conteúdos e as aprendizagens esperados para os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental. Esse levantamento deve ser feito no que se refere aos conteúdos e aprendizagens gerais e, de forma específica, nos conteúdos de Matemática e Ciências. Lembre-se de que essas disciplinas foram aquelas que mais se mostraram em defasagem no que se refere às expectativas de aprendizagem para o ano e a idade das crianças. Outros conteúdos disciplinares podem ser utilizados e, com certeza, serão incentivados, mas o foco maior deve ser nos conteúdos dessas disciplinas citadas. Faça também um levantamento de estratégias que são utilizadas em instituições educativas não escolares que atendem crianças com deficiência visual, pois elas podem contribuir na elaboração de propostas para atividades com os alunos de inclusão que estejam na sala de aula da professora Ana.
O Planejamento no ambiente escolar deve ser considerado como atividade que supõe o conhecimento da dinâmica interna do processo de ensino e aprendizagem e das condições que determinam sua efetivação. Nesse sentido, o planejamento do ensino constitui-se basicamente a partir da ação do professor em definir os objetivos a serem alcançados, desde seu programa de trabalho até eventuais e necessárias mudanças de rumo, no qual cabe ao professor diagnosticar o objetivo a serem alcançado, as estratégias de ensino e de avaliação e, agir de forma a obter um retorno de seus alunos no sentido de redirecionar sua matéria.
O plano de aula é a previsão do desenvolvimento do conteúdo para uma aula ou um conjunto de aulas e tem um caráter bastante específico, pois retrata o detalhamento do plano de ensino, subdividindo suas ações em aulas diárias. A preparação dessas aulas é uma tarefa indispensável e resultará num documento escrito que servirá não só para orientar as ações do professor como também para possibilitar constantes revisões e aprimoramentos de ano para ano
Conteúdo de aprendizagem das disciplinas de matemática para o 5º ano do ensino fundamental1º Bimestre
Números e operações
• Reconhecimento de outros sistemas de numeração (indu, romano, maia, arábico) em contexto da História da Matemática para a compreensão da importância do número para a civilização atual
• Sistema de Numeração Decimal:
– Registro, leitura e escrita numérica de grandes quantidades;
– Composição e decomposição;
– Comparação de números e representação na reta numérica;
– Situações-problema envolvendo as quatro operações e o Sistema Monetário Brasileiro – 
explorando a diversidade de procedimentos e de registros
• Números decimais:
– Leitura, escrita, comparação e ordenação de registros numéricos pela compreensão de características dos números decimais (valor posicional, função da vírgula);
– Equivalência de números decimais com diferentes números de casas decimais por meio de complementação de 0 (zero) (1,5 = 1,500);
– Resolução de situações-problema envolvendo decimais com dinheiro e medidas com situações de adição e subtração explorando a diversidade de procedimentos e de registros
• Reconhecimento de números naturais e de números racionais (decimais e fracionários) no dia a dia
• Reconhecimento de múltiplos e divisores em contextos do cotidiano:
– x 2 = número par, dobro;
– x 3 = triplo;
– x10, x100, x1000
• Resgate da contagem por agrupamento:
-Porcentagem em contextos significativos (10%; 25%; 50%; 75%; 100%) relacionados a decimais
• Números fracionários:
– Resolução de situações problema envolvendo números fracionários (parte,todo e fração de quantidade) no contexto social;
– Resolução de problemas envolvendo ideia de equivalência e desigualdades de frações
• Formulação, interpretação de situações-problema envolvendo as quatro operações (adição, subtração, multiplicação e divisão) que envolvam números naturais e números racionais (fração e número decimal) especificamente:
-Multiplicação: natural x fração; natural X decimal;
– Divisão: natural ÷ natural; fração ÷ natural;
– Fração de quantidade para cálculo de porcentagem simples (10%; 25%; 50%; 75%);
– Adição e subtração de frações com denominadores diferentes por meio das equivalências;
– Cálculo mental: cálculo aproximado, estimativa, uso da calculadora, socialização de estratégias de conferência
2º Bimestre
Grandezas e medidas
- Construção e utilização adequada dos principais instrumentos de medidas presentes no contexto sociocultural:
- Régua
 -Fita métrica
- Balanças
- Recipientes graduados
- Relógios
- Realização de leituras de medidas em instrumentos que expressem o resultado por número decimal.
- Socialização de procedimentos e de registros de medições de: tempo, capacidade, massa, comprimento.
- Resolução de situações-problema significativas que requeiram transformações mais importantes e a descoberta de suas relações: – Comprimento (Km/m; m/dm; m/ cm; cm/mm; m/ mm); Superfície (m2/dm2 e dm2/ cm2); Massa (Kg/g; g/mg; t/kg); Capacidade (L/mL); Tempo: (h/min; min/seg; dia/hora; semana/dia; mês/dia; ano/dia; ano/ mês)
- Interpretação, criação e produção de textos que constem informações que envolvam medidas
- Reconhecimento da presença e da importância das medidas em outras áreas do conhecimento e nas profissões
- Reconhecimento da evolução das medidas e de seus instrumentos na história da civilização
- Relacionamento das principais frações das principais unidades de medidas (Exemplo: ½ Metro = 50 cm; ¼L = 250 mL; ½ de hora = 30 min)
- Medidas de comprimento e área: cálculo do perímetro e da área de figuras desenhadas em malhas quadriculadas e comparação de perímetros e áreas de duas figuras sem uso de fórmulas
- Sistema Monetário Brasileiro:
- Utilização em situações-problema que envolvam a relação custo X mercadoria
3º Bimestre
 Espaço e forma
- Reconhecimento e representação de deslocamentos e orientações por meio de mapas
- Representação de locais, espaços e edificações por meio de maquetes utilizando poliedros, 
esferas, cilindros e cones
- Ampliação e ou redução de figuras por meio de desenhos ou figuras mantendo as devidas proporções com recursos do quadriculamento
- Reconhecimento de semelhanças e diferenças entre poliedros (prismas, pirâmides e outros) identificando elementos semelhantes e diferentes (faces, vértices e arestas)
- Cálculo do perímetro e da área de figuras planas a partir de situações- problema
- Identificação dos principais quadriláteros e suas propriedades
- Construção de sólidos geométricos: composição e decomposição
- Percepção de elementos geométricos nas formas da natureza, nas criações artísticas, na tecnologia e na arquitetura Identificação de figuras espaciais por meio de suas vistas: frontal, lateral e superior.
4º Bimestre
Tratamento da informação
- Leitura e interpretação de informações presentes nos meios de comunicação e no comércio, registradas por meio de tabelas e gráficos
- Registros de eventos na reta da linha do tempo
- Noções de combinação associada à multiplicação e tabela
- Situações-problema simples, envolvendo noções de possibilidade e probabilidade
- Construção e interpretação de gráficos de colunas, barras e produção de textos
- Interpretação de gráficos de setor
- Situações-problema envolvendo interpretação de tabelas e gráficos.
Conteúdo de aprendizagem das disciplinas de ciências para o 5º ano do ensino fundamental
1º Bimestre
- Estudando áreas verdes 
- Observando e descrevendo as áreas verdes 
- Áreas verdes à sua volta 
- Hora da literatura: “Áreas verdes urbanas” 
- Parques Nacionais do Brasil 
- O primeiro parque nacional brasileiro 
- Parques nacionais por que criá-los? 
- Uma volta pela Terra 
- Sobre os instrumentos que utiliza a bordo 
- Sobre a rota percorrida 
- Explorando a bússola 
- Exploradores do Universo 
- Breve história das viagens espaciais
- O sistema solar 
- Entrevista com o astrônomo Antônio Mário Magalhães
2º Bimestre
- O corpo em movimento 
- Hora do esporte 
- Hora da leitura “De olha no ritmo” 
- Energia para viver 
- Por dentro do corpo 
- Coração e pulmões 
- Por dentro da barriga 
- Digestão 
- Órgãos do aparelho digestório 
- O que aprendemos 
- Nossa alimentação 
- Analisando as embalagens dos alimentos 
- Alimentação saudável 
- Pirâmide dos alimentos 
- Montando um cardápio 
- Pirâmide de atividades físicas 
3º Bimestre
- Nosso estilo de vida e nossa saúde 
- Nossos hábitos... nossa saúde 
- Nossas atitudes... nossa saúde 
- O corpo como você nunca o viu 
- Um novo olhar 
- Flagrantes do corpo 
- Surge um ser humano 
- Corpo de homem, corpo de mulher 
- Antes do nascimento 
- Já não sou mais criança 
- A chegada da adolescência 
- Dilemas adolescentes 
4º Bimestre
- Um mundo de invenções 
- Invenções e nossa vida 
- Invenções: os dois lados da moeda. 
- Da combustão à poluição 
- O segredo do fogo 
- A poluição do ar 
- Tempos modernos 
- Quando o avanço resulta em retrocesso 
- Quando o retrocesso promove avanço
Obs.: Esses conteúdos são baseado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Básica do MEC (2013) e no Currículo em Movimento da Educação Básica (2014) elaborado pela Secretaria de Educação do Distrito Federal. Sendo que, os conteúdos do planejamento de aula oferecido para cada escola podem variar de acordo com as suas necessidades regionais e culturais.
Levantamento de estratégias que podem ser utilizadas em instituições educativas escolares que atendem crianças com deficiência visual
Ao tratarmos da inclusão de um aluno com deficiência, as adaptações podem ser em relação: 1) ao material e sua organização da aula – tempo, espaço e recursos; 2) ao programa – planejamento e atividades; 3) à metodologia – estratégias e recursos e, 4) aos conteúdos. 
Quando o processo de inclusão envolve um aluno com deficiência visual, também podem ser implantadas as seguintes adaptações: 1) modificação nos equipamentos; 2) modificação nas regras; 3) modificação no ambiente e 4) modificação na instrução. É oportuno mencionar que a modificação nas regras e na instrução,citadas por Souza (2009) como adaptações, também podem configurar-se como estratégias de ensino.
Manzini (2010, p.14), define estratégias como: [...] uma ação que acontece no momento do ensino ou da avaliação do aluno. Porém, deve ser planejada anteriormente, levando em consideração as características da deficiência, as potencialidades do aluno, o objetivo que se pretende com a realização da atividade e o nível de complexidade da atividade exigida. A estratégia não se resume a passos a serem seguidos exatamente como foram planejados, algo estático, mas, pelo contrário, a estratégia é flexível e passível de ser modificada, caso o professor a identifique como não funcional para o aluno. Por isso, é indispensável que o professor planeje mais de uma estratégia para a realização de uma única atividade. 
	São estratégias para aulas com alunos que apresentam deficiência visual as seguintes propostas:
Sala de Aula
• Conteúdo curricular deve ser o mesmo para todos os alunos
• O professor deve primar para que as explicações sejam descritivas e concretas e, sempre que possível, possibilitar que o aluno cego manipule objetos e materiais que sejam os mais próximos possíveis do real e que facilitem a compreensão e participação nas atividades.
• Não é necessário apenas que se deixe o aluno escutar, cheirar, tocar e explorar as coisas, os objetos, mas que o ensine a ouvir, a cheirar, a tocar, para o qual é imprescindível a educação destes sentidos. Isto é importante para todas as crianças, porém adquire maior relevância no caso das crianças cegas ou com baixa visão devido à utilidade dos sentidos remanescentes na relação com os objetos, coisas e pessoas. 
Recursos Didáticos 
É indispensável que os recursos didáticos possuam estímulos visuais e táteis que atendam às diferentes condições visuais. O material deve apresentar cores contrastantes, texturas e tamanhos adequados para que se torne útil e significativo.
A confecção de recursos didáticos para alunos cegos deve se basear em alguns critérios muito importantes para a eficiência de sua utilização – Fidelidade da representação que deve ser tão exata quanto possível em relação ao modelo original. Além disso, deve ser atraente para a visão e agradável ao tato.
A disponibilidade de recursos que atendam ao mesmo tempo às diversas condições visuais dos alunos pressupõe a utilização do Sistema Braille, de fontes ampliadas e de outras alternativas no processo de aprendizagem. 
Recursos Tecnológicos
DOSVOX: sistema operacional desenvolvido pelo Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Possui um conjunto de ferramentas e aplicativos próprios além de agenda, chat e jogos interativos. Pode ser obtido gratuitamente por meio de “download” a partir do site do projeto DOSVOX:http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox
VIRTUAL VISION: é um software brasileiro desenvolvido pela Micropower, em São Paulo, concebido para operar com os utilitários e as ferramentas do ambiente Windows. É distribuído gratuitamente pela Fundação Bradesco e Banco Real para usuários cegos. No mais, é comercializado. Mais informações no site da empresa: http://www.micropower.com.br
Atendimento Educacional Especializado
• Sistema Braille e Sorobã 
• Tecnologias de informação e de comunicação (TICS) acessíveis
• Produção de materiais táteis (desenhos, mapas, gráficos). 
• Disponibilização de materiais didático-pedagógicos acessíveis: transcrição de material em tinta para o Braille, áudio-livro, texto digital acessível e outros.
• Recursos ópticos e não-ópticos.
• Produção de textos escritos com caracteres ampliados, materiais com contraste visual.
• Estimulação visual.
• Comunicação alternativa e aumentativa – CAA
• Avaliação funcional da visão
• Técnica de uso da bengala e de estratégias de orientação e mobilidade
• Ensino da letra cursiva e assinatura do nome
• Plano de Atendimento Educacional Especializado 
2.3 Passo 3
 
Neste passo, você vai construir um projeto interdisciplinar de intervenção pedagógica que promova a atuação em sala de aula envolvendo os conteúdos disciplinares, em especial de Matemática e Ciências, voltados também às oportunidades de aprendizagem de todos os alunos, ressaltando as presenças dos alunos com deficiência visual. Lembre-se de que essa intervenção pedagógica deve partir de uma proposta interdisciplinar, focando nas defasagens dos conteúdos esperados para o ano em questão. Apresente uma breve descrição do trabalho a ser realizado e quais são os resultados esperados. Siga o direcionamento seguinte.
- Tema: Reforço educacional dos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental nas disciplinas de Matemática e Ciências
- Problema detectado: Os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental estavam apresentando deficiências de aprendizagem nas disciplinas de Matemática e Ciências, sendo que fazem parte da turma com alunos com necessidades especiais (deficiência visual)
- Objetivos a serem alcançados: 
Para a disciplina de Matemática
- Desenvolver um trabalho cujo enfoque principal considere os cinco blocos temáticos: números, operações, espaço e forma, grandeza e medidas e tratamento da informação.
- Desenvolver nos alunos a capacidade de:
Empenhar-se na realização das atividades propostas, utilizando todo o conhecimento construído quando se requer a resolução de situações problema;
Expor suas dúvidas e reconhecer a necessidade de rever o que ainda não aprendeu;
Utilizar-se de estratégias pessoais para resolver determinado problema, dispondo-se a expor suas idéias;
Interagir, estabelecendo uma postura de escuta atenta para entender as explicações do professor e/ou colega (focando principalmente os alunos com necessidade especial);
Formular argumentos, expondo-os a fim de que sejam validados ou refutados pelos colegas, avançando cada vez mais na linguagem matemática;
Reconhecer tanto os seus avanços quanto a necessidade de continuar aprendendo.
Para a disciplina de Ciências
- Compreender e ampliar conhecimentos sobre o Universo, o Sistema Solar e o Planeta Terra;
- Reconhecer e identificar os componentes: ar, água e solo no Planeta Terra;
- Reconhecer a necessidade de preservarem ambientes e de recuperar os que já foram destruídos;
- Compreender as necessidades vitais dos seres humanos, relacionando a necessidade de alimentos para o sustento, desenvolvimento, manutenção e obtenção de energia para o corpo;
- Identificar comportamentos de higiene física, mental e social, fundamental para o estado de saúde.
- Justificativa sobre a relevância do tema: 
A dificuldade de aprendizagem, no caso deste estudo é somente em relação as disciplinas de Matemática e Ciências, devendo considerar que é com todos os alunos da turma deve ser vista sempre na perspectiva da pluricausalidade (WEISS, 2009), ainda que, em uma avaliação psicopedagógica realizada pelo profissional competente, seja possível identificar algumas causas principais dentre uma série de fatores que consistem em obstáculos ao processo de aprendizagem. Esta avaliação nem sempre é acessível para todos. Entretanto, cabe à escola avaliar o aluno, compreender pedagogicamente suas dificuldades e desenvolver estratégias para favorecer seu processo de aprendizagem. 
Neste caso a professora fez o estudo para avaliar as dificuldades que os alunos apresentavam e por isso traçou uma estratégia rememorando seus estudos acadêmicos. Após possuir um bom parâmetro de como são as condições sociais e financeiras dos mesmos delineou as teorias de trabalho que seriam adotadas, podendo assim serem justificadas.
A interdisciplinaridade é uma temática definida como um modo de trabalhar em sala de aula, onde se propõem temas com abordagens em diversas disciplinas. Assim, podemos compreender que a interdisciplinaridade se integra em outras áreas específicas, e assim, passa a ter o propósito de realizar uma interação entre o aluno, professor e cotidiano, visto que, atualmente podemos considerar as ciências naturais como umas das mais diversas em função de seusvários campos de trabalho. 
Desde o século passando a tecnologia é material de apoio em todas as instituições, pois, serve para agilizar e/ou guardar informações e serviços, e deste modo, gradativamente modificou o comportamento de toda a sociedade. E como não poderia deixar de ser, na área educacional também sofreu inúmeras mudanças. E isso está fazendo com que a didática também seja replanejada. O professor não pode mais apenas utilizar um quadro negro e um giz para expor os seus ensinamentos, ou seja, ele deve se aprimorar, ser inovador, utilizar inúmeros recursos tecnológicos, pois senão não irá conseguir atingir o principal objetivo com os seus alunos, que é a aprendizagem. Quando o professor recorre ao uso da interdisciplinaridade ele consegue produzir aprendizagem significativa para o seu aluno, isto porque ela também esta presente no dia a dia.
De acordo com Andrade (1995, p. 23), para que a interdisciplinaridade possa ser introduzida no âmbito escolar é preciso partir de um modelo construtivista, objetivando que o ser humano nasce com potencial de aprender, e esta capacidade se desenvolve em interação com o mundo: “Com nova concepção de divisão do saber, frisando a interdependência, a interação e a comunicação existentes entre as disciplinas e buscando a integração do conhecimento num todo harmônico e significativo”.
Veiga - Neto (1994, p. 145), revelou que dentre as várias contribuições pertinentes ao ensino interdisciplinar, temos:
a) um maior diálogo entre professores, alunos, pesquisadores etc., de diferentes áreas do conhecimento; b) um melhor preparo profissional e uma formação mais integrada do cidadão; c) uma Ciência mais responsável, já que ser ia possível trazer a problematização ética para dentro do conhecimento cientifico; d) a reversão da tendência crescente de especialização, de modo que se desenvolveria uma visão holística da realidade; e) a criação de novos conhecimentos, graças a fecundação mutua de áreas que até então se mantinham estanques; f) reverter um suposto desequilíbrio ontológico de que padece a Modernidade, isto é, reverter o descompasso entre uma pretensa natureza última das coisas e as ações humanas que tem alterado tal natureza.
Assim, diante do que foi exposto sobre será muito importante de se utilizar ensino interdisciplinar, para se implantar o projeto interdisciplinar de intervenção pedagógica que promova a atuação em sala de aula envolvendo os conteúdos disciplinares, em especial de Matemática e Ciências, voltados também às oportunidades de aprendizagem de todos os alunos, ressaltando as presenças dos alunos com deficiência visual.
Como os alunos se encontram com deficiência de conhecimentos nestas disciplinas será relevante a utilização de equipamentos tecnológicos para que ocorra uma melhor assimilação dos conteúdos e rapidez nas informações.
Ressaltando que todo material confeccionado deverá possuir dimensões maiores e também irão se trabalhar com o manuseio de diversos materiais, isso porque a participação dos dois alunos especiais deve ser intensa. Como eles possuem um pequeno grau de visão receberão material impresso com letras maiores e não serão eximidos de nenhuma atividade.
- Definição das ações e estratégias: 
As atividades metodológicas desenvolvidas serão estruturadas, de forma simultânea ou seqüencial, oferecendo ao aluno a oportunidade de perceber e analisar o assunto sob diversos ângulos, de forma que o aluno se aproprie dos conhecimentos propostos e/ou apresente suas pesquisas e demais atividades pedagógicas.
Os procedimentos metodológicos serão desenvolvidos através de:
Aulas interativas;
Produção individual e coletiva, oral e escrita;
Debates;
Dinâmicas de grupo e oficinas envolvendo todos os alunos;
Desenvolver pequenos projetos: despertar a curiosidade dos alunos por algum tema, ou assunto. Solicitar que pesquisem sobre ele. Elaborar algum produto com as pesquisas, como painel, exposição, ou dramatização (exemplo: dramatizar um telejornal e cada aluno apresenta uma notícia). 
Tornar o material didático mais acessível: algumas pequenas modificações no material didático podem tornar os textos mais atraentes e também mais fáceis de serem compreendidos pelos alunos com dificuldades, como, por exemplo, usar fonte 14 nos impressos, usar ilustrações para reforçar o sentido dos textos, separar as informações dos problemas de matemática, apresentando-as uma em cada linha, ensinar a criança a localizar e sublinhar as palavras que indicam as ações pedidas nas atividades (como “descreva”, “envolva”, “marque com um X”); 
Utilizar material concreto: recursos como material dourado, blocos lógicos, material contável, cédulas e moedas de brinquedo tornam os conceitos matemáticos mais concretos, facilitando o processo de aprendizagem. 
Diversificar: apresentar o mesmo conteúdo de formas diferentes favorece que alunos com dificuldade possam compreender melhor o conteúdo.
Jogos ou atividades lúdicas: “o saber se constrói fazendo próprio o conhecimento do outro, e a operação de fazer próprio o conhecimento do outro só se pode fazer jogando.” 
A utilização de transparências, vídeos, jornais, revistas e músicas são importantes instrumentos para a fixação de conteúdos, sempre utilizando letras em tamanho maior para a compreensão de todos os alunos.
Incentivos à leitura, uma vez que a mídia tomou o lugar da mesma, e realização de trabalhos Dirigidos em Grupo.
O provimento de aulas de campo, conhecidas como atividade extra-classe, fornece um grande potencial para a aprendizagem, pois se trata da prática, do real, da experiência.
 Utilização de globos e mapas nas aulas de ciências, confecção dos planetas em blocos de isopor para que os alunos especiais consigam manuseá-los e perceber a diferenças de tamanho proporcionais e formas.
Utilizar recursos tecnológicos: televisão, computador, datashow, impressoras, pendrive, DVDs, aparelho de telefone celular (utilização de aplicativos), lousa digital.
Confecção de painéis, trabalhar com círculos de papelão, canetas hidrográficas, lápis, réguas, revistas, cola, figuras copiadas da internet e depois impressas.
Avaliação sobre as ações desenvolvidas: 
O aluno deverá atender os critérios exigidos no Regimento Escolar e no PPP, sendo que o aluno consiga tirar a nota necessária para a aprovação e também obter a freqüência mínima prevista.
            A avaliação é concebida a serviço da aprendizagem dos alunos, de modo que permeia o conjunto de todas as ações pedagógicas.
            Será realizada em função dos objetivos propostos, através da apresentação das atividades solicitadas e da participação em todas as propostas de trabalho. A avaliação será diagnóstica, formativa e contínua, acontecerá durante todo o processo de ensino-aprendizagem. 
Serão aplicadas provas com questões subjetivas e/ou objetivas. Sendo avaliado no decorrer do processo as produções dos estudantes, as atividades realizadas e a participação dos alunos durante as aulas. Sempre considerando os aspectos cognitivos, afetivos e psicomotores dos alunos.  
A avaliação não terá caráter seletivo ou classificatório, fundamentar-se-á em aprendizagens significativas e aplicadas em diversos contextos da prática de formação. Todos os alunos que não se apropriarem do mínimo necessário terão oportunidade de revisão dos conteúdos trabalhados e fazer novas atividades avaliativas em prazo estipulado.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Com o desenvolvimento deste planejamento estratégico acredita-se que a professora Ana poderá atingir seus objetivos. Visto que, foi um trabalho interdisciplinar e conseguindo estabelecer estratégias de ensino e soluções para problemas reais que a turma está apresentando.
Considerando que os problemas apresentados foram o fato da sala apresentar dificuldades de aprendizagem nas disciplinas de ciências e matemática e tanto a professora titular como a professora auxiliar não possuírem experiência com alunos que apresentam deficiência visual, este projeto de intervenção pedagógicapoderá sanar estas dificuldades.
A didática e a metodologia que as professoras utilizarão foram voltadas para esses dois problemas, assim, espera-se a sua resolução.
4 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CARVALHO, Dione Luchesi de. Metodologia do Ensino da Matemática. São Apulo: Cortez, 2ª ed., 1997.
DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas de Matemática. São Paulo, Ática, 1989.
MANZINI, E. J. Recurso pedagógico adaptado e estratégias para o ensino de alunos com deficiência física In: MANZINI, E. J.; FUJISAWA, D. S. Jogos e recursos para comunicação e ensino na educação especial. Marília: ABPEE, 2010. p. 117-138.
MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Brasília: MEC.
ORMELEZI, Eliana Maria. Os Caminhos da Aquisição do Conhecimento e a Cegueira: do universo do corpo ao universo simbólico. 273 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia e Educação). São Paulo: Universidade de São Paulo – Faculdade de Educação, 2000. 
SÁ, Elizabet Dias de Sá; CAMPOS; Izilda Maria de; SILVA, Myriam Beatriz Campolina Silva. Atendimento Educacional Especializado: deficiência visual. São Paulo: MEC/SEESP, 2007. 
SOUZA, J. V. A tutoria: estratégia de ensino para inclusão de alunos com deficiência visual nas aulas de educação física. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIENCIAS DO ESPORTE, 16., 2009, Salvador. Anais..., Salvador: CBCE, 2009
VEIGA-NETO, Alfredo José da. Produção e construção do conhecimento nas diferentes disciplinas – a problemática da interdisciplinaridade. In:Anais do VII ENDIPE, Goiânia-60, 5 a 9 de junho de 1994, Vol. 2.
WEISS, M. L. L. Combatendo o fracasso escolar. Obstáculos à aprendizagem e ao desenvolvimento da leitura. In WEISS, M. L. L. & WEISS, A. Vencendo as dificuldades de aprendizagem escolar. RJ: Wak, 2009.