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MATEMÁTICA BIANCHINI Componente curricular: MATEMÁTICAEdwaldo Bianchini 6oano MANUAL DO PROFESSOR MATEMÁTICAMATEMÁTICA MANUAL DO PROFESSOR 9a edição São Paulo, 2018 Componente curricular: MATEMÁTICA Edwaldo Bianchini Licenciado em Ciências pela Faculdade de Educação de Ribeirão Preto, da Associação de Ensino de Ribeirão Preto, com habilitação em Matemática pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Sagrado Coração de Jesus, Bauru (SP). Professor de Matemática da rede pública de ensino do estado de São Paulo, no ensino fundamental e médio, por 25 anos. MATEMÁTICA BIANCHINI o ano6 Coordenação geral: Maria do Carmo Fernandes Branco Edição: Glaucia Teixeira Edição de conteúdo: Patrícia Furtado Suporte administrativo editorial: Alaíde dos Santos Coordenação de design e projetos visuais: Marta Cerqueira Leite Projeto gráfico: Andreza Moreira Capa: Bruno Tonel, Mariza de Souza Porto Foto: Pessoas em barco a remo em Buchelay, França, 2017. Crédito: Julien Brochard/EyeEm/Getty Images Coordenação de arte: Aderson Assis Editoração eletrônica: Marcel Hideki Edição de infografia: Luiz Iria, Priscilla Boffo, Otávio Cohen Coordenação de revisão: Camila Christi Gazzani Revisão: Ana Maria Marson, Erika Nakahata, Kátia Godoi, Lilian Xavier, Salvine Maciel Coordenação de pesquisa iconográfica: Sônia Oddi Pesquisa iconográfica: Angelita Cardoso, Leticia Palaria Coordenação de bureau: Rubens M. Rodrigues Tratamento de imagens: Fernando Bertolo, Joel Aparecido, Luiz Carlos Costa, Marina M. Buzzinaro Pré-impressão: Alexandre Petreca, Everton L. de Oliveira, Marcio H. Kamoto, Vitória Sousa Coordenação de produção industrial: Wendell Monteiro Impressão e acabamento: “Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada.” 1 3 5 7 9 10 8 6 4 2 Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados EDITORA MODERNA LTDA. Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho São Paulo – SP – Brasil – CEP 03303-904 Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510 Fax (0_ _11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2018 Impresso no Brasil Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Bianchini, Edwaldo Matemática - Bianchini : manual do professor / Edwaldo Bianchini. – 9. ed. – São Paulo : Moderna, 2018. Obra em 4 v. de 6o ao 9o ano. Componente curricular: Matemática. Bibliografia. 1. Matemática (Ensino fundamental) I. Título. 18-16785 CDD-372.7 Índices para catálogo sistemático: 1. Matemática : Ensino fundamental 372.7 Maria Alice Ferreira – Bibliotecária – CRB-8/7964 III CONHEÇA SEU MANUAL 148 Desprendeu-se na Antártica um dos maiores icebergs já identi�cados pela ciência, informou o relatório divulgado nesta quarta-feira por pesquisadores do Project Midas. O bloco gigante de gelo tem 5,8 mil quilômetros quadrados, 200 metros de espessura e pesa mais de um trilhão de toneladas — equivalente à área do Distrito Federal, no Brasil. O satélite Aqua, dos Estados Unidos, captou o iceberg ao passar próximo à plataforma Larsen C e identi�cou água limpa entre o bloco e o continente. Fonte: ICEBERG do tamanho de Brasília se desprende na Antártica. Gazeta Online, 12 jul. 2017. Disponível em: <http://www.gazetaonline.com.br/noticias/mundo/2017/07/iceberg-do-tamanho-de-brasilia-se-desprende-na- antartica-1014076632.html>. Acesso em: 04 out. 2017. Você sabia que a parte visível de um iceberg corresponde a apenas 10 1 do seu volume e a 7 1 da sua altura? 7 Números racionais na forma de fração Capítulo Plataforma Larsen C, na Antártica, monitorada por satélite. (Foto de 2017.) B R IT IS H A N TA R T IC S U R V E Y /A F P 148 CAPÍTULO 7 Objetivos do capítulo Levar o aluno a: • Reconhecer números racio- nais em diferentes contex- tos: cotidianos e históricos. • Ler, escrever e representar números racionais na for- ma de fração. • Resolver problemas envol- vendo números racionais na forma de fração com seus diferentes significados: como operadores, relação entre parte e todo, quocien- te e razão. • Identificar frações equiva- lentes. • Simplificar e comparar nú- meros racionais escritos na forma de fração. • Resolver e elaborar proble- mas que envolvam porcen- tagem com base na ideia de proporcionalidade. • Interpretar dados repre- sentados em tabelas, grá- ficos de colunas e gráficos de setores. Orientações gerais Este capítulo trata dos nú- meros racionais não negati- vos em forma de fração, seus significados, equivalência, simplificação, comparação de frações e a forma percen- tual. Tratamos também da interpretação e organização de informações coletadas por meio de tabelas e gráfi- cos de colunas e de setores. Na abertura do capítulo, temos a oportunidade de trabalhar com uma visão interdisciplinar, associan- do Matemática a Ciências e Geografia. Os números em foco, os racionais, são apre- sentados ao aluno em um conjunto de informações sobre icebergs na Antárti- ca, possibilitando variadas comparações de medidas e proporcionalidade. É interes- sante discutir com os alunos que, a exemplo desse con- texto, a compreensão geral dos números, em suas múlti- plas representações e aplica- ções, é fundamental para co- nhecer e melhor entender o mundo em que vivemos. Os números na forma de fração aparecem em uma compara- ção de volume e altura. Sugestões de leitura Para enriquecer a discussão sobre a Antártica, sugerimos os sites: <https://www.infoescola.com/geografia/antartida-antartica/>; <https://exame.abril.com.br/noticias-sobre/antartica/>; <https://oglobo. globo.com/sociedade/ciencia/estacao-antartica-22536905>. Acessos em: 22 maio 2018. 73BIMESTRE 1 Objetivos do capítulo Levar o aluno a: • Distinguir figuras planas de não planas, descreven- do algumas de suas carac- terísticas e estabelecendo relações entre elas. • Classificar figuras não pla- nas como corpos redondos e poliedros. • Identificar e quantificar elementos de um poliedro: faces, vértices e arestas. • Reconhecer prismas e pi- râmides como poliedros e identificar suas bases. • Associar o estudo de Geo- metria à arquitetura e à história. • Trabalhar com informações de embalagens. • Explorar ampliação e redu- ção de figuras com o uso de malhas quadriculadas. Orientações gerais Ao abordar o assunto deste capítulo, é importante tra- balhar com a manipulação de objetos, modelos dos sólidos tratados, para que as características das figu- ras geométricas não planas trabalhadas sejam percebi- das e verificadas. Também se faz necessário promover discussões sobre os modelos de figuras geométricas utili- zados. A abordagem leva em conta que a Geometria talvez seja um dos campos da Matemá- tica em que a interação da imaginação com o real mais se faça presente. O texto e a imagem da aber- tura propiciam uma discussão inicial sobre esse tema. Per- gunte: “Que sólidos geomé- tricos vocês podem observar nessa edificação?”. Sugestão de leitura Para enriquecimento do trabalho, indicamos o livro: MACHADO, Nilson José. Os poliedros de Platão e os dedos da mão. São Paulo: Scipione, 2000. (Coleção Vivendo a Matemática). Material Digital Audiovisual • Vídeo: Estudando figuras geométricas Orientações para o professor acompanham o Material Digital Audiovisual No projeto arquitetônico do Salão da Fama e Museu do Rock and Roll, nos Estados Unidos, é possível identificar formas que lembram diferentes figuras geométricas. O uso de formas que lembram figuras geométricas também é comum nas artes plásticas (pintura, escultura, arquitetura etc.), que trabalham, explícita ou implicitamente, com conceitos matemáticos (sobretudo da Geometria). Neste capítulo, estudaremos algumas figuras geométricas (planas e não planas) e suas características. 3Estudando figuras geométricas Capítulo Salão da Fama e Museu do Rock and Roll, localizado em Cleveland, Ohio(Estados Unidos). (Foto de 2016.) M IR A /A LA M Y /F O TO A R E N A CAPÍTULO 3 73 310 Unidades de medida de tempo Nesta página, iniciamos o estudo da grandeza tempo e de suas principais unida- des de medida: hora, minu- to e segundo. Se possível, providencie diferentes modelos de re- lógios e cronômetros para que os alunos percebam as diferenças entre eles. Apro- veite o uso da tecnologia para observar esses instru- mentos de medição em um celular. Discuta com os alu- nos a diferença no modo de registrar os horários feito por relógios de ponteiros (analógicos) e por relógios digitais. Essa pode ser uma oportunidade para verificar os conhecimentos prévios dos alunos na leitura das horas nesses dois tipos de relógio. Ressalte o fato de a relação entre as unidades de tem- po (hora, minuto e segun- do) não ser decimal, mas sexagesimal. Sugestões de leitura Para ampliar a relação entre as uni- dades de tempo, sugerimos os sites: <http: / /www.oieduca.com.br / artigos/voce-sabia/por-que-1-hora- tem-60-minutos.html>. <https://hypescience.com/como-o- tempo-e-medido/>. <https://super.abril.com.br/historia/ por-que-dividimos-o-tempo-em-60- minutos-e-60-segundos/>. Acessos em: 20 maio 2018. Complemente os estudos com a Sequência didática 12 – Medida de massa, disponível no Manual do Professor – Digital. As atividades propostas permitem desenvolver de forma gradual e articulada objetos de conhecimento e habilidades da BNCC selecionados para este capítulo. Habilidade trabalhada nesta dupla de páginas: (EF06MA24) Resolver e elaborar problemas que envolvam as grandezas comprimento, massa, tempo, temperatura, área (triângulos e retângulos), capacidade e volume (sólidos formados por blocos retangulares), sem uso de fórmulas, inseridos, sempre que possível, em contextos oriundos de situações reais e/ou relacionadas às outras áreas do conhecimento. DOM TERSEG Março QUA QUI SEX SÁB R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 310 CAPÍTULO 12 OUTRAS UNIDADES DE MEDIDA 1 Unidades de medida de tempo No dia a dia, usamos diversos objetos para registrar o tempo. Vejamos alguns. O Sistema Internacional de Unidades adota como unidade padrão de medida de tempo o segundo, representado por s. Dependendo do período que pretendemos medir, pode- mos usar outras unidades: � minuto (min), que corresponde a 60 segundos; � hora (h), que corresponde a 60 minutos, ou a 3.600 segun- dos (60 8 60). No esquema ao lado, mostramos como essas três unida- des de medida de tempo se relacionam. Veja. Observe como essas relações nos ajudam a resolver problemas do cotidiano. h min s 9 60 9 3.600 3 3.600 3 60 9 60 3 60 Situação 1 O triatlo é uma modalidade esportiva composta de três provas: natação, ciclismo e corrida. Magda está treinando bastante para participar do campeonato estadual de triatlo. Em seu último treino, ela obteve os seguintes tempos: 22 min e 32 s na natação, 24 min e 43 s no ciclismo e 1 h 30 min 13 s na corrida. Qual foi o tempo total de Magda nesse treino? O tempo total de Magda é a soma dos tempos das provas: IN G R E E N /S H U T T E R S TO C K IS E R G /IS TO C K /G E TT Y IM A G E S G A R S YA /S H U T T E R S TO C K Com o calendário, medimos o dia, a semana, o mês e o ano. Com o relógio, medimos a hora, o minuto e o segundo. Com o cronômetro, medimos tempos menores que 1 segundo. 22 min 32 s 1 24 min 43 s 1 h 30 min 13 s 1 h 76 min 88 s BIMESTRE 4 329 Orientações Ainda na seção Para saber mais, se possível, seria in- teressante que os alunos comprovassem se suas esti- mativas na questão 3 foram boas ou não. Se houver uma árvore na escola ou nas re- dondezas, peça aos alunos que verifiquem a altura com uma trena, sob sua su- pervisão; com uma balança, podem verificar a massa da mochila de um dos alunos da sala; com uma trena, po- dem obter o comprimento da sala em metro e, depois, expressá-lo em centímetro; com uma régua, podem me- dir a espessura do livro. Exercícios complementares Este bloco de exercícios ex- plora as grandezas e medi- das estudadas no capítulo. Espera-se que os alunos mo- bilizem os conhecimentos construídos, percebendo se ainda têm alguma dificul- dade. Na discussão sobre a solução do exercício 4, solicite que ilustrem cada um dos itens à medida que forem resolvi- dos, para deixar mais claro o que estão calculando e que medidas são necessárias a cada cálculo. No Manual do Professor – Digital poderão ser acessadas Propostas de Acompanhamento da Aprendizagem dos alunos com sugestões de questões, abertas e de múltipla escolha, e fichas para registro do desempenho deles neste bimestre. Habilidade trabalhada: (EF06MA32) Interpretar e resolver situações que envolvam dados de pesquisas sobre contextos am- bientais, sustentabilidade, trânsito, consumo responsável, entre outros, apresentadas pela mídia em tabelas e em diferentes tipos de gráficos e redigir textos escritos com o objetivo de sintetizar conclusões. 1. 000 900 8 00 7 00 600 500 400 300 200 100 m c R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 329CAPÍTULO 12 OUTRAS UNIDADES DE MEDIDA 2 Uma piscina tem 8 m de comprimento, 4 m de largura e 1,40 m de profundidade. a) Quantos metros quadrados de azulejo são necessários para revestir essa piscina? b) Quantos cubinhos de aresta medindo 1 dm cabem nessa piscina? 44.800 c) Qual é a capacidade da piscina em litro? 44.800 litros 4 Construíram-se três cubos de mesmo volume. A soma das medidas de todas as arestas de cada cubo é 64,8 cm. Foi colocado um cubo sobre o outro, obtendo-se um paralelepípedo. a) Qual é a soma das medidas de todas as arestas do paralelepípedo? 108 cm b) Qual é a soma das áreas das faces de cada cubo? 174,96 cm2 c) Qual é a soma das áreas das faces do para- lelepípedo? 408,24 cm2 3 Estimem estas medidas: Respostas pessoais. a) a altura de uma árvore; b) a massa de uma mochila de um aluno do 6o ano; c) o comprimento, em centímetro, da sala de aula; d) a espessura deste livro. Comparem suas respostas com as de outros colegas. Houve muita diferença nas medidas estimadas? Por que vocês acham que isso aconteceu? Respostas pessoais. 1 Quantos cubos iguais a A preciso empilhar para formar uma figura igual ao paralelepí- pedo B? alternativa d a) 12 b) 36 c) 45 d) 54 Observando o gráfico, responda às questões: a) Quantos quilogramas de café foram consu- midos, em média, por habitante em 2010? b) Qual foi a média de consumo de café no período de 2008 a 2015? c) A média de consumo de café de 2011 para 2012 aumentou ou diminuiu? Quanto? d) Pela média de 2015, quantos quilogramas de café teriam sido consumidos por 72.000 habitantes? 352.800 kg a) 4,81 kg FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES A D IL S O N S E C C O Consumo médio de café por habitante 4,51 2008 2 4 6 4,65 2009 4,81 2010 4,88 2011 4,98 2012 4,87 2013 4,89 2014 4,90 2015 C on su m o (e m q ui lo gr am a) Ano Dados obtidos em: Associação Brasileira da Indústria de Café. Disponível em: <http://www.abic.com.br>. Acesso em: 16 ago. 2017. 3 O gráfico abaixo mostra o consumo médio de café (torrado e moído) por habitante do Brasil ao ano, em quilograma. 7 Faça as conversões. a) 54.756 g em kg b) 2,3 t em kg c) 2 1 t em g d) 80 g em mg e) 15 g em kg f) 5 3 kg em g 54,756 kg 2.300 kg 500.000 g 80.000 mg 0,015 kg 600 g 5 Considerando a proveta ao lado, responda às questões. a) Quantos decilitros mede o líquido nela contido? b) Quantos centilitros mede o líquido nela contido? c) Quantos mililitros mede o líquido nela contido? N E LS O N M AT S U D A 6 Um conta-gotas tem capacidade de 2,5 cc. Qual é sua capacidade em mililitro? 25 mc240 mc 24 cc 2,4 dc LEMBRE-SE: NÃO ESCREVA NO LIVRO! 65,60 m2 c) aumentou; 0,10 kg b) aproximadamente 4,81 kg (A) (B) F E R N A N D O J O S É F E R R E IR A Este Manual do Professor está organizado em: Orientações gerais – apresenta a visão geral da proposta desenvolvida e os fundamentos teórico -metodológicos da coleção. Orientações específicas – traz a distribuição das seções especiais do livro do estudante, comentários sobre cada um dos capítulos e quadros com a correspondência entre conteúdos desenvolvidos, objetos de conhecimento e habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Ao final, encontram-se sugestões de atividades e, quando possível, textos complementares. Orientações página a página – reproduz as páginas do livro do estudante em formato reduzido, acompanhadas de orientações, sugestões didáticas e comentários nas laterais e na parte inferior, em formato semelhante à letra U. A estrutura permite localizar facilmente as orientações referentes aos assuntos da página e os recursos disponíveis no Manual do Professor – Digital. Veja a seguir. Livros e sites são indicados para aprofundar ou complementar o tema em estudo. No início da página de abertura, encontram-se os Objetivos do capítulo e Orientações gerais sobre o desenvolvimento dos conteúdos trabalhados. Sempre que oportuno, ícones sugerem os momentos para a utilização das Sequências didáticas e das Propostas de Acompanhamento da Aprendizagem, oferecidas no Manual do Professor – Digital. As habilidades da BNCC trabalhadas são reproduzidas ao final da página. A cada bimestre, um marcador sinaliza os Materiais Digitais Audiovisuais disponíveis no Manual do Professor – Digital. Esses materiais são acompanhados de uma ficha com orientações para o desenvolvimento da proposta com os alunos. Na parte inferior da dupla de páginas, um marcador indica o bimestre sugerido para o trabalho com os capítulos. Essa organização bimestral está de acordo com os Planos de desenvolvimento propostos no Manual do Professor – Digital. IVIVIV Orientações gerais V Apresentação ............................................................................................................ V Visão geral da proposta da coleção .......................................................................... V Objetivos gerais da coleção ................................................................................................... VI Fundamentos teórico-metodológicos ...................................................................... VI A importância de aprender Matemática ............................................................................ VI A Matemática como componente curricular do Ensino Fundamental...................... VIII BNCC e currículos ..................................................................................................................... X Unidades Temáticas ................................................................................................................. XII Propostas didáticas ................................................................................................................. XIII Apresentação da coleção ......................................................................................... XV Estrutura da obra ...................................................................................................................... XV Organização geral da obra ..................................................................................................... XVI Avaliação ................................................................................................................... XVI A avaliação e as práticas avaliativas .................................................................................. XVI Instrumentos de avaliação nas aulas de Matemática ................................................... XVIII Formação continuada e desenvolvimento profissional docente .............................. XX Instituições de estudos e pesquisas em Educação Matemática que mantêm publicações na área ........................................................................................ XX Sugestões de leitura ................................................................................................................ XXI Sugestões de sites ................................................................................................................... XXIV Documentos oficiais ................................................................................................................ XXIV Bibliografia consultada ............................................................................................. XXIV Orientações específicas XXVII Capítulo 1 – Números ................................................................................................ XXVIII Capítulo 2 – Operações com números naturais ........................................................ XXIX Capítulo 3 – Estudando figuras geométricas ........................................................... XXXI Capítulo 4 – Divisibilidade ......................................................................................... XXXII Capítulo 5 – Um pouco de Álgebra ............................................................................ XXXIII Capítulo 6 – Um pouco de Geometria plana .............................................................. XXXIV Capítulo 7 – Números racionais na forma de fração ................................................. XXXV Capítulo 8 – Operações com números racionais na forma de fração........................ XXXVII Capítulo 9 – Números racionais na forma decimal e operações ............................... XXXVIII Capítulo 10 – Polígonos e poliedros .......................................................................... XLI Capítulo 11 – Comprimentos e áreas ........................................................................ XLIII Capítulo 12 – Outras unidades de medida ................................................................ XLVI Sugestões de atividades XLVIII Livro do estudante – Orientações página a página 1 SUMÁRIO V Apresentação Professor(a), Como material de apoio à prática pedagógica, este Manual traz, de maneira concisa, orientações e sugestões para o uso do livro do aluno como texto de referência, com o objetivo de subsidiar seu trabalho em sala de aula. Espe- ramos que este material o(a) auxilie a melhor aproveitar e a compreender as diretrizes pedagógicas que nortearam a elaboração dos quatro livros desta coleção. Este Manual também discute a avaliação da aprendi- zagem sob a luz de pesquisas em Educação e Educação Matemática e em documentos oficiais. Além disso, oferece indicações de leituras complementares e sites de centros de formação continuada, na intenção de contribuir para a am- pliação de seu conhecimento, sua experiência e atualização. As características da coleção, as opções de abordagem, os objetivos educacionais a alcançar são também expostos e discutidos aqui. Visão geral da proposta da coleção Esta coleção tem como principal objetivo servir de apoio ao professor no desenrolar de sua prática didático- -pedagógica e oferecer ao aluno um texto de referência auxiliar e complementar aos estudos. Com base nos conteúdos indicados para a Matemática dos anos finais (6o ao 9o anos) do Ensino Fundamental e suas especificidades de ensino, a obra procura possibilitar ao aluno a elaboração do conhecimento matemático, visan- do contribuir para a formação de cidadãos que reflitam e atuem no mundo, e subsidiar o trabalho docente, compar- tilhando possibilidades de encaminhamento e sugestões de intervenção. Nesse sentido, atribui especial importância ao desenvolvimento de conceitos de maneira precisa e por meio de linguagem clara e objetiva, com destaques pontuais para as noções de maior importância. As ideiasmatemáticas são apresentadas e desenvolvi- das progressivamente, sem a preocupação de levar o aluno a assimilar a totalidade de cada conteúdo, isto é, sem a pretensão de esgotar o assunto na primeira apresentação. Ao longo da coleção, oferecemos constantes retomadas, não apenas visando à revisão, mas à complementação e ao aprofundamento de conteúdos. Acreditamos que, por meio de diversos contatos com as ideias e os objetos ma- temáticos, o aluno conseguirá apreender seus significados. Em relação à abordagem, a apresentação de cada conteúdo procura ser clara e objetiva, buscando situações contextualizadas e problematizadoras que possibilitem ao aluno uma aprendizagem significativa, assim como estabelecer relações da Matemática com outras áreas do saber, com o cotidiano, com sua realidade social e entre os diversos campos conceituais da própria Matemática. Essa contextualização abarcou situações comuns, viven- ciadas pelos jovens em seu cotidiano, e informações mais elaboradas, que costumam aparecer nos grandes veículos de comunicação. Assim, a obra tem por objetivo contribuir para a formação integral do aluno, de modo que, enquanto assimila e organiza os conteúdos próprios da Matemática, coloque em prática, sempre que possível, suas capacidades reflexiva e crítica, inter -relacionando tanto os tópicos matemáticos entre si quanto estes com os de diferentes áreas do saber. O intento é colaborar de maneira eficaz para a solidificação do conhecimento matemático e com o preparo do exercício da cidadania e da participação positiva na sociedade. Na perspectiva mundial da permanente busca por me- lhor qualidade de vida, a Matemática, sobretudo em seus aspectos essenciais, contribui de modo significativo para a formação do cidadão crítico e autoconfiante, com com- preensão clara dos fenômenos sociais e de sua atuação na sociedade, com vistas a uma formação integral e inclusiva. [...] a BNCC afirma, de maneira explícita, o seu compro- misso com a educação integral. Reconhece, assim, que a Educação Básica deve visar à formação e ao desenvolvimento humano global, o que implica compreender a complexidade e a não linearidade desse desenvolvimento, rompendo com visões reducionistas que privilegiam ou a dimensão intelectual (cognitiva) ou a dimensão afetiva. Significa, ainda, assumir uma visão plural, singular e integral da criança, do adoles- cente, do jovem e do adulto – considerando -os como sujeitos de aprendizagem – e promover uma educação voltada ao seu acolhimento, reconhecimento e desenvolvimento pleno, nas suas singularidades e diversidades. [...] (Base Nacional Comum Curricular, 2017, p. 14.) A ideia de educação inclusiva sustenta -se em um movi- mento mundial de reconhecimento da diversidade humana e da necessidade contemporânea de se constituir uma escola para todos, sem barreiras, na qual a matrícula, a permanên- cia, a aprendizagem e a garantia do processo de escolarização sejam, realmente e sem distinções, para todos. (SÃO PAULO. Currículo da Cidade, 2017, p. 25.) Na sequência, os conceitos teóricos são trabalhados entremeados por blocos de exercícios e, algumas vezes, por atividades de outra natureza em seções especiais. A distribuição das atividades em diferentes seções pro- cura facilitar e flexibilizar o planejamento do trabalho docente, bem como possibilitar ao aluno desenvolver habilidades diversas. ORIENTAÇÕES GERAIS VIVI As atividades também foram pensadas de acordo com o mesmo viés da exposição teórica, intercalando -se aos exercícios convencionais, importantes para formalizar e sistematizar conhecimentos, aqueles que associam os contextos matemáticos aos de outras áreas do conheci- mento, que contemplam temas abrangendo informações de Biologia, Ecologia, Economia, História, Geografia, Políti- ca, Ciências e Tecnologia. A constante recorrência a imagens, gráficos e tabelas, muitos deles publicados em mídias atuais, tem por objeti- vo estimular os alunos a estabelecerem conexões com o mundo em que vivem. A obra procura trazer atividades que possibilitam a sistematização dos procedimentos e a reflexão sobre os conceitos em construção. Elas procuram abordar diferentes aspectos do conceito em discussão por meio de variados formatos, apresentando, quando possível, questões abertas, que dão oportunidade a respostas pessoais, questões com mais de uma solução ou cuja solução não existe. Da mesma maneira, há exercícios que estimulam a ação mental, promovendo o desenvol- vimento de argumentações, a abordagem de problemas de naturezas diversas e as discussões entre colegas e em grupos de trabalho. O professor tem, então, uma gama de questões a seu dispor para discutir e desenvolver os conceitos matemáticos em estudo. É importante reafirmar que, ao longo de toda a co- leção, houve preocupação com a precisão e a concisão da linguagem. A abordagem dos conteúdos procurou ser clara, objetiva e simples, a fim de contribuir adequada- mente para o desenvolvimento da Matemática escolar no nível do Ensino Fundamental. Além do correto uso da língua materna e da linguagem propriamente mate- mática, procuramos auxílio da linguagem gráfica, com ilustrações, esquemas, diagramas e fluxogramas que auxiliem a aprendizagem pelas mudanças dos registros de representação. Objetivos gerais da coleção • Apresentar a Matemática, em seus diversos usos, como uma das linguagens humanas, explorando suas estruturas e seus raciocínios. • Introduzir informações que auxiliem a apreensão de conteúdos matemáticos, com vistas à sua inserção em um corpo maior de conhecimentos e à sua apli- cação em estudos posteriores. • Possibilitar ao aluno o domínio de conteúdos ma- temáticos que lhe deem condições de utilização dessa ciência no cotidiano e na realidade social, oportunizando o desenvolvimento do letramento matemático1. • Propiciar, com o auxílio do conhecimento matemático, o desenvolvimento das múltiplas competências e habilidades cognitivas do aluno, preparando -o como pessoa capaz de exercer conscientemente a cidada- nia e de progredir profissionalmente, garantindo uma formação integral e inclusiva. • Desenvolver hábitos de leitura, de estudo e de or- ganização. Fundamentos teórico- -metodológicos Vamos apresentar alguns temas relativos ao ensino de Matemática que norteiam as escolhas curriculares da coleção e se alinham às proposições da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A importância de aprender Matemática Partimos da proposição de que uma característica da Matemática é ser uma linguagem humana que, como forma linguística, tem o poder de decodificar, traduzir e expressar o pensamento humano, o que contribui para a formação integral do estudante. O conhecimento matemático é necessário para todos os alunos da Educação Básica, seja por sua grande aplicação na sociedade contemporânea, seja pelas suas potencialidades na formação de cidadãos críticos, cientes de suas responsa- bilidades sociais. (BNCC, 2017, p. 263.) A palavra matemática vem do grego mathematike. Em sua origem, estava ligada ao ato de aprender, pois signifi- cava “tudo o que se aprende”, enquanto matemático, do grego mathematikos, era a palavra usada para designar alguém “disposto a aprender”. O verbo aprender era origi- nalmente, em grego, manthanein; mas hoje o radical math, antes presente nas palavras ligadas à aprendizagem, pare- ce ter perdido essa conotação e daí talvez resulte a ideia geral de que a Matemática é uma disciplina que lida apenas com números, grandezas e medidas e que se aprende na escola de forma compulsória. 1 Segundo a Matriz de Avaliação de Matemática do Pisa 2012 (disponível em: <http://download.inep.gov.br/acoes_internacionais/pisa/ marcos_referenciais/2013/matriz_avaliacao_matematica.pdf>; acesso em: 2 maio 2018): Letramento matemático é a capacidade individual de formular, empregar e interpretar a matemática em uma variedade de contextos. Isso inclui raciocinar matematicamente e utilizar conceitos, procedimentos,fatos e ferramentas matemáticas para descrever, explicar e predizer fenômenos. Isso auxilia os indivíduos a reconhecer o papel que a matemática exerce no mundo e para que cidadãos construtivos, engajados e reflexivos possam fazer julgamentos bem fundamentados e tomar as decisões necessárias. VI http://download.inep.gov.br/acoes_internacionais/pisa/marcos_referenciais/2013/matriz_avaliacao_matematica.pdf http://download.inep.gov.br/acoes_internacionais/pisa/marcos_referenciais/2013/matriz_avaliacao_matematica.pdf Na realidade, a Matemática fornece ao indivíduo, além de uma linguagem para expressar seu pensamento, ferra- mentas com as quais ele pode gerar novos pensamentos e desenvolver raciocínios, ou seja, […] a Matemática não é simplesmente uma disciplina, mas também uma forma de pensar. É por isso que a Mate- mática, assim como a alfabetização, é algo que deveria ser tornado disponível para todos […]. (NUNES; BRYANT, 1997, p. 105.) A Matemática, portanto, é algo que deve estar disponí- vel a todo ser humano, para que possa fazer uso dela como uma de suas ferramentas de sobrevivência e convívio social, promovendo uma formação inclusiva. Um ponto crucial a considerar é que as formas de pensar características da Matemática podem expandir -se para outros raciocínios, impulsionando a capacidade global de aprendizado. Ao lidar com a Matemática, fundamentamos o pensamento em um conjunto de axiomas, na geração e va- lidação de hipóteses, no desenvolvimento de algoritmos e procedimentos de resolução de problemas — ferramentas aplicáveis a um conjunto de situações similares —, esta- belecendo conexões e fazendo estimativas. Analisando situações particulares e inserindo -as na estrutura global, é possível construir estruturas de pensamento também úteis em situações não matemáticas da vida em sociedade. A Matemática não se restringe apenas à quantificação de fenômenos determinísticos – contagem, medição de objetos, grandezas – e das técnicas de cálculo com os números e com as grandezas, pois também estuda a incerteza proveniente de fenômenos de caráter aleatório. A Matemática cria sistemas abstratos, que organizam e inter -relacionam fenômenos do espaço, do movimento, das formas e dos números, associados ou não a fenômenos do mundo físico. Esses sistemas contêm ideias e objetos que são fundamentais para a compreensão de fenômenos, a construção de representações significativas e argumentações consistentes nos mais variados contextos. (BNCC, 2017, p. 263.) Ao construir sua história, o ser humano tem modifi- cado e ampliado constantemente suas necessidades, individuais ou coletivas, de sobrevivência ou de cultura. O corpo de conhecimentos desenvolvido nesse longo trajeto ocupa lugar central no cenário humano. No que diz respeito aos conhecimentos matemáticos, muitos continuam atravessando os séculos, enquanto outros já caíram em desuso. Há, ainda, outros que estão sendo incorporados em razão das necessidades decorrentes das ações cotidianas, como é o caso da Educação Fi- nanceira. As novas práticas solicitam a ampliação e o aprofundamento desses conhecimentos. Até algumas décadas atrás,“saber” Matemática impli- cava basicamente dominar e aplicar as operações básicas: adição, subtração, multiplicação e divisão. Na atualidade, contudo, as pesquisas educacionais, as diretrizes peda- gógicas oficiais e, em especial, a BNCC apontam para a necessidade de que em todos os anos da Educação Básica a escola trabalhe conteúdos organizados nas cinco Unida- des Temáticas: Números, Álgebra, Geometria, Grandezas e medidas e Probabilidade e estatística, tendo como refe- rência o desenvolvimento das competências e habilidades descritas pela BNCC. Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho. (BNCC, 2017, p .8.) Para entender a real importância da Matemática, basta pensar em nosso cotidiano. É fácil fazer uma longa lista de ações nas quais precisamos mobilizar os conhecimentos desse campo: calcular uma despesa para efetuar seu paga- mento; examinar diferentes alternativas de crédito; estimar valores aproximados; calcular medidas e quantidades com alguma rapidez; compreender um anúncio ou uma notícia apresentados por meio de tabelas e gráficos; analisar criticamente a validade de um argumento lógico; avaliar a razoabilidade de um resultado numérico ou estatístico; decidir a sequência de passos necessários para resolver um problema; orientarmo -nos no espaço (para deslocamentos ou indicações de trajetórias), entre tantas outras situações. Hoje sabemos da importância de o indivíduo aprender continuamente, durante toda a vida, para assimilar as in- cessantes inovações do mundo moderno e, desse modo, realimentar seu repertório cultural. Em um ambiente mun- dial cada vez mais competitivo e desenvolvido do ponto de vista tecnológico, é preciso tornar acessíveis a todas as pessoas as vantagens desses avanços. E é responsabilida- de também da educação escolar levar o aluno a perceber criticamente a realidade, cuja interpretação depende da compreensão de sua estrutura lógica, do entendimento da simbologia adotada no contexto, da análise das infor- mações veiculadas por dados numéricos, imagens, taxas, indexadores econômicos etc. Um indivíduo com poucos conhecimentos matemáticos pode estar privado de exer- cer seus direitos como cidadão, por não ter condições de opinar em situação de igualdade com os demais membros da sociedade, nem de definir seus atos políticos e sociais com base em uma avaliação acurada da situação. No ensino da Matemática, assumem grande importân- cia aspectos como o estímulo a relacionar os conceitos matemáticos com suas representações (esquemas, diagramas, tabelas, figuras); a motivação para identificar no mundo real o uso de tais representações; o desafio à interpretação, por meio da Matemática, da diversidade das informações advindas desse mundo. Podemos afirmar que a maior parte das sociedades de hoje depende cada vez mais do conjunto de conhecimento produzido pela humanidade, incluindo de maneira notável as contribuições da ciência matemática. Ao mesmo tempo, esse arcabouço cultural revigora -se incessantemente, com grande diversidade e sofisticação. Os apelos de um mundo VII VIIIVIII que se transforma em incrível velocidade, em uma cres- cente variedade de domínios, constituem uma das razões mais significativas para o maior desafio dos educadores: preparar os jovens para uma atuação ética e responsável, balizada por uma formação múltipla e consistente. Matemática acadêmica 3 Matemática escolar No âmbito específico da Matemática, há muito mais conhecimento já estabelecido do que o que chega à sala de aula. A seleção desses conhecimentos -conteúdos e a maneira de apresentá -los aos estudantes exigem bom senso e uma série de estudos e adaptações. Em sua formação inicial, na universidade, o futuro professor de Matemática tem contato simultâneo com a Matemática acadêmica e a Matemática escolar. No en- tanto, em seu exercício profissional, o destaque será para a Matemática escolar; daí a relevância de procurarmos entender a distinção entre ambas. De acordo com Moreira e David (2003), a Matemática acadêmica, ou científica, é o corpo de conhecimentos produzido por matemáticos profissionais. Nesse caso, as demonstrações, definições e provas de um fato e o rigor na linguagem utilizada ocupam papel relevante, visto que é por meio deles que determinado conhecimento é aceito como verdadeiro pela comunidade científica. No caso da Matemática escolar, há dois aspectos fun- damentais que modificam significativamente o papel do rigor nas demonstrações. O primeiro refere -se ao fato de a “validade” dos resultados matemáticos, que serão apresen- tados aos estudantes no processode ensino -aprendizagem, não ser colocada em dúvida; ao contrário, já está garantida pela própria Matemática acadêmica. O segundo aspecto diz respeito à aprendizagem; neste caso, o mais importante é o desenvolvimento de uma prática pedagógica que assegure a compreensão dos conteúdos matemáticos essenciais, assim como a construção de justificativas que permitam ao jovem estudante utilizá -los de maneira coerente e con- veniente, tanto na vida escolar quanto na cotidiana, propi- ciando o desenvolvimento das competências e habilidades para ele exercer a cidadania plena e atuar no mundo. O pensador Jules Henri Poincar também discute a dife- rença entre o rigor necessário e conveniente à Matemática científica e o rigor adequado a um processo educativo. Para ele, uma boa definição é aquela que pode ser entendida pelo estudante. Nesse contexto, a coleção procura harmonizar o uso da língua materna com a linguagem matemática, promovendo uma leitura acessível e adequada aos alunos dos anos finais do Ensino Fundamental. A Matemática como componente curricular do Ensino Fundamental A importância de ensinar Matemática no Ensino Funda- mental, conforme indica a BNCC, decorre também da con- tribuição que a área representa na formação do cidadão. O Ensino Fundamental deve ter compromisso com o desenvolvimento do letramento matemático, definido como as competências e habilidades de raciocinar, representar, co- municar e argumentar matematicamente, de modo a favorecer o estabelecimento de conjecturas, a formulação e a resolução de problemas em uma variedade de contextos, utilizando conceitos, procedimentos, fatos e ferramentas matemáticas. É também o letramento matemático que assegura aos alunos reconhecer que os conhecimentos matemáticos são fundamen- tais para a compreensão e a atuação no mundo e perceber o caráter de jogo intelectual da matemática, como aspecto que favorece o desenvolvimento do raciocínio lógico e crítico, estimula a investigação e pode ser prazeroso (fruição). O desenvolvimento dessas habilidades está intrinse- camente relacionado a algumas formas de organização da aprendizagem matemática, com base na análise de situações da vida cotidiana, de outras áreas do conhecimento e da própria Matemática. [...] (BNCC, 2017, p. 264.) Diversos pesquisadores e profissionais ligados à Edu- cação Matemática têm procurado sintetizar o papel social do ensino dessa área do conhecimento. Na literatura, segundo Ponte (2002), cabem ao ensino da Matemática quatro diferentes papéis: • instrumento da cultura científica e tecnológica, fundamental para profissionais como cientistas, engenheiros e técnicos, que utilizam a Matemática em suas atividades; • filtro social para a continuação dos estudos e seleção para as universidades; • instrumento político, como símbolo de desenvolvi- mento e arma de diversas forças sociais que utilizam as estatísticas do ensino da Matemática para seus propósitos; • promotora do desenvolvimento dos modos de pensar a serem aplicados na vida cotidiana e no exercício da cidadania. É evidente que cada um desses papéis serve a diferen- tes interesses e finalidades. Contudo, considerando os indivíduos seres sociais, é o último desses papéis o mais importante e o que mais nos interessa. Como explica Ponte: Incluem -se aqui os aspectos mais diretamente utilitários da Matemática (como ser capaz de fazer trocos e de calcular a área da sala), mas não são esses aspectos que justificam a importância do ensino da Matemática. São, isto sim, a capacidade de entender a linguagem matemática usada na vida social e a capacidade de usar um modo matemático de pensar em situações de interesse pessoal, recreativo, cultural, cívico e profissional. Em teoria, todos reconhecem que esta é a função fundamental do ensino da Matemática. Na prática, infelizmente, é muitas vezes a função que parece ter menos importância. (Ibidem) VIII A função de promotora dos modos de pensar, porém, não se concretiza na prática somente por estar explicitada no currículo e nos programas. O sistema de avaliação, os manuais escolares e a cultura profissional dos professores podem influenciar de tal modo as práticas de ensino que as finalidades visadas pelo currículo em ação, muitas vezes, pouco têm a ver com aquilo que é solenemente proclamado nos textos oficiais. (Ibidem) Ao discorrer sobre esses papéis, Ponte analisa em parti- cular a função de filtro social – “a verdade é que este papel de instrumento fundamental de seleção tem pervertido a relação dos jovens com a Matemática” (ibidem) –, que pas- sam a enxergá -la como obstáculo a ser transposto para a conquista de objetivos, em vez de entendê -la como aliada nesse processo. O pesquisador enfatiza a importância de identificar os fatores que originam o insucesso dos alunos em Matemática. Para ele, tais fatores estão relacionados com: • a crise da escola como instituição, que se reflete na aprendizagem em geral e na Matemática em particular; • aspectos de natureza curricular — tradição pobre de desenvolvimento curricular de Matemática; • insuficiente concretização prática e caráter difuso das finalidades do aprendizado; • o próprio fato de a Matemática constituir -se em ins- trumento de seleção, o que, de imediato, desencanta e amedronta o aluno; • questões ligadas à formação dos professores. Em contrapartida, de acordo com a BNCC, podemos destacar que: [...] Os processos matemáticos de resolução de proble- mas, de investigação, de desenvolvimento de projetos e da modelagem podem ser citados como formas privilegiadas da atividade matemática, motivo pelo qual são, ao mesmo tempo, objeto e estratégia para a aprendizagem ao longo de todo o Ensino Fundamental. Esses processos de aprendiza- gem são potencialmente ricos para o desenvolvimento de competências fundamentais para o letramento matemático (raciocínio, representação, comunicação e argumentação) e para o desenvolvimento do pensamento computacional. (BNCC, 2017, p. 264.) As atuais e inúmeras discussões na área educacional têm nos alertado sobre mudanças na forma de conceber a Educação Básica no mundo. No que diz respeito à Educação Matemática, podemos dizer que ela tem atravessado um grato momento de revitalização: Novos métodos, propostas de novos conteúdos e uma ampla discussão dos seus objetivos fazem da Educação Matemática uma das áreas mais férteis nas reflexões sobre o futuro da sociedade. (D’AMBROSIO, 2000.) A BNCC preconiza a inclusão e a discussão de temas contemporâneos, como é o caso dos “direitos da criança e do adolescente” e “educação em direitos humanos”. Por fim, cabe aos sistemas e redes de ensino, assim como às escolas, em suas respectivas esferas de autonomia e compe- tência, incorporar aos currículos e às propostas pedagógicas a abordagem de temas contemporâneos que afetam a vida humana em escala local, regional e global, preferencialmente de forma transversal e integradora. (BNCC, 2017, p. 19.) A orientação de introduzir e interligar no âmbito esco- lar temas dessa natureza traz efetivas possibilidades de expansão dos currículos, para além dos conteúdos das disciplinas tradicionais. Esses temas também podem ser abordados de acordo com a necessidade dos estudantes e da comunidade em que estão inseridos. O importante é ter em vista que, por meio do trabalho com esses temas, é possível incluir as questões sociais nos currículos escolares. Dessa perspectiva, os conteúdos trabalhados ganham novo papel; o aprendizado da Mate- mática, entre outras abordagens, concorre para a formação da cidadania e, consequentemente, para um entendimento mais amplo da realidade social. Por compreender a importância desse trabalho, esta co- leção procura, na medida do possível, incorporar e discutir al- guns conteúdos matemáticos em contextos diversificados. O papel do livro didático Entendemos que, em geral, os recursos presentes em salas de aula não são suficientes para fornecer todos os elementosnecessários ao trabalho do professor e à aprendizagem do aluno. Nesse caso, o livro didático desempenha um papel importante, assessorando nesse processo, como organização e encaminhamento da teoria e propostas de atividades e exercícios. Assim, o livro di- dático contribui para o processo de ensino -aprendizagem e atua como mais um interlocutor na comunicação entre educador e educando. Mas é preciso considerar que o livro didático, por mais completo que seja, deve ser utilizado intercalado com outros recursos que enriqueçam o trabalho do professor. Concordamos com Romanatto (2004) quando diz que, partindo do princípio de que o verdadeiro aprendizado apoia -se na compreensão, não na memória, e de que so- mente uma real interação com os alunos pode estimular o raciocínio e o desenvolvimento de ideias próprias em busca de soluções, cabe ao professor aguçar seu espírito crítico perante o livro didático. Na organização desta coleção, os conceitos e ativida- des foram concebidos e dispostos em uma sequência que garanta a abordagem dos conhecimentos matemáticos relativos aos anos finais do Ensino Fundamental, visando à IX XX ampliação dos conhecimentos básicos tratados nos anos iniciais do Ensino Fundamental, apresentando -os em capí- tulos específicos e, depois, retomando -os e ampliando -os em volumes posteriores. Assim, os alunos podem resgatar os conhecimentos trabalhados anteriormente, ampliar os conceitos ao longo de seus estudos em Matemática do 6o ao 9o anos e preparar -se para a continuidade no Ensino Médio. As orientações deste Manual pretendem esclarecer intenções, objetivos e concepções das atividades que podem auxiliar o trabalho pedagógico do professor em seus encaminhamentos, intervenções e na ampliação e enriquecimento de seus conhecimentos matemáticos. Caracterização da adolescência Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei n o 8.069/1990: “Considera -se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.” De acordo com a BNCC: Os estudantes dessa fase inserem -se em uma faixa etária que corresponde à transição entre infância e adolescência, marcada por intensas mudanças decorrentes de transfor- mações biológicas, psicológicas, sociais e emocionais. [...] ampliam -se os vínculos sociais e os laços afetivos, as possi- bilidades intelectuais e a capacidade de raciocínios mais abs- tratos. Os estudantes tornam -se mais capazes de ver e avaliar os fatos pelo ponto de vista do outro, exercendo a capacidade de descentração, “importante na construção da autonomia e na aquisição de valores morais e éticos” (BRASIL, 2010). (BNCC, 2017, p. 58.) Esta coleção procura uma aproximação com os estudan- tes dessa fase, seja na linguagem utilizada, seja na escolha de assuntos que possam despertar seu interesse. Um des- ses momentos pode ser observado nas aberturas dos ca- pítulos, nas quais são apresentadas situações que buscam aguçar a curiosidade dos alunos para o tema a ser tratado. Além disso, a coleção busca também facilitar a passagem de um ano para outro no processo de ensino -aprendizagem em Matemática, retomando conceitos, revisitando conheci- mentos – como as quatro operações fundamentais e o es- tudo das figuras geométricas –, ampliando e aprofundando conteúdos com novos aspectos, a fim de que os alunos se apropriem dos conceitos com a compreensão dos processos neles envolvidos, caso da ampliação do campo numérico (dos números naturais aos números reais). Objetivos da formação básica para o Ensino Fundamental Segundo o Parecer 11/2010 do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica sobre Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos, os objetivos para a formação básica relativos ao Ensino Infantil e Ensino Fundamental são: • o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; • a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, das artes, da tecnologia e dos valores em que se fundamenta a sociedade; • a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores como instrumentos para uma visão crítica do mundo; • o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. (Parecer 11/2010, p. 32.) BNCC e currículos A BNCC e os currículos estão em concordância com os princípios e valores que norteiam a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN). A BNCC relaciona algumas ações que visam adequar suas proposições à realidade dos sistemas ou redes de ensino e das instituições escolares, considerando o con- texto e as características dos alunos: • contextualizar os conteúdos dos componentes curri- culares, identificando estratégias para apresentá -los, representá -los, exemplificá -los, conectá -los e torná -los significativos, com base na realidade do lugar e do tempo nos quais as aprendizagens estão situadas; • decidir sobre formas de organização interdisciplinar dos componentes curriculares e fortalecer a competência pedagógica das equipes escolares para adotar estratégias mais dinâmicas, interativas e colaborativas em relação à gestão do ensino e da aprendizagem; • selecionar e aplicar metodologias e estratégias didático- -pedagógicas diversificadas, recorrendo a ritmos diferen- ciados e a conteúdos complementares, se necessário, para trabalhar com as necessidades de diferentes grupos de alunos, suas famílias e cultura de origem, suas comunidades, seus grupos de socialização etc.; • conceber e pôr em prática situações e procedimentos para motivar e engajar os alunos nas aprendizagens; • construir e aplicar procedimentos de avaliação formativa de processo ou de resultado que levem em conta os contex- tos e as condições de aprendizagem, tomando tais registros como referência para melhorar o desempenho da escola, dos professores e dos alunos; • selecionar, produzir, aplicar e avaliar recursos didáticos e tecnológicos para apoiar o processo de ensinar e aprender; • criar e disponibilizar materiais de orientação para os professores, bem como manter processos permanentes de formação docente que possibilitem contínuo aper- feiçoamento dos processos de ensino e aprendizagem; • manter processos contínuos de aprendizagem sobre ges- tão pedagógica e curricular para os demais educadores, no âmbito das escolas e sistemas de ensino. (BNCC, 2017, p. 16 -17.) X Competências da BNCC Visando assegurar as aprendizagens essenciais a que todo estudante da Educação Básica tem direito, a BNCC propõe o desenvolvimento de competências que vão além dos conteúdos mínimos a serem ensinados. As competências, já definidas anteriormente, são apresentadas como competências gerais – para nortear os currículos e as ações pedagógicas – e explicitadas pelas competências específicas de área, a serem desenvolvidas pelas diferentes áreas do currículo ao longo das etapas da escolarização. COMPETÊNCIAS GERAIS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual -motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar -se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 8. Conhecer -se, apreciar -se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo -se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. 1. Reconhecer que a Matemática é uma ciência humana, fruto das necessidades e preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, e é uma ciência viva, que contribui para solucionar problemas científicos e tecnológicos e para alicerçar descobertas e construções, inclusive com impactos no mundo do trabalho. 2. Desenvolver o raciocínio lógico, o espírito de investigação e a capacidade de produzir argumentos convincentes, recorrendo aos conhecimentos matemáticos para compreender e atuar no mundo. 3. Compreender as relações entre conceitos e procedimentos dos diferentes campos da Matemática (Aritmética, Álgebra, Geometria, Estatística e Probabilidade) e de outras áreas do conhecimento, sentindo segurança quanto à própria capacidade de construir e aplicar conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a autoestima e a perseverança na busca de soluções. 4. Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos presentes nas práticas sociais e culturais, de modo a investigar, organizar, representar e comunicar informações relevantes, para interpretá -las e avaliá -las crítica e eticamente, produzindo argumentos convincentes. 5. Utilizar processos e ferramentas matemáticas, inclusive tecnologias digitais disponíveis, para modelar e resolver problemas cotidianos, sociais e de outras áreas de conhecimento, validando estratégias e resultados. 6. Enfrentar situações -problema em múltiplos contextos, incluindo -se situações imaginadas, não diretamente relacionadas com o aspecto prático -utilitário, expressar suas respostas e sintetizar conclusões, utilizando diferentes registros e linguagens (gráficos, tabelas, esquemas, além de texto escrito na língua materna e outras linguagens para descrever algoritmos, como fluxogramas, e dados). 7. Desenvolver e/ou discutir projetos que abordem, sobretudo, questões de urgência social, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários, valorizando a diversidade de opiniões de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza. 8. Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente no planejamento e desenvolvimento de pesquisas para responder a questionamentos e na busca de soluções para problemas, de modo a identificar aspectos consensuais ou não na discussão de uma determinada questão, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles. 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo -se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. (Fonte: BNCC, 2017, p. 9 -10, 263.) Ao longo dos conteúdos, são oferecidas diferentes oportunidades para o aluno interpretar, refletir, analisar, discutir, levantar hipóteses, argumentar, concluir e expor resultados de diversas maneiras, contribuindo para o desenvolvimento das competências. Esse trabalho é realizado em vários momentos da coleção, como nas seções Diversificando e Trabalhando a informação. XI XIIXII Para garantir o desenvolvimento das competências específicas, unidades temáticas organizam diferentes objetos de conhecimento que, por sua vez, propõem um conjunto de habilidades a serem trabalhadas com os alu- nos. As principais habilidades relacionadas ao conteúdo em estudo são indicadas nas páginas do Manual do Professor em formato U. Unidades Temáticas De acordo com a BNCC: Ao longo do Ensino Fundamental – Anos Finais, os estudantes se deparam com desafios de maior complexida- de, sobretudo devido à necessidade de se apropriarem das diferentes lógicas de organização dos conhecimentos relacio- nados às áreas. Tendo em vista essa maior especialização, é importante, nos vários componentes curriculares, retomar e ressignificar as aprendizagens do Ensino Fundamental – Anos Iniciais no contexto das diferentes áreas, visando ao aprofundamento e à ampliação de repertórios dos estudantes. Nesse sentido, também é importante fortalecer a autonomia desses adolescentes, oferecendo -lhes condições e ferramentas para acessar e interagir criticamente com diferentes conhe- cimentos e fontes de informação. (BNCC, 2017, p. 58.) A BNCC propõe cinco Unidades Temáticas: Números, Álgebra, Geometria, Grandezas e medidas e Probabilidade e estatística. Dessa forma, procura garantir o trabalho com a variedade de conhecimentos matemáticos ao longo do ano e orientar a formulação de habilidades a serem desen- volvidas durante o Ensino Fundamental. Com base nos recentes documentos curriculares bra- sileiros, a BNCC leva em conta que os diferentes campos que compõem a Matemática reúnem um conjunto de ideias fundamentais que produzem articulações entre eles: equivalência, ordem, proporcionalidade, interdependên- cia, representação, variação e aproximação. Essas ideias fundamentais são importantes para o desenvolvimento do pensamento matemático dos alunos e devem se converter, na escola, em objetos de conhecimento. A proporcionalidade, por exemplo, deve estar presente no estudo de: operações com os números naturais; representação fracionária dos números racionais; áreas; funções; probabilidade etc. Além disso, essa noção também se evidencia em muitas ações cotidianas e de outras áreas do conhecimento, como vendas e trocas mercantis, balanços químicos, representações gráficas etc. (Ibidem, p. 266.) A proposta presente nesta coleção, aliada ao trabalho do professor em sala de aula, propicia a articulação das diferentes Unidades Temáticas, estabelecendo conexões entre elas e as outras áreas do conhecimento. A seguir, são apresentadas algumas possibilidades: • conexões internas às próprias Unidades Temáticas de Matemática, relacionando seus diferentes campos. Por exemplo: unidades de medida, objeto de conhecimento da Unidade Temática Grandezas e medidas, podem estar articuladas com números racionais e porcen- tagem, apresentados na Unidade Temática Números (nas atividades propostas no capítulo 11 do 6o ano) e com relaçõesalgébricas, estudadas na Unidade Temá- tica Álgebra (na seção Para saber mais, sob o título ”A temperatura e a Álgebra”, no capítulo 5 do 6o ano); • conexões que se referem a articulações possíveis com diversas áreas do conhecimento contempladas na cole- ção. Situações desse tipo podem ser encontradas em “O RPG e os poliedros de Platão” na seção Diversificando (capítulo 10 do 7o ano) e em “O trapézio no telhado” na seção Para saber mais (capítulo 9 do 8o ano). Apresentamos, a seguir, as principais ideias relaciona- das a cada Unidade Temática que nortearam a organização da coleção. Números As noções matemáticas fundamentais vinculadas a essa Unidade Temática são as ideias de aproximação, proporcionalidade, equivalência e ordem. Nos anos finais do Ensino Fundamental são explorados diferentes campos numéricos, de modo que os alunos re- solvam problemas com números naturais, números inteiros e números racionais, envolvendo as operações e fazendo uso de estratégias diversas, reconheçam a necessidade dos números irracionais e tomem contato com os núme- ros reais, comparando, ordenando e relacionando esses números com pontos na reta numérica. Espera -se também que os alunos dominem cálculos com porcentagens, juros, descontos e acréscimos, incluindo o uso de tecnologias digitais. O pensamento numérico se completa, é ampliado e aprofundado com a discussão de situações que envolvem conteúdos das demais Unidades Temáticas. Outro aspecto que se quer desenvolver nessa Unidade Te- mática é o estudo de conceitos ligados à educação financeira dos alunos, como conceitos básicos de economia e finanças. Álgebra O foco dessa Unidade Temática é o desenvolvimento do pensamento algébrico, essencial na compreensão, re- presentação e análise da variação de grandezas e também no estudo das estruturas matemáticas. Nos anos finais do Ensino Fundamental, os estudos de Álgebra retomam, aprofundam e ampliam a identificação de regularidades e padrões em sequências (numéricas ou não) e o estabeleci- mento de leis matemáticas que expressem a interdependên- cia entre grandezas e generalizações. Espera -se que o aluno crie, interprete e transite entre as diversas representações gráficas e simbólicas para resolver equações e inequações, desenvolvidas para representar e solucionar algum tipo de problema. É necessário que o aluno estabeleça conexões entre variável e função e entre incógnita e equação. As ideias matemáticas fundamentais que os alunos precisam desenvolver nessa Unidade Temática são: equi- valência, variação, interdependência e proporcionalidade. XII Além disso, a aprendizagem da Álgebra, assim como as de outros campos da Matemática, pode contribuir para o desenvolvimento do pensamento computacional. Destaca -se, assim, a importância da presença de algorit- mos e fluxogramas como objetos de estudo nas aulas de Matemática nessa fase do aprendizado. Geometria O desenvolvimento do pensamento geométrico, ne- cessário para avançar nas habilidades de investigação de propriedades, elaboração de conjecturas e produção de argumentos geométricos convincentes, está ligado ao estudo da posição e dos deslocamentos no espaço, das formas de figuras geométricas e relação entre seus elementos, temas dessa Unidade Temática. Além disso, o aspecto funcional também deve estar presente por meio do estudo das transformações geométricas, em especial a simetria, com ou sem o recurso de softwares de Geometria dinâmica. Estão associadas a essa Unidade Temática as seguintes ideias matemáticas fundamentais: construção, represen- tação e interdependência. Nos anos finais do Ensino Fundamental, o ensino de Geometria deve consolidar e ampliar os conhecimentos construídos anteriormente – enfatizando -se a análise e produção de transformações, ampliações e reduções de figuras geométricas – para o desenvolvimento dos conceitos de congruência e semelhança. O raciocínio hipotético -dedutivo é outro ponto importante a se desta- car; a realização de demonstrações simples pode contribuir para a construção desse tipo de raciocínio. Além disso, a articulação da Geometria com a Álgebra também deve ser ampliada com propostas que envolvam o plano cartesiano, objeto de estudo da Geometria analítica. Grandezas e medidas O estudo das medidas e das relações entre elas é o foco dessa Unidade Temática. Os anos finais do Ensino Fundamental devem retomar, aprofundar e ampliar as aprendizagens já realizadas. O estudo das relações mé- tricas favorece a integração da Matemática com diversas áreas do conhecimento, assim como a articulação com as demais Unidades Temáticas, consolidando e ampliando a noção de número e promovendo a aplicação de noções geométricas e a construção do pensamento algébrico. Nos anos finais do Ensino Fundamental, espera -se que os alunos reconheçam comprimento, área e abertura de ângulo como grandezas associadas a figuras geométricas, resolvam problemas com essas grandezas e obtenham grandezas derivadas como densidade e velocidade. Além disso, deve -se introduzir medidas de capacidade de ar- mazenamento de computadores ligadas a demandas da sociedade moderna, ressaltando -se o caráter não decimal das relações entre elas. Probabilidade e estatística O intuito dessa Unidade Temática é desenvolver habi- lidades necessárias para o exercício pleno da cidadania: coletar, organizar, representar, interpretar e analisar dados; descrever, explicar e predizer fenômenos com base em conceitos e representações. Nos anos finais do Ensino Fundamental, em Estatística espera -se que o aluno seja capaz de planejar e elaborar relatórios com base em pesquisas estatísticas descritivas, incluindo medidas de tendência central, construir tabelas e tipos variados de gráfico. Quanto ao estudo de Probabilidade, deve ser ampliado e aprofundado. Espera -se que os alunos façam experimentos aleatórios e simulações para comprovar resultados obtidos com o cálculo de probabilidades. Propostas didáticas Os tópicos a seguir destinam -se a oferecer suporte à discussão sobre as atuais tendências de ensino – que priorizam a globalidade da formação educacional, no sen- tido de capacitar os jovens a atuar de forma positiva na sociedade – alinhadas à proposta da coleção e auxiliadoras do trabalho em sala de aula. Conhecimentos prévios Ao passar de um ano para outro de escolaridade, o aluno traz experiências, interpretações e conhecimentos acumulados sobre os conteúdos e temas tratados no ano anterior. Torna -se relevante considerar essa bagagem no processo de aprendizagem. Há algum tempo, pesquisas na área da educação reforçam a importância de considerar os conhecimentos prévios como forma de encaminhar o processo de aprendizagem para torná -lo significativo. Para o desenvolvimento das habilidades previstas para o Ensino Fundamental – Anos Finais, é imprescindível levar em conta as experiências e os conhecimentos matemáticos já vivenciados pelos alunos, criando situações nas quais possam fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da realidade, estabelecendo inter -relações entre eles e desenvolvendo ideias mais complexas. Essas situações precisam articular múltiplos aspectos dos diferentes conteú- dos, visando ao desenvolvimento das ideias fundamentais da matemática, como equivalência, ordem, proporcionalidade, variação e interdependência. (BNCC, 2017, p. 296.) A coleção apresenta momentos privilegiados para essa finalidade na abertura de cada capítulo. Os pequenos textos e as imagens selecionadas permitem discussões e troca de ideias que possibilitam levantar conhecimentos e experiências anteriormente elaborados sobre o tema. XIII XIVXIV Resolução de problemas O trabalho com a resolução de problemas é um dos destaques do ensino matemático contemporâneo. Para atender aos pressupostos de uma educação globalmen- te formadora, o problema matemático deve, sempre que possível, ser apresentado em um contexto desafiador, que façasentido ao aluno. Ele possibilita a mobilização dos conteúdos estudados em busca de soluções e, sobretudo, abre espaço para a criação de estratégias pessoais e para a produção de novos conhecimentos. Um problema matemático é visto como uma situação desafiadora que tem significado para o aluno e se define como tal não por sua forma, mas sim por sua relação com os saberes e o nível de conhecimento do aluno que deve pensar sobre ele. Na resolução de problemas, é importante que o aluno: • elabore um ou vários procedimentos de resolução (por exemplo, realizar simulações, fazer tentativas, formular hipóteses); • compare seus resultados com os de outros alunos; • valide seus procedimentos. Nesta coleção, procuramos diversificar as atividades e propor problemas variados, distribuídos entre os capítu- los e, em especial, nas seções Pense mais um pouco... e Diversificando. Uso de tecnologias Os alunos estão inseridos na era digital e fazem uso frequente de tecnologia. Assim, a escola não pode ignorar esses importantes recursos e precisa trazê -los para a edu- cação escolar. Para isso, o professor precisa se apropriar dessas ferramentas de modo que possa identificar tipos de software e formas de utilizá -los com os alunos. Vamos destacar a calculadora e o uso de softwares e aplicativos, entre as diversas possibilidades. É importante salientar que, como instrumento de apoio ao processo de ensino -aprendizagem, a calculadora é somente mais um recurso auxiliar, não um substituto do exercício do raciocínio ou da capacidade analítica. O que propomos é o uso da calculadora de maneira consciente, de modo a contribuir para a reflexão dos conteúdos ma- temáticos. O uso da calculadora é sugerido na coleção como auxiliar na resolução de problemas. Das tecnologias disponíveis na escola, a calculadora é, sem dúvida, uma das mais simples e de menor custo. Ela pode ser utilizada como instrumento motivador na realização de atividades exploratórias e in- vestigativas e, assim, contribuir para a melhoria do ensino. Podemos tomar como orientação para o uso da calcu- ladora em atividades matemáticas os seguintes aspectos: • é um instrumento que possibilita o desenvolvimento de conteúdos pela análise de regularidades e padrões e pela formulação de hipóteses; • é um facilitador da verificação e da análise de resul- tados e procedimentos; • sua manipulação e utilização são, em si, conteúdos a serem aprendidos. Sugerimos que, inicialmente, o professor verifique o conhecimento que os alunos têm sobre o funcionamento da calculadora. O ideal é que a escola disponha de calcu- ladoras simples, que ofereçam as funções básicas. Caso não seja possível disponibilizar uma calculadora para cada aluno, pode -se trabalhar em duplas ou de outra forma a critério do professor. As atividades sugeridas pressupõem um uso simples da calculadora, o que poderá ser ampliado de acordo com as necessidades e os interesses de cada turma. Outra possibilidade de aprofundar os conhecimentos ma- temáticos com o auxílio de tecnologia é o uso de softwares e aplicativos, conforme a disponibilidade da escola. Por exemplo, no campo geométrico, softwares de Geometria dinâmica permitem a construção de retas paralelas e de retas perpendiculares, a investigação e a verificação de propriedades geométricas, entre outras possibilidades. Trabalho em grupo Quando orientado e praticado adequadamente, além de contribuir para o desenvolvimento da habilidade de interação e participação sociais, o trabalho em grupo auxilia no desenvolvimento de habilidades que depen- dem do confronto e da partilha de ideias, pois oferece a oportunidade de provar resultados, testar seus efeitos, comparar diferentes caminhos de resolução e validar ou não o pensamento na busca de soluções. Além de reforçar a aprendizagem conceitual, o trabalho em grupo contribui para o aprimoramento da evolução de procedimentos e atitudes, tanto em relação ao pensar matemático quanto em relação à dinâmica grupal. Pesquisas acerca dos processos de aprendizagem indi- cam que, mesmo com o exercício em grupo, acaba prevale- cendo o aprendizado individual, o qual apenas se enriquece com as múltiplas contribuições geradas pelo trabalho grupal, pela interação entre diferentes formas de pensar. De qualquer modo, reforçamos que o sucesso do tra- balho em grupo depende notavelmente do planejamento e da supervisão pedagógica, respeitados os diferentes tipos de aprendiz. No intuito de colaborar com a atuação do professor em sala de aula, esta coleção preocupou -se em indicar, pontualmente, as atividades que mais possibilitam a exploração em grupo. Outras possibilidades de trabalho Como já exposto, entendemos o livro didático como apoio do trabalho pedagógico. Nessa perspectiva, o conhe- cimento, a experiência e a autonomia profissional fazem do docente um coautor do material publicado. Assim, a XIV despeito das propostas explícitas da coleção, o professor sempre poderá ampliar, complementar e inovar no de- senvolvimento e nas discussões dos temas e atividades sugeridos, aproveitando as novas questões que emergem em sala de aula no desenrolar do estudo. É sempre bom lembrar que o estímulo à imaginação e ao interesse dos alunos conta com uma gama de recursos didáticos, como: o trabalho com jogos ou com materiais ma- nipulativos, vídeos e ferramentas da informática; a pesqui- sa em livros paradidáticos, dicionários, periódicos (jornais, boletins, revistas de informação geral e especializada) e internet; ou a realização de feiras, gincanas e exposições. Apresentação da coleção Estrutura da obra A coleção é composta de quatro livros do estudante e respectivos manuais do professor. O Manual do Professor de cada ano reúne livro impresso e materiais digitais com conteúdo complementar: Planos de desenvolvimento bimestrais, Sequências didáticas, Propostas de Acompa- nhamento da Aprendizagem e Material Digital Audiovisual. Cada livro do estudante é organizado em 12 capítulos. Cada capítulo enfatiza conteúdos que compõem os obje- tos de conhecimento referentes a uma Unidade Temática descrita pela BNCC. Sempre que possível, o capítulo traz conteúdos relacio- nados a mais de uma Unidade Temática, como em proble- mas de contagem relacionados a polígonos, no capítulo 10 do 7o ano em “Combinatória dos polígonos”. Um mesmo conceito é abordado por meio de diferentes enfoques, possibilitando que os alunos se apropriem dele, como no caso do conceito de frações e seus múltiplos significados, no capítulo 7 do 6o ano (fração como parte/ todo, como quociente e como razão), ou ainda o conceito de ângulo, no capítulo 6 do 6o ano (como reunião de duas semirretas de mesma origem e como giro). Os capítulos de cada volume são compostos de: • Desenvolvimento teórico O desenvolvimento dos conteúdos propostos é acom- panhado de diversificação de estratégias. Apresenta- -se intercalado com atividades e seções especiais que ampliam e enriquecem o tema estudado. • Blocos de atividades As atividades presentes na coleção – distribuídas en- tre Exercícios propostos, Exercícios complementares e atividades diferenciadas nas seções especiais – possibilitam o trabalho com as Unidades Temáticas e permitem integrações entre elas. Têm o intuito de estimular o raciocínio lógico, a argumentação e a resolução de problemas, além de propor temáticas atuais relevantes à faixa etária. • Seções especiais Distribuídas ao longo do capítulo, as seções de variados tipos complementam, ampliam e enriquecem o tema trata- do e desafiam os alunos por meio das atividades propostas. Há pelo menos um tipo dessas seções em cada capítulo. A seguir, apresentamos os principais elementos que compõem os capítulos e descrevemos as seções especiais que aparecem ao longo de cada volume da coleção. • Abertura de capítulo: compreendida por uma imagem e pequeno texto motivadores do tema do capítulo. • Exercícios propostos: aparecem ao longo do desen- volvimento teórico,trabalham aspectos importantes de cada conteúdo de maneira variada. Por exemplo, nos exercícios com indicação Hora de criar, os alunos são convidados a usar sua criatividade, imaginação, capacidade de argumentação e colaboração traba- lhando em duplas ou em grupos. • Exercícios complementares: ao final do capítulo, podem ser explorados de diversas maneiras pelo pro- fessor, de acordo com suas necessidades didáticas. Podem servir de base para uma discussão em duplas ou em grupos, sintetizar o tema abordado, ser utiliza- dos para autoavaliação ou ainda aproveitados como tarefa extraclasse ou como fonte de exercícios para uma recuperação paralela, entre outras aplicações. • Seção Pense mais um pouco...: atividades e desafios de aprofundamento dos conteúdos desenvolvidos no capítulo, que solicitam do aluno um pensamento mais elaborado, exigindo a criação de estratégias pessoais de resolução. • Seção Para saber mais: conteúdos e atividades que, fundamentados em contextos diversos, integram a Matemática a outras áreas do saber ou aos diferentes campos dela própria, como a História da Matemática. Geralmente é finalizada por Agora é com você!, que traz uma proposta de questões relacionadas ao tema exposto. • Seção Trabalhando a informação: são trabalhados conteúdos de Probabilidade e Estatística, como interpretação e construção de tabelas e gráficos e cálculo de probabilidades. • Seção Diversificando: atividades que relacionam o conteúdo trabalhado no capítulo a outros contextos, como jogos, aplicações e desafios. Essa estrutura pretende ser organizadora do trabalho docente sem, contudo, tornar -se um entrave para alunos e professores. Por isso, os capítulos contemplam aspectos fundamentais a serem trabalhados com os alunos, mas permitem maleabilidade e flexibilidade em sua abordagem, na tentativa de facilitar o trabalho do professor no momen- to em que ele precisar fazer as adaptações necessárias a cada turma. XV XVIXVI Organização geral da obra No quadro a seguir apresentamos a configuração dos doze capítulos em cada ano desta coleção: 6o ano 7o ano 8o ano 9o ano Capítulo 1 Números Números inteiros Potências e raízes Números reais Capítulo 2 Operações com números naturais Números racionais Construções geométricas e lugares geométricos Operações com números reais Capítulo 3 Estudando figuras geométricas Operações com números racionais Estatística e probabilidade Grandezas proporcionais Capítulo 4 Divisibilidade Ângulos Cálculo algébrico Proporcionalidade em Geometria Capítulo 5 Um pouco de Álgebra Equações Polinômios e frações algébricas Semelhança Capítulo 6 Um pouco de Geometria plana Inequações Produtos notáveis e fatoração Um pouco mais sobre Estatística Capítulo 7 Números racionais na forma de fração Sistemas de equações Estudo dos triângulos Equações do 2o grau Capítulo 8 Operações com números racionais na forma de fração Simetria e ângulos A Geometria demonstrativa Triângulo retângulo Capítulo 9 Números racionais na forma decimal e operações Razões, proporções e porcentagem Estudo dos quadriláteros Razões trigonométricas nos triângulos retângulos Capítulo 10 Polígonos e poliedros Estudo dos polígonos Sistemas de equação do 1o grau com duas incógnitas Estudo das funções Capítulo 11 Comprimentos e áreas Sobre áreas e volumes Área de regiões poligonais Circunferência, arcos e relações métricas Capítulo 12 Outras unidades de medida Estudo da circunferência e do círculo De áreas a volumes Polígonos regulares e áreas Avaliação A avaliação e as práticas avaliativas O cenário de ampla discussão sobre metodologias e práticas pedagógicas que se estabeleceu nos últimos anos de nossa história trouxe à tona pontos vitais para o surgimento de novas formas de pensar a educação: as concepções de avaliação da aprendizagem. Quanto à importância da avaliação, tomamos emprestadas as palavras de Regina Pavanello e Clélia Nogueira: Se há um ponto de convergência nos estudos sobre a avaliação escolar é o de que ela é es- sencial à prática educativa e indissociável desta, uma vez que é por meio dela que o professor pode acompanhar se o progresso de seus alunos está ocorrendo de acordo com suas expectativas ou se há necessidade de repensar sua ação pedagógica. Quanto ao aluno, a avaliação permite que ele saiba como está seu desempenho do ponto de vista do professor, bem como se existem lacunas no seu aprendizado às quais ele precisa estar atento. XVI […] Acreditamos que poucos educadores e educandos têm consciência de que a avaliação é um processo contínuo e natural aos seres humanos, de que os homens se avaliam constantemente, nas mais diversas situações, diante da ne- cessidade de tomar decisões, desde as mais simples até as mais complexas. (PAVANELLO; NOGUEIRA, 2006, p. 30, 36.) As divergências, contudo, têm início quando se pretende redefinir a avaliação escolar e os modos e graus de exigên- cia desse processo. Podemos dizer que, por longo tempo, na maior parte da história da Educação Matemática, o que vigorou foi a chamada avaliação informativa: Na prática pedagógica da Matemática, a avaliação tem, tradicionalmente, centrado -se nos conhecimentos especí- ficos e na contagem de erros. É uma avaliação somativa, que não só seleciona os estudantes, mas os compara entre si e os destina a um determinado lugar numérico em função das notas obtidas. Porém, mesmo quando se trata da avaliação informativa, é possível ir além da resposta final, superando, de certa forma, a lógica estrita e cega do “certo ou errado”. (Ibidem, p. 36 -7.) Alguns autores, porém, concordam que mesmo na avaliação tradicional há algum espaço para uma busca mais consciente do processo formativo do aluno. As mesmas pesquisadoras, por exemplo, fazem a seguinte consideração: Mesmo numa avaliação tradicional, na qual é solicitada ao aluno apenas a resolução de exercícios, é possível avançar para além da resposta final, considerando: • o modo como o aluno interpretou sua resolução para dar a resposta; • as escolhas feitas por ele para desincumbir -se de sua tarefa; • os conhecimentos matemáticos que utilizou; • se utilizou ou não a Matemática apresentada nas aulas; e • sua capacidade de comunicar -se matematicamente, oral- mente ou por escrito. (BURIASCO, 2002, apud PAVANELLO; NOGUEIRA, 2006, p. 37.) Uma concepção de avaliação que tem se configurado nos últimos anos é a que se refere à avaliação formativa. Principalmente a partir da década de 1980, muitos es- tudiosos têm feito importantes contribuições ao enten- dimento que devemos ter sobre avaliação como processo, ação contínua. Entre esses pesquisadores, destacamos o trabalho de Luckesi (2001). Segundo o autor, a avaliação deve ser tomada como instrumento para a compreensão do estágio em que se encontra o estudante, tendo em vista a tomada de decisões, suficientes e satisfatórias, para avançar no processo de aprendizagem. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), divulgados desde fins dos anos 1990, colaboraram para a ampliação do olhar sobre as funções da avaliação. Destacam, por exemplo, a dimensão social e a dimensão pedagógica da avaliação. No primeiro caso, a avaliação tem a função de, para os estudantes, informar acerca do desenvolvimento das potencialidades que serão exigidas no contexto social, garantindo sua participação no mercado de trabalho e na esfera sociocultural. Para os professores, a avaliação deve auxiliar na identificação dos objetivos alcançados, com a intenção de reconhecer as capacidades matemáticas dos educandos. No segundo caso, a avaliação tem a função de informar os estudantes sobre o andamento da aprendizagem pro- priamente dita, isto é, dos conhecimentos adquiridos, do desenvolvimento de raciocínios, dos valores e hábitos incorporados e do domínio de estratégias essenciais. A BNCC, homologada em 2017, também preconiza uma avaliação formativa: [...] construir e aplicar procedimentos de avaliação formativade processo ou de resultado que levem em conta os contextos e as condições de aprendizagem, tomando tais registros como referência para melhorar o desempenho da escola, dos professores e dos alunos; [...] (BNCC, p. 17.) Os instrumentos de avaliação (provas, trabalhos e re- gistros de atitudes, entre outros) devem ser capazes de fornecer informações ao professor sobre as condições de cada estudante com relação à resolução de problemas, ao uso adequado da linguagem matemática, ao desenvol- vimento de raciocínios e análises e à integração desses aspectos em seu conhecimento matemático. Devem também contemplar as explicações, justificativas e argumentações orais, uma vez que estas revelam aspec- tos do raciocínio que muitas vezes não se evidenciam em avaliações escritas. Para Charles Hadji (2001, p. 21), a avaliação formativa implica, por parte do professor, flexibilidade e vontade de adaptação e de ajuste. O autor ressalta que a avaliação que não é seguida da modificação das práticas pedagógicas tem pouca capacidade de ser formativa. Posição seme- lhante é defendida pelas educadoras Pavanello e Nogueira: É preciso reconhecer […] que o professor deve selecionar, dentre as informações captadas, apenas o que é realmente importante […]. Para isso, existem indicadores que, segun- doVergani (1993, p. 155), podem nortear a observação pelo professor, entre os quais poderiam ser citados: • o interesse com que o aluno se entrega às atividades matemáticas; • a confiança que tem em suas possibilidades; XVII XVIIIXVIII • sua perseverança, apesar das dificuldades encontradas; • se formula hipóteses, sugere ideias, explora novas pistas de pesquisa; • se avalia criteriosamente a adequação do processo que adotou ou a solução que encontrou; • se reflete sobre a maneira de planificar uma atividade e de organizar seu trabalho; • se pede ajuda em caso de dúvida ou de falta de conhe- cimentos; e • se comunica suas dificuldades e descobertas aos colegas, de maneira adequada. No entanto, para que essas atitudes possam ser cultivadas pelo aluno, a prática pedagógica não pode mais se centrar na exposição e reprodução de conteúdos que só privilegiam a memorização e não o desenvolvimento do pensamento. (PAVANELLO; NOGUEIRA, 2006, p. 38 -39.) Afinal, o que deve ser avaliado: conteúdos, habilidades, atitudes? Tudo deve ser avaliado. O fundamental, porém, é saber como olhar, o que olhar e como analisar as coletas. Para isso, o professor pode recorrer a diversificados instrumen- tos de coleta de informações, selecionando aqueles que permitam compor o melhor panorama da aprendizagem matemática de seus alunos. Desse modo, as avaliações precisam ser planejadas, assim como qualquer situação de ensino. É fundamen- tal estar sempre atento ao processo de avaliação sem perder de vista os objetivos e as expectativas para cada ano. Portanto, durante o uso de instrumentos avaliati- vos, é importante considerar as habilidades propostas nos documentos curriculares, nos planos de ensino e os trabalhados na coleção. Diante das diferentes concepções sobre como avaliar e com base nas ideias que a coleção assume, entende -se que a avaliação deve ser um processo contínuo durante o ano letivo, e não apenas momentos estanques, como ao final de cada bimestre, de modo que o desenvolvimento dos alunos seja acompanhado pelo professor e por ele próprio, e que intervenções possam ser feitas ao longo do caminho. A organização da coleção em capítulos e o bloco de Exercícios complementares podem ser indicativos ou funcionar como ferramentas iniciais para a construção de momentos avaliativos. Porém, ressalta -se a importância de complementar as atividades do livro com outros instrumentos para acom- panhar os alunos em seu processo de aprendizagem. Desse modo, destacam -se a seguir elementos a se considerar no processo avaliativo: • o caráter processual, formativo e participativo da avaliação e sua forma contínua, cumulativa e diag- nóstica; • a avaliação como oportunidade para professor e aluno refletirem e ajustarem o desempenho; • as diferentes estratégias e oportunidades para avaliação, não deixando de considerá -las também situações de aprendizagem; • a importância de registros constantes dos avanços e dificuldades de observação e acompanhamento diário; • diferentes propostas de avaliação de aprendizagem coerentes com visões atuais de avaliação (mediadora e dialógica, diagnóstica e formativa); • instrumentos para registros como relatórios, portfó- lios, tabelas, fichas, entre outros com critérios para avaliação. Instrumentos de avaliação nas aulas de Matemática Ao diversificar os instrumentos de avaliação e autoa- valiação, o professor pode produzir momentos de apren- dizagem e atender o maior número de alunos do grupo. Como sugestão, vamos apresentar aqui, resumidamente, um leque de modalidades de avaliação. Autoavaliação: em primeiro lugar, o professor deve auxi- liar os alunos a compreenderem os objetivos da autoavalia- ção, fornecendo -lhes para isso um roteiro de orientação. Os alunos devem ser motivados a detectar suas dificuldades e a questionar as razões delas. Prova em grupo seguida de prova individual: nesta modalidade, as questões são resolvidas em grupo e, em seguida, cada aluno resolve questões do mesmo tipo indivi- dualmente. O intuito é colaborar para a metacognição, para que o aluno tenha consciência do próprio conhecimento, de suas potencialidades e dificuldades. Testes -relâmpago: os testes -relâmpago normalmen- te propõem poucas questões, uma ou duas apenas. Têm por objetivo não permitir que os alunos mantenham -se sem estudo durante longos períodos, de modo que se acumule uma grande quantidade de conteúdos. Esse recurso, além de manter os alunos atentos aos assuntos contemplados em aula, ajuda -os na familiarização com os processos avaliativos. Testes e/ou provas cumulativas: este instrumento de avaliação traz à tona conteúdos trabalhados em momentos anteriores. Tal prática contribui para que os alunos percebam as conexões entre os conteúdos e a importância de usar os conhecimentos matemáticos de forma contínua. Testes em duas fases: este tipo de teste, ou prova, é realizado em duas etapas: XVIII 1a) a prova é realizada em sala de aula, sem a interfe- rência do professor; 2a) os alunos refazem a prova dispondo dos comentários feitos pelo professor. O sucesso desse instrumento depende de alguns fatores, como: • a escolha das questões deve ser norteada pelos objetivos do teste; • o conteúdo dos comentários formulados pelo profes- sor entre as duas fases; • a consciência, por parte dos alunos, de que a segun- da fase não consiste em mera correção do que está errado, mas em uma oportunidade de aprendizagem. As questões devem ser de dois tipos: • as que requerem interpretação ou justificação, e problemas de resolução relativamente breve; • as abertas, e problemas que exijam alguma investi- gação e respostas mais elaboradas. Resolução de problemas: chamamos de “problema ma- temático” aquele que envolve um raciocínio matemático na busca por solução. Pode ser resolvido individualmente ou em grupo. A atividade de resolução de problemas deve envolver, entre outros fatores: • a compreensão da situação -problema por meio de diferentes técnicas (leitura, interpretação, drama- tização etc.); • a promoção da criação de estratégias pessoais (não haver solução pronta); • a identificação do problema e a seleção e mobilização dos conhecimentos matemáticos necessários para sua resolução; • a avaliação do processo para verificar se, de fato, os objetivos estão sendo atingidos; • a interpretação e verificação dos resultados, para que se avaliem sua razoabilidade e validade. Mapa conceitual: durante a fase formal de avaliação, o professor pode solicitar aos alunos que construam o mapa conceitual sobre um tema já discutido e explorado em aula. Este tipo de instrumento propicia a verificação da aprendizagemmais aberta e pode ser usado como autoavaliação. Trabalho em grupo: para que o grupo trabalhe de fato como grupo, são fundamentais a orientação e o auxílio do professor no sentido de estimular os alunos a desem- penharem novas funções em sala de aula, em colaboração com os colegas. Um incentivo para isso é o grupo receber uma única folha de papel com as atividades propostas, para que todos resolvam em conjunto. A questão a ser respon- dida deve ser desafiadora, despertando a curiosidade e a vontade de resolvê -la. Diálogos criativos: a proposta é que os alunos produzam diálogos matemáticos em que estejam inseridos concei- tos e propriedades de determinado conteúdo. Histórias em quadrinhos: nesta modalidade, os alunos criam histórias em quadrinhos para explorar os assuntos estudados em sala de aula. Esse é um recurso que, além de intensificar o interesse pela Matemática, permite ao professor a avaliação do conhecimento assimilado pelos alunos em contextos diversificados. Seminários e exposições: são atividades que oferecem oportunidade para os alunos organizarem seu conhe- cimento matemático e suas ideias sobre os assuntos explorados em aula, além de promover a desinibição e a autonomia dos alunos. Portfólios: são coletâneas dos melhores trabalhos, que podem ser escolhidos pelos próprios estudantes. O pro- fessor deve orientá -los e sugerir que selecionem, durante um período, as atividades de Matemática que preferirem e que justifiquem as suas escolhas. É importante reforçar que um processo fecundo de ava- liação deverá considerar, além dos instrumentos apropria- dos, o estabelecimento de critérios de correção alicerçado em objetivos claros e justos. Chamamos a atenção para o tratamento que devemos dar ao “erro” nas atividades de Matemática. Ele deve ser analisado criticamente, de modo que forneça indícios de sua natureza e da correção do percurso pedagógico, para o (re)planejamento e a execução das atividades em sala de aula. Encarados com naturalidade e racionalmente tratados, os erros passam a ter importância pedagógica, assumindo um papel profundamente construtivo, e servindo não para produzir no aluno um sentimento de fracasso, mas para possibilitar -lhe um instrumento de compreensão de si próprio, uma motivação para superar suas dificuldades e uma atitude positiva para seu futuro pessoal. (PAVANELLO; NOGUEIRA, 2006, p. 37.) Por fim, a observação atenta e a percepção aguçada do professor também são relevantes no processo de avalia- ção, no sentido de detectar as aprendizagens, que muitas vezes não são reveladas pelos instrumentos avaliativos escolhidos. Seja qual for o instrumento utilizado, é fundamental que o professor estabeleça critérios de avaliação da aprendizagem matemática dos alunos para cada ano, tomando como referência as habilidades de Matemática para os anos finais do Ensino Fundamental. Desse modo, os objetivos de aprendizagem destacados no planeja- mento do professor precisam ser explicitados para o aluno, para que ele compreenda aonde se quer chegar, tomando o cuidado de usar uma linguagem compatível com o seu entendimento. XIX XXXX Formação continuada e desenvolvimento profissional docente Assim como os estudantes precisam desenvolver habilidades e competências diversificadas, em sintonia com a época em que vivem, nós, professores, mais que outros profissionais, temos a máxima urgência e necessi- dade de cuidar da continuidade de nossa formação e do consequente desenvolvimento profissional. O que aprendemos na universidade e a experiência que adquirimos com a prática pedagógica não são suficientes para nos manter longe de atividades de formação. Pesqui- sas e estudos no campo da Educação Matemática e áreas afins têm nos auxiliado a encontrar as respostas para as muitas dúvidas e angústias inerentes à profissão: “O que ensinar?”, “Por que ensinar?”, “Como ensinar?”… O desenvolvimento profissional do professor deve ser entendido como um processo contínuo, que se dá ao longo de toda a vida profissional, não ocorre ao acaso, tampouco é espontâneo, mas resultado do processo de busca que parte das necessidades e dos interesses que surgem no percurso. Na realidade, a formação profissional docente tem início na experiência como aluno e na formação acadê- mica específica, do período de iniciação à docência, até edificar -se com a experiência profissional e os processos de formação continuada. Lembramos que as ações de formação continuada po- dem ser desenvolvidas por múltiplas modalidades, como leituras atualizadas, cursos, palestras, oficinas, seminários, grupos de estudos, reuniões e encontros com colegas na própria escola. Para ampliar essa proposta, indicamos instituições de educação e algumas de suas publicações, organizamos su- gestões de livros, sites e documentos oficiais que possam contribuir para um aprofundamento do conhecimento do professor e auxiliá -lo na ampliação das atividades propos- tas no livro. Instituições de estudos e pesquisas em Educação Matemática que mantêm publicações na área • Associação de Professores de Matemática (APM/ Portugal). Promove anualmente encontros nacionais como o ProfMat e o Seminário de Investigação em Educação Matemática (Siem). • Centro de Aperfeiçoamento do Ensino de Matemática (Caem/USP). Promove a Virada Malba Tahan e publica a revista Malba Tahan. • Centro de Ensino de Ciências e Matemática (Cecimig/ UFMG) • Centro de Estudos Memória e Pesquisa em Educação Matemática (Cempem/Unicamp) • Departamento de Matemática do Instituto de Geo- ciências e Ciências Exatas (IGCE) da Unesp/Rio Claro • Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Mate- mática (Gepem/RJ) • Grupo de Pesquisa em Epistemologia e Ensino de Matemática (GPEEM/UFSC) • Programa de estudos e pesquisas no ensino de Ma- temática (Proem/PUC -SP) • Laboratório de Ensino de Matemática da Universidade Federal de Pernambuco (Lemat/UFPE) • Laboratório de Estudos de Matemática e Tecnologias da Universidade Federal de Santa Catarina (Lemat/ UFSC) • Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM) – regionais São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro etc. (A maioria das regionais mantêm publicações para professores.) • Sociedade Brasileira de História da Matemática (SBHMat) • Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) • Sociedade de Matemática Aplicada e Computacional (SBMAC) Algumas publicações de associações e centros de Educação Matemática • Bolema (Boletim de Educação Matemática) – publi- cado pelo Departamento de Matemática do Instituto de Geociência e Ciências Exatas da Universidade Es- tadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (IGCE -Unesp), campus de Rio Claro. Disponível em: <http://www. periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/bolema>. Acesso em: 06 set. 2018. • Boletins do Gepem – publicados pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Disponível em: <http://r1.ufrrj.br/gepem/>. Acesso em: 30 abr. 2018. • Educação Matemática em Revista – publicada pela Sociedade Brasileira de Educação Matemática. Dis- ponível em: <http://www.sbem.com.br>. Acesso em: 30 abr. 2018. XX http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/bolema http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/bolema http://r1.ufrrj.br/gepem/ http://www.sbem.com.br • Revemat: Revista Eletrônica de Educação Matemática – publicada pelo Grupo de Pesquisa em Epistemolo- gia e Ensino de Matemática (UFSC). Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/>. Acesso em: 30 abr. 2018. • Revista Educação e Matemática e Revista Quadran- te – publicadas pela Associação de Professores de Matemática de Portugal. Disponível em: <https:// wordpress.apm.pt/>. Acesso em: 30 abr. 2018. • Revista de História da Educação Matemática – publi- cada pela Sociedade Brasileira de História da Mate- mática. Disponível em: <http://histemat.com.br/>. Acesso em: 30 abr. 2018. • Revista do Professorde Matemática (RPM) – publicada pela Sociedade Brasileira de Matemática. Disponível em: <http://www.rpm.org.br/>. Acesso em: 30 abr. 2018. • Revista Zetetiké – publicada pelo Centro de Estu- dos Memória e Pesquisa em Educação Matemática (Unicamp). Disponível em: <https://www.cempem. fe.unicamp.br/>. Acesso em: 30 abr. 2018. Sugestões de leitura Números • A compreensão de conceitos aritméticos: ensino e pesquisa. Analúcia Schliemann; David Carraher (Orgs.). Campinas: Papirus, 1998. • Materiais didáticos para as quatro operações. 5. ed. Virgínia Cardia Cardoso. São Paulo: Caem/USP, 2002. • Números: linguagem universal. Vânia Maria P. dos Santos; Jovana Ferreira de Rezende (Coords.). Rio de Janeiro: Instituto de Matemática/UFRJ – Projeto Fundão, 1996. • Repensando adição e subtração. Sandra Magina; Tâ- nia M. M. Campos; Terezinha Nunes; Verônica Gitirana. São Paulo: Proem, 2001. • Sobre a introdução do conceito de número fracionário. Maria José Ferreira da Silva. 1997. Dissertação (Mes- trado) – Pontifícia Universidade Católica, São Paulo. Álgebra • Álgebra: das variáveis às equações e funções. Eliane Reame de Sousa; Maria Ignes Diniz. São Paulo: IME- -USP, 1994. • Aplicações da matemática escolar. D. Bushaw; M. Bell; H. O. Pollack. São Paulo: Atual, 1997. • Aprenda Álgebra brincando. I. Perelmann. Curitiba: Hemus, 2001. • Erros e dificuldades no ensino da Álgebra: o tratamen- to dado por professoras de 7a série em aula. Renata Anastacia Pinto. 1997. Dissertação (Mestrado) – Unicamp, Campinas. • Perspectivas em Aritmética e Álgebra para o século XXI. Rômulo Campos Lins; Joaquim Gimenez. Campi- nas: Papirus, 1997. • Ressonâncias e dissonâncias do movimento pendular entre Álgebra e Geometria no currículo escolar brasi- leiro. Ângela Miorin; Antonio Miguel; Dário Fiorentini. Zetetiké. Campinas: Unicamp, n. 1, 1993. • Um estudo de dificuldades ao aprender Álgebra em situações diferenciadas de ensino em alunos da 6a série do Ensino Fundamental. Nathalia Tornisiello Scarlassari. 2007. Dissertação (Mestrado) – Unicamp, Campinas. Geometria • A Matemática das sete peças do Tangram. 3. ed. Eliane Reame de Souza; Maria Ignez S. V. Diniz; Rosa Monteiro Paulo; Fusako Hori Ochi. São Paulo: Caem/ USP, 2003. • Aprendendo e ensinando Geometria. Mary M. Lind- quist; Albert P. Shulte (Orgs.). São Paulo: Atual, 1994. • Aprendendo e ensinando Matemática com geoplano. Gelsa Knijnik; Marcus Vinícius Basso; Renita Klüsener. Ijuí: Unijuí Editora, 1996. • Ensino de Geometria no virar do milênio: investigações em Geometria na sala de aula. Eduardo Veloso; Helena Fonseca; João Pedro da Ponte; Paulo Abrantes (Orgs.). Lisboa: Defcul, 1999. • Espaço e forma. Célia Maria C. Pires; Edda Curi; Tânia Maria M. Campos. São Paulo: Proem, 2000. • Experiências com Geometria na escola básica: narrati- vas de professores em (trans)formação. Adair Mendes Nacarato; Adriana A. M. Gomes; Regina Célia Grando. São Carlos: Pedro & Editores, 2008. • Geometria na era da imagem e do movimento. Maria Laura M. Leite Lopes; Lílian Nasser (Coords.). Rio de Janeiro: Instituto de Matemática/UFRJ – Projeto Fundão, 1996. • O abandono do ensino da Geometria no Brasil: causas e consequências. Regina Maria Pavanello. Zetetiké. Campinas: Unicamp, n. 1, p. 7 -17, mar. 1993. • O uso de quadriculados no ensino da Geometria. 4. ed. Fusako Hori Ochi; Rosa Monteiro Paulo; Joana Hissae Yokoya; João Kazuwo Ikegami. São Paulo: Caem/USP, 2003. • Por que não ensinar Geometria? Sérgio Lorenzato. Educação Matemática em Revista. Florianópolis: SBEM, n. 4, 1o sem. 1995. Grandezas e medidas • Medida e forma em Geometria: comprimento, área, volume e semelhança. Elon Lages Lima. Rio de Janeiro: SBM, 2011. • Temas e problemas elementares. Eduardo Wagner; Elon Lages Lima; Paulo Cezar Pinto Carvalho; Augusto Cezar de Oliveira Morgado. Rio de Janeiro: SBM, 2016. XXI https://periodicos.ufsc.br/ https://wordpress.apm.pt/ https://wordpress.apm.pt/ http://histemat.com.br/ http://www.rpm.org.br/ https://www.cempem.fe.unicamp.br/ https://www.cempem.fe.unicamp.br/ XXIIXXII Probabilidade e estatística • A Probabilidade e a Estatística no Ensino Fundamen- tal: uma análise curricular. Celi Aparecida Espasandin Lopes. 1998. Dissertação (Mestrado) – Unicamp, Campinas. • Encontro das crianças com o acaso, as possibilida- des, os gráficos e as tabelas. Anna Regina Lanner; Celi Aparecida Espasandin Lopes (Orgs.). Campinas: Unicamp, 2003. • Tratamento da Informação para o Ensino Fundamental e Médio. Irene Maurício Cazorla; Eurivalda dos Santos Santana. Itabuna/Ilhéus: Via Litterarum, 2006. • Tratamento da Informação: explorando dados es- tatísticos e noções de probabilidade a partir das séries iniciais. Maria Laura M. Leite Lopes (Org.). Rio de Janeiro: UFRJ, 2005. Resolução de problemas • A arte de resolver problemas: um novo aspecto do método matemático. George Polya. Rio de Janeiro: Interciência, 1995. • A resolução de problemas na Matemática escolar. Stephen Krulik; Robert E. Reys (Orgs.). São Paulo: Atual, 1997. • Didática da resolução de problemas de Matemática. Luiz Roberto Dante. São Paulo: Ática, 1991. • Jogos e resolução de problemas: uma estratégia para as aulas de Matemática. 5. ed. Júlia Borin. São Paulo: Caem/USP, 2004. • Ler, escrever e resolver problemas: habilidades bási- cas para aprender Matemática. Kátia Stocco Smole; Maria Ignez Diniz. Porto Alegre: Artmed, 2001. Educação matemática • A Matemática e os temas transversais. Alexandrina Monteiro; Geraldo Pompeu Junior. São Paulo: Moder- na, 2001. • A Matemática na escola: aqui e agora. Délia Lernerde Zunino. Porto Alegre: Artmed, 1995. • Aplicações de Vygotsky à educação matemática. Lúcia Moysés. Campinas: Papirus, 1997. • Didática da Matemática: reflexões psicopedagógicas. Cecília Parra; Irma Saiz (Orgs.). Porto Alegre: Artmed, 1996. • Educação matemática. Maria Aparecida Viggiani Bi- cudo (Org.). São Paulo: Centauro, 2005. • Educação matemática, leitura e escrita: armadilhas, utopias e realidade. Celi Espasadin Lopes; Adair Men- des Nacarato (Orgs.). Campinas: Mercado de Letras, 2009. • Ensinar e aprender Matemática. Luiz Carlos Pais. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. • Ensino de Matemática na escola de nove anos: dú- vidas, dívidas e desafios. Vinício de Macedo Santos. São Paulo: Cengage Learning, 2014. • Escritas e leituras na Educação matemática. Adair Mendes Nacarato; Celi Espasandin Lopes (Orgs.). Belo Horizonte: Autêntica, 2005. • Etnomatemática: currículo e formação de professo- res. Gelsa Knijnik; Fernanda Wanderer; Cláudio José de Oliveira (Orgs.). Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2004. • Etnomatemática: elo entre as tradições e a moderni- dade. Ubiratan D’Ambrosio. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. • Fundamentos da didática da Matemática. Saddo Ag Almouloud. Curitiba: UFPR, 2007. • Histórias e investigações de/em aulas de Matemáti- ca. Dario Fiorentini; Eliane Matesco Cristovão (Orgs.). Campinas: Alínea, 2006. • Investigações matemáticas na sala de aula. João Pedro da Ponte; Joana Brocardo; Hélia Oliveira. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. • Letramento no Brasil: habilidades matemáticas. Maria da Conceição F. R. Fonseca (Org.). São Paulo: Global, 2004. • Matemática e atualidade. Christiane Rousseau; Yvan Saint -Aubin. v. 1. Rio de Janeiro: SBM, 2015. • Matemática em projetos: uma possibilidade. Celi Espasandin Lopes (Org.). Campinas: FE/Cempem/ Unicamp, 2003. • Matemática escolar e Matemática da vida cotidiana. José Roberto B. Giardinetto. Campinas: Autores As- sociados, 1999. • Matemática, estupefação e poesia. Bruno D’Amore. São Paulo: Livraria da Física, 2012. • Múltiplos olhares: Matemática e produção de conhe- cimento. Jackeline Rodrigues Mendes; Regina Célia Grando (Orgs.). São Paulo: Musa, 2007. • Para aprender Matemática. Sérgio Lorenzato. Campi- nas: Autores Associados, 2006. • Sala de aula: um espaço de pesquisa em Matemática. Cristina Maranhão; Stella Galli Mercadante.São Paulo: Vera Cruz, 2006. História da Matemática • Análise histórica de livros de Matemática. Gert Schu- bring. Campinas: Autores Associados, 2003. • História concisa das matemáticas. Dirk J. Struik. Lis- boa: Gradiva, 1998. • História da Matemática. Carl B. Boyer. São Paulo: Edgard Blücher, 1996. XXII • História na educação matemática: propostas e de- safios. Antônio Miguel; Maria Ângela Miorim. Belo Horizonte: Autêntica, 2004. • História da Matemática: uma visão crítica, desfazendo mitos e lendas. Tatiana Roque. Rio de Janeiro: Zahar, 2012. • História universal dos algarismos. Georges Ifrah. São Paulo: Nova Fronteira, 1997. • Introdução à história da Educação matemática. An- tonio Miguel; Maria Ângela Miorim. São Paulo: Atual, 1998. • Introdução à história da Matemática. Howard Eves. Campinas: Unicamp, 1997. • Os números: a história de uma grande invenção. Georges Ifrah. São Paulo: Globo, 1989. • Tópicos de história da Matemática para uso em sala de aula: Álgebra. John K. Baumgart. São Paulo: Atual, 1992. • Tópicos de história da Matemática para uso em sala de aula: Geometria. Howard Eves. São Paulo: Atual, 1992. • Tópicos de história da Matemática para uso em sala de aula: Números e numerais. Bernard H. Gundlash. São Paulo: Atual, 1992. • Tópicos de história da Matemática para uso em sala de aula: Trigonometria. Howard Eves. São Paulo: Atual, 1992. Jogos • Aprender com jogos e situações -problema. Lino de Macedo; Ana Lúcia S. Petty; Norimar C. Passos. Porto Alegre: Artmed, 2000. • Jogos de matemática de 6o ao 9o ano. Kátia Stocco Smole; Estela Milani Diniz. Porto Alegre: Artmed, 2007. • O jogo como espaço para pensar: a construção de noções lógicas e aritméticas. Rosely Palermo Brenelli. Campinas: Papirus, 1996. • O jogo e a Matemática no contexto da sala de aula. Regina Célia Grando. São Paulo: Paulus, 2004. • Os jogos e o lúdico na aprendizagem escolar. Lino de Macedo; Ana Lúcia S. Petty; Norimar C. Passos. Porto Alegre: Artmed, 2005. Tecnologia • A influência da calculadora na resolução de proble- mas matemáticos abertos. Katia Maria de Medeiros. Educação Matemática em Revista. São Paulo: SBEM, n. 14, 2003. • Ensinando com tecnologia: criando salas de aula centradas nos alunos. Judith H. Sandholtz; Cathy Ringstaff; David C. Dwyer. Porto Alegre: Artmed, 1997. • Informática e Educação matemática. Marcelo de Carvalho Borba; Miriam G. Penteado. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. • Informática educativa: dos planos e discursos à sala de aula. Ramon de Oliveira. Campinas: Papirus, 1997. • Prática pedagógica: ambientes informatizados de aprendizagem, produção e avaliação de software educativo. Celina Couto Oliveira; José Wilson Costa; Mércia Moreira. Campinas: Papirus, 2001. • Projetos de trabalho em informática: desenvolvendo competências. Sônia Petitto. Campinas: Papirus, 2003. • Uso didático da calculadora no ensino fundamental: possibilidades e desafios. Juliana de Alcântara S. Rubio. 2003. Dissertação (Mestrado) – Unesp, Marília. Avaliação • Análise de erros: o que podemos aprender com as respostas dos alunos. Helena Noronha Cury. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. • Avaliação da aprendizagem escolar. Cipriano Carlos Luckesi. São Paulo: Cortez, 2001. • Avaliação de aprendizagem e raciocínio em Mate- mática: métodos alternativos. Vânia Maria Pereira dos Santos (Coord.). Rio de Janeiro: UFRJ – Projeto Fundão, 1997. • Avaliação: da excelência à regulação das aprendiza- gens. Philippe Perrenoud. Porto Alegre: Artmed, 1999. • Avaliação desmistificada. Charles Hadji. Porto Alegre: Artmed, 2001. • Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré -escola à universidade. Jussara Hoffmann. Porto Alegre: Mediação, 2000. • Currículo e avaliação: uma perspectiva integrada. Maria Palmira Castro Alves. Porto: Porto, 2004. • Desafios reais do cotidiano escolar brasileiro: 22 dilemas vividos por diretores, coordenadores e pro- fessores em escolas de todo o Brasil. Katherine K. Merseth (Coord.). São Paulo: Moderna, 2018. • O erro como estratégia didática: estudo dos erros no ensino da Matemática elementar. Neuza Bertoni Pinto. Campinas: Papirus, 2000. • Sobre avaliação em Matemática: uma reflexão. Re- gina Buriasco. Educação em Revista. Belo Horizonte: UFMG, n. 36, 2002. XXIII XXIVXXIV Sugestões de sites • Centro de Estudos Memória e Pesquisa em Educação Matemática (Cempem/FE/Unicamp). Disponível em: <https://www.cempem.fe.unicamp. br>. Acesso em: 30 abr. 2018. • Sociedade Brasileira de Educação matemática (a partir desse site é possível acessar as instituições e publicações sobre Educação Matemática no Brasil). Disponível em: <http://www.sbembrasil.org.br/ sbembrasil/>. Acesso em: 30 abr. 2018. • Sociedade Brasileira de Matemática. Disponível em: <http://www.sbm.org.br>. Acesso em: 30 abr. 2018. • Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Com- putacional. Disponível em: <http://www.sbmac.org.br/>. Acesso em: 30 abr. 2018. • Laboratório de Ensino de Matemática, Instituto de Matemática, Estatística e Ciência Computacional da Unicamp. Disponível em: <http://www.ime.unicamp.br/lem>. Acesso em: 30 abr. 2018. • Laboratório de Ensino de Matemática, Instituto de Matemática e Estatística da USP. Disponível em: <http://www.ime.usp.br/lem/> Acesso em: 06 set. 2018. Documentos oficiais MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO • Base Nacional Comum Curricular (BNCC), 2017. • Plano Nacional de Educação (PNE) 2014 -2024: Linha de Base, 2015. • Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fun- damental de 9 (nove) anos – Parecer CNE/CBE no 11/2010 • Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Edu- cação Básica • Parecer CNE/CEB no 07/2010 • Decreto no 9.099/2017 • Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) – terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental – Introdução (cidadania, concepções de áreas, temas transversais, organização/gestão do trabalho escolar, adolescên- cia, concepção de ensino e de aprendizagem) • Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM) Bibliografia consultada Livros, dissertações, artigos e documentos ABRANTES, P.; SERRAZINA, M. de L.; OLIVEIRA, J. A Matemá- tica na Educação básica. Lisboa: Ministério da Educação, Departamento de Educação básica, 1999. ANUÁRIO Estatístico do Brasil. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2016. ARAKI, T. As práticas avaliativas em sala de aula de Ma- temática: possibilidades e limites. 2005. Dissertação (Mestrado) – Universidade São Francisco, Itatiba/SP. BANNELL, R. I. et al. Educação no século XXI: cognição, tecnologias e aprendizagens. São Paulo: Vozes, 2016. BARBOSA, R. M. Descobrindo padrões em mosaicos. São Paulo: Atual, 2001. BOYER, C. B. História da Matemática. 2. ed. Trad. Elza F. Gomide. São Paulo: Edgard Blücher, 1996. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017. _______. Ensino Fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília: MEC/SEB, 2007. _______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394. Brasília: MEC/SEB, 20 dez. 1996. _______. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educa- ção Básica. Brasília: MEC/SEB/Dicei, 2013. _______. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Brasília: Parecer CNE/ CBE no 11/2010. _______. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Brasília: MEC/SEF, 1998. BURIASCO, R. Sobre avaliação em Matemática: uma re- flexão. Educação em Revista (UFMG), Belo Horizonte, n. 36, dez. 2002. CAPORALE, S. M. M. Formação continuada de professores que ensinam Matemática: possibilidades de desenvol- vimento profissional a partir de um curso de especia- lização. 2005. Dissertação (Mestrado) – Universidade São Francisco, Itatiba/SP. CARAÇA, B. de J. Conceitos fundamentais da Matemática. Lisboa: Gradiva, 1998. XXIV https://www.cempem.fe.unicamp.br https://www.cempem.fe.unicamp.br http://www.sbembrasil.org.br/sbembrasil/http://www.sbembrasil.org.br/sbembrasil/ http://www.sbm.org.br http://www.sbmac.org.br/ http://www.ime.unicamp.br/lem http://www.ime.usp.br/lem/ COLL, C. Os conteúdos na reforma: ensino e aprendizagem de conceitos, procedimentos e atitudes. Porto Alegre: Artmed, 1998. _______. Psicologia e currículo. São Paulo: Ática,1999. _______ et al. O construtivismo na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997. _______; TEBEROSKY, A. Aprendendo Matemática. São Paulo: Ática, 2000. D’AMBROSIO, U. Educação matemática: da teoria à prática. Campinas: Papirus, 2000. DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas de Mate- mática. São Paulo: Ática, 1989. DAVIS, P. J.; HERSH, R. A experiência matemática.Trad. João Bosco Pitombeira. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1985. DEL GRANDE, J. J. Percepção espacial e Geometria primária. In: LINDQUIST, M. M.; SHULTE, A. P. (Orgs.). Aprendendo e ensinando Geometria. Trad. Hygino H. Domingues. São Paulo: Atual, 1994. DELORS, J. (Org.). Educação: um tesouro a descobrir. Rela- tório para a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. Lisboa: Edições Asa, 1996. 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Acesso em: 28 maio 2018. • Currículo da cidade – São Paulo (Conceitos na parte Introdutória de todos os cadernos e caderno especial para tecnologias para aprendizagem). Disponível em: <http://portal.sme.prefeitura.sp.gov. br/Portals/1/Files/47272.pdf>. Acesso em: 06 set. 2018. • Site de comunicação e mobilização social voltado para a educação brasileira (indicação do MEC em Reunião Técnica sobre materiais digitais). Disponível em: <http://porvir.org/>. Acesso em: 28 maio 2018. XXVI http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ http://cnebncc.mec.gov.br/docs/BNCC_Estudo_Comparativo.pdf http://cnebncc.mec.gov.br/docs/BNCC_Estudo_Comparativo.pdf http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag5.pdf http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag5.pdf http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Portals/1/Files/47272.pdf http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Portals/1/Files/47272.pdf http://porvir.org/ XXVII ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS O livro do 6o ano é composto de doze capítulos em que se desenvolvem as cinco Unidades Temá- ticas propostas pela BNCC: Números, Álgebra, Geometria, Grandezas e medidas e Probabilidade e estatística, intercaladas e, sempre que possível, integradas, exploradas no corpo do texto explicativo e nas atividades. Com o intuito de complementar, ampliar e enriquecer o conteúdo desenvolvido, aparecem ao longo do livro as seções especiais: Para saber mais, Trabalhando a informação e Diversificando. A seguir, apresentamos a distribuição dessas seções no livro do 6o ano. Para saber mais Capítulos Títulos Capítulo 1 (p. 20) Utilizando outros agrupamentos Capítulo 2 (p. 33, 36, 53) Arredondar para fazer estimativas Quadrado mágico Multiplicação hindu Capítulo 4 (p. 92, 104) Sequências numéricas mdc e mmc Capítulo 5 (p. 119) A temperatura e a Álgebra Capítulo 6 (p. 135) Ilusão de óptica Capítulo 10 (p. 260, 270) Uma propriedade importante dos triângulos Ladrilhamento Capítulo 11 (p. 292, 305) Planta baixa de uma casa Pesquisando no geoplano Capítulo 12 (p. 328) Estimativas e medidas Trabalhando a informação Capítulos Títulos Capítulo 1 (p. 26) Construindo tabelas Capítulo 2 (p. 42, 70) Interpretando um gráfico de colunas Interpretando um gráfico de barras Capítulo 3 (p. 82) Lendo embalagens Capítulo 4 (p. 106) Construindo um gráfico de barras Capítulo 5 (p. 116) Construindo um gráfico de colunas Capítulo 7 (p. 162, 169) Porcentagem nas ondas do rádio Interpretando um gráfico de setores Capítulo 8 (p. 182, 205) Operando com porcentagens Calculando probabilidades Capítulo 9 (p. 238) Trabalhando com média Capítulo 10 (p. 271) A probabilidade das cores XXVIII Diversificando Capítulos Títulos Capítulo 1 (p. 29) Quando a base é outra Capítulo 2 (p. 72) Relações algébricas no quadrado mágico Capítulo 3 (p. 84) Ampliar e reduzir Capítulo 5 (p. 122) Desafiando a sua inteligência Capítulo 10 (p. 278) Poliedros com massinha Capítulo 11 (p. 308) Tangram Cada capítulo aborda objetos de conhecimento, entendidos como conteúdos, conceitos, processos, com a intenção de desenvolver as habilidades relacionadas a eles. Esses conhecimentos são articulados, retomados e ampliados a fim de proporcionar sua apropriação pelos alunos, considerando a aprendiza- gem um processo contínuo e integrado. Os conteúdos matemáticos são desenvolvidos de modo que as habilidades, as Unidades Temáti- cas, as competências e outras áreas do conhecimento se articulem e se relacionem e são tratados na perspectiva das aprendizagens dos anos anteriores e posteriores. Assim, no livro do 6o ano do Ensino Fundamental, levamos em conta os objetivos de aprendizagem para o 5o ano, conforme proposto na BNCC, visando preparar os alunos para se apropriarem dos conhecimentos previstos para o 7o ano. A seguir, são feitos comentários sobre cada capítulo e o se que pretende que os alunos desenvol- vam neles. Os conteúdos trabalhados são relacionados aos objetos de conhecimento e às habilidades da BNCC. Há ainda textos complementares e sugestões de atividades, que possibilitam a ampliação do co- nhecimento. CAPÍTULO A seleção brasileira foi tetracampeã no futebol de cinco nos Jogos Paralímpicos do Rio, em 2016. O futebol de cinco é uma modalidade de futebol praticada por deficientes visuais, exceto os goleiros, e exige silêncio das arquibancadas. Isso porque a bola tem guizos internos, que sinalizam a posição exata dela para os jogadores. Um guia (chamador), posicionado atrás do gol adversário, orienta os jogadores de ataque de sua equipe. A quadra do futebol de cinco tem comprimento de 38 a 42 metros e largura de 18 a 22 metros. Cada partida tem dois tempos com duração de 25 minutos cada um. 1Números Capítulo Brasil vence o Irã na final do futebol de cinco nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, no Rio de Janeiro. B O B M AT IN /G E T T Y IM A G E S 11CAPÍTULO 1 1 Números Neste capítulo, são desenvolvidos objetos de conhecimento da Unidade Temática Números. Nos conteúdos e atividades propostos, foram consideradas as aprendizagens dos anos iniciais do Ensino Fundamental, especialmente as do 5o ano (EF05MA01), relativas aos sistemas de numeração e números naturais. Esse é o momento de ampliação dos conhecimentos desenvolvidos, na perspectiva de que a continui- dade desse processo conduza o aluno a se apropriar das características do sistema de numeração decimal e da sequência dos números naturais. Para isso, apresentam-se conceitos e atividades que conduzam os alunos a reconhecer os principais aspectos dos números naturais: leitura, escrita e comparação. Para que se perceba a supremacia do sistema de numeração indo-arábico, abordam-se outros sis- temas de numeração desenvolvidos por antigas civilizações, como o egípcio e o romano, entre outros. Nessa exploração, espera-se que os alunos mobilizem seus conhecimentos acerca das operações com números naturais, desenvolvidos nos anos anteriores, para a compreensão das características desses sistemas de numeração. XXIX Além disso, ao ampliar os conhecimentos que os alunos já têm sobre os números naturais, espera- -se prepará-los para a apropriação de outros tipos de número e a ampliação dos conjuntos numéricos que serão estudados posteriormente, caso dos números inteiros, abordados no 7o ano do Ensino Fun- damental (EF07MA03). Para promover a articulação entre as Unidades Temáticas Números e Probabilidade e estatística, destaca-se a habilidade relacionada a interpretar e resolver situações que envolvam dados de pesquisa apresentados em tabelas. Essa ação amplia os conhecimentos desenvolvidos no 5o ano (EF05MA24) e relaciona-os com aqueles a serem abordados no 7o ano (EF07MA36). No Manual do Professor – Digital encontram-se sugestões de Planos de desenvolvimento para este bimestre. Neles há uma seleção de objetos de conhecimento, habilidades e práticas pedagógi- cas a serem utilizados ou adaptados de acordo com a sua realidade ou necessidade para o período. Capítulo 1 – Números Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades • Emprego do número e suas diferentes funções • Sistemas de numeração • Sistema de numeração indo-arábico • Leitura e escrita de números: ordem e classes • Números naturais: sequência, antecessor e sucessor • Comparação de números naturais e reta numérica Sistema de numeração decimal: características, leitura, escrita e comparação de números naturais e de números racionais representados na forma decimal (EF06MA01) Comparar, ordenar, ler e escrever números naturais e números racionais cuja representação decimal é finita, fazendo uso da reta numérica. (EF06MA02) Reconhecer o sistema de numeração decimal, como o que prevaleceu no mundo ocidental, e destacar semelhanças e diferenças com outros sistemas, de modo a sistematizar suas principais características (base, valor posicional e função dozero), utilizando, inclusive, a composição e decomposição de números naturais e números racionais em sua representação decimal. • Construção de tabelas Leitura e interpretação de tabelas e gráficos (de colunas ou barras simples ou múltiplas) referentes a variáveis categóricas e variáveis numéricas (EF06MA32) Interpretar e resolver situações que envolvam dados de pesquisas sobre contextos ambientais, sustentabilidade, trânsito, consumo responsável, entre outros, apresentadas pela mídia em tabelas e em diferentes tipos de gráficos e redigir textos escritos com o objetivo de sintetizar conclusões. CAPÍTULO A delegação brasileira superou marcas relevantes e quebrou recordes históricos nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. O destaque �cou por conta do total de medalhas conquistadas nas arenas cariocas: 72, o maior número de pódios do país em todas as edições, superando, em muito, a marca anterior de 47, que havia sido estabelecida em Pequim (2008). Já em comparação com os Jogos de Londres (2012), o crescimento no número total de medalhas é ainda mais expressivo: 67%. Fonte: BRASIL supera marcos históricos nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Comitê Paralímpico Brasileiro, 18 set. 2016. Disponível em: <http://www.cpb.org.br/noticias/-/asset_publisher/lU3LNvrdeyoz/content/brasil-supera- marcos-historicos-nos-jogos-paralimpicos-rio-2016>. Acesso em: 14 set. 2017. LU C A S U E B E L/ G E T T Y IM A G E S 2Operações com números naturais Capítulo Cena da abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, no Rio de Janeiro. 30 CAPÍTULO 2 2 Operações com números naturais Neste capítulo serão aprofundados os conhecimentos acerca dos números naturais. Serão exploradas as operações entre eles, considerando a Unidade Temática Números, dando continuidade e ampliando o que foi abordado no capítulo anterior. O estudo das quatro operações fundamentais toma por base os conhecimentos consolidados até o 5o ano do Ensino Fundamental e tem como foco aqueles que serão explorados no 7o ano, entre eles a resolução de problemas envolvendo operações com números inteiros (EF07MA04). http://www.cpb.org.br/noticias/-/asset_publisher/lU3LNvrdeyoz/content/brasil-supera-marcos-historicos-nos-jogos-paralimpicos-rio-2016 XXX Ainda nessa Unidade Temática, são apresentadas as operações potenciação e radiciação com nú- meros naturais, conhecimentos que se articulam com aqueles a serem desenvolvidos no ano seguinte com relação aos números inteiros. A Unidade Temática Álgebra articula-se com a Unidade Temática Números na seção Diversifican- do, na qual se aplica a propriedade aditiva da igualdade, considerando o cenário das aprendizagens do 5o ano (EF05MA10). A Unidade Temática Geometria é abordada na construção de algoritmo para resolver situações passo a passo, o que ocorre na seção Para saber mais ao se apresentar o procedimento da multiplicação hindu. Interpretar gráficos de colunas e de barras é a abordagem proposta neste capítulo para a Unidade Temática Probabilidade e estatística. Cabe observar que tais conhecimentos foram tratados no 5o ano (EF05MA24), sendo agora ampliados e aprofundados na perspectiva de preparar os alunos para, no ano seguinte, utilizarem gráficos para comunicar informações obtidas na realização de pesquisa (EF07MA36). Ainda nessa Unidade Temática, destacamos a construção de árvore das possibilidades ligada ao raciocínio combinatório da multiplicação, que desenvolve a habilidade (EF06MA34). Capítulo 2 – Operações com números naturais Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades • Comparação de números naturais Sistema de numeração decimal: características, leitura, escrita e comparação de números naturais e de números racionais representados na forma decimal (EF06MA01) Comparar, ordenar, ler e escrever números naturais e números racionais cuja representação decimal é finita, fazendo uso da reta numérica. • Situações de adição e suas propriedades • Situações de subtração • Arredondamento e estimativas • Procedimentos de cálculo mental envolvendo adição e subtração • Expressões numéricas com adições e subtrações • Situações de multiplicação e suas propriedades • Situações de divisão, a propriedade fundamental e procedimentos de cálculo mental • Expressões numéricas envolvendo as quatro operações fundamentais • Potenciação e radiciação com números naturais Operações (adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação) com números naturais Divisão euclidiana (EF06MA03) Resolver e elaborar problemas que envolvam cálculos (mentais ou escritos, exatos ou aproximados) com números naturais, por meio de estratégias variadas, com compreensão dos processos neles envolvidos com e sem uso de calculadora. • Construção de algoritmo passo a passo apresentando o cálculo de multiplicação por método hindu Construção de retas paralelas e perpendiculares fazendo uso de réguas, esquadros e softwares (EF06MA23) Construir algoritmo para resolver situações passo a passo (como na construção de dobraduras ou na indicação de deslocamento de um objeto no plano segundo pontos de referência e distâncias fornecidas etc.). XXXI Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades • Interpretação de gráficos de colunas e de barras Leitura e interpretação de tabelas e gráficos (de colunas ou barras simples ou múltiplas) referentes a variáveis categóricas e variáveis numéricas (EF06MA31) Identificar as variáveis e suas frequências e os elementos constitutivos (título, eixos, legendas, fontes e datas) em diferentes tipos de gráfico. (EF06MA32) Interpretar e resolver situações que envolvam dados de pesquisas sobre contextos ambientais, sustentabilidade, trânsito, consumo responsável, entre outros, apresentadas pela mídia em tabelas e em diferentes tipos de gráficos e redigir textos escritos com o objetivo de sintetizar conclusões. • Construção de árvore de possibilidades Diferentes tipos de representação de informações: gráficos e fluxogramas (EF06MA34) Interpretar e desenvolver fluxogramas simples, identificando as relações entre os objetos representados (por exemplo, posição de cidades considerando as estradas que as unem, hierarquia dos funcionários de uma empresa etc.). CAPÍTULO No projeto arquitetônico do Salão da Fama e Museu do Rock and Roll, nos Estados Unidos, é possível identificar formas que lembram diferentes figuras geométricas. O uso de formas que lembram figuras geométricas também é comum nas artes plásticas (pintura, escultura, arquitetura etc.), que trabalham, explícita ou implicitamente, com conceitos matemáticos (sobretudo da Geometria). Neste capítulo, estudaremos algumas figuras geométricas (planas e não planas) e suas características. 3Estudando figuras geométricas Capítulo Salão da Fama e Museu do Rock and Roll, localizado em Cleveland, Ohio (Estados Unidos). (Foto de 2016.) M IR A /A LA M Y /F O TO A R E N A CAPÍTULO 3 73 3 Estudando figuras geométricas Os conceitos e atividades relacionados ao estudo de figuras geométricas planas e figuras geométri- cas não planas são o foco neste capítulo, desenvolvendo a Unidade Temática Geometria, envolvendo também os tópicos de características de sólidos e elementos de um poliedro. Vale ressaltar que ativi- dades relacionadas a figuras geométricas foram desenvolvidas no 5o ano (EF05MA16 e EF05MA17) e sua retomada e ampliação pretendem consolidar esse conhecimento. Ainda na Unidade Temática Geometria, este capítulo traz também a construção de figuras planas semelhantes em situações de ampliação e redução, aprofundando os conhecimentos abordados sobre esse tema no 5o ano (EF05MA18). Os conhecimentos desenvolvidos sobre leitura de dados expressos em tabela, realizados no capítulo anterior, serão suporte para a articulação com a Unidade Temática Probabilidade e estatística neste capítulo, em que os alunos procurarão informações em embalagens. Capítulo 3 – Estudando figuras geométricasConteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades • Origem da Geometria • Figuras geométricas planas e figuras geométricas não planas • Sólidos geométricos: corpos redondos e poliedros • Elementos de um poliedro • Prismas e pirâmides Prismas e pirâmides: planificações e relações entre seus elementos (vértices, faces e arestas) (EF06MA17) Quantificar e estabelecer relações entre o número de vértices, faces e arestas de prismas e pirâmides, em função do seu polígono da base, para resolver problemas e desenvolver a percepção espacial. XXXII Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades • Ampliação e redução de figuras Construção de figuras semelhantes: ampliação e redução de figuras planas em malhas quadriculadas (EF06MA21) Construir figuras planas semelhantes em situações de ampliação e de redução, com o uso de malhas quadriculadas, plano cartesiano ou tecnologias digitais. • Leitura de informações contidas em embalagens e seus rótulos Leitura e interpretação de tabelas e gráficos (de colunas ou barras simples ou múltiplas) referentes a variáveis categóricas e variáveis numéricas (EF06MA32) Interpretar e resolver situações que envolvam dados de pesquisas sobre contextos ambientais, sustentabilidade, trânsito, consumo responsável, entre outros, apresentadas pela mídia em tabelas e em diferentes tipos de gráficos e redigir textos escritos com o objetivo de sintetizar conclusões. CAPÍTULO Terremotos, maremotos, tsunamis, tempestades solares... O calendário maia de conta longa previa o fim do mundo para 21/12/2012? Essa é uma história quase tão longa quanto os 1.872.000 dias do seu grande ciclo. Contaremos apenas horas, dias e outros múltiplos períodos desse calendário. O Haab, calendário civil maia (11/8/3114 a.C.-21/12/2012 d.C.), é organizado em 18 períodos (uinal) de 20 dias (kin), que formam o tun (18 8 20 5 360). Ao tun é adicionado um período (uayeb) de 5 dias de sacrifício em preparação ao novo ano (360 1 5 5 365). A contagem das seis horas que sobram no movimento de translação do Planeta, o que nos permite ter um ano bissexto de 4 em 4 anos, é corrigida a partir de um ciclo chamado “1.508 haab”, que é equivalente a 1.507 anos solares. Dados obtidos em: SANTANA, Ana Lucia. Calendário Maia. Infoescola, s/d. Disponível em: <https://www.infoescola. com/civilizacoes-antigas/calendario-maia/>. Acesso em: 13 nov. 2017. 4 Divisibilidade Capítulo Representação do Haab, calendário civil maia. (Sem data.) Z IM M Y T W S /IS TO C K P H O TO S /G E T T Y IM A G E S Terremotos, maremotos, tsunamis, tempestades solares... O calendário maia de conta 44 Representação do Haab, calendário civil maia. (Sem data.) 85CAPÍTULO 4 4 Divisibilidade Neste capítulo, articulam-se todos os conhecimentos trabalhados nos capítulos anteriores que dizem respeito a Números. Assim, retomam-se atividades que envolvem as operações com números naturais na resolução de problemas, que compreendem as noções de múltiplos, divisores e critérios de divisibilidade. Além desses conteúdos, são abordados também números primos, números compostos e decompo- sição de um número natural em fatores primos. Todos esses conhecimentos articulados constituem-se como subsídios para os estudos sobre a Unidade Temática Números a serem desenvolvidos no 7o ano do Ensino Fundamental, entre os quais destacamos múltiplos e divisores de um número natural (EF07MA01). As Unidades Temáticas Números e Probabilidade e estatística articulam-se nas atividades apre- sentadas na seção Trabalhando a informação, com o objetivo de reconhecer elementos e interpretar informações expressas em tabelas e em gráficos de barras. Esse trabalho foi iniciado nos capítulos anteriores e é ampliado agora com a construção de gráficos de barras. No Manual do Professor – Digital encontram-se sugestões de Planos de desenvolvimento para este bimestre. Neles há uma seleção de objetos de conhecimento, habilidades e práticas pedagógicas a serem utilizados ou adaptados de acordo com a sua realidade ou necessidade para o período. Capítulo 4 – Divisibilidade Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades • Resolução de problemas que envolvam cálculos mentais ou escritos com números naturais Operações (adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação) com números naturais Divisão euclidiana (EF06MA03) Resolver e elaborar problemas que envolvam cálculos (mentais ou escritos, exatos ou aproximados) com números naturais, por meio de estratégias variadas, com compreensão dos processos neles envolvidos com e sem uso de calculadora. https://www.infoescola.com/civilizacoes-antigas/calendario-maia/ XXXIII Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades • Múltiplo e divisor de um número natural • Sequências numéricas • Critérios de divisibilidade • Números primos e números compostos • Decomposição de um número natural em fatores primos • mdc e mmc Fluxograma para determinar a paridade de um número natural Múltiplos e divisores de um número natural Números primos e compostos (EF06MA04) Construir algoritmo em linguagem natural e representá-lo por fluxograma que indique a resolução de um problema simples (por exemplo, se um número natural qualquer é par). (EF06MA05) Classificar números naturais em primos e compostos, estabelecer relações entre números, expressas pelos termos “é múltiplo de”, “é divisor de”, “é fator de”, e estabelecer, por meio de investigações, critérios de divisibilidade por 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 100 e 1000. (EF06MA06) Resolver e elaborar problemas que envolvam as ideias de múltiplo e de divisor. • Construção de gráficos de barras Leitura e interpretação de tabelas e gráficos (de colunas ou barras simples ou múltiplas) referentes a variáveis categóricas e variáveis numéricas (EF06MA31) Identificar as variáveis e suas frequências e os elementos constitutivos (título, eixos, legendas, fontes e datas) em diferentes tipos de gráfico. (EF06MA32) Interpretar e resolver situações que envolvam dados de pesquisas sobre contextos ambientais, sustentabilidade, trânsito, consumo responsável, entre outros, apresentadas pela mídia em tabelas e em diferentes tipos de gráficos e redigir textos escritos com o objetivo de sintetizar conclusões. CAPÍTULO As palavras algarismo e algoritmo, comuns nos livros de Matemática, têm origem no nome de Al-Khwarizm , o maior matemático da época de ouro do islamismo, no século IX, em Bagdá. Um dos mais importantes livros árabes da Idade Média, escrito por Al-Khwarizm , cujo título é Al-Kitab al-muhtasar fi hisab al-jabr al-muqabala (“Pequena obra sobre o cálculo da redução e da confrontação”), deu origem à palavra álgebra. Trata-se de um livro sobre a resolução de equações (a ser estudada no próximo ano) com o auxílio de duas operações: al-jabr, que seria a “restauração” ou a “transposição de termos”, e al-muqabala, que seria a “redução de termos semelhantes”. 5Um pouco de Álgebra Capítulo Estátua de Al-Khwarizm na cidade de Khiva, Uzbequistão. (Foto de 2014.) R A IM U N D F R A N K E N /G E T T Y IM A G E S 109CAPÍTULO 5 5 Um pouco de Álgebra Situações que desenvolvem o pensamento algébrico são o foco deste capítulo, que trata da Uni- dade Temática Álgebra. Essas situações tomam por base tópicos tratados nos anos iniciais do Ensino Fundamental, em especial no 5o ano (EF05MA10 e EF05MA11), aprofundando o conceito de variável e as propriedades da igualdade, levando em conta os conhecimentos abordados no capítulo anterior sobre múltiplos e divisores. As Unidades Temáticas Álgebra e Números articulam-se com a presença das operações com números naturais no processo de investigação de propriedades algébricas e em algumas demonstrações. Além disso, esses conteúdos associam-se com a Unidade Temática Geometria na construção de algoritmos para resolver situações de generalização do padrãode sequências geométricas. Por fim, a Unidade Temática Álgebra se articula com as Unidades Temáticas Grandezas e medidas e Probabilidade e estatística nas atividades das seções Para saber mais (“A temperatura e a Álgebra”) e Trabalhando a informação (“Construindo um gráfico de colunas”), respectivamente. Os conhecimentos tratados neste capítulo constituem-se como subsídios para a compreensão dos estudos sobre a Unidade Temática Álgebra a serem desenvolvidos no 7o ano do Ensino Fundamental (EF07MA13 e EF07MA15). XXXIV Capítulo 5 – Um pouco de Álgebra Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades • Resolução de problemas que envolvam cálculos com números naturais Operações (adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação) com números naturais Divisão euclidiana (EF06MA03) Resolver e elaborar problemas que envolvam cálculos (mentais ou escritos, exatos ou aproximados) com números naturais, por meio de estratégias variadas, com compreensão dos processos neles envolvidos com e sem uso de calculadora. • Variável e generalizações • Demonstrações de alguns critérios de divisibilidade Fluxograma para determinar a paridade de um número natural Múltiplos e divisores de um número natural Números primos e compostos (EF06MA05) Classificar números naturais em primos e compostos, estabelecer relações entre números, expressas pelos termos “é múltiplo de”, “é divisor de”, “é fator de”, e estabelecer, por meio de investigações, critérios de divisibilidade por 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 100 e 1000. (EF06MA06) Resolver e elaborar problemas que envolvam as ideias de múltiplo e de divisor. • Propriedades da igualdade Propriedades da igualdade (EF06MA14) Reconhecer que a relação de igualdade matemática não se altera ao adicionar, subtrair, multiplicar ou dividir os seus dois membros por um mesmo número e utilizar essa noção para determinar valores desconhecidos na resolução de problemas. • Construção de algoritmo para resolver situações de generalização do padrão de sequências geométricas Construção de retas paralelas e perpendiculares, fazendo uso de réguas, esquadros e softwares (EF06MA23) Construir algoritmo para resolver situações passo a passo (como na construção de dobraduras ou na indicação de deslocamento de um objeto no plano segundo pontos de referência e distâncias fornecidas etc.). • Construção de gráficos de colunas Leitura e interpretação de tabelas e gráficos (de colunas ou barras simples ou múltiplas) referentes a variáveis categóricas e variáveis numéricas (EF06MA31) Identificar as variáveis e suas frequências e os elementos constitutivos (título, eixos, legendas, fontes e datas) em diferentes tipos de gráfico. (EF06MA32) Interpretar e resolver situações que envolvam dados de pesquisas sobre contextos ambientais, sustentabilidade, trânsito, consumo responsável, entre outros, apresentadas pela mídia em tabelas e em diferentes tipos de gráficos e redigir textos escritos com o objetivo de sintetizar conclusões. CAPÍTULO 6 Um pouco de Geometria plana Capítulo Kumi Yamashita. Constellation. 2011. Painel de madeira, tachinhas e linha. 40 cm 3 30 cm. Uma obra de arte que surge de pregos e de linhas – pontos e segmentos de reta – sobre a madeira – plano. A Geometria está no mundo e na imaginação, basta saber olhar para fora e... para dentro de si. A C E R V O D A A R T IS TA – N E W Y O R K 123CAPÍTULO 6 6 Um pouco de Geometria plana Este capítulo amplia e aprofunda os conhecimentos acerca das figuras geométricas planas explo- rados no 5o ano do Ensino Fundamental (EF05MA17), integrantes da Unidade Temática Geometria, e também auxilia na apropriação de conhecimentos que serão abordados no 7o ano, cujos conteúdos relacionam-se a transformações geométricas (EF07MA19). XXXV As atividades desenvolvidas consideram tópicos básicos de Geometria plana, apresentando a ideia dos entes primitivos (ponto, reta e plano), alguns subconjuntos (semirreta e segmento de reta) e algumas relações entre eles (posições relativas de duas retas no plano). Exploram ainda o conceito, a medida e tipos de ângulos, e a construção de retas paralelas e de retas perpendiculares, traçadas com o uso de régua e esquadro e também com o uso de software. Capítulo 6 – Um pouco de Geometria plana Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades • Construção de retas perpendiculares e de retas paralelas Construção de retas paralelas e perpendiculares, fazendo uso de réguas, esquadros e softwares (EF06MA22) Utilizar instrumentos, como réguas e esquadros, ou softwares para representações de retas paralelas e perpendiculares e construção de quadriláteros, entre outros. (EF06MA23) Construir algoritmo para resolver situações passo a passo (como na construção de dobraduras ou na indicação de deslocamento de um objeto no plano segundo pontos de referência e distâncias fornecidas etc.). • Entes primitivos: ponto, reta e plano e suas relações • Posições relativas de duas retas em um plano • Semirreta e segmento de reta • Ângulos e suas medidas • Tipos de ângulos Ângulos: noção, usos e medida (EF06MA25) Reconhecer a abertura do ângulo como grandeza associada às figuras geométricas. (EF06MA26) Resolver problemas que envolvam a noção de ângulo em diferentes contextos e em situações reais, como ângulo de visão. (EF06MA27) Determinar medidas da abertura de ângulos, por meio de transferidor e/ou tecnologias digitais. CAPÍTULO Desprendeu-se na Antártica um dos maiores icebergs já identi�cados pela ciência, informou o relatório divulgado nesta quarta-feira por pesquisadores do Project Midas. O bloco gigante de gelo tem 5,8 mil quilômetros quadrados, 200 metros de espessura e pesa mais de um trilhão de toneladas — equivalente à área do Distrito Federal, no Brasil. O satélite Aqua, dos Estados Unidos, captou o iceberg ao passar próximo à plataforma Larsen C e identi�cou água limpa entre o bloco e o continente. Fonte: ICEBERG do tamanho de Brasília se desprende na Antártica. Gazeta Online, 12 jul. 2017. Disponível em: <http://www.gazetaonline.com.br/noticias/mundo/2017/07/iceberg-do-tamanho-de-brasilia-se-desprende-na- antartica-1014076632.html>. Acesso em: 04 out. 2017. Você sabia que a parte visível de um iceberg corresponde a apenas 10 1 do seu volume e a 7 1 da sua altura? 7 Números racionais na forma de fração Capítulo Plataforma Larsen C, na Antártica, monitorada por satélite. (Foto de 2017.) B R IT IS H A N TA R T IC S U R V E Y /A F P 148 CAPÍTULO 7 7 Números racionais na forma de fração Este capítulo trata de objetos de conhecimento da Unidade Temática Números, amplifica e detalha os conhecimentos tratados no 5o ano do Ensino Fundamental sobre números racionais na forma de fração (EF05MA03, EF05MA04 e EF05MA05), visando preparar o aluno para a continuidade desse estudo no 7o ano (EF07MA08 e EF07MA010). Os conteúdos e atividades propostos exploram, inicialmente, o conceito de número racional na forma de fração por meio da ideia de medida e abordam situações diversas que apresentam o uso de frações em variados contextos, de modo a consolidar e ampliar os conhecimentos construídos anteriormente. Nas situações que apresentam a fração como razão, retoma-se a forma porcentual, aprofundando o cálculo com porcentagens e estimativas em diferentes circunstâncias. Essas situações também abordam de forma mais aguda os conceitos de equivalência e comparação de frações. As Unidades Temáticas Números e Probabilidade e estatística articulam-se em situações que en- volvem análise de informações e interpretação de gráficos de colunas simples e de setores, com dados expressos em porcentagens. http://www.gazetaonline.com.br/noticias/mundo/2017/07/iceberg-do-tamanho-de-brasilia-se-desprende-na-antartica-1014076632.html XXXVI Capítulo 7 – Números racionais na forma de fração Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCCHabilidades • Resolução de problemas que envolvam as ideias de múltiplo e de divisor no contexto de frações equivalentes e simplificação de frações Fluxograma para determinar a paridade de um número natural Múltiplos e divisores de um número natural Números primos e compostos (EF06MA06) Resolver e elaborar problemas que envolvam as ideias de múltiplo e de divisor. • Noção de fração: parte/ todo • Número racional na forma de fração • Leitura e registro de frações • Fração como quociente • Forma mista • Frações equivalentes • Simplificação de frações • Comparações de frações Frações: significados (parte/todo, quociente), equivalência, comparação, adição e subtração; cálculo da fração de um número natural; adição e subtração de frações (EF06MA07) Compreender, comparar e ordenar frações associadas às ideias de partes de inteiros e resultado de divisão, identificando frações equivalentes. (EF06MA08) Reconhecer que os números racionais positivos podem ser expressos nas formas fracionária e decimal, estabelecer relações entre essas representações, passando de uma representação para outra, e relacioná-los a pontos na reta numérica. (EF06MA09) Resolver e elaborar problemas que envolvam o cálculo da fração de uma quantidade e cujo resultado seja um número natural, com e sem uso de calculadora. (EF06MA10) Resolver e elaborar problemas que envolvam adição ou subtração com números racionais positivos na representação fracionária. • Fração como razão • Forma porcentual • Cálculo de porcentagens • Resolução de problemas envolvendo frações e porcentagem Cálculo de porcentagens por meio de estratégias diversas, sem fazer uso da “regra de três” (EF06MA13) Resolver e elaborar problemas que envolvam porcentagens, com base na ideia de proporcionalidade, sem fazer uso da “regra de três”, utilizando estratégias pessoais, cálculo mental e calculadora, em contextos de educação financeira, entre outros. • Resolução de problemas que tratam da partição de um todo em duas partes desiguais Problemas que tratam da partição de um todo em duas partes desiguais, envolvendo razões entre as partes e entre uma das partes e o todo (EF06MA15) Resolver e elaborar problemas que envolvam a partilha de uma quantidade em duas partes desiguais, envolvendo relações aditivas e multiplicativas, bem como a razão entre as partes e entre uma das partes e o todo. • Interpretação de gráficos de colunas e de setores Leitura e interpretação de tabelas e gráficos (de colunas ou barras simples ou múltiplas) referentes a variáveis categóricas e variáveis numéricas (EF06MA31) Identificar as variáveis e suas frequências e os elementos constitutivos (título, eixos, legendas, fontes e datas) em diferentes tipos de gráfico. (EF06MA32) Interpretar e resolver situações que envolvam dados de pesquisas sobre contextos ambientais, sustentabilidade, trânsito, consumo responsável, entre outros, apresentadas pela mídia em tabelas e em diferentes tipos de gráficos e redigir textos escritos com o objetivo de sintetizar conclusões. • Coleta de dados de pesquisa Coleta de dados, organização e registro Construção de diferentes tipos de gráficos para representá-los e interpretação das informações (EF06MA33) Planejar e coletar dados de pesquisa referente a práticas sociais escolhidas pelos alunos e fazer uso de planilhas eletrônicas para registro, representação e interpretação das informações, em tabelas, vários tipos de gráficos e texto. XXXVII CAPÍTULO 176 CAPÍTULO 8 Bioma Caatinga Bioma Pampa Bioma Mata Atlântica Bioma Amazônia Bioma Cerrado Bioma Ambientes Marinhos Bioma Pantanal OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO 50º O EQUADOR 0º TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO Nos estudos sobre o meio ambiente, chama-se bioma o conjunto de sistemas que formam uma comunidade (todos os organismos, animais e vegetais, que habitam um mesmo ambiente) estável e desenvolvida, adaptada às condições naturais de uma região, e geralmente caracte rizada por um tipo principal de vegetação. Este mapa representa os biomas brasileiros de modo simplificado, reunindo-os em sete grandes biomas. 8 Capítulo Elaborado a partir de: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Moderno Atlas Geográfico. 6. ed. São Paulo: Moderna, 2016. BRASIL — DIVISÃO POR BIOMAS S O N IA V A Z S O B R E IM A G E M D E N AT IO N A L O C E A N IC A N D A T M O S P H E R IC A D M IN IS T R AT IO N /S C IE N C E S O U R C E / F O TO A R E N A Operações com números racionais na forma de fração NE LO SE S N NO SO 390 km 8 Operações com números racionais na forma de fração Este capítulo dá continuidade ao estudo de frações, iniciado no capítulo anterior, ao abordar as operações de adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação, com base nas operações com números naturais e as noções de múltiplos e divisores, vinculadas à Unidade Temática Números. As Unidades Temáticas Números e Geometria articulam-se na apresentação da potenciação de frações, na qual se destaca o passo a passo para a obtenção da potência 2 1 3c m . Vinculam-se, ainda, as Unidades Temáticas Números e Probabilidade e estatística por meio do cál- culo de probabilidades expressas na forma de fração e na forma porcentual. Além disso, apresentam-se situações que envolvem dados de pesquisa com gráficos de setores e de barras para serem interpre- tadas e resolvidas. No Manual do Professor – Digital encontram-se sugestões de Planos de desenvolvimento para este bimestre. Neles há uma seleção de objetos de conhecimento, habilidades e práticas pedagógicas a serem utilizados ou adaptados de acordo com a sua realidade ou necessidade para o período. Capítulo 8 – Operações com números racionais na forma de fração Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades • Resolução de problemas que envolvam as ideias de múltiplo e de divisor no contexto de frações equivalentes e simplificação de frações nas operações com frações Fluxograma para determinar a paridade de um número natural Múltiplos e divisores de um número natural Números primos e compostos (EF06MA06) Resolver e elaborar problemas que envolvam as ideias de múltiplo e de divisor. • Adição e subtração com frações de mesmo denominador e com denominadores diferentes • Multiplicação e divisão envolvendo frações • Potenciação envolvendo frações com expoente natural • Expressões numéricas envolvendo frações Frações: significados (parte/todo, quociente), equivalência, comparação, adição e subtração; cálculo da fração de um número natural; adição e subtração de frações (EF06MA07) Compreender, comparar e ordenar frações associadas às ideias de partes de inteiros e resultado de divisão, identificando frações equivalentes. (EF06MA08) Reconhecer que os números racionais positivos podem ser expressos nas formas fracionária e decimal, estabelecer relações entre essas representações, passando de uma representação para outra, e relacioná-los a pontos na reta numérica. (EF06MA09) Resolver e elaborar problemas que envolvam o cálculo da fração de uma quantidade e cujo resultado seja um número natural, com e sem uso de calculadora. (EF06MA10) Resolver e elaborar problemas que envolvam adição ou subtração com números racionais positivos na representação fracionária. • Situações que envolvem operações na forma porcentual • Cálculo de porcentagens Cálculo de porcentagens por meio de estratégias diversas, sem fazer uso da “regra de três” (EF06MA13) Resolver e elaborar problemas que envolvam porcentagens, com base na ideia de proporcionalidade, sem fazer uso da “regra de três”, utilizando estratégias pessoais, cálculo mental e calculadora, em contextos de educação financeira, entre outros. XXXVIII Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades • Situações que tratam da partição de um todo em duas partes desiguais Problemas que tratam da partição deum todo em duas partes desiguais, envolvendo razões entre as partes e entre uma das partes e o todo (EF06MA15) Resolver e elaborar problemas que envolvam a partilha de uma quantidade em duas partes desiguais, envolvendo relações aditivas e multiplicativas, bem como a razão entre as partes e entre uma das partes e o todo. • Construção de algoritmo na resolução de situações passo a passo (como na construção de dobraduras) Construção de retas paralelas e perpendiculares, fazendo uso de réguas, esquadros e softwares (EF06MA23) Construir algoritmo para resolver situações passo a passo (como na construção de dobraduras ou na indicação de deslocamento de um objeto no plano segundo pontos de referência e distâncias fornecidas etc.). • Cálculo de probabilidades Cálculo de probabilidade como a razão entre o número de resultados favoráveis e o total de resultados possíveis em um espaço amostral equiprovável Cálculo de probabilidade por meio de muitas repetições de um experimento (frequências de ocorrências e probabilidade frequentista) (EF06MA30) Calcular a probabilidade de um evento aleatório, expressando-a por número racional (forma fracionária, decimal e percentual) e comparar esse número com a probabilidade obtida por meio de experimentos sucessivos. • Interpretação e resolução de situações com informações apresentadas em gráficos de setores e de barras Leitura e interpretação de tabelas e gráficos (de colunas ou barras simples ou múltiplas) referentes a variáveis categóricas e variáveis numéricas (EF06MA32) Interpretar e resolver situações que envolvam dados de pesquisas sobre contextos ambientais, sustentabilidade, trânsito, consumo responsável, entre outros, apresentadas pela mídia em tabelas e em diferentes tipos de gráficos e redigir textos escritos com o objetivo de sintetizar conclusões. CAPÍTULO Tão sutil, a vírgula, sinal gráfico de pontuação também usado na linguagem numérica, nem sempre tem a sua importância reconhecida. 9 Capítulo Fonte: ABI – 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação. Disponível em: <http://www. abi.org.br/poeta-cria-cordel-inspirado-na-campanha-de-cem-anos-da-abi/>. Acesso em: 31 jul. 2017. Números racionais na forma decimal e operações A vírgula A vírgula pode ser uma pausa… ou não. Não, espere. Não espere. Ela pode sumir com seu dinheiro. 23,4. 2,34. [...] M A R T IN K O N O P K A /E Y E E M /G E T T Y IM A G E S 207CAPÍTULO 9 9 Números racionais na forma decimal e operações Os números racionais na forma decimal foram estudados no 4o e 5o anos do Ensino Fundamental. Neste momento, esses conhecimentos serão expandidos e aprofundados na perspectiva da cons- trução de novos conhecimentos, o que favorece a sua apropriação pelos alunos e os prepara para o detalhamento do estudo desse tema no 7o ano do Ensino Fundamental (EF07MA10, EF07MA11 e EF07MA012). Assim, as atividades abordam conhecimentos relativos à notação decimal dos números racionais positivos, à ampliação do sistema de numeração decimal para as ordens decimais, à ordenação de nú- meros racionais na forma decimal e sua relação com pontos da reta numérica, às operações de adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação com números racionais na forma decimal, ao cálculo de porcentagens na forma decimal e ao uso da calculadora. Nesse caso, as Unidades Temáticas Números e Probabilidade e estatística associam-se em ativi- dades de cálculo de média aritmética e de interpretação de gráfico de duplas colunas. http://www.abi.org.br/poeta-cria-cordel-inspirado-na-campanha-de-cem-anos-da-abi/ XXXIX Capítulo 9 – Números racionais na forma decimal e operações Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades • Números racionais na forma decimal: leitura, escrita, comparação e ordenação • Ampliação do sistema de numeração decimal para as ordens decimais Sistema de numeração decimal: características, leitura, escrita e comparação de números naturais e de números racionais representados na forma decimal (EF06MA01) Comparar, ordenar, ler e escrever números naturais e números racionais cuja representação decimal é finita, fazendo uso da reta numérica. (EF06MA02) Reconhecer o sistema de numeração decimal, como o que prevaleceu no mundo ocidental, e destacar semelhanças e diferenças com outros sistemas, de modo a sistematizar suas principais características (base, valor posicional e função do zero), utilizando, inclusive, a composição e decomposição de números naturais e números racionais em sua representação decimal. • Frações decimais e a representação na forma decimal dos números racionais • Representações decimais equivalentes Frações: significados (parte/todo, quociente), equivalência, comparação, adição e subtração; cálculo da fração de um número natural; adição e subtração de frações (EF06MA07) Compreender, comparar e ordenar frações associadas às ideias de partes de inteiros e resultado de divisão, identificando frações equivalentes. (EF06MA08) Reconhecer que os números racionais positivos podem ser expressos nas formas fracionária e decimal, estabelecer relações entre essas representações, passando de uma representação para outra, e relacioná-los a pontos na reta numérica. (EF06MA10) Resolver e elaborar problemas que envolvam adição ou subtração com números racionais positivos na representação fracionária. • Adição e subtração envolvendo números racionais na forma decimal • Multiplicação e divisão envolvendo números racionais na forma decimal • Potenciação envolvendo números racionais na forma decimal com expoente natural • Expressões numéricas envolvendo números racionais na forma decimal • Representação decimal de frações não decimais Operações (adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação) com números racionais (EF06MA11) Resolver e elaborar problemas com números racionais positivos na representação decimal, envolvendo as quatro operações fundamentais e a potenciação, por meio de estratégias diversas, utilizando estimativas e arredondamentos para verificar a razoabilidade de respostas, com e sem uso de calculadora. • Cálculos aproximados Aproximação de números para múltiplos de potências de 10 (EF06MA12) Fazer estimativas de quantidades e aproximar números para múltiplos da potência de 10 mais próxima. • Cálculo de porcentagens envolvendo números racionais na forma decimal Cálculo de porcentagens por meio de estratégias diversas, sem fazer uso da “regra de três” (EF06MA13) Resolver e elaborar problemas que envolvam porcentagens, com base na ideia de proporcionalidade, sem fazer uso da “regra de três”, utilizando estratégias pessoais, cálculo mental e calculadora, em contextos de educação financeira, entre outros. XL Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades • Interpretação e resolução de situações que envolvam dados de pesquisas apresentados em tabelas e gráficos Leitura e interpretação de tabelas e gráficos (de colunas ou barras simples ou múltiplas) referentes a variáveis categóricas e variáveis numéricas (EF06MA32) Interpretar e resolver situações que envolvam dados de pesquisas sobre contextos ambientais, sustentabilidade, trânsito, consumo responsável, entre outros, apresentadas pela mídia em tabelas e em diferentes tipos de gráficos e redigir textos escritos com o objetivo de sintetizar conclusões. Texto complementar Frações decimais Embora o sistema de numeração posicional hindu já estivesse assentado no século V ou VI, sua extensão às frações decimais só ocorreu um milênio mais tarde. A ideia das frações decimais apareceu primeiro em raízes aproximadas de números irracionais. Por volta do século XII, João de Sevilha acrescentou 2n zeros ao número dado, calculou a raiz quadrada, e tomou esta raiz como o numerador de uma fração cujo denominador era 1 seguido de n zeros. O alemão Adam Riese (1522)deu uma tábua de raízes quadradas, afirmando que, como os números tinham sido multiplicados por 1.000.000, as raízes eram 1.000 vezes maiores. A raiz quadrada de 2 aparece assim como 1.414, embora as partes inteiras e fracionárias figurassem em colunas separadas. Outro alemão, Christoff Rudolff, ao construir uma tábua de juros compostos para um livro em 1530, usou uma barra vertical exatamente como usamos hoje a vírgula decimal. É possível, pelo menos, que a ideia de fração decimal na Europa tenha surgido através dos contatos com o Oriente. O astrônomo persa Jamshid al-Kashi (cerca de 1430) multiplicou 25,07 por 14,3 obtendo 358,501, embora não tivesse usado uma vírgula decimal como tal. Al-Kashi, por sua vez, pode ter sido influenciado pelos chineses e indianos, entre os quais se encontrou um certo emprego sistemático de frações decimais. Em 1579, o francês François Viète (também conhecido como Vieta) publicou um trabalho que incluía o uso sistemático de frações decimais (usando tanto a vírgula como uma barra vertical como separatriz) e uma defesa intensa de sua adoção por todos os matemáticos. Apesar dessas sugestões preliminares, a invenção das frações decimais é atribuída, na maioria das vezes, ao cientista holandês Simon Stevin. Em 1585 Stevin publicou La Disme, um livreto de sete páginas em que explicava as frações decimais e dava regras para sua aplicação às operações aritméticas. A ideia de Stevin foi transmitida à Inglaterra através de uma tradução, em 1608, de La Disme; no continente europeu, o suíço Jobst Bürgi (1592) e o alemão Johann Hartmann Beyer (1603) publicaram tratados sobre decimais. Beyer, inclusive, reivindicou para si a sua invenção. O único aprimoramento significativo introduzido na formulação de Stevin das frações decimais foi quanto à notação. Stevin escrevia 5,912 como 0 1 2 3 5 9 1 2 Ou 5 0 9 1 1 2 2 3 Várias sugestões foram feitas para se separarem as partes inteira e fracionária de um numeral. Alguns autores escreviam 75/321, outros 75321, e outros ainda 75,321. O maior impulso ao uso de frações decimais resultou da invenção dos logaritmos. Embora os primeiros loga- ritmos (publicados por John Napier em 1614) não contivessem frações decimais, elas apareceram na versão inglesa de 1616 com um ponto como separatriz decimal. Em sua Rabdologia, de 1617, em latim, Napier propôs a notação 1993,273 (com a sugestão de um ponto ou uma vírgula), embora ele também usasse 821,2’5” para o atual 821,25. Mesmo hoje, apesar do amplo uso da notação decimal, não há uma forma universalmente aceita para a “separatriz decimal”. Para 3.25 (notação americana) os ingleses escrevem 3 ∙ 25 e os alemães e franceses 3,25. MILLER, Leland; FEY, James. “Frações decimais”. In: DAVIS, Harold T. (Org.). Tópicos de História da Matemática para uso em sala de aula: computação.Trad. Hygino H. Domingues. São Paulo: Atual, 1992. XLI CAPÍTULO 248 CAPÍTULO 10 Wassily Kandinsky (1866-1936) estudou Direito e Economia, mas foi como pintor que se realizou. Em 1895, em visita a uma exposição em Moscou sobre o Impressionismo francês, vê um quadro de Monet que o desperta para a Arte. A sua primeira influência foi a escola impressionista, que o levou a perceber, segundo suas palavras, que a obra de arte não precisava se resumir a imitar a natureza. 10 Polígonos e poliedros Capítulo Wassily Kandinsky. Curva dominante. 1936. Óleo sobre tela. 129,3 cm 3 194,3 cm. C O LE Ç Ã O S O LO M O M R /M U S E U G U G G E N H E IM , N O V A Y O R K 10 Polígonos e poliedros Os conhecimentos desenvolvidos ao longo do 5o ano do Ensino Fundamental acerca de polígonos, plano cartesiano e figuras geométricas não planas são, neste momento, retomados, ampliados e aprofundados. A perspectiva é de que o estudo das características de triângulos e quadriláteros e sua representação no plano cartesiano constitua embasamento necessário a fim de que, durante o 7o ano, os alunos estudem e realizem transformações geométricas de polígonos no plano cartesiano (EF07MA19), entre outros assuntos. Os conceitos e atividades ligados à Unidade Temática Geometria, foco deste capítulo, são abordados em dois momentos. A primeira abordagem trata de tópicos de Geometria plana, situação na qual se desenvolve a ideia de linha poligonal, de modo que os alunos possam ampliar e consolidar a noção de polígono e de seus elementos, promove o reconhecimento, a nomeação, a comparação e a classificação de triângulos e quadriláteros e trata da representação de vértices de polígonos no plano cartesiano. Algumas atividades exploram também a construção de triângulos com o uso de régua, compasso e transferidor e a análise de algumas de suas propriedades. A segunda abordagem insere-se nos estudos de figuras geométricas não planas. Nesse momento, espera-se que os alunos quantifiquem e relacionem o número de vértices, de faces e de arestas de prismas e pirâmides ao polígono que determina suas bases. Algumas das atividades vinculam-se também a outras Unidades Temáticas, caso da seção Para saber mais, que apresenta o tema “Ladrilhamento” e trabalha a noção de área, relativa à Unidade Temática Grandezas e medidas. Já a seção Trabalhando a informação explora o tema “A probabilidade das cores”, situação na qual se trabalha o cálculo de probabilidades, relativo à Unidade Temática Probabilidade e estatística. No Manual do Professor – Digital encontram-se sugestões de Planos de desenvolvimento para este bimestre. Neles há uma seleção de objetos de conhecimento, habilidades e práticas pedagógicas a serem utilizados ou adaptados de acordo com a sua realidade ou necessidade para o período. Capítulo 10 – Polígonos e poliedros Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades • Conceito de par ordenado e sua representação geométrica no plano cartesiano • Localização de vértices de polígonos no plano cartesiano Plano cartesiano: associação dos vértices de um polígono a pares ordenados (EF06MA16) Associar pares ordenados de números a pontos do plano cartesiano do 1o quadrante, em situações como a localização dos vértices de um polígono. • Classificação de poliedros e planificação de sua superfície • Quantificação de vértices, faces e arestas de prismas e pirâmides • Desenvolvimento da percepção espacial Prismas e pirâmides: planificações e relações entre seus elementos (vértices, faces e arestas) (EF06MA17) Quantificar e estabelecer relações entre o número de vértices, faces e arestas de prismas e pirâmides, em função do seu polígono da base, para resolver problemas e desenvolver a percepção espacial. XLII Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades • Conceito e reconhecimento de linhas poligonais e de polígonos • Nomeação e comparação de polígonos considerando seus lados, vértices e ângulos internos • Classificação de polígonos em regulares ou não • Identificação das características de um triângulo e de um quadrilátero • Classificação de triângulos quanto às medidas de seus lados e quanto às medidas de seus ângulos internos • Classificação de quadriláteros quanto ao paralelismo de seus lados Polígonos: classificações quanto ao número de vértices, às medidas de lados e ângulos e ao paralelismo e perpendicularismo dos lados (EF06MA18) Reconhecer, nomear e comparar polígonos, considerando lados, vértices e ângulos, e classificá-los em regulares e não regulares, tanto em suas representações no plano como em faces de poliedros. (EF06MA19) Identificar características dos triângulos e classificá-los em relação às medidas dos lados e dos ângulos. (EF06MA20) Identificar características dos quadriláteros, classificá-los em relação a lados e a ângulos e reconhecer a inclusão e a intersecção de classes entre eles. • Construção de triângulos com o uso de régua, compasso e transferidor e discussão de algumas propriedades Construção de retas paralelas e perpendiculares, fazendo uso de réguas, esquadrose softwares (EF06MA22) Utilizar instrumentos, como réguas e esquadros, ou softwares para representações de retas paralelas e perpendiculares e construção de quadriláteros, entre outros. (EF06MA23) Construir algoritmo para resolver situações passo a passo (como na construção de dobraduras ou na indicação de deslocamento de um objeto no plano segundo pontos de referência e distâncias fornecidas etc.). • Ladrilhamento de superfície poligonal explorando a noção de área Problemas sobre medidas envolvendo grandezas como comprimento, massa, tempo, temperatura, área, capacidade e volume (EF06MA24) Resolver e elaborar problemas que envolvam as grandezas comprimento, massa, tempo, temperatura, área (triângulos e retângulos), capacidade e volume (sólidos formados por blocos retangulares), sem uso de fórmulas, inseridos, sempre que possível, em contextos oriundos de situações reais e/ou relacionadas às outras áreas do conhecimento. • Cálculo da probabilidade de um evento em um experimento aleatório Cálculo de probabilidade como a razão entre o número de resultados favoráveis e o total de resultados possíveis em um espaço amostral equiprovável Cálculo de probabilidade por meio de muitas repetições de um experimento (frequências de ocorrências e probabilidade frequentista) (EF06MA30) Calcular a probabilidade de um evento aleatório, expressando-a por número racional (forma fracionária, decimal e percentual) e comparar esse número com a probabilidade obtida por meio de experimentos sucessivos. • Identificação de variáveis e suas frequências Leitura e interpretação de tabelas e gráficos (de colunas ou barras simples ou múltiplas) referentes a variáveis categóricas e variáveis numéricas (EF06MA31) Identificar as variáveis e suas frequências e os elementos constitutivos (título, eixos, legendas, fontes e datas) em diferentes tipos de gráfico. Texto complementar A Matemática do origami O papel aceita tudo. Isso vale também no contexto do estudo da Matemática do origami? O ditado, aplicado ao ato de escrever, parece ser verdade também quando o computador nos dá os passos de dobradura para che- garmos a uma determinada figura com um pedaço de papel. XLIII Praticado por séculos como atividade lúdica e artística, só recentemente o origami passou a ser atração aca- dêmica como objeto de estudos científicos. “Os pesquisadores foram atraídos provavelmente porque o origami instigou seus talentos matemáticos e científicos”, afirma o matemático Thomas Hull, do Merrimack College, de North Andover, nos Estados Unidos, e editor do “Imagiro”, publicação bimensal sobre origami que tem entre seus autores os mais renomados estudiosos no assunto. “Tudo começou como um hobby para alguns pesquisadores”, continua Hull. Ele conta que começou a prati- car origami aos oito anos de idade. Na pós-graduação, percebeu que poderia estudar a Matemática dessa arte e encontrou vários trabalhos sobre o assunto. De hobby, o origami passou então a ser objeto de estudos matemáticos dos acadêmicos. Eles perceberam que a dobradura poderia ser usada para descrever movimentos e processos na natureza e na ciência, como o batimento das asas de um pássaro ou a deformação da capota de metal de automóveis em colisões. Os estudiosos passaram, então, a desenvolver teoremas para descrever os padrões matemáticos que viam nas dobraduras. Na Matemática, o origami pode ser tratado pela topologia e pela Geometria combinatória. Diferentemente da Geometria, na topologia as figuras podem ser esticadas ou deformadas de seu estado original sem passarem a ser consideradas objetos diferentes, desde que não se faça nenhum buraco ou qualquer remendo nelas. Os especialistas em origami trabalham na construção de algoritmos, que são sequências de passos definidos na solução de um problema, como, por exemplo, o algoritmo da divisão. Para desenvolver esse trabalho, eles recorrem à Geometria combinatória, que permite obter fórmulas computacionais para a construção, por meio de dobraduras, das formas complexas e sofisticadas de origami. Com essas técnicas, eles procuram também obter a melhor sequência de dobradura e o aproveitamento máximo da folha de papel para uma determinada figura que pretendam construir. Ao que tudo indica, qualquer procedimento que o computador fornecer pode ser feito no papel manualmente. O desafio está em fazer o caminho inverso matematicamente. A partir de um origami aberto, com as marcas das dobras, os matemáticos recaem em complicados problemas com polinômios para descobrir, sem dobrar, em que figura um certo padrão de dobradura resultará. Desse modo, o origami tornou-se nas últimas duas décadas inspiração para a busca de soluções de sofisticados problemas matemáticos e tecnológicos. Os especialistas obtiveram bons resultados e esperam aplicar seus estu- dos, por exemplo, a projetos de painéis solares, microcircuitos e até telescópios, que, se pudessem ser dobrados, poderiam ser usados em dispositivos menores que os existentes hoje. Para alguns, o ato de dobrar papel para obter formas conhecidas pode perder seu charme criativo e artístico. Mas os amantes do origami tradicional não precisam recorrer aos passos matemáticos de dobradura para dar a forma que querem a um simples pedaço de papel. KAWANO, Carmen. A Matemática do origami. Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT516776-2680,00.html>. Acesso em: 07 ago. 2018. CAPÍTULO Veja acima informações sobre algumas espécies do maior mamífero do mundo: a baleia. Expressões como 150 toneladas, 50 toneladas, 40 toneladas, 9 tone ladas, 1,3 tone lada, 30 metros, 18 metros, 10 metros, 6 metros representam me didas no Sistema Internacional de Unida des (SI), que estudaremos adiante. 11Comprimentos e áreas Capítulo Comparação entre baleias de diferentes espécies. 0 m 5 m 10 m 15 m 20 m 25 m 30 m IL U S T R A Ç Õ E S : É B E R E V A N G E LI S TA Baleia jubarte Baleia orca Baleia beluga Cachalote Baleia-azul 18 metros 18 metros 10 metros 6 metros 30 metros 150 toneladas 50 toneladas 40 toneladas 9 toneladas 1,3 tonelada 279CAPÍTULO 11 11 Comprimentos e áreas Neste capítulo, serão aprofundados os estudos relativos à Unidade temática Grandezas e medidas envolvendo as grandezas comprimento e área. Levam-se em conta os conhecimentos desenvolvidos no 5o ano do Ensino Fundamental (EF05MA19 e EF05MA20), aportes para a compreensão dos temas aqui tratados, que, por sua vez, visam preparar o aluno para o conhecimento acerca de equivalência de áreas de figuras planas e cálculo de áreas por decomposição (EF07MA31 e EF07MA32), a ser de- senvolvido no 7o ano. Em relação aos conhecimentos que envolvem medidas de comprimento, destacam-se algumas unidades de medida não padronizadas (braçada, cúbito, jarda e polegada), unidades de medida de comprimento do sistema métrico decimal (o metro, seus múltiplos e submúltiplos) e suas relações e cálculo de perímetro de um polígono. Já em relação aos conhecimentos que abrangem medidas de área, destacam-se: a noção de medida de superfície com unidades não padronizadas, o cálculo de áreas de figuras em malhas quadriculadas, a noção de planta baixa, unidades de medida de área do sistema métrico decimal (o metro quadrado, http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT516776-2680,00.html XLIV seus múltiplos e submúltiplos) e suas relações, medidas agrárias, o cálculo da área de superfícies re- tangulares e, em particular, de superfícies quadradas por meio de uma relação envolvendo medidas de seus lados. Faz-se ainda análise e descrição de mudanças que ocorrem no perímetro e na área de um quadrado ao ampliar ou reduzir igualmente as medidas de seus lados, buscando o entendimento de que o perímetro é proporcional à medida do lado, o que não ocorre com a área. A Unidade Temática Números também está presente neste capítulo, com atividades que abordam estimativas de áreas e cálculo de porcentagens. A conexão coma Unidade Temática Geometria se concretiza por meio de atividades que promovem o reconhecimento de que perímetro e área são grandezas associadas a figuras geométricas planas, em particular, a polígonos. A leitura e a interpretação de dados apresentados em tabela, em gráfico de colunas e em gráfico de setores estão presentes nas atividades que tratam sobre a Unidade Temática Probabilidade e esta- tística. Ressaltamos que tais conhecimentos representam a ampliação daqueles abordados no 5o ano do Ensino Fundamental, relativos à análise de dados apresentados em tabela e gráfico, e que serão necessários para a construção de futuros conhecimentos relacionados ao planejamento e à realização de pesquisa, interpretação de dados para comunicá-los por meio de relatório escrito, tabelas e gráficos, além de interpretação e análise de dados apresentados em gráficos de setores, conhecimentos a serem tratados no 7o ano (EF07MA36 e EF07MA37). Capítulo 11 – Comprimentos e áreas Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades • Estimativas de áreas Aproximação de números para múltiplos de potências de 10 (EF06MA12) Fazer estimativas de quantidades e aproximar números para múltiplos da potência de 10 mais próxima. • Resolução de problemas envolvendo porcentagens e áreas Cálculo de porcentagens por meio de estratégias diversas, sem fazer uso da “regra de três” (EF06MA13) Resolver e elaborar problemas que envolvam porcentagens, com base na ideia de proporcionalidade, sem fazer uso da “regra de três”, utilizando estratégias pessoais, cálculo mental e calculadora, em contextos de educação financeira, entre outros. • Resolução e elaboração de problemas que envolvam medidas de comprimento e medidas de superfície • Reconhecimento das relações entre unidades de medida de comprimento e de área Problemas sobre medidas envolvendo grandezas como comprimento, massa, tempo, temperatura, área, capacidade e volume (EF06MA24) Resolver e elaborar problemas que envolvam as grandezas comprimento, massa, tempo, temperatura, área (triângulos e retângulos), capacidade e volume (sólidos formados por blocos retangulares), sem uso de fórmulas, inseridos, sempre que possível, em contextos oriundos de situações reais e/ou relacionadas às outras áreas do conhecimento. • Interpretação, descrição e desenho de plantas baixas Plantas baixas e vistas aéreas (EF06MA28) Interpretar, descrever e desenhar plantas baixas simples de residências e vistas aéreas. • Análise e descrição da variação de perímetro e área em relação às medidas dos lados de um quadrado ou com base nele Perímetro de um quadrado como grandeza proporcional à medida do lado (EF06MA29) Analisar e descrever mudanças que ocorrem no perímetro e na área de um quadrado ao se ampliarem ou reduzirem, igualmente, as medidas de seus lados, para compreender que o perímetro é proporcional à medida do lado, o que não ocorre com a área. • Interpretação e resolução de situações que envolvam dados de pesquisa expressos por tabelas e gráficos Leitura e interpretação de tabelas e gráficos (de colunas ou barras simples ou múltiplas) referentes a variáveis categóricas e variáveis numéricas (EF06MA32) Interpretar e resolver situações que envolvam dados de pesquisas sobre contextos ambientais, sustentabilidade, trânsito, consumo responsável, entre outros, apresentadas pela mídia em tabelas e em diferentes tipos de gráficos e redigir textos escritos com o objetivo de sintetizar conclusões. XLV Texto complementar Medidas na carta de Caminha Muitas passagens da carta de Pero Vaz de Caminha citam distâncias medidas em léguas ou em braças, uni- dades que hoje não se usam mais, a não ser em um sentido bastante impreciso. Vamos tentar entender o que representam essas medidas. O sistema de pesos e medidas usado em Portugal à época do descobrimento, e posteriormente no Brasil, no tempo colonial, apresentava sérios inconvenientes: não era uniforme de região para região, mudava segundo o tempo e as circunstâncias e, além disso, as subdivisões eram numerosas e irregulares, tornando os cálculos trabalhosos e imprecisos. A tabela seguinte dá uma ideia da variedade de unidades de medida usadas antigamente para distâncias (as igualdades devem ser entendidas sempre como aproximações): 1 polegada 2,54 cm 1 pé 12 polegadas 30,48 cm 1 passo 5 pés 1,52 m 1 palmo 8 polegadas 20,32 cm 1 estádio 125 passos 190 m 1 toesa 9 palmos 1,83 m 1 vara 5 palmos 1,02 m 1 jarda 4 palmos 81 cm 1 côvado 3 palmos 61 cm 1 corda 15 palmos 3,05 m 1 braça brasileira 2,2 m 1 milha brasileira 1.000 braças 2.200 m 1 légua brasileira 3.000 braças 6.600 m Qual era a légua mencionada na carta de Caminha? A braça brasileira é citada no dicionário Aurélio e equi- vale a 2,2 m, enquanto no sistema inglês a braça equivale a 1,8 m. Uma légua é definida no mesmo dicionário como sendo uma medida itinerária igual a 6.000 m. Entretanto, uma légua de sesmaria corresponde a 3.000 braças, o que significa 6.600 m. Essas são medidas comumente empregadas para medir distâncias terrestres. Provavelmente, a légua citada na carta de Caminha era a légua marítima, que ainda diferia da légua terrestre. Considerando a necessidade de uma uniformização, o rei da França, Luís XVI, em maio de 1790, decretou a criação de uma comissão para estabelecer um sistema padronizado de pesos e medidas. A comissão, formada por membros da Academia de Ciências de Paris, decidiu tomar como referência para as medidas de distância o comprimento de um meridiano terrestre. Assim, foi definido o metro como sendo o comprimento do meridiano terrestre, dividido por 40.000.000. O comprimento do meridiano foi estabelecido a partir de medições feitas em arcos do meridiano de Paris, entre a torre de Dunquerque e a cidade de Barcelona, comparadas com medições feitas anteriormente no Peru. Foi então construído um padrão para o metro, feito de platina e cuidadosamente guardado, em 1799, no prédio dos Arquivos do Estado, em Paris. Assim nasceu o atual sistema métrico decimal, no qual as subdivisões e os múltiplos do metro são feitos de 10 em 10: temos portanto o centímetro, o decímetro, o milímetro, bem como os múltiplos do metro, como o decâmetro, o hectômetro e o quilômetro. Atualmente as crescentes necessidades tecnológicas exigem um padrão mais preciso e facilmente reprodu- tível. O metro é hoje definido como sendo o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo durante um intervalo de tempo de 1 299.792.456 de segundo. Mas voltemos ao tempo do descobrimento do Brasil. Como já mencionamos, a légua a que se refere Caminha em sua carta é, provavelmente, a légua marítima, cuja definição também variava de lugar para lugar e de navegador para navegador. No século XVI, considerava-se que um grau do meridiano terrestre XLVI correspondia a um certo número de léguas, que alguns navegadores diziam ser 16,7; enquanto outros diziam que era 18 ou mesmo 17,5. Se o meridiano terrestre mede 40.000.000 m, dividindo esta quantia por 360 teremos que um grau do meridiano equivale a aproximadamente 111.111 m. Admitindo que um grau corresponde a 18 léguas, isso nos dá a medida 1 légua marítima 5 6.173 m No entanto, os registros desses padrões são tão imprecisos, que é possível encontrar documentos atribuindo para a légua marítima o equivalente a 5.555 m. A milha marítima é talvez a única dessas unidades extravagantes que deverá permanecer sendo usada. Ela é hoje definida como valendo 1.852 m, o que a torna igual ao comprimento de um arco de 1 minuto do meri- diano terrestre, ou seja, 1 21.600 do comprimento do meridiano. Em navegação, posições são determinadas por ân gulos (latitude e longitude), o que torna extremamente cômodo adotar como unidade de distância o comprimento de um arco de ângulo central unitário. Aliás, foi algo parecido com isso que os matemáticos fizeram ao adotar o radiano. Felizmente, na atualidade, quase todos os países do mundoadotam o sistema métrico decimal. No Brasil, a lei de 26 de junho de 1862 e o decreto número 5.089 de 18 de setembro de 1872 tornaram o sistema métrico decimal obrigatório a partir de 1o de janeiro de 1874. Observações 1. As definições das unidades legais de medidas no Brasil são feitas pelo Conselho Nacional de Metrologia, Norma- lização e Qualidade Industrial – Conmetro. 2. O autor pede para citar seus colegas Nilton Lapa (SP) e Maria Inês V. Faria (MG), com os quais desenvolveu a ativi- dade que deu origem a este trabalho. COELHO, Mozart Cavazza P. “Medidas na carta de Caminha”. Revista do professor de Matemática. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Matemática, no 36. 1998. CAPÍTULO Podemos dizer que uma das coisas que diferencia o ser humano de outros animais é a sua habilidade para medir. Medir implica comparar objetos da mesma grandeza. Na verdade, estamos o tempo todo medindo. E, por falar em tempo, podemos obter as horas do dia por meio do comprimento da sombra na superfície de um relógio de sol. 12Outras unidades de medida Capítulo Relógio de sol na Nova Zelândia. (Foto de 2012.) E A S Y F O TO S TO C K /E A S Y P IX B R A S IL 309CAPÍTULO 12 12 Outras unidades de medida Os conhecimentos abordados neste capítulo também se referem à Unidade Temática Grandezas e medidas, oportunidade para desenvolver as ideias que envolvem medidas de tempo, de volume, de capacidade e de massa. As conexões com outras Unidades Temáticas, no entanto, estão presentes nas diversas atividades propostas que compreendem medidas. A relação com a Unidade Temática Números se dá ao observar que os conhecimentos construídos sobre números racionais (seja na forma de fração ou decimal) permitem a resolução e a elaboração de problemas envolvendo grandezas e medidas como volume, capacidade e massa, com recurso a trans- formações entre unidades de medida. A conexão com a Unidade Temática Álgebra aparece quando aplicamos as propriedades da igual- dade em atividades que envolvem medidas de massa, por meio da análise de balança de dois pratos. O vínculo com a Unidade Temática Geometria ocorre por meio de atividades que promovem o reco- nhecimento do volume como grandeza associada a figuras geométricas não planas. A conexão com a Unidade Temática Probabilidade e estatística se efetiva por meio de atividades de resolução de situações que apresentam dados de pesquisa e organização dos dados coletados em tabela e interpretação de gráfico de colunas. Além disso, conhecimentos apreendidos pelos alunos ao longo do 5o ano do Ensino Fundamental relativos a grandezas e medidas favorecem a construção de novos conhecimentos, como os deste capí- XLVII tulo. Da mesma maneira, esses novos conhecimentos serão alicerces para outros, relativos à resolução e à elaboração de problemas envolvendo as mesmas grandezas, inseridos em variados contextos, a serem construídos durante o 7o ano. Capítulo 12 – Outras unidades de medida Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades • Resolução de problemas envolvendo medidas e frações Frações: significados (parte/todo, quociente), equivalência, comparação, adição e subtração; cálculo da fração de um número natural; adição e subtração de frações (EF06MA09) Resolver e elaborar problemas que envolvam o cálculo da fração de uma quantidade e cujo resultado seja um número natural, com e sem uso de calculadora. • Resolução de problemas envolvendo medidas e números racionais na forma decimal Operações (adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação) com números racionais (EF06MA11) Resolver e elaborar problemas com números racionais positivos na representação decimal, envolvendo as quatro operações fundamentais e a potenciação, por meio de estratégias diversas, utilizando estimativas e arredondamentos para verificar a razoabilidade de respostas, com e sem uso de calculadora. • Resolução de situações que envolvem estimativas e medidas Aproximação de números para múltiplos de potências de 10 (EF06MA12) Fazer estimativas de quantidades e aproximar números para múltiplos da potência de 10 mais próxima. • Reconhecimento das propriedades de uma igualdade Propriedades da igualdade (EF06MA14) Reconhecer que a relação de igualdade matemática não se altera ao adicionar, subtrair, multiplicar ou dividir os seus dois membros por um mesmo número e utilizar essa noção para determinar valores desconhecidos na resolução de problemas. • Resolução e elaboração de problemas que envolvam as grandezas tempo, volume, capacidade e massa • Reconhecimento das relações entre unidades de medidas para cada grandeza estudada Problemas sobre medidas envolvendo grandezas como comprimento, massa, tempo, temperatura, área, capacidade e volume (EF06MA24) Resolver e elaborar problemas que envolvam as grandezas comprimento, massa, tempo, temperatura, área (triângulos e retângulos), capacidade e volume (sólidos formados por blocos retangulares), sem uso de fórmulas, inseridos, sempre que possível, em contextos oriundos de situações reais e/ou relacionadas às outras áreas do conhecimento. • Interpretação de gráficos de colunas Leitura e interpretação de tabelas e gráficos (de colunas ou barras simples ou múltiplas) referentes a variáveis categóricas e variáveis numéricas (EF06MA32) Interpretar e resolver situações que envolvam dados de pesquisas sobre contextos ambientais, sustentabilidade, trânsito, consumo responsável, entre outros, apresentadas pela mídia em tabelas e em diferentes tipos de gráficos e redigir textos escritos com o objetivo de sintetizar conclusões. • Organização de dados coletados por meio de pesquisa em uma tabela Coleta de dados, organização e registro Construção de diferentes tipos de gráficos para representá-los e interpretação das informações (EF06MA33) Planejar e coletar dados de pesquisa referente a práticas sociais escolhidas pelos alunos e fazer uso de planilhas eletrônicas para registro, representação e interpretação das informações, em tabelas, vários tipos de gráficos e texto. XLVIII Capítulo 1 Sistemas de numeração 1. O ábaco Segundo os historiadores, os ábacos surgiram milhares de anos antes da era cristã. Esses instrumentos foram inventa- dos para ajudar as pessoas a resolver alguns de seus proble- mas de contagem e realizar operações. Os mais antigos ábacos eram formados por sulcos feitos na areia, nos quais eram colocadas pedrinhas conforme a figura abaixo. De acordo com a quantidade de pedrinhas nos sulcos, tinha-se a representação de um número. Representação de um número por meio de pedras colocadas em sulcos na areia. Com o tempo, surgiram outros tipos de ábaco. Veja alguns deles: Ábaco russo Suan pan, ábaco chinês Soroban, ábaco japonês É B E R E V A N G E LI S TA IL U S T R A Ç Õ E S : P A U LO M A N Z I Observe agora como efetuar contagens com o auxílio de um ábaco constituído de cinco fios de arame verticais. A cada uni- dade a ser contada, coloca-se uma conta no 1o fio (o da direita). Ao completar dez contas nesse fio, estas são substituídas por uma única conta, que é colocada no 2o fio. Então, cada conta do 2o fio vale 10 vezes mais do que uma conta do 1o fio. Esse procedimento se repete até que o 2o fio tenha dez contas, que são, então, substituídas por uma única conta, colocada no 3o fio. Assim, cada conta do 3o fio vale 10 vezes mais do que uma conta do 2o fio, e assim por diante. No ábaco, cada fio representa uma ordem. O 1o fio representa a ordem das unidades simples (U), o 2o, a ordem das dezenas (D), o 3o, a ordem das centenas (C), o 4o, a ordem das unidades de milhar (UM) etc. Por exemplo, neste ábaco está representado o número 52.423: Solicite aos alunos que construam um ábaco seguindo as instruções e, depois, respondam às questões. Material necessário • 6 copos descartáveis • um pedaço de cartolina • 60 palitos de sorvete (podem ser substituídos por palitos dechurrasco de tamanhos iguais) ILU S T R A Ç Õ E S : P A U LO M A N Z I SUGESTÕES DE ATIVIDADES XLIX Instruções Após colar os 6 copos na cartolina, como mostrado na figura abaixo, coloquem os palitos de sorvete dentro dos copos para representar o número desejado. Com o ábaco pronto, resolvam as questões a seguir e regis- trem as respostas no caderno. a) Como representar os números 521 e 125? De que modo as representações desses números se diferenciam? b) Qual é o maior número com algarismos diferentes que vocês podem representar em seu ábaco? c) Qual é o maior número que vocês podem representar nesse ábaco? d) Como representar o número 101? Respostas: a) Espera-se que os alunos expliquem que, apesar de usarem a mesma quantidade de palitos nas duas repre- sentações, estas se diferenciam porque, para representar o número 521, usaram 5 palitos no copo das centenas, 2 no das dezenas e 1 no das unidades simples e, na representação do número 125, usaram 1 palito no copo das centenas, 2 no das dezenas e 5 no das unidades simples; b) 987.654; c) 999.999; d) 1 palito no copo das centenas e 1 no copo das unidades simples. O copo vazio, o das dezenas, representa o zero. 2. Um extraterrestre chega à Terra vindo de uma galáxia próxima. Sua missão é obter informações sobre nossos conhecimentos matemáticos. Superando as dificuldades da língua, o extra- terrestre está interessado, entre outras coisas, no nosso sistema de numeração. Após a explicação de como funciona o nosso sistema de numeração, o extraterrestre exclama: “Ah! O sistema de numeração que vocês usam na Terra tem muitas características iguais às do nosso sistema, a única diferença é que usamos apenas quatro símbolos: o zero (♠), o um (♣), o dois (♥) e o três (♦)”. a) Como os extraterrestres escrevem os números de 1 a 10? b) Quais são as características comuns a esses sistemas? Respostas: a) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 b) São sistemas posicionais e possuem um símbolo para representar o zero. 3. Uma comunidade científica de um país, depois de muita pes- quisa, decidiu alterar a quantidade de símbolos do sistema de numeração que utilizam. As novas propostas incluem o uso de apenas sete algarismos (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6) ou a utilização de doze algarismos, com a introdução de dois novos (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, a, b). Como poderíamos escrever os números de 1 a 16 nesses novos sistemas de numeração? JO S É L U ÍS J U H A S N E LS O N M AT S U D A Resposta: Base 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Base 7 1 2 3 4 5 6 10 11 12 13 14 15 16 20 21 22 Base 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 a b 10 11 12 13 14 4. Reúna-se com um colega e criem um novo sistema de nume- ração. a) Quais são as características que vocês precisam definir para esse novo sistema? b) Escrevam os números de 1 a 20 com o sistema de numera- ção criado por vocês e troquem com os de outros colegas. Tentem descobrir quais são as características dos sistemas de numeração criados pelos colegas. Respostas: a) Espera-se que os alunos percebam que pre- cisarão definir a quantidade de símbolos do seu sistema, os respectivos símbolos, se terá um símbolo para o zero ou não e se será posicional ou aditivo; b) Respostas pessoais. Números naturais 1. Complete os quadros corretamente. a) 100 antecessor par: sucessor par: b) antecessor ímpar: 499 sucessor ímpar: Respostas: a) O antecessor par de 100 é 98, e o sucessor é 102; b) Respostas possíveis: 501 é um número cujo ante- cessor ímpar é 499; o sucessor ímpar de 501 é 503. O 500 é um número cujo antecessor ímpar é 499; o sucessor ímpar de 500 é 501. Pode-se pedir aos alunos que apresentem a sequência dos números naturais pares (0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, ...) e a dos números naturais ímpares (1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, 15, 17, ...). 2. Quebra-cabeça numérico Coloque dentro dos círculos números de 1 a 10, de modo que dois números consecutivos não sejam vizinhos. F E R N A N D O J O S É F E R R E IR A LL Respostas possíveis: 9 4 6 17 8 2 3 5 10 2 7 5 94 3 10 6 1 8 Estimule os alunos a registrarem a estratégia utilizada para a realização da atividade. Capítulo 2 Adição, subtração e expressões numéricas 1. A prefeitura de uma cidade decidiu fazer um processo de arborização e plantou 45 mudas de ipê-amarelo e 38 mudas de pau-brasil. a) Para saber quantas mudas de árvores foram plantadas nessa cidade, o que devemos fazer? b) Quantas mudas foram plantadas? Respostas: a) Devemos juntar as duas quantidades de mudas, efetuando uma adição: 45 1 38 5 83; b) 83 mudas. 2. Uma grande indústria possuía 846 funcionários. Houve uma ampliação de suas instalações e foram contratados outros 328 funcionários. a) Para saber quantos funcionários essa indústria passou a ter após as novas contratações, o que devemos fazer? b) Quantos funcionários a indústria passou a ter? Respostas: a) Devemos acrescentar a quantidade de funcionários contratados ao número de funcionários que a indústria já tinha, efetuando uma adição: 846 1 328 5 5 1.174; b) 1.174 funcionários. IL U S T R A Ç Õ E S : F E R N A N D O J O S É F E R R E IR A 3. Uma prova de atletismo entre escolas foi disputada por alunos de 11 a 13 anos. Cada escola inscreveu uma equipe com quatro alunos. O primeiro atleta correu 400 metros e entregou um bastão ao segundo atleta. Este correu 200 metros mais que o primeiro e entregou o bastão ao terceiro. Este correu 100 metros mais que o segundo e entregou o bastão ao quarto, que correu 50 metros mais que o terceiro. a) Quantos metros correu o quarto atleta? b) Quantos metros tinha toda a prova? Respostas: a) 750 metros; b) 2.450 metros. 4. Uma tartaruga percorreu 3 quilômetros em um dia. Em cada um dos dias seguintes, em seu percurso acrescentou 2 quilômetros ao que havia andado no dia anterior. Assim, ela levou 4 dias para chegar a seu destino. Descubra a distância, em quilômetro, que a tartaruga percorreu para chegar ao seu destino. Podem-se explorar as diferentes formas de registro de quanti- dades que se inter-relacionam. A situação apresentada exige que os alunos percebam a existência de uma relação entre quanto a tartaruga se movimenta por dia e quanto se mo- vimentou no dia anterior. Na busca da solução, é importante que o aluno faça algum registro que possibilite visualizar e calcular essa relação organizando as informações contidas no enunciado. Entre os tipos de registro, destacamos, a seguir, dois. Esquema: 1o dia 2o dia 3o dia 3 3 1 2 3 1 2 1 2 4o dia 3 1 2 1 2 1 2 Tabela: Percurso da tartaruga Distância (em km) 1o dia 3 2o dia 3 1 2 5 5 3o dia 5 1 2 5 7 4o dia 7 1 2 5 9 Total 3 1 5 1 7 1 9 5 24 Logo, o total percorrido pela tartaruga é: 3 1 3 1 2 1 3 1 2 1 2 1 3 1 2 1 2 1 2 5 24 (24 quilômetros). 5. Uma calculadora está com algumas teclas quebradas, conforme mostra a figura abaixo. D A N IL LO S O U Z A N E LS O N M AT S U D A L Com apenas os recursos disponíveis, descubra quais teclas você deve usar para que apareçam no visor os números pedidos: a) 11 b) 70 c) 60 d) 67 e) 143 Exemplos de respostas: 31 27 7 5 337 2 5 7373 1 2 27 7 5 337 2 2 3 5 737 1 3 2 3 5 A atividade supõe uma calculadora quebrada, em que só funcionam algumas teclas. Os alunos podem chegar aos resultados por diferentes caminhos. Por exemplo, para chegar a 11, eles podem fazer 7 1 7 2 3 ou 77 2 33 2 33, dentre inúmeras outras possibilidades. É importante incen- tivar o diálogo entre os alunos para troca de experiências e descoberta de outras estratégias de resolução. Também é possível utilizar calculadoras, orientando os alunos a usar somente as teclas citadas. 6. Somente oitos Usando apenas 8 oitos, encontre as parcelas de uma adição que resulte no número 1.000. Exemplo de resposta: 888 1 88 1 8 1 8 1 8 5 1.000 7. No quadro a seguir, estão os resultados que Laura e Guilherme obtiveram para as três expressões abaixo. 1a) 108 1 32 2 50 1 26 2a) 1.725 2 762 1 506 21.469 3a) 170 2 34 2 34 2 34 2 34 1a 2a 3a Laura 116 0 0 Guilherme 126 0 34 Quais expressões Laura acertou? E quais expressões Guilher- me errou? Respostas: Laura acertou a 1a e a 2a expressão. Guilherme errou apenas a 1a. Antes de os alunos efetuarem os cálculos escritos para veri- ficar se Laura e Guilherme chegaram às respostas corretas, eles devem ser incentivados a estimar resultados, especial- mente nas expressões em que os personagens encontraram resultados distintos. IL U S T R A Ç Õ E S : N E LS O N M AT S U D A Explorando gráficos e tabelas 1. Solicite aos alunos que realizem a atividade em grupos de 3 ou 4. O objetivo é organizar dados numéricos por meio de gráficos. Material necessário Recortes de jornais e revistas ou páginas de internet pre- viamente selecionados pelo professor. Devem conter dados numéricos interessantes, que podem estar em tabelas, textos ou gráficos. Desenvolvimento 1a etapa Organize a turma em grupos de 3 ou 4 alunos e exponha o objetivo do trabalho: cada grupo receberá uma diversidade de recortes com dados numéricos que não podem ser vistos pelos outros grupos, pois a ideia é fazer uma apresentação desses dados sem que os outros alunos conheçam as “fontes originais”. Com esses recortes, o grupo deverá selecionar os temas que mais interessam. 2a etapa A partir da seleção dos recortes, os alunos devem ler com cuidado todas as informações ali contidas e conversar com os colegas de grupo sobre o que entenderam e o que acha- ram daqueles números, lembrando sempre que são números associados a situações reais. Alguém do grupo deve fazer as anotações dessas explicações, que serão inseridas na “apresentação” final. 3a etapa Chegou o momento de escolher como aqueles dados serão apresentados aos outros colegas, destacando que não se pode usar apenas uma cópia daquilo que receberam. Por exemplo, se eles selecionaram uma tabela de dados, poderão fazer um gráfico que tenha aqueles dados; se selecionaram um gráfico de colunas, podem transformá-lo em um gráfico de barras e assim por diante. 4a etapa Neste momento, faça uma primeira avaliação questionando os alunos se as representações construídas estão completas. Eles devem estar atentos especialmente a: • títulos; • legendas; • valores e escalas. 5a etapa Retoques e ajustes finais antes de apresentar aos demais colegas. É o momento de verificar também a estética do trabalho. Final Apresentação de cartazes com os dados e as conclusões. No verso de cada cartaz devem estar colados os recortes que deram origem às representações. LI LIILII Multiplicação e divisão 1. Em um tanque havia 2.400 litros de água. Dele foram retirados 12 baldes com 18 litros cada um. Abriu-se, então, uma torneira que derrama 32 litros de água por minuto até que o tanque ficasse totalmente cheio, isto é, com 5.000 litros. a) Durante quantos minutos a torneira ficou aberta? b) Sabendo que 1 hora é igual a 60 minutos, determine quan- tas horas e quantos minutos essa torneira ficou aberta. Respostas: a) 88 minutos; b) 1 hora e 28 minutos. A resolução desta questão exige muito mais que a realização de simples multiplicações e divisões, pois os alunos terão de lidar com diferentes grandezas (capacidade e tempo), esta- belecendo relações de proporcionalidade. Além disso, no caso da grandeza tempo, farão relações entre duas unidades de tempo muito usuais: hora e minuto. Por isso, é interessante reservar um tempo maior para discutir coletivamente a re- solução, buscando sanar todas as dúvidas a esse respeito. 2. Veja como Ana fez para dividir 46 por 8: 46 9 8 5 8 8 5 40 6 8 8 5 48 46 é maior que 40 e menor que 48. Logo, 46 dividido por 8 dá 5 com resto 6. Utilize o procedimento de Ana e calcule mentalmente: a) 29 9 3 b) 41 9 7 c) 66 9 8 d) 83 9 9 Respostas: a) quociente 9 e resto 2; b) quociente 5 e resto 6; c) quociente 8 e resto 2; d) quociente 9 e resto 2. Expressões numéricas 1. Brigite lançou o seguinte desafio a Bruno: Escreva uma ex- pressão numérica que tenha como resultado 32, utilizando apenas os números 3 e 7 e as operações: adição, subtração e multiplicação. Bruno pensou um pouco e apresentou esta expressão: (7 2 3) 8 [(7 2 3) 1 (7 2 3)] a) Bruno acertou? b) Usando os números 3 e 7, invente uma expressão que tenha como resultado 24. Respostas: a) sim; b) Exemplo de resposta: 3 1 3 8 7. Essa questão dá a oportunidade aos alunos de desenvolve- rem a escrita matemática. Proponha a tarefa em pequenos grupos e socialize as soluções obtidas para o item b . 2. Calcule o valor destas expressões: a) 7 8 23 2 22 8 5 b) 16 8 32 2 62 8 9 c) 112 2 (68 1 72) d) 825 ( 196 2 )2 3 Respostas: a) 36; b) 24; c) 4; d) 30. O cálculo do valor das expressões exige dos alunos a mobi- lização de diversos conhecimentos a respeito dos números e das operações. Sabemos que, nesses cálculos, um peque- no deslize levará a um resultado incorreto. Na correção do exercício, pode-se pedir aos alunos que, após a resolução individual, formem duplas e comparem os resultados; no caso de eles não coincidirem, tendo em vista que só há uma resposta possível, devem detectar o erro. Em seguida, revele a resposta final, e as duplas devem empreender nova conferência; em caso de discordância com suas respostas, devem retomar cada passo da resolução, para encontrar o “erro” cometido. Para finalizar, um aluno pode resolver uma expressão na lousa, fazendo os registros de cada passo. Capítulo 3 Ampliação 1. Apresente a figura abaixo para os alunos e peça a eles que determinem o comprimento do lado do quadradinho da nova malha para que a figura seja ampliada em 4 vezes. Resposta: Como o quadradinho que compõe a malha da figu- ra original tem comprimento de meio centímetro, espera-se que os alunos percebam que, para fazer uma ampliação de 4 vezes, cada lado do quadradinho da nova malha deverá ter 2 centímetros de comprimento (4 vezes o comprimento do lado do quadradinho da malha da figura original). Capítulo 4 Múltiplos e divisores 1. Jogo produto secreto Número de participantes: 2 jogadores (o desafiante e o descobridor) N E LS O N M AT S U D A LII Regras • Chame um amigo e decidam no par ou ímpar quem começa o jogo. • O 1o jogador (o desafiante) escolhe um número natural de 1 a 100 e o decompõe em dois fatores, para o outro joga- dor descobrir a multiplicação formada; escreve num papel e guarda. • O descobridor tenta encontrar esse produto e os dois fato- res, registrando no caderno suas tentativas. • Para cada palpite, o desafiante indica os acertos e dá dicas sobre os demais valores: diz se o produto e cada fator são maiores ou menores que os escolhidos. • Utilizando as dicas, o descobridor vai fazendo as tentativas até encontrar a multiplicação escolhida. • Depois, invertem-se as posições. • Vence o jogo quem descobre o produto no menor número de tentativas. Questões para que os alunos respondam pensando na es- trutura do jogo: a) O descobridor sabe que o 2 não é um dos fatores. Ele pode afirmar que o produto escolhido pelo desafiante não é um número par? Por quê? b) O descobridor já acertou um dos fatores. O que ele pode afirmar sobre o produto procurado? Respostas: a) Não, pois existem números pares que podem ser escritos como produto de dois fatores diferentes do número 2; b) O produto procurado é um múltiplo do fator já conhecido. Divisibilidade 1. Observando o esquema, responda às questões a seguir. JO S É L U IS J U H A S a) Depois de caminhar pela trajetória correta, em que lugar deve ficar cada número de 1 a 20: A, B, C, ou D? b) Os números que ficam em A, além de serem pares e divisí- veis por 3, são divisíveis por quais números? Respostas: a) A " 6, 12 e 18; B " 2, 4, 8, 10, 14, 16 e 20; C " 3, 9 e 15; D " 1, 5, 7, 11, 13, 17 e 19; b) Por 2 e 6. Esse exercício oferece aos alunos mais uma oportunidade de refletirem a respeito dos critérios de divisibilidade por 2, 3e 6, buscando a relação entre eles. A experimentação que farão com os números de 1 a 20 será significativa para a generali- zação de suas observações. Máximo divisor comum 1. Em uma classe há 28 meninos e 21 meninas. A professora quer formar grupos só de meninas ou só de meninos, com a mesma quantidade de alunos e com a maior quantidade possível. a) Quantos alunos terá cada um desses grupos? b) Quantos grupos de meninas podem ser formados? c) E quantos grupos de meninos? Respostas: a) 7 alunos; b) 3 grupos; c) 4 grupos. Em situações-problema que podem ser resolvidas pelo cál- culo do máximo divisor comum, como a apresentada nessa questão, é preciso ficar atento às respostas dos alunos, pois, mesmo quando realizam o cálculo adequadamente, nem sempre conseguem responder às questões propostas. Os itens b e c, por exemplo, só poderão ser respondidos corre- tamente se os alunos interpretarem de maneira adequada o mdc encontrado em a. Mínimo múltiplo comum 1. Em certo país, as eleições para presidente ocorrem a cada 4 anos, e para senador, a cada 8 anos. Em 2014, essas eleições coincidiram. Determine os anos das quatro próximas vezes em que elas voltarão a coincidir. Resposta: 2022, 2030, 2038, 2046 Espera-se que os alunos percebam que a quantidade de anos que se passa entre um dado ano e o próximo em que essas eleições coincidem é o menor múltiplo comum (não nulo) entre 4 e 8, ou seja, a partir de um ano em que houve essa coincidência (2014), ela ocorrerá de 8 em 8 anos. Capítulo 5 Variáveis, generalizações e sequências 1. Descubra o segredo da tabela e complete-a. X 27 59 74 92 44 87 35 Y 9 14 8 Resolução: Os números da linha do Y são obtidos adicionando- -se os algarismos dos números da linha do X, na coluna cor- respondente. Assim, da esquerda para a direita, os números que completam a tabela são 11, 11, 8 e 15, pois: 11 5 7 1 4 11 5 9 1 2 8 5 4 1 4 15 5 8 1 7 LIII LIVLIV 2. Os números colocados nas figuras a seguir estão em uma sequência. Reproduza a figura no seu caderno e complete os espaços vazios com o número correto. a) 8 25664 32 416 128 b) 5 122 83 Resoluções: a) Dividindo por 2 cada número a partir do 256, no sentido horário, obtemos que o número que ocupa o espaço vazio é 2. Multiplicando por 2 cada número, no sentido anti-horário, obtemos que o número que ocupa o espaço vazio é 512; b) Sentido horário: Observando que a diferença entre dois nú- meros vizinhos vai aumentando sempre 1 unidade, começando de 3 2 2, concluímos que a diferença entre o número que falta e 12 deve ser 5. Assim, o número que ocupa o espaço vazio é 17 (12 1 5). Sentido anti-horário: Usando o mesmo raciocínio, mas no sentido contrário, descobrimos que o número que falta terá diferença 0 em relação ao número 2. Assim, obtemos que o número que ocupa o espaço vazio é o próprio 2. Propriedades da igualdade 1. Utilizando o princípio aditivo da igualdade, determine o valor de x em x 1 9 5 14, obtendo uma igualdade do tipo: x 5 ... Resolução: x 1 9 5 14 x 1 9 2 9 5 14 2 9 x 1 0 5 5 x 5 5 Os alunos não necessariamente iniciarão subtraindo 9, mas todas as estratégias utilizadas são válidas, desde que se aplique o princípio corretamente para isolar o x no primeiro membro e se obtenha o valor 5 para x. Socialize e valide as diferentes estratégias com os alunos. IL U S T R A Ç Õ E S : F E R N A N D O J O S É F E R R E IR A 2. Utilizando os princípios da igualdade convenientemente, par- tindo da igualdade x 5 8, obtenha a igualdade 2x 1 34 5 50 equivalente à primeira. Resolução: x 5 8 2 8 x 5 2 8 8 2x 5 16 2x 1 34 5 16 1 34 2x 1 34 5 50 Os alunos podem utilizar outros caminhos desde que apli- quem corretamente os princípios da igualdade e que, ao final, obtenham a igualdade 2x 1 34 5 50. Discuta os diferentes procedimentos com os alunos. 3. O esquema abaixo representa uma balança de dois pratos nivelados (ou seja, os dois pratos estão na mesma altura). Os três ovos de Páscoa têm massas iguais. 250 g 2.500 g Escreva uma igualdade que traduza a situação da balança, indicando por x a massa de cada ovo. Resolução: Considerando as massas em gramas, temos: massa de cada ovo " x massa dos 3 ovos " 3 8 x ou 3x nivelamento da balança " 3x 1 250 5 2.500 4. Determine o número natural x considerando a igualdade abaixo. 2x 1 7 5 x 1 25 Resolução: 2x 1 7 5 x 1 25 2x 1 7 2 7 5 x 1 25 2 7 2x 1 0 5 x 1 18 2x 5 x 1 18 2x 2 x 5 x 1 18 2 x x 5 18 Capítulo 6 Posições relativas de duas retas no plano 1. Na figura a seguir, a distância do ponto P à reta r é a mesma do ponto S à reta r: N E LS O N M AT S U D A LIV Q SP r a) Qual a posição relativa das retas PS e r? b) Qual a posição relativa das retas QP e r? Resolução: a) SP PS Q r Portanto, as retas são paralelas. b) SP PQ Q r Portanto, as retas são concorrentes. Capítulo 7 Fração como razão 1. Em uma urna há bolas verdes e azuis. Sabe-se que para cada 2 bolas azuis há 4 bolas verdes. a) Qual é a razão entre a quantidade de bolas azuis e a quan- tidade de bolas verdes dessa urna? b) Sabendo que há 20 bolas azuis, quantas bolas verdes existem nessa urna? c) Quantas bolas há ao todo nessa urna? Respostas: a) Se para cada 2 bolas azuis há 4 verdes, podemos dizer que a razão entre essas quantidades (azuis para verdes) é de 2 para 4, ou seja, 4 2 , o que significa que a quantidade de bolas azuis é 4 2 da quantidade de bolas verdes; b) Pelo item a, concluímos que: 4 2 da quantidade de bolas verdes corresponde a 20 bolas; 4 1 da quantidade de bolas verdes corresponde a 10 bolas (20 9 2); 4 4 da quantidade IL U S T R A Ç Õ E S : N E LS O N M AT S U D A de bolas verdes corresponde a 40 bolas (4 8 10). Logo, há 40 bolas verdes nessa urna; c) Se há 20 bolas azuis e 40 bolas verdes, há 60 bolas ao todo nessa urna. Comparação de números racionais na forma de fração 1. Observe as duas figuras abaixo. Note que elas são formadas apenas por quadrados. Figura A Figura B a) Que fração pode representar a parte pintada em cada figura? b) Compare essas duas frações e justifique sua resposta. c) O que se pode concluir sobre essas duas frações? Respostas: a) A: 4 1 ; B: 16 4 ; b) Podemos dizer que essas frações representam números racionais iguais, pois representam a mesma parte de um mesmo inteiro; c) Podemos concluir que essas frações são equivalentes. 2. Observe a figura a seguir. a) Qual é a fração que corresponde à parte pintada da figura? E a que corresponde à parte branca? b) Qual dessas duas frações é maior? Por quê? IL U S T R A Ç Õ E S : N E LS O N M AT S U D A LV LVILVI Respostas: a) parte pintada: 48 30 ; parte branca: 48 18 ; b) A maior fração é a que representa a parte colorida (que tem mais quadradinhos em relação ao todo), ou seja, é a fração 48 30 . 3. Muitas situações da vida ficam mais fáceis de resolver quando temos uma referência, isto é, uma informação que serve de termo de comparação, para analisarmos melhor o problema a ser resolvido. Isso vale também para a Matemática. Por exemplo, para comparar dois ou mais números racionais escritos na forma de fração, você pode usar o número 1 como referência, pois é fácil perceber se um número é maior, menor ou igual a 1. Para resolver as questões, considere as frações. 5 2 5 4 3 2 4 8 2 3 4 1 3 7 8 8 10 5 a) Descubra qual das frações acima representa o número 1. Depois, complete o quadro com as outras frações compa- rando-as com o número 1, que será sua referência. Menor que 1 Igual a 1 Maior que 1 5 2 5 4 3 2 4 1 10 5 8 8 3 7 4 8 2 3 Incentive os alunos a observarem que uma fração representa um número maior que 1 quando seu numerador é maior que seu denominador. b) Descubra qual das frações acima representa o número 1 2 . Depois, complete o quadro com as outras frações comparando-as com o número 12 , que será sua referência. Menor que 2 1 Igual a 2 1 Maiorque 2 1 4 1 5 2 10 5 3 2 5 4 8 8 3 7 8 4 2 3 Os alunos devem observar que uma fração representa um número maior que 12 quando seu numerador é menor que a metade de seu denominador. c) Consultando os quadros completados nos itens anteriores, analise as comparações a seguir e classifique cada uma como verdadeira ou falsa. falsa 4 1 3 2 . verdadeira 5 2 3 7 , falsa 10 5 2 3 . falsa 3 7 8 8 , Neste item, os alunos não precisam efetuar cálculos 2 basta usar as relações de comparação já feitas nos itens a e b. Capítulo 8 Operações com números racionais na forma de fração 1. Um pouco de história As frações aparecem nos mais antigos documentos mate- máticos e, em geral, foram resultado dos vários modos de se efetuar a divisão. Os babilônios já empregavam as frações por volta do ano 2000 a.C., os egípcios usaram frações no Papiro de Rhind – um texto matemático muito rico, escrito por volta de 1650 a.C., contendo 85 problemas copiados de trabalhos mais antigos – e os gregos passaram a usá-las em períodos posteriores. Os antigos não desenvolveram uma maneira geral para lidar com frações. Eles tinham métodos especiais de trabalhar com elas, que serviam para casos particulares, ou seja, para cada caso havia um método adequado. Nas tradi- ções aritméticas da Grécia e do Egito antigos, por exemplo, os cálculos com frações recorriam em geral às frações unitárias, que são aquelas com numerador igual a 1. Observe como podemos decompor a fração 34 . 5 54 3 4 4 41 1 1 2 1 2 1 Decomponha as frações 8 7 e 6 5 em adição de frações unitá- rias diferentes. Respostas: 5 1 5 1 5 18 7 8 1 8 6 8 1 4 3 8 1 4 1 2 11 5 1 5 1 5 1 1 5 1 5 16 5 6 1 6 4 6 1 3 2 6 1 2 1 6 1 6 2 2 1 3 1 2 1 2. A divisão de moedas Ao sair de casa, dona Lídia deixou para seus dois filhos, Rômulo e Rêmulo, uma certa quantia de moedas de 1 real e um bilhete que dizia: “Metade destas moedas para cada um”. Quando Rômulo chegou em casa, leu o bilhete, pegou metade das moedas e saiu. Ao chegar, Rêmulo leu o bilhete e, pensando ser o primeiro, pegou metade das moedas e saiu. Mais tarde, ao voltar, dona Lídia encontrou ainda 3 moedas. Quantas foram as moedas que ela havia deixado para seus dois filhos? Resposta: 12 moedas. 3. Jogo dos resultados alinhados Número de participantes: 2 jogadores LVI Material necessário • 2 canetas de cores diferentes • papel sulfite Regras • Os jogadores devem fazer dois tabuleiros numa folha de papel sulfite. Cada tabuleiro é formado por um quadrado dividido em 9 quadrados menores (casas). • Um dos tabuleiros deve ser preenchido conforme este modelo: subtraia adicione multiplique por divida por multiplique por 1 subtraia some multiplique por divida por • Os dois jogadores devem escolher juntos um único número para colocar em cada operação, assim como foi feito com o número 1, no quadrado do meio (que é valor fixo). Esses números devem ser todos diferentes e escolhidos de 0 a 100 do seguinte modo: " 2 frações unitárias (numerador igual a 1) " 1 número primo " 1 número par " 1 número natural divisível por 5 " 3 números naturais quaisquer diferentes dos demais • Após escolher quem começa por meio da disputa de par ou ímpar, cada jogador pega uma das canetas coloridas, escolhe outro número de 0 a 100 e escreve no papel sulfite. • Depois, um de cada vez escolhe uma casa do tabuleiro das operações (ainda não selecionada) e efetua o cálculo, na folha de sulfite, com o seu número. Em seguida, escreve o resultado no outro tabuleiro, na casa correspondente à da operação realizada. • A partir da segunda jogada de cada um, as operações são efetuadas com o resultado da operação anterior do próprio jogador. • O jogador que errar a operação perde a vez e não pode marcar nada na casa. • Vence o jogo quem primeiro conseguir alinhar três resulta- dos na horizontal, na vertical ou na diagonal. • Caso nenhum jogador consiga alinhar três resultados numa rodada, outros números devem ser escolhidos e o jogo rei- nicia com o mesmo tabuleiro das operações. Proponha as questões a seguir para os alunos responderem: a) Pensando na estrutura do jogo, analisem a seguinte situa- ção: Paulo e Patrícia montaram o tabuleiro a seguir para jogar. Esse tabuleiro está dentro das especificações do jogo? Justifique. subtraia 20 adicione 5 multiplique por 0 divida por 10 multiplique por 1 subtraia 18 adicione 15 multiplique por 1/4 divida por 1/2 b) Patrícia escolhe o número 25 e Paulo, o 10. Ele joga na 1a vez. Existe alguma casa que Paulo não pode escolher? c) Depois de algumas jogadas, veja como está o jogo: Paulo (cor vermelha) Patrícia (cor azul) início 10 25 1a jogada 10 9 10 5 1 250 9 1 2 5 50 2a jogada 1 1 15 5 16 50 2 20 5 30 3a jogada 16 8 1 5 16 ainda vai jogar 30 1 16 16 50 É a vez de Patrícia jogar. O que ela deve fazer? Na situação apresentada, Paulo já ganhou o jogo? Justifique. Respostas: a) Sim, pois ele segue o modelo dado. Além disso, os oito nú- meros colocados foram escolhidos conforme as regras: duas frações unitárias 4 1 e 2 1c m, um número primo (5), um número par, um número natural divisível por 5 e outros três números diferentes dos demais; b) Sim. Ele não pode escolher “subtraia 20” nem “subtraia 18”; c) Para impedir Paulo de ganhar o jogo, Patrícia deve escolher a casa “multiplique por 0”, pois Paulo não poderá escolher a casa “subtraia 18”. LVII LVIIILVIII 4. Em cada caso, determine qual é o número cujo quadrado é: a) 46 1 b) 94 25 c) 369 Respostas: a) 8 1 ; b) 7 5 ; c) 3 6 5 2. Capítulo 9 Comparação e representação de números racionais na forma decimal 1. Reproduza o esquema abaixo no caderno. Depois, começando pelo menor, ligue os números na forma decimal em ordem crescente. Em seguida, responda às questões. 2,8 1,9 1,279 3,91 2,745 1,49 3,75 4,1 0,0834 a) Por qual número você começou? b) Em que número você terminou? Respostas: a) Pelo número 0,0834 (menor valor observado); b) No número 4,1. 2,8 1,9 1,279 3,91 2,745 1,49 3,75 4,1 0,0834 2. Lembrando que uma das ideias de fração é representar o quociente entre o numerador e o denominador, faça o que se pede. a) Use a tecla 4 de uma calculadora e obtenha a forma decimal de: IL U S T R A Ç Õ E S : F E R N A N D O J O S É F E R R E IR A N E LS O N M AT S U D A 10 5 , 100 5 , 100 23 , 1.000 4 , 10 48 , 10.000 607 , 1.000 2.901 , 1.000.000 5 , 10 23 , 10.000 23 (Atenção: Na maioria das calculadoras, a vírgula é indicada por um ponto.) b) Compare a quantidade de zeros dos denominadores das frações decimais do item a com a quantidade de casas decimais dos resultados escritos na forma decimal. Em se- guida, descreva um procedimento prático para representar uma fração decimal como um número na forma decimal. Respostas: a) 0,5; 0,05; 0,23; 0,004; 4,8; 0,0607; 2,901; 0,000005; 2,3; 0,0023; b) Espera-se que os alunos concluam que, para representar uma fração decimal como um número decimal, basta escrever o número com tantas casas decimais quantos forem os zeros do denominador da fração. 3. Agora, sem usar a calculadora e sem efetuar cálculos, faça o que se pede. a) Escreva cada fração na forma decimal: 10 127 100 123 1.000 254 1.000 3.254 100 2.045 10.000 814 b) Represente na forma de fração decimal: 0,5 0,035 4,45 0,04 13,2 0,5424 Respostas: a) 12,7; 1,23; 0,254; 3,254; 20,45; 0,0814 b) 10 5 , 1.000 5 , 100 445 , 100 4 , 10 132 , 10.000 5.4243 Operações com números racionais na forma decimal 1. Veja abaixo a sequência de teclas que Dário e Maísa digitaram na calculadora. Dário: 51 0 0 00 06 $ Maísa: 51 0 0 0 00 06 $ a) Que número apareceu no visor de cada um? b) Entre esses números, qual é o maior? Respostas: a) Dário: 0,6; Maísa: 0,06; b) 0,6 é maior que 0,06. N E LS O N M AT S U D A LVIII 2. Reproduza a figura no caderno e complete corretamente. 2,94 1 5 2 1,2 56 1,196 3 3,484 4 12 5 5 5 Resposta: 2,94 1 1,256 5 4,196 2 1,196 5 3 8 3,484 5 10,452 9 12 5 5 0,871 3. Que valor você deve atribuir ao para que se tenha: a) 3,2 3 5 16 b) 11,16 9 5 3,1 c) 5,3 3 5 18,55 d) 9 2,7 5 13,5 Respostas: a) 5; b) 3,6; c) 3,5; d) 36,45. Capítulo 10 Classificação de linhas poligonais 1. Em duplas, tracem linhas coloridas em um cartaz, conforme o que se pede abaixo, de modo que componham um único desenho: • uma linha não poligonal aberta; • uma linha poligonal fechada; • uma linha não poligonal fechada não simples; • uma linha poligonal aberta simples; • uma linha poligonal não simples. Em seguida, exponham aos colegas e expliquem como pen- saram, identificando as linhas solicitadas. Resposta pessoal. Polígonos 1. Utilize canudinhos de refresco, papel e cola para construir polígonos, de acordo com as considerações a seguir: • um polígono convexo formado por 3 canudinhos de mesmo comprimento; F E R N A N D O J O S É F E R R E IR A • um polígono não convexo formado por 5 canudinhos quais- quer; • um polígono não convexo formado por 3 canudinhos quais- quer; • um polígono convexo formado por 4 canudinhos, dois a dois de mesmo comprimento. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos percebam que não existe um polígono não convexo formado por 3 canudinhos (não existe triângulo não convexo), ou seja, essa construção é impossível. 2. A professora de Rubens pediu aos alunos que desenhassem figuras delimitadas por polígonos em cartolinas coloridas, recortassem essas figuras obedecendo ao contorno dos polí- gonos e depois montassem uma nova figura usando somente os “pedaços” obtidos. Veja o que Rubens fez: Escreva o nome do polígono que Rubens desenhou para for- mar cada uma das partes desse boneco indicadas a seguir e responda: Quantos polígonos ele desenhou no total? a) boca b) tronco c) pés d) mãos e) olhos f) nariz Respostas: a) trapézio; b) pentágono; c) trapézios; d) hexágonos; e) retângulo; f) triângulo. Ao todo, Rubens desenhou 15 polígonos. 3. Pegue alguns palitos de sorvete de mesmo comprimento e com eles construa: a) a representação de 1 triângulo com 3 palitos; b) a representação de 2 triângulos com 5 palitos; c) a representação de 3 triângulos com 7 palitos; d) a representação de 4 triângulos com 9 palitos. Agora, responda às questões: F E R N A N D O J O S É F E R R E IR A LIX LXLX • Com 31 palitos, quantas representações de triângulos você pode construir sem que sobre nenhum palito? • Que tipo de triângulo aparece nas figuras formadas? Exemplos de figuras: a) 3 palitos representação de 1 triângulo (3 5 2 3 1 1 1) b) 5 palitos representação de 2 triângulos (5 5 2 3 2 1 1) c) 7 palitos representação de 3 triângulos (7 5 2 3 3 1 1) d) 9 palitos representação de 4 triângulos (9 5 2 3 4 1 1) • Observando o padrão para a construção dos triângulos, notamos que devemos ter: 31 5 2 3 ? 1 1 quantidade de triângulos formados • A quantidade procurada é um número cujo dobro é o ante- cessor de 31. Como 30 é o antecessor de 31, temos que 30 é o dobro da quantidade procurada. Isso significa que é possível construir 15 triângulos. • Todos os triângulos serão equiláteros se os palitos forem todos de mesmo comprimento. 4. Desenhe um polígono que tenha dois ângulos retos, um ângulo agudo e dois ângulos obtusos e trace pelo vértice de um dos ângulos retos todas as diagonais possíveis. a) Dê o nome desse polígono. b) Em quantos triângulos o polígono ficou dividido? c) Algum desses triângulos é retângulo? Exemplo de resposta: E B D C A Respostas de acordo com a figura anterior: a) Pentágono; b) Ficou dividido em três triângulos; c) Sim, o triângulo EDC. 5. Construa com palitos de fósforo usados a seguinte figura: Transforme a construção que você fez em outra que lembre 3 quadrados, movendo apenas 3 palitos. Exemplo de resposta: Diagonais de paralelogramos 1. Quando dois segmentos são concorrentes e formam entre si quatro ângulos retos, dizemos que eles são segmentos perpendiculares. A B CD AC t BD A seguir estão desenhados quadriláteros. Reproduza-os em seu caderno e trace as duas diagonais de cada um deles.ILU S T R A Ç Õ E S : R E IN A LD O V IG N AT I LX retângulo losango trapézio quadrado a) Verifique com um esquadro quais deles têm suas diagonais perpendiculares entre si. b) Verifique, usando uma régua, quais têm suas diagonais congruentes. Respostas: retângulo trapézio losango quadrado a) Losango e quadrado; b) Retângulo e quadrado. Planificação da superfície de poliedros 1. Reproduza o molde a seguir em uma folha de cartolina e, com um colega, construam o poliedro. IL U S T R A Ç Õ E S : R E IN A LD O V IG N AT I N E LS O N M AT S U D A Observando a planificação da superfície desse poliedro, res- pondam às perguntas. a) Quantas faces, arestas e vértices tem esse poliedro? b) Quantas e quais são as regiões poligonais que formam esse poliedro? c) O que você observa de especial nessas regiões poligonais? Você sabe nomeá-las? Respostas: a) 26 faces, 48 arestas e 24 vértices; b) 26 regiões poligonais, 18 quadrangulares e 8 triangulares; c) Resposta possível: As regiões quadrangulares são todas idênticas e têm os 4 lados de mesma medida (ou seja, são delimitadas por quadrados). As regiões triangulares também são todas idênticas e têm os 3 lados de mesma medida (ou seja, são delimitadas por triângulos equiláteros). Para responder às questões desta atividade, os alunos devem observar atentamente todas as faces do poliedro planificado, em relação tanto à forma quanto às medidas. Incentive-os a usar a reprodução da planificação para fazer registros e tentar identificar e quantificar os elementos do poliedro. Pode-se enriquecer a discussão com alguns questionamentos que seguem. • Um aluno marcou na planificação os pontos a seguir e con- cluiu que o poliedro tinha um total de 26 vértices. Por que essa conclusão está errada? (Porque há vértices repetidos marcados e há vértices faltantes não marcados.) Essa estratégia não é válida para contar os vértices? (Não, pois nem todos os vértices das regiões poligonais presentes na planificação serão vértices do poliedro montado.) Qual seria a estratégia válida? (Montar o poliedro e, depois, contar os vértices.) Ladrilhamento 1. É comum vermos nas ruas de certas cidades calçadas forma- das com ladrilhos do tipo , ou . Veja um exemplo: Em uma malha quadriculada, reproduza o modelo acima e continue o ladrilhamento. N E LS O N M AT S U D A IL U S T R A Ç Õ E S : F E R N A N D O J O S É F E R R E IR A LXI LXIILXII Exemplo de desenho: 2. De acordo com o padrão de montagem, quantos faltam para completar a região quadrada abaixo? Resposta: 10 Capítulo 11 Construção do metro quadrado Medida de comprimento 1. Dagoberto quer fazer um galinheiro em seu sítio. Para isso, pretende aproveitar uma parede já existente e fazer um cer- cado em forma de quadrado, como o da figura a seguir. 6 m 6 m Para fazer o cercado, ele precisa fincar no chão estacas de madeira com 2,20 m de altura cada uma e distantes 1,5 m umas das outras. a) Marque no desenho onde ficarão essas estacas de madeira, sabendo que a primeira e a última serão colocadas junto à parede. b) Quantas estacas Dagoberto precisará usar? c) Quantos metros de madeira, no total, serão necessários para fazer essas estacas? IL U S T R A Ç Õ E S : F E R N A N D O J O S É F E R R E IR A Respostas: a) 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m b) 13 estacas c) 28,6 metros de madeira 2. Uma senhora encomendou um quadro a uma artista. O com- primento do quadro poderia ser qualquer medida entre 1 m e 1,20 m, mas a altura deveria ter 3 4 do comprimento. A pintora realizou a obra com 1,04 m de comprimento. a) Qual é a altura da tela? b) Quantos metros de molduraforam utilizados nesse quadro? c) Se o metro de moldura custa R$ 98,00, a tela custa R$ 200,00, e o trabalho artístico, R$ 960,00, qual é o preço desse quadro? Respostas: a) 0,78 m; b) 3,64 m; c) R$ 1.436,72 3. Para fazer um lanche comunitário, alunos de uma escola junta- ram várias mesas, cujos tampos formaram uma região retan- gular de 3 m de comprimento por 0,8 m de largura. Sabendo que o tampo de cada mesa mede 60 cm de comprimento por 40 cm de largura, quantas mesas foram usadas para esse fim? Resposta: 10 mesas Medida de área 1. (Saresp) Veja o desenho que alguém fez no papel quadriculado. uma unidade Qual é a área que essa figura ocupa no papel quadriculado? a) 26 unidades. b) 28 unidades. c) 30 unidades. d) 32 unidades. Resposta: Alternativa b IL U S T R A Ç Õ E S : J O S É L U ÍS J U H A S N E LS O N M AT S U D A LXII Unidades de medida de superfície 1. Construção do metro quadrado Traga jornal e fita adesiva, tesoura sem ponta e uma trena. Em seguida, emende as folhas de jornal de modo que possa construir uma região quadrada de lado medindo 1 metro. De- pois, recorte as sobras, de modo que fique apenas a região quadrada construída. Essa construção representa a área de 1 metro quadrado. Convide alguns colegas e verifiquem quantos de vocês cabem sobre essa região. Medidas agrárias 1. A área de uma fazenda é 3 alqueires goianos. Quantos metros quadrados tem essa fazenda? E quantos hectares ela tem? Resposta: 145.200 m2; 14,52 ha 2. Que fazenda é maior: uma que tem 1 alqueire baiano de área ou outra que tem 3 alqueires paulistas de área? Resposta: A fazenda cuja área é de 1 alqueire baiano é a maior. Área da superfície retangular 1. Uma casa ocupa uma parte quadrada de um terreno, como mostra o esquema abaixo. Qual é a área do jardim? 2 m 2 m casa jardim 144 m2 Resposta: 52 m2 Capítulo 12 Medida de tempo 1. Durante a semana, Flávia acorda às 7 h 15 min para ir à escola. Neste domingo, às 20 h 56 min, ela começou a assistir a um filme com duração de 1 h 48 min. a) A que horas terminou o filme? b) Considerando que Flávia demora cerca de 20 minutos para adormecer, ela conseguiu dormir as 8 horas necessárias para seu descanso noturno? Respostas: a) 22 h 44 min; b) Sim. Discuta com os alunos a diferença em se adicionar (ou subtrair) intervalos de tempo e horários demarcados. Por exemplo, se uma viagem durou 22 horas e 44 minutos de avião, 20 minutos de espera e outras 8 horas de trem, ao todo foram gastas 31 horas e 4 minutos nesse trajeto. No entanto, se pensarmos na situação de Flávia, essa medida não tem sentido, pois ultrapassa 24 h. Nesse caso, devemos fazer 22 h 44 min 1 20 min, obtendo 23 h 4 min; depois 23 h 4 min 1 1 h 5 24 h 4 min (ou 0 h 4 min); e por fim acrescentar as 7 h restantes, obtendo 7 h 4 min (horário em que Flávia completa 8 horas de sono). A N D E R S O N D E A N D R A D E P IM E N T E L Medidas de volume 1. Considere um cubo modelado em isopor em que fizeram alguns cortes, conforme mostra a figura a seguir. Depois, desenhe em seu caderno cada um dos quatro paralelepípe- dos de faces retangulares em que esse cubo ficou dividido. 5 cm 1,5 cm 1,2 cm 5 cm 5 cm Respostas: 3,5 3,8 5 3,8 1,5 5 1,5 5 1,2 1,2 3,5 51 4 2 3 2. (Enem) Um pedreiro necessita comprar tijolos para construir uma mureta de 2 metros de comprimento. As dimensões de um tijolo e a forma da mureta estão descritas nas figuras a seguir. Dimensões do tijolo 20 cm 10 cm 8 cm 2 m Forma e extensão da mureta A espessura da massa é considerada para compensar as perdas que normalmente ocorrem. O total de tijolos que o pedreiro deverá adquirir para realizar o serviço é: IL U S T R A Ç Õ E S : N E LS O N M AT S U D A F E R N A N D O J O S É F E R R E IR A LXIII LXIVLXIV a) 40. b) 60. c) 80. d) 100. e) 70. Resposta: Alternativa c Medida de capacidade 1. (Enem) Nos Estados Unidos a unidade de medida de volume mais utilizada em latas de refrigerante é a onça fluida (fl oz), que equivale a aproximadamente 2,95 centilitros (cℓ). Sabe- -se que o centilitro é a centésima parte do litro e que a lata de refrigerante usualmente comercializada no Brasil tem capacidade de 355 mℓ. Assim, a medida do volume da lata de refrigerante de 355 mℓ, em onça fluida (fl oz), é mais próxima de: a) 0,83. b) 1,20. c) 12,03. d) 104,73. e) 120,34. Resolução: Como 1 onça fluida equivale a cerca de 2,95 centilitros e 1 cℓ 5 10 mℓ, temos que 1 onça fluida é cerca de 29,5 mililitros, pois: 2,95 cℓ 5 10 8 2,95 mℓ 5 29,5 mℓ. Como a lata de refrigerante comercializada no Brasil tem 355 mℓ de capacidade, para saber quanto é isso em onças fluidas devemos verificar quantos 29,5 mℓ cabem em 355 mℓ, ou seja, devemos efetuar a divisão de 355 por 29,5, cujo quociente aproximado é 12,03. Assim, 355 mℓ são cerca de 12,03 onças fluidas. Logo, a alternativa correta é c. Medidas de massa 1. Um caminhão entregou meia tonelada de pedras em uma construção. Quantos gramas de pedra foram entregues? Resposta: 500.000 gramas 2. Indique qual é a unidade de medida mais apropriada para medir a massa de: a) um saco de arroz; b) um anel de ouro; c) a carga de um caminhão carregado de feijão; d) um componente de produto químico em um comprimido. Exemplos de respostas: a) quilograma; b) grama; c) tonelada; d) miligrama Esse exercício é interessante para trabalhar o pensamento crítico dos alunos e promover uma discussão perguntando qual é a melhor unidade de medida para cada objeto e por quê. 3. No quadro a seguir, os sólidos iguais representam objetos de mesma medida de massa. As setas indicam a soma das medidas da massa dos objetos representados em cada linha ou coluna. Descubra a massa, em gramas, de cada um dos objetos re- presentados. 36,9 g 33,7 g 38,5 g 36,5 g 38 g Resolução: Na resolução abaixo vamos representar a medida da massa de cada objeto por sua representação. Como 3 5 36,9 g, então: 5 12,3 g. Sabemos que 5 12,3 g, então: 1 2 5 5 12,3 g 1 2 5 33,7 g. Ou seja: 2 5 21,4 g. Logo, 5 10,7 g. Sabemos que 5 12,3 g, então: 2 1 5 5 36,5 g 5 24,6 g 1 5 36,5 g. Ou seja: 5 11,9 g. Sabemos que 5 12,3 g e 5 10,7 g, então: 1 1 5 12,3 g 1 10,7 g 1 5 38 g. Ou seja: 5 15 g. Sabemos que 5 11,9 g e 5 15 g, então: 1 1 5 11,9 g 1 15 g 1 5 38,5 g. Ou seja: 5 11,6 g. ILU S T R A Ç Õ E S : R E IN A LD O V IG N AT I LXIV 1 Componente curricular: MATEMÁTICA Edwaldo Bianchini Licenciado em Ciências pela Faculdade de Educação de Ribeirão Preto, da Associação de Ensino de Ribeirão Preto, com habilitação em Matemática pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Sagrado Coração de Jesus, Bauru (SP). Professor de Matemática da rede pública de ensino do estado de São Paulo, no ensino fundamental e médio, por 25 anos. MATEMÁTICA BIANCHINI 9a edição São Paulo, 2018 6oano LI V R O D O E ST U D A N TE — O R IE N TA ÇÕ ES P Á G IN A A P Á G IN A 2 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Coordenação geral: Maria do Carmo Fernandes Branco Edição: Glaucia Teixeira Edição de conteúdo: Dário Martins de Oliveira Revisão técnica: Kauan Pastini Paula Leite Assistência editorial: Francisco Mariani Casadore Suporte administrativo editorial: Alaíde dos Santos Coordenação de design e projetos visuais: Marta Cerqueira Leite Projeto gráfico: Andreza Moreira Capa: Bruno Tonel, Mariza de Souza Porto Foto: Pessoas em barco a remo em Buchelay, França, 2017. Crédito: Julien Brochard/EyeEm/Getty Images Coordenação de arte: Aderson Assis Editoração eletrônica: Grapho Editoração, Marcel Hideki Edição de infografia: Luiz Iria, Priscilla Boffo, Otávio Cohen Coordenação de revisão: Camila Christi Gazzani Revisão: Ana Maria Marson, Clara Altenfelder, Daniela Uemura, Erika Nakahata,Kátia Godoi, Lilian Xavier Coordenação de pesquisa iconográfica: Sônia Oddi Pesquisa iconográfica: Angelita Cardoso, Leticia Palaria Coordenação de bureau: Rubens M. Rodrigues Tratamento de imagens: Fernando Bertolo, Joel Aparecido, Luiz Carlos Costa, Marina M. Buzzinaro Pré-impressão: Alexandre Petreca, Everton L. de Oliveira, Marcio H. Kamoto, Vitória Sousa Coordenação de produção industrial: Wendell Monteiro Impressão e acabamento: “Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada.” 1 3 5 7 9 10 8 6 4 2 Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados EDITORA MODERNA LTDA. Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho São Paulo – SP – Brasil – CEP 03303-904 Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510 Fax (0_ _11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2018 Impresso no Brasil Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Bianchini, Edwaldo Matemática - Bianchini / Edwaldo Bianchini. – 9. ed. – São Paulo : Moderna, 2018. Obra em 4 v. para alunos de 6o ao 9o ano. Componente curricular: Matemática. Bibliografia. 1. Matemática (Ensino fundamental) I. Título. 18-16603 CDD-372.7 Índices para catálogo sistemático: 1. Matemática : Ensino fundamental 372.7 Iolanda Rodrigues Biode – Bibliotecária – CRB-8/10014 3 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . APRESENTAÇÃO Caro estudante, Este livro foi pensado, escrito e organizado com o objetivo de facilitar sua aprendizagem. Para tornar mais simples o entendimento, a teoria é apresentada por meio de situações cotidianas. Assim, você vai notar o quanto a Matemática faz parte do nosso dia a dia e nos permite compreender melhor o mundo que nos rodeia. Por isso, aproveite ao máximo todo o conhecimento que este livro pode lhe oferecer. Afinal, ele foi feito especialmente para você! Faça dele um parceiro em sua vida escolar! O autor 4 CONHEÇA SEU LIVRO R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 47CAPÍTULO 2 OPERAÇÕES COM NÚMEROS NATURAIS FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO EXERCÍCIOS PROPOSTOS Situação 1 FAÇA A ATIVIDADE NO CADERNO 39 Um alpinista, depois de subir 455 metros de uma montanha, subiu mais 325 me tros, porém escorregou e desceu 18 metros. Depois, ele tornou a subir 406 metros. a) Determine a expressão correspondente a essa situação. b) Qual é o valor dessa expressão? c) A que altura se encontra esse alpinista? 40 Hora de criar – Pense em um número de três algarismos e escreva esse número por meio de uma soma de quatro números. Substitua dois desses quatro números por diferenças de outros números. Troque com um colega essas expressões numéricas criadas por vocês. Depois de cada um calcular o valor da expressão do outro, destroquem para corrigi-las. Bruna comprou um sofá, que pretende pagar em 10 parcelas de 230 reais cada uma. Qual será o valor total que Bruna pagará pelo sofá? Podemos resolver esse problema usando uma adição de 10 parcelas iguais. Observe: 230 1 230 1 230 1 230 1 230 1 230 1 230 1 230 1 230 1 230 5 2.300 10 parcelas 4 Multiplicação Acompanhe as situações a seguir. Pense mais um pouco... Giovana achou um velho caderno com exercícios numa caixa guardada por seu pai. Mas veja o que as traças fizeram! Descubra as contas que havia no ca- derno do pai de Giovana e escreva-as em seu caderno. 36 Calcule o valor das expressões numéricas. a) 36 2 5 1 12 1 10 b) 36 2 (5 1 12) 2 10 c) 36 2 (12 1 10 2 15) d) (36 2 5) 2 (12 1 10) 37 Se Carlos tivesse mais 8 reais, poderia com- prar um sorvete por 1 real, um sanduíche por 8 reais e ainda lhe sobraria 1 real. Quantos reais Carlos tem? 38 Na caixa de entrada de seu e-mail, Pedro acu- mulou 650 mensagens e deletou 288 delas. Dias depois, recebeu 740 novas mensagens, e ele apagou 1.000 mensagens. a) Determine a expressão que corresponde a essa situação. b) Quantas mensagens ficaram na caixa de entrada de Pedro? A LA N C A R V A LH O JO S É L U ÍS J U H A S R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 28 CAPÍTULO 1 NÚMEROS 1 Usando os algarismos indo-arábicos, escreva os números que aparecem por extenso nas informações. a) O rio Amazonas tem seis mil, novecentos e trinta e sete quilômetros de comprimento. FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES C A R LO S F A B A L/ G E T T Y IM A G E S Vista aérea do rio Amazonas (Amazonas). (Foto de 2017.) b) Segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a popu- lação da cidade de Belo Horizonte (MG), em 2017, seria de dois milhões, quinhentos e vinte e três mil, setecentos e noventa e quatro habitantes. 2 Considere os seguintes cartões: 1 6 7 Colocando os três cartões um ao lado do outro, de todos os modos possíveis, obtemos a repre- sentação de seis números naturais. Determine: a) o maior número encontrado; b) o menor número encontrado; c) o menor número que começa com o alga- rismo 7; d) o maior número que começa com o alga- rismo 6. 3 Um número tem dois algarismos. O algarismo das dezenas é o dobro do algarismo das uni- dades. a) Qual será o número se ele for menor que 40? b) Qual será o número se ele for maior que 70? 4 Ao formar números com os algarismos 0, 0, 0, 1, 2, 2, 3, responda: a) Qual é o menor número que pode ser for- mado? b) Qual é o maior número que pode ser for- mado? a) Nesse salário, qual é o valor posicional do algarismo 7 antes da medida provisória? E depois? b) Nesse salário, qual é o valor posicional do algarismo 4 depois da medida provisória? E antes? c) Pesquise com algum adulto da família (pais, tios, avós), com base na carteira profis- sional deles, e registre em seu caderno as alterações de salário ocorridas com planos econômicos que mudaram o dinheiro no Brasil. 5 Arlete fez um trabalho com 256 páginas. Nu- merou as páginas começando pelo 1. a) Quantos algarismos ela escreveu? b) Quantas vezes ela escreveu o algarismo 2? 6 Lúcia escreveu todos os números de dois algarismos; Paula escreveu todos os núme- ros de dois algarismos distintos (diferentes); Rogério escreveu todos os números pares de dois algarismos; e Renato escreveu todos os números pares de dois algarismos distintos. Entre os cartões coloridos abaixo, aparecem as quantidades de números que cada um escreveu. 90814541 85 95 Descubra qual é o cartão de cada um. 7 No Brasil, o dinheiro já teve outros nomes. Em julho de 1993, chamava-se cruzeiro. Nesse mês, o presidente Itamar Franco editou uma medida provisória criando o cruzeiro real: a quantia de 1.000 cruzeiros passou a valer 1 cruzeiro real. Assim, um salário de 4.750.000 cruzeiros, que era pouco mais de um salário mínimo, passou para 4.750 cruzeiros reais, ou seja, foram tira- dos três zeros do número anterior. Nota de 500.000 cruzeiros. A C E R V O D O B A N C O C E N T R A L D O B R A S IL Seu livro está organizado em 12 capítulos. A estrutura de cada capítulo é muito simples e permite localizar com facilidade os assuntos estudados, os exercícios e as seções enrique- cedoras. Veja a seguir. Página de abertura O tema do capítulo é introduzido por meio de uma imagem motivadora e um breve texto. Exercícios O livro traz exercícios variados, organizados após os conteúdos na seção Exercícios Propostos e, ao final de cada capítulo, na seção Exercícios Complementares.Hora de criar – Atividades em que você elabora um problema com base no assunto estudado. Apresentação dos conteúdos Os conteúdos são apresentados em linguagem clara e objetiva e acompanhados de exemplos e ilustrações cuidadosamente elaborados. No projeto arquitetônico do Salão da Fama e Museu do Rock and Roll, nos Estados Unidos, é possível identificar formas que lembram diferentes figuras geométricas. O uso de formas que lembram figuras geométricas também é comum nas artes plásticas (pintura, escultura, arquitetura etc.), que trabalham, explícita ou implicitamente, com conceitos matemáticos (sobretudo da Geometria). Neste capítulo, estudaremos algumas figuras geométricas (planas e não planas) e suas características. 3Estudando figuras geométricas Capítulo Salão da Fama e Museu do Rock and Roll, localizado em Cleveland, Ohio (Estados Unidos). (Foto de 2016.) M IR A /A LA M Y /F O TO A R E N A CAPÍTULO 3 73 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 38 CAPÍTULO 2 OPERAÇÕES COM NÚMEROS NATURAIS Os oceanos abrigam a maior diversidade da Terra. O Registro Mundial de Espécies Marinhas é um banco de dados com a listagem dos seres conhecidos nos oceanos. Por enquanto, a lista soma 224.804 espécies catalogadas, de um total de 240.867 conhecidas. (Dados obtidos em: Marine Species. Disponível em: <http://www. marinespecies.org>. Acesso em: 20 jul. 2017.) FA B IO C O LO M B IN I JO E Q U IN N /A LA M Y /F O TO A R E N A 0 22 01 0 5 N E LS O N M AT S U D A 2 Subtração Acompanhe estas situações. Em apenas 20 anos, a população de onças-pintadas caiu 90% no Parque Nacional do Iguaçu (ParNa), em Foz do Iguaçu (PR), área que protege uma ri- quíssima biodiversidade da fauna e flora brasileiras. Segundo o Instituto para a Conservação dos Carnívoros Neotropicais (Pró-carnívoros), que trabalha com o monitoramento da espécie no Parque, as onças-pintadas foram reduzidas de 100 indivíduos para 20 indivíduos. [...] Entre as ameaças para garantir a espécie viva na reserva, o Instituto aponta a falta de investimentos em estrutura e fiscalização, a caça predatória e de retaliação e a possibilidade de reabertura da Estrada do Colono. Na Mata Atlântica, a estimativa é de que existam apenas 250 onças-pintadas, maior felino do continente americano e maior predador terrestre do Brasil. A perda do hábitat natural da espécie em razão do desmatamento para dar lugar a atividades agropecuárias ou pastagens nativas é crítica para o animal. Fonte: WWF-BRASIL APOIA monitoramento de onças-pintadas no Parque Nacional de Iguaçu. WWF-Brasil. Disponível em: <http://www.wwf.org.br/ wwf_brasil/?43042/wwf-brasil-apoia-monitoramento-de-onas-pintadas-no-parque- nacional-de-iguau>. Acesso em: 06 jul. 2017. Com os dados obtidos no texto acima, é possível descobrir quanto diminuiu a população de onças-pintadas do Parque Nacional do Iguaçu em 20 anos. Para isso, devemos tirar do total de indivíduos que existiam há 20 anos o total de indivíduos que existem hoje. Logo, foram reduzidas 80 onças-pintadas. Em uma calculadora, fazemos essa subtração da seguinte maneira: Colônia de corais em um recife de Aruba (Caribe). Onças-pintadas, Manaus (Amazonas). Situação 1 Situação 2 Total de indivíduos há 20 anos minuendo 100 Total de indivíduos atualmente subtraendo 20 Redução do total de indivíduos diferença ou resto 802 5 Rep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 124 CAPÍTULO 6 UM POUCO DE GEOMETRIA PLANA 1 Ponto, reta e plano O ponto, a reta e o plano são noções aceitas sem definição na Geometria, por isso são chamadas noções primitivas. Elas podem ser associadas, de maneira intuitiva, a diferentes coisas que nos rodeiam. P R O C Y /S H U T T E R S TO C K Z H Y K O V A /S H U T T E R S TO C K E D U A R D O T A V A R E S Dizemos que a estrela, o raio de luz e o espelho de água do lago dão a ideia das noções primitivas da Geometria: ponto, reta e plano, respectivamente. Cada estrela que vemos no céu dá a ideia de um ponto. Um raio de luz dá a ideia de uma reta. O espelho de água dá a ideia de plano. Parque Farroupilha, Porto Alegre (Rio Grande do Sul). (Foto de 2017.) Determine a expressão correspondente a Qual é o valor dessa expressão? A que altura se encontra esse alpinista? Hora de criar – Pense em um número de três algarismos e escreva esse número por meio de uma soma de quatro números. Substitua dois desses quatro números por diferenças de outros números. Troque com um colega essas expressões numéricas criadas por vocês. Depois de cada um calcular o valor da expressão do outro, destroquem para corrigi-las. c) A que altura se encontra esse alpinista? 40 Hora de criar – Pense em um número de três algarismos e escreva esse número por meio de uma soma de quatro números. Substitua dois desses quatro números por diferenças de outros números. Troque com um colega essas expressões numéricas criadas por vocês. Depois de cada um calcular o valor da expressão do outro, destroquem para c) A que altura se encontra esse alpinista? 40 Hora de criar – Pense em um número de três algarismos e escreva esse número por meio de uma soma de quatro números. Substitua dois desses quatro números por diferenças de outros números. Troque com um colega essas expressões numéricas criadas por vocês. Depois de cada um calcular o valor da expressão do outro, destroquem para http://www.marinespecies.org http://www.wwf.org.br/wwf_brasil/?43042/wwf-brasil-apoia-monitoramento-de-onas-pintadas-no-parque-nacional-de-iguau http://www.wwf.org.br/wwf_brasil/?43042/wwf-brasil-apoia-monitoramento-de-onas-pintadas-no-parque-nacional-de-iguau 5 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . DIVERSIFICANDO R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 308 CAPÍTULO 11 COMPRIMENTOS E ÁREAS 1 No tangram, são necessários quatro triângulos pequenos para compor um triângulo grande. Já para compor o quadrado, o paralelogramo ou o triângulo médio, são necessários dois triângulos pequenos. Sabendo disso e tomando como unidade de medida de área o triângulo menor, qual é a área do qua- drado formado pelas sete peças? E das figuras ao lado do quadrado? 2 Se a unidade de medida de área fosse o quadrado menor, qual seria a área de uma figura construída com as sete peças do tangram? 3 Forme um grupo com três colegas. Em uma cartolina, desenhem as peças do tangram e recortem-nas para formar uma das figuras abaixo. Utilizem todas as peças sem sobrepor nenhuma. 4 Ainda em grupo, usem a imaginação, inventem uma figura e troquem com outro grupo. Não se es- queçam de fazer um esquema da composição da figura que vocês inventaram. IL U S T R A Ç Õ E S : N E LS O N M AT S U D A Tangram O tangram é um antigo quebra-cabeça de ori- gem chinesa composto de sete peças: cinco triângulos retângulos isósceles (dois triângulos pequenos, um médio e dois grandes), um qua- drado e um paralelogramo. Com esse quebra-cabeça, é possível formar milhares de figuras diferentes. FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO Agora é com você! Diversificando Esta seção oferece a você a oportunidade de entrar em contato com temas variados, em diferentes contextos e áreas do saber. Para saber mais É uma seção que traz textos sobre Geometria e História da Matemática para enriquecer e explorar diversos conteúdos matemáticos estudados. Ícones da coleção Atividade em dupla ou em grupo Cálculo mental Calculadora R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 194 CAPÍTULO 8 OPERAÇÕES COM NÚMEROS RACIONAIS NA FORMA DE FRAÇÃO FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO Pense mais um pouco... Junte-se a um colega e façam o que se pede. 1. Efetuem as multiplicações das fichas e comparem os resultados. a) 8 8 884 3 3 5 3 3 4 5 1 1 4 5 4 1 1 5 b) 8 8 883 8 4 5 4 8 3 5 1 2 3 5 3 2 1 5 c) 8 8 8 8 8 8 8 83 5 5 2 2 7 5 5 2 2 3 7 1 1 1 1 3 7 3 1 1 1 1 7 2. A professora pediu aos alunos que calculassem o valor da expressão 883 55 5 13 26 7 . � Fábio multiplicou todos os numeradores e, depois, todos os denominadores. Em seguida, simplificou o resultado dividindo o numerador e o denominador por 5 e então por 13. . .8 8 8 8 8 8 3 55 5 13 26 7 3 5 26 55 13 7 390 5 005 78 1 001 6 77 5 5 5 5 � Débora, antes de multiplicar, dividiu por 5 o numerador 55 e o denominador 5, dividiu por 13 o numerador 13 e o denominador 26 (ela registrou esse procedimento com traços sobre os números divididos). Em seguida, multiplicou todos os novos numeradores e todos os novos denominadores: 8 8 8 8 8 83 55 5 13 26 7 3 55 5 13 26 7 3 11 1 1 2 7 6 77 5 5 5 11 1 1 2 Discutam e respondam: qual é o procedimento mais prático, o de Fábio ou o de Débora? 3. Calculem, pelo procedimento de Débora, o valor da expressão: 8 89 4 15 21 16 10 4. Calculem, da maneira que acharem mais prática, os produtos a seguir. a) 8 8 3 3 8 b) 8 9 1 9 c) 8 6 7 7 6 d) 812 12 1 Quando os números racionais são inversos Observe as frações a seguir. � 5 2 2 5e � 3 1 3e � 7 4 4 7e � 8 8 1e Uma fração tem como numerador o denominador da outra e como denominador o nume- rador da outra. Quando o produto de dois números racionais é igual a 1, dizemos que um desses números é o inverso do outro. Esses números são chamados de números inversos. D A N IE L Z E P P O Pense mais um pouco... Propõe atividades desafiadoras que permitem aprofundar conteúdos ao longo do capítulo. TRABALHANDO A INFORMAÇÃO R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 26 27CAPÍTULO 1 NÚMEROS CAPÍTULO 1 NÚMEROS Construindo tabelas Artur Ávila foi o primeiro matemático brasileiro a ganhar a Me- dalha Fields, o prêmio mais importante dessa área, geralmente comparado ao Prêmio Nobel. A Medalha Internacional de Descobrimentos Proe- minentes em Matemática, conhecida popularmente como Medalha Fields, é concedida a dois, três ou quatro matemáticos com idade máxima de 40 anos. Desde que foi instituída pelo matemático canadense John Charles Fields, em 1936, essa medalha tem sido entregue a cada quatro anos a jovens matemáticos que tenham grandes destaques em suas pesquisas. Em 2014, três outros matemáticos também foram premiados: a iraniana Maryam Mirzakhani, a primeira mulher condecorada, o canandense Manjul Bhargava e o austríaco Martin Hairer. De maneira aleatória, as Medalhas Fields distribuídas até 2014 estão listadas abaixo, de acordo com os países de naturalidade dos condecorados. Artur Ávila, primeiro brasileiro a ser condecorado com a Medalha Fields. (Foto de 2011.) A iraniana Maryam Mirzakhani foi a primeira mulher a ganhar uma Medalha Fields. (Foto de 2014.) Frente e verso da Medalha Fields. (Foto de 2007.) Observe que essa lista, com dados dispostos aleatoriamente, não oferece uma leitura prática para sabermos quantas Medalhas Fields foram concedidas a cada país. Organizando as informações em uma tabela, a análise dos dados será mais fácil. Para isso, inicialmente, podemos percorrer a lista e atribuir um traço para cada vez que cada país aparece. LI G IA D U Q U E A N D R E V A LE N T IM /A B R IL C O M U N IC A Ç Õ E S S /A LE E Y O U N G H O /A P /G LO W IM A G E S S T E FA N Z A C H O W – IN T E R N AT IO N A L M AT H E M AT IC A L U N IO N , B E R LI M EUA Bélgica Noruega França EUA Reino Unido EUA Ucrânia Finlândia EUA Rússia Itália França Rússia Japão Reino Unido Suécia Japão EUA Reino Unido Irã Rússia França Rússia EUA França Alemanha Nova Zelândia França Rússia EUA França Áustria Austrália EUA Canadá EUA Japão África do Sul Rússia França Israel EUA França Brasil EUA EUA Bélgica China Reino Unido Vietnã França Rússia Reino Unido Rússia França Essa tabela tem como título Distribuição de Medalhas Fields por país de naturalidade dos matemáticos premiados até 2014, além de duas colunas (divisões na vertical) e oito linhas (divi- sões na horizontal). Na 1a linha, são apresentados: • na coluna da esquerda, o assunto pesquisado (no caso, o país de naturalidade dos ganhadores das Medalhas Fields); • na coluna da direita, o tipo de dado que se relaciona ao assunto (no caso, a quantidade de Medalhas Fields conquistadas por país). Da 2a à 8a linha são especificados: • na coluna da esquerda, alguns países de naturalidade dos ganhadores e a categoria “Outros”; • na coluna da direita, a quantidade de medalhas correspondentes a cada país e à categoria “Outros”. A N D R É L U IZ D A S IL V A P E R E IR A Observe que na categoria “Outros” agrupamos os países que ganharam apenas uma Medalha Fields. Distribuição de Medalhas Fields por país de naturalidade dos matemáticos premiados até 2014 País de naturalidade Quantidade de Medalhas Fields conquistadas EUA 12 Bélgica 2 França 10 Japão 3 Reino Unido 5 Rússia 8 Outros (16 países) 16 1 Cada aluno da classe de Enrico escreveu no quadro sua fruta preferida. FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO Agora quem trabalha é você! Com base nas informações do quadro, construa uma tabela. Não se esqueça de dar um título à tabela e de identificar a categoria dos dados e os dados obtidos. Agora, responda: a) Quantos alunos têm seriguela como fruta preferida? b) Qual fruta é apontada como a preferida dos alunos da classe de Enrico? c) Quantos alunos preferem caju a outras frutas? d) Qual fruta tem a maior preferência: jabuticaba ou morango? 2 Faça uma pesquisa com os alunos da classe sobre o animal de estimação preferido e organize os dados obtidos em uma tabela. Compare a tabela construída por você com a de outros colegas. Há diferenças entre as tabelas construídas? Justifique. LI G IA D U Q U E Dados obtidos em: IMU. Disponível em: <https://www. mathunion.org/ imu-awards/fields- medal>. Acesso em: 27 mar. 2018. Trabalhando a informação Esta seção permite que você trabalhe com informações apresentadas em diferentes linguagens. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 20 CAPÍTULO 1 NÚMEROS FAÇA A ATIVIDADE NO CADERNO Agora é com você! “Tique-taque, tique-taque. Relógios de pa- rede, de pulso, de bolso, de pilha etc. Nos dias de hoje, somando os modelos novos e os anti- gos, caros e baratos, simples e complexos, são produzidos cerca de um bilhão de relógios por ano, em todo o mundo! [...] Olhando para um modelo tradicional, vemos que o movimento dos ponteiros tem uma direção (sempre para direita) e que esse movimento obedece a ritmos bem definidos (os segundos, os minutos e as horas). Você já deve ter estudado que precisamos de 60 segundos para formar um minuto (o ritmo do ponteiro maior), da mesma forma como precisamos de 60 minutos para formar uma hora (o ritmo do ponteiro menor). Para completar um dia inteiro, isto é, 24 horas, é preciso que o ponteiro menor percorra duas vezes (12 1 12) a sequência das horas. Utilizando outros agrupamentos Enquanto no sistema de numeração decimal os agrupamentos são feitos sempre de 10 em 10, existem certas medidas, como as de tempo, em que são usados outros agrupamen- tos,como é o caso dos minutos e dos segundos. Como os ponteiros de um relógio, todos os fe- nômenos que começam num ponto e a eles retor- nam, repetindo o seu movimento, formam o que chamamos ciclos: a sucessão do dia e da noite, as fases da Lua (crescente, cheia, minguante, nova), as estações do ano (primavera, verão, outono, in- verno). [...] esses ciclos, observados na natureza, ajudaram os homens a contar a duração do tempo, criando medidas como o dia de 24 horas, o mês de 30 dias e o ano de 365 dias. Eles também fizeram com que muitas pessoas, em diferentes épocas e lugares, acreditassem que os acontecimentos de suas vidas e os acontecimentos da história dos povos também pudessem se repetir, exatamente como os fenômenos observados na natureza.” Fonte: TURAZZI, Maria Inez; GABRIEL, Carmen Teresa. Tempo e história. São Paulo: Moderna, 2000. Em um relógio analógico (de ponteiros), cada vez que o ponteiro dos segundos dá uma volta completa, 60 segundos se passaram; o ponteiro dos minutos se movimenta de um risquinho para outro. Cada vez que o ponteiro dos minutos dá uma volta completa, 60 minutos se passaram; o ponteiro das horas se movimenta de um número para outro, indicando que mais uma hora se passou. Ao acordar, Lucas lembrou que seu relógio de pulso estava atrasado em relação ao relógio digital do des- pertador. Veja abaixo o que marcava cada relógio e descubra em quantos minutos o relógio de pulso de Lucas estava atrasado. A N D R É L U IZ D A S IL V A P E R E IR A PARA SABER MAIS https://www.mathunion.org/imu-awards/fields-medal https://www.mathunion.org/imu-awards/fields-medal 6 SUMÁRIO R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . CAPÍTULO 1 Números 11 1. Para que servem os números? .................................................................................. 12 2. Sistemas de numeração .............................................................................................. 12 Sistema egípcio de numeração ................................................................................. 13 Sistema babilônico de numeração ........................................................................... 13 Sistema romano de numeração ................................................................................ 14 Sistema de numeração indo-arábico ....................................................................... 16 Para saber mais – Utilizando outros agrupamentos ............................................. 20 3. Números naturais ........................................................................................................... 22 Comparando números naturais ................................................................................. 23 Reta numérica ................................................................................................................... 24 Trabalhando a informação – Construindo tabelas ................................................. 26 Diversificando – Quando a base é outra ...................................................................... 29 CAPÍTULO 2 Operações com números naturais 30 1. Adição .................................................................................................................................. 31 Para saber mais – Arredondar para fazer estimativas ......................................... 33 Propriedades da adição................................................................................................. 34 Para saber mais – Quadrado mágico ............................................................................. 36 2. Subtração ........................................................................................................................... 38 3. Adição e subtração ........................................................................................................ 40 Trabalhando a informação – Interpretando um gráfico de colunas .............. 42 Adicionando e subtraindo mentalmente ............................................................... 44 Expressões numéricas com adições e subtrações ........................................... 45 4. Multiplicação .................................................................................................................... 47 Outra ideia associada à multiplicação .................................................................... 50 Para saber mais – Multiplicação hindu ......................................................................... 53 Propriedades da multiplicação ................................................................................... 54 5. Divisão ................................................................................................................................. 58 Propriedade fundamental da divisão ...................................................................... 60 Dividindo mentalmente ................................................................................................. 62 6. Expressões numéricas envolvendo as quatro operações ............................. 63 7. Potenciação ...................................................................................................................... 64 Quadrado de um número .............................................................................................. 65 Cubo de um número ....................................................................................................... 65 Potências de expoente zero, de expoente 1 e de base 10 ............................ 65 Números quadrados perfeitos ................................................................................... 67 8. Radiciação .......................................................................................................................... 68 Trabalhando a informação – Interpretando um gráfico de barras ................. 70 Diversificando – Relações algébricas no quadrado mágico............................... 72 CAPÍTULO 3 Estudando figuras geométricas 73 1. Um pouco de história .................................................................................................... 74 2. Figuras planas e não planas ....................................................................................... 75 3. Os sólidos geométricos ................................................................................................ 76 Corpos redondos e poliedros ...................................................................................... 77 4. Conhecendo um pouco mais os poliedros ............................................................ 79 Elementos de um poliedro ........................................................................................... 79 Nomeando poliedros ...................................................................................................... 79 Trabalhando a informação – Lendo embalagens .................................................... 82 Diversificando – Ampliar e reduzir .................................................................................. 84 B O B M AT IN /G E T T Y IM A G E S LU C A S U E B E L/ G E T T Y IM A G E S M IR A /A LA M Y /F O TO A R E N A 7 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . CAPÍTULO 4 Divisibilidade 85 1. Múltiplos e divisores ..................................................................................................... 86 Os múltiplos de um número ........................................................................................ 88 Os divisores de um número ......................................................................................... 90 Para saber mais – Sequências numéricas ..................................................................92 2. Critérios de divisibilidade ........................................................................................... 94 Divisibilidade por 2 .......................................................................................................... 94 Divisibilidade por 5 .......................................................................................................... 94 Divisibilidade por 10 ....................................................................................................... 95 Divisibilidade por 3 .......................................................................................................... 96 Divisibilidade por 6 .......................................................................................................... 97 Divisibilidade por 9 .......................................................................................................... 98 Divisibilidade por 4 .......................................................................................................... 99 3. Números primos .............................................................................................................. 101 Decomposição em fatores primos ............................................................................ 102 Para saber mais – mdc e mmc .......................................................................................... 104 Trabalhando a informação – Construindo um gráfico de barras ..................... 106 CAPÍTULO 5 Um pouco de Álgebra 109 1. Apresentando a variável ............................................................................................. 110 2. Generalizando conclusões .......................................................................................... 112 3. Critérios de divisibilidade ........................................................................................... 113 Trabalhando a informação – Construindo um gráfico de colunas .................. 116 4. Propriedades da igualdade ......................................................................................... 118 Para saber mais – A temperatura e a Álgebra.......................................................... 119 Diversificando – Desafiando a sua inteligência ....................................................... 122 CAPÍTULO 6 Um pouco de Geometria plana 123 1. Ponto, reta e plano ........................................................................................................ 124 O ponto e a reta ............................................................................................................... 125 O plano ................................................................................................................................. 126 2. Posições relativas de duas retas em um plano ................................................. 127 3. Semirreta e segmento de reta .................................................................................. 129 Semirreta ............................................................................................................................ 129 Segmento de reta ........................................................................................................... 130 Medida de um segmento de reta .............................................................................. 132 Para saber mais – Ilusão de óptica ................................................................................. 135 4. Ângulos ............................................................................................................................... 135 Ângulo e giro ..................................................................................................................... 137 Medida de um ângulo ..................................................................................................... 138 Construção de um ângulo com o transferidor ..................................................... 141 Tipos de ângulo ................................................................................................................ 142 Construção de retas perpendiculares e de retas paralelas ........................... 144 Para saber mais – Retas perpendiculares e retas paralelas traçadas com o uso de software .................................................................................... 145 Z IM M Y T W S /IS TO C K P H O TO S /G E T T Y IM A G E S Z IM M Y T W S /IS TO C K P H O TO S /G E T T Y IM A G E S R A IM U N D F R A N K E N / G E T T Y IM A G E S K U M I Y A M A S H IT A . A C E R V O D A A R T IS TA – N E W Y O R K 8 CAPÍTULO 7 Números racionais na forma de fração 148 1. Os números com os quais convivemos .................................................................. 149 2. Número racional e a fração que o representa .................................................... 150 Como se leem as frações ............................................................................................. 151 Algumas situações que envolvem números racionais na forma de fração ......................................................................................................... 152 A forma percentual ........................................................................................................ 155 3. A fração também pode representar um quociente ......................................... 156 Como trabalhar com a divisão e a forma mista................................................... 158 4. A fração como razão...................................................................................................... 160 Trabalhando a informação – Porcentagem nas ondas do rádio ...................... 162 5. Frações equivalentes .................................................................................................... 165 Como obter frações equivalentes ............................................................................ 165 6. Simplificação de frações ............................................................................................. 167 Trabalhando a informação – Interpretando um gráfico de setores ............... 169 7. Comparação de números escritos na forma de fração .................................. 171 Operações com números racionais na forma de fração 176 CAPÍTULO 8 1. Adição e subtração com frações de mesmo denominador .......................... 177 Trabalhando a informação – Operando com porcentagens .............................. 182 2. Adição e subtração com frações de denominadores diferentes ............... 183 3. Multiplicação .................................................................................................................... 188 Quando um dos fatores é um número natural ..................................................... 188 Quando os dois fatores são escritos na forma de fração ............................... 191 Quando os números racionais são inversos.......................................................... 194 4. Divisão ................................................................................................................................. 195 Quando o divisor é um número natural ................................................................... 195 Quando o dividendo é um número natural ............................................................ 197 Quando a divisão envolve números racionais na forma de fração .............. 198 5. Potenciação ...................................................................................................................... 200 6. Expressões numéricas ................................................................................................. 202 Trabalhando a informação – Calculando probabilidades .................................... 205 Números racionais na forma decimale operações 207 CAPÍTULO 9 1. Números com vírgula .................................................................................................... 208 2. As frações decimais e a representação na forma decimal .......................... 209 3. Números na forma decimal ........................................................................................ 211 Como se leem os números escritos na forma decimal .................................... 212 4. Representações decimais equivalentes ............................................................... 215 5. Comparação de números racionais na forma decimal ................................... 216 6. Reta numérica .................................................................................................................. 218 B R IT IS H A N TA R T IC S U R V E Y /A F P M A R T IN K O N O P K A /E Y E E M / G E T T Y IM A G E S S O N IA V A Z S O B R E IM A G E M D E N AT IO N A L O C E A N IC A N D AT M O S P H E R IC A D M IN IS T R AT IO N / S C IE N C E S O U R C E /F O TO A R E N A Bioma Caatinga Bioma Pampa Bioma Mata Atlântica Bioma Amazônia Bioma Cerrado Bioma Ambientes Marinhos Bioma Pantanal OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO 50º O EQUADOR 0º TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO BRASIL — DIVISÃO POR BIOMAS 9 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 7. Adição e subtração ........................................................................................................ 219 8. Multiplicação por potências de 10 ......................................................................... 223 9. Multiplicação .................................................................................................................... 225 10. Divisão por uma potência de 10 ............................................................................... 228 11. Divisão ................................................................................................................................. 230 Divisão de números naturais com quociente na forma decimal .................. 230 Divisão de números naturais com quociente aproximado .............................. 232 Divisão de dois números na forma decimal .......................................................... 234 Trabalhando a informação – Trabalhando com média ......................................... 238 12. Potenciação ...................................................................................................................... 239 13. Expressões numéricas e problemas ....................................................................... 240 14. Representação decimal de frações ........................................................................ 242 15. Porcentagem .................................................................................................................... 244 CAPÍTULO 10 Polígonos e poliedros 248 1. Linhas poligonais ............................................................................................................ 249 Interior, exterior e convexidade ................................................................................. 250 2. Polígonos ............................................................................................................................ 252 Elementos de um polígono .......................................................................................... 254 Classificação dos polígonos ........................................................................................ 256 3. Triângulos .......................................................................................................................... 257 Elementos de um triângulo ......................................................................................... 257 Classificação dos triângulos ....................................................................................... 257 Construção de triângulos............................................................................................. 258 Para saber mais – Uma propriedade importante dos triângulos .................... 260 4. Quadriláteros.................................................................................................................... 262 Classificação dos quadriláteros ................................................................................ 262 5. O conceito de par ordenado ....................................................................................... 264 Representação geométrica de pares ordenados ............................................... 266 6. Planificação da superfície dos poliedros.............................................................. 268 Classificação dos poliedros ......................................................................................... 268 Planificações ..................................................................................................................... 268 Para saber mais – Ladrilhamento .................................................................................... 270 Trabalhando a informação – A probabilidade das cores ..................................... 271 7. Prismas ................................................................................................................................ 272 Classificação dos prismas ........................................................................................... 272 Paralelepípedo reto-retângulo: um sólido especial ........................................... 274 8. Pirâmides ............................................................................................................................ 276 Classificação das pirâmides ........................................................................................ 276 Diversificando – Poliedros com massinha .................................................................. 278 CAPÍTULO 11 Comprimentos e áreas 279 1. Conhecendo algumas unidades de medida de comprimento ..................... 280 2. Metro, seus múltiplos e submúltiplos ................................................................... 283 Transformação de unidades de medida ................................................................. 285 3. Perímetro ........................................................................................................................... 288 4. Medindo superfícies ...................................................................................................... 290 Para saber mais – Planta baixa de uma casa ............................................................ 292 W A S S IL Y K A N D IN S K Y. C O LE Ç Ã O S O LO M O M R / M U S E U G U G G E N H E IM , N O V A Y O R K É B E R E V A N G E LI S TA Baleia jubarte Baleia orca Baleia beluga Cachalote 50 toneladas 40 toneladas 9 toneladas 1,3 tonelada 10 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 5. Metro quadrado, seus múltiplos e submúltiplos .............................................. 293 Transformação de unidades de medida ................................................................. 296 6. Medidas agrárias ............................................................................................................. 300 7. Área da superfície retangular ................................................................................... 302 Área de um quadrado .................................................................................................... 304 Para saber mais – Pesquisando no geoplano............................................................ 305 Diversificando– Tangram ................................................................................................... 308 CAPÍTULO 12 Outras unidades de medida 309 1. Unidades de medida de tempo ................................................................................. 310 2. Volume ................................................................................................................................. 313 3. Unidades de medida de capacidade ....................................................................... 315 Transformação de unidades de medida ................................................................. 317 4. Medindo a massa de um corpo ................................................................................. 320 Unidades de medida de massa .................................................................................. 320 Transformação de unidades de medida ................................................................. 323 Unidades de medida de massa usadas no comércio atacadista ................. 325 Para saber mais – Estimativas e medidas .................................................................. 328 Respostas ................................................................................................................................... 330 Lista de siglas .......................................................................................................................... 335 Sugestões de leitura para o aluno ................................................................................ 335 Bibliografia ................................................................................................................................ 336 E A S Y F O TO S TO C K /E A S Y P IX B R A S IL 11BIMESTRE 1 Material Digital Audiovisual • Vídeo: A contagem do rebanho Orientações para o professor acompanham o Material Digital Audiovisual A seleção brasileira foi tetracampeã no futebol de cinco nos Jogos Paralímpicos do Rio, em 2016. O futebol de cinco é uma modalidade de futebol praticada por deficientes visuais, exceto os goleiros, e exige silêncio das arquibancadas. Isso porque a bola tem guizos internos, que sinalizam a posição exata dela para os jogadores. Um guia (chamador), posicionado atrás do gol adversário, orienta os jogadores de ataque de sua equipe. A quadra do futebol de cinco tem comprimento de 38 a 42 metros e largura de 18 a 22 metros. Cada partida tem dois tempos com duração de 25 minutos cada um. 1Números Capítulo Brasil vence o Irã na final do futebol de cinco nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, no Rio de Janeiro. B O B M AT IN /G E T T Y IM A G E S 11CAPÍTULO 1 Objetivos do capítulo Levar o aluno a: • Reconhecer os significados dos números naturais em diferentes contextos. • Conhecer outros sistemas de numeração (egípcio, babilônico e romano). • Conhecer a origem do sis- tema de numeração indo- -arábico. • Compreender o sistema de numeração decimal, iden- tificando o conjunto de regras e símbolos que o ca- racterizam. • Praticar a leitura e a escrita dos números naturais. • Comparar números natu- rais, assim como reconhe- cer sucessor e antecessor de qualquer um deles. • Iniciar a construção de ta- belas como maneira de organizar, representar e interpretar dados. Orientações gerais Nesse primeiro contato mais formal com o mundo nu- mérico, é importante que o professor trabalhe com os alunos a ideia da grande presença e importância dos números em nosso dia a dia. Os alunos deverão ter uma noção clara dos diferentes empregos da numeração, nas situações de quantifica- ção (contagem), medição, codificação e ordenação. O texto da abertura suge- re alguns elementos para iniciar uma discussão sobre esse tema. Destaque com os alunos os números do tex- to, registrando-os na lousa, e converse com eles sobre o uso desses números. Por exemplo: • 2016 – refere-se a determi- nado ano, ou seja, indica uma medida de tempo; • futebol de cinco – nesse caso, o 5 faz parte do nome da modalidade, tem o papel de um código, embora tam- bém faça alusão ao total de jogadores de cada time e, desse modo, indica uma quantidade (contagem); • 38 a 42 metros, 18 a 22 me- tros, 25 minutos – referem- -se a medidas de compri- mento e de tempo. 12 Para que servem os números? É importante recorrer ao máximo às situações cotidia- nas em que os números este- jam presentes. Uma maneira simples e eficiente de discu- tir isso com a classe é suge- rir aos alunos que relatem a rotina de um dia comum, tentando detectar todas as ações em que os números, de maneira direta ou indire- ta, são relevantes: o horário de acordar; o cálculo auto- mático (e quase inconscien- te) para as ações de levantar da cama e caminhar até o banheiro, por exemplo; a quantidade de creme dental que se coloca na escova de dentes ou a quantidade de água que se usa na higiene pessoal; o cálculo do tempo de que dispomos para nos vestir, tomar café da manhã e nos preparar para as ações fora de casa etc. Outro recurso de fácil acesso é a pesquisa de números em mídias diversas, como livros, jornais, revistas, televisão ou internet. Na própria sala de aula, certamente é possível explorar a presença de nú- meros variados. Habilidade trabalhada nesta dupla de páginas: (EF06MA02) Reconhecer o sistema de numeração decimal, como o que prevaleceu no mundo ocidental, e destacar semelhanças e diferenças com outros sistemas, de modo a sistematizar suas prin- cipais características (base, valor posicional e função do zero), utilizando, inclusive, a composição e decomposição de números naturais e números racionais em sua representação decimal. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 12 CAPÍTULO 1 NÚMEROS 1 Para que servem os números? Ao observar o mundo que nos cerca, percebemos que é difícil encontrar uma situação que não esteja direta ou indiretamente relacionada com números. Na situação apresentada na página anterior, os números são empregados para: � contar, por exemplo, quantos atletas participaram da prova, qual foi o placar ou quantas pessoas assistiram à partida; � medir, por exemplo, o tamanho da quadra ou o tempo total da partida; � codificar, por exemplo, o número do uniforme dos atletas; � ordenar, por exemplo, qual equipe ficou em primeiro, em segundo ou em quarto lugar. Hoje, contamos e registramos quaisquer quantidades com símbolos e regras estabelecidos, mas isso nem sempre foi assim. Na Antiguidade, os seres humanos utilizavam muitas formas para contar e registrar quantidades. Com a ajuda da Arqueologia, ciência que estuda os costumes e a cultura de povos antigos por meio dos vestígios (artefatos, monumentos, fósseis) foram encontradas, em muitas es- cavações, marcas em paredes de cavernas, em ossos de animais e em gravetos que sugerem formas primitivas de contagem. Sem dúvida, podemos dizer que a ideia de número acompanha a humanidade desde a An- tiguidade. O osso de Ishango é uma ferramenta que data do Paleolítico Superior, aproximadamente entre 20000 e 18000 a.C. Esse objeto consiste em um longo osso castanho (a fíbula de um babuíno) que tem um pedaço pontiagudo de quartzo incrustado em uma de suas extremidades, possivelmente utilizado para gravar ou escrever. R O YA L B E LG IA N IN S T IT U T E O F N AT U R A L S C IE N C E S , B R U S S E LS 2 Sistemas de numeração Demorou muito para chegarmos à escrita numérica empregada atualmente. Os povos substituíram as antigas formas de registro por símbolos e regras que pudessem representar os números. Esse conjunto de símbolos e regras é chamado de sistema de numeração. Algumas civilizações antigas criaram seus próprios sistemas de numeração. No quadro a seguir, é possível comparar a escrita de 1 a 10, em alguns desses sistemas, com a escrita que vocêconhece. 13BIMESTRE 1 Sistemas de numeração Na apresentação dos mais conhecidos sistemas de nu- meração elaborados pelo ser humano, pode-se aproveitar a oportunidade para discutir a importância do conheci- mento dos fatos históricos es- senciais que nortearam o de- senvolvimento das ciências e das civilizações, introdu- zindo as primeiras reflexões sobre os percursos que con- duziram ao atual estágio do conhecimento e incentivan- do os alunos a comparações significativas. Reúna os alunos em gru- pos de 3 e peça a eles que destaquem as principais di- ferenças entre os sistemas de numeração egípcio e babilônico. Depois, os gru- pos podem apresentar suas conclusões para os outros grupos. Pode-se fazer um fechamento registrando na lousa a conclusão da turma. Espera-se que os alunos percebam diferenças entre os sistemas, como o tipo de agrupamento utilizado (egípcio: decimal, babilôni- co: sexagesimal) e a posição dos símbolos (egípcio: não posicional, babilônico: posi- cional “rudimentar”). R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 13CAPÍTULO 1 NÚMEROS Sistema egípcio Sistema babilônico Sistema romano Sistema chinês Sistema maia Nosso sistema 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Vamos conhecer um pouco mais sobre alguns desses sistemas de numeração. Sistema egípcio de numeração Observe mais alguns símbolos do sistema egípcio e os valores que eles representam. haste calcanhar corda enrolada flor de lótus dedo indicador peixe ou girino homem ajoelhado 1 10 100 1.000 10.000 100.000 1.000.000 23 110 432 1.666 3.210 IL U S T R A Ç Õ E S : A D IL S O N S E C C O Segundo esse sistema, deviam ser obedecidas as seguintes regras: � cada símbolo podia ser repetido até nove vezes; � a ordem de escrita dos símbolos não era importante, pois seus valores eram somados. Veja alguns exemplos. Sistema babilônico de numeração Os símbolos usados no sistema babilônico, conhecidos por sím- bolos cuneiformes, graças à forma de cunha, eram impressos com estilete em placas de barro que, após a impressão, eram cozidas. Nesse sistema, também existiam algumas regras a serem seguidas: � o cravo ( ) podia ser repetido até nove vezes para repre- sentar números de 1 a 9; � a asna ( ) representava o número dez e podia ser repetida até cinco vezes. Tábua (1800 a.C. a 1600 a.C.) com escrita cuneiforme da antiga Mesopotâmia. G . D A G LI O R T I/A LB U M /F O TO A R E N A – M U S E U D O LO U V R E , P A R IS 14 Sistema romano de numeração Inicialmente, explore o sis- tema romano de numeração com indagações para veri- ficar o que os alunos já co- nhecem dele, por exemplo: • Vocês sabem quais são os símbolos usados na nume- ração romana? • Quais são as letras princi- pais para a composição de um número na numeração romana? • Há símbolos que podem se repetir? Quais? • Vocês sabem como escre- ver os números 4, 6, 9, 40, 60, 90, 400, 600 e 900 na numeração romana? R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 14 CAPÍTULO 1 NÚMEROS Veja alguns exemplos de escrita no sistema babilônico de numeração. 1 # 101 # 60 70 241 # 60 1 1 1 1 84 2 # 60 42 162 1 # 60 1 # 1 61 Com esses dois símbolos ( e ), os babilônios representavam até o número 59. Para quan- tidades maiores que 59, contava-se em grupos de 60, com os símbolos separados por um espaço, pois nessa escrita a posição dos símbolos era importante. Veja. 24 2 # 10 1 4 # 1 42 4 # 10 1 2 # 1 59 5 # 10 1 9 # 1 Muitas escritas numéricas babilônicas deixaram dúvidas, pois podia representar 1 ou 60. Hoje, em casos assim, os estudiosos da história da Matemática levam em consideração o contexto dos documentos para decifrar a quantidade representada. Sistema romano de numeração A representação de números adotada pelos romanos foi, durante muitos séculos, a mais utilizada na Europa. Essa representação era feita por meio de letras maiúsculas do próprio alfabeto romano. O quadro abaixo mostra os símbolos empregados no sistema romano e seus respectivos valores no nosso sistema de numeração. I V X L C D M 1 5 10 50 100 500 1.000 IL U S T R A Ç Õ E S : A D IL S O N S E C C O Para representar um número, uma letra é escrita ao lado da outra, obedecendo às regras: � Quando uma letra é escrita à direita de outra, de valor igual ou maior, adicionam-se os valores. Veja alguns exemplos. a) VII 5 5 1 2 5 7 b) XV 5 10 1 5 5 15 c) XX 5 10 1 10 5 20 d) CLXXI 5 100 1 50 1 10 1 10 1 1 5 171 � Somente as letras I, X, C e M podem ser repetidas, seguidamente, até três vezes. Veja. a) III 5 3 c) XXI 5 21 e) CCCXXIII 5 323 b) XXX 5 30 d) CC 5 200 f) MM 5 2.000 A repetição das letras V, L e D não ocorre, pois VV, LL, DD e VVV, por exemplo, têm como representação X, C, M e XV, respectivamente. 15BIMESTRE 1 Exercícios propostos Este bloco de exercícios ex- plora os sistemas de nume- ração estudados de maneira contextualizada e criativa. No exercício 2, pode-se es- timular a discussão sobre a presença da Matemática em diversos contextos cul- turais e históricos, como na construção de monumentos arquitetônicos. A leitura dos símbolos egípcios permite retomar as ideias básicas do sistema de numeração decimal. Pode-se, por exem- plo, solicitar aos alunos que, em grupo, elaborem uma situação de adição ou de subtração usando os símbo- los da numeração egípcia e troquem-nas com os cole- gas. Será possível observar como os grupos efetuaram as operações. Atenção: se perceber que há na turma necessidade de discutir os fatos fundamen- tais da adição para retomar as “trocas” de unidades, de- zenas e centenas, proponha situações de jogos que en- volvam trocas para os alunos superarem tais dificuldades. Para o exercício 3, incenti- ve os alunos a realizarem a leitura dos números di- retamente dos caracteres egípcios ou babilônicos, sem fazer a conversão para o sistema indo-arábico. En- tretanto, alguns números babilônicos representados podem causar dificuldade, pois há um espaço entre os símbolos, e isso deve ser dis- cutido com os alunos. Assim, no item c, o número repre- sentado é, no sistema indo- -arábico, 1 8 60 1 5 8 10 5 5 110. No item e, o núme- ro representado é 2 8 60 1 1 2 8 1 5 122. E, no item g, está representado o número 2 8 10 8 60 1 2 8 10 5 1.220. Desse modo, os pares de fi- chas que possuem números iguais são: a e d, b e e, c e h, f e g. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 15CAPÍTULO 1 NÚMEROS � Quando uma das letras I, X ou C é escrita à esquerda de outra letra de maior valor, subtrai- -se o respectivo valor (de I, X ou C) nas seguintes condições: • I só pode aparecer antes de V ou de X. • X só pode aparecer antes de L ou de C. • C só pode aparecer antes de D ou de M. Veja alguns exemplos. a) IV 5 5 2 1 5 4 d) XC 5 100 2 10 5 90 b) IX 5 10 2 1 5 9 e) CD 5 500 2 100 5 400 c) XL 5 50 2 10 5 40 f) CM 5 1.000 2 100 5 900 � Um traço colocado sobre uma letra significa que o valor dessa letra deve ser multiplica- do por 1.000; dois traços indicam que o valor dela deve ser multiplicado por 1.000.000. Exemplos: a) V 5 5 # 1.000 5 5.000 c) LX 5 60 # 1.000 5 60.000 b) IX 5 9 # 1.000 5 9.000 d) XXI 5 21 # 1.000.000 5 21.000.000 FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1 Escreva no sistema de numeração romano: a) a data de seu nascimento (dia/mês/ano); b) a data de hoje (dia/mês/ano); c) a data da proclamação da República no Bra- sil (dia/mês/ano). XV/XI/MDCCCLXXXIX 2 Escreva no caderno os números das frases a seguir no nosso sistema de numeração. a) A altura do Coliseu é de, aproximadamente, metros. 50 Localizado no centro arqueológico da cidade de Roma, o Coliseu é um dos maioresanfiteatros do mundo. (Foto de 2017.) 1. a) Resposta pessoal. b) Resposta pessoal. D E A G O S T IN I/G E T T Y IM A G E S IL U S T R A Ç Õ E S : A D IL S O N S E C C O V A LE R IO M E I/S H U T T E R S TO C K b) Na construção da pirâmide Quéops, foram utilizados blocos de pedra. 2.311.000 A grande pirâmide Quéops é a maior e a mais antiga das pirâmides de Gizé, no Egito. (Foto de 2016.) 3 Reproduza no caderno as fichas a seguir e pinte da mesma cor aquelas que têm números iguais. a) b) c) d) 11 122 110 11 e) f) g) h) 122 1.220 1.220 110 Terão a mesma cor as �chas: a e d; c e h; e e b; g e f. 16 Exercícios propostos Na época em que o texto do exercício 4 foi elaborado, Oscar Niemeyer era vivo e tinha 103 anos. Esse famoso arquiteto faleceu em 15 de dezembro de 2012. O exercício 5 permite propor comparações entre os aspec- tos comuns e os divergentes do cotidiano do aluno, valo- rizando a contextualização. Além disso, valoriza princi- palmente a expressão escrita ao solicitar aos alunos que “criem três situações”. A es- crita na aula de Matemática tem um papel importante na aprendizagem, pois dá a eles a oportunidade de repensar e aprofundar os textos que produziram, registrar suas reflexões, percepções e o que descobriram sobre um con- ceito ou mesmo sobre uma situação vivida. Para o pro- fessor, a produção escrita dá não apenas uma boa noção do que o grupo aprendeu sobre o que foi desenvolvido nas aulas, mas também per- mite avaliar como os alunos expressam suas ideias. Proponha novos questiona- mentos para averiguar o que os alunos já conhecem sobre o sistema de numeração in- do-arábico. Por exemplo: • Vocês sabem de qual siste- ma de numeração estamos tratando? Conhecem seus símbolos? • Citem duas características que conhecem desse sis- tema. • Na sua opinião, por que o sistema de numeração indo-arábico se destacou? Sugestões de leitura Para ampliar seu trabalho com esse tema, sugerimos: <http://www.matematica.br/historia/ indoarabico.html>; <http://www.fc.up.pt/fcup/contactos/ teses/t_000369009.pdf>. Acessos em: 14 abr. 2018. Habilidades trabalhadas nesta dupla de páginas: (EF06MA01) Comparar, ordenar, ler e escrever números naturais e núme- ros racionais cuja representação decimal é finita, fazendo uso da reta numérica. (EF06MA02) Reconhecer o sistema de numeração decimal, como o que prevaleceu no mundo ocidental, e destacar semelhan- ças e diferenças com outros sistemas, de modo a sistematizar suas principais características (base, valor posicional e função do zero), utilizando, inclusive, a composição e decomposição de números naturais e números racionais em sua representação decimal. AFEGANISTÃO PAQUISTÃO ÍNDIA OCEANO ÍNDICO TRÓPICO DE CÂNCER 70º L Rio Ind o Vale do Rio Indo REGIÃO DO RIO INDO R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 16 CAPÍTULO 1 NÚMEROS 4 No texto abaixo, o jornalista faz uma brin- cadeira. Escrevendo como se a faixa do presidente da República pudesse falar, ele cita o decreto que a instituiu, com a escrita da época. Leia o texto e escreva os números que aparecem nele usando o sistema de nu- meração romano. Com a palavra, a Faixa [...] Antes que alguém cometa a desele- gância de perguntar, vou logo dizendo: tenho 100 anos, recém-completados essa semana. Qual o problema? Sou mais jovem que o Nie- meyer. Está na minha certidão de nascimento: Decreto no 2.299, de 21 de dezem bro de 1910. Faço saber que o Congresso Nacional decretou e eu sancciono a resolução seguinte: Art. 1o. Como distinctivo de seu cargo o Presidente da Republica usará, a tiracollo, da direita para a esquerda, uma faixa de seda com as cores nacionaes, ostentando o escudo da Republica bordado a ouro. A faixa, cuja largura será de 15 centimetros, terminará em franjas de ouro de Esse sistema passou a ser conhecido como sistema de numeração indo-arábico (indo, em reconheci mento ao povo que criou o sistema, e arábico, em homenagem ao povo árabe, que o aperfeiçoou e o divulgou pela Europa). Com o passar do tempo, os símbolos cria- dos pelos indianos para a escrita de números sofreram várias modificações até chegar à representação atual — 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 —, composta de dez símbolos denomi- nados algarismos indo-arábicos. Observe no quadro a seguir como alguns sinais, que já foram usados para escrever os algarismos indo-arábicos, foram se mo- dificando. Elaborado a partir de: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. 4. ed. rev. e ampl. São Paulo: Moderna, 2013. p. 97. A N D E R S O N D E A N D R A D E P IM E N T E L NE LO SE S N NO SO 400 km 10 centimetros de largo e supportará, pendente do porto de cruzamento das suas extremidades, uma medalha, de ouro, mostrando no verso o mesmo escudo de que falla o artigo anterior e no anverso o dístico – Presidencia da Re- publica do Brazil. Assina o marechal Hermes Rodrigues da Fonseca, na data do 88o ano da Independência e 21o da proclamação da Re- pública. Já que esticamos a prosa, vou falar um pouco mais de mim. A medalha que eu tenho é de ouro 18 quilates, cravejada com 21 brilhantes – o número de toques de canhão disparados em honra aos chefes de Estado. [...] Fonte: MARSIGLIA, Ivan. Com a palavra, a faixa. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 25 dez. 2010. 5 Hora de criar – Escreva três situações do dia a dia que expressem números. Depois, troque esses textos com um colega para que cada um possa escrever os números do outro usando os sistemas de numeração dos egípcios, dos babilônios e dos romanos. Resposta pessoal. C, MMCCXCIX, XXI, MCMX, I, XV, X, LXXXVIII, XXI, XVIII, XXI. Sistema de numeração indo-arábico Na região ocupada hoje pelo Paquistão, onde se encontra o vale do Rio Indo, vive, há milha- res de anos, o povo indiano. Foi esse povo que criou o sistema de numeração que adotamos atualmente. LEMBRE-SE: NÃO ESCREVA NO LIVRO! http://www.matematica.br/historia/indoarabico.html http://www.matematica.br/historia/indoarabico.html http://www.fc.up.pt/fcup/contactos/teses/t_000369009.pdf http://www.fc.up.pt/fcup/contactos/teses/t_000369009.pdf 17BIMESTRE 1 Orientações Retome com os alunos a noção de “ordem” que eles devem ter de seus estudos nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Proponha no- vos números para que eles possam identificar a ordem de cada algarismo que os compõe e determinar o valor posicional desses algarismos. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 17CAPÍTULO 1 NÚMEROS Essas modificações podem ser explicadas pelo fato de, naquela época, os livros serem es- critos manualmente e, portanto, dependerem da caligrafia de seus autores. Com a invenção da imprensa moderna na Europa, por volta de 1450, os algarismos começaram a ser finalmente padronizados. O sistema de numeração indo-arábico é um sistema posicional. Isso porque um mesmo algarismo tem valores diferentes para cada posição que ocupa no número. Considere, por exemplo, os números 52 e 25. � No número 52, o algarismo 5 vale 5 dezenas ou 50 unidades (5 # 10), enquanto no número 25 ele vale 5 unidades (5 # 1). � No número 25, o algarismo 2 vale 2 dezenas ou 20 unidades (2 # 10), enquanto no nú- mero 52 ele vale 2 unidades (2 # 1). No número 2.378, temos: � o valor posicional do algarismo 8 é 8; � o valor posicional do algarismo 7 é 70; � o valor posicional do algarismo 3 é 300; � o valor posicional do algarismo 2 é 2.000. Lendo da direita para a esquerda, o primeiro algarismo de um número é chamado algarismo de 1a ordem; o segundo, algarismo de 2a ordem; o terceiro, algarismo de 3a ordem; e assim por diante. Isso ocorre porque: � cada unidade de 2a ordem vale dez vezes uma unidade de 1a ordem; �cada unidade de 3a ordem vale dez vezes uma unidade de 2a ordem; � cada unidade de 4a ordem vale dez vezes uma unidade de 3a ordem; e assim por diante. No número 4.527, por exemplo, temos: Elaborado a partir de: IFRAH, Georges. Os números: a história de uma grande invenção. Trad. Sylvia Taborda. 10. ed. São Paulo: Globo, 2001. p. 310. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 Século XII Século XIII Século XIV Século XV Por volta de 1524 IL U S T R A Ç Ã O : A D IL S O N S E C C O ou seja: 4.527 5 7 1 20 1 500 1 4.000 algarismo de 1a ordem p 7 algarismo de 2a ordem p 2 # 10 5 20 algarismo de 3a ordem p 5 # 10 # 10 5 500 algarismo de 4a ordem p 4 # 10 # 10 # 10 5 4.000 4.527 18 Exercícios propostos Este bloco de exercícios explora as principais ca- racterísticas do sistema de numeração indo-arábico. Espera-se que também seja um norteador das dificul- dades que os alunos ainda possam ter sobre a identi- ficação das ordens de um número em nosso sistema de numeração e o valor po- sicional dos algarismos. No exercício 6, é importan- te notar que o brinquedo apresentado não tem por finalidade fazer o jogador observar ou compreender o valor posicional dos alga- rismos em um número. En- tretanto, com as interven- ções e os questionamentos propostos, o aluno poderá analisar o que acontece com um mesmo algarismo conforme a posição que ele ocupa em um número. Nes- se caso, como o deslocamen- to dos algarismos ocorre de maneira concreta, é possível ampliar as discussões com perguntas do tipo: • O que interfere no valor po- sicional: a linha ou a coluna que o algarismo ocupa? • Em que lugar devemos co- locar o algarismo 8 para que ele tenha o maior va- lor posicional? • Escreva números diferen- tes de modo que o alga- rismo 4 tenha valores posi- cionais diferentes. Habilidade trabalhada nesta dupla de páginas: (EF06MA01) Comparar, ordenar, ler e escrever números naturais e números racionais cuja representação decimal é finita, fazendo uso da reta numérica. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 18 CAPÍTULO 1 NÚMEROS � Tem base dez, ou seja, cada dez unidades de uma ordem forma uma unidade da ordem imediatamente superior. � Utiliza apenas dez símbolos, chamados de algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9. � É um sistema posicional, isto é, um mesmo símbolo representa quantidades diferentes, dependendo da posição em que se encontra no número. � Possui um símbolo para representar o zero. FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO EXERCÍCIOS PROPOSTOS 6 Reúna-se com um colega e vejam o brinquedo que Débora ganhou: Que número vocês leem em cada linha? Nesse brinquedo, as dez fichas numeradas e a ficha só podem ser deslocadas para ocu- par a casa que estiver vazia, sem pular ficha, e andar só uma posição por vez, de acordo com os comandos: direita ( ), esquerda ( ), baixo ( ) e cima ( ). Além do tabuleiro, o brinquedo tem cartelas com diferentes sequências de comandos. 123; 7.654; 89 Débora escolheu a cartela e aplicou esses comandos a partir da dispo- sição inicial, fazendo o tabuleiro ficar assim: IL U S T R A Ç Õ E S : J O S É L U ÍS J U H A S Após essas mudanças no tabuleiro, temos os números 123, 76 e 8.945. a) considerando os números das linhas do tabuleiro, respondam: • Qual é o valor posicional do 5 e do 4 na disposição inicial? E na final? 50, 4; 5, 40 • Qual é o valor posicional do 7, do 6, do 8, do 9 e do 1 na disposição inicial? E na final? b) Partindo da disposição inicial, apliquem os comandos da cartela e descubram quais são os números que ficaram em cada linha. 7.012; 8.653; 9, 4 IL U S T R A Ç Õ E S : J O S É L U ÍS J U H A S Como cada dez unidades de uma ordem formam uma unidade da ordem imediatamente superior, o sistema de numeração indo-arábico tem base dez. Por isso, esse sistema também é chamado de sistema de numeração decimal. Assim, o sistema de numeração usado em quase todo o mundo atual é uma combinação de quatro características fundamentais: 7.000, 600, 80, 9, 100; 70, 6, 8.000, 900, 100 19BIMESTRE 1 Leitura e escrita de um número no sistema de numeração indo-arábico Explore a leitura e a escrita de números grandes tendo como suporte as ordens e as classes no sistema de nume- ração indo-arábico. Espera-se que os alunos percebam a re- lação entre a decomposição do número e sua leitura. Para enriquecer, traga notí- cias ou imagens que conte- nham “números grandes” e discuta com os alunos as diferentes maneiras que aparecem. É possível pedir a eles que observem alguns números que aparecem no texto a seguir. Existem pelo menos um milhão de asteroides que po- dem atingir a Terra e destruir uma cidade – destes, menos de 10 mil foram descobertos. (Dados obtidos em: <http://revistagalileu. globo.com/blogs/Luneta/ noticia/2017/07/luneta-51- tudo-o-que-voce-precisa- saber-sobre-asteroides.html>. Acesso em: 14 abr. 2018.) Comente com os alunos que geralmente recebemos in- formações numéricas através dos meios de comunicação. Proponha que escrevam, com todos os algarismos, os números que aparecem nes- sa informação. Espera-se que identifiquem: • 1 milhão 5 1.000.000 • 10 mil 5 10.000 Ressalte que a forma mista (que mistura quantidades escritas em algarismos com quantidades escritas em pala- vras), além de economizar es- paço, torna a leitura mais fá- cil para a maioria das pessoas. Situações desse tipo, que ampliam o trabalho com as ordens e classes no siste- ma decimal, extrapolam o simples contato com dados numéricos, pois introduzem informações sobre a realida- de. Se considerar adequado, solicite aos alunos pesqui- sas adicionais nas quais os números naturais estejam relacionados a situações co- tidianas. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 19CAPÍTULO 1 NÚMEROS 7 No número 5.757, determine: a) o valor posicional do algarismo 7 de 1a or- dem e o valor posicional do algarismo 7 de 3a ordem; 7; 700 b) o valor posicional do algarismo 5 de 2a or- dem e o valor posicional do algarismo 5 de 4a ordem. 50; 5.000 8 Determine o valor posicional do algarismo 3 nos seguintes números: a) 3.765 3.000 b) 32.000.000 30.000.000 9 Determine o menor e o maior número de três algarismos diferentes que se pode escrever com os algarismos 0, 5, 6, 8 e 9. 506 e 986 10 Hora de criar – Agora, cada um deve desenhar um tabuleiro igual ao do exercício 6 e inventar uma disposição para as fichas. Depois, deve criar uma cartela com seis comandos e passar para o outro descobrir que números ficaram nas linhas após aplicar todos os comandos. Resposta pessoal. Leitura e escrita de um número no sistema de numeração indo-arábico Na escrita de um número no sistema indo-arábico, os algarismos são separados em classes e cada classe é dividida em três ordens. Com isso, facilitam-se a leitura e a escrita do número. Observe as quatro primeiras classes e suas ordens: Veja, nos exemplos a seguir, como são lidos os números destacados. Observe também como é a decomposição (a separação em classes e ordens) de cada um deles. a) No ano de 2016 foram matriculados no Brasil 27.588.905 alunos em classes do Ensino Fundamental. Dados obtidos em: Inep. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_basica/censo_escolar/notas_ estatisticas/2017/notas_estatisticas_censo_escolar_da_educacao_basica_2016.pdf>. Acesso em: 13 set. 2017. 27.588.905 (Lemos: “vinte e sete milhões, quinhentos e oitenta e oito mil, novecentos e cinco”.) 27.588.905 5 2 3 10.000.000 1 7 3 1.000.000 1 5 3 100.000 1 8 3 10.000 1 1 8 3 1.000 1 9 3 100 1 5 b) A população mundial pode chegar a 11.200.000.000 de pessoas em 2100. Dados obtidos em: O Globo. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/sociedade/populacao-mundial-deve-atingir-quase- 10-bilhoes-em-2050-21503502>.Acesso em: 13 set. 2017. 11.200.000.000 (Lemos: “onze bilhões e duzentos milhões”.) 11.200.000.000 5 1 3 10.000.000.000 1 1 3 1.000.000.000 1 2 3 100.000.000 4a classe (bilhões) 3a classe (milhões) 2a classe (milhares) 1a classe (unidades simples) 12a ordem 11a ordem 10a ordem 9a ordem 8a ordem 7a ordem 6a ordem 5a ordem 4a ordem 3a ordem 2a ordem 1a ordem centenas de bilhão dezenas de bilhão unidades de bilhão centenas de milhão dezenas de milhão unidades de milhão centenas de milhar dezenas de milhar unidades de milhar centenas dezenas unidades Bilhões Milhões Milhares Unidades simples C D U C D U C D U C D U 1 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 Milhões Milhares Unidades simples C D U C D U C D U 2 7 5 8 8 9 0 5 LEMBRE-SE: NÃO ESCREVA NO LIVRO! http://revistagalileu.globo.com/blogs/Luneta/noticia/2017/07/luneta-51-tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-asteroides.html http://revistagalileu.globo.com/blogs/Luneta/noticia/2017/07/luneta-51-tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-asteroides.html http://revistagalileu.globo.com/blogs/Luneta/noticia/2017/07/luneta-51-tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-asteroides.html http://revistagalileu.globo.com/blogs/Luneta/noticia/2017/07/luneta-51-tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-asteroides.html http://revistagalileu.globo.com/blogs/Luneta/noticia/2017/07/luneta-51-tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-asteroides.html http://revistagalileu.globo.com/blogs/Luneta/noticia/2017/07/luneta-51-tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-asteroides.html http://download.inep.gov.br/educacao_basica/censo_escolar/notas_estatisticas/2017/notas_estatisticas_censo_escolar_da_educacao_basica_2016.pdf http://download.inep.gov.br/educacao_basica/censo_escolar/notas_estatisticas/2017/notas_estatisticas_censo_escolar_da_educacao_basica_2016.pdf https://oglobo.globo.com/sociedade/populacao-mundial-deve-atingir-quase-10-bilhoes-em-2050-21503502 https://oglobo.globo.com/sociedade/populacao-mundial-deve-atingir-quase-10-bilhoes-em-2050-21503502 20 Habilidade trabalhada: (EF06MA02) Reconhecer o sistema de numeração decimal, como o que prevaleceu no mundo ociden- tal, e destacar semelhanças e diferenças com outros sistemas, de modo a sistematizar suas principais características (base, valor posicional e função do zero), utilizando, inclusive, a composição e decomposição de números naturais e números racionais em sua representação decimal. Para saber mais Esta seção mostra que pode- mos fazer agrupamentos de outras maneiras, além dos agrupamentos de 10 em 10 característicos do sistema de numeração decimal. Na questão do Agora é com você!, os alunos devem per- ceber que, enquanto o reló- gio de pulso de Lucas está marcando 5 h 50 min, o re- lógio digital do despertador marca 6 h 15 min. Assim, o relógio de pulso está atrasa- do em 25 min. Para enriquecer a discussão, podem-se fazer outras per- guntas aos alunos, como: “Quando o ponteiro dos minutos se desloca 10 risqui- nhos, isso equivale a quan- tos segundos?”. (Resposta: 600 segundos.) R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 20 CAPÍTULO 1 NÚMEROS FAÇA A ATIVIDADE NO CADERNO Agora é com você! “Tique-taque, tique-taque. Relógios de pa- rede, de pulso, de bolso, de pilha etc. Nos dias de hoje, somando os modelos novos e os anti- gos, caros e baratos, simples e complexos, são produzidos cerca de um bilhão de relógios por ano, em todo o mundo! [...] Olhando para um modelo tradicional, vemos que o movimento dos ponteiros tem uma direção (sempre para direita) e que esse movimento obedece a ritmos bem definidos (os segundos, os minutos e as horas). Você já deve ter estudado que precisamos de 60 segundos para formar um minuto (o ritmo do ponteiro maior), da mesma forma como precisamos de 60 minutos para formar uma hora (o ritmo do ponteiro menor). Para completar um dia inteiro, isto é, 24 horas, é preciso que o ponteiro menor percorra duas vezes (12 1 12) a sequência das horas. Utilizando outros agrupamentos Enquanto no sistema de numeração decimal os agrupamentos são feitos sempre de 10 em 10, existem certas medidas, como as de tempo, em que são usados outros agrupamen- tos, como é o caso dos minutos e dos segundos. Como os ponteiros de um relógio, todos os fe- nômenos que começam num ponto e a eles retor- nam, repetindo o seu movimento, formam o que chamamos ciclos: a sucessão do dia e da noite, as fases da Lua (crescente, cheia, minguante, nova), as estações do ano (primavera, verão, outono, in- verno). [...] esses ciclos, observados na natureza, ajudaram os homens a contar a duração do tempo, criando medidas como o dia de 24 horas, o mês de 30 dias e o ano de 365 dias. Eles também fizeram com que muitas pessoas, em diferentes épocas e lugares, acreditassem que os acontecimentos de suas vidas e os acontecimentos da história dos povos também pudessem se repetir, exatamente como os fenômenos observados na natureza.” Fonte: TURAZZI, Maria Inez; GABRIEL, Carmen Teresa. Tempo e história. São Paulo: Moderna, 2000. Em um relógio analógico (de ponteiros), cada vez que o ponteiro dos segundos dá uma volta completa, 60 segundos se passaram; o ponteiro dos minutos se movimenta de um risquinho para outro. Cada vez que o ponteiro dos minutos dá uma volta completa, 60 minutos se passaram; o ponteiro das horas se movimenta de um número para outro, indicando que mais uma hora se passou. Ao acordar, Lucas lembrou que seu relógio de pulso estava atrasado em relação ao relógio digital do des- pertador. Veja abaixo o que marcava cada relógio e descubra em quantos minutos o relógio de pulso de Lucas estava atrasado. A N D R É L U IZ D A S IL V A P E R E IR A 25 minutos PARA SABER MAIS 21BIMESTRE 1 Exercícios propostos Neste bloco de exercícios, os alunos perceberão a leitura, a escrita e a representação com algarismos de números em variados contextos. No exercício 11, destaca- mos que, em geral, os alu- nos dessa faixa etária têm fascínio e curiosidade por “números grandes”, mas dão pouca importância à sua leitura ou não gostam de escrevê-los por extenso. Esse tipo de atividade con- tribui para a ampliação do conhecimento sobre os nú- meros. Esse exercício também pode se relacionar com Geogra- fia, oferecendo a oportu- nidade para discutirem, por exemplo, noções de: população absoluta versus densidade demográfica; distribuição populacional (ou seja, a relação entre su- perfície territorial e popu- lação absoluta); diferenças regionais no Brasil quanto à ocupação do espaço, assim como o fenômeno da urba- nização e sua contraposição ao mundo rural; ou ainda as diferentes esferas admi- nistrativas (municipal, esta- dual, federal). Durante a resolução do exercício 12, pode ser discu- tida a importância da Mate- mática em aproximações e estimativas que dão supor- te a, por exemplo, ações de proteção à vida na Terra. Já a resolução do exercício 14 é uma boa oportunidade para trabalhar: • O uso de arredondamen- tos pelos meios de comu- nicação. É importante os alunos perceberem que, nesses casos, o arredon- damento não prejudica a precisão da informação, pois o que se destaca na comunicação jornalística é a ordem de grandeza, não os valores exatos dos da- dos tratados. • O emprego da escrita mista pelos meios de comunicação. Não há erro nesse tipo de registro, a intenção é facilitar a comunicação, deixando sempre em destaque a ordem de grandeza. • A organização e representação das classes numéricas. De modo si- milar ao que fazemos quando escrevemos um número por extenso, o processo inverso – escrever um número em algarismos a partir de sua escrita por extenso – exige a noção de como são organizadas as classes e de como tal organização é expressa na escrita, especial- mente quanto ao uso do ponto como um “separador de classes”. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt. 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 21CAPÍTULO 1 NÚMEROS FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO EXERCÍCIOS PROPOSTOS 12 Use as palavras mil, milhão (ou milhões) ou bilhão (ou bilhões) para escrever os números em destaque. a) Analistas das mudanças climáticas mundiais estimam que, por volta de 2080, 1.000.000 de pessoas sofrerão de fome e sede no planeta. b) As praias dos rios Araguaia e Tocantins (TO) atraem todos os anos cerca de 100.000 tu- ristas de todo o país. 100 mil c) Estima-se que, até 2050, nosso planeta terá 9.000.000.000 de habitantes. 9 bilhões 1 milhão 13 Quantias em documentos (cheques, recibos de compra e venda etc.) também devem ser escritas por extenso, pois assim não podem ser alteradas. Escreva por extenso a quantia indicada no recibo abaixo. A N D R É L U IZ D A S IL V A P E R E IR A 11. a) quarenta e quatro milhões, setecentos e quarenta e nove mil, seiscentos e noventa e nove 11 Escreva por extenso os nú me ros destacados nas informações a seguir. (Dados obtidos em: <http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/ projecao/>. Acesso em: 18 jul. 2017.) No ano de 2016: a) o estado mais populoso do Brasil era São Paulo, com estimativa de 44.749.699 habi- tantes; b) o estado menos populoso do Brasil era Roraima, com estimativa de 514.229 habi- tantes; c) a região brasileira com maior número de municípios era a Nordeste, com 1.794. um mil, setecentos e noventa e quatro b) quinhentos e catorze mil, duzentos e vinte e nove dezessete mil, trezentos e oitenta e cinco reais 14 Represente os números em destaque escre- vendo-os apenas com algarismos. a) O diamante chamado “The Blue” foi lei- loado em Genebra por um valor entre US$ 21 milhões e US$ 25 milhões. b) Na chapada do Araripe, Ceará, foram en- contrados fósseis de répteis voadores que viveram cerca de 110 milhões de anos atrás. 21.000.000; 25.000.000 15 A figura abaixo mostra um medidor de con- sumo de energia elétrica. Quando o ponteiro está entre 0 e 9 (ou entre 9 e 0), ele indica o 9. Entre outros dois algarismos, sempre indica o de menor valor. O medidor acima mostra o número 1.739. Determine o número indicado nos medidores a seguir. milhar 1 centena 7 dezena 3 unidade 9 0 9 8 7 654 3 2 1 0 1 2 3 456 9 0 9 8 7 654 1 0 1 2 3 456 9 IL U S T R A Ç Õ E S : P A U LO M A N Z I 0 9 8 7 654 3 2 1 0 1 2 3 456 9 0 9 8 7 654 1 0 1 2 3 456 9 a) 0 9 8 7 654 3 2 1 0 1 2 3 456 9 0 9 8 7 654 1 0 1 2 3 456 9 b) 4.175 8.921 Z U LM A IR R O C H A /F O LH A P R E S S – M U S E U N A C IO N A L/ U F R J, R IO D E J A N E IR O Fóssil do réptil voador Thalassodromeus sethi, com 4,5 m de envergadura, que viveu na região do Araripe (Ceará). 110.000.000 http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/ http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/ 22 Exercícios propostos No exercício 17, destacamos que os “números astronômi- cos” não fazem parte do dia a dia dos alunos, mas apare- cem como curiosidade para aqueles dispostos a buscar in- formações em jornais, revis- tas ou livros. É possível ainda aprofundar o assunto junto aos professores de Geogra- fia e Ciências, que podem sugerir exemplos de “núme- ros grandes” usados em suas áreas de conhecimento. Pense mais um pouco… Espera-se que os alunos per- cebam que o número de fle- chas é 12 nos dois casos, as- sim distribuídos: • duas flechas no 1.000, cin- co no 100, duas no 10 e três no 1, para o 2.523; • cinco flechas no 1.000, duas no 100, duas no 10 e três no 1, para o 5.223. Após a resolução, vale solici- tar que os alunos expliquem como chegaram às respos- tas, refletindo sobre: • a necessidade da palavra “menor” no enunciado. Caso contrário, existiriam diversas possibilidades de respostas, sendo 2.523 a maior delas, no caso de todas as flechas acertarem a faixa do alvo correspon- dente ao número “1”; • por que existem duas res- postas “12”. Eles devem observar que não foi coin- cidência ser necessário um mínimo de 12 flechas para marcar 2.523 ou 5.223 pontos. O mesmo resulta- do seria válido para qual- quer número de quatro algarismos cuja soma dos algarismos fosse igual a 12; • a relação entre a pontua- ção final e a quantidade de acertos em cada área de pontuação. Espera-se que os alunos con- cluam que, quando em ne- nhuma das áreas de pontua- ção o acerto é superior a 9, a pontuação final pode ser mais facilmente calculada, pois cada algarismo ocupa uma posição no número que compõe a pontuação final. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 22 CAPÍTULO 1 NÚMEROS que a luz percorre, no vácuo, em um ano). A luz percorre, no vácuo, 300.000 quilômetros em um segundo e, em um ano, aproximadamente 9.500.000.000.000 de quilômetros. A Via Láctea é uma galáxia espiral, em cuja periferia está localizado o nosso sistema solar. A distância de uma ponta a outra dessa galáxia é de 100.000 anos-luz, ou seja, aproximadamen- te 950.000.000.000.000.000 de quilômetros. 18 Hora de criar – Pesquise um texto que tenha números. Troque-o com o texto de um colega para escreverem por extenso os números que estejam escritos com algarismos e escreverem com algarismos aqueles que estejam escritos por extenso. Depois destroquem para corrigir. 3 Números naturais Quando desejamos saber quantos objetos ou pessoas há em um grupo, estamos diante de uma situação de contagem. A N D R É L U IZ D A S IL V A P E R E IR A 17. trezentos mil; nove trilhões e quinhentos bilhões; cem mil; novecentos e cinquenta quatrilhões Resposta pessoal. LEMBRE-SE: NÃO ESCREVA NO LIVRO! 16 Reproduza em seu caderno o registro do me- didor de energia elétrica de onde você mora e escreva esse número por extenso. 17 Você já conhece as quatro primeiras classes nu- méricas (unidades simples, milhares, mi lhões e bilhões) e suas ordens. As 5a, 6a, 7a classes e assim por diante também recebem nomes, que são, respectivamente, trilhões, quatrilhões, quintilhões etc. Escreva em seu caderno como se leem os números destacados no texto a seguir. As distâncias entre as estrelas, os planetas etc. são muito grandes. Para medir essas distâncias astronômicas, foi criado o ano-luz (distância Resposta pessoal. FAÇA A ATIVIDADE NO CADERNO novecentos e cinquenta quatrilhões Resposta pessoal. Pense mais um pouco... Qual é o menor número de flechas que devem ser atiradas no alvo mostrado ao lado para marcar 2.523 pontos? E para marcar 5.223 pontos? 12; 12 AN D R É L U IZ D A S IL V A P E R E IR A 23BIMESTRE 1 Orientações Os alunos têm trabalhado com os números naturais ao longo de todos os anos ini- ciais do Ensino Fundamental, mas aqui apresenta-se uma sistematização do tema. O intuito não é tratar de con- juntos, mas apenas apresen- tar a sequência dos números naturais, já conhecida deles, nesse novo formato. Nesta etapa, esperamos res- gatar os conhecimentos que os alunos trazem acerca da sequência dos números na- turais – como saber que eles servem para indicar uma contagem – e ampliar esses conceitos – como observar que o sucessor de um núme- ro natural tem 1 unidade a mais do que o número con- siderado, assim como o ante- cessor de um número natural não nulo tem 1 unidade a menos que esse número. Habilidade trabalhada nesta dupla de páginas: (EF06MA01) Comparar, ordenar, ler e escrever números naturais e números racionais cuja representação decimal é finita, fazendo uso da reta numérica. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 23CAPÍTULO 1 NÚMEROS Quantos jogadores formam um time titular de futebol? O número associado à resposta dessa questão é o 11. Quantos brasileiros pisaram no solo da Luano século passado? A resposta é nenhum. O número associado a essa situação é o zero. Números como esses, que expressam o resultado de uma contagem, são chamados de números naturais. Em ordem crescente, os números naturais formam a seguinte sequência: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, … Essa sequência constitui o conjunto dos números naturais, cuja indicação é: v 5 {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, …} Em relação à sequência dos números naturais, podemos dizer que: � Todo número natural tem um sucessor. O sucessor de um número natural é obtido somando-se 1 a esse número. Veja alguns exemplos. a) O sucessor de 4 é 5, pois 4 1 1 5 5. b) O sucessor de 10 é 11, pois 10 1 1 5 11. � A sequência dos números naturais é infinita. Portanto, não existe o maior número natural, pois, qualquer que seja ele, sempre haverá um número sucessor. � Todo número natural, com exceção do zero, tem um antecessor. O antecessor de um número natural é obtido subtraindo-se 1 desse número. Veja alguns exemplos. a) O antecessor de 8 é 7, pois 8 2 1 5 7. b) O antecessor de 1 é zero, pois 1 2 1 5 0. � O zero é o menor dos números naturais. � Dois ou mais números naturais em que um é sucessor ou antecessor do outro são cha- mados de números consecutivos. Veja alguns exemplos. a) 5 e 6 c) 20, 21 e 22 b) 2, 3 e 4 d) 59, 60, 61 e 62 Comparando números naturais O quadro a seguir mostra o número de alunos das quatro turmas do 6o ano da Escola Jotabê. Vamos estabelecer algumas relações entre os números de alunos de cada turma. � O número de alunos da turma A é maior que o número de alunos da B. Escreve-se: 42 . 38. � O número de alunos da turma D é menor que o número de alunos da C. Escreve-se: 38 , 40. � O número de alunos da turma A é diferente do número de alunos da D. Escreve-se: 42 % 38. � O número de alunos da turma B é igual ao número de alunos da D. Escreve-se: 38 5 38. Turma A B C D Número de alunos 42 38 40 38 24 Habilidade trabalhada: (EF06MA01) Comparar, ordenar, ler e escrever números naturais e números racionais cuja representa- ção decimal é finita, fazendo uso da reta numérica. Reta numérica Retome com os alunos o conceito de reta numérica para averiguar o que eles já conhecem de seus estudos anteriores. Se necessário, comente com eles sobre essa representação. Peça que registrem os elementos de algumas sequências numéri- cas crescentes em uma reta numérica. Eles podem trocar ideias com os colegas para fazer essas representações. Depois valide cada uma de- las com os alunos. Exercícios propostos Este bloco de exercícios ex- plora a sequência dos núme- ros naturais e a representa- ção na reta numérica. A situação de partida para o exercício 22 dá chance para o debate de questões sobre cidadania, como o respeito às filas e aos processos que procuram agilizar o atendi- mento ao público. 0 O A B C D E F 1 4 … … 62 3 5 r 0 O r MarianaDirceu R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 24 CAPÍTULO 1 NÚMEROS Reta numérica Podemos representar a sequência dos números naturais associando-os a pontos de uma reta. Para isso, tomamos a reta r e, sobre ela, marcamos um ponto que chamamos de O, fazen- do-o corresponder ao número 0 (zero). IL U S T R A Ç Õ E S : N E LS O N M AT S U D A A partir de O e à sua direita, marcamos pontos que se distanciam um do outro sempre com a mesma medida, como, por exemplo, 1 centímetro. Ao ponto A fazemos corresponder o número 1; ao ponto B, o número 2; ao ponto C, o nú- mero 3; e assim por diante. Para cada número natural podemos associar um ponto da reta r. Essa reta é chamada de reta numérica. FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO EXERCÍCIOS PROPOSTOS 19 Discuta em grupo e responda às questões a seguir. a) Que número natural não é sucessor de nenhum outro número natural? zero b) O sucessor de um número natural é maior ou menor do que esse número? E o ante- cessor de um número natural? maior; menor c) Na sequência dos números naturais 0, 1, 2, 3, 4, 5, ..., o sucessor de um número fica à esquerda ou à direita desse número? E onde fica o antecessor de um número? 22 Na recepção de um laboratório, os pacientes preferenciais têm senha com dois algarismos; os pacientes agendados têm senha com três al- garismos; e os demais têm senha com quatro algarismos. a) Mariana acabou de pegar a senha. Qual será a senha do próximo paciente preferencial? Qual foi a senha anterior? 60; 58 b) Dirceu agendou seu exame. Qual foi a se- nha do agendamento que o antecedeu? E a senha que o sucedeu? 130; 132 c) Que senha de quatro algarismos sucederá a do painel? Qual a antecedeu? 1.211; 1.209 20 Determine: a) o antecessor e o sucessor de 49; 48, 50 b) o sucessor do sucessor de 100; 102 c) o antecessor do antecessor de 1.201. 1.199 A N D R É L U IZ D A S IL V A P E R E IR A 21 Determine a sequência de números indicada em cada caso. a) Números naturais maiores que 5. 6, 7, 8, ... b) Números naturais menores ou iguais a 5. c) Números naturais maiores que 5 e menores que 10. 6, 7, 8, 9 d) Números naturais entre 5 e 10. 6, 7, 8, 9 e) Números naturais de 5 a 10. 5, 6, 7, 8, 9, 10 à direita; à esquerda b) 0, 1, 2, 3, 4, 5 25BIMESTRE 1 Exercícios propostos Para enriquecer o trabalho, a partir do exercício 24, po- de-se perguntar por que os alunos acham que as placas de numeração de casas são vendidas em algarismos se- parados, não em números já compostos. Espera-se que concluam que as placas com algarismos iso- lados possibilitam diferentes combinações, em relação tanto à quantidade de alga- rismos quanto à posição que eles ocupam no número. Outro ponto a destacar é que, quando a numeração das casas de uma rua não é aleatória, está relacionada com a distância da casa em relação ao início da rua, o que justifica o fato de casas vizinhas não terem números necessariamente sucessores ou antecessores. Pense mais um pouco... A atividade 3 da seção solicita a reflexão sobre os procedi- mentos de resolução das ati- vidades anteriores. No item a, os alunos são instigados a encontrar o erro de resolu- ção na situação apresentada. No item b, devem justificar os procedimentos emprega- dos para a resolução. Essa é uma maneira significativa de conhecer e compreender processos de resolução, trocar ideias com os colegas e refi- nar estratégias. Atenção: caso alguns alunos ainda estejam registrando todas as possibilidades para então contá-las, é preciso incentivá-los a observar re- gularidades e a fazer gene- ralizações. Aproveite a atividade 4 para orientar os alunos quanto à utilização da internet para pesquisas, enfatizando a necessidade de consulta- rem, preferencialmente, sites que contenham informações fidedig- nas (ou seja, que pertençam a universidades, órgãos governamentais, bibliotecas, museus etc.). Explique que os materiais selecionados por eles vão auxiliá-los na ela- boração de seus trabalhos. Ressalte, porém, que qualquer material de consulta (enciclopédias, sites, revistas etc.) não deve ser simplesmente reproduzido, pois é importante produzirem textos com suas próprias palavras, com base nas informações obtidas na pesquisa. Além disso, esclareça que o uso desses materiais geralmente é regulamentado por leis de direitos autorais, que protegem a propriedade intelectual. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 25CAPÍTULO 1 NÚMEROS 26 Hora de criar – Troque com um colega um problema sobre números naturais criado por vocês. Depois de cada um resolver o pro- blema elaborado pelo outro, destroquem para corrigi-los. Resposta pessoal. 23 Qual é o número natural que antecede o menor número de três algarismos? E qual número sucede o maior número natural de quatro algarismos? 99; 10.000 25 Em uma folha de papel comprida,desenhe uma reta numérica e escreva o nome de cada colega da sua classe junto ao respectivo número de chamada. 24 Paulo comprou as três plaquinhas que formam o número da casa onde ele mora. A N D R É L U IZ D A S IL V A P E R E IR A 24. a) 579, 597, 759, 795, 957, 975 b) 579 Resposta pessoal. FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO Pense mais um pouco... Reúna-se com um colega e considerem os problemas a seguir. 1. Em um livro de História, o capítulo sobre expansões marítimas começa na página 38 e termina na página 53. Quantas páginas tem esse capítulo? 16 páginas 2. Quantos algarismos são usados para escrever os números naturais de 1 a 150? 342 3. Analisem as resoluções de Juliana e Alberto para os problemas 1 e 2. a) Para resolver o problema 1, Juliana subtraiu 38 de 53, encontrando 15 como resposta. A resposta de Juliana está correta? Expliquem. b) Alberto resolveu o problema 2 da seguinte maneira: Não. Ao fazer esse cálculo, Juliana desconsiderou a página 38. Logo, para escrever os números de 1 a 150 utilizam-se 337 algarismos. Ao resolver o problema dessa maneira, Alberto cometeu alguns erros. Que erros foram esses? 4. Agora, resolvam o problema a seguir explicando os procedimentos empregados. Ao fazer uma pesquisa na internet, Ana precisa imprimir algumas páginas de um documento. Sabendo que o assunto de interesse de Ana começa na página 37 e termina na página 75, descubram quantas páginas ela precisa imprimir. Em seguida, calculem quantos algarismos são necessários para numerar essas páginas. 39; 78 1, 2, 3, ..., 9 números de um algarismo 10, 11, 12, ..., 99 números de dois algarismos 100, 101, 102, ..., 150 números de três algarismos De 1 a 9 são 9 números de um algarismo De 10 a 99 são 89 números de dois algarismos De 100 a 150 são 50 números de três algarismos 9 8 1 5 89 8 2 5 50 8 3 5 9 178 1 150 337 São 90 números de dois algarismos, e não 89. São 51 números de três algarismos, e não 50. a) Que número pode ter a casa de Paulo? b) Para qual desses números a casa onde Paulo mora estaria mais próxima do início da rua? c) Para qual número a casa onde Paulo mora estaria mais próxima do final da rua? 975 d) Qual é o sucessor do número da sua casa? Esse número coincide com o da casa de seu vizinho? Resposta pessoal. e) O número da casa onde você mora é su- cessor ou antecessor do número da casa de algum colega de sua classe? LEMBRE-SE: NÃO ESCREVA NO LIVRO! A resposta depende dos alunos que compõem a sala de aula. 26 Habilidade trabalhada nesta dupla de páginas: (EF06MA32) Interpretar e resolver situações que envolvam dados de pes- quisas sobre contextos ambientais, sustentabilidade, trânsito, consumo responsável, entre outros, apresentadas pela mídia em tabelas e em diferentes tipos de gráficos e redigir textos escritos com o objetivo de sintetizar conclusões. Trabalhando a informação Nesta seção, a compilação em tabela dos dados levan- tados por uma contagem dos países de naturalidade dos ganhadores de Me- dalhas Fields dá início aos processos de construção de tabelas, destacando as alter- nativas para sua organiza- ção e desafiando os alunos, nas atividades subsequen- tes, a construir e interpretar novas tabelas. É sempre bom lembrar quanto a vida moderna exige em relação à correta leitura de tabelas, que dão suporte a muitas das infor- mações veiculadas pelos meios de comunicação. Nes- sa seção, pode-se chamar a atenção para a participação dos brasileiros e das mulhe- res no desenvolvimento da Matemática. No caso de Artur Ávila, foi condecorado com a meda- lha por seu trabalho em sistemas dinâmicos. Já a ira- niana Maryam Mirzakhani recebeu a medalha por des- cobrir como calcular o volu- me em espaços de superfí- cies hiperbólicas. Caso julgue necessário, ex- plique aos alunos que o Rei- no Unido é constituído por Inglaterra, País de Gales, Es- cócia e Irlanda do Norte. TRABALHANDO A INFORMAÇÃO R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 26 CAPÍTULO 1 NÚMEROS Construindo tabelas Artur Ávila foi o primeiro matemático brasileiro a ganhar a Me- dalha Fields, o prêmio mais importante dessa área, geralmente comparado ao Prêmio Nobel. A Medalha Internacional de Descobrimentos Proe- minentes em Matemática, conhecida popularmente como Medalha Fields, é concedida a dois, três ou quatro matemáticos com idade máxima de 40 anos. Desde que foi instituída pelo matemático canadense John Charles Fields, em 1936, essa medalha tem sido entregue a cada quatro anos a jovens matemáticos que tenham grandes destaques em suas pesquisas. Em 2014, três outros matemáticos também foram premiados: a iraniana Maryam Mirzakhani, a primeira mulher condecorada, o canandense Manjul Bhargava e o austríaco Martin Hairer. De maneira aleatória, as Medalhas Fields distribuídas até 2014 estão listadas abaixo, de acordo com os países de naturalidade dos condecorados. Artur Ávila, primeiro brasileiro a ser condecorado com a Medalha Fields. (Foto de 2011.) A iraniana Maryam Mirzakhani foi a primeira mulher a ganhar uma Medalha Fields. (Foto de 2014.) Frente e verso da Medalha Fields. (Foto de 2007.) Observe que essa lista, com dados dispostos aleatoriamente, não oferece uma leitura prática para sabermos quantas Medalhas Fields foram concedidas a cada país. Organizando as informações em uma tabela, a análise dos dados será mais fácil. Para isso, inicialmente, podemos percorrer a lista e atribuir um traço para cada vez que cada país aparece. LI G IA D U Q U E A N D R E V A LE N T IM /A B R IL C O M U N IC A Ç Õ E S S /A LE E Y O U N G H O /A P /G LO W IM A G E S S T E FA N Z A C H O W – IN T E R N AT IO N A L M AT H E M AT IC A L U N IO N , B E R LI M EUA Bélgica Noruega França EUA Reino Unido EUA Ucrânia Finlândia EUA Rússia Itália França Rússia Japão Reino Unido Suécia Japão EUA Reino Unido Irã Rússia França Rússia EUA França Alemanha Nova Zelândia França Rússia EUA França Áustria Austrália EUA Canadá EUA Japão África do Sul Rússia França Israel EUA França Brasil EUA EUA Bélgica China Reino Unido Vietnã França Rússia Reino Unido Rússia França 27BIMESTRE 1 Agora quem trabalha é você! Ao construir a tabela pro- posta na atividade 1, po- dem-se discutir as diversas formas de apresentação dos dados. É importante res- saltar também que, nessa construção, a tabela pode aparecer na horizontal ou na vertical. Uma possível tabela para essa atividade é: Frutas preferidas dos alunos Fruta preferida Quantidade de alunos kiwi 2 manga 2 maçã 9 caju 5 morango 4 banana 2 uva 3 jabuticaba 5 laranja 3 pera 2 goiaba 1 seriguela 2 Dados obtidos na classe de Enrico (out. 2018). Ao analisar os dados da tabe- la, os alunos podem respon- der às questões propostas. Na atividade 2, espera-se que os alunos percebam que ha- verá somente dois tipos de tabelas e que elas só se dife- renciarão pela disposição dos dados (vertical e horizontal), já que os dados coletados deverão ser os mesmos para todos os alunos. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 27CAPÍTULO 1 NÚMEROS Essa tabela tem como título Distribuição de Medalhas Fields por país de naturalidade dos matemáticos premiados até 2014, além de duas colunas (divisões na vertical) e oito linhas (divi- sões na horizontal). Na 1a linha, são apresentados: • na coluna da esquerda, o assunto pesquisado (no caso, o país de naturalidade dos ganhadores das Medalhas Fields); • na coluna da direita, o tipo de dado que se relaciona ao assunto (no caso, a quantidade de Medalhas Fields conquistadas por país). Da 2a à 8a linha são especificados: • na coluna da esquerda, alguns países de naturalidade dos ganhadores e a categoria “Outros”; • na coluna dadireita, a quantidade de medalhas correspondentes a cada país e à categoria “Outros”. A N D R É L U IZ D A S IL V A P E R E IR A Observe que na categoria “Outros” agrupamos os países que ganharam apenas uma Medalha Fields. Distribuição de Medalhas Fields por país de naturalidade dos matemáticos premiados até 2014 País de naturalidade Quantidade de Medalhas Fields conquistadas EUA 12 Bélgica 2 França 10 Japão 3 Reino Unido 5 Rússia 8 Outros (16 países) 16 1 Cada aluno da classe de Enrico escreveu no quadro sua fruta preferida. FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO Agora quem trabalha é você! Com base nas informações do quadro, construa uma tabela. Não se esqueça de dar um título à tabela e de identificar a categoria dos dados e os dados obtidos. Agora, responda: a) Quantos alunos têm seriguela como fruta preferida? 2 b) Qual fruta é apontada como a preferida dos alunos da classe de Enrico? maçã c) Quantos alunos preferem caju a outras frutas? 5 d) Qual fruta tem a maior preferência: jabuticaba ou morango? jabuticaba 2 Faça uma pesquisa com os alunos da classe sobre o animal de estimação preferido e organize os dados obtidos em uma tabela. Compare a tabela construída por você com a de outros colegas. Há diferenças entre as tabelas construídas? Justifique. LI G IA D U Q U E Dados obtidos em: IMU. Disponível em: <https://www. mathunion.org/ imu-awards/fields- medal>. Acesso em: 27 mar. 2018. construção de tabela https://www.mathunion.org/imu-awards/fields-medal https://www.mathunion.org/imu-awards/fields-medal https://www.mathunion.org/imu-awards/fields-medal https://www.mathunion.org/imu-awards/fields-medal 28 Exercício complementares Nesta seção, são oferecidas novas oportunidades para os alunos retomarem e apli- carem os principais concei- tos tratados no capítulo. O exercício 3 pode ser en- riquecido solicitando a eles que formulem novas per- guntas, com mais de uma solução ou sem nenhuma solução, com base no mesmo enunciado, por exemplo: • Qual será o número se ele for par? (Poderá ser 42 ou 84.) • Qual será o número se ele for maior que 10? (Poderá ser 21, 42, 63 ou 84.) • Qual será o número se ele terminar em 5? (Impossí- vel, porque, nesse caso, o algarismo das dezenas se- ria “10”.) • Qual será o número se ele for maior que 90? (Impossí- vel, já que o algarismo das dezenas será necessaria- mente o 9, e a metade de 9 não é um número natural.) Atenção: como os alunos já foram desafiados com pro- blemas sobre numeração de páginas, o exercício 5 é um momento oportuno para verificar se ainda há difi- culdades na generalização de regularidades, isto é, se ainda há alunos que preci- sam registrar cada um dos números e contá-los para chegar à resposta final. Uma possibilidade de trabalho, nesse caso, é formar grupos misturando os que apresen- taram facilidade nas gene- ralizações com aqueles que ainda têm dificuldade nesse raciocínio. Ao trabalhar com o exercí- cio 7, você poderá discutir com a classe a razão pela qual, em 1993, houve corte de três zeros na moeda na- cional, destacando aspectos como a dificuldade na co- municação pelo uso de nú- meros muito grandes até para representar preços de produtos básicos, como café e feijão. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 28 CAPÍTULO 1 NÚMEROS 1 Usando os algarismos indo-arábicos, escreva os números que aparecem por extenso nas informações. a) O rio Amazonas tem seis mil, novecentos e trinta e sete quilômetros de comprimento. FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES C A R LO S F A B A L/ G E T T Y IM A G E S Vista aérea do rio Amazonas (Amazonas). (Foto de 2017.) b) Segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a popu- lação da cidade de Belo Horizonte (MG), em 2017, seria de dois milhões, quinhentos e vinte e três mil, setecentos e noventa e quatro habitantes. 2.523.794 2 Considere os seguintes cartões: 1 6 7 Colocando os três cartões um ao lado do outro, de todos os modos possíveis, obtemos a repre- sentação de seis números naturais. Determine: a) o maior número encontrado; 761 b) o menor número encontrado; 167 c) o menor número que começa com o alga- rismo 7; 716 d) o maior número que começa com o alga- rismo 6. 671 3 Um número tem dois algarismos. O algarismo das dezenas é o dobro do algarismo das uni- dades. a) Qual será o número se ele for menor que 40? b) Qual será o número se ele for maior que 70? 4 Ao formar números com os algarismos 0, 0, 0, 1, 2, 2, 3, responda: a) Qual é o menor número que pode ser for- mado? 1.000.223 b) Qual é o maior número que pode ser for- mado? 3.221.000 a) Nesse salário, qual é o valor posicional do algarismo 7 antes da medida provisória? E depois? 700.000; 700 b) Nesse salário, qual é o valor posicional do algarismo 4 depois da medida provisória? E antes? 4.000; 4.000.000 c) Pesquise com algum adulto da família (pais, tios, avós), com base na carteira profis- sional deles, e registre em seu caderno as alterações de salário ocorridas com planos econômicos que mudaram o dinheiro no Brasil. Resposta pessoal. 5 Arlete fez um trabalho com 256 páginas. Nu- merou as páginas começando pelo 1. a) Quantos algarismos ela escreveu? 660 b) Quantas vezes ela escreveu o algarismo 2? 6 Lúcia escreveu todos os números de dois algarismos; Paula escreveu todos os núme- ros de dois algarismos distintos (diferentes); Rogério escreveu todos os números pares de dois algarismos; e Renato escreveu todos os números pares de dois algarismos distintos. Entre os cartões coloridos abaixo, aparecem as quantidades de números que cada um escreveu. 90814541 85 95 Descubra qual é o cartão de cada um. 7 No Brasil, o dinheiro já teve outros nomes. Em julho de 1993, chamava-se cruzeiro. Nesse mês, o presidente Itamar Franco editou uma medida provisória criando o cruzeiro real: a quantia de 1.000 cruzeiros passou a valer 1 cruzeiro real. Assim, um salário de 4.750.000 cruzeiros, que era pouco mais de um salário mínimo, passou para 4.750 cruzeiros reais, ou seja, foram tira- dos três zeros do número anterior. Nota de 500.000 cruzeiros. A C E R V O D O B A N C O C E N T R A L D O B R A S IL 6.937 21 84 113 Lúcia – 90; Paula – 81; Rogério – 45; Renato – 41 29BIMESTRE 1 Diversificando A seção apresenta o sistema binário. Uma das maneiras de fazer a atividade do Ago- ra é com você! é por meio de figuras, distribuindo os agrupamentos. Veja como isso pode ser feito para o caso do número 20: 10 agrupamentos 0 5 agrupamentos 2 agrupamentos 1 agrupamento 0 01 0 01 1 1 0 0 0 0 0 0 Nenhum agrupamento (resto) Nenhum agrupamento (resto) Nenhum agrupamento (resto) Outra maneira de fazer a atividade é por meio de di- visões sucessivas por 2, que consiste em: dividir o núme- ro escrito na base decimal e os seus quocientes por 2, até que o quociente em uma das divisões seja zero. O nú- mero binário procurado é o obtido pelos restos na or- dem inversa dessas divisões. Veja esse procedimento para os números 20 e 33: 20 2 0 10 2 0 5 2 1 2 2 0 1 2 1 0 10 100 33 2 1 16 2 0 8 2 0 4 2 0 2 2 0 1 2 1 0 100 001 Habilidades trabalhadas nesta dupla de páginas: (EF06MA01) Comparar, ordenar, ler e escrever números naturais e núme- ros racionais cuja representação decimal é finita, fazendo uso da reta numérica. (EF06MA02) Reconhecer o sistema de numeração decimal, como o que prevaleceu no mundo ocidental, e destacar semelhan- ças e diferenças com outros sistemas, de modo a sistematizar suas principais características (base, valor posicional e função do zero), utilizando, inclusive, a composição e decomposição de números naturais e números racionais em sua representação decimal. IL U S T R A Ç Õ E S : N E LS O N M AT S U D A DIVERSIFICANDO R epro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 29CAPÍTULO 1 NÚMEROS Quando a base é outra Você já aprendeu que o sistema de numeração que usamos atualmente tem base decimal, ou seja, tem base dez. A seguir, vamos ver como funciona um sis- tema de numeração um pouco diferente do nosso, um sistema de base dois – o sistema binário. Por isso, em vez de usar dez símbo- los diferentes, esse sistema usa apenas dois símbolos: 0 e 1. O sistema binário de numeração é amplamen- te utilizado pelos hardware dos computado- res, pois operam em níveis lógicos de tensão, associados aos números zero e 1. Veja no quadro ao lado e nas ilustrações abai- xo como escrevemos alguns números nesse sistema. Números na base 10 Números na base 2 0 0 1 1 2 10 3 11 4 100 5 101 6 110 7 111 8 1000 9 1001 10 1010 11 1011 12 1100 � � FAÇA A ATIVIDADE NO CADERNO Agora é com você! Escreva os números 20 e 33, que estão na base dez, na base binária. 20 p 10100; 33 p 100001 O número 3, na base dez, é escrito como 11 na base dois. O número 7, na base dez, é escrito como 111 na base dois. O número 25, na base dez, é escrito como 11001 na base dois. • Número 7: • Número 25: • Número 3: 1 11 1 3 11 111 1 1100 11001 12 1 IL U S T R A Ç Õ E S : N E LS O N M AT S U D A 30 A delegação brasileira superou marcas relevantes e quebrou recordes históricos nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. O destaque �cou por conta do total de medalhas conquistadas nas arenas cariocas: 72, o maior número de pódios do país em todas as edições, superando, em muito, a marca anterior de 47, que havia sido estabelecida em Pequim (2008). Já em comparação com os Jogos de Londres (2012), o crescimento no número total de medalhas é ainda mais expressivo: 67%. Fonte: BRASIL supera marcos históricos nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Comitê Paralímpico Brasileiro, 18 set. 2016. Disponível em: <http://www.cpb.org.br/noticias/-/asset_publisher/lU3LNvrdeyoz/content/brasil-supera- marcos-historicos-nos-jogos-paralimpicos-rio-2016>. Acesso em: 14 set. 2017. LU C A S U E B E L/ G E T T Y IM A G E S 2Operações com números naturais Capítulo Cena da abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, no Rio de Janeiro. 30 CAPÍTULO 2 Objetivos do capítulo Levar o aluno a: • Resolver situações-pro- blema compreendendo diferentes significados das operações de adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e ra- diciação que envolvem nú- meros naturais. • Realizar cálculos relativos a operações com núme- ros naturais, por meio de estratégias variadas, com compreensão dos proces- sos nelas envolvidos. • Reconhecer e usar as pro- priedades das operações de adição e multiplicação com números naturais. • Resolver expressões nu- méricas que contenham operações com números naturais. • Relacionar a potência com expoente natural a um produto reiterado de fato- res iguais. • Compreender e calcular a raiz quadrada exata, a raiz cúbica exata (e de ou- tros índices) de um núme- ro natural. • Arredondar números natu- rais para diferentes ordens. • Perceber a utilidade dos arredondamentos para fa- zer estimativas. • Ler, identificar e interpretar dados expressos em gráficos de colunas e de barras. Orientações gerais Este capítulo amplia os conhecimentos sobre nú- meros naturais do capítu- lo anterior e aprofunda o estudo das operações feito nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Associamos as operações a situações cotidianas e mostramos seus diferentes significados. Também damos sentido às expressões numéricas vin- culando-as a situações-pro- blema. Iniciamos ainda o trabalho mais formal com a linguagem gráfica – a leitu- ra e a interpretação de grá- ficos de colunas e de barras. Aproveite para discutir com os alunos sobre a inclusão e o papel de cada pessoa na sociedade, independen- temente de suas limitações. Explore também a diferença entre o total de medalhas conquistadas no Rio (2016) e o total de medalhas obtidas em Pequim (2008), destacando a operação de subtração. http://www.cpb.org.br/noticias/-/asset_publisher/lU3LNvrdeyoz/content/brasil-supera-marcos-historicos-nos-jogos-paralimpicos-rio-2016 http://www.cpb.org.br/noticias/-/asset_publisher/lU3LNvrdeyoz/content/brasil-supera-marcos-historicos-nos-jogos-paralimpicos-rio-2016 http://www.cpb.org.br/noticias/-/asset_publisher/lU3LNvrdeyoz/content/brasil-supera-marcos-historicos-nos-jogos-paralimpicos-rio-2016 31 Habilidade trabalhada: (EF06MA03) Resolver e elaborar problemas que envolvam cálculos (mentais ou escritos, exatos ou aproximados) com números naturais, por meio de estratégias variadas, com compreensão dos processos neles envolvidos com e sem uso de calculadora. BIMESTRE 1 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 31CAPÍTULO 2 OPERAÇÕES COM NÚMEROS NATURAIS 1 Adição Nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, a natação brasileira conquistou cinco medalhas a mais do que nos Jogos de Londres 2012, quando o Brasil ficou com um total de 14 medalhas, sendo nove ouros, quatro pratas e um bronze. Leia o texto abaixo, que trata de conquistas da natação nos Jogos Paralímpicos. A equipe brasileira masculina de natação paralímpica ganhou a medalha de bronze no revezamento 4 # 100 medley masculino, última competição da natação nas Paralim- píadas 2016. [...] Os brasileiros fizeram o tempo de 4:17.51. A medalha de ouro ficou com a equipe da China, que fez o tempo de 4:06.44 e a medalha de prata ficou com os ucranianos, que fizeram um tempo de 4:07.89. Com a conquista da medalha de bronze pela equipe brasileira, o na- dador Daniel Dias tornou-se o maior medalhista da natação paralímpica da história da competição. A marca de Daniel Dias foi atin- gida neste sábado com a conquista das medalhas de ouro nos 100 metros rasos S-5 e de bronze no revezamento 4 # 100 medley masculino. [...] Ele superou o australiano Matthew Cowdrey, que era o recordista [...]. Daniel Dias tem agora 14 medalhas de ouro, sete de prata e três de bronze. O australiano, que agora ocupa a segunda colocação na natação paralímpica, tem 13 medalhas de ouro, sete de prata e três de bronze. Na Rio 2016, o brasileiro subiu ao pódio nove vezes. Fonte: DANIEL Dias: o maior medalhista da história das Paralimpíadas. Veja.com, 17 set. 2016. Disponível em: <http:// veja.abril.com.br/brasil/daniel-dias-o-maior-medalhista-da-historia-das-paralimpiadas/>. Acesso em: 14 set. 2017. Em 2016, Daniel Dias tornou-se o maior medalhista brasileiro da história das Paralimpíadas. (Foto de 2016.) B U D A M E N D E S /G E T T Y IM A G E S Com base no texto, podemos descobrir, por exemplo, o total de medalhas conquistadas pelo nadador Daniel Dias nos Jogos Paralímpicos ao longo de sua carreira. Para isso, basta juntarmos as quantidades de medalhas de ouro, prata e bronze: Portanto, Daniel tornou-se recordista com 24 medalhas nos Jogos Paralímpicos que dispu- tou até 2016. Na calculadora, fazemos essa adição da seguinte maneira: Medalhas de ouro Medalhas de prata Medalhas de bronze Total de medalhas 14 1 7 1 3 5 24 parcelas soma 41 371 1 5 24 N E LS O N M AT S U D A Adição Para retomar e ampliar a operação de adição, manti- vemos o contexto da aber- tura apresentando um texto sobre o nadador brasileiro Daniel Dias, que se consa- grou no Rio, em 2016, o maior medalhista da nata- ção paralímpica da história da competição. Na adição que produz o total de me- dalhas desse nadador, os alunos retomam o signifi- cado de juntar associado a essa operação. Se possível, peça aos alunos que tragam para a sala de aula calculadoras simples a fim de explorarem um pou- co esse recurso em situações de adição. Sugestões de leitura Para enriquecer o trabalho com nú- meros naturais e suas operações, sugerimosos livros: RAMOS, Luzia Faraco. O que fazer primeiro? São Paulo: Ática, 2001. (Coleção A Descoberta da Matemá- tica). ______. Uma raiz diferente. São Pau- lo: Ática, 2001. (Coleção A Desco- berta da Matemática). Complemente os estudos com a Sequência didática 1 – Operações com números naturais e a Sequência didática 2 – Interpretação de tabelas e gráficos, disponíveis no Manual do Professor – Digital. As atividades propostas permitem desenvolver de forma gradual e articulada objetos de conhecimento e habilidades da BNCC selecionados para este capítulo. http://veja.abril.com.br/brasil/daniel-dias-o-maior-medalhista-da-historia-das-paralimpiadas/ http://veja.abril.com.br/brasil/daniel-dias-o-maior-medalhista-da-historia-das-paralimpiadas/ 32 Orientações Nesta página, destacamos o significado de acrescentar da adição. Proponha novas situações que envolvam os significados da adição para os alunos identificarem e resolverem, com ou sem o uso de calculadora. Em cada uma das adições efetuadas, retome com eles os elemen- tos que participam de uma adição: parcelas e soma (re- sultado da adição). Habilidade trabalhada nesta dupla de páginas: (EF06MA03) Resolver e elaborar problemas que envolvam cálculos (mentais ou escritos, exatos ou aproximados) com números naturais, por meio de estratégias variadas, com compreensão dos processos neles envolvidos com e sem uso de calculadora. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 32 CAPÍTULO 2 OPERAÇÕES COM NÚMEROS NATURAIS Com os dados da página anterior, podemos obter também outras informações. Se quiser- mos saber, por exemplo, a quantidade de medalhas conquistadas pelas equipes brasileiras — masculina e feminina — de natação nos Jogos Paralímpicos do Rio, devemos acrescentar à quantidade de medalhas conquistadas nos Jogos de Londres (14) a quantidade de medalhas conquistadas a mais em 2016 (5): Em uma calculadora, fazemos essa adição da seguinte maneira: 541 51 19 N E LS O N M AT S U D A 1 Uma piscina está com 35.750 litros de água. Colocando-se outros 12.250 litros, ela ficará cheia. Quan tos litros de água cabem nessa piscina? 48.000 litros 2 Dados dois números naturais, em que um é menor que 3 e o outro é menor que 5, é possível a soma deles ser 6? Justifique sua resposta com um exemplo. sim; 2 1 4 Quantidade de medalhas conquistadas em Londres Quantidade de medalhas conquistadas a mais no Rio Total de medalhas conquistadas no Rio 14 1 5 5 19 parcelas soma FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO EXERCÍCIOS PROPOSTOS As ideias de juntar e acrescentar quantidades estão relacionadas à operação de adição. Quantos quilômetros percorre um automó- vel que vai de: a) A até D passando por B e C? b) A até D passando por E? 356 quilômetros c) A até D passando por B e voltando até C? d) B até E passando por D? 364 quilômetros 485 quilômetros 513 quilômetros 3 Segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2016, o es- tado do Maranhão, sem considerar a capital, São Luís, tinha 5.871.101 habitantes. Quantos habitantes tinha todo o estado do Maranhão, se São Luís tinha 1.082.935 habitantes? 4 Na ilustração abaixo, está representada a distância rodoviária, em quilômetros, entre as cidades A, B, C, D e E. PA U LO S O A R E S /F O TO A R E N A Vista aérea da Lagoa Jansen em São Luís (Maranhão). (Foto de 2017.) JO S É L U ÍS J U H A S 6.954.036 5 É possível que a soma de dois números na- turais maiores que 3 seja 7? Justifique. Não, pois o menor número natural maior que 3 é 4 e, como 4 1 4 5 8, a soma é maior que 7. 33 Exercícios propostos No exercício 8, o aluno pre- cisará compreender que o enunciado restringe os nú- meros que podem ser parce- las da soma, já que um de- les deverá ter um algarismo e o outro, dois algarismos. Como existem apenas dez números de um algarismo (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9), para o item a, uma das pos- sibilidades é testar cada um desses números para, então, encontrar seu par, observan- do que apenas o número zero não pode ser usado, pois teríamos 0 1 100, ou seja, uma das parcelas teria três algarismos. No item b, a única possibilidade de obter soma 108 é usar o maior nú- mero de um algarismo, ou seja, o número 9, para obter a seguinte adição: 99 1 9 5 5 108. No entanto, mesmo usando o maior número de um algarismo, não é possí- vel obter a soma 109. Para saber mais A seção constitui uma opor- tunidade para discutir com a classe o uso de cálculos esti- mativos em diferentes situa- ções cotidianas. BIMESTRE 1 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 33CAPÍTULO 2 OPERAÇÕES COM NÚMEROS NATURAIS LEMBRE-SE: NÃO ESCREVA NO LIVRO! PARA SABER MAIS Arredondar para fazer estimativas Conhecer o valor exato de uma conta- gem nem sempre é tão importante. Em re- lação à população de um país, por exemplo, se dissermos que ela é de 169.799.170 ou de 170 milhões, não estaremos mudando a ideia da quantidade de habitantes que queremos passar. Nesse caso, dizemos que o núme- ro 169.799.170 foi arredondado para 170 milhões. É importante saber arredondar núme- ros, pois, em muitas situações do dia a dia, isso nos ajuda a fazer uma estimativa do resultado que queremos. Arredondar um número significa trocá- -lo por outro mais próximo de uma ordem escolhida. Por exemplo, ao comprar três produtos que custam 41, 28 e 19 reais, podemos arredondar esses números para 40, 30 e 20. Assim, é possível saber mais facilmente que o total a pagar é um valor próximo de 90 reais. Para arredondar um número para de- terminada ordem, deve-se observar o primeiro algarismo que está à direita do algarismo da ordem escolhida: se for 0, 1, 2, 3 ou 4, mantém-se a ordem; se for 5, 6, 7, 8 ou 9, soma-se 1 ao algarismo da ordem escolhida. Veja alguns exemplos de arredonda- mentos. a) Arredondar para a dezena mais próxima: 36 " 40 75 " 80 183 " 180 552 " 550 b) Arredondar para a centena mais próxima: 236 " 200 657 " 700 5.418 " 5.400 7.873 " 7.900 c) Arredondar para o milhar mais pró- ximo: 5.982 " 6.000 24.157 " 24.000 37.539 " 38.000 44.499 " 44.000 6 Durante a decisão de um campeonato de fute- bol, foram realizadas duas partidas. Na primei- ra, o público pagante foi de 54.321 pessoas, e o público não pagante foi de 3.895 pessoas. Na segunda partida, a quantidade de pessoas aumentou: os pagantes foram 63.247 pessoas, e os não pagantes, 5.894 pessoas. Use uma cal- culadora para responder às questões a seguir. a) Quantas pessoas compareceram à primeira partida? E à segunda? 58.216; 69.141 b) Qual o total de pessoas que assistiram a esses jogos? 127.357 7 Escreva no caderno todos os números com três algarismos distintos usando os algarismos 2, 5 e 7. Use uma calculadora para determinar a soma desses números. 257, 275, 527, 572, 725 e 752; 3.108 8 Quero adicionar um número de um algarismo a um número de dois algarismos. a) Para obter a soma 100, que pares de núme- ros posso escolher? b) E para obter a soma 108? E para obter a soma 109? 9 Descubra uma forma de determinar a soma 1.893 1 5.794 usando a calculadora, sabendo que a tecla 8 está quebrada. 10 Hora de criar – Troque com um colega um problema sobre adição com números naturais criado por vocês. Depois de cada um resolver o problema elaborado pelo outro, destroquem para corrigi-los. Resposta pessoal. 8. a) 1 e 99; 2 e 98; 3 e 97; 4 e 96; 5 e 95; 6 e 94; 7 e 93; 8 e 92; 9 e 91 Para obter 108, posso escolher resposta possível: 1.493 1 400 1 5.794. apenas o par 9 e 99. Para obter 109, nenhum par é possível. 34 Agora é com você! Na primeira questão, a en- fermeira do posto de saúde tinha a intenção de obter um número aproximado do total de vacinas. Para isso,fez arredondamento dos números para 600, 1.600 e 700, chegando ao total de 2.900. Com os arredonda- mentos, o resultado é sufi- ciente para atender a algu- mas situações, por exemplo: • saber se o total de vacinas é suficiente para atender aos usuários esperados naquele posto, tomando como base a quantidade média diária de atendi- mentos; • conferir o custo aproxi- mado de todas as vacinas, conhecendo seu preço unitário. É importante reforçar aos alunos que, apesar do gran- de uso cotidiano de cálculos exatos, muitos deles com o uso de calculadora, diversas situações do dia a dia po- dem ser resolvidas por cál- culos aproximados. Solicite a eles que deem exemplos de situações nas quais é comum fazer uso de estimativas. Propriedades da adição Iniciamos o estudo das pro- priedades da adição am- pliando as noções que os alunos já trazem dos anos anteriores. A propriedade do fechamen- to não foi considerada aqui porque não estamos reali- zando um estudo axiomático da teoria dos conjuntos. Habilidade trabalhada nesta dupla de páginas: (EF06MA03) Resolver e elaborar problemas que envolvam cálculos (mentais ou escritos, exatos ou aproximados) com números naturais, por meio de estratégias variadas, com compreensão dos processos neles envolvidos com e sem uso de calculadora. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 34 CAPÍTULO 2 OPERAÇÕES COM NÚMEROS NATURAIS FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO A LA N C A R V A LH O 1 Em um posto de saúde, a enfermeira pe- diu a uma auxiliar que contasse quantas vacinas contra a gripe ainda havia nas três caixas. A auxiliar contou as vacinas de cada caixa e anotou em um papel: 617 1 1.578 1 736 Para ter uma ideia do total de vacinas, a enfermeira fez um cálculo mental, ar- redondando as parcelas para a centena mais próxima. Veja como ela fez isso. 2 Em uma loja, Lúcio fez uma estimativa para saber quanto pagaria por suas compras. a) O que Lúcio fez para perceber o en- gano do vendedor? b) Qual foi o valor da compra dele? c) Quando você precisa comprar mais de um item, costuma fazer estima- tiva do valor total antes de pagar? Seus pais costumam fazer isso? Você acha esse procedimento importante? Por quê? Respostas pessoais. 2. b) 121 reais JO S É L U ÍS J U H A S Faça como a enfermeira e verifique se o cálculo dela está correto. 2. a) Estimou o total arredondando os números e fazendo um cálculo mental. 600 1 1.600 1 700 5 2.900; o cálculo dela está correto. Propriedades da adição Para ir à escola, Adara gasta, em média, 10 minutos andando e 35 minutos no ônibus. Para voltar da escola, ela gasta, em média, 35 minutos no ônibus e 10 minutos andando. Adara leva mais tempo na ida ou na volta da escola? Para saber, devemos adicionar os tempos gastos: Tempo gasto na ida: 10 1 35 5 45 Tempo gasto na volta: 35 1 10 5 45 Em média, o tempo gasto é o mesmo, 45 minutos. A ordem das parcelas não alterou a soma. Isso sempre ocorre quando adicionamos dois nú- meros naturais quaisquer. Trata-se da propriedade comutativa da adição, enunciada a seguir. Veja mais alguns exemplos. a) 20 1 400 5 400 1 20 b) 130 1 500 5 500 1 130 Agora, observe dois modos de efetuar a adição 5 1 3 1 7. 1o modo Efetua-se a adição das duas primeiras parcelas e adiciona-se ao resultado obtido a terceira parcela. 2o modo Efetua-se a adição das duas últimas par- celas e adiciona-se ao resultado obtido a primeira parcela. Em uma adição de dois números naturais, a ordem das parcelas não altera a soma. 19 � 38 64 Então, há aproximadamente 2.900 vacinas. São 151 reais. 20 � 40 60 120 T E L C O E LH O 5 1 3 1 7 5 8 1 7 5 15 5 1 3 1 7 5 5 1 10 5 15 Não pode ser! Dá aproximadamente 120 reais. 617 � 1.578 � 736 Agora é com você! 35 Orientações Mostre na lousa situações em que os alunos podem verificar o quanto as pro- priedades da adição auxi- liam no cálculo mental. Por exemplo, peça a eles que obtenham o valor da soma da seguinte adição: 345 1 0 1 99 1 5 1 21 Discuta cada passagem abai- xo com eles, de modo que percebam o que foi feito. • Pela propriedade comu- tativa, podemos trocar a ordem das parcelas, con- venientemente, já que a soma não é alterada: 345 1 0 1 99 1 5 1 21 5 5 345 1 5 1 0 1 99 1 21 • Pela propriedade associa- tiva, podemos associar as parcelas de maneira con- veniente, pois a soma tam- bém não se altera: 345 1 0 1 99 1 5 1 21 5 5 345 1 5 1 0 1 99 1 21 5 5 (345 1 5) 1 0 1 1 (99 1 21) 5 5 350 1 0 1 120 • Como o zero é o elemento neutro da adição, sabemos que 350 1 0 5 350, ou seja: 345 1 0 1 99 1 5 1 21 5 5 345 1 5 1 0 1 99 1 21 5 5 (345 1 5) 1 0 1 1 (99 1 21) 5 5 350 1 0 1 120 5 5 350 1 120 5 470 Exercícios propostos Este bloco de exercícios ex- plora a aplicação das pro- priedades da adição. Ob- serve se os alunos associam de maneira conveniente, de modo que o cálculo seja facilitado. Socialize os dife- rentes procedimentos utili- zados para que eles possam comparar o que fizeram com o modo utilizado por outro colega e, assim, refle- tir sobre suas escolhas. BIMESTRE 1 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 35CAPÍTULO 2 OPERAÇÕES COM NÚMEROS NATURAIS Ao associar as parcelas de modos diferentes, não houve alteração na soma. Isso sempre ocorre quando adicionamos três ou mais números naturais quaisquer. Trata-se da propriedade associativa da adição, enunciada a seguir. Observe mais alguns exemplos. Em uma adição de três ou mais números naturais quaisquer, podemos associar as parcelas de modos diferentes sem alterar a soma. 2 1 37 1 8 5 5 37 1 8 1 2 5 37 1 10 5 47 a) 9 1 26 1 21 1 34 5 5 9 1 21 1 26 1 34 5 30 1 60 5 90 b) Agora, considere as seguintes adições: � 5 1 0 5 0 1 5 5 5 � 0 1 7 5 7 1 0 5 7 � 53 1 0 5 0 1 53 5 53 � 0 1 129 5 129 1 0 5 129 Note que em todas essas adições há um número (o zero) que, em qualquer posição, não influi no resultado. Esse número é o elemento neutro da adição. A adição de um número natural qualquer com zero (ou vice-versa) é o próprio número. Trata-se de mais uma propriedade da adição: a existência do elemento neutro, enunciada a seguir. O zero é o elemento neutro da adição. 11 Efetue mentalmente estas adições. Para facili- tar o cálculo, utilize as propriedades comutativa e associativa da adição. Registre no caderno como calculou. a) 73 1 15 1 5 93 b) 20 1 13 1 7 40 c) 18 1 12 1 61 91 d) 28 1 17 1 12 57 e) 15 1 0 1 5 1 9 f) 43 1 51 1 27 29 121 32 1 25 1 41 5 5 (30 1 20 1 40) 1 (2 1 5 1 1) 5 5 90 1 8 5 5 98 Refaça os cálculos da atividade anterior apli- cando a estratégia usada pela Mônica. 13 Tatiana jogou dois dados, obtendo uma soma de 9 pontos. Quais são os possíveis pares de números para que ocorra essa soma? JO S É L U ÍS J U H A S C LÁ U D IO C H IY O FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO EXERCÍCIOS PROPOSTOS 12 Para calcular mentalmente, Mônica usa a de- composição dos números. Veja como ela faz: 3 e 6, 4 e 5 14 Bruno mora em Uberlândia e vai viajar para Aracaju. Ele terá de percorrer 1.837 quilô- metros de carro. No painel do carro há um instrumento chamado hodômetro, que marca quantos quilômetros o veículo já percorreu. No início da viagem o hodômetro marcava 18.540 quilômetros. a) Que número marcará o hodômetro quando Bruno chegar a Aracaju? 20.377 b) Durante a estadia em Aracaju, Bruno supõe que vai percorrer cerca de 1.400 quilôme- tros. Quanto deverá marcar o hodômetro quando ele iniciar a volta para casa? 21.777 36 Pense mais um pouco... Na situação proposta nesta seção, o caminho pode ser descoberto por tentativa e erro. Um possível caminho deve passar pelos números 1, 5, 6, 7, 8, 4, 1, 2, 1 e 2, conforme indicado na figura abaixo. 1 5 Entrada Saída 2 3 4 1 6 7 8 2 0 1 3 4 1 5 6 7 1 2 Para saber mais