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Mormo: Doença Infectocontagiosa em Equídeos

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MORMO (Glanders) 
 
“Lamparão” 
“Farcinose” 
“Mal de Mormo” 
“Catarro de burro” 
Material cedido pela professora Daniele Bier 
INTRODUÇÃO 
Mormo, também conhecido como lamparão; 
 
Doença infectocontagiosa de equídeos, acomete 
cavalos e, de forma mais grave, asininos e 
muares. 
 
Pode ser transmitida a outros animais como o 
cão, gato, bode e até mesmo o homem. 
 
Causada por uma bactéria antigamente conhecida como 
Malleomyces mallei, depois Pseudomonas mallei e mais 
recentemente designada como Burkholderia mallei , que 
pode ser transmitida ao homem. 
 
INTRODUÇÃO 
INTRODUÇÃO 
Não há dados precisos sobre a introdução do 
mormo no Brasil. 
 
Isso teria ocorrido, provavelmente, em 1811 na 
Ilha de Marajó. 
• Utilização de equídeos na agropecuária 
 
• Em 2016 (MAPA) – Brasil tinha o maior rebanho de equinos da 
América Latina e o terceiro maior do mundo (8 milhões de 
cabeças) 
 
• Importância econômica e social 
 
• Em 2016 (MAPA) – Brasil é o oitavo maior exportador de carne 
equina. 
• Bélgica, Itália, Rússia, Holanda, EUA, Japão e China são os 
principais compradores. 
• Dois frigoríficos realizam o abate no Brasil, um no RS e outro em 
MG. 
HISTÓRICO 
MORMO 
• Hoje – casos em todo o Brasil 
 
• Parte do PNSE do MAPA 
 
• Notificação obrigatória/ Sacrifício dos positivos/ sem 
indenização 
 
• Tratamento proibido e ineficaz/ não existe vacinação 
 
• Doença rradicada nos EUA, Canadá, Europa Ocidental e 
Austrália 
 
Etiologia 
• Burkholderia mallei 
 
• BGN; 
 
• Aeróbios estritos; 
 
• Não fermenta glicose; 
 
• Oxidase positiva; 
 
• Catalase positiva 
 
• anteriormente classificado nos gêneros Pseudomonas e 
Actinobacillus 
 
• B. mallei – Imóveis 
 
• Cocobacilo, Gram-negativo, imóvel, não forma esporos 
 
• Intracelular obrigatória 
 
• Pouca resistência no ambiente (sensível à luz solar, calor e 
desinfetantes comuns; sobrevive em ambientes úmidos por 3-
5 semanas) 
 
Etiologia 
Epidemiologia 
• Principais espécies acometidas: equinos, asininos e muares 
 
• Outras espécies: cães, gatos, ovinos caprinos, bovinos, aves, 
suínos e o homem. Animais silvestres e selvagens (camelídeos 
e leões) 
 
• Idade – todas as idades, porém os mais velhos são mais 
suscetíveis 
 
• Estresse, excesso de trabalho, má nutrição, aglomerações, 
condições sanitárias precárias 
 
Epidemiologia 
• Fontes de infecção: através do contato direto ou indireto com 
animais infectados, com sintomas ou sem sintomas. 
 
• Vias de infecção: a principal é por via oral (contaminação de 
água e alimentos por secreções nasal e oral). Pode ocorrer por 
via respiratória, genital ou cutânea. 
 
• Vias de excreção: nódulos pulmonares se rompem e infectam 
as vias respiratórias superiores. Secreções nasais e orais. 
 
 
• Espécies susceptíveis: Equinos, asininos e muares 
 
• FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À DOENÇA 
• Introdução de animais doentes 
• Sistema de criação – trabalho e alimentação 
• Manejo higiênico-sanitário inadequado 
 
Epidemiologia 
• Grandes concentrações de equídeos estão associados à 
disseminação da bactéria (doença de estábulo) 
 
Epidemiologia 
Transmissão 
• Fontes de infecção 
• Animais infectados – doentes ou reservatórios 
 
• As vias de eliminação são secreções orais e nasais e secreção 
de úlceras cutâneas. 
 
• As portas de entrada são mucosas respiratórias e digestivas, 
pele lesionada. 
 
• Os animais susceptíveis são solípedes, homem, felídeos 
(ingestão de carne de equídeos infectados). 
Transmissão 
 
• Direto 
• Inalação de aerossóis infectados ou contato da pele lesada; 
 
• Indireto 
• Ingestão de água e alimentos contaminados. 
 
PATOGENIA 
• Ingestão => linfonodos mesentéricos e disseminação linfo-
hemática (septicemia) => pulmões, baço, fígado, rins e 
articulações (inflamação purulenta – piogranulomatosa). Pode 
causar úlceras orais. => linfangite (nódulos palpáveis ao longo da 
cadeia linfática – rosário) 
 
• Inalação => rinite purulenta, linfadenite mediastínica, 
pneumonia abscedativa => disseminação linfo-hemática. 
 
• Traumatismos cutâneos (objetos perfurocortantes – pregos, 
cercas; utensílios contaminados - tesouras, equipamento de 
casqueamento, raspadeiras de crina) => penetração cutânea => 
infecção restrita aos tecidos cutâneo e subcutâneo => pode 
haver disseminação para linfonodos regionais e linfangite 
 
 
PATOGENIA 
• Forma aguda x forma crônica 
• Animais sobreviventes 
 
• Granuloma: neutrófilos e macrófagos fagocitam a bactéria. Nos 
tecidos há formação de piogranulomas, com região central 
necrótica contendo a bactéria, circundada por macrófagos 
epitelioides e neutrófilos, com poucos linfócitos e plasmócitos, 
rodeados por uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso. 
 
• Imunidade celular x imunidade humoral – a celular é mais 
efetiva, apesar de não conseguir acabar com a infecção. São 
produzidos anticorpos, porém estes não são muito efetivos. Os 
níveis de anticorpos declinam 14 meses após a infecção, o que 
dificulta o diagnóstico por sorológico da doença. 
 
 
 
Sinais e Sintomas 
• Período de incubação: poucas semanas a vários meses 
• Evolução hiperaguda, aguda ou crônica 
• Hiperaguda: incomum. Morte até 72h após os primeiros sinais 
clínicos. 
• Aguda: morte em 2 semanas ou mais após o início dos sinais 
clínicos. 
• Crônica: podem permanecer infectados por vários anos. 
Assintomáticos ou sintomas leves (febre, inapetência, 
infecções respiratórias) 
• Muares e asininos – doença hiperaguda ou aguda com doença 
clínica aparente 
• Equinos – doença crônica (subclínica) 
 
Sinais e Sintomas 
• Sinais clínicos gerais – febre de 41°C, úlceras e cicatrizes nasais 
em mucosas, linfangite, intolerância ao exercício ou trabalho, 
secreção nasal, dificuldade respiratória, perda de peso, 
diarreia e edemas (região ventral do abdômen, prepúcio, 
testículos e membros) 
 
• Sinais menos frequentes: caquexia, artrite e claudicação 
 
Sinais e Sintomas 
• Podem ser divididos nas formas nasal, pulmonar e cutânea – 
podem acontecer isoladas ou simultaneamente no mesmo 
animal 
 
• Manifestação nasal: secreção nasal uni ou bilateral purulenta 
e espessa, com ou sem estrias de sangue, secreção ocular 
purulenta, linfadenite submandibular e dificuldade 
respiratória. Úlceras na cavidade e septo nasal decorrentes da 
ruptura de pústulas. 
 
Sinais e Sintomas 
• Manifestação pulmonar: febre, dificuldade respiratória, ruídos 
durante a respiração, inapetência, emagrecimento, 
intolerância ao exercício ou trabalho. Alta letalidade. 
 
• Manifestação cutânea: múltiplos abscessos e úlceras na pele 
(região torácica e face medial dos membros). Podem drenar 
conteúdo seroso a purulento (áreas alopécicas). Cicatrizes na 
forma de estrelas. Vasos linfáticos evidentes e inflamados, 
linfadenite regional (conteúdo purulento). 
 
 
 
Foto: Rinaldo Aparecido Mota 
 
Foto: Rinaldo Aparecido Mota 
 
Foto: Rinaldo Aparecido Mota 
 
Foto: Rinaldo Aparecido Mota 
 
Foto: Rinaldo Aparecido Mota 
 
Foto: Rinaldo Aparecido Mota 
 
 
 
 
Importância em Saúde Pública 
Zoonose de gravidade 
Curso quase sempre fatal 
 Grande importância em saúde publica enquanto os equídeos foram 
utilizados como principal meio de transporte. 
 
2000 – registrado um caso em um microbiologista, que se 
infectou, provavelmente, na manipulação de material 
contaminado. 
Importânciaem Saúde Pública 
Febril, pústulas cutâneas, edema de septo nasal, 
pneumonia lobar e abcessos em diversas partes do corpo. 
 
 
O tratamento em seres humanos com sulfadiazina, e 
doxiciclina e azitromicina tem apresentado resultados 
satisfatórios quando instituídos a tempo. 
Diagnóstico Diferencial 
• Adenite Equina 
• Rodococose 
• Linfangite ulcerativa (Corynebacterium pseudotuberculosis) 
• Linfangite epizoótica (Histoplasma farciminosum) 
• Melioidose 
• Anemia Infecciosa Equina 
• Influenza Equina 
• Rinopneumonite Equina 
• Pseudotuberculose (Yersinia pseudotuberculosis) 
• Esporotricose 
Diagnóstico 
• Clínico epidemiológico 
 
• Cultivo – isolamento bacteriológico 
 
• Testes sorológicos (aglutinação) – Fixação de complemento - 
Oficial 
 
• Teste da maleína – Oficial 
 
• Molecular 
 
• Exame histopatológico 
 
 
Diagnóstico laboratorial 
• Material 
• Swab nasal ou punção aspirativa 
 
• Cultivo 
• Crescem em MAC – sem utilizar lactose 
• Imóveis 
• Não reativos bioquimicamente 
 
 
• detecta a presença de imunoglobulinas das classes IgM e IgG 
no soro 
 
• apresenta eficácia reduzida entre 4 e 12 semanas após a 
infecção 
 
• Médico veterinário oficial ou credenciado 
 
• Validade de 60 dias para resultados negativos 
 
 
Diagnóstico laboratorial – OFICIAL 
Fixação do complemento 
• Sorológico (Fixação do complemento) 
Diagnóstico laboratorial – OFICIAL 
Fixação do complemento 
Diagnóstico laboratorial – OFICIAL 
Fixação do complemento 
Diagnóstico laboratorial – OFICIAL 
Fixação do complemento 
Diagnóstico laboratorial – OFICIAL 
Fixação do complemento 
Teste da maleína 
 
 
Diagnóstico laboratorial - OFICIAL 
Tratamento 
• Terapia antibiótica – INAPROPRIADA 
 
• Risco epidemiológico 
• Animais se tornam portadores crônicos e fontes de infecção 
para outros animais. 
 
QUAIS MEDIDAS DE 
PROFILAXIA E 
CONTROLE SE APLICAM 
AO MORMO?