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Sistema Neuromuscular Prof. Luiz Augusto O QUE É NECESSÁRIO PARA PEDALAR, CORRER, SALTAR? NEURÔNIOS E MÚSCULOS Como se relaciona o SNC com o músculo? Como as fibras são estimuladas? •Estímulo químico •Estímulo mecânico TIPOS DE CONTRAÇÃO TIPOS DE FIBRAS Como identificar a magnitude do estímulo no SNC e periférico? METODOLOGIA Estudo eletrencefalográfico Protocolo experimental Procedimento cirúrgico: Os animais eram implantados com uma cânula (ventrículo), um eletrodo de profundidade (hipocampo), dois eletrodos de superfície dispostos bilateralmente no córtex parietal e um a nível do seio frontal. Experimento- Objetivo Demonstrar eletrencefalograficamente as convulsões induzidas pelo MMA Cânula para injeção das drogas: Ventrículo= AP 0 mm, ML 1.5 mm, V 3.0 mm da dura Eletrodo de profundidade: Hipocampo= AP 4mm, ML 3.0 mm, V 2,5 mm da dura Cirurgia Estudo Eletrencefalográfico: injeção das drogas Salina (0.11 mmol/1 mL) MMA (3 mmol/1 ml) Após 30 min -EEG basal EEG EEG Estudo Eletrencefalográfico: momento do registro EEG EEG: Salina x MMA EEG Basal (antes da infusão; A) Injeção de salina (B) Seqüência de convulsão (3-5 min) Após a injeção ICV de 3 mmol de MMA (após a infusão; C) Após 20 min da injeção de MMA, onde não era verificado comportamento convulsivo (D). Eletromiografia: momento do registro EMG JUNÇÃO NEUROMUSCULAR Velocidade de condução (Smith et al., 1997) Axônios mielinizados (20mm) = 210 m/s; Segmentos lombares até os músculos do pé (1m); Aproximadamente 8 ms (0,008 s)!!!!! A CONTRAÇÃO MUSCULAR BASES NEUROMOTORAS 1. Bases Neuromotoras Unidade Motora Placa Neuromotora Fuso Muscular Órgão Tendinoso de Golgi Célula Muscular Placa neuromotora Fuso muscular 2.Bases Histológicas (GUIMARÃES NETO, 1997) Composição Muscular Componentes Participação Proteína Contrátil 25-30 % Sarcoplasma 20-30% Mitocôndrias 10-20% Capilares, glicogênio, gordura, tecido conjuntivo - Restante Fisiologia do Músculo Esquelético Proteínas contráteis Miosina Actina Filamento grosso Filamento fino Tropomiosina Troponina T Troponina C Troponina I Proteínas Regulatórias Filamento fino Proteínas do músculo Representação do sarcômero: unidade contrátil da célula muscular. Banda I: região relacionada aos filamentos delgados de actina. Banda A: região relacionada aos filamentos espessos de miosina. Zona H: zona onde os filamentos de actina não se sobrepõem aos de miosina. Disco M: região central do sarcômero que representa a área de união entre os filamentos de miosina orientados em oposição um em relação ao outro e ligados ao citoesqueleto. Disco Z: área de união entre dois filamentos de actinas orientados em oposição um em relação ao outro e unidos pela -actinina ao citoesqueleto. Sarcômero: O sarcômero é a unidade de contração e pode ser visualizado em microscopia ótica como a área delimitada por duas linhas Z consecutivas. A contração muscular, em nível histológico, pode ser explicada pela teoria dos filamentos deslizantes que mostra o deslizamento dos miofilamentos finos (actina) sobre os miofilamentos espessos (miosina) provocando alterações na estrutura do sarcômero que podem ser visualizadas como: aproximação de duas linhas Z consecutivas encurtamento das bandas I e H, devido ao deslizamento da actina sobre a miosina em direção ao centro do sarcômero. Componentes moleculares da contração O que ocorre na placa motora? P.A. Terminação Motoneurônio Liberação de Ach Ach + receptor nicotínico Potencial pós- sináptico O que ocorre na placa motora? P.A. Terminação Motoneurônio Liberação de Ach Ach + receptor nicotínico Potencial pós- sináptico Miofibrila Ret. Sarc. Túbulo T Sarcolema Canal de cálcio Repouso Despolarizada Ret. Sarc. Citosol Túbulo T Fluxograma Repolarização do sarcolema Bombeamento de Ca++ para o RS Afastamento das linhas Z P.A. nos terminais axônicos Liberação de Ach Potencial de placa motora Abertura dos canais de Ca++ Abertura dos receptors RYR Entrada de Ca++ no citosol Formação de pontes transversas ac-mios Deslizamento dos filamentos ac-mios Aproximação das linhas Z P.A. Muscular Despolarização do sarcolema + Túbulos T A Placa Motora Unidade motora: Constituída pelo nervo motor e todas as fibras musculares por ele inervadas Os Eventos da Contração Muscular Como o Cálcio é liberado no citossol? Despolarização da membrana Despolarização dos túbulos T Ativação do receptor Diidropiridina Abertura do canal de Rianodina Difusão do Ca++ para o citossol Ciclo das Pontes Cruzadas Miosina Actina Troponina Ca++ O aumento da força muscular desenvolvida depende 1. recrutamento de mais unidades motoras (pelo princípio do tamanho) recruta as unidades motoras maiores (aumenta a velocidade) e reduz a carga efetiva sobre cada fibra muscular 2. Estimulação repetitiva, que provoca tetanização 3. Cada estimulação e sua respectiva contração seguido do seu relaxamento é chamada de abalo muscular (“Twitch”) Somação de 2 unidades motoras Curva de Frank-Starling Comprimento do sarcômero X Força Comprimento do sarcômero X Força < 2,2 μm • miofilamentos de actina perdem a sua relação ideal com as cabeças de miosina (músculo esquelético) > 2,2 μm • menor sobreposição dos miofilamentos de actina e miosina ~ 2,2 μm • disposição dos filamentos permite a capacidade máxima de formação de pontes cruzadas Tipos de Fibras Musculares Tipo I - Oxidativa/ Lentas/ Vermelha Tipo IIA – Glicolítica-Oxidativa/ Intermed. Tipo IIB - Glicolítica/ Rápidas/ Brancas Determinado pelo neurônio-motor e características bioquímicas O treinamento não altera mas potencializa. Proporções Relativas de Proteínas Miofibrilares Proteína Composição estrutural Miosina 43% Actina 22% Titina 10% Nebulina 5% Tropomiosina 5% Troponina 5% Proteína C 2% Proteína M 2% -actinina 2% -actinina 2% Adaptado de SPERELAKIS & BANKS, 1993 Fator determinante da fibra muscular Como as fibras musculares são inervadas por diferentes neurônios motores, então... AS FIBRAS MUSCULARES APRESENTAM CARACTERÍSTICAS DIFERENTES. Tipos de fibra muscular Tipo I (contração lenta) Tipo II (contração rápida) IIa IIb DEFINIDAS GENETICAMENTE Tipos de Fibra e Metabolismo Energético Princípio do Tamanho (Smith et al., 1997) 1. Ativação das menores fibras (tipo I) 2. Aumento do número de UMs ativadas (tipo II). 3. Aumento da freqüência de estimulação das UMs ativadas. 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 20 40 60 80 100 % Contração Máxima Fr eq . D isp ar o (p ot /se g) I IIa IIb Sale, DG In: Strength and Power in Sport, 1992 A função muscular Capacidade oxidativa; Mitocôndrias – produção aeróbia de ATP. Capilarização – fornecimento de oxigênio. Mioglobina – carreador de oxigênio. Tipo de ATPase De acordo com a velocidade de degradação do ATP. Características (1-2) 1.Velocidade de contração I Lenta IIa Intermediária IIb Rápida 2.Velocidade de relaxamento I Lenta IIa Intermediária IIb Rápida Velocidade de Contração e Relaxamento 0 20 40 60 80 100 120 0 5 10 15 20 25 30 Tempo (ms) Te ns ão (u g) FibraVeloz Fibra Lenta Velocidade de Contração (Powers & Howley, 2000) Força específica Tipo II > tipo I Maior número de pontes cruzadas ativas (devido a um maior número de miofilamentos); Maior atividade de da ATPase de miosina Hipertrofia muscular Tipo II > tipo I Corredores – fibras do tipo I normais; Fisiculturistas – aumento de 45%. Características (3) 3.Cor da Fibra I Vermelha – muita mioglobina muscular e mitocôndrias. IIa vermelha clara – presença intermediária de mioglobina e mitocôndrias. IIb Branca – pouca mioglobina e mitocôndrias. Características (4-5-6-7) 4.Diâmetro da fibra I PEQUENO IIa INTERMEDIÁRIO IIb GRANDE 6.Enzimas oxidativas I ALTA IIa INTERMEDIÁRIO IIb BAIXA 5.Glicogênio I BAIXO IIa INTERMEDIÁRIO IIb ALTO 7.Enzimas glicolíticas I BAIXA IIa INTERMEDIÁRIO IIb ALTO Características (8-9-10-11) 8.Atividade ATPase I BAIXA IIa ALTA IIb ALTA 9.Fonte de ATP I Fosforilação oxidativa IIa Fosforilação oxidativa IIb glicólise 10.Resistência à fadiga I ALTA IIa INTERMEDIÁRIO IIb BAIXA 11.Capilarização I ALTA IIa ALTA IIb BAIXA Identificação das fibras Biópsia muscular Identificação do tipo de fibra Análise histoquímica ou bioquímica histoquímica: identificação da ATPase da fibra; Tipo I – escurecimento; Tipo IIa – meio termo; Tipo IIb – claro. Bioquímica: identificação do tipo de miosina. Identificação do tipo de fibra Exemplo de identificação das fibras musculares pela técnica de identificação da ATPase. Tipos de fibras e modalidades esportivas Fibras do tipo I – modalidades que exigem baixa produção de força; Baixa velocidade de contração; duração prolongada; (ex: provas de endurance, corrida, ciclismo, triatlhon) Fibras do tipo II – modalidades que exigem Alta produção de força; Alta velocidade de contração; Curta duração; (ex: musculação, corridas de velocidade) Níveis de testosterona de acordo com a idade cronológica em meninos Idade Nível de testosterona salivar (pmol/L) 10 19,3 11 34,6 12 49,8 13 57,6 14 119,6 15 222,1 38 pmol/L Butler et al. (1989) 103 pmol/L Características da fibra muscular: crianças e adolescentes Tipo de fibra Nível maturacional I ; IIa e IIb Aumentam no período gestacional (hiperplasia) após o nascimento (hipertrofia) Diferenciação entre a proporção destas fibras Ocorrem até 2 a 3 anos de vida I Maior proporção nas crianças em relação aos adultos Diferenciação na proporção de fibras I e II Ocorrem provavelmente em decorrência da menor velocidade glicolítica Bell et al, 1980; Elder and Kakukas. (1989) Hipertrofia x Hiperplasia Como alcançar os objetivos ? NUTRIÇÃO REPOUSO TREINAMENTO Adaptações Musculares ao TF 3. Hiperplasia???? Células satélites; 4. do ângulo de penação (Kawakami et al. 1993). Pré-treino Pós-treino Hipertrofia Hiperplasia Adaptações Musculares ao TF HIPERTROFIA x HIPERPLASIA É isso aí. Próximo assunto SISTEMA CARDIOVASCULAR De antemão, dizemos que o coração deixa nossos tecidos nutridos e oxigenados. O coração e os vasos são responsáveis por levar e trazer o sangue pelo corpo. Até lá!
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